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Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura


Engenharia de Energia

EER0013 – Máquinas Térmicas

Aula 2 – Revisão de Termodinâmica (Parte 2)

Prof. Fabyo Luiz Pereira


fabyo.pereira@unila.edu.br

UNILA – ILATTI – EE Foz do Iguaçu / PR


Tópicos da Aula

Revisão de Termodinâmica – Parte 2:

Saturação.

Tabelas termodinâmicas.

Diagramas termodinâmicos.

Estados termodinâmicos.

Comportamento de gases ideais.

Energia:

Energia interna.

Energia cinética e potencial.

Energia mecânica.

Transferência de energia:

Trabalho.

Calor.

Modos de transferência de calor.

Potência.
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Saturação

● Temperatura de saturação (Ts):



É aquela em que ocorre a vaporização a uma dada pressão, a qual é denominada
pressão de saturação.

● Pressão de Saturação (ps):



É aquela em que ocorre a vaporização a uma dada temperatura, a qual é
denominada temperatura de saturação.


Saturação:
● É quando uma substância pura se encontra a T = Ts e p = ps.

Na saturação, o estado termodinâmico não pode ser determinado


conhecendo-se a temperatura e a pressão. Por que?

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Tabelas Termodinâmicas x Diagramas Termodinâmicos


Tabelas Termodinâmicas:

Formadas por valores numéricos de algumas propriedades termodinâmicas (em
geral temperatura, pressão, volumes específicos, energias internas, entalpias e
entropias).

Existem tabelas para as regiões de mistura, de líquido comprimido e de vapor
superaquecido.


Diagramas Termodinâmicos:

Permitem identificar graficamente as regiões dos estados termodinâmicos.

Permitem visualizar facilmente os processos e ciclos termodinâmicos, e assim
facilitam as análises termodinâmicas, qualitativa e quantitativamente.

As tabelas termodinâmicas e os diagramas termodinâmicos são


ferramentas imprescindíveis para determinar os estados
termodinâmicos de interesse nas aplicações da termodinâmica.

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Estados Termodinâmicos

Estado Termodinâmico T P x
Líquido Comprimido ou T = Ts p > ps n.a.
Líquido Subresfriado T < Ts p = ps n.a.
Líquido Saturado T = Ts p = ps x=0
Mistura (Líq. + Vap. Saturados) T = Ts p = ps 0<x<1
Vapor Saturado T = Ts p = ps x=1
T = Ts p < ps n.a.
Vapor Superaquecido
T > Ts p = ps n.a.

Propriedades Independentes:

O estado termodinâmico de uma substância pura sempre é definido quando se
conhecem duas propriedades termodinâmicas independentes.

Duas propriedades são independentes se uma delas puder variar enquanto a
outra for mantida constante.

Exemplos: Qual o estado termodinâmico da água a:

100oC e 105 kPa? ●
100oC e 97 kPa? ●
100oC e 101,3 kPa?
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Região de Mistura

Região de Mistura de Líquido com Vapor Saturados:

Na região de mistura de líquido com vapor saturados, em um ponto onde o
volume específico é v na figura abaixo:

Os subscritos “l“ e “v“ designam os estados de líquido e vapor saturados.

O título pode ser interpretado geometricamente como:
v −v l
x=
v v −v l

Designando a diferença entre os volumes específicos de vapor saturado e de
líquido saturado por volume específico de vaporização:
v −v l v −v l
x= → x= → v=v l + x v lv
v v −v l v lv

Analogamente:
u=ul + x u lv

h=hl + x h lv

s=s l + x s lv
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Região de Mistura

Interpolação linear:

Exemplo: Determine a temperatura de saturação da água a 210 kPa.

Solução: p [kPa] T [oC]
200 120,23

Consultando as tabelas:
210 T
225 124,00

Por interpolação linear:
210−200 T −120,23
= → T =121,74 o C
225−200 124,00−120,23


Usando a definição de título:

Exemplo: Determine o volume específico da água a 200 oC, com x = 70%.

Solução:

O estado é de mistura. Das tabelas: T =200 C
o

{ v l=0,001156 m 3 / kg
v v =0,12736 m 3 / kg


Da definição de título:
3
v =(1−x )v l + x v v =(1−0,7). 0,001156+ 0,7 . 0,12736 → v=0,0895 m /kg

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Comportamento de Gases Ideais

Equação de Estado dos Gases Ideais:

A equação de estado dos gases ideais é:
pV =m R T ou p ν =R T

Onde R é a constante de cada gás, dada por:

R=
M

Onde:

M é a massa molar do gás [kg/kmol].
●  é a constante universal dos gases:
ℜ=8,3145 kJ /kmol K

O modelo de gás ideal pode ser usado
quando a pressão for baixa e a
temperatura for alta, ou seja, quando
a massa específica é baixa (volume
específico é alto).
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Comportamento de Gases Ideais

Energia Interna, Entalpia e Calor Específico de Gases Ideais:

Quando a massa específica é baixa (ou o volume específico é alto), a energia
interna depende muito mais da temperatura do que da pressão ou do volume
específico, como mostra a tabela abaixo, onde a dependência de u com p:

É menor quando p é baixa.

É muito menor quando T é alta, ou seja, quando ρ é baixa (v é alto).

Energia interna específica para vapor d'água superaquecido [kJ/kg]


p [kPa]
T [oC]
10 100 500 1000
200 2661,3 2658,1 2642,9 2621,9
700 3479,6 3479,2 3477,5 3475,4
1200 4467,9 4467,7 4466,8 4465,6


Logo, onde ρ é suficientemente pequena o modelo de gás ideal se torna
adequado e a energia interna não depende da pressão, sendo função apenas da
temperatura. Nestas condições, para gás ideal:
p v =R T e u=f (T )
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Comportamento de Gases Ideais

Relação entre a Energia Interna e o Calor Específico:
● A relação entre u e T é obtida a partir da definição de c v:
∂u
cv = ( )
∂T v
→ du=c v dT

Para uma dada massa, lembrando que u=U/m:
dU =m c v dT

Relação entre a Entalpia e o Calor Específico:

Da definição de entalpia e da equação de estado de um gás ideal:
p v =R T
h=u+ p v }
→ h=u + R T

Como R é uma constante e u = f(T), logo tem-se que h = f(T), e pode-se estabeler
a relação entre h e T a partir da definição de cp:
∂h
c p=( )∂T p
→ dh=c p dT


Para uma dada massa, lembrando que h=H/m:
dH =m c p dT
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Energia


Energia:

A energia contida em um sistema em um dado estado pode ser de duas formas:

Microscópicas.

Macroscópicas.


Microscópicas:

Associadas ao estado termodinâmico do sistema.

Relacionadas à estrutura molecular e ao grau de atividade molecular.

A energia interna é a soma de todas as formas microscópicas de energia:

Energia interna total:
U =m u [ kJ ]

Energia interna específica:

u=
U
m [ ]
kJ
kg

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Energia


Macroscópicas:

Associadas ao sistema de coordenadas escolhido.

São especificadas por parâmetros macroscópicos (velocidade e altura).

Energias cinética e potencial são as formas macroscópicas de energia:

Energia Cinética:

É a energia que um sistema possui como resultado de seu movimento
relativo a algum referencial:

Energia cinética total:
2
mV
EC = [ kJ ]
2

Energia cinética específica:
2
ec=
V
2 [ ]
kJ
kg

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Energia

Energia Potencial:

É a energia que um sistema possui como resultado de sua altura em
um campo gravitacional:

Energia potencial total:
EP=m g z [ kJ ]

Energia potencial específica:
ep=g z [ ]
kJ
kg

A energia de um sistema é a soma das formas microscópica e macroscópicas de
energia, ou seja, é a soma das energias interna, cinética e potencial:

Energia total:
2
mV
E=U + EC + EP → E=U + +m g z [ kJ ]
2

Energia específica:
2
e=u+ec + ep →
V
e=u + + g z
2 [ ]
kJ
kg

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Energia Mecânica


Energia Mecânica:

É a forma de energia que pode ser convertida completa e diretamente em
trabalho mecânico por um dispositivo mecânico ideal.

A energia mecânica é composta por:

Energia cinética.

Energia potencial.

Energia de escoamento (ou energia de pressão):

Uma força de pressão agindo sobre um fluido ao longo de uma distância
produz trabalho chamado de energia de escoamento:

Energia de escoamento total:
p
EE =m p ν = m ρ [ kJ ]

Energia de escoamento específica:
p
ee= p ν = ρ [ ] kJ
kg

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Energia Mecânica


Assim, tem-se:

Energia mecânica total:
2
p V
EM =EE+ EC + EP → EM =m ρ + m +m g z [ kJ ]
2

Energia mecânica específica:
p V2
em=ee+ ec +ep → em= ρ + + g z
2 [ ]
kJ
kg

Obs: A equação de Bernoulli estabelece a


conservação da energia mecânica:
2
p V
ρ + 2 + g z = cte

Energia Energia de Energia Energia


= + + = Constante
Mecânica Escoamento Cinética Potencial

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Transferência de Energia

Transferência de Energia:

Energia é um conceito difícil de definir, embora estejamos habituados a ela.

A energia pode cruzar a fronteira de um sistema fechado de duas maneiras:

Trabalho.

Calor.

Trabalho:

Trabalho é uma forma de transferência de energia que esta associada a uam
força agindo ao longo de uma distância.

Convenção:

W (+) → Trabalho realizado por um sistema.

W (-) → Trabalho realizado sobre um sistema.

Trabalho total:
W =m w [ kJ ]

Trabalho por unidade de massa (trabalho específico):
W
w= [ kJ /kg ]
m
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Calor


Calor:

É uma forma de transferência de energia entre dois sistemas ou entre um
sistema e a vizinhança em virtude da diferença de temperatura.

Convenção:

Q (+) → Calor transferido para um sistema.

Q (-) → Calor transferido de um sistema.

Calor total:
Q=m q [ kJ ]

Calor por unidade de massa:
Q
q= [ kJ /kg ]
m

Modos de transferência de calor:

Condução.

Convecção.

Radiação.

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Modos de Transferência de Calor


Condução:

Transferência de energia devido às interações (colisões) entre moléculas, onde
as que possuem maior temperatura transferem energia para as que possuem
menor temperatura.

Esta transferência de energia aumenta com:

O aumento da temperatura.

O aumento da habilidade da substância de transferir energia.

Lei de Fourier da condução:
dT
Q̇=−k A [ kW ]
dx

O sinal negativo indica que o sentido da
Tipo de matéria k [W/m.K]
transferência de calor é da região de Sólidos metálicos ~ 100
maior temperatura para a região de Sólidos não metálicos (vidro, gelo, rochas) 1 a 10
Materiais isolantes ~ 0,1
menor temperatura. Líquidos 0,1 a 10
Gases 0,01 a 0,1

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Modos de Transferência de Calor


Convecção:

É o movimento ascendente ou descendente de matéria devido à diferença de
densidade entre as camadas fluidas causada pela diferença de temperatura.

Para haver transferência de calor por convecção, é necessário ter uma substância
sólida e outra gasosa ou líquida.

Lei de resfriamento de Newton:
Q̇=h A Δ T [ kW ]

Onde o coeficiente de transferência de calor por convecção (h) agrupa todas as
propriedades de transferência de calor, sendo função:

Das propriedades físicas do fluido que escoa.

Do escoamento. Classificação do escoamento Fase h [W/m2.K]
Gás 5 a 25

Da geometria. Convecção natural
Líquido 50 a 1.000
Gás 25 a 250
Convecção forçada
Líquido 50 a 20.000
Ebulição (mudança de fase) 2.500 a 100.000

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Modos de Transferência de Calor

Radiação:

É a transmissão de energia por ondas eletromagnéticas, que não requer
presença de matéria física para ocorrer (pode ocorrer no vácuo), mas necessita
um meio material para ocorrer tanto a emissão quanto a absorção de energia.

Um corpo negro é aquele que absorve todas as ondas eletromagnéticas que nele
incidem, e a taxa de emissão superficial de energia de um corpo negro é:
Q̇cp = σ T 4s [ kW ]

Onde σ é a constante de Stefan-Boltzmann, e vale 5,67.10 -8 W/m2.K4.

A taxa de emissão superficial de energia de um corpo qualquer é escrita como
uma fração da taxa de emissão de um corpo negro perfeito, usando uma
propriedade chamada emissividade (ε):
Q̇= ε σ T 4s [ kW ]

Valores típicos para a emissividade:

Superfícies não metálicas → ε ≈ 0,92.

Superfícies metálicas não polidas → 0,6 < ε < 0,9.
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Trabalho e Calor

Considerações sobre Trabalho e Calor:

Tanto trabalho quanto calor são:

Funções de linha (ou funções de caminho), pois são diferenciais inexatas:
2 2

∫δ W = 1 W2 e ∫ δ Q= 1 Q 2
1 1

São fenômenos transitórios, pois só podem ser identificados quando
atravessam a fronteira do sistema fechado.

As manifestações físicas na vizinhança das variações das energias interna,
cinética e potencial experimentadas por um sistema fechado quando seu
estado termodinâmico é alterado.

Para sistemas compressíveis simples:
2 2

1 w2=∫ p d ν
1
[ ]
kJ
kg
e 1 W 2=∫ p dV
1
[ kJ ]

Para processos reversíveis:
2 2

1 q 2=∫ T ds
1
[ ]
kJ
kg
e 1 Q 2=∫ T dS
1
[ kJ ]
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Potência

Potência:

É o fluxo de energia por unidade de tempo.

Como definimos energia como sendo trabalho ou calor, tem-se:
δW δQ
Pmec = Ẇ = [ kW ] e P ter= Q̇= [ kW ]
δt δt

Fundamental importância:

Em processos humanos e econômicos, o tempo é crucial.

Grande preocupação em atender uma demanda energética [kWh], sob uma
imposição de tempo [kW].

Exemplo:

Em 2015, o consumo de energia elétrica no Brasil foi de 464,5 TWh.

Potência instalada de Itaipu Binacional é de 14.000 MW = 0,014 TW.

Para suprir a demanda de eletricidade brasileira de 2015, Itaipu teria que
operar à potência máxima durante:
Consumo anual 464,5 TWh
Δt= = =33.179 horas=1382 dias → Δ t=3,8 anos
Potência de Itaipu 0,014 TW
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