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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Resumo crítico: De Magistro (Micheli Fernanda Prigol)


Acadêmica: Micheli Fernanda Prigol

Entre os anos de 350 e 450 d. C., surge uma figura histórica na religião cristão e na
filosofia: Santo Agostinho. Sendo um seguidor dos ideais platônicos, Agostinho
defendia que o mundo concreto é um resultado e uma reprodução das nossas ideias
internas do ser humano. Durante sua juventude viveu em pecado e por sua
curiosidade integrou-se a várias seitas e doutrinas até conhecer o Bispo Ambrósio
e se converter ao cristianismo, passando a dedicar-se a explicar o mundo a partir
de uma consciência divina. Santo Agostinho é um pioneiro na filosofia da educação
com sua obra De Magistro. Ele criou o 1º currículo e a primeira normatização do
ensino.

Na obra De Magistro, Santo Agostinho explica que o conhecimento humano se dá


através da iluminação divina; pois precisamos aderir à fé e utilizar a razão para
comprovar e aceitar o que a bíblia nos quer dizer. A razão deve ser entendida como
uma ferramenta de apoio que Deus nos concedeu a fim de que por ela e pela
linguagem possamos entender o mundo e as coisas. Para o autor, aprendemos as
coisas não apenas a ouvir o a palavra que a denomina, mas ao ver o que se está
sendo dito, ao comprovar o seu real sentido.

No primeiro capítulo – Finalidade da linguagem, Santo Agostinho e Adeodato (seu


filho) dialogam sobre o que se pretende fazer ao falar e os dois concordam que é
ensinar algo. Mas se perguntam como aprender algo através da fala? Então Santo
Agostinho defende que quando falamos, além de emitir sons, estamos transmitindo
através das palavras as nossas crenças e essas ao chegar em nossas mente chamam
nossas atenção e façam que as signifiquemos.

Já no segundo capítulo – O homem mostra o significado das palavras só pelas


palavras, Adeodato afirma que palavras são sinais e sempre significam algo, porém
seu pai o faz intender que algumas palavras não possuem significado algum e ele
explica que quando falamos algo não fizemos isso em vão, mas sim com o intuito
de transmitir algum significado ao outro que nos houve. E ao final concordam que
há falhas neste modo de pensar as palavras.

No capítulo 3 – Se é possível mostrar alguma coisa sem o emprego de um sinal,


Adeodato afirma que para convencer seu pai que as palavras sempre significam
algo mesmo sem sinais é preciso que ele sinta o que ele diz e pede para que seu pai
continue a interrogá-lo sem usar palavras. Agostinho então concorda com o filho,
mas demonstram que algumas coisas não precisam ser ditas para que sejam
compreendidas, elas podem por exemplo, ser apontadas e mesmo assim irão
proporcionar significado a quem as ver. Adeodato afirma ainda que algumas coisas
não podem ser demonstradas de tal forma,como as qualidades do ser humano e
concorda em partes com seu pai a afirmar que podemos demostrar e interrogar
algumas coisas através dos gestos.

O capítulo 4 - Se os sinais se mostram com sinais, este diálogo propõe que as


palavras são sinais e que podem ser explicadas através de sinais. Usa-se o exemplo
da palavra “pedra”, que por si só já sabemos o que é pedra , mas se a escrevemos
as letras significam mais. Por tanto, o significado das coisas vão além do próprio
nome, compreendem todos os seus significados.

Já o capítulo 5 – Sinais recíprocos, apresenta-se uma discussão em que uma palavra


pode ser descrita/substituída por várias outras palavras, mas nenhum dessas pode
substituir a palavra original dita. E que também existem palavras que expressam
somente aquela coisa e nada mais.

No capítulo 6 - Sinais que significam a si mesmos, Adeodato e Agostinho


concordam que as palavras são nomes e nomes são palavras, e que vocábulos são
nomes e nomes vocábulos e que sinais e palavras podem dar significados iguais a
uma mesma coisa, porém cada um à sua forma. Agostinho afirma ainda que a sinais
que significam a si mesmos, ou seja que significa e também é significado
reciprocamente. O capítulo 7 apresenta um resumo dos capítulos anteriores.

No oitavo capítulo - Não se discutem inutilmente estas questões. Assim, para


responder àquele que interroga, devemos dirigir a mente, depois de percebermos
os sinais, às coisas que estes significam – Agostinho questiona seu filho sobre a
real importância das coisas pequenas que estão a nossa volta e se elas devem ser
discutidas. E Adeodato diz que tudo o que lhe é dito ele reflete e ele questiona seu
pai sobre come eleger as importâncias dos assuntos.

No capitulo 10 - Se é possível ensinar algo sem sinais. As coisas não se aprendem


pelas palavras, Adeodato afirmar não se remeter a nada que se possa ser ensinado
senão através de sinais. Então seu pai lhe pergunta se as imagens e gestos não dão
significado as coisas e Adeodato responde que só é possível dar significado a
alguma coisa se já possuímos conhecimento sobre ela ou se somo instigados
abuscar este conhecimento por nosso mestre. Agostinho então resume expõe as três
principais perguntas que nortearam as discussões:
 se era possível ensinar sem sinais?
 se havia sinais preferíveis às coisas que expressam?
 se o conhecimento das coisas pode ser melhor que os sinais?
E em seguida questiona Adeodato de uma quarta questão: as coisas por nós
encontradas, tu as julgas de tal maneira que não deixem em ti possibilidade de
dúvida? E com isso faz com que ele reflita sobre o que são verdades absolutas e se
elas existem, ou se o significados das coisas vão se modificando com o passar dos
anos e com o amadurecimento do ser. Ao refletir o filho afirma que existem coisas
que não modificam seu significado.

No capítulo 11- Não aprendemos pelas palavras que repercutem exteriormente, mas
pela verdade que ensina interiormente; Agostinho que não se pode ensinar as coisas
através dos sentidos e da mente se estas não representam nada a quem se quer
ensinar. O mestre ao ensinar precisa instigar o aprendiz a querer buscar saber mais
sobre as coisas e este deve buscar dentro de si as infirmações que já possuem. De
nada adianta as palavras serem jogadas sem significado, não irão modificar o ser.

No capítulo 12 - Cristo é a verdade que ensina interiormente, Agostinho explica


para Adeodato que o verdadeiro sentido que damos as coisas é aquele interior e
pode ser dado através dos sentidos do corpo e da mente. Os sentidos possibilitam
um sentido carnal e a mente um sentido espiritual. O primeiro é um sentido que se
dá ao vermos as coisas e o segundo se dá para as coisas que não podemos ver mas
mesmo assim acreditamos e se credes nas palavras que são ditas e não
experimentadas, podemos dizer que somos iluminados interiormente por razão.
Agostinho ainda completa dizendo que de nada adianta o que ele diz se Adeodato
não crer em Deus para então compreender.

No capítulo 13 - A força das palavras não consegue mostrar nem sequer o


pensamento de quem fala, o dialogo nos mostra que as palavras não conseguem
expressar o verdadeiro significado que a pessoas que as diz quer demostrar, pois as
palavras são limitadas. Porém a mente das pessoas vai além das palavras ditas, tanto
que por mais esforço que se tenha em dizer algo não conseguimos expressar por
inteiro. Ou seja, a linguagem limita o ser a palavras que não exprimem o real
sentido das coisas.

No capítulo 14 - Cristo ensina interiormente, o homem avisa exteriormente pelas


palavras, Agostinho afirma que por mais que um mestre ensine o que é verdadeiro
é o aprendiz que depois de ouvir vai ver interiormente se as coisas ditas são
verdadeiras para si, pois cada ser é único e possui suas próprias verdades. E por fim
diz a seu filho que nunca atribua valor a um mestre mais que o Mestre do céu, pois
só este permite a sabedoria interior do ser e diz que todo aquele que ensina ainda
pode aprender. Por fim Adeodato diz que compreende que a busca pelo significado
parte do ser e não do mestre.

Pode-se compreender que mesmo sendo um texto com muitos anos, o que o diálogo
entre Agostinho e seu filho Adeodato nos propõe sermos educadores que
possibilitem aos seus educandos a busca pelo conhecimento, onde o papel do
professor é mediar e instigar o alunar a buscar sua formação. Como defende Santo
Agostinho, não aprendemos as coisas apenas pelas palavras, mas pelos significados
que elas nos dão interiormente. Sendo assim, o papel das palavras/linguagem é
remeter ao homem as lembranças que ele já possui e a sua consciência.

Considerei um texto de difícil entendimento de compreender, mas as propostas


feita por ele são válidas ainda hoje e se postas em prática podemos formar sujeitos
críticos e capazes de pensar a própria realidade. Uma educação baseada nos ideais
agostinianos formam alunos autônomos, capazes de tirar suas próprias conclusões
a cerca dos acontecimentos.

Referência:

AGOSTINHO, Santo. De magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os


Pensadores)

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