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Aula 08

Desenvolvimento Psicosexual – A teoria de Freud

Sigmund Freud, Pai da psicanálise quebrou paradigmas morais na sua época ao descobrir a
sexualidade infantil.

O objetivo do comportamento humano é sempre o prazer, e apesar do homem ter várias ações
diferentes, todas podem ser resumidas aos extintos de vida e morte dele.

Freud construiu sua teoria da personalidade partindo do estudo das regiões “obscuras” da
psique, através dos sonhos e fantasias. Ele formulou os conceitos id, ego e superego, que são
aspectos da formação psicológica cujas atuações influenciam o comportamento humano.

O Id é a parte da personalidade onde se estabelece o reservatório dos instintos humanos, do


prazer, da libido, é a manifestação do lado animal do ser humano. Ele faz o homem concentrar
toda a energia possível na obtenção de satisfação do seu organismo.

O Superego é a parte da personalidade onde se fixam as regras, os padrões morais, sociais e


culturais. Inicialmente tem influencia familiar, posteriormente, de todos os estímulos que
envolvem o indivíduo. Esses padrões e regras são interiorizados num período específico da
infância.

O Ego (Eu) é a parte da personalidade que realiza o equilíbrio entre as vontades do Id, as
exigências do Superego e as exigências da realidade.

A interação dessas três estruturas mentais vai resultar na personalidade do indivíduo.

Freud escreveu uma teoria do desenvolvimento a partir da descoberta da sexualidade infantil.


Em seus estudos, ele descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos
relacionavam-se a conflitos do campo sexual, que desenvolveram-se nos primeiros anos de
vida e deixavam aspectos marcantes na estrutura humana. Essas observações colocaram a
sexualidade no centro da vida psíquica. Assim Freud postulou a existência da sexualidade
infantil.

Feud quebrou muitos paradigmas, ele rompeu com o conceito de que a criança é “inocente”,
rompeu também com a ideia do sexo somente estar associado à reprodução e comprovou que
a função sexual não se estabelece apenas na puberdade, mas o processo de desenvolvimento
da sexualidade é longo, e dura da infância até a fase adulta, e nesta fase tanto homem como
mulher podem ter relações sexuais tanto para reprodução quanto para a obtenção de prazer.

Freud postulou as cinco fases do desenvolvimento psicosexual do indivíduo. São elas:

a) Fase Oral – De 0 a 18 meses


As necessidades de desenvolvimento do organismo se concentram na região oral, na
boca, língua, lábios. É notório, quando se observa crianças nesta fase, o ato de levar
quaisquer objetos à boca. Se a criança for privada atender esta necessidade orgânica,
ela terá uma má formação do ego, e provavelmente terá dificuldade de superar esses
desejos orais frustrados.
b) Fase Anal - 18 meses a 3 anos
É neste período que se desenvolve o controle das fezes e urina, por isso, a atenção dela
se concentra no funcionamento anal, onde reter os dejetos ou excretá-los associam-se
a sensações prazerosas. Caso não seja impedido esse treino dos esfíncteres, o ego
também pode ter uma má formação que comprometerá o desenvolvimento do
indivíduo.
c) Fase Fálica – 3 a 7 anos.
Este nome da fase deriva de falo (pênis) que é o órgão-objeto principal de interesse
para a criança de ambos os sexos. Nesta fase, é possível observar nas crianças algumas
manifestações do impulso sexual: elas se interessam nas diferenças anatômicas entre
os sexos; gostam de ficar exibindo estas partes e têm curiosidades em conhecer outras
partes do organismo e suas funções; interessam-se pela origem dos bebês, perguntam
sobre a atividade sexual dos pais, e sobre o papel do pai na procriação.
Neste período ocorre o complexo de Édipo, em que para a criança a mãe torna-se o
objeto de prazer, e o pai seu rival. Os meninos passam a imitar o pai para “ter” a mãe.
Assim, internaliza todo o comportamento, regras e normas da figura paterna.
Conforme vai se desenvolvendo, ao perceber que pode perder o amor do pai, troca a
mãe pelos atrativos do mundo social a que começa perceber de forma mais latente,
desinteressando-se pela figura materna como objeto de competição ou posse. Os
garotos, já com as regras e padrões de comportamento internalizados a partir das
referências paternas, tornam-se disponíveis ao convívio social. O mesmo ocorre com as
meninas, mas a identificação é centrada na figura materna.
Nesta fase, coibir ou punir estes interesses e descobertas da criança pode ter efeito
negativo na identificação sexual dela.
d) Fase da Latência – entre 7 e 12 anos. É uma fase mais tranqüila, tem o nome de latente
porque os impulsos ficam impedidos de se manifestar. Neste período, a criança cria
mentalmente, barreiras que impedem suas manifestações da libido – repugnância,
vergonha, moralidade. Logo, transfere a energia contida de seus impulsos sexuais para
o desenvolvimento de atividades culturais (leitura, escrita, e outras habilidades para
alívio). Uma característica marcante desta fase é a separação entre crianças de sexos
diferentes e a rivalidade entre os dois grupos.
e) Fase Genital – entre 12-14 anos (nas meninas) e 14-16 anos (nos meninos)
É o início da fase adulta e o próprio corpo não é mais o objeto de erotização ou de
desejo, mas o outro.

Conhecer a história pessoal do desenvolvimento do indivíduo, ligada às privações,


impedimentos, punições e coibições a que foi submetido na infância, bem como uma visão
panorâmica das influências sociais a que foi submetido dentro e fora de casa, que podem ser a
causa de dificuldades, disfunções e debilidades motoras, psíquicas, orgânicas e emocionais que
ele manifeste em sala de aula, pode ajudar o educador a compreender as limitações do aluno
para traçar formas eficientes de contornar essas dificuldades para o progresso do aprendizado.

Aula 09

É fato que um educador, ao adquirir uma visão panorâmica da psicanálise, muitas vezes pode
tornar-se capaz de enxergar os problemas do processo de aprendizagem muito mais ligados
aos fatores humanos que aos técnicos.

A psicanálise mostra o ser humano como um ser que funciona como resultado de seus desejos,
tanto conscientes quanto inconscientes. O educador que compreende o aprendiz por este viés,
pode manobrar um acervo observado de comportamentos conscientes de seus alunos para
desvendar influências internalizadas no inconsciente deles, encontrando nesses desejos
implícitos formas mais adequadas de ajudá-los em suas dificuldades no processo de
aprendizagem.

Na legislação nacional vigente, uma das funções da escola é contribuir para a formação da
personalidade do indivíduo. Porém, ao estudar a visão da psicanálise, pode-se notar que no
período escolar o professor já recebe a criança já tendo passado pelas fases iniciais do
desenvolvimento do ego, onde a maior parte das regras e condutas (boas ou ruins a que foi
submetida) já foram internalizadas e absorvidas no superego, fazendo parte da personalidade
da criança. Desta forma, cabe uma análise se o professor deve tornar-se um psicoterapeuta, ou
um “retificador” dos comportamentos de seus alunos.
A psicanálise não influencia nos métodos e procedimentos técnico-pedagógicos, apenas
capacita o educador para reconhecer as limitações de seus alunos no processo pedagógico e a
assumir sua importância como modelo de conduta e influência sobre eles, como um padrão
equilibrado de comportamento que faça-os identificarem-se e copiarem-no. O professor pode
utilizar-se desta identificação que os alunos passam a ter para manipular a energia reservada
no inconsciente como ferramenta que ajudem a criança a desenvolver-se também no contexto
do convívio coletivo.

No contexto coletivo em sala de aula, o educador tem o privilégio, a oportunidade e a


prioridade de dar certa liberdade à criança para que desenvolva suas habilidades sociais de
relacionamento, assimilando as regras da vida em coletividade. Privilégio e prioridade porque
torna o professor responsável por privar o indivíduo de receber más influências de outras
esferas sociais (instâncias da vida externas ao ambiente familiar e escolar), nocivas ao seu
desenvolvimento e posteriormente prejudiciais à sociedade.

Uma vez que o aluno e o professor são sujeitos de seus desejos (conscientes ou inconscientes),
o professor pode compreender que o sucesso ou fracasso da aprendizagem não está
necessariamente atrelado aos métodos utilizados, mas principalmente às questões humanas,
aos desejos internalizados ou exprimidos. Assim, a assimilação dos conteúdos ministrados é
resultado de disposições positivas do inconsciente.

Um professor que compreende a visão psicanalista do indivíduo, tem muitas ferramentas a


favor do seu sucesso e de seus alunos. Ele é apto a perceber: o comportamento do aluno nas
suas fases de desenvolvimento; como se manifesta sua energia dos desejos sexuais; quais os
possíveis conflitos e angústias seu aluno pode estar enfrentando. Logo, torna-se capaz de: não
agravar algumas más tendências do indivíduo em seu caráter; liberar-se da ideia de que deve
“curar” o aluno; e reconhecer suas limitações e de seus alunos, que não são quem ele gostaria
que fossem.

A psicanálise contribui para a pedagogia proporcionando um referencial do comportamento


humano (tanto de si mesmo quanto de seus alunos), influenciado pelos próprios desejos
inconscientes. Discernindo a energia desses desejos, o educador pode fazer uso dela para
obter diversos progressos no seu objetivo de fixar os conteúdos escolares.

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