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Efeitos Biológicos da Radiação

Curso de Radioproteção
Dr. Felipe Erlich
Búzios, Rio de Janeiro
28/10/06
Efeitos Biológicos da Radiação

• Parte 1: A absorção de Energia pelos tecidos

• Parte 2: A importância radiobiológica do


fracionamento da dose

• Parte 3: Conceitos Radiobiólogicos e sua


importância na Radioproteção
Efeitos Biológicos da Radiação

Parte 1

A absorção de Energia pelos


tecidos
Histórico

1895: Roentgen descobriu


um novo tipo de radiação

raios X
Histórico
• 1895: raio X
→ enegrecer filmes fotográficos

• 22 de dezembro de 1895
→ mão de sua esposa primeira
radiografia humana

• 1896: primeira demonstração pública


→ radiografia da mão professor de
anatomia Rudolf Albert Van Kolliker
Histórico
• 1898: Antonie Henry Becquerel
→ descobriu radioatividade

• 1898: Marie e Pierre Curie


→ descoberta do rádio
Histórico

• Becquerel: container de rádio no bolso

02 semanas: eritema ⇒ ulceração ⇒ cicatrização

• primeiro experimento relatado em radiobiologia


Histórico

• 1901: Pierre Curie repetiu o experimento produzindo


queimadura com rádio em seu próprio antebraço
Histórico

• início dos estudos em radiobiologia

• RADIOBIOLOGIA: estudo da ação das radiações


ionizantes nos tecidos vivos
Absorção de energia em materiais biológicos

EXCITAÇÃO IONIZAÇÃO
Radiação Não-Ionizante

EXCITAÇÃO
• e- aumenta nível de energia
• NÃO é ejetado

IONIZAÇÃO
• energia suficiente para
EJETAR e-
• liberação localizada de
energia
Radiação Ionizante
Princípios de Radioterapia

Tipos de Radiação

• Ionizante
• Não Ionizante
Princípios de Radioterapia

Radioterapia

Especialidade médica que


utiliza a radiação ionizante com
fins terapêuticos.
Princípios de Radioterapia

Unidade de Dose

Gray (Gy) = J x Kg -1

1 Gray (Gy) = 100 cGy


Princípios de Radioterapia

Tipos de Radiação

• Particulada
• Eletromagnética
f

V= λ . f
Classificação das Radiações Ionizantes
Radiações ionizantes

ELETROMAGNÉTICAS PARTICULADAS

Raios X: extra-nuclear (desaceleração de e-) elétrons, prótons, partículas-α, nêutrons


Raios γ: intra-nuclear (isótopos radioativos) π-meson negativos e íons pesados carregados
Radiações Eletromagnéticas
• raios X e raios γ:
→ mesma natureza e mesmas propriedades
→ diferem na origem

RAIOS X
parte da energia
diferença de elétrons acelerados colisão contra
cinética é convertida
potencial elétrico para altas energias um alvo
em raios X

RAIOS γ
excesso de energia liberado por núcleos instáveis
(isótopos radioativos) em busca da estabilidade
Radiações Eletromagnéticas

MODELO DE ONDAS MODELO QUÂNTICO


• campo elétrico e campo magnético • “riacho” de fótons
• perpendiculares • “pacotes” de energia

C=λ⋅v E=h⋅v

C ... velocidade da onda E ... energia do fóton


λ ... comprimento da onda h ... constante de Planck
v ... frequência da onda v ... frequência da onda
Modelo Ondulatório
C=λ⋅v

• velocidade da onda seria constante (no vácuo: 3 ⋅ 1010 cm/s)

• comprimento de onda e a
frequência são inversamente
proporcionais
Modelo Quântico
E=h⋅v

• a diferença entre uma radiação ionizante e uma radiação não-


ionizante estaria no tamanho dos “pacotes” individuais de
energia e não à energia total envolvida

• radiação ionizante
→ energia do fóton > 124 eV
→ comprimento de onda < 10-6 cm
Radiações Particuladas
• elétrons
→ carga negativa e pequena massa
→ acelerados por diferença de potencial

• prótons
→ carga positiva e massa 2.000 vezes maior
→ maior complexidade e custo para serem acelerados

α
• partículas-α
→ núcleo do átomo de He: 02 prótons e 02 nêutrons
→ decaimento de radionuclídeos (U e Ra)
Radiações Particuladas
• nêutrons
→ sem carga com massa aproximadamente igual à do
próton
→ não podem ser acelerados eletricamente
→ produzidos por desaceleração de um dêuteron ou
fissão nuclear

• partículas pesadas carregadas


→ elementos como C, Ne, Ar ou outros com carga
positiva devido à perda de elétrons orbitais
Absorção dos Raios X
Radiação Ionizante

DIRETAMENTE INDIRETAMENTE
IONIZANTE IONIZANTE
Absorção dos Raios X
Diretamente Ionizantes
α
• partículas carregadas: prótons, elétrons e partículas-α

• energia cinética suficiente

• produzem diretamente mudanças químicas e biológicas


no meio absorvedor
Absorção dos Raios X
Indiretamente Ionizantes
• radiações eletromagnéticas (raios X e raios γ) e nêutrons

• produzem partículas carregadas que irão produzir os


danos químicos e biológicos no meio absorvedor

• raios X e raios γ: produzem elétrons

• nêutrons: produzem prótons e partículas-α


Dano ao DNA
Ação Direta e Ação Indireta
AÇÃO AÇÃO DIRETA
INDIRETA

• o dano ao DNA é causado pela partícula


carregada diretamente

• predomínio em radiações de alto LET


(partículas-α e nêutrons)

• dano biológico não pode ser modificado


quimicamente
AÇÃO
DIRETA
Dano ao DNA
Ação Direta e Ação Indireta
AÇÃO AÇÃO INDIRETA
INDIRETA

• a partícula carregada interage com


outras moléculas (H2O) para produzir
radicais livres que irão lesar o DNA

• o dano biológico pode ser modificado


quimicamente

AÇÃO
DIRETA
Dano ao DNA
Ação Direta e Ação Indireta
AÇÃO AÇÃO INDIRETA
INDIRETA

• ionização da água: H2O  H2O+ + e-

• H2O+ → íon e radical livre (altamente


reativo)

• H2O+ + H2O  H3O+ + OH-

• radical hidroxila (OH-) é responsável


AÇÃO por 2/3 do dano ao DNA causado por
DIRETA raios X
fóton incidente
± 10-15 s

elétron rápido

10-3 - 10-5 s
radical livre

quebras de
ligações químicas
(dano ao DNA)
horas, dias,
meses ou anos morte celular

efeitos biológicos carcinogênese


mutação
Quebras do DNA

• morte celular

• mutação

• carcinogênese
Estrutura do DNA

• Estrutura do DNA :

• grande molécula em dupla hélice


• duas “fitas” unidas por pontes
de hidrogênio
Estrutura do DNA

• “Espinha Dorsal”
• grupos fosfato e
açúcar alternados

• 4 bases nitrogenadas
Tipos de Quebra
• Em uma célula irradiada podem ocorrer :
• quebra de apenas uma fita (quebra simples)
• quebra das duas fitas (quebra dupla)

• quebra simples tem poucas


conseqüências biológicas
- rapidamente reparada
• reparo incorreto = mutação

• duas fitas quebradas em lugares


bem separados : reparo
Quebra Dupla
• Quebras nas duas fitas do DNA em posições opostas ou
separadas por algumas bases

• É a lesão mais importante produzida pela radiação

• Mais rara (25x < que a quebra simples)

• Varia linearmente com a dose em baixas doses, e


qudraticamente em altas doses

• Promove:
• Morte celular
• Mutação
• Carcinogênese
Quebras do DNA

• Evento de morte celular se correlaciona melhor


com eventos de dupla quebra

• Dupla quebra é a lesão mais relevante, resultando


na maioria dos insultos biológicos incluindo
morte celular...
Reparo de uma Quebra Dupla
Recombinação homóloga X Recombinação não homóloga

• Recombinação homóloga
• Requer DNA não
danificado – ocorre após a
replicação
• Rara / livre de erros

• Recombinação não homóloga


(ilegítima)
• Lesões pré-mutagênicas
Aberrações Cromossômicas

Anel
Dicêntrico LETAIS
Ponte de Anáfase

Translocação Simétrica
NÃO LETAIS
Deleções Pequenas
Aberrações Cromossômicas
Dicêntrico

• Quebra em cada
cromossomo ocorre antes
da fase S

• Pontos de quebra
próximos se unem

• Ocorre a replicação

• Cromossomo bizarro com


2 centrômeros
Aberrações Cromossômicas
Dicêntrico
NORMAL

DICÊNTRICO
Aberrações Cromossômicas
Anel
• Uma quebra em
cada braço de uma
cromátide

• Pontos de quebra
se unem formando
um anel

• Fase S
replicação dando
origem a
cromossomo
bizarro
Aberrações Cromossômicas
Anel
Aberrações Cromossômicas
Ponte de Anáfase

• Quebra ocorre após a fase


S

• Pontos de quebra se unem

• Fragmento acêntrico é
perdido

• Não é possível haver


separação das cromátides
Aberrações Cromossômicas
Ponte de Anáfase

Normal

Ponte de Anáfase
Aberrações Cromossômicas
Translocação Simétrica (dano não letal)

• Quebras em dois
cromossomos
antes da fase S

• Pontos de quebra
são trocados

• Ativação de
oncogenes
Aberrações Cromossômicas
Deleção (dano não letal)

• Duas quebras no
mesmo braço de um
mesmo cromossomo

• Perda do material
genético entre as
duas quebras

• Associado a
carcinogênese
(perda de gen
supressor)
Aberrações Cromossômicas em Linfócitos
Humanos
• Biomarcadores de exposição a
radiação

• Freqüência de aberrações
assimétricas (dicêntricos e anéis)
reflete a dose recebida

• Modelo linear-quadrático
• Linear - duas quebras / uma
partícula carregada
• Quadrático - duas quebras /
partículas diferentes
Aberrações em Células Tronco

• Letais (dicêntrico)
• Danos instáveis, não sustentados
• Podem ser usados para estimar exposição
recente

• Não-Letais (translocação)
• Danos estáveis, repassado a célula filha
• Exposição recente e também após vários anos
(Hiroshima e Nagasaki)
Efeitos Biológicos da Radiação

Parte 2

A importância radiobiológica
do fracionamento da dose
Eficácia do fracionamento e os 4 R´s

Redistribuição no ciclo celular


Reoxigenação das células hipóxicas
Reparo ao dano subletal
Repopulação
R
Eficácia do fracionamento e os 4 R´s

Redistribuição no ciclo celular


Reoxigenação das células hipóxicas
Reparo ao dano subletal
Repopulação
R
Conceitos Fundamentais

Conceito - Morte Celular

Células não-proliferativas Células proliferativas


(nervos e músculos) (epitélio intestinal)

Perda da capacidade de
Perda de uma
proliferação sustentada
função específica
(integridade reprodutiva)
Conceitos Fundamentais

 Para Rxt da célula tumoral:


Rxt


Célula tumoral

Perda da integridade Capacidade reprodutiva


reprodutiva mantida

Morte celular
Clones sobreviventes
(células clonogênicas)
Conceitos Fundamentais

 Doses usuais de Rxt para morte celular:

Morte Morte
Funcional Reprodutiva

± 100 Gy < 2 Gy
Conceitos Fundamentais
Conclusão Inicial:

 Radiobiologicamente:
Morte celular significa

Perda da capacidade proliferativa


ou
Perda da integridade reprodutiva
(perda da capacidade de se dividir continuamente)
Ciclo Celular

• Intérfase - 90 % vida celular


•G 1 (gap1)
•S
•G 2
• Mitose - duplicação celular
•Prófase
•Metáfase
•Anáfase
•Telófase
Ciclo Celular
Ciclo Celular

• Células mais sensíveis na mitose ou próximo a ela

• G2 é uma fase usualmente sensível

• Resistência celular é maior na parte final de S

• G1 é uma fase de duração variada onde seu início é

mais resistente que seu término


Ciclo Celular
• Fase M os cromossomos estão condensados
• Fase mais sensível
e-

• Fase S os cromossomos estão dispersos


• Fase mais resistente
• DNA duplicado, genoma replicado
e-
• Mais fácil o reparo dos danos sub-letais
Redistribuição no ciclo celular
• Radioterapia apresenta efeito diferente de acordo com a
fase do ciclo celular
• Sincronização numa fase mais resistente
• Entre uma fração e outra, as células caminham para fases
mais sensíveis

• Ganho terapêutico, pois esse efeito de redistribuição ocorre


para células com rápida proliferação
Eficácia do fracionamento e os 4 R´s

Redistribuição no ciclo celular


Reoxigenação das células hipóxicas
Reparo ao dano subletal
Repopulação
R
A importância do Oxigênio

• Vários agentes químicos e farmacológicos possuem a


capacidade de modificar os efeitos biológicos da radiação.

• Oxigênio:
- mais simples
- efeito mais significativo
- implicações práticas óbvias
A importância do Oxigênio

• 1912, Swartz, Alemanha: Reação cutânea mais discreta


produzida por aplicador de Rádio quando pressionado
contra a pele.

• 1921, Holthusen: Áscaris resistentes à radiação na ausência


de O2.

• 1930, Mothram, Inglaterra: Curvas de sobrevida em


“fatias” tumorais irradiadas na ausência ou presença de O2.
Momentos da Ação do O2 e seus
Efeitos

• Para o efeito do O2 ser observado, este deve estar presente


durante ou microssegundos após a exposição à radiação (5ms).

• Ação associada aos níveis de Radicais Livres

• Produzem alterações nas moléculas de DNA, que resultam na


expressão final do dano biológico.
Momentos da Ação do O2 e seus
Efeitos

• O2 reage com o radical


livre – formação de um
peróxido orgânico.

• Alteração da composição
química do material
exposto: Impede auto-
reparação, fixação do
dano.
Natureza do efeito do O2

• OER para vários tipos de


radiação ionizantes.
Hipóxia Crônica e Aguda

• Crônica:

• Descrita em 1955: Thomlison e Gray

• Resulta da difusão dificultada de O2 pela distância das


células a partir do capilar.

• Estudos em células do epitélio brônquico – células em


contato entre si, nutridas entre a partir do estroma.
Hipóxia Crônica
• Secção histológica de
carcinoma brônquico
humano.

• Variação com o raio do


tumor.
Hipóxia Crônica
• Difusão do O2 através do tumor a
partir do capilar.

• Medir a distância que o O2 é


capaz de percorrer70 a 150µm

• Células intermediárias:
Concentração de O2 suficiente
para mantê-las viáveis, mas não o
suficiente para torná-las
radiossensíveis.
Hipóxia Aguda

• Parada temporária da vascularização.

• Ocorre na maioria das vezes em pontos do tumor.

• Hipóxia intermitente.
Hipóxia Crônica e Aguda

• Diferença entre hipóxia


crônica (difusão limitada) e
aguda (oclusão capilar
temporária).
Reoxigenação

• Tumor com população

mista: RxT mata as células

mais oxigenadas.

• Reoxigenação
Mecanismos de Reoxigenação

• Rápido x Lento

• Relação com os diferentes tipos de hipóxia que as células se


encontravam.

• Hipóxia crônica: Reoxigenação lenta.

• Ocorre em dias.

• Tumor reduz o tamanho, e células ficam mais próximas do


vaso.
Mecanismos de Reoxigenação

• Reoxigenação rápida: Completada em horas.

• Recuperação das células que estavam agudamente em hipóxia.

• Células próximas aos vasos fechados.


Importância da Reoxigenação em RXT

• Regimes multifracionados: Importantes para lidar com


tumores com grandes quantidades de células hipóxicas.

• Melhor definição do padrão do fracionamento para cada


tumor, conhecimento do tempo de reoxigenação
individual.

• Hipóxia confere proteção significativa à radiação, e a


alguns agentes quimioterápicos.
Eficácia do fracionamento e os 4 R´s

Redistribuição no ciclo celular


Reoxigenação das células hipóxicas
Reparo ao dano subletal
Repopulação
R
Classificação dos danos

• Dano letal → Irreversível e irreparável


→ Morte celular

• Dano sub-letal → Pode ser reparado em horas se não


for adicionado um novo dano sub-letal.

• Dano potencialmente letal → Pode ser modificado


pelas condições do meio após a irradiação.
Dano sub-letal

• Pode ser reparado em horas se não


for adicionado um novo dano sub-letal.

• É observado pelo aumento da sobrevida se uma determinada


dose for dividida em 2 frações separadas por um intervalo de
tempo

• É de fundamental importância para o reparo de


tecidos sadios
Mecanismo de reparo do dano sub-letal

• A morte celular decorre de


aberrações resultantes da interação
entre duas quebras separadas no DNA

• No intervalo entre as frações a célula


pode reparar um dos danos do
cromossomo, evitando a interação.
Eficácia do fracionamento e os 4 R´s

Redistribuição no ciclo celular


Reoxigenação das células hipóxicas
Reparo ao dano subletal
Repopulação
R
Efeitos Biológicos da Radiação

Parte 3

Conceitos radiobiológicos e
sua importância na
radioproteção
Efeitos Determinístico e Estocástico

TE
• Efeito determinístico: efeito onde há limiar de dose e a
severidade do efeito é dose-dependente (ex: catarata)

N
TA
R
• Efeito estocástico: não há limiar de dose. A cél. permanece
PO
viável com mutação (carcinogênese ou efeitos hereditários).
A probabilidade de câncer aumenta com a dose, mas não a
IM

severidade do câncer.
Efeito Determinístico

• Limiar de Dose: dose de Rx onde há probabilidade de


dano (threshold) celular em n° suficiente p/ gerar perda da
função de certo tecido;

• Acima do limiar de dose a severidade do dano aumenta


com a dose.

• Conceito de TD (Dose de Tolerância)


TD5/5 (Gy)
Volume

Orgão 1/3 2/3 3/3 Objetivo

Clínico Calc. Clínico Calc. Clínico Calc.

Rim 50 49.64 30 31.38 23 21.06 Nefrite Clínica

Cérebro 60 59.90 50 50.27 45 44.82 Necrose/ infarto

Tronco 60 59.86 53 53.39 50 49.73 Necrose/


Cerebral infarto

Esôfago 60 60 58 57.23 55 55.66 Estenose/perfur


ação
TD5/5 (Gy)
Volume

Orgão 1/3 2/3 3/3 Objetivo


Clínico Calc. Clínico Calc. Clínico Calc.
Coração 60 59.26 45 46.23 40 38.86 Pericardite

Pulmão 45 47.88 30 26.36 17.5 14.19 Pneumonite

Pele 10cm2 10cm2 30cm2 30cm 100cm2 100c Necrose/Ulcera


70 69.07 60 2 55 m2 ção
61.79 53.81

Delgado 50 48.50 -- 43.71 40 41.00 Obstrução/Perf


uração
Medula 5cm 5cm 10cm 10cm 20cm 20cm Mielite/Necrose
Espinhal 50* 50.14* 50 48.96 47 47.78
Efeito Estocástico

Carcinogênese: experiência humana

• Indução do câncer é o mais importante efeito de baixas doses de Rx

• Há muito tempo sabe-se de uma ligação entre exposição ao Rx e Ca

• Marie Curie e sua filha faleceram por leucemia relacionada à Rx

• Informações sobre Ca induzido por Rx vêm de populações expostas


à Rx com finalidade médicas
Carcinogênese: experiência humana

• Sumário de exposições humanas:


• 1. Ca de pele em quem trabalhava com Rx antes das normas de segurança
• 2. Ca de pulmão em mineiros que extraíam rádio e urânio
• 3. Tumores ósseos em pintores de relógio com tinta radioativa
• 4. Tumores hepáticos em pacientes que receberam o contraste Thorotrast
• 5. Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki. 120.000 foram acompanhadas e
ocorreram 6.000 mortes por Ca até 1990, 400 consideradas por Rx
• 6. Leve ↑ do risco de leucemia em pacientes submetidos à Rxt para tto de
espondilite anquilosante na Inglaterra de 1935 a 1944
• 7. ↑ de leucemia em radiologistas antes das normas de segurança
• 8. Ca de tireóide e de mama em crianças submetidas à Rxt p/ timo aumentado
• 9. Ca de tireóide em crianças submetidas ao Rx p/ tto de tinea capitis
• 10. Ca de mama em pacientes c/ TB submetidos à fluoroscopia
Ca na infância após exposição in utero

• Irradiação in utero por Rx diagnóstico parece aumentar a


incidência de leucemia e cânceres na infância principalmente
no 3º trimestre de gestação;

• Um exame de Rx (10mGy), aumenta o risco de Ca em 40%;

• O risco absoluto é de cerca de 6% por gray, que não é muito


diferente do risco nos sobreviventes da bomba atômica.
Efeitos da radiação no
embrião e no feto

• Efeitos letais: antes ou imediatamente após a


implantação do embrião na parede uterina ou após
doses altas de radiação durante todo o
desenvolvimento uterino
• Malformações: período de organogênese, onde as
principais estruturas estão sendo formadas
• Distúrbios de crescimento: principalmente no final
da gravidez
Preimplantação

• Estágio mais sensível para os efeitos letais


• Alta incidência de morte pré-natal
• Não é observado retardo no crescimento
• Em ratos, 0.05-0.15 Gy pode matar ovos
fertilizados
• Efeito “tudo ou nada” da radiação
Organogênese

• Anormalidades congênitas da estrutura do feto


• 2Gy durante o período de sensibilidade máxima
resulta em 100% de malformação
• A maioria das células estão na fase de blástula
• Nos humanos, esta é a fase onde a talidomida
produz efeitos desastrosos e na qual o vírus da
rubéola têm sua maior ação
• Embriões que recebem irradiação na fase inicial da
organogênese possuem a maior taxa de retardo no
crescimento
Período Fetal

• Corresponde a partir do 14° dia no rato e


ana 6° semana no humano
• Efeitos: hematopoese, fígado, rim e gônadas
• É necessária uma dose alta para produzir
um efeito letal nesta fase
Experiências em Humanos

• Informações sobre radiação em humanos


provém de 2 fontes: medicamentos e
sobreviventes da bomba-atômica no Japão
• A malformação mais comum é a
microcefalia (associada ou não com retardo
mental), retardo no crescimento e outros
defeitos no SNC
Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki

• Poucas pessoas eram menores que 4


semanas de gestação
• Crianças que estavam a 1500m da explosão
são menores, mais magras e seu diâmetro
cefálico é bem menor daquelas que estavam
a 3000m
• Portanto, o principal efeito foi microcefalia
e retardo mental
Sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki

• Estudo: 1600 crianças expostas em útero


• 30 apresentaram retardo mental
• 5 apresentavam outra causa para o retardo
• O período mais sensível é entre 8 e 15
semanas. Entre 16 e 25 o risco cai 4 vezes
• Antes de 8 semanas pode haver
microcefalia sem retardo mental
Exposição a Raio X
• Murphy & Goldstein em 1929
• Microcefalia, retardo mental, espinha bífida, pé torto
congênito, defeitos de ossificação do crânio, hidrocefalia,
alopécia e outros
• Considerações:
1. 2.5Gy em embriões menores que 2-3 semanas não produzem
malformações
2. Entre 4-11 semanas, malformações
3. Entre 11-16 semanas: malformações oculares, esqueleto e
órgãos genitais
4. Entre 16-20 semanas: queda nas taxas de microcefalia e
retardo
5. Após 30 semanas: não causa graves alterações
A paciente grávida

• 0.1 Gy (entre 10dias e 26 semanas) é a dose


limite pra desenvolver uma malformação
congênita
• Abortar?
Resumo

• O efeito biológico da radiação de cobalto e


aceleradores lineares é causado por elétrons
acelerados, que geram radicais livres e lesam o
DNA

• O dano biológico mais expressivo é a dupla


quebra da molécula de DNA
Resumo

• Os quatro R´s da radioterapia são:

• Redistribuição no ciclo celular (Mitose é a fase


mais sensível)
• Repopulação dos tecidos sadios
• Reparo ao dano sub-letal
• Reoxigenação das células hipóxicas (o oxigênio
¨fixa¨ o efeito dos radicais livres)
Resumo

• Efeito determinístico: há limiar de dose e a


severidade do efeito é dose-dependente (ex:
catarata)

• Efeito estocástico: não há limiar de dose


(carcinogênese ou efeitos hereditários). A
probabilidade de câncer aumenta com a dose,
mas não a severidade do câncer.
OBRIGADO!!!

Röentgen Becqerel Pierre Curie Marie Curie

Max Planck Einstein Compton Niels Bohr

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