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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS


DISCIPLINA: HISTÓRIA DO DIREITO
PROFESSOR: HERRY CHARRIERY DA COSTA SANTOS

EQUIPE:
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ATIVIDADE – SEGUNDA UNIDADE

Em 2010, o Brasil e a América Latina assistiram a uma batalha entre dois


órgãos jurisdicionais que não possuem qualquer tipo de relação de subordinação
entre si e que forneceram soluções divergentes para o mesmo problema. A
disputa entre as cortes constitucionais e os tribunais internacionais certamente
não é nenhuma novidade no direito mundial, mas, pela primeira vez, atingiu o
Brasil em cheio. É provável que esse tipo de conflito marque o cenário
jurídico de agora em diante. Por isso, é essencial compreendê-lo
adequadamente para tentar encontrar respostas compatíveis com esses novos
tempos de globalização jurídica, onde se tenta construir uma grande rede global
de proteção dos direitos humanos.
No caso específico, o que está em jogo é a possibilidade de investigação
e punição dos agentes de Estado que praticaram crimes contra os direitos
humanos durante a ditadura militar brasileira. Mais especificamente, discute-se
a validade jurídica da Lei de Anistia (Lei nº. 6.683/1979) que tem criado
obstáculo jurídico no processo de responsabilização penal aos agentes
públicos que cometeram crimes considerados imprescritíveis.
O Supremo Tribunal Federal decidiu em abril de 2010, por 7 a 2,
improcedente o pedido da ADPF 153/2008, protocolada pela OAB. Na ocasião,
o STF declarou que a Lei de Anistia não teria perdido a sua validade jurídica, de
modo que os crimes praticados por agentes públicos foram com motivação
política durante a ditadura, não podendo os seus autores serem processados ou
condenados criminalmente. O julgamento teve como base a ideia de que a
Lei de Anistia teria sido fruto de um intenso debate social e representou,
em seu momento, uma etapa necessária ao processo de reconciliação e
redemocratização do país. Sem ela, o fim do regime militar seria muito mais
traumático e, provavelmente, outros crimes seriam praticados de ambos os
lados, pois se perpetuaria o clima de desconfiança e rivalidade entre os diversos
grupos políticos.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos, por sua vez, decidiu a
questão ao julgar o Caso Gomes Lund e Outro (“Guerrilha do Araguaia”) v. Brasil.
Na decisão, a CIDH entendeu que “as disposições da Lei de Anistia brasileira
que impedem a investigação e sanção de graves violações de direitos
humanos são incompatíveis com a Convenção Americana, carecem de
efeitos jurídicos e não podem seguir representando um obstáculo para a
investigação dos fatos do presente caso, nem para a identificação e
punição dos responsáveis, e tampouco podem ter igual ou semelhante
impacto a respeito de outros casos de graves violações de direitos
humanos consagrados na Convenção Americana ocorridos no Brasil”. A
CIDH determinou ainda que o Brasil deveria “conduzir eficazmente, perante a
jurisdição ordinária, a investigação penal dos fatos do presente caso a fim de
esclarecê-los, determinar as correspondentes responsabilidades penais e aplicar
efetivamente as sanções e consequências que a lei preveja”.

Questão: Diante desse conflito de decisões, respondam: Segundo o texto, o STF


se posicionou historicamente adequado ao entendimento do que foi decidido
pela CIDH sobre a Lei de Anistia (Lei nº. 6.683/1979)? Qual a principal crítica
que o autor do texto estabelece sobre a manutenção da Lei da Anistia?

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