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Redes Generalizadas e Subversão da Ordem
Aula Pública no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade
Estadual de Campinas
Mauro W. B. Almeida
Junho de 2009
Redes, rizomas, disseminação, contágio: tudo isso cresce ao acaso e é difícil de
conter. Rizomas quebram barreiras, como capim que aflora sob lajes. Esse crescimento
tem um motor que foi, o crescimento a taxas extraordinárias da capacidade de processar
e de transmitir informação. Em outras palavras, um crescimento explosivo da capacidade
para conectar coisas e pessoas a custos que tendem a zero. O resultado no horizonte é um
imenso coletivo do qual qual participamos juntos, humanos e não‐humanos, organismos
e máquinas, idéias e objetos, e cujas conseqüências subversivas de longo prazo são
imprevisíveis. O paradoxo é que esse motor de subversão é gerado pelo próprio sistema
capitalista, proprietário, individualista e mercantil que ele ameaça subverter.
De tempos em tempos, acontece uma explosão das forças produtivas, levando a
uma revolução nas relações sociais e no modo de existir das coisas. Um exemplo clássico
é a revolução neolítica (c. 10.000 A.C), durante a qual se domesticaram plantas e animais
– foi a primeira revolução biotecnológica ‐‐ , produziram‐se instrumentos moldados de
metal e instrumentos moldados de barro – uma das primeiras revoluções técnicas.. O
resultado foram cidades e classes dominantes, Estados e exércitos, e a subordinação das
comunidades, bandos e tribos em quase toda parte a impérios centralizados.
Um exemplo mais recente é o da revolução industrial (c. 1800 D.C.). Foi desta
última que Marx tratou no Manifesto do Partido Comunista. Máquinas movidas a vapor
produzido pela queima de carvão e a suor de trabalhadores produziram uma imensa
expansão de mercadorias, acompanhada pela tentativa de subordinação mundial da
natureza e dos povos na periferia do capitalismo. Tentativa que resultou em impérios
coloniais que subordinaram boa parte ‐‐ mas não todos ‐‐ os antigos impérios, tribos e
comunidades das periferias. E principalmente, generalizou o dinheiro como a medida
comum de todos os entes: não só coisas produzidas, mas também pessoas, terra e idéias
se tornaram intercambiáveis através pelo valor corporificado em moeda‐ouro e depois
2
O indivíduo proprietário de coisas ‐‐ e definido antes de tudo pelo que possui e
que é uma quantidade de dinheiro ‐‐ é também o indivíduo proprietário de suas idéias. É
a figura figura romântica do viandante na tempestade aquele que é capaz de afrontar as
forças da natureza equipado com o gênio criativo e individual, e é a imagem de Fausto.
Em termos mais prosaicos: a informação pegou carona com a privatização: surgiram
copyright, propriedade intelectual, patentes – e para isso vale a pena fazer um pacto com
o próprio diabo. 1
Coisas da natureza submetidas á predação capitalista ao serem convertidas em
matéria‐prima da indústria ‐‐ quer sejam animais ou plantas, combustíveis fósseis ou
minérios, bacias hidrográficas ou florestas – são a geração zero de mercadorias: coisas
extraídas sem serem produzidas. A Revolução Industrial gerou uma vasta destruição
consumtiva dos “recursos naturais” para produzir "bens" para consumo e para produzir
outros bens: e podemos chamá‐los de mercadorias de segunda geração, coisas, tudo que é
matéria‐prima contida em uma forma, Zeug, trecos. Essas mercadorias de segunda
geração são controladas na produção e na distribuição por imensas estruturas
hierárquicas e proprietárias: assim, compramos o que comer, o que usar, o que ler,
através dos ralos do Carrefour, Walmart, Casas Bahia e Magazines‐Luiza.
Mas há também as mercadorias de terceira geração: os chamados produtos
imateriais, que se constituem de mensagens e não do seu suporte material. Eles também
eram comprados como pacotes de matéria‐prima transformada pelo trabalho humano‐
corporal com ajuda de máquinas: livros e jornais vendidos pela madeira e pelo petróleo, e
que contêm cada vez menos valor do trabalho intelectual. O problema é que informação é
como a paisagem ou a via láctea que vemos ao longe: é difícil de empacotar.
Os bens de primeira geração põem limites ao modo de produção proprietário e
mercantil: oceanos, atmosfera, biomas (no caso brasileiro: florestas tropicais, cerrados,
caatinga, mangues, pantanal). Esses bens globais da natureza são primeiro exemplo da
falência dos mercados.
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É claro que há Finac e Siciliano; Folha de São Paulo e Estado de São Paulo;
Companhia das Letras e Editora Record, TV Globo e Jovem Band – em vez de pequenas e
numerosas livrarias. Mas vemos também indícios permanentes de uma nova guerra de
guerrilha espontaneamente emergente em toda parte, e que afeta não apenas os
monopólios de produção corporativa de informação, mas também o monopólio do modo
acadêmico de produzir conhecimento: wikis, rádios‐livres, cybercoletivos.
Ouvi dizer num debate acadêmico que as idéias de Marx estão vencidas há não sei
quanto tempo. Eis contudo um exemplo de tese marxista muito atual: as grandes
transformações na história humana ocorrem quando o crescimento acelerado das forças
produtivas entra em choque com relações de produção herdadas de uma época anterior.
É precisamente o que estamos testemunhando com a expansão explosiva das "forças
produtivas informacionais" , que entram a toda hora em conflito com as relações de
propriedade privada.2
***
Na década de 1940, o inglês Alan Turing concebeu em um artigo visionário o que
passou a se chamar de máquinas de Turing: máquinas virtuais capazes de computar tudo
que é algoritmicamente computável, isto é, tudo que pode ser calculado por meio de
regras mecânicas. Em outras palavras, ele inventou a programação, e isso antes de
existirem computadores – e, o que é ainda mais imortante, descobriu que nem tudo pode
ser computado, e que portanto a razão humana não é computacional. (Voltarei a isso.) Na
mesma época, o norte‐americanos Norbert Wiener e Claude Shannon, um matemático e
um engenheiro, inventaram a cibernética e a teoria da informação ‐‐ e isso antes que
existissem autômatos e antes da era dos satélites geoestacionários que nos converterem
em peixes nadando em um único campo eletromagnético de informação. Na Alemanha, o
físico Erwin Schrödinger anunciou que a vida era essencialmente codificação e
transmissão de informação ‐‐ isso antes da descoberta do código genético inscrito na
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molécula do DNA. E o antropólogo francês Claude Lévi‐Strauss anunciou que sistemas
sociais são máquinas de comunicação entre coletivos, e em seguida, que mitologias são
produto de mentes coletivas ‐‐ e isso antes do Google. Em todos esses casos, a imaginação
precedeu a invenção. Tudo isso ocorreu claramente em rede, porque a simultaneidade
não é coincidência.
As redes generalizadas têm a ver com tudo isso: com máquinas de Turing,
autômatos, informação, DNA e ontologias coletivamente produzidas. Vamos apenas
indicar porque.
Redes são coisa antiga, e até mesmo pré‐neolítica. Sempre houve redes de
parentesco, redes de reciprocidade e de vingança, redes agrobiológicas (é o tema da
pesquisa que minha colega Laure Emperaire e eu coordenamos no momento), redes de
produção intelectual de mitos e cosmologias. O que mudou dos últimos 60.000 anos para
cá, mais ou menos, foi a escala. Quando muda a escala, a natureza das redes de
informação muda radicalmente. E é essa a mudança subversiva. Eis um pequeno
retrospecto da teoria.
Em 1923, nasceu na Hungria Paul Erdös, que veio a ser uma figura matemática
curiosa. Erdös era tão avesso à propriedade privada nunca teve casa nem emprego, e seus
bens se resumiam a duas maletas velhas que carregava para as casas alheias onde
sempre se hospedou enquanto viveu. E era tão avesso à figura do gênio solitário que se
tornou o campeão em produção matemática colaborativa, com uns 1.500 artigos
publicados e cerca de 500 colaboradores. Há um jogo entre matemáticos, que consiste em
calcular o seu número de Erdös. Se voce colaborou com ele diretamente num artigo, seu
número de Erdös é um. Se colaborou com alguém que colaborou com Erdös, seu número
de Erdös é dois. E assim por diante. E isso leva a um assunto para o qual Erdös deu uma
importante contribuição: quantos passos é preciso para conectar uma pessoa qualquer
com outra pessoa qualquer no planeta? Esse é um problema importante da teoria das
redes.
Em uma série de artigos publicados a partir de 1959, em colaboração com outro
matemático húngaro chamado Paul Rény, Paul Erdös propôs a seguinte pergunta: como é
que evolui no tempo uma grande rede que se expande ao acaso? Isso foi muito antes da
web ter sido inventada. As redes dinâmicas e randômicas que Erdös e Rény imaginaram e
estudaram têm as propriedades daquilo que bem mais adiante Gilles Deleuze chamará
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pelo nome de rizoma.3 Nas redes de Erdös‐Rény, o número n de objetos tende ao infinito;
a cada momento uma nova conexão surge ao acaso, e a comunicação é gratuita e
instantânea. No artigo de 1959, os dois matemáticos húngaros chegaram ao seguinte
resultado um tanto inesperado: redes em crescimento experimentam revoluções. Eis as
fases que eles descreveram reduzidas a três.
Em resumo: No começo, as redes crescem como filamentos separados entre si e
abertos. Depois esses fios começam a formar ciclos, continuando a existir separaos um
dos outros, como ilhas em um arquipélago. Mas há um certo momento em que de repente
tudo muda: surgem uma rede‐monstro, que engole as pequenas ilhas, e torna todos os
participantes interconectados entre si. 4
Mais de quarenta anos depois da publicação dos artigos de Erdös e Rény surgiram
desenvolvimenos da teoria das grandes redes, já em plena era da internet. Vou mencionar
apenas dois deles: a teoria dos "mundos pequenos" e a teoria das "redes sem escala" . No
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fundo essas teorias surgiram a partir da busca da lógica subjacente á idéia de "seis passos
de separação".
A teoria dos "mundos pequenos", uma continuação da visão de Erdos, ensina que
"... ou o mundo é fragmentado em muitos grupos pequenos, como cavernas
isoladas, ou é conectado em um único componente gigante no qual virtualmente todo
mundo pode se conectar a todo mundo. 5 A diferença em relação a Erdös e Rény é que no
modelo de Duncan Watts, quando pessoas compartilham contatos aumenta a
probabilidade de que elas se contatem entre si. Basta essa regra local para que a
distância se encurte notavelmente.
"... Você só conhece quem você conhece, e quem sabe na maior parte tempo
os seus amigos conhecem as mesmas pessoas que você também conhece. Mas se
apenas um amigo é amigo de uma única pessoa que é amigo de alguém que nada
tem em comum com você, então existe um caminho conectador. Você pode não
usar esse caminho, e pode nem saber que ele existe, mas ele existe. E quando se
trata da propagação de idéias, de influência, e até de doenças, aquele caminho será
importante, quer você saiba ou não." 6
Em suma, a teoria dos mundos pequenos introduz no modelo do rizoma
erdosiano‐deleuziano o fato mais ou menos óbvio de que conexões na rede não são
formadas ao acaso, e sim gerando "pequenos mundos" aparentemente isolados; e que
bastam pequenos atalhos conectando esses pequenos mundos para que todos se
conectem com todos. E esse modelo sugere uma rede democrática e comunitária como
ideal. Entro no Facebook, e minha cunhada conhece Vicki, o artista plástico que tem 1.500
amigos.
igualitariamente na sociedade. Uns poucos hubs concentram um grande número das
conexões, e a grande maioria dos agentes tem um número pequeno de conexões. De um
lado há o Google e a Wikipedia; de outro lado nós, usuários comuns. A web é oligárquica.
Ricos ficam mais ricos. Descobriu‐se que junto com as redes‐monstram surgem novas
hierarquias: pontos através dos quais passa a vasta maioria das conexões, enquanto a
vasta maioria permanece conectada a um conjunto relativamente pequenos de outros
pontos. 7
A democratização das relações na web é ilusória então? Bem, o interessante é que
ao mesmo tempo que gigantes como o Google, surgem facebooks, twitters, wikis,
antigoogles ‐‐ apropriados de vez em quando por corporações, reinventados anti‐
coorporativamente, e reapropriados. Vemos então uma espécie de jogo dialético entre
hierarquia e anti‐hierarquia. Assim como o preço do livro baixou brutalmente com
invenção da tipografia no século XVI, o custo do fluxo de informação baixou brutalmente
com a invenção da computação, da transmissão digital de informação e da internet no
século XX: um resultado é que a produção e circulação de informação se tornaram
possíveis em grande escala, coletivamente, e através de fronteiras. Ao lado dos hubs que
são como grandes aeroportos de transito, há um número indefinidamente crescente de
pequenos aeroportos que reúnem inteligências coletivas parelalas e alternativas.
Há quatro conseqüências subversivas dessa dialética entre concentração em novas
árvores informacionais e dispersão em rizomas‐rede.
1. Uma delas é a erosão do direito de propriedade intelectual individual. Vemos a
todo momento a propriedade intelectual sobre mensagens desabar sob a pressão
subversiva das mega‐redes erdösianas, ou se quiserem, de rizomas deleuzianos. O toque
de finados da propriedade intelectual de músicas, de livros, de artigos, de jornais, de
discos está soando porque todos esses produtos são de fatos bens de segunda geração:
estamos comprando madeira, óleo e esforço físico humano ao comprar a Folha de São
Paulo e o Estado de São Paulo. Os produtos de terceira geração que estão contidos nesses
suportes‐coisas hoje fluem imaterialmente, por assim dizer, em acervos‐nuvem, no
campo eletromagnético, e dispersos em uma infinidade de suportes. Essa é a subversão
na circulação dos bens imateriais: eles não podem ser apropriados do mesmo modo que
madeira e petróleo. Uma vez ouvida a poesia e a melodia, ela é apropriada em nuvem, e
torna‐se bem coletivo.
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2. O outro efeito subversido das redes se dá sobre a produção. Redes corporificam
inteligência coletiva, ou melhor, coletivos inteligentes. Para quem estranha essa noção,
lembro mais uma vez que Lévi‐Strauss já exemplificou exaustivamente o funcionamento
dessas inteligências‐em‐rede no caso dos produtores coletivos de mitos. E como o
exemplo dos coletivos produtores de mitologias e cosmologias indígenas mostra, no
fundo "nunca fomos modernos" ‐‐ apesar da ilusão cuidadosamente preservada do
intelectual goethiano que cria em isolamento e é o "dono" absoluto de sua criação
porque ela é fruto de sua individualidade.
3. Há um terceiro efeito subversivo: a o coletivo inteligente inclui não apenas
redes de humanos, mas suas extensões e agregados que podem ser próteses de memória,
de sensores e de computação. E nada impede que nessas redes‐pensantes se incluam não
apenas humanos mas também plantas e animais. Turing já havia entrevisto essa
interação através da fronteira programa‐natureza quando introduziu oráculos nas suas
máquinas de pensar: fontes de informação não programadas, em que a natureza informa
por assim dizer o agente de cálculo, ou dialoga com ele. O oráculo de Matrix tem base
teórica sólida! Os agentes‐rede incluem multidivíduos humanos, assim como máquinas,
animais, paisagens. Incluem agentes mortos e por nascer; presentes e ausentes; as redes
criam avatares para todos! 8
4. Um quarto efeito subversivo: redes multiplicam as ontologias. Ontologias ‐‐ o
saber do que é que existe e do que é que não existe, e que é de fato um campo de luta ‐‐
são construídas e destruídas em rede. Ontologias são hoje construídas e descontruídas
em rede semânticas. O que é gente? O que é pessoa? Quando começa a existir? Em
quantos tipos?
Vamos caminhar para um final provisório, que é um elogio à função subversiva da
razão. Não tenho problemas com a razão. A razão não se confunde porém com
racionalidades, isto é, com cânones: computacionais, lógicos, algorítmicos ou normativos.
A razão generalizada é uma potência para a subversão, pois é a capacidade para destruir
e construir racionalidades canônicas de todo tipo. Habitus e cânones alimentam‐se da
experiência, como a ciência normal: mas a razão subversiva que tenho em mente,
seguindo o pensamento de Newton da Costa, não pode se guiar pela experiencia passada
como guia para o futuro. A razão subversiva nos ensinou, com Hume, que o passado não é
uma base racional para prever o futuro. A razão recusa‐se a justificar a crença de que o
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sol nascerá amanhã, assim como das leis científicas testadas no passado. A razão, por
outro lado, é terreno da invenção imaginativa de mundos possíveis. Lembremos aqui dos
feitos imaginativos de Turing, de Wiener, de Erdös, de Lévi‐Strauss ‐‐ e mais
iluminadoramente, da imaginação de Riemann, saltando para além dos limites da
experiência geométrica e imaginando espaços não‐euclideanos, na verdade uma
infinidade de tais espaços, cada um deles um mundo possível. Pois o provável ‐‐ produto
da crença apoiada no passado ‐‐ não é o possível: produto da razão que antecipa
revolucionáriamente o futuro.
NOTAS
1 ) Sobre o individualismo possessivo, ver o clássico de C. B. Macpherson, The Political
Theory of Possessive Individualismo, Hobbes to Locke, 1962 (edição brasileira da Editora
Paz e Terra, 179). O Sturm and Drang é o exemplo por excelencia da exaltação do Genius
individual pelo romantismo, e refiro‐me aqui em particular ao Wandrers Sturmlied de
Goethe.
2 A meu ver, o conteúdo do livro de Yochai Benkler pode ser resumido dessa maneira,
embora a linguagem desse autor em nada evoque Marx. Yochai Benkler. The Wealth of
Networks: How Social Production Transforms Markets and Freedom, Yale University Press,
2006.
3 P.Erdös, A.Rényi. On random graphs. Publicação original: Publicationes Mathematicae, 6
(1959) 290-297. Encontra-se a tradução para o inglês na internet. Para a versão de Gilles
Deleuze e Felix Guattari: Mille Plateaux, Paris, Les Éditions de Minuit, 1980.
4 Baseado no artigo de Erdös e Rény ciado na nota anterior.
5 Duncan J. Watts. Six Degrees. The Science of a Connected Age. New York, Norton
Company, 2003, p. 82,
6 Idem, p. 83.
7 Albert‐László Barabási. Linked. New York, Penguin, 2003. Ver também Albert‐László
Barabási e Réka Albert, Emergence of Scaling in Random Networks, Science, vol. 286, 15,
1999, pp. 509‐512. Neste artigo, Barabási e Albert afirmam: "A common property of
many large networks is that the ertex connectivities follow a scale‐free power‐law
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distribution. This feature was found to be a consequence of two generic mechanisms: (i)
networks expand continuously by the addition of new vertices, and (ii) new vertices
attach preferentially to sites that are already well connected." (p. 509).
8 Bruno Latour. Reassembling the Social. An Introduction to ActorNetworkTheory. Oxford,
Oxford University Press, 2005. De um ponto de vista completamente diferente, ver
Jürgen Habermas, Kommunikatives Handeln und detranszendentalisierte Vernunft,
Stuttgart, Reclam, 2001.