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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FÍSICA ARMANDO DIAS TAVARES


DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA

EXPERIMENTO III

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Ana Paula Mattos Costa – Matrícula 201610004714


Gabriel Moreira da Silva Campos – Matrícula 201610108811
Lyvia Cristina Nunes de Oliveira – Matrícula 201310092811

Laboratório de Mecânica Física II


Professora: Maria de Fátima
Turma 2

2017.1
A. Objetivos

Determinação da validade do princípio de Arquimedes.

B. Introdução Teórica

Empuxo

Erguer um objeto submerso em um fluido é muito mais fácil do que erguê-lo fora dele.
A razão por trás disto é que, quando o objeto está submerso, o fluido exerce sobre ele uma
força para cima, oposta ao seu peso. Essa força direcionada para cima é denominada força
de empuxo, ou simplesmente empuxo, e é consequente do aumento da pressão com a
profundidade.
O empuxo, então, pode ser descrito como uma aparente perda de peso sofrida pelos
objetos quando estão submersos em um fluido.
Colocando-se um objeto qualquer submerso em um recipiente contendo um fluido, o
nível de fluido subirá. Se o objeto estiver completamente submerso no fluido, o volume de
líquido deslocado é exatamente igual ao volume do objeto.

Princípio de Arquimedes

A relação entre empuxo e fluido deslocado foi descoberta pelo cientista grego
Arquimedes no século III A.C.: “Um corpo imerso sofre a ação de uma força de empuxo
dirigida para cima e igual ao peso do fluido que ele desloca”. Essa relação é chamada de
princípio de Arquimedes.

𝐸 = 𝑚𝑓 𝑔 = −𝑃 (1)

Figura 1: Princípio de Arquimedes.

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C. Material Utilizado

A. Recipiente cilíndrico transparente;


B. Saquinho de plástico;
C. Água;
D. Balança;
E. Dinamômetro;
F. Fita métrica;
G. Marcador permanente;
H. Balança;
I. Parafusos, porcas, hastes e base para montagem do suporte.

D. Procedimento Experimental

Inicialmente, montou-se um suporte para sustentação do dinamômetro. Com este


adequadamente posicionado, mediu-se com seu auxílio o peso de um saquinho de plástico
contendo água a ser utilizado para demonstração do princípio de Arquimedes como corpo
de prova.

Figura 2: Dinamômetro.

No recipiente cilíndrico transparente contendo determinado volume de água, inseriu-


se o corpo de prova e determinou-se a variação de volume da água, de forma a calcular o
empuxo. Em seguida, o corpo de prova foi acoplado ao dinamômetro e novamente imerso
na água, determinando-se o peso aparente e, mais uma vez, o empuxo.

Finalmente, determinou-se a massa específica da água com auxílio de uma balança.


Sobre esta, foi colocado o recipiente cilíndrico e sua massa foi zerada. Verteu-se, então, um
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determinado volume de água no recipiente e mediu-se a massa de água. Conhecendo-se a
altura de líquido dentro do recipiente e o comprimento de sua circunferência, foi possível
calcular a massa específica da água experimentalmente.

E. Cálculos

Todos os cálculos foram realizados usando unidades do Sistema Internacional (SI).

Determinação da Variação de Volume do Fluido Quando da Imersão do Corpo de Prova

1. Raio do Recipiente Cilíndrico (𝑅)

Com o auxílio de uma fita métrica, determinou-se o comprimento da circunferência do


recipiente cilíndrico. Conhecendo a relação entre comprimento de circunferência e raio do
cilindro, temos que:

𝐶
𝐶 = 2𝜋𝑅 ∴ 𝑅 = (2)
2𝜋

2. Variação de Volume (∆𝑉)

∆𝑉 = 𝜋𝑅 2 (∆ℎ) (3)

onde ∆ℎ é a variação da altura de líquido, medida com auxílio da fita métrica, quando da
imersão do corpo de prova no recipiente cilíndrico.

Determinação da massa específica da água

Determinando-se a massa de água com auxílio da balança e seu volume no recipiente


cilíndrico analogamente à equação (3), encontramos a massa específica da água (𝜌𝑓 ) de
acordo com a seguinte equação:

𝑚𝑓 𝑚𝑓
𝜌𝑓 = ∴ 𝜌𝑓 = (4)
𝑉𝑓 𝜋𝑅 2 ℎ𝑓

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Determinação do Empuxo

1. Determinação do Empuxo sem Utilização do Dinamômetro (𝐸)

O cálculo da massa de fluido deslocado – no caso, água –quando o corpo foi


adicionado ao recipiente cilíndrico foi realizado utilizando-se a seguinte equação:

𝑚𝑓 𝑚𝑓
𝐸 = 𝑚 𝑑 𝑔 ∴ 𝐸 = 𝜌𝑓 (∆𝑉 )𝑔 ∴ 𝐸 = 2
𝜋𝑅 2 (∆ℎ)𝑔 ∴ 𝐸 = (∆ℎ)𝑔 (5)
𝜋𝑅 ℎ𝑓 ℎ𝑓

onde ∆ℎ = ℎ − ℎ0 , sendo ℎ0 a altura de água inicial no recipiente cilíndrico igual a 0,10m.

2. Determinação do Empuxo com Utilização do Dinamômetro (𝐸𝐷 )

Com o peso aparente determinado com a utilização do dinamômetro, o empuxo pode


ser calculado da seguinte maneira:

𝐸𝐷 = 𝑃 − 𝑃𝐴 (6)

Foi realizado também o cálculo análogo ao realizado para determinação do empuxo


sem utilização do dinamômetro:

𝑚𝑓
𝐸𝐷∗ = (∆ℎ)𝐷 𝑔 (7)
ℎ𝑓

3. Determinação da Incerteza do Empuxo (𝜎𝐸 )

A incerteza do estimativa experimental do empuxo 𝐸 (análoga para 𝐸𝐷∗ ) foi calculada


por propagação de erros, conforme segue:

𝜎𝑚𝑓 2 𝜎∆ℎ 2 𝜎ℎ𝑓 2



𝜎𝐸 = 𝐸 ( ) +( ) +( ) (8)
𝑚𝑓 ∆ℎ ℎ𝑓

onde 𝜎𝑚𝑓 = 1𝑥10−6 𝑘𝑔 (erro da balança), 𝜎ℎ𝑓 = 𝜎ℎ = 5𝑥10−4 𝑚 (erro da fita métrica = metade

da menor divisão da escala) e 𝜎∆ℎ = √2𝜎ℎ2 = 7𝑥10−4 𝑚.


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Pelo peso aparente (𝑃𝐴 ):

𝜎𝐸𝐷 = √2𝜎𝑃2 (9)

onde 𝜎𝑃 = 𝜎𝑃𝐴 = 0,05𝑁 (metade da menor divisão da escala).

F. Resultados Experimentais

Tabela 1: Dados Experimentais.

Peso do corpo de prova 𝑃 (𝑁) 𝟎, 𝟓𝟎


Altura inicial de água ℎ 0 (𝑚) 𝟎, 𝟏𝟎
Aceleração da gravidade 𝑔 (𝑚/𝑠²) 𝟗, 𝟖𝟏
Determinação do raio do recipiente cilíndrico
Circunferência do cilindro 𝐶 (𝑚) 𝟎, 𝟏𝟖𝟓
Raio do cilindro 𝑅 (𝑚) 𝟎, 𝟎𝟐𝟗
Determinação da massa específica da água
Massa de água 𝑚𝑓 (𝑘𝑔) 𝟎, 𝟐𝟎𝟔
Altura de água ℎ𝑓 (𝑚) 𝟎, 𝟎𝟗𝟒
Massa específica da água 𝜌 (𝑘𝑔/𝑚³) 𝟖𝟎𝟑
Determinação do Empuxo sem utilização do dinamômetro
Altura final da água ℎ (𝑚) 𝟎, 𝟏𝟐𝟑
Variação de altura da água ∆ℎ (𝑚) 𝟎, 𝟎𝟐𝟑
Empuxo 𝐸 (𝑁) 𝟎, 𝟒𝟗 ± 𝟎, 𝟎𝟐
Determinação do Empuxo utilizando o dinamômetro
Peso Aparente 𝑃𝐴 (𝑁) 𝟎, 𝟏𝟎
Altura final da água ℎ (𝑚) 𝟎, 𝟏𝟏𝟗
Variação de altura da água ∆ℎ 𝐷(𝑚) 𝟎, 𝟎𝟏𝟗
Empuxo 𝐸𝐷 (𝑁) 𝟎, 𝟒𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟕

Empuxo 𝐸𝐷 (𝑁) 𝟎, 𝟒𝟏 ± 𝟎, 𝟎𝟐

G. Conclusões

Os resultados obtidos foram bastante coerentes com a teoria. Escolhendo um “corpo


de prova” de mesma massa específica do fluido onde seria imerso, garantiu que ele não
afundasse nem flutuasse, mas ficasse em equilíbrio, obtendo-se assim um valor de empuxo
de (𝟎, 𝟒𝟗 ± 𝟎, 𝟎𝟐)𝑵 praticamente igual ao peso do “corpo de prova” quando não usamos o
dinamômetro. A pequena diferença entre os valores pode ser explicada pela presença no
sistema do saquinho plástico utilizado para compor o “corpo de prova” com a água; no
entanto, podemos considerar o peso aparente como nulo.

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Já os valores de empuxo calculados com auxílio do dinamômetro, tanto usando o
peso aparente quanto a equação análoga à utilizada para o cálculo sem auxílio do
instrumento, se mostram também praticamente iguais, (𝟎, 𝟒𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟕)𝑵 e (𝟎, 𝟒𝟏 ± 𝟎, 𝟎𝟐)𝑵,
respectivamente. Com o dinamômetro, fica claro que existe uma força exercida pelo fluido
sobre o corpo, “reduzindo” seu peso real e fazendo parecer que ele tem um peso menor do
que fora do fluido, comprovando, assim, o princípio de Arquimedes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos de Física – Vol. 2. 10ª Ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2016.
HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 11ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica, 2: Fluidos, Oscilações e Ondas,


Calor. 5ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2014.

SANTORO, Alberto et al. Estimativa e Erros em Experimentos de Física. 3ª ed. Rio de


Janeiro: EdUERJ, 2013.

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