Sei sulla pagina 1di 5

Doação de órgãos: a dor de quem perde um ente querido e a decisão que pode salvar vidas, a

conscientização.
Introdução
Tudo passa rápido demais. A vida é rara. Num piscar de olhos tudo acaba. Sim, um dia a vida
aqui acaba, isso é inevitável, a vida não é eterna. Entretanto um gesto pode mudar a vida de
uma pessoa que necessita de um transplante de órgãos e aguarda na fila por um doador. O
falecimento pode ser o início de uma nova vida.
Um dos milagres da medicina do século XX, que prolongou e melhorou a vida de centenas de
milhares de doentes em todo o mundo foi o transplante de órgãos. Que não é só uma intervenção
terapêutica que salva vidas, mas também um símbolo de amor, generosidade e solidariedade
humana.

Justificativa
O número de transplante de órgãos no Brasil aumentou nos últimos anos e o país se mantém
em um nível intermediário no ranking de doações no mundo. Também houve crescimento na
taxa de notificação de potenciais doadores e na taxa de efetivação da doação, no entanto, o
índice poderia ser melhor se a população tivesse mais acesso à informação e esclarecimento
sobre as doações de órgãos, ou seja, a falta de conhecimento é empecilho para salvar mais vidas.

Objetivo
Propiciar aprendizado por meio da pesquisa e de um debate claro e conciso sobre a Doação de
Órgãos e Tecidos para fins de transplante no Brasil.

Discussão
Transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração,
pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente
(receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.
O Sistema Nacional de Transplante foi criado para dar maior controle e organização às
atividades de transplante de órgãos/tecidos. Estes só podem ser realizado pelos
estabelecimentos de saúde previamente autorizados pelo Ministério da Saúde.
A doação é regida pela Lei nº 9.434/97, e altera a forma de obtenção para consentimento
presumido. É ela quem define, por exemplo, que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas
só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral constatada por médico e
sob autorização de cônjuge ou parente. (aqui dizia que tinham que ser dois médicos). A
legislação anteriormente vigente (Lei 8489/92 e o Decreto 879/93) estabeleciam o critério da
doação voluntária e .... Em 2001 houve uma nova mudança, através da lei 10211, que dá plenos
poderes para a família doar ou não os órgãos de cadáver. Todas as manifestações de vontade
constantes em documentos foram tornadas sem efeito. De 1968 a 1997 era válida a vontade do
indivíduo, na sua ausência a família poderia se manifestar. A partir de 1997 houve a mudança
para a possibilidade da utilização dos cadáveres sem a participação da família, salvo
manifestação individual em contrário. Desde março de 2001, apenas a família tem poderes para
permitir ou não a doação, sem que haja espaço legal para a manifestação do indivíduo.
O Decreto nº 9.175/2017 regulamenta e detalha os critérios de notificação de morte encefálica.
Com ele, essa notificação deixa de ser obrigatoriamente feita por neurologistas e torna-se
atribuição de outros médicos, devidamente treinados.
Depois do diagnóstico a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos – CNCDOs,
deve ser notificada compulsoriamente, independente da condição clínica do potencial doador
ou desejo da família. É preciso lembrar que não se pode abordar a família e falar de doação de
órgãos sem antes confirmar a morte cerebral. (aqui a família pode esperar o parecer de um médico de
confiança).
Todos os hospitais brasileiros públicos, privados e filantrópicos, com mais de 80 leitos, devem
ter uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes
(CIHDOTT); esta é responsável, entre outras funções, em notificar situações possíveis de
doação de órgãos e tecidos à Central de Transplantes. a CIHDOTT deve ser formada por uma
equipe multiprofissional, funcionando em regime de plantão, habilitada a desenvolver o
processo de captação de córneas e múltiplos órgãos. Os profissionais que atuam na comissão
interligam-se àqueles que prestam atendimento direto ao paciente, pois estes são responsáveis
em avisar a comissão da existência de um potencial doador na unidade onde trabalham (regras
nacionais nem sempre são seguidas).
Existe uma lista única, nacional, organizada de acordo com a gravidade dos pacientes, a Lista
Única de Receptores, ou apenas lista de espera, com cadastros separados por órgãos ou tecido,
tipos sanguíneos e outras especificações. Para córnea (tecido) a lista é única, e a posição em
lista obedece a data de cadastramento do paciente junto à Central de Notificação Captação e
Distribuição de Órgãos. Para os órgãos sólidos (rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas) a lista
de espera é subdividida conforme os grupos sanguíneos (A, B, AB e O). Os cadastros
apresentam uma ordem seguida com total rigor, controlada pela Secretaria de Saúde e também
obedece a critérios regionais. Isso significa que, se há um órgão disponível em um estado,
buscam-se doadores no mesmo estado e em locais próximos. Se não for encontrado um
potencial receptor nesses limites, o órgão será disponibilizado para pacientes da lista nacional.
As listas de espera para transplante são regulamentadas por lei. A retirada dos órgãos é uma
cirurgia como qualquer outra realizada com todos os cuidados de reconstituição, o que é
obrigatório por lei, após a doação o corpo não fica deformado.
Os órgãos retirados de uma pessoa saudável que sofreu morte cerebral podem beneficiar pelo
menos oito pessoas, que podem receber coração, pulmões, rins, fígado, córneas,
pâncreas. Porém, invenções podem inutilizar alguns desses órgãos e tecidos. (Qualquer
infecção respiratória que pode ocorrer em ambientes hospitalares, por exemplo, pode inutilizar
os pulmões, que são muito sensíveis. Se houve algum trauma no abdômen ou a barriga estiver
muito inchada, o pâncreas também pode ser descartado).
A idade não é fator limitante para a doação de órgãos com exceção para o coração e pulmão,
mas uma pessoa acima de 70 anos, por exemplo, pode doar rins, fígado e córneas.
inclusive quem teve hepatite e está curado pode ser um doador de órgãos. Existem pessoas
aguardando pelo transplante que também tiveram a doença e poderão ser receptores.
Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e através do seu
registro de lista de espera seleciona seus receptores mais compatíveis.

No Brasil
O Dia Nacional do Doador de Órgãos é comemorado no Brasil no 27 de setembro. A Campanha
Nacional de Doação de Órgãos que instituiu o mês da doação de órgãos, denominado “Setembro
Verde” foi criada em apoio à Lei nº 15.463, de 18 de junho de 2014.
Em 2017, o país alcançou recorde histórico de 16,6 doadores efetivos para cada milhão de
habitantes e, pela primeira vez, a quantidade de doadores é crescente durante os últimos sete
trimestres seguidos. O país vive o melhor cenário de doações em 20 anos, que representam a
retomada após alguns anos de retração e avanços pequenos.
No fim do ano passado, mais de 32,4 mil pacientes adultos estavam na fila de espera por um
órgão, além de outras mil crianças que também aguardam um transplante. A grande maioria
deles, 30 mil adultos e 785 crianças, aguardavam rins ou córnea. Para 2018 o objetivo são 18
doadores pmp.
O transplante pulmonar é realizado em apenas três estados no Brasil (RS, SP e CE).
O Acre é o único estado da região Norte com programa de doação de fígado ativo.
Em 2017, a taxa de doadores efetivos cresceu 14% e o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou
mais de 26,2 mil transplantes. Os órgãos mais demandados foram coração, fígado, pâncreas e
pulmão. A fila de espera por rins costuma ser a mais longa, pois os pacientes têm um tempo de
sobrevida estendido por meio dos aparelhos de hemodiálise. Em outros casos, como aqueles em
que a pessoa enferma necessita de um coração ou pulmão, as mortes são mais comuns.
O prazo entre a retirada do órgão do doador e o seu implante no receptor é chamado de tempo
de isquemia e varia para cada um deles. Os tempos máximos de isquemia normalmente aceitos
para o transplante de diversos órgãos variam.

Bioética e transplante de órgãos e tecidos


Conforme o princípio da beneficência, as ações do profissional de saúde deve trazer mais benefícios do
que riscos à vida dos indivíduos.
A doação de órgãos in vita ou post mortem dentro das leis vai de acordo com o princípio da beneficência
e não-maleficência, é feita por meios com possibilidade de preservar a vida do implantado. Lutam por
possibilidade com menos riscos ou sofrimento àquele sujeito que dispõe da maioria de seus órgãos vitais
em pleno funcionamento. Quando o doador está vivo a doação só é viável quando a retirada do órgão
não impeça que o organismo do doador continue vivendo de forma integra, não apresentando
comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental. Doador vivo - As questões envolvidas são
a autonomia e a liberdade do doador ao dar seu consentimento e a avaliação de risco/benefício
associada ao procedimento, especialmente com relação à não-maleficência (mutilação) do
doador.
Os receptores não são mais importantes que os doadores, os profissionais lutam pela vida de ambos, a
vida dos doadores não é colocada em risco para beneficiar outros.
Em relação ao princípio da justiça, a “distribuição” é justa, a lista de espera obedece uma ordem em que
todos devem ser tratados igualmente. Não existe discriminação, nem benefícios. com base no
princípio da Justiça, o modelo de doação brasileiro proporciona a qualquer pessoa o direito
de receber órgãos ou tecidos humanos, independentemente de sua situação financeira, do
utilitarismo. O critério de tempo de espera na fila é o considerado pela atual legislação de
transplante de órgãos no Brasil.
O critério de gravidade não é contemplado nos critérios legais de doação para fins de
transplante. Do contrário, somente os favorecidos e especiais teriam acesso ao procedimento.
O princípio da autonomia tem como escopo o respeito à opinião do paciente ou responsável legal por
ele, deixando que eles sejam capazes de exprimir sua vontade inequívoca e conscientemente, sem
pressão. Os médicos mesmo sabendo das necessidades não podem forçar a família e nem retirar os
órgãos sem autorização.
O transplante deve ser realizado pela própria equipe de saúde, contemplando os critérios de
elegibilidade, de igualdade de acesso, de probabilidade estatísticas envolvidas no caso de
sucesso, da necessidade de tratamento futuro, do valor social do indivíduo receptor, da
dependência de outras pessoas e de progresso à ciência, visando a beneficência ampla

Polêmicas
Obrigatoriedade
Um projeto de lei, de junho de 2004, propõe a utilização intervivos de órgãos de condenados a
penas superiores a 30 anos de reclusão.

Conclusão
A doação de órgãos é entender o momento de dor da família quando se perde alguém que se
ama, sem esquecer que o fôlego de vida de quem se foi, pode fazer uma outra pessoa renascer.
Mas ainda existe a necessidade de campanhas de conscientização, incentivando a população a
manifestar seu desejo em doar e discutir em família a decisão tomada.
Como profissionais de saúde em formação, é importante conhecer a real necessidade e situação
para ajudar a salvar e dar novas chances de vida para outras pessoas.
Conscientização, informação, esclarecimento, um gesto de amor e grandeza de alguém ao dizer
sim a doação.

Potrebbero piacerti anche