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Aluno:
MÓDULO I
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este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
A CÉLULA E SUA CONSTITUIÇÃO MOLECULAR
1. A célula
1.1.1 Membrana Celular
1.2. Célula procarionte x célula eucarionte
2. Constituintes moleculares da célula
2.1. Água e íons
2.2. Polímeros biológicos
2.2.1. Carboidratos
2.2.2. Lipídeos
2.2.3. Proteínas
2.2.4. Ácidos nucleicos
MÓDULO II
ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS E REPLICAÇÃO
1. Estrutura primária do DNA
1.1. A descoberta da dupla hélice
1.2. Estrutura do DNA
2. Desnaturação e Renaturação
3. Tipos de DNA
4. Topoisomerases
5. Estrutura do RNA
6. Replicação do DNA
6. Replicação do DNA
8. Forquilha de replicação
MÓDULO III
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TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO
1. Código genético
2. Processo de transcrição (iniciação, alongamento e término)
2.1. Iniciação
2.2. Alongamento
2.3. Término
3. Enzimas Polimerases
4. Transcrição em procariotos
5. Tradução
5.1. Estrutura dos ribossomos
5.2. Processo da tradução
5.3. Estrutura dos tRNAs
6. Controle da expressão gênica e o operon
MÓDULO IV
TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR
1. Extração de DNA
2. Quantificação de DNA em gel de agarose
3. Reação de Polimerização em Cadeia – PCR
4. Parâmetros da amplificação
5. Cuidados importantes na utilização da técnica
6. Eletroforese em gel de agarose
7. Fatores que afetam a migração do DNA no gel
8. Cuidados importantes na utilização da técnica
9. Eletroforese em gel de poliacrilamida
10. Cuidados importantes na utilização da técnica
11. Southern Blot
12. Cuidados importantes na utilização da técnica
13. Northern Blot
14. Cuidados importantes na utilização da técnica
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15. Western Blot
16. Cuidados importantes na utilização da técnica
17. Sequenciamento de DNA
18. Projeto Genoma Humano
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1. A célula
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plasmática. O volume interno é composto por uma solução aquosa complexa, o
citosol, e várias partículas e moléculas dispersas.
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A matriz fosfolipídica da membrana foi pela primeira vez postulada em 1825
por Gorter e Grendal; no entanto, só em 1895, Charles Overton deu força a esta
teoria, tendo observado que a membrana celular apenas deixava passar algumas
substâncias, todas lipossolúveis.
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Algumas organelas foram provavelmente originados a partir de bactérias
endosimbiontes, como o cloroplasto, a mitocôndria e o núcleo celular. Outras
organelas foram aparentemente formados por invaginação da membrana celular e
subsequente especialização, como retículo endoplasmático (liso e rugoso), aparelho
de Golgi ou complexo de Golgi, vacúolos e vesículas. Há ainda as organelas que
são originadas a partir de vesículas do retículo endoplasmático ou do aparelho de
Golgi, com substâncias específicas como lisossomo, centríolo, plastídeos,
peroxissoma e ribossomo.
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Apesar da similaridade existente entre as células que constituem os seres
vivos, os organismos mantêm diferenças fundamentais em nível celular, podendo ser
classificados em dois grandes grupos. O primeiro é o dos organismos procarióticos,
que são sempre unicelulares, embora possam ocorrer associados em grupos,
formando colônias com alguma diferenciação de funções, e estruturalmente mais
simplificadas do que as células de organismos eucarióticos. Nesse grupo inclui-se
todo tipo de bactérias, inclusive as arqueobactérias (bactérias primitivas) e as
cianobactérias.
O outro grupo é composto pelos organismos eucarióticos, que incluem não
somente plantas multicelulares, animais e fungos, mas também protozoários e
alguns organismos unicelulares, como leveduras e algas verdes.
A principal diferença entre ambos os tipos celulares reside na ausência do
envoltório nuclear nas células dos organismos procarióticos. Nesses, o cromossomo
ocupa um espaço dentro da célula denominado nucleoide, ficando em contato direto
com o resto do protoplasma, juntamente com ribossomos, outras partículas e uma
grande variedade de moléculas dissolvidas.
As células eucarióticas possuem núcleo verdadeiro, com um complexo
envoltório nuclear através do qual acontecem os intercâmbios com o citoplasma.
As células procarióticas (Figura 3) possuem, normalmente, além da
membrana plasmática, uma parede celular, cuja função é conferir maior rigidez e
proteção mecânica. A composição química da parede celular é bastante complexa,
contendo moléculas de polissacarídeos, lipídeos e proteínas (camada de
peptideoglicano). As bactérias gram-negativas possuem, ainda, uma membrana
externa que circunda a parede celular, permeável a muitas substâncias químicas
com peso molecular superior a 1kDa.
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Figura 3. Modelo esquemático de uma célula bacteriana (procariótica) e seus componentes.
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Outra característica, comum à maioria dos vegetais e a alguns micro-organismos, é
a presença de vacúolo cuja a função é a estocagem de muitos nutrientes e
metabólitos.
Figura 4. Modelo esquemático de uma célula vegetal e seus orgânulos. Visualização dos
orgânulos comuns entre os vegetais, como vacúolo e cloroplasto, além da presença de parede
celular.
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cromossomos que, exceto durante a divisão celular, estão contidos dentro da
membrana nuclear associados a proteínas, as histonas, formando então os
nucleossomos.
Toda célula eucariótica possui uma quantidade maior de DNA que as
procarióticas. As células de vegetais e animais têm de 40 a 1.000 vezes mais DNA
que uma bactéria como a Escherichia coli. No entanto, apenas uma pequena fração
do DNA total é utilizada para codificar proteínas. O número e o tamanho dos
cromossomos de organismos eucarióticos varia grandemente. Fungos, por exemplo,
possuem de 12 a 18 cromossomos, enquanto células humanas contêm 46
cromossomos.
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biológicos são moléculas maiores, compostas de muitas cópias de uma molécula
pequena, ligadas em cadeias por ligações covalentes. Essas subunidades,
formadoras dos polímeros, são chamadas de monômeros ou resíduos.
2.2.1. Carboidratos
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monossacarídeos obedecem à fórmula básica dos carboidratos: (CnH2nOn). Assim,
de acordo com o valor de n que varia de 3 a 7, formam-se os seguintes tipos:
• Triose: C3H6O3
• Tetrose: C4H8O4
• Pentose: C5H10O5
• Hexoses: C6H12O6
• Heptoses: C7H14O7
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de glicose, e a lactose, é formada pela união de uma glicose com uma galactose,
sendo encontrada somente no leite.
2.2.2. Lipídeos
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Figura 5. Estrutura dos lipídeos. Modelos da cauda de hidrocarbonetos presente na
molécula de ácido graxo que favorece a formação de micelas. E a estrutura dos fosfolipídeos em
bicamadas, onde as regiões hidrofóbicas estão voltadas para o interior e as regiões hidrofílicas para a
parte externa.
Os lipídeos não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade
básica. Embora possam apresentar uma estrutura química relativamente simples, as
funções dos lipídeos são complexas e diversas, atuando em muitas etapas cruciais
do metabolismo e na definição das estruturas celulares. Encontram-se distribuídos
em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de
gordura. A maioria dos lipídeos possui na sua estrutura, ácidos graxos.
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Os lipídeos mais simples são os ácidos graxos (ácidos carboxílicos),
formados a partir da hidrólise ácida dos triacilglicerídios. Sua estrutura é formada por
uma longa cadeia hidrocarbonada, hidrofóbica e pouco reativa quimicamente. Os
ácidos graxos encontrados nos organismos vivos, normalmente, contêm um número
par de átomos de carbono e, usualmente, a cadeia de hidrocarbonetos não é
ramificada.
Esteroides
Os esteroides são lipídeos que não possuem ácidos graxos em sua estrutura
(Figura 6). Eles atuam, nos organismos, como hormônios e, nos humanos, são
secretados pelas gônadas, córtex adrenal e pela placenta. A testosterona é o
hormônio sexual masculino, enquanto que o estradiol é o hormônio responsável por
muitas das características femininas.
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A molécula de colesterol é fracamente anfipática, pois existe um grupamento
hidroxila localizado no final da molécula; o restante da molécula é altamente solúvel
no interior hidrofóbico das membranas.
2.2.3. Proteínas
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COOH). A presença simultânea desses grupamentos determina o comportamento
ácido e básico dos aminoácidos (moléculas anfóteras). O caráter ácido-básico e a
carga do aminoácido são determinados pelo pH do meio onde se encontram. O
aminoácido prolina é uma exceção, já que possui um grupamento imínico (-NH-) no
lugar do grupo amínico.
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(extremidade carboxiterminal) e um grupamento básico na extremidade oposta
(extremidade aminoterminal).
Organização estrutural
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1) A folha-β antiparalelas, em que as cadeias polipeptídicas vizinhas
ligadas por pontes de hidrogênio seguem em direções opostas.
2) As folha-β paralelas, em que as cadeias ligadas por pontes de
hidrogênio se estendem na mesma direção.
♦ Estrutura terciária - Refere-se ao dobramento dos elementos
estruturais secundários e especifica as posições de cada átomo na proteína,
incluindo as das cadeias laterais. A estabilidade da estrutura é mantida através de
pontes de hidrogênio entre grupos peptídicos não envolvidos na estrutura
secundária; por pontes de hidrogênio entre grupos R, por interações hidrofóbicas,
por ligações iônicas entre grupamentos carregados positiva e negativamente e por
ligações covalentes do tipo dissulfeto (S-S).
♦ Estrutura quartenária – Refere-se à disposição das subunidades
proteicas que formam a molécula. As forças estabilizadoras podem ser covalentes,
ligações iônicas ou eletrostáticas, pontes de hidrogênio, e/ou interações
hidrofóbicas, que compreendem a associação de grupamentos não-polares de
maneira a excluir o contato com a água.
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Figura 9. Estruturas, terciária e quartenária das proteínas.
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enormes moléculas de DNA que contêm além dos genes, longos segmentos de DNA
sem função específica.
Em sua estrutura primária, os ácidos nucleicos (DNA e RNA) podem ser
vistos como uma cadeia linear composta de unidades químicas simples chamadas
nucleotídeos. Um nucleotídeo é um composto químico e possui três partes: um
grupo fosfato, uma pentose (molécula de açúcar com cinco carbonos) e uma base
orgânica (Figura 10). Nas moléculas de DNA (ácido desoxirribonucleico) a pentose é
uma desoxirribose enquanto que nas moléculas de RNA (ácido ribonucleico) a
pentose é uma ribose. A base orgânica, também conhecida como base nitrogenada,
é quem caracteriza cada um dos nucleotídeos, sendo comum o uso tanto do termo
sequência de nucleotídeos quanto o termo sequência de bases. As bases são
adenina (A), guanina (G), citosina (C), timina (T) e uracila (U), sendo as duas
primeiras chamadas de purinas e as três últimas chamadas de pirimidinas. No DNA
são encontradas as bases A, G, C e T. No RNA encontra-se a base U ao invés da
base T.
Figura 10. Modelo geral de um nucleotídeo, formado por um grupo fosfato, por uma pentose
e uma base nitrogenada; e de um nucleosídeo, formado por uma pentose e uma base nitrogenada.
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na orientação 5' → 3'. A cadeia polinucleotídica possui individualidade, determinada
pela seqüência de suas bases, conhecida como estrutura primária. É nessa estrutura
primária que a informação genética está contida.
Figura 11. Modelo esquemático da ligação fosfodiéster, numa molécula de RNA, entre o
grupo químico hidroxil (OH) ligado ao terceiro carbono da pentose, e o fosfato do nucleotídeo
seguinte ligado ao carbono 5.
DNA
O DNA tem a forma de uma dupla hélice, cujas fitas se enrolam em torno do
próprio eixo. As desoxirriboses localizam-se externamente, como se fosse o
corrimão de uma escada circular e as bases nitrogenadas ficam orientadas para o
interior. As bases estão pareadas entre as duas fitas da molécula, mantendo sua
estrutura através de pontes de hidrogênio. Assim, entre T ou A são formadas duas
pontes de hidrogênio e entre C e G três pontes. As duas fitas são antiparalelas, ou
seja, as fitas possuem orientação 5' →3' opostas uma em relação a outra. Esta
característica de pareamento tem grande significância fisiológica e, devido a ela, as
duas fitas de DNA são ditas complementares. Essa propriedade garante a replicação
precisa do DNA e a transmissão das informações genéticas via transcrição, pois
devido ao pareamento específico, o DNA serve como molde para a síntese de novas
moléculas complementares. Toda a informação genética de um organismo encontra-
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se acumulada na sequência das quatro bases (A, T, C e G); deste modo a sequência
de aminoácidos de todas as proteínas deve estar codificada por essas quatro letras.
RNA
Por ser uma fita simples, o RNA pode formar pontes intracadeia, o que faz
com que ele possa ter uma infinidade de arranjos tridimensionais, importantes em
sua função.
Síntese proteica
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síntese da proteína, enquanto os tRNAs servem como transportadores dos
aminoácidos envolvidos.
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------------------- FIM DO MÓDULO I --------------------
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