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4 ABSORÇÃO E TRANSPORTE

4.1 Importância

O processo de transpiração reduz o potencial de água nos locais de evaporação


situados dentro das folhas, sendo este efeito imediatamente transferido para o sistema
radicular através de tensões no sistema vascular das plantas. Se o potencial na folha deve ser
mantido, esta demanda por água deve ser continuamente satisfeita; de outra forma,
desenvolve-se uma situação de estresse na folhagem, os estômatos se fecham e o processo
assimilatório é afetado negativamente.
Uma planta em crescimento necessita, portanto, manter a continuidade da fase líquida
do solo através do seu sistema vascular, até os sítios de evaporação, localizado nas folhas.
Tal sistema responderá, imediatamente, às necessidades da planta, e a questão do suprimento
de água necessário para o atendimento da demanda pode ser considerada do ponto de vista
de um gradiente de potencial de água que favoreça a manutenção de um fluxo de umidade
através de uma série de resistências existentes no “continuum” solo-planta-atmosfera. Este
processo é mantido pela absorção da água no solo via raízes e o seu transporte através dos
caules pelos tecidos vasculares.

4.2 Absorção de água

Órgãos aéreos são capazes de absorver água de uma atmosfera úmida ou de um filme
liquido, mas, por razões práticas, o sistema radicular é responsável por, virtualmente, toda a
água que entra na planta. Uma série de estudos anatômicos e fisiológicos mostra que a zona
em que a absorção de água é mais ativa, situa-se acima da coifa, onde se formam raízes
novas de onde partem pêlos absorventes, que possibilitam ao sistema radicular explorar um
maior volume de solo, estabelecendo íntimo contato com suas partículas, de onde retiram
água e nutrientes.
Associações micorrízicas (MVA) podem contribuir da mesma forma, pois ampliam a
rede de pêlos absorventes, através das hifas que desenvolvem, explorando novas áreas de
solo, embora a magnitude desta contribuição seja difícil de estabelecer.

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4.2.1 Anatomia radicular - Ao se estudar a estrutura interna das raízes,
visualiza-se uma parte mais externa, a casca, e outra mais interna, que é o cilindro central. A
casca é formada pela epiderme e a endoderme, que possui células impregnadas de celulose
(lignina ou suberina) e que dificulta as trocas entrem a casca e o cilindro central, no caso das
monocotiledôneas, que não tem crescimento secundário. Nas dicotiledôneas, a endoderme é
caracterizada por uma camada de células suberizadas, conhecidas como estrias de caspary,
que se admite ser a primeira barreira seletiva no transporte de materiais do solo para as
demais partes da planta. Mais internamente está o cilindro central, composto principalmente
pelos elementos condutores (xilema e floema), fibras e parênquima (Figura 4.1).

Figura 4.1 Estrutura da raiz. Ponta da raiz mostrando varias zonas e regiões de diferenciação
de xilema e floema (a). Secção transversal de uma raiz (b). Adaptado de Suticliffe (1980).

4.2.2 Água no solo - Antes de estudarmos os mecanismos de absorção de água


pelas as plantas, recordemos que a água no solo juntamente com os sais minerais

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dissolvidos, compõe a fração solução do solo. A tensão com que a água é retida pelas
partículas chama-se potencial mátrico (m) ou matricial e depende principalmente das
cargas elétricas. Para se definir o potencial água no solo, inclui-se dois outros fatores: a
quantidade de solutos na solução (potencial osmótico) e qualquer pressão (peso da coluna
d’água) que atue sobre a água no solo (potencial pressão):  solo =  o +  p +  m.
Dependendo da tensão com que a água está retida, pode-se ter: a) Água gravitacional:
retida a 0,0 e -0,03 MPa. Percola por ação da gravidade; b) Água capilar: retida entre -0,3 e
-1,5 MPa. Forma mais utilizável pelas plantas. No limite superior (-15 MPa), fica
indisponível para a maioria das plantas; c) Água higroscópica: retida entre –3,0 e - 10 3 MPa.
Permanece no solo seco ao ar. Sai apenas quando submetida a um processo brusco de
aquecimento (estufa); d) Água de constituição: retida a menos de 10 3 MPa. Intrínseca, é a
água de constituição.
Água disponível - compreendida entre a capacidade de campo (0,03 MPa) e o
coeficiente (ponto) de murcha permanente (-1,5MPa). É muito discutível. Para algumas
plantas, esta faixa pode se estender de -2,0 a -2,5 MPa. Em desertos, a condensação noturna
de água sobre as folhas das plantas pode constituir-se por muito tempo na única fonte de
água disponível.

4.3 Mecanismos de absorção

Para que se dê a absorção é necessário que se estabeleça um gradiente de potencial de


água nas raízes e o potencial de água no solo. A absorção não é um processo isolado e
depende principalmente da transpiração. Os gradientes de potencial de água que se formam
durante a transpiração são referidos como a força motora para absorção de água pelo sistema
radicular.
A transpiração é proporcional à demanda evaporativa da atmosfera (DEA). Quando a
DEA for baixa, a transpiração também será, mesmo com o solo úmido. Pode ocorrer pressão
positiva no xilema (flui água quando corta), com perda de água em forma líquida. Com a
água do xilema sob tensão, a transpiração será elevada (pressão negativa) e se dá em forma
de vapor, estabelecendo um fluxo de água do solo até a atmosfera, ao longo de um gradiente
de potencial hídrico.

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4.3.1 Absorção passiva - A evaporação nas folhas diminui o potencial água
das células que é transmitido ao xilema e deste às raízes, que produz um gradiente de
potencial com a superfície do solo. O abaixamento do potencial de água em cadeia devido ao
abaixamento da pressão da seiva no xilema faz com que a água seja “aspirada” através das
raízes, que neste caso, serve apenas como via de entrada de água.
O aumento na transpiração pode criar uma defasagem entre a água que transpira e a
que é absorvida. Este retardamento causado por células impregnadas de celulose em
monocotiledôneas ou pelas estrias de caspary em dicotiledôneas, na endoderme, torna a
pressão do xilema negativa, com a água sob tensão, promovendo um movimento por fluxo
de massa ocasionado pelas forças da DEA, segundo a teoria de Dixon (Steudle, 2001). Para
hipóteses alternativas ver (Canny, 1998). A coluna d’água desde as raízes às folhas é
confinada a pequenos tubos e mantida a grandes tensões, devido às propriedades de coesão
(entre as moléculas) e adesão (com as paredes do tubo), o que dificulta o seu rompimento
(cavitação). Ocorre fluxo de massa.
4.3.2 Absorção ativa – Ocorre quando a planta transpira lentamente e o
abaixamento no potencial água deve-se à concentração de solutos no xilema. Este acúmulo
tende a baixar o potencial de água nas raízes, sendo que neste caso, as raízes funcionando
como um osmômetro. Esta absorção, quando intensa, causa uma elevação na pressão
radicular, podendo produzir gutação. Chama-se absorção ativa, pelo fato do abaixamento no
potencial de água ocorrer nas raízes, estas funcionando como um osmômetro (tem
participação ativa no processo), não envolvendo desta forma, o gasto de energia metabólica.
Salienta-se, entretanto, que a absorção e transporte de íons é ativo, com gasto de energia.
Ocorre difusão osmótica.
4.3.3 Fatores: Disponibilidade de água no solo, temperatura do solo, potencial
mátrico, condutividade hidráulica, concentração salina; aeração; sistema radicular, etc.

Referências Bibliográficas

KRAMER, P.; BOYER, J. S. Water relations of plants and soils. San Diego: Academic
Press, 1995.495p.

KRAMER, Paul J. Water relations of plants. Orlando: Academic Press , 1983. 489 p.

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