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3 ESTÁGIO

3.12 SOCIEDADES ANÔNIMAS

3.12.1 Noções gerais

3.12.1.1 Conceito

No moderno capitalismo a estrutura organizacional que lhe é característico é o das sociedades


anônimas. Empreendedores desejosos de exercer uma atividade econômica de grande dimensão e
que envolve recursos monetários volumosos procuram consegui-lo mediante uma oferta ao público
de parcelas do capital social. Ao democratizar a propriedade societária atraem pessoas possuidoras
de poupança particular que investem na realização do empreendimento e, assim, tornam-se
coproprietárias.

O art. 1.088 do Código Civil apresenta esse tipo societário como àquele em que o capital social
divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações
que subscreveu ou adquiriu. No seu art. 1.089 informa que a regência legal será dada por lei
especial, no caso, a lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, aplicando-se o Código Civil nos casos
omissos.

3.12.1.2 Características

Trata-se de um tipo societário:

1. empresarial, independentemente do seu objeto (§ único do art 982);

2. sociedade de capital onde predomina a impessoalidade, isto é, para o ingresso na sociedade


basta adquirir a ação;

3. regida por um estatuto (art. 83) aprovado na assembleia geral de constituição. O estatuto é
considerado como um elemento do contrato regulando a formação da sociedade e especificando as
normas que regerão a sociedade. Ele é essencial para vincular contratualmente os sócios o que
exige, para tanto, que o ato seja lavrado em ata, escrito particular ou público e que conterá:

• o objeto social,

• o capital social e o número de ações em que é dividido,

• as vantagens concedidas ao acionista detentor de ações preferenciais,

• denominação social da companhia,

• endereço social, prazo de duração e regras concernentes à administração da companhia;

4. identificada por uma denominação (art. 3, LSA e 1,160, CC). Nesse sentido, designa-se o objeto
social, adicionando-lhe as expressões; “sociedade anônima”, ou “companhia’’, por extenso ou
abreviadamente. Observe-se que não é vedada a utilização de um nome do fundador, acionista ou
pessoa que tenha contribuído para o êxito da sociedade, mas, assim o fazendo, tratar-se-á de uma
mera homenagem;

5. o capital social é fracionado pelo número de ações, e

6. a responsabilidade do sócio é limitada ao preço de emissão das ações, isto é, o desembolsado


pelo subscritor em favor da companhia emitente, para fins de titularizar a participação acionária
(art.1 da LSA).

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3.12.1.3 Espécies

As sociedades anônimas estão divididas em abertas e fechadas. O que as diferencia é a modalidade


de negociação das ações.

a. Sociedades anônimas fechadas (art 88): são as que captam recursos monetários numa
negociação contratual particular, inexistindo a transação das suas ações no mercado mobiliário.
Prevalece a subscrição privada em assembleia geral ou por escritura pública e os fundadores são
todos os subscritores;

b. Sociedades anônimas abertas (art. 82): negociam suas ações publicamente através do mercado
mobiliário. Trata-se de uma subscrição pública que depende do registro de emissão na Comissão de
Valores Mobiliários e a intermediação de instituição financeira.

As operações de compra e venda de valores mobiliários, entre eles, as ações, são efetuadas via o
Mercado de Capitais, isto é, um local onde se realizam as operações de compra e venda de valores
mobiliários e que se divide em duas espécies:

a. Mercado primário: compreende as operações de emissão e subscrição de ações e outros valores


mobiliários, nas quais o acionista, em geral, deverá ter o direito de preferência, pagando, no caso
das ações, o preço de emissão;

b. Mercado secundário: envolve operações de compra e venda de valores mobiliários aonde inexiste
prioridade para quem é acionista e a negociação é referenciada pelo valor de mercado.

As operações de compra e venda de valores mobiliários são realizadas através da bolsa de valores ou
do mercado de balcão.

• bolsa de valores é uma entidade privada resultante da associação de sociedades corretoras que
organiza e mantém o pregão de ações e outros valores mobiliários emitidos por companhias abertas
no mercado secundário;

• o mercado de balcão compreende todas as operações do Mercado de Capitais realizadas por


sociedades corretoras, instituições financeiras e sociedades intermediárias autorizadas fora da bolsa
de valores.

Para que as companhias abertas negociem seus valores mobiliários, exige-se o registro na Comissão
de Valores Mobiliários que é uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Fazenda com as
atribuições de:

a) Normalizar as operações mobiliárias;

b) Autorizar, mediante atos de registro, a emissão, por SAs abertas, de valores mobiliários no
Mercado de Capitais e a negociação, pelos agentes (corretores, instituições financeiras, bolsas de
valores etc.) dos valores mobiliários e

c) Fiscalizar as SAs abertas e os agentes que operam no mercado de capitais.

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3.12.2 Constituição da companhia

3.12.2.1 Requisitos Preliminares

A constituição de uma sociedade anônima requer, preliminarmente, a obediência dos requisitos


estabelecidos no art. 80:

I. Subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social
fixado no estatuto.

- O art. 251 da LSA admite a constituição da companhia mediante escritura pública, tendo como
único acionista uma sociedade brasileira; no caso, trata-se de uma subsidiária integral. Acrescenta o
§2° do art. 251, a possibilidade de conversão da companhia em uma subsidiária integral, desde que
adquirida todas as suas ações por uma sociedade brasileira nos termos do que estabelece o art. 252.
Observe-se que em ambas as hipóteses, de constituição e de incorporação, o requisito é a presença
de outra sociedade excluindo, assim, a pessoa física.

- Disciplina o art. 206, inciso I, letra d, que verificada em assembleia geral a existência de um único
acionista, se o mínimo de dois não for recomposto até o ano seguinte, dissolve-se a companhia.

II. Realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em
dinheiro. Para as entidades financeiras o mínimo é de 50%;

III. Depósito no Banco do Brasil, ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela Comissão
de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. Esse depósito deverá ser feito
pelo fundador no prazo de 5 (cinco) dias contados do recebimento das quantias, em nome do
subscritor e a favor da sociedade em organização, que só poderá ser levantado após haver adquirido
personalidade jurídica (art. 81);

IV. Caso a companhia não venha a se constituir no prazo de 6 (seis meses) da data do depósito, o
banco restituirá as quantias depositadas diretamente aos subscritores (parágrafo único do art. 81).

3.12.2.2 Noção de Subscrição

Subscrição é o ato mediante o qual uma pessoa assume a obrigação de contribuir para o capital da
Cia. nos termos previstos no estatuto, com dinheiro, bens ou direitos. É mero promitente. É
promessa de integralização do capital. Integralizar é efetivar a promessa.

Trata-se de um contrato de adesão (acordo de vontade entre subscritor e fundador-empreendedor)


que vincula o subscritor ao adimplemento de uma obrigação futura, implícita à condição de
constituição da sociedade empresária.

A responsabilidade do subscritor que contribuir com bens para a formação do capital social será
idêntica à do vendedor (art. 10). Quando a entrada consistir em crédito, o subscritor ou acionista
responderá pela solvência do devedor (§ único, art. 10).

Dependendo da existência ou não de apelo ao público investidor a subscrição poderá ser particular
ou pública. Na subscrição particular (art. 88), os subscritores podem optar por duas formas de
deliberação de constituição:

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- Assembleia geral, observando-se o disposto nos arts. 86 e 87 da LSA devendo entregar à
assembleia o projeto do estatuto, assinado em duplicata por todos os subscritores do capital e as
listas ou boletins de subscrição de todas as ações ou

- escritura pública assinada por todos os subscritores contendo a qualificação dos subscritores, o
estatuto da companhia, relação das ações tomadas pelos subscritores e a importância das entradas
pagas, transcrição do recibo de entrada, transcrição do laudo de avaliação dos peritos, caso tenha
havido subscrição do capital social em bens, nomeação dos primeiros administradores e, quando for
o caso, dos fiscais.

Quando a escolha recair na subscrição pública os fundadores buscarão recursos para a constituição
da sociedade junto aos investidores. Destina-se a criação de uma S.A. aberta e se exige:

a. o registro de emissão na Comissão de Valores Mobiliários,

b. a colocação das ações junto dos investidores por intermédio de instituição financeira (art. 82) e

c. a realização de uma assembleia de constituição.

O pedido de registro de emissão, na CVM, assinado pelo fundador e por uma instituição financeira
(underwriting), deve ser instruída com os seguintes elementos: (§1, art. 82):

• Estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento;

• Projeto do estatuto social;

• Prospecto, organizado e assinado pelos fundadores e pela instituição financeira intermediária


(art.84) contendo:

> Valor do capital social a ser subscrito, o modo de sua realização e a existência ou de autorização
para aumento futuro;

> A parte do capital a ser formada com bens, a discriminação desses bens e valores e o valor a eles
atribuído pelos fundadores;

> O número, as espécies e classes de ações em que se dividirá o capital; o valor nominal das ações, e
o preço da emissão das ações;

> A importância da entrada a ser realizada no ato da subscrição;

> As obrigações assumidas pelos fundadores, os contratas assinados no interesse da futura


companhia e as quantias já despendidas e por despender;

> As vantagens particulares, a que terão direito os fundadores ou terceiros, e o dispositivo do


projeto do estatuto que as regula;

> A autorização governamental para constituir- se a companhia, se necessário;

> As datas de início e término da subscrição e as instituições autorizadas a receber as entradas;

> A solução prevista para o caso de excesso de subscrição;

> O prazo dentro do qual deverá realizar-se a assembleia de constituição da companhia, ou a


preliminar paia avaliação dos bens, se for o caso;

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> O nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos fundadores, ou, se pessoa jurídica,
a firma ou denominação, nacionalidade e sede, bem como o número e espécie de ações que cada
um houver subscrito;

> A instituição financeira intermediária do lançamento, em cujo poder ficarão depositados os


originais do prospecto e do projeto de estatuto, com os documentos a que fizerem menção para
exame de qualquer interessado.

Sendo efetivada a subscrição em dinheiro o subscritor pagará a entrada e assinará a lista ou o


boletim individual autenticados pela instituição autorizada a receber as entradas, qualificando-se
pelo nome, nacionalidade, residência, estado civil, profissão e documento de identidade, ou, se
pessoa jurídica, pela firma ou denominação, nacionalidade e sede, devendo especificar o número de
ações subscritas, a sua espécie e classe e o total de entrada (art. 85).

Feita a subscrição em bens, exige-se uma avaliação feita por três peritos ou por empresa
especializada, nomeados em assembleia geral dos subscritores (art. 8°). Os avaliadores e o subscritor
responderão perante a companhia, os acionistas e terceiros, pelos danos que lhe causarem por
culpa ou dolo na avaliação dos bens (§ 6°, art. 8°). No caso de o bem ser um imóvel não será exigido
a escritura pública (art. 89).

3.12.2.3 Assembléia de Constituição

O art. 86 da LSA estabelece que encerrada a subscrição e havendo sido subscrito todo o capital
social, os fundadores deverão convocar a assembléia geral, com os seguintes objetivos: avaliar, de
acordo com o procedimento firmado no art. 8o, os bens entregues como forma de integralizar as
ações subscritas e deliberar sobre a constituição da companhia. Essa convocação deverá ser feita
através dos jornais que veicularam a publicidade da oferta da subscrição, mencionando hora, dia e
local da reunião.

A assembléia de constituição será instalada, em primeira convocação, com a presença de


subscritores que representem, no mínimo, metade do capital social, e, em segunda convocação,
com qualquer número (art. 87) e cada ação, independentemente de sua espécie ou classe, dá
direito a um voto. Observe-se que a alteração do projeto de estatuto não poderá ser feito por
maioria de votos, mas por decisão unânime (§2°, art. 87), posto que esse ato só ocorrerá em
assembléia geral extraordinária que conte com a presença de acionistas que representem, no
mínimo, 2/3 do capital social com direito a voto (art 135).

Obedecidas as formalidades legais e desde que não haja oposição de subscritores que representem
mais da metade do capital social o presidente declarará constituída a sociedade e a ata da
assembléia que aprovou a constituição da sociedade deverá ser destinada ao registro do comércio
(§3°, art. 87).

Como requisitos complementares à constituição, os seus administradores deverão arquivar os


documentos relativos ao ato e, no prazo de 30 dias subsequentes, realizarem a sua publicação (art.
98).
No caso de a constituição se realizar mediante uma assembléia, junto com a ata serão arquivados:
um exemplar do estatuto; a relação dos subscritores, com nome, qualificação, ações e entradas
realizadas, além do recibo bancário destas; a duplicata das atas das assembléias realizadas para a
avaliação dos bens (art. 95).
Na hipótese de a constituição se realizar por escritura pública, bastará o arquivamento de certidão
do instrumento (art. 96).

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Vale enfatizar que nenhuma companhia funcionará sem que sejam arquivados e publicados seus
atos constitutivos (art.94).

3.12.2.4 Responsabilidades

Determina o art. 92 que os fundadores e as instituições financeiras que participarem da


constituição por subscrição pública responderão, no âmbito das respectivas atribuições, pelos
prejuízos resultantes da inobservância de preceitos legais. Por outro lado, os fundadores
responderão, solidariamente, pelo prejuízo decorrente de culpa ou dolo em operações anteriores
à constituição (§ único do art. 92).

Em se tratando dos primeiros administradores, eles serão solidariamente responsáveis perante a


companhia pelos prejuízos causados pela demora no cumprimento das formalidades à sua
constituição (art. 99).
Por sua vez, a sociedade não responde pelos atos ou operações praticados pelos primeiros
administradores antes de cumpridas as formalidades de constituição, mas a assembléia geral
poderá deliberar em contrário (§ único do art. 99).

3.12.3 Valores mobiliários

Conceito

São Títulos de Investimentos que a sociedade anônima emite para obtenção dos recursos de que
necessita. É investimento social oferecido ao público e, ao mesmo tempo, instrumento de captação
de recursos pelas companhias emissoras. Torna-se, para a companhia, um meio de
autofinanciamento que lhe permite evitar recorrer ao mercado financeiro.

A companhia, ao negociar esses valores mobiliários, assume obrigações perante terceiros que
ingressam com seu capital e lhes permitirão, no prazo determinado, reivindicar um direito de crédito
contra a sociedade. Ressalte-se que os valores mobiliários não são títulos de crédito visto não
apresentarem os princípios essenciais para os enquadrarem no ordenamento jurídico creditório.

São espécies de valores mobiliários as partes beneficiárias, bônus de subscrição, debêntures e as


ações.

3.12.3.2 Partes Beneficiárias

São títulos nominativos emitidos a qualquer tempo pelas companhias de capital fechado,
negociáveis, sem valor nominal e não representativos do capital social. Quando da sua emissão,
exige-se o registro em livros próprios, mantidos pela companhia.
As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições determinadas pelo
estatuto ou pela assembléia geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros como
remuneração de serviços prestados à sociedade, (art. 47).
O prazo de duração desses valores mobiliários deverá ser fixado pelo estatuto e, sempre que
estipular resgate deverá ser criado uma reserva especial para esse fim (art. 48). Em se tratando de
atribuição gratuita não deverá ultrapassar 10 anos, salvo se destinadas a sociedades ou fundações
beneficentes dos empregados da companhia (§1° art. 48).
Aos seus titulares serão oferecidos:
• direito a crédito eventual contra a companhia, consistente em participação nos lucros líquidos
anuais, não podendo essa participação ultrapassar um décimo dos lucros anuais (§§ Io e 2o art.
46);
• direito de fiscalizar os atos dos administradores (§3° art. 46);

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• direito de converter as partes beneficiárias em ações, caso haja previsão no estatuto, mediante
capitalização de reserva criada para esse fim (§2° art. 48) e

• direito de preferência sobre o que restar do ativo até a importância da reserva para resgate ou
conversão na liquidação da companhia, solvido o passível exigível (§3° art. 48).

3.12.3.3 Bônus de Subscrição

São títulos nominativos e negociáveis, somente emitidos pelas companhias de capital autorizado,
isto é, aquela autorizada para aumentar o capital social independentemente de reforma
estatutária (art. 168).

Os bônus de subscrição serão alienados pela companhia ou por ela atribuídos, como vantagem
adicional, aos subscritores de emissões de suas ações ou debêntures. Os acionistas da companhia
gozarão de preferência para subscrever a emissão de bônus.

De posse desse valor mobiliário o seu titular o apresenta e exerce a preferência, na aquisição das
ações ou debêntures postas a venda pela companhia, pagando o preço de emissão.

A emissão dos bônus de subscrição deverá ser deliberada em Assembléia Geral, se o estatuto não a
atribuir ao Conselho de Administração.

3.12.3.4 Debêntures

São títulos negociáveis emitidos pela companhia que conferem direito de crédito contra a
sociedade, nas condições estabelecidas na escritura de emissão e no certificado. Na verdade, trata-
se de um contrato de mútuo, empréstimo público contratado pela companhia que dele só utiliza
para evitar endividamento no mercado financeiro.

Para a sociedade que oferta esses títulos, trata-se de autofinanciamento; para o público que o
adquire, é um investimento. Nesse sentido, a sociedade arrecada o montante que necessita de
vários mutuantes submetidos às mesmas condições gerais e correndo os mesmos riscos.

Apesar de as debêntures não apresentarem os requisitos essenciais dos títulos de crédito, o inciso I
do art. 585 as qualifica como um título executivo extrajudicial.

O art. 59, da Lei 6.404/76, estabelece que a assembleia geral tem competência privativa para
deliberar sobre a emissão das debêntures e, observando o que dispuser o estatuto, fixar as
condições da operação:

I. o valor da emissão ou os critérios de determinação do seu limite, e a sua divisão em séries, se for o
caso;

II. o número e o valor nominal expresso em moeda nacional ou estrangeira (art. 54);

III. as garantias reais ou a garantia flutuante, se houver;

IV. as condições de correção monetária, se houver, com base nos coeficientes fixados para correção
de títulos da dívida pública, na variação da taxa cambial ou em outros referenciais não
expressamente veda- ^ dos em lei (§l° art. 54);

V. a conversibilidade ou não em ações e as condições a V serem observadas na conversão;

VI. a época e as condições de vencimento, amortização m ou resgate;

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VII. a época e as condições do pagamento dos juros, da participação nos lucros e do prêmio de
reembolso, se houver;

VIII. o modo de subscrição ou colocação, e o tipo de debênture.

Na companhia aberta, o conselho de administração poderá á deliberar sobre a emissão de


debêntures simples, não conversíveis em ações e sem garantia real. A assembléia geral também
pode delegar ao conselho de administração a deliberação sobre as condições dos incisos VI a VII (§1°
art. 59).

Segundo a garantia oferecida aos credores as debêntures podem ser da espécie;

a. Com garantia real, que são títulos cujo crédito tem seu adimplemento garantido por hipoteca
(sobre bens imóveis e seus acessórios) ou por penhor (bens móveis).

b. Com garantia flutuante, que assegura ao seu titular um privilégio geral sobre o ativo da
companhia, embora não impeça a negociação dos bens que compõem esse ativo;

c. Debênture quirografáría, isto é, sem garantia e

d. Debênture subordinada, que assegura ao seu titular uma preferência ao patrimônio social inferior
ao instituído às debêntures quirografárias.

O art. 60 estabelece que, excetuados os casos previstos em lei especial, o valor total das emissões
de debêntures não poderá ultrapassar nas:

a. Debêntures com garantia real, o limite de 80% do valor dos bens gravados, próprios ou de
terceiros

b. Debêntures com garantia flutuante, o limite de 70% do valor contábil da companhia, diminuído
do montante das suas dívidas garantidas por direitos reais;

c. Debêntures quirografárias, o capital social da companhia;

d. Debêntures subordinadas não se submetem aos limites estabelecidos nesse artigo,

A criação das debêntures se dá através de uma escritura de emissão, na qual a companhia faz
constar os direitos conferidos pelas debêntures, suas garantias e demais cláusulas ou condições.
Tratando-se de uma emissão pública de debêntures, exige-se , a prévia autorização da Comissão de
Valores Mobiliários e a intervenção de um agente fiduciário;
No caso de emissão privada, exige-se a mera comunicação.

São requisitos para a emissão de debêntures (art.62):

• arquivamento no registro do comércio e publicação no Diário Oficial e na imprensa, da ata da


assembléia geral, ou do conselho de administração, que deliberou sobre a emissão;

• inscrição da escritura de emissão no registro do comércio e

• constituição das garantias reais.

Ausente ou incompleto o registro, os administradores da companhia respondem pelas perdas e


danos causados à companhia ou a terceiros (§1°, art. 62).

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O agente fiduciário é o representante da comunhão dos debenturistas, nomeado no momento da
lavratura da escritura de emissão. A sua participação é exigida quando os títulos forem distribuídos
ou admitidos à negociação no mercado.

Somente poderão ser agentes fiduciários:

• pessoas naturais que satisfaçam os requisitos para o exercício de cargo em órgão de administração
da companhia e as

• instituições financeiras que, especialmente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, tenham por
objeto a administração ou a custódia de bens de terceiros.

São deveres do agente fiduciário: proteger os interesses dos debenturistas, notificando-os de


qualquer inadimplência da sociedade e elaborando relatórios à disposição dos titulares desse direito
e utilizar qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses dos debenturistas. Eles
respondem perante os debenturistas pelos prejuízos que lhes causar por culpa ou dolo no
exercício das suas funções.

3.12.3.5 Ações

3.12.3.5.1 Conceito

Correspondem a um título de investimento representativo de unidades do capital social da


sociedade anônima (é um título de propriedade – capitalização). Representam frações, de igual
valor, em que se divide o capital da companhia e, ao seu titular, é atribuída a condição de acionista:
titular de um regime próprio de direitos e deveres.

Apresentam como características a indivisibilidade (art. 28) e a negociabilidade (art. 29).


É a ação indivisível em relação à sociedade de tal forma que, pertencendo a mais de uma pessoa, em
condomínio, os direitos por ela conferidos serão exercidas apenas pelo seu titular.
Apesar de negociáveis, a companhia não poderá realizar tal ato com as próprias ações e, as de
capital aberto, somente poderão negociá-las depois de realizados 30% do preço de emissão sob
pena de nulidade do ato.

3.12.3.5.2 Valores

No que se refere aos valores assumidos as ações podem ter:


a. Valor nominal, aquele que é resultado da divisão do capital social da companhia pelo número de
ações que ela emitiu. A expressão monetária atribuída à ação na constituição da companhia já
poderá vir estampada no certificado ou ser omitido; nesse último caso, recorre-se ao estatuto para
se averiguar o fracionamento do capital social em ações e, assim, o valor relativo dessa fração tendo
em vista a quantidade de ações emitidas.

b. Valor de negociação ou de mercado é resultado do livre confronto de vontade de quem aliena a


ação e de quem deseja adquiri-la. Na negociação o valor atribuído à ação é resultado da
rentabilidade esperada no mercado, valor meramente especulativo em termos dos ganhos
esperados com a aquisição da ação (OFERTA E PROCURA)

c. Valor patrimonial é o resultado da divisão do patrimônio líquido da sociedade pelo número de


ações efetivamente distribuídas. Esse valor representa o valor real da ação, visto que deverá ser
levantado contabilmente o que a companhia possui deduzido das obrigações. Em caso de liquidação
da companhia ou de reembolso é o que se paga ao acionista.

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d. Valor de emissão. Esse valor é atribuído pela companhia emissora à ação, a ser pago, à vista ou a
prazo, pelo subscritor. Sendo à ação atribuído um valor ele obedecerá a um parâmetro mínimo:
deverá ser igual ou maior do valor nominal da ação; caso seja inferior, acarreta a nulidade da
operação e a responsabilidade dos infratores (§l°, art. 13), sendo superior, o ágio será destinado a
compor a Reserva de Capital (§2°, art. 13). (VALOR ARBITRADO)
OBS: INSTITUTOS JURIDICOS = Reembolso, amortização e resgate

3.12.3.5.3 Classificação

Classificando as ações pela extensão dos direitos e vantagens concedidas aos acionistas elas podem
ser da espécie: ordinária, preferencial ou de fruição.

Ação Ordinária é aquela que oferecem aos acionistas direitos patrimoniais, isto é, de participação
na distribuição de dividendos e na partilha quando da sua liquidação, direito de fiscalização e
direito de participação nas deliberações com voz e voto.

Ação Preferencial (art.17) proporciona aos seus titulares os seguintes direitos:


- Prioridade na distribuição de dividendos, fixo ou mínimo;

- Prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele ou;

- Acumulação das preferências e vantagens antes mencionadas.

A natureza e a extensão do privilégio serão dadas pelo Estatuto que objetiva, com essa medida,
obter uma vantagem concorrencial na captação de recursos no mercado mobiliário.
Como o voto, em regra, não é um benefício concedido aos titulares dessas ações, cuida a lei de
conceder esse direito de voto, temporariamente, na hipótese de a companhia, em três exercícios
consecutivos deixar de pagar os dividendos a que fizerem jus, direito que conservarão até ter sido
restabelecido o pagamento (§1°, art. 111).
A emissão das ações preferencias sem voto ou com voto restrito não poderá ultrapassar 50% do
total das ações emitidas (§2° art, 15).

Ação de Fruição é aquela que resulta da distribuição ao acionista de quantias que lhe poderiam
tocar no caso de liquidação da companhia. São ações despidas de capital que conferem ao seu
titular o direito de participar dos Iucros, de fiscalizar a sociedade, de preferência na subscrição de
novas ações e direito de retirada (art. 109).
No caso de liquidação da companhia os detentores dessas ações poderão concorrer ao patrimônio
líquido depois de assegurado às ações não amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido
monetariamente (§5° art. 44).

No que diz respeito à forma de transferência da titularidade das ações elas são classificadas em
nominativas e escriturais (prof pulou essa parte abaixo):

• Nominativas são as ações que no certificado está determinado o nome do acionista. Elas são
transferidas mediante registro no livro de Transferência de Ações Nominativas e lançamento no
Livro de Registro das Ações Nominativas. A lei n° 8.021/91 determinou a obrigatoriedade de
emissões de valores mobiliários unicamente nominativos, vedando, por conseguinte a emissão ao
portador; • Escriturais são aquelas cuja transferência se completa através de lançamento efetuado
pela instituição depositária em seus livros, a débito da conta de ações do alienante e a crédito da
conta de ações do adquirente, à vista de ordem escrita do alienante em documento hábil que ficará
em poder da instituição (§1° art. 35).

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3.12.4 O capital social

3.12.4.1 Conceito

É o volume de recursos monetários indispensáveis para que a companhia possa iniciar a sua
atividade econômica. O seu montante corresponde ao que foi arrecadado como medida de
contribuição dos que adquiriram as ações da companhia; trata-se de capitalização, isto é, aporte de
recursos advindos da venda de ações que se incorporam ao capital social de forma definitiva, a
companhia não tem obrigação de restituí-lo.

Na constituição da companhia cabe ao estatuto fixar o valor do capital social externando a sua força
econômica. Vale expressar que, diferentemente, os recursos advindos com a venda de debêntures
ou commercial papers (espécie de nota promissória comercial) não constituem capitalização, trata-
se de securitizações, visto que ela se torna devedora dos prestadores de recursos devendo restituí-
los com os acréscimos remuneratórios.

O capital social é o principal respaldo que os credores têm em relação às obrigações sociais visto
que, nas sociedades anônimas, inexiste responsabilidade subsidiária dos sócios (art. 1o). Por conta
disso, a intangibilidade é a ele pertinente e desfalcá-lo para pagamento de dividendos é vedado;
resta-lhe a sua aplicação no exercício da atividade e a restituição aos sócios na hipótese de
dissolução da sociedade.

3.12.4.2 Reserva de Capital

Com o objetivo de fazer frente a situações imprevisíveis que possam provocar prejuízos à sociedade
a Lei prevê fundos de reserva para garantir credores. Esses fundos de reserva estão estabelecidos
contabilmente em contas que expressam a sua constituição e a sua aplicação. Em termos da sua
constituição, tem-se:

• Reserva legal (art. 193). A partir do lucro líquido do exercício, 5% serão aplicados, antes de
qualquer destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% do capital social. O
objetivo é assegurar a integridade do capital social e somente será utilizada para compensar
prejuízos ou aumentar o capital (art. 193, §2°);

• Reserva de avaliação (art. 182, §3°): decorrente do aumento de valor atribuído a elementos do
ativo;

• Reserva de Capital (art. 182): sua constituição decorre:

a. Da diferença entre o preço de emissão (PE) e o valor nominal da ação (VN) (ou entre o
preço de emissão e a divisão do capital social pelo número de ações sem valor nominal),
denominado ágio, alimenta a reserva de capital;
b. Do produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
c. Do prêmio recebido na emissão de debêntures;
d. Das doações e subvenções paia investimento;
e. Do resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.

O art. 200 da Lei 6.404/76, determina que as reservas de capital somente deverão ser utilizadas
para:

I. Absorver prejuízos que ultrapassarem, os lucros acumulados e as reservas de lucro (§ único art.
189); II. Resgatar, reembolsar ou comprar ações; III. Resgatar partes beneficiárias; IV. Incorporar-se
ao capital social; V. Pagar dividendos às ações preferenciais.

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3.12.4.3 Modificação do Capital Social

A intangibilidade que afeta o capital social da companhia está relacionada ao seu valor escriturado.
Ele representa o limite mínimo de recursos que a sociedade deverá contar para pagamento dos seus
credores; nesse sentido, a lei estabelece condições para que ele possa ser modificado e,
obedecendo-as, exige que haja alteração no contrato social e, se for o caso, no estatuto além da
averbação no registro de comércio. A modificação do capital social poderá ser feita por aumento ou
diminuição.

3.12.4.3.1 Aumento do Capital Social

Para sua efetivação mediante a subscrição de novas ações, o art. 170 exige que ele esteja
integralizado em pelo menos 3/4 (três quartos) do valor subscrito e que o preço de emissão das
novas ações seja fixado sem diluição injustificada das ações antigas, tendo em vista a perspectiva
de rentabilidade da empresa, o valor do patrimônio líquido da ação e a cotação de suas ações no
mercado.

Atendidos os pressupostos acima estabelecidos, a companhia, ouvido o conselho fiscal, poderá


aumentar o seu capital (art. 166) mediante:

I. deliberação da assembléia geral ordinária, para correção da expressão monetária do seu valor;

II. deliberação da assembléia geral ou do Conselho de Administração, observado o que a respeito


dispuser o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite autorizado no estatuto;

III. conversão, em ações, de debêntures ou partes beneficiárias e pelo exercício de direitos


conferidos por bônus de subscrição, ou de opção de compra de ações;

IV. deliberação da assembléia geral extraordinária convocada para decidir sobre reforma do
estatuto social, no caso de inexistir autorização de aumento, ou de estar a mesma esgotada.

Dentro dos 30 dias subsequentes à efetivação do aumento, a companhia requererá ao Registro de


Comércio a sua averbação nos casos dos ns. I e II, ou o arquivamento da ata da assembléia de
reforma do estatuto, no caso do n° IV (art. 166, § 1o).

Outras modalidades de aumento do capital poderão ser feitas através da:

• Capitalização de lucros ou reservas: a companhia apenas formaliza a mudança do regime


aplicável; a parte de seus recursos. A companhia pode emitir novas ações para distribuí-las,
proporcionalmente entre os acionistas ou manter o mesmo número, caso em que elas terão o seu
valor nominal, se existente, majorado.

• Conversão de debêntures ou partes beneficiárias em ações: do ponto de vista da sociedade


anônima emissora, a conversão altera a substância de suas obrigações perante o prestador de
recursos, na medida em que não é mais devedora da restituição destes, com os acréscimos
remuneratórios. Pela perspectiva do investidor, ele deixa de ser o titular de direito creditício perante
a sociedade anônima e torna-se sócio do negócio.

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Nas companhias de capital autorizado o estatuto estabelece que novas ações poderão ser emitidas
independentemente de modificação estatutária, devendo a autorização ser feita pela Assembléia
Geral ou o Conselho de Administração especificando (art. 168):

* o limite do aumento,

* as condições a que estiverem sujeitas as emissões,

* as condições em que os acionistas terão direito de preferência para a subscrição e

* a outorga de opção de compra de ações a seus administradores ou empregados, ou a pessoas


naturais que prestem serviços à companhia ou à sociedade sob seu controle.

3.12.4.3.2 Redução do Capital Social

A redução voluntária do capital social se verificará através de assembléia geral convocada para
esse objetivo quando ocorrer:

a. perda, até o montante do prejuízo acumulado ou


b. excesso em relação ao objeto da atividade (art. 173).
No caso de essa redução ser iniciativa dos administradores, exige-se que haja o parecer do conselho
fiscal para ser submetida à apreciação assemblear.

A ata da assembléia que aprovou a redução do capital social deverá ser publicada para que os
credores quirografários por títulos anteriores à data da publicação da ata, dentro do prazo de 60
dias, cientifiquem ao Registro de Comércio sua oposição ao ato sob pena de ver decair esse direito
(§ 1o art. 174). Após esse prazo, sem que tenha havido oposição de credores ou, havendo seja
provado pagamento do seu crédito ou do depósito judicial da importância devida, a ata da
assembléia geral que decidiu a redução deverá ser arquivada.

A redução compulsória do capital social ocorrerá:

a. se não houver a substituição do sócio que foi reembolsado à conta do capital social, e não
à de lucros e reservas. Essa substituição deverá ser feita no prazo de até 120 dias da
publicação da ata da assembléia que acarretou a retirada do sócio dissidente (§ 6o, art. 45);

b. se as ações subscritas e não integralizadas forem declaradas caducas e inexistir lucros ou


reservas suficientes para integralizadas a companhia, terá prazo de até um ano para vende-
las, tal fato não ocorrendo, a assembléia geral deliberará sobre a redução do capital em
importância correspondente (§4°, art. 107);

3.12.5 Os acionistas

3.12.5.1 Noções gerais

Acionista é o sócio das sociedades anônimas, titular das ações emitidas. Sua obrigação principal
é pagar o preço de emissão das ações que subscreve, nos termos do boletim de subscrição (art.
106), isto é, o documento que especifica o valor do capital subscrito e integralizado pelos
acionistas, a forma e o prazo de integralização e o tipo de ação emitido.

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O não cumprimento dessa obrigação por parte dos acionistas o colocará em mora e será
considerado remisso, cabendo à sociedade adotar as medidas determinadas no art. 107:
I. promover contra o acionista, e os que com ele forem solidariamente responsáveis,
processo de execução para cobrar as importâncias devidas, servindo o boletim de
subscrição e o aviso de chamada como título extrajudicial. A solidariedade acima
referida diz respeito ao biênio posterior à alienação (art.108);
II. vender as ações em bolsa;
III. declarar caducas as ações no caso de terem sido infrutíferas as medidas anteriores
e, assim, pode integralizá-las com os lucros e reservas da sociedade;

No caso de as medidas acima destacadas se tornarem infrutíferas, caberá à companhia declarar


caducas essas ações e integralizá-las com os lucros e reservas existentes (§ 4o, art. 107).

O art. 109 estabelece que nem o estatuto nem a assembleia geraI poderão privar os acionistas dos
direitos de:
I. Participação dos lucros sociais (dividendos);
II. Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
III.Fiscalizar, na forma prevista nesta lei, a gestão dos negócios sociais;
IV. Preferência para subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações,
debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição;
V. Retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta lei.

O acionista que dissentir expressamente de deliberação adotada em assembléia geral poderá


decidir deixar de participar do capital da companhia, desde que seja indenizado pelo valor de suas
ações. O direito de retirada e reembolso está vinculado verificação de prejuízo direto, decorrente de
deliberações tomadas em assembléia geral que digam respeito às hipóteses relativas ao art. 136:

1. Criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações preferenciais existentes,


sem guardar proporção com as demais classes de ações preferenciais, salvo se já previsto ou
autorizado pelo estatuto;
2. Alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou
mais classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida;
3. Redução do dividendo obrigatório
4. Fusão da companhia, ou sua incorporação em outra;
5. Participação em grupo de sociedades
6. Mudança do objeto da companhia
7. Cisão da companhia

Nas hipóteses (1) e (2) somente terá direito de retirada o titular de ações de espécie ou classe
prejudicada (art. 137, I);
nas hipóteses (4) e (5) o direito de retirada e reembolso estará diretamente vinculado à efetivação
da operação, (art. 230), acrescente-se que o direito de retirada, nessas hipóteses, ainda estará
pendente da liquidez e dispersão dessas ações no mercado. (art. 137, II).
Na hipótese (7) a cisão deverá implicar: (a) mudança do objeto social; (b) redução do dividendo
obrigatório ou (c) participação em grupo de sociedade. (art. 137, III).

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É importante destacar que o direito de retirada será exercido mesmo que o dissidente tenha se
abstido de votar contra a deliberação ou não tenha comparecido à assembléia (§2°, art;.; I 137).

O direito de retirada deverá ser exercido no prazo de 30 dias contados da publicação da ata da
assembléia geral que deliberar sobre a adoção de qualquer destas matéria. O prazo sendo
obedecido o acionista terá que ser reembolsado pelo valor patrimonial das suas ações ou, se
prevista hipótese de retirada no estatuto, pelo valor econômico da ação.

Se a deliberação da assembléia geral ocorrer mais de dias depois da data do último balanço
aprovado, será facultada ao acionista dissidente pedir, juntamente com o reembolso levantamento
de balanço especial em data que atenda àquele prazo. Isso para possibilitar ao acionista a
participação nos resultados sociais do próprio exercício em que exerce o recesso.

A companhia deverá pagar, imediatamente, 80% de valor de reembolso calculado com base no
último balanço e o saldo restante em 120 dias, a contar da data da deliberação da assembléia que
aprovar o balanço especial (art. 45, § 2o). Pagamento será debitado à conta de lucros ou reservas,
exceto legal, e nesse caso as ações reembolsadas ficarão na tesouraria (art. 45, § 5o).

3.12.5.2 Direito de Voto

O voto é a manifestação da vontade do acionista em deliberações nas assembleias e, em regra, a


cada ação ordinária corresponde um voto (art. 110). Estabelece o art. 122 que apenas os titulares
de ações nominativas, endossáveis e escriturais poderão exercer o direito de voto.

Esse direito não é absoluto, mesmo porque pode ser suprimido das ações preferenciais. Por sua vez,
o estatuto poderá limitar o número de votos de cada acionista (§1 art. 110), bem como a
assembléia geral poderá suspendê-lo quando o acionista deixar de cumprir obrigação imposta pela
lei ou pelo estatuto, cessando a suspensão logo que cumprida a obrigação (art. 120).

O acionista deverá exercer o direito de voto em favor da companhia. Será abusivo o voto exercido
com o objetivo de causar dano à companhia ou a outros acionistas.
Obter, para si ou para outrem, vantagem indevida que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a
companhia ou para outros acionistas. Aquele que exercer o voto abusivo será responsável pelos
danos causados, ainda que seu voto não haja prevalecido (§3° art. 115).

3.12.5.3 Espécies de acionistas

Os acionistas podem ser divididos a partir do grau de vinculação com a companhia.


• Empreendedores são pessoas interessadas na exploração de certa atividade econômica;
• Investidores são pessoas que identificam na ação da companhia uma oportunidade de ganhar
dinheiro. Esses últimos são qualificados como:

Rendeiros, isto é, pessoas que possuem uma carteira de ação que representa para eles um
patrimônio estável passível de proporcionar, a longo prazo, um retorno ao seu investimento ou
Especuladores, que se caracterizam pela volatilidade do seu acervo de ações, posto que se
preocupam apenas em otimizar os seus ganhos ao sabor das variações de mercado.

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3.12.5.4 O poder controlador na sociedade anônima

A sociedade anônima é uma forma de organização produtiva que se caracteriza pela dissociação
entre a propriedade dos bens de produção e o seu controle.
Como o voto corresponde ao número de ações possuídas, controla a companhia quem é possuidor
de mais da metade das ações com direito a voto.

O art. 116 conceitua como acionista controlador pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas
vinculadas por acordo de voto ou sob controle comum que:
- é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas
deliberações da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia
e
- usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos
órgãos da companhia.

O controlador será responsabilizado pelos atos que vier à praticar com abuso do poder (art. 117).
As hipóteses que imputam responsabilidade ao controlador são:
1. orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao interesse nacional, ou levá-la
a favorecer outra sociedade em prejuízo da participação dos acionistas minoritários nos lucros ou no
acervo da companhia;
2. promover a liquidação de companhia próspera, ou a transformação, incorporação, fusão ou cisão
da companhia, com o fim de obter, para si ou para ou trem, vantagem indevida, em prejuízo dos
demais acionista, dos que trabalham na empresa ou dos investidores em valores mobiliários
emitidos pela companhia;
3. promover alteração estatutária, emissão de valores imobiliários ou adoção de políticas ou
decisões que não tenham por fim o interesse da companhia e visem a causar prejuízo a acionistas
minoritários, aos que trabalham na empresa ou aos investidores em valores mobiliários emitidos
pela companhia;
4. eleger administrador ou fiscal que sabe inepto, moral ou tecnicamente;
5. induzir, ou tentar induzir, administrador a praticar ato ilegal, ou, descumprindo seus deveres
definidos nesta lei e no estatuto, promover, contra o interesse da companhia, sua ratificação pela
assembléia geral;
6. contratar com a companhia, diretamente ou através de outrem, ou de sociedade na qual tenha
interesse, em condição de favorecimento ou não equitativas;
7. aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de administradores, por favorecimento pessoal, ou
deixar de apurar denúncia que saiba ou devesse saber
procedente, ou que justifique fundada suspeita de irregularidade;
8. decidir aumentar o capital social por meio de emissão de novas ações, subscrevendo-as com a
realização em bens estranhos ao objeto social da companhia.

No caso do item (5), o administrador ou fiscal que praticar o ato ilegal responde solidariamente
com o acionista controlador (art. 117, §1) Por sua vez, acionista controlador que exercer cargo de
administrador ou fiscal tem também os deveres e responsabilidades próprios do cargo (art. 117, §
2o).

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3.12.6 Os órgãos societários

Os órgãos societários da companhia com competência e composição disciplinadas na lei são:


Assembléia Geral, Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal. São desmembramentos
da pessoa jurídica, e, como tal, não possuem personalidade jurídica própria, não são sujeitos.

3.12.6.1 Assembléia Geral


Corresponde à reunião dos acionistas, convocada e instalada de acordo com o estatuto para
deliberação de matéria de interesse da sociedade. É o foro deliberativo máximo com poderes para
resolver todas as matérias relativas ao objeto de exploração da sociedade e para tomar decisões
sobre a defesa e o desenvolvimento de suas operações.
É da sua competência (art. 122):
a. a reforma do estatuto (§2° art. 87 c/c art. 135);
b. eleição e destituição dos administradores e fiscais;
da companhia, salvo quando possua Conselho de Administração;
c. apreciação anual das contas e demonstração financeiras;
d. autorização para emissão de debêntures;
e. suspensão do exercício de direitos dos acionistas;
f. deliberação sobre a avaliação de bens na formação do capital social;
g. deliberação sobre a transformação, fusão, incorporação, cisão, dissolução
(encerramento das atividades por deliberação administrativa ou decisão judicial), liquidação
(é a fase, no processo de extinção da pessoa jurídica, em que será realizado o ativo e
satisfeito, com o produto do mesmo, o passivo da sociedade);
h. autorização aos administradores para confessar falência ou requerer recuperação ou
ratificar a medida adotada pelos administradores em caso de urgência

A convocação para realização da assembléia geral cabe (art. 123) ao Conselho de Administração ou
aos diretores;
Conselho Fiscal quando o atraso na convocação ultrapassar 30 dias, nos casos previstos em lei
(art.163, V);
Acionistas na omissão por mais de 60 dias dos administradores;
Acionistas detentores de 5% do capital social quando houverem formulado pedido de convocação e
este pedido não tenha sido atendido em oito dias pelos diretores.

Nos primeiros 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, instala-se uma
assembléia ordinária para:

a. Tomar as contas dos administradores, examinar, e votar as demonstrações financeiras;


b. Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;
c. Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal;
d. Aprovar a correção da expressão monetária do capital social (art. 167).

A assembléia extraordinária é instalada a qualquer tempo e as especiais são aquelas nas quais se
reúnem apenas os acionistas preferenciais, titulares de partes beneficiárias ou de debêntures para
debate e votação de assuntos específicos e privativos dessas classes.

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A convocação para a assembléia geral deverá ser feita mediante edital publicado por três vezes em
jornal de grande circulação da sede da companhia e no Diário Oficial local.
Ele deverá conter data, hora e local da assembléia, assim como deverá declinar de maneira clara e
inequívoca, as matérias que serão discutidas.

Para instalação e deliberação da assembléia ordinária é necessária, na primeira convocação, a


presença de acionistas , que representem no mínimo 1/4 (um quarto) do capital social com direito
a voto e, instalar-se-á com qualquer número, em 2o convocação.
A assembléia extraordinária convocada para deliberar sobre alteração estatutária deverá ter um
quorum de votação correspondente a 2/3 do capital votante; não atingido esse quorum em
primeira votação, a assembléia deverá ser reconvocada e instalada com qualquer número dos
presentes.
Tanto em relação à assembléia geral ordinária quanto a extraordinária, (AMBAS) após a votação
deverá ser lavrada a ata e levada à registro perante a junta Comercial do Estado em que se localiza
a sede da companhia, e publicada.

3.12.6.2 Conselho de Administração

Como órgão societário o conselho de administração é órgão colegiado com atribuições


deliberativas insuscetíveis de delegação. É obrigatório nas companhias abertas, de capital
autorizado e nas sociedades de economia mista; é órgão facultativo nas companhias fechadas;

Exerce uma ação dúplice: representa a sociedade e desempenha poderes de gestão.

É composto com um número mínimo de 03 (três conselheiros acionistas, eleitos pela Assembléia
Geral, com mandato não superior a 03 anos, sendo-lhes permitida a reeleição).
O exercício do cargo de conselheiro é privativo dos acionistas pessoas naturais, mas o estatuto
poderá prever a participação no conselho de representantes dos empregados, escolhidos pelo voto,
destes, em eleição direta, organizada pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais que os
representem.

O membro do conselho de administração exerce cargo de confiança e pode ser substituído ou


destituído, pela assembleia geral, a qualquer tempo e tem como atribuições:

a) Orientação geral dos negócios da companhia;


b) Eleição e destituição dos diretores e fixação de suas atribuições;
c) Fiscalização da gestão da diretoria;
d) Convocação da Assembléia Geral;
e) Deliberação, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou bônus de
subscrição;
f) Autorização (se o estatuto não dispuser o contrário para alienação de bens do ativo
permanente, constituição de ônus reais e prestação de garantias a obrigações de
terceiros;
g) Escolha e destituição de eventuais auditores independentes.

O estatuto poderá prever que até o máximo de um terço (l/3) dos conselheiros ocupe
simultaneamente cargos na diretoria da companhia.

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3.12.6.3 Diretoria

É o órgão executivo da companhia. Aos seus membros compete, no plano interno, dirigir a empresa
e, externamente, manifestar a vontade da pessoa jurídica, na generalidade dos atos e negócios.

É composta de no mínimo duas pessoas naturais, residentes no País, acionista ou não, podendo ser
integrada por até 1/3 dos membros do Conselho de Administração.
Seus integrantes serão eleitos e destituíveis, a qualquer tempo, pelo Conselho Administrativo para
um mandato de 3 (três) anos sendo permitida a reeleição.

3.12.6.4 Conselho Fiscal

É órgão de fiscalização da gestão da administração e de assessoramento da assembléia geral, na


apreciação das contas dos administradores e votação das demonstrações financeiras da sociedade
anônima.

Sua existência é obrigatória, mas seu funcionamento é facultativo.


Só em duas hipóteses o conselho fiscal tem funcionamento permanente: nas sociedades de
economia mista (art. 240) ou se prevista a permanência no estatuto (art. 161).

É composto de no mínimo 03 e no máximo de 05 pessoas naturais, acionistas ou não, com


respectivos suplentes, e que atendam aos seguintes requisitos: residam no Brasil, tenham formação
superior ou tenham exercido, por pelo menos três anos, cargo de administrador de empresas ou de
conselheiro fiscal eleitos pela Assembléia Geral para um mandato de 1 (um) ano, prorrogável (art.
162).

Se na localidade inexistir pessoas com essas qualidades, a companhia pode requerer ao juiz da
comarca a dispensa desses requisitos (§1° art. 162).

O §2° do art. 162 estabelece que serão impedidos de fazer parte do Conselho Fiscal:
a. as pessoas enumeradas nos parágrafos do art. 147;
b. membros de órgãos da administração;
c. empregados da companhia ou de sociedade controlada ou do mesmo grupo;
d. cônjuge ou parente, até o terceiro grau, de administrador da companhia

Os membros do Conselho Fiscal têm competência para (art. 163):

a. Fiscalizar, por qualquer dos seus membros, os atos dos administradores e verificar o
cumprimento de seus deveres legais e estatutários;
b. Opinar sobre o relatório anual da administração;
c. Manifestar-se sobre as propostas dos órgãos da administração relativas à modificação do
capital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição; planos de investimento ou
orçamento de capital; distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão;
d. Denunciar aos órgãos da administração os erros, fraudes ou crimes que descobrirem;

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e. Convocar a AGO, se os órgãos da administração retardarem por mais de um mês essa
convocação, a AGE, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes;
f. Analisar ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras
elaboradas periodicamente pela companhia;
g. Examinar as demonstrações financeiras de exercício social e emitir opinião;
h. Exercer essas atribuições durante a liquidação.

3.12.6.5 Administração da companhia

A administração da sociedade anônima pode ser composta por pessoas naturais, acionistas ou não,
por acionista participante do conselho de administração e por membro da diretoria. Deverão ser
eleitos pela assembléia geral ou pelo conselho de administração e lavrado em ata a qualificação e o
prazo de gestão de cada um dos eleitos, devendo ser arquivada no registro do comércio e publicada.

A assembléia geral determinará a sua remuneração incluindo benefícios e verbas de representação,


levando em conta suas responsabilidades, o tempo dedicado às suas funções, sua competência e
reputação profissional e o valor dos seus serviços no mercado (152).
Se a sociedade anônima assegura, em seu estatuto, a obrigatoriedade de distribuição aos acionistas,
a título de dividendos, de pelo menos 25% do lucro líquido, ela pode atribuir ao administrador uma
participação nos seus resultados. A participação não pode ultrapassar 1/10 dos resultados da
companhia, e seu recebimento é condicionado à efetiva distribuição dos dividendos obrigatórios
no exercício.
São impedidos de exercer a função de administrador (art.147):
a) As pessoas impedidas por lei especial;
b) As declaradas inabilitadas pela CVM, se companhia de capital aberto;
c) As condenadas por crime falimentar, de prevaricação, concussão, peculato, contra a
economia popular, a fé pública ou a propriedade ou a pena criminal que vede, ainda que
temporariamente o acesso a cargos públicos;
d) As que ocupem cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes no
mercado, e tenha interesse conflitante com os da companhia, a menos que a assembléia
geral, de modo expresso, não sé oponha (art. 147, § 3o).

Investido da função de administrador a posse deverá ocorrer no prazo máximo de 30 dias após a
eleição. Esse prazo somente poderá ser ultrapassado por motivo considerado justificável pelos
demais membros do conselho de administração ou da diretoria.

O administrador tem o dever de empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e diligência que
todo homem ativo e probo costuma empregar na administração dos seus próprios negócios (art.
153). Além desse dever de diligência, exige-se dele:
• Dever de atuar tendo em vista os fins e interesse da companhia, o bem público e a função social
da empresa (art. 154);
• Dever de lealdade para com a sociedade e manutenção de reserva sobre os seus negócios (art.
155). Tendo em vista a atuação das sociedades anônimas abertas no mercado mobiliário, tenta-se
com esse dispositivo legar evitar que informações internas e sigilosas possam ser usadas com o
objetivo de obtenção de vantagens pessoais, evita-se a quebra de confidencialidade (disclosure).
• Dever de se abster de atuar nas operações desenvolvidas pela companhia em que tenha interesse
conflitante com a sociedade (art. 156);
• Dever de informar (art.157).

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O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da
sociedade e em virtude de ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que
causar por sua culpa ou dolo, ainda que sem exorbitar de poderes e atribuições, por violação da lei
ou do estatuto e por violação do objeto social (art. 158).

Haverá responsabilidade solidária dos administradores pelos prejuízos causados em virtude do não
cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia,
ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles (§2° art. 158).

A solidariedade entre os administradores estão implicitamente sujeitando-os a um dever de


controlar as ações dos demais administradores denunciando aos órgãos societários eventuais
irregularidades. Nesse sentido,

> a responsabilidade solidária ficará restrita aos administradores que, por disposição do estatuto,
tenham atribuições específicas;

> o administrador que tendo conhecimento do não cumprimento desses deveres por seu
predecessor ou pelo administrador competente, deixar de comunicar o fato à assembléia geral,
tornar-se-á por ele solidariamente responsável (§4° art. 158);

> exime-se da responsabilidade o administrador que consignar expressamente a sua divergência


em relação aos demais em ata de reunião do órgão da administração ou dando ciência por escrito
ao Conselho Fiscal ou à assembléia geral (§1° art. 158).

3.12.7 Extinção da sociedade

A sociedade anônima será dissolvida (art. 206):

1. de pleno direito:

a. pelo término do prazo de duração;


b. nos casos previstos no estatuto
c. por deliberação da assembléia geral (art. 136, X)
d. pela unicidade e sua não reconstituição no prazo de 1 ano.
e. pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.

2. por decisão judicial:

a. quando anulada a sua constituição, em ação proposta por qualquer acionista;


b. quando provado que não pode preencher o seu fim em ação proposta por acionistas que
representem 5% do capital social;
c. em caso de falência.

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3. por decisão de autoridade administrativa competente:
A companhia dissolvida conserva a personalidade jurídica até a extinção, com o fim de proceder a
liquidação. A liquidação será processada judicialmente nos seguintes casos:

1) os previstos no art. 206, II;


2) a pedido de qualquer acionista, se os administradores, ou a maioria de acionistas
deixarem de promover a liquidação ou, a ela se opuserem, nos casos do n° I do art. 206;
3) a requerimento do Ministério Público, à vista dê comunicação da autoridade competente,
se a companhia nos 30 dias subsequentes à dissolução, não iniciar a liquidação ou se, após
iniciá-la, interrompê-la por mais de 15 dias, no caso da alínea e do n° I do art. 206.

A extinção da companhia se dará:


1) pelo encerramento da liquidação;
2) pela incorporação ou fusão, e pela cisão com versão de todo o patrimônio em outras
sociedades.

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