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lllilll ilêllilllil.

IV. 5. V DH JANEIRO DK 1844. VOL. 1

tll;l,ltIAt%
4 1111114 A OlKilVHA. naturezu , que subordina suas dilTerentes ordens
húmus ãs outras, e a* torna tributarias de hum
AS riVNTAS. OS ANIMAKS, O HOMEM KÀO SAO único elemento, 0 ar que respiramos, origem,
MÍSÃO O Ali ATMOSl-lltlUCO CONDENSADO. essência o fim do tudo o que tem vida. Assim
considerada , a atiiiosphera resume em si a orga-
o Gencui diz quo o creador nos nisaçüo e a vida inteira do globo; os principio*
da matéria viva , tirados pclu maior parlo ao ar
/dias primitivos do mundo nascente formara estes sob o in-
^J o homem de terra, he mister quo do
«lANDO ora pelos vegetoes, Ironsformodos por
nuo foi du terra to- lluencia do luz solor , possam dahi aos animaes ,
cm díante se entenda bem, que
mais restriclo desta que ondo openns soíTrem modificações ligeiras e mais
muda no sentido palavra
elle (juiz fullor, porém sim do huma das parles simplices do que atè aqui se havia pensado , ou
seja para constituir nossos órgãos, ou para tor-
constitutivas do globo terrestre, do ar atmos-
de demonstrar; o nflo nur-se o fonte do calor animal queimondo-se uo
pherico. A chimica o acaba contudo do oxygenio, e voltando definitivamente
ha remédio senão aceitar os resultados de suas
investigações, seja for a repugnância que oo or, do que dimanam depois de ter percur-
qual
ventura sintamos, a sermos formados dc hum rido este circulo da organisação. Eis aqui hum
por
elemento tão pouco substanciul. curto extrocto do primeiro parte desle discurso .
Donde vem a matéria quo constitue os se- em que são expostos os principies que acima
res dos reinos animal e vegetal? Para onde vai onunciumos.
vida? Esle ho o S. _". Homem.
quando cessa o principio da
ila ordem do diu, no estado aetual da
problema Sknuorksl
sciencia ; problema que oecupa bojo os sábios
de primeira ordem cm França o na Allemanha ,
c que bem digno he com elleito de fixar a atten- « Entre os phenomenos da vida , cujos dolo-
rosos mysterios sois chamados a perserutar, huns
ção do philosopho e do naturalista. Todas as
acabam do ser dependem manifestamente das forças que a pro-
questões de que elle so compóo , em jogo , outros der.-
reunidas cm hum sò quadro, o anolysadas por pria natureza bruta poe
hum homem eminentemente próprio o generalisur vam-se de huma fonle mais elevada , menos
e expor com grande ordem, lucidez a elegância occessivcl às ardidezns do pensamento.
os princípios geraes da sciencia, os fados sobre «Não me competia o lançar comvosco vistas
curiosas sobro aquella parte de vossos estudos,
que se fundam, e ns deducções philosoplncas em que se contém os factos relativos ao exerci-
de cuja
que delles dimanam. ü Sr. Dumas, cio normal ou irregular dos instinetos da vida,
slatica jà demos huma breve noticia na Mi-
NKtiVA , terminou o seu curso de chimica orga- e muito menos ainda tivemos que oecupar-no»
intel-
nica na faculdade dc medicina de Paris com hu- com essas nobres faculdades, pelas quaes a
humana, subjugando ludo o que a cerca ,
ma lição oscripta , que encontramos nas ulti- ligencia
sujeitando us
mas gazetas dalli vindas, c na qual o celebre quebrando todos os obstáculos,
forças da natureza,
da suas necessidades todas as
professor tentou rccapitular as novas vistas da terra, dos mares-,
sciencia , c traçar o painel do mysterioso enca- apoderou-se gradualmente
vasto domínio que nossas
deamcnlo quo prende entre si todos os entes da do globo inteiro,

"-'
138 SCIENCIAS.

lembranças, quo nossos presentimontos talvez oxygenio ; que finalmente subtruhem o azotu u
nos fazem considerar como huma prisão doma- direitamente do ar, jà imliructamcuto do ux,dt>
«iadamento estreita. A outros mais felizes perton- do ummonio , e do ácido nitrico, funccionaíido
cia o cuidado do iniciar-vos nesses graves estu- assim em ludodu hum modo inverso a.. d„,,,,,,.
dus, o privilegio du desenvolver diante de vós umi-.? Su o reino animal constiluu hum hnimnii
aquelles nobres pensamentos; minha tarefa mais apparelho ilu combustão , o reino vegetal , (,:,
liuiiiiltle devia encerrar-so no campo dos pheno- sua vez , constituo portanto hum immenso ap.
menos physicos da vida. Sobretudo tínhamos que parelho du reducçao, em que o ácido carbonim
estudar juntos o papel quo a matéria repre- reduzido deixa seu curbonio , em quu a água re-
senta na producçflo o crescimento dos seres orga- .l,./.i.I.i deixa seu hydrogenio , em quu o oxydo de
i.isados, a parto quo tuma nos plienonienos do ammonio o o ácido azolico reduzidos deixao teu
sua existência, e bem assim as alterações quo ammonio ou seu azoto.
experimenta depois da morte. <i So os animaes produzem sem cessar ncido
ti As plantas, us animaes, o homem encerram carbônico , ogua , azoto , oxydo du ammonio, t$
matéria. Donde vom ellu? O quu faz em seus plantas consomem pois continuamente oxydo de
tecidos e nos líquidos que os banham? Para onde ummonio , azoto , água , ácido carbônico. O quu
vai quando a morto rompo os laços , com que huns dao ao ar os outros o retomam , de ser-
<is suas diversas partes se achavam estreitamente to quo, encarando-se estes factos no ponto de
unidos entre si ? vista o mais elevado du pbysica do globo, pe.
« Eis as questões quo encetamos com hesitação de-se dizer quo em reluçao u seus elementos, ver-
-a
principio, porque o problema podia estar dadeiramente orgânicos, as plantas o os animaei
muito acima das forças da cbimicu moderna; derivum-so do ar; nada mais são du
e logo depois com mais alguma conliança, por- quu o ar
condensado, e que, para fazer huma idéa exac
que sentimos por aquelle eccordo tucito e se- tu e verdadeira da constituição da atmospliera
creio de nossas intelligencius quo a estrada era nus epochas quu precederam o nascimento dus
segura, eque podíamos trilhal-a atuo lim, der- primeiros seres organisados na superfície do glo-
rubando pouco a pouco todos os obstáculos. ho, bastaria restituir ao ar, pelo calculo, todo
« Sem duvida estais lembrados do espanto com o ácido carbônico o azoto cujos elementos as
quo reconhecemos quo dos numerosos elemen- plantas <• os animaes so apropriavam. Huns e
tos da chimica moderna a natureza orgânica só outros vem portanto do ar , e para elle voltun.;
so utilisa do hum pequeno numero ; quo a cs- são verdadeiras dependências da utmosphora.
sus material WgaUW ou animaes, bojo multi- <( Os animaes náo criâo matérias orgânicas;
plicadas no infinito, n physiologia geral não pc- esta missão pertence exclusivamente às plantas.
do emprestado mais do quo dez n dozo espécies, Ho no reino vegetal quo resido o grando labo-
o quo todos os plienonienos da vida, na apparecen- ratorio da vida orgânica ; ahi ho quo as mate-
cia tao complicados, se reduzem , rias animaes c vegetaes se formam á custa do
quanto ao
essencial , a huma formula geral o simples, ar. Dos vegetaes passam essas matérias jà for-
quo algumas palavras bastam paru enunciar. Vo- madas para os animaes herbívoros , quo as des-
riíicámos com effeito por huma multidão do re- troem em parte, o accumulam o resto em seus
sultãdos que os animaes constituem sob o tecidos. Dos animaes herbívoros passam aos car-
pon-
to do vista 0a.im.eo verdadeiros apparelhos do nivoros, que as destroem o conservam segundo
combustão , por meio dos quaes o carbonio in- suas necessidades. Emfim durante a vida dos
ctMntemente queimado volta á alinosphera sob animaes, o depois do sua morto, estas matérias
a formo do ácido carbônico , cm quo orgânicas, ú medida quo se decompõem , volvem
por outro
lado o hydrogenio queimado sompro gora água á atmosphera, donde provieram ; o desfarte
continuamente , e donde emfim exhala-so sem fecha-se esse circulo do vida orgânica na superíi-
interrupção azoto livro
pela respiração , o azoto. cio do globo. O ar contem ou gera
productos
em estado do oxydo de ommonio
pelas ourinas. oxydados, ácido carbônico , ugua , ácido azotico,
« Assim do reino animal considerado em seu oxydo de ammonio. As plantas, verdadeiros nppa-
todo desprendo-r,e constantemento ácido carbônico, relbos reduetores, assonlioream-se do seus ra-
vapor d'agua , nzoto o oxydo de ammonio , mato- dienes, carbonio .hydrogenio , azoto, ammonio,
rias simples e pouco numerosas, cuja formação o com elles fabricam todas as matérias orgânicas
pertence estreitamento á historia do próprio ar; ou organisaveis. quo cedem aos animaes. Estes ver-
« Não demonstramos nós por outra dadoiros apparelhos do comhustãO reproduzem
parto
as plantas em sua vida normal decompõemquoo o ácido carbônico, a água, o oxydo de animo-
ácido carbônico para fixar o curioiiii>--e deixar nio o o ácido azotico,
livro o oxygenio; quo são reslituidos ao
quo decompõem a ngua ur para reproduzir do novo os mesmos
npodciav-se do hydrogenio o soltar tambémpara pheno-
o menos na immcnsida.de dos séculos.
¦y**e?:-
^S^RIr^S

SCIFaNClAS 129

« Se a este quadro, jà táo admirável por sua lIlaDliliW.


.implicidado e grandeza, fór occre.centoda a parle
incontestável quo tom a lui solar sobre u mo- IMCIItÜlt M MIM A COVIO Ml lii Cl H ATIVO DA
vimento desse iminenio a|iparidhu , soiitir-se-hu
Lorotaa.
a impressão profunda destas palavras sublimes de
l.nvoisier: « A organisaçâo, o sentimento, o
« movimento espontâneo o a vida só existem na
. superfície
a luz.
da
Dir-.e-hiii
terra
que
o
a
nos
fábula
lugares
do fogo
expostos
tle
m
Pro-
A
i im algum tempo as folbas francezas falia-
vam do hospício du alienados do Auxerre, e
du tratamento musical a que eram .uhniet-
« iitflbeii era a expressão do huma verdade phi- lidos nesto estabelecimento, quando ultimamente
¦ losopbica quo não escapara aos antigos. Sem o Journal des Debats recebeu buma carta de M.
« a luz, • natureza estaria morta o inaninm- Louvois contendo informações curiosas sobre as ap-
« da ; hum Deos hemfazejo , originando a lui, plicaçoes da musica, os progressos o cura gradual
a espargio tobro a superlicio da lerra a orga- daquelles infelizes. M. Louvois, quo ú fc do
« nisaçao , o sentimento o o vida. » jornal citado reúne Iodas as habilitações para bem
« Palavras sao estas quo tem lauto do vcrda- observar, quiz, movido de curiosidade, verilicar
deiras quanto do bellas! Suo sentimento e o pen- por si mesmo o quo apregoava a fama do lios-
sumento, so as mais nobres faculdades da alma pi. i" geral tios alienados de Auxerre. Km sua
u da intelligencia necessitam , para ma ni fcsla r-se , primeira visita , quo tivera lugar em 1812. elle
tle hum invólucro material, as plantas estam en- havia achado o estabelecimento dirigido com ordem
carregadas do urdir-lhe o truma com os ele- 0 osseio, mus ainda sujeito au regimen do antigo
inentos quu o ar ministra, c sob a influencia systema; com cubículos tio grades dc ferro o in-
da luz que o sol , sua inexhaurivel fonte, der- salubrcs, contendo gronde numero do desgro-
rama de continuo em torrentes sobro a super- çados cm dcmuiiciu, que, assaltados muitas
ticic do globo. vezes ao dia do accessos de furor, despedaçavam
a E como so nestes grandes phenomenos tudo as próprias vestes e rugiam naquellus espécies do
devesse depender do causas que parecem me- gaiolas como animaes indomilos o ferozes. Qual
nos próximas, cumpro ainda notar o como o nSo foi porém a sua surpresa, quando, ao en-
oxydo de ummonio , o ácido azotico, quo fornecem trar esto anno no estabelecimento, mostrou-lhe
às plantas a máxima parto do seu azoto , deri- o director essas gaiolas abertas c convertidas
-..iiii-so arranjadas, o onde
quasi sempre da acção das grandes scin- em celtas, cxcellentemenlo
tillus electricas, quo prorompciu das nuvens tem- hum só movei nao existia em desordem! A sala
livres, Iranquillas o
pestuosus, o que , sulcando larga extensão do ar, commum cheia do pessoas
trabalhando regularmente em differentes estados!
produzem o azotato do ammoniaco que a ana-
lyso ahi descobre. Pasmado desto rápido c sensível melhoramento ,
« Assim das bocas desses volci.es, cujas con- 0 nosso observador perguntou oo director por
vulsões agitam tantu vez a frusta do globo, sol- quo meio feliz obtivera semelhante resultado.
tn-so incessanlemcnlo a principal nutrição das Pela musica, tornou-lhe este, e o cunduzio a
Auxerro, e da
plantas, o ácido carbônico ; da ntmosphora inflam- huma montanha que domina
mada pelos relâmpagos e do seio mesmo das pro- qual vio M. Louvois com grande surpreso vários
celtas desço a terra aquelle outro alimento não enfermos quu o anno passado traziam a cami-
menos indispensável das plantas, o donde pro- sola, o quo hoje, armados do» utensílios arato-
vèm todo o seu azoto, o nitrato do ammoniaco rios, trabalhavam com ardor, sem proferir huma
de obterem, concluída
quo encerram as chuvas du tempestade. Nao se só palavra, na esperança
nos afigura isto como buma reminiscencia desse a suo tarefa, huma recompensa, a qual era
¦chãos" du musica.
quo falia a Bíblia , desses tempos dc a
desordem c tumulto dos elementos quo prece- Mas qual lio a razão, perguntou ainda M.
deram o apparccimento dos seres organisndos so- Louvois, por que rústicos lavradores acham tan-
bre o teria? tos encantos o consolações na musica, quo em
« Mas, apenas aebam-so formados o ácido car- geral quasi nunca ouviram?
bonico o o azotato dc ammoniaco , huma força O director respondeu : estando os observações
mais calma, supposto quo não monos enérgica, muito conhecidas do Cabnnis sobro a musica,
vem pol-os om jogo; ho a luz. Por meio delia « a natureza so compraz com , os cadências; ns
cede o ácido carbônico o sou earbonio, n água relações rcgularcs que existem entre certas vi-
«eu hydrogonio, o azotato de ammoniaco seu brações sonoras niio formam unicamente huma
azoto. Estes elementos associam-se, as matérias agradável symelriu; os sons determinados por
organisadas so formam o a torra reveste-se do essas vibrações tem cada qual huma alma, o
seu rico tapeta do verdura....» sua combinação produz huma linguagem muito
130 SCIENCIAS.

mais apaixonada, bem quo menos ciada do tao techiiica com a questão financeira , oITerecendu
que a lingua ordinária. As crianças so enlevam sobre hum e outro objedo as mais curiu.ai ,.
• uni o canto, ouvem-a com a oltençao do pra- interessantes informações. Ocrupa-sc primeira,
ter, muito tempo antes de poder articular. O mente das linhas de tanaes c caminhos de f,.-
canto os acalma, e no estado o mais selvático ro aue do lilloral dos eslados do sul, isto 1,.-
a voz humano rhythniada produz sons cheios de de Maryland , de Virgínia, da Carulina e de Im,-.
¦•iprcs-.au c de encanto. _ gia t*»tciidcm-*e atò o grande vollc du Utiio c du
Eis o quo levou o diredor deste hospício de Missusipi , quo ocrupao centro do continente. Sn.-.
alienados a servir-se da música como de hum cedem-se depois as linhas abortas entro a iuni.ni>,
remédio physico e moral; e para mostrar a ap- bacia do Mississipi e do Uhio , e a outra quasi
desta theoria entrou com o visitante em tao vasta como ella , a de S. Lourenço , que ¦_
Iilicaçaosala cm que se achavam quatro divisões de
iiima lhe encosta pelo norte. Esta negunda serie de viai
doentes, sopram, contralti, lenori o bassi, alTcc- de transporte constituo huma rede que cobre o
lados todos mais ou menos de alienação mental. solo inteiro dos estados do Chio, do Indiano,
Deixemos aqui fallar o próprio M. Louvois: do Illinois , de Michigan c do território de Vi}.
* O professor M. Iliun , homem do mérito e consin, sem fui lar dos canaes em execução no
talento , tinha escripto nluima taboa hum can- Canadá , cm torno da cataracta do Niagarn. Ile
to, e perguntava suecessivamente a rada hum mais especialmente dos prodígios indiislriaes do
doa alienados o nome das notas, seu valor, oeste quo se oecupa o autor, unindo os mai.
suas relações entre si, o systema da harmonia , oitos considerações adininistrotivos e commomaei
o maneira de preparar e salvar as dissonâncias , a descripção das emprezas materiaes desta portu
e todas as respostas foram cxnctissimas e sem daquelle paiz , que olterecc hum espectaculo único
hesitação. Iinmediutamenle dirigi a palavra a no historia , quanto .. grandeza e rapidez do desrn-
hum antigo operário de minha rasa, que no volviniciilo de suu força e prosperidade. Quando
anno onloceilentc havia solTrido oceessos de fu- u independência dos E.lodos-Lnidos foi reconhe-
ror; este homem entretanto acabara de respon- ihI.i pela Inglaterra , a civilisação não havia po-
der a M. Ilrun com bumu notável precisão. dido ainda peneirar nas ferieis regiões do quo
IVrguiitci-lhc também eu: — so colbicasse hum ucimo fullúmos, e cujo superfície hc maior que a
fa a hum Ia sobre hum ut no contrabaixo, que dos mais poderosos reinos da Europa. Nem so quer
accordo resultaria? — Quarta c sexta, voltou-mo huma sò aldéa , a mais miserável cabana tinham
.il" no mesmo instante. Pouco depois, a hum os angulo-amcricanos, ao oeste do Ohio, por cxoin-
signal dado pelo mestre, os enfermos executo- pio , onde o reccnscamcnlo de 1840 contou hu-
nm juntos as quulro partes de huma pequena ma populaçno de 2 milhões 805,349 almas. Por
prece de acçuo de graças, que me inspirara a muitos annos foram os progressos do oeste ru-
tocante posição daquelles infelizes, o o reco- tardos pela dilliculdado que experimentavam oi
nliecimento que deviam o Deos pelo allivio Ira- agricultores em dar circulação e abrir coiisuin-
lido a seus males pelo subia philanthropia do mo a seus productos. Mas appareccu Fullon , diz
director Giravel , moço medico dc altas cs- M. Michel Chevalicr , que com seu barco de va-
perançus. » por tinha do ser o bcmfeitor do oeste , e por
M. Louvois termina a sua carta informando nssim dizer descobrir segunda vez eslns mogni-
que mais de vinte enfermos tem sabido este anno ficas regiões em proveito da civilisação geral.
paro o seio de suas famílias, curados e gozou- « Logo, cm 1807, esle homem de gonio lan-
do du todas as suas faculdades intellectuaes. çou hum vapor sobro o Hudson , c começou lium
serviço regular entre Now-York o Albany. Em
S. J. Homem. 1811, o primeiro vapor que sulcou os rios do oeste,
a Nova Orleans , partiu de Pittsburgo diri-
gindo-sc à embocudura do Mississipi. Mais do seis
annos decorreram antes que hum barco de vapor
Et-OXOUUA UVDVSTSSAL. remontasse , nfio ate Piltsburgo, porém somente até
Louis-Ville, que está mais abaixo 945 kylomc-
VIAS DE C0MM.N1CAÇÁO NOS ESTADOS UNIDOS. tros. Vinte e cinco dias durou esta primeira via-
gem , que grande sensação fez no oeste , sendo

V mos a nova obra que acaba de publicar em


Jj^jjk,"Paris
M. Michel Chevalicr, tendo por titulo
Historia e descripção das vias de communi-
cação dos Eitados-Unidos. Os objectos tratados nes-
festejado qual novo argonauta o capitão Shevre,
quo commandava o vapor. Mus jà em 1818 or-
cavo à 20 o numero dos vapores represenlan-
do hum total do 3,642 toneladas. Em 1821
ta producção importantíssima são mui variados, por- subiam a 72 ; cm 31 de dezembro de 1834, 386
que M. Michel Chevalicr trata de mistura a ques- vapores com a medida oflicialmento feita de quasi
SCIENCIAS. 131

100 mil tonelada, possui, o tniuo, e deste nu- vas prisões occitiava a inellicaeia das medidas
mero haviam 237 mu ugua* tio oesle. Nos lint tomada-, paro reforinol-as, acreditou-se que pura
de 1838, .obre o total de 800 vapure» du hum conseguir o fim que se tivera em visto bastava
ao oceorrer à iusuflicioncia do numero dos celtas
porte de 160 mil toneladas , 400 pertenciam
oesle. e a proximidade dos presos, dando aquelle, et-
« u barco de .apor produiio huma revulu- tabelei imento. maiores dimensões, l-.sle ultimo
se leve presente para
ç,io nas regioe* do ui-.it- , lm.ni.i-. da tapeciu de principio de melhoramento
bloqueio que villri.nu e a que paririam perpe- a i -. aia-.tr ii. it" da penitenciaria de Auburn em
tuamenle coiidumiiadas, pol-as em relação fácil 1810 , da de Pittsburgo no anno seguinte , l a
tom o resto do mundo , de que se achavam iso- de Chievy llill em 1821. Ileiiunciou-se nel Ias .i
Iodas, e operou no preço dos transportes liumu classificação dus criminoso. ; encerrou-se cada hum
baitl considerável deites em bum cubículo particular ; c vedou-se-
« o muniu u barco de va|Hir tornou-se para as lhes toda a espécie de Irobalho. Porem logo se
acabou du conhecer quo esta soledade absoluta
povoaçoes do oeste huma acquisiçao incontestável,
uno só em theoria, como lambem de facto; era superior íis forço* physica* do homem , equu
mont- o não melhorava sob o ponto de visto moral ,
quando sentiram-se em pleno goto deste
vilhoso agente , lançarani-se no carreira dos tra- visto que 26 delinqüentes, agraciados no es-
balhos pulilices, e abi gradualmente despregaram paço tle hum onno, 14 pouco depois torna-
esse vigor e resolução que as caractcrisum , essa ram para a prisão, em conseqüências de no-
audácia que llu-s deviam inspirar seus progressos vos reincidências. Pensou-se enlao que se po-
obtidos, essa gronde concepção que pareço in- dcriuin evitar os inconvenientes do isolamento,
genita u hum paia talhodo cem tao vastas pro- sem perder nenhuma de suo* vantagens, reduiin-
porções. » do-o a ter os presos encerrados em seus eubicu-
los somente durante a Boitt, e obrigando-os ¦
*?
trabalhar do dia em ollicinas con.unins, onde
—1-— constrangidos fossem o guardar absoluto silen-
cio. O Sr. Etam I.ynds, chamado para dirigir o es-
lio SYSTEMA .'KMTENCIAlllO NOS ESTADOS-IMDOS. tabelecimento de Auburn, conlirmou pela expe-
riencia a superioridade deste systema sobre lodo*
entrodu-
a imi**i. au do systema penitenciário nos Es- quantos se haviam seguido até então, e
-4 tados-linidosdala do anno de 1786. A sei-
ta religiosa dos quokers, cujos princípios
zio-o
York em
no novo
1823 ,
penitenciaria
paro
repugnom a toda a offusão de sangue, pode obter da buiratn os mesmos réos que Baila deviam ser
cuja
fundada
conslrticçao
cm New-
contri-

legislatura da IVnsylvania a abolição da pena de guardados.


morte , e fazel-a substituir pelo encarceramenlo Em 1827, 0 novo sysletna foi objvcto de hum
solitário de dia e de noilo : fei tombem trocar por exame do estado de Peiisylvania, mas adoptou-
o
huma detenção menos rigorosa os castigos cor- o sò em parte ; e se bem que abandonasse
trabalho, conservou a separação
poraes infligidos por leves delictos. Foi neste isolamento sem da União
intuito que cm Philadelphia se estabeleceu a absoluta dos presos. Os demais estados
adoptoram o systema penitenciário. I saber:
prisão especial do Walmut Street, cujos réos fo- que Tenessée .
iam classificados em distinctas categorias. Os que Conncctiiut, Massatbuset, Müryland ,
e Veriiiont, o fó>
deviam sollrer isolamento absoluto , estavam tam- Kentuckv, Moine preferiram
bem privados do toda a occupaçoo ; os outros pelo ma seguida em Auburn, cujo reputação justili-
contrario achavão-se sujeitos a executor certos cava huma larga experiência.
trabalhos em commum. Sem embargo do differença essencial que exis-
de Pbiludtlpbia .
Nao tordou muito quo a experiência mostras- te entre a fôrma de Auburn eu
so que este estabelecimento nuo preenchia com- estes dous estabelecimentos suo regidos por bum
indivíduos commum , o da separação dos deliu-
plctamento seus fins; porquanto os principio
elles sao
enterrados no total isolamento, corrompiam-se quentes. Com efieito, se no primeiro
com o mesma ociosidade , emquanto que os que compcllidos a trabalhar juntos durante o dia .
silencio a estam sujeitos os «sola
juntos trabalhavam depravovom-se com ns mu- o absoluto que
se,
luas communicoçóes. Não obstante isto continua- huns dos outros tão completamente tomo
obrigados u
ram os louvores do estabelecimento penitencia- á maneira do segundo , estivessem
suas cellas. A solidão he
rio de Walmut Street , e alguns outros estados trabalhar sós em poii
e
•Ia União apressaram-se a adoptor o seu plano. a verdadeiro pena imposta aos delinqüentes,
bo tun-
Quando porém viram que em parte nenhuma ob- o trabalho , longe de aggrava-lu, pelo
tinham os resultados esperados, e que o regres- tra paro elles de incontestáveis beneficio». A
mis-
so continuado dos mesmos indivíduos a estas no- ociosidade o conduzio ao crime; ha-st: de
iJiiilllLWJ4IUpilL.pW_!|l|.o mm*'m- w,m*vi!Kni,>- -.-m~ -™- "-- ,7" --¦¦-~^- -

Í9Ê SCIENCIAS.

ter que aprenda trabalhando a ganhar hones- de vida equivoco , mas sem embargo do qual
tamente a vida, quundo volver k sua liber- nao desafiaram contra si novos castigos.
dade. S. T. Homem
Os Srs. Btaumonl e Tucquerille, que mais
freqüentemente visitar**) a penitenciaria de Au-
hum, sós e sem serem esperado», asseguram
nunca sorprenderam hum preso proferiu-
0 pulovro. A experiência pois demonstra a pos-
3ue UNIVERSIDADES ALLEMANS
-.il.iliil.iiii- do manter-se completo silencio cm huma
ollicina onde trabalham juntos crescido numero
do mal fei tores, e esta eircumsUnciu só de per si
dá ao systema posto em pratica em Auburn a
vantagem sobra o do Philudclphia de dobrar os
m lil nnoitymo dirige-nos buma carta re-
clamando routra algumas inexactidoc,
que diz existirem no nosso artigo pu-
blicado debaixo deste titulo no ultimo numero da
criminosos á obediência , o que he hum prin- Minerva. A reclamação he a seguinte :
cipio de sociahilidade. O silencio, que os sopa- tt 1.° lie
pouco exaeto deo professor Zocliarit*
ra moralmente huns dos outros , tira-lhes a for- ser coolintiadnr de Kant , visto de o primeiru
ça , uo mesmo passo que seus guardas em po- nunca Ur lido nem tscripto sobre outru» mate-
queno numero podem facilmente concertar entre rias senão sobro sciencias politicus e jurídicos:
si as medidas que dotam tomar em presença por conseguinte nau pode ser continuador de hum
de qualquer emprevista oceurencio. professor de philosophia.
Nas antigas prisões anglo-americanas era a « 2." O professor Oken so ucha desde 1833
mortalidade , anno commum, de 1 para 1G ; tor- na universidade de Zurirli o não em Munich,
nou-se esta proporção muito menor nus prisões Também he falso o ter ello sido obrigado a sa-
reformadas. Depois do so ter preservado os do- Im de Saxe-NVeimar por suas opiniões liberaes,
linquentes da corrupção que os empeiorava ain- Occupandu huma cadeira na universidade de lena
da mais nas antigas cadéas, buscaram-sc meios desdo 1807 , em 18IU o governo lhe deixou a
de rcgeneral-os , o lornal-os melhores cidadãos : escolha , ou de demittir-se do seu emprego de
o primeiro de todos que para esto olToito se lento , ou então largar a redacção do jornal Isis.
empregou foi a instrucçao moral e religiosa. Com Oken nao hesitou em declarar quo renunciava
o lim do tornal-a geral , escolas foram instituídas a seu emprego de professor para continuar na
no interior dessas habitações da desgraça c do redacção do dito jornal. Assim elle ficou ainda
crime , cm que nos domingos se ensinava a ler até 1827 em lona , épocha em quo foi chamado
os presos que o não sabiam, recebendo ao a Munich, onde ficou até 1833.
mesmo tempo explicação da Bihlia nas horas de a 3.° Não constou na Allemanha huma prohi-
descanso. bicão dos retratos de Boltcek o Welker da parto
Comparando o numero dos crimes que ou- du confederação germânica. Este corpo político
tr'ora se commeltiom annuolmenti) nos Estudos- conhece perfeitamente a sua alta posição , e nuo
Unidos antes do estabelecimento do systema pe- precisa recorrer a medidas tão mesquinhas, quu
nitenciario com o dos quo hoje se commeltcm, só sei viriam para comprometter a sua alta di-
Tora sem duvida fácil dc apreciar rigorosamente gnidade. »
os elléilos moraes tlesta reforma das cad éas. Mas Primeiro que tudo , não nos podemos abster
pouco tempo ha ainda que se começou a reunir do achar muito singular quo o autor da carta
esclarecimentos relativos a este assumpto, para quo acabamos do transcrever , não só aílirme quo
que delles se posso deduzir hum resultado geral. Zacharia! não he autor dc Kont , mas ainda que
Dá-se outro meio dc formar juizo a este respei- nunca lera matérias philosophicas , nem escrevera
to , e vem a ser a comparação dos crimes do sobre cilas. Entretanto nós nos julgamos habi-
reincidencio. De algumas estatísticas publicadas litados para assegurar-lhe que está completa-
que temos visto , resulta quo na antiga cadéa mente enganado nesta primeiru parto de suas
de Ncw-York o numero dos reincidentes era correcções. Para proval-o hastar-nos-ha citar a
para o total das prisões como de 1 para 3 ; na autoridade do Tcnnemann em sua Historia da
de Walmel-Streot, em Philadclphio , o na de Philosophia , obra clássica na Europa , o a me-
Boston , como do 1 para G; na de Maryland , como Ihor quo a Allemanha tem nestes últimos tem-
tle 1 para 7. Hoje pelo contrario a
proporção pos produzido sobro esta matéria , segundo a opi-
geral do numero de reincidências relativamente á nião dc M. Cousin , que a traduzio. Ahi no vol.
somma total dos prseoshe dc 1 para 20. Tem- 2o, 3* parte , 3o periodo ,
se chegado a mostrar quo do 1G0 delinquen- p. 258 da edição
franceza de 1829 , Tcnnemann , tratando dos
tes, sabidos destes estabelecimentos, 112 tive- pai-
tidistas do criticismo do líant , inclue a Zacharia,
iam bom procedimento, e outros 48 hum tlicor
professor de direito em Heidelberg, on.roosdis-
SCIENCIAS. 199

ripulos du Kant que li/eram applieação de suas Contam-so boje na Allemanha mais do 50 pro-
doutrinas as diversas sciencias. |\»r suas obrai de fessore» despojados de suas funeções , porque sou*
Direito civil t criminal phtlotophieo t-Hu rom t-f- corações nutrem sentimentos generosos, n, An
feito representa Kanl na pliüo-miihia do direito, naet de Ualle , fundados pelos discípulos de //<•-
do mesmo modo que Hc-denrcich o representa gtl, publicação exclusivamente philosophica , foi
na estbelica , Schmid e Krug na «ciência da siipprimida , a pretexto de que as tbeoria* deste
religião, etc primeiro metaphysicti da Allemanha inspiraram
Quanto «o aue diz sohre o professor (>k.n, o livro dc Straust sobro a vida de Jesus-Uhrii-
Rotteck e Wclker, nos queremos suppôr que o to , c do que serviam dc base lu esperanças dos
correspondente nao nos dirigiria MM t.. iili........, tribunos da joven Allemanha. Emtiuanto a scien-
a esse respeito sem hc eatar melhor informado cio nao tinha procurado sahir do suas formu-
do quo os jornal", e revistas da Europa , como Ias abstractas , e muitas vezes obscuras, deixou-
por exemplo o Brilith scienlific Repotilory , on- se-llte toda a liberdade ; o infinito lhe pertencia ;
de bebemos essa noticia ; o por isso nao insis- mas logo quo tentou tocar com os pes a terra .
limos cm huma questão de facto, para a qual a desconfiança o a perseguição começaram.
nos faltam neste momento as provas precisas. Mas S. T. Homem.
n.io se maravilhe elle de que, imputando & dieta
germânica huma perseguição a hum tempo vio-
lenta e ridícula, emprestemos sentimentos mes-
quinhns a huma corporação que conhece per- NAVEGAÇÃO POR VAPOK.
feitamente sua alta posição. Nem sempre in-
felizmente a linha ile condueta que essa alta D Grcat-Brilain.
posição prescrevia á Dieta tem sido observada ;
e mui repelidos vezes oo contrario humadesron- Journal des Debats dc 15 dc agosto, rc-
li.in-.-a injusta dos progressos da razão e da scien- ferindo-se ás folhas inglczas, annuncia qur
cia lhe tem inspirado medidas que repugnam % cm breve atravessará o Atlântico bum im-
ao espirito do século, e A justiça quo cilas ferem menso e maravilhoso vapor do ferro, que se
em proveito de huma politica sombria c arbitraria. construio cm Rristol , para fazer o serviço du
Ila alguns annos , hum acto federal tinha ar- correspondência entre a Inglaterra c New-York.
rançado as faculdades jurídicas o antigo privile- Havia alguns dias, diz a folha a quem nos re-
gio do estabelecer arrestos em matéria criminal ; ferimos , que este navio foi lançado nas oguas
agora a dieta as despojou , nao de hum privi- da bacia dc Rristol, c depois baptizado pelo prin-
legio , mas de huma faculdade natural, a do emit- cipe Alberto , com o nome de Great-Britain,
tir sua opinião sobre questões de direito publi- no meio das acclamações de innumeravcl povo ,
co; pretendeu pôr interdicto ú obro do Duhh- que do todos os pontos do reino tinha concor-
nann , contendo os consultas das faculdade ju- rido para ossistir a esla respeitável o gloriosa ce-
ridicas do lena , do Ileidolbcrg c dc Tubingen , remonio. Quiz-se a principio chamal-o Muni-
contra as pretenções monstruosas do rei de lia- muulh , nome desses gigantescos animaes, monstros
nover. Ella quiz obrigar o rei dc Wurlemhcrg da creação ante-diluviana , cujos destroços fosseis
a destituir cm massa todos os professores da fa- povoam bojo os muscos do mundo civilisado ;
cuidado do direito do Tubingen , mas nn visita que fez a Rristol, o duque de
que attrahiram
sobro si no mais alto gráo a displicência do rei Cambridgc aconselhou aos armadores quo o
Ernesto. Por outro lado esto mesmo espirito boptizassem com o nome dc Great-Britain, por-
que animo a Dieta opparcce na condueta de que era , dizia elle , hum verdadeiro titulo de
muitos dos governos da Allemanha relativamente gloria para a Inglaterra o ter produzido hum ta)
ás conquistas navio. Este immenso vapor, que se propõe a
pacificas da philosophia. Mittcr-
mcyer e Wachlcr,
professores de Hoidclbcrg c atravessar cm dez dias o espaço quo separa a
de Tubingen , chamados íi Inglaterra dc Ncw-York, representará nas suas
presidência dc huma
das câmaras do seus
paizes respectivos, immcn- quatro macliinas a força de 1,288 cavallos 1 O
sas difliculdades tem encontrado construetor deste monstro marinho resolveu a maior
para manter-se
nesta posição elevada, a
que os fez subir a con- parte dos termos do problema , que até aqui
fiança publica, sem apresentava a navegação por vapor em longas
perder suas cadeiras. Em
Baviera rcousa o rei o exaquatur a todo o
pro- distancias. Era preciso : 1", construir hum navio
fessor liberal eleito á representação , de sorte
que bastante grande para conter toda a provisão do
os professores ,
para desempenhar seu mandato, carvão , e ao mesmo tempo passageiros e mer-
são trazidos ú necessidade de renunciarem a sua' cadorias, que cobrissem por seu preço de trans-
cadeira, alternativa funesta, e da nave-
que priva os con- porte as despezas de armamento
solhos da nação dos homens mais esclarecidos.
gaçflo; 2o, fazel-o muito ligeiro, para que a

¦r-
SCIENCIAS.
151
moral, elles lhe f,j.
o Mcr.fic.o e Ludlow? Superiores em
rapidez de sua marcha tornpeniasse ram inferiores a« «enio. Envolvido pelai ia*.
cm. aparelhos que
.|/ capacidade. d. armal-o
"jiCli dons l a* viscissilueu» de sua vida aoi maior»,
o. soecorro*
utiliur economicamente U'"'PÜ * ni*«er.-
aronticiment..*. a »" ™im>
f-rnece - navegarão. , Mirabeau, trj.
que 1 natureza cia miieta».-l do» aventureiro*
íristocrocio, deputado da democracia,
buno da
tinha em »i alguma cousa do Graccho 1 do |).
e do Cusmao de Alfarache.
João, do Gatilina
de Hichdieu e do cardeal de Reu
E INGLEZA ('}• do cardeal ¦*-
A UYOLOÇiO FRANCEZA do astucioso da regência e do selvagem da
volução, conservando ao mesmo tempo aj fei.
Cbauiubrund.)
M-.n«t.«f l« u!u»4um»lo i* família florentin,
çoes originoes do Mirabeau,
olgunui coum
a fran- prosiriplo. em quem revivia ainda
jf.v iif.voiiçÃo ingleza de lb.9 venceu armados. c grandes famosoi ce-
o desses palácios
yA rezo de m nas letras; a republica, família franceza, onde 9
hom- Id.raJos por Danle;
WÊ&imperio, a restauração , nada tem a da meia idade da Itália, ¦
debai- espirito republicano
hrear com o canlor do Paraíso Perdido: do feudalismo da Europa , achavam-
fallar du o espirito
xo de outras relações porem, a sem em hum-. suecessão de homens et-
sua face moral I religiosa. nossa revolução dei- se reunidos
traordinarios. A fealdadc de Mirabeau. applici-
xou muito atraz a de nossos vizinhos. Quando
da sobre hum fundo de belleza paiticular « tua
rebentou a revolução britannica, as communi-
no roço produzio buma imitação da poderosa figura
raeoes entre os povos nâo tinham chegado Ângelo , compatriu-
havia essa cominunidadc do JtMM Final de Michd
ponto de hoje; nao Arrighetti. Os regos cavados pela bexiga
entre as idéas e os sentimentos da terra inteira ta dos
orador davam ares das esca-
dos caminhos, a rapidez dos sobre o rosto do
pela multiplicidade fogo. A natureza parecia ler
eorreios , a extensão do commercio c da indus- ras deixadas pelo
tria, as publicações do imprenso periódico. O modelado o sua cabeça para hum importo ou
ser-
não poz a para a forco , ter-lhe talhado os braços para
grande movimento da Gran-Uretanha ou roubar-lhe bun.a mulher.
huma nação
Europa cm fogo; encerrada em buma ilha, não rur
armas e seus á extremi- Ouando sacudia suas crinas e fixava o po\o,
Inou suas principios levantava a pata,
dado do mundo, não pregou a liberdade e os este parava estupefacto; quando
as garras. a plebe corria furiosa. No
direitos do homem com a cimitarra nas mãos, c mostrava de huma das ses-
medonha
.-orno Mnhomet pregou o alcorão , o despotis- meio da desordem feio,
\i Mirabeau na tribuna, sombrio,
mo; não foi obrigada o rechaçar huma in\a- soes eu cbaos de Mil*
a figura de
são , nem defender-se contra o systema do ter- immovel , lembrando centro da con-
sem forma no
ror. Assim também os personagens desta revo- ton impassível , 1
às alturas daquellas da re- fusuo. Hum dia Mirabeau, encarando-mc de face
itiçao nao tocaram
noIuçSo franceza , medida sobre buma immensa min seus olhos de vicio . de genio , e opplican-
nação a mais do-me a mão sobre o hombro . disse-me : «ti-
escala, l conduzida por huma
a minha supcrion-
!i»ada nos destinos gemes do mundo. Quem po- les não me perdoarão nunca
hoje sinto a impressão dessa mão.
ilí-ria equiparar-se a Mirabeou? Serio Hampdeu dade. » Ainda sua
como se Satanaz me houvesse tocado com a
unha de fogo.
' 1 ) M. is Clialeaubriaix! publicou ultimamente com a tu»
uuil.ici,!., tl« Milton lium cniaio iobre a litlcralura ingleza,
Honda ntriliiinoj eite capitulo.

¦«"at-*»«(# llfrari ai í

Or'
tt»»*»»»,»*»..**.»*».... „.»,«•»*«.»»»»»»•.*»»»»»•.•»»»»»».*»»»»•»
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• VlÜV.»

M^«imATV9L*l*%%
~e-43>>*>>'~-

C VANTAGENS DAS 81 lENtlAS e mo-


t-TIMDAUE possa acutlir ás suas necessidades phvsica*
E LETRAS. racs, bem com tudo suntu ullu a duculliiar huina*
e outras , visto como só filas lhe podem forne-
Oh doce niimr dn» *mw, das tieit*iiciii*s cor os meios adoptodos n consuguir aquelle fim.
Como vivur imu li ?... IVrfuitaincntu sabu quo vivuria em hum circulo
J. hs ur. M tcEiio, Meditação. Cuiit. I. inuito estreito e limitado se, experimentando,
da mustittt sorte que os irrocionoes , só as pli-
i I tudo quanto o espirito do homem he capaz muiras determinações do instincto, mio pudesse,
atirar-se a
\do abarcar , nada lho interessa tanto como pelo único esforço do pensamento,
_'o estudo das sciencias e dos letras: ullns pa- bossa cspheru mais digna de si , o percorrer o
tenteam á suo intelligencia todo o systema do inrommensuravel espaço quo o cerca, para estu-
mundo physico c moral, e o levam a conhecimentos tlar e conhecer tudo o que podo concorrer paro
concorrer o desenvolvimento o perfeição de suo razão; bem
positivos á cerco de tudo quanto podo
sotisfução das precisoes da vida , o porá o como para negociar tudo o que o capuz de satis-
paro
exercício livro e tronquillo de suo existeneio so- fazer suos MOSSSMtdtS naturais u focticins, par-
ciol. Assim bo quu por ellas so acha do algum ticulormente essa arduntu o insaciável curiosidade
tanto cuidodo conto
modo repartido o vasto domínio do tudo o quo que o leva o observar com
ho mister oo homem , assim he que ellas são tao perseverança todos os pbunoiiienos du natitrezo.
numerosas e varias como suos próprias* precisoes. Tao necessárias são hoje os sciencias e tis letras
Longo e diflicultoso be seu estudo, penosa, e por á felicidade do homem civilisitdo, como impor-
vezes repugnante, sua cultura, por quão iníindos tantes ao progresso do sua perfeição moral; im-
os serviços quo ellas
e ihnumeruveis são os moles e desgostos quo porlonte , digo, porquanto
com feito, e diiirianiento prestam no espirito hu-
quasi sempre andam do porcaria com 0 ardor
hão
a ellas nos lançamos, liiimeiisa ho a cor- mano , o as vantagens que dellas lucra a sociu-
quo
reira quo sc ha do percorrer, o n diversidade dos dado , tao immensus são como incontestáveis: do
o negasse ou ungisse
objeetos que abraça temerosa o assustadora porá grande má fó fora quem
o espirito humano ; o todavia, em vez do o do- ignornl-o : fòra-o mais ainda quem , á imitação
sanitnaretn as difliculdadcs o muitos obstáculos , (fo llenri Coriioillo Agrippa, e J. J. Rousseau, se
ahalançasso a dizer que mais daitinosas do OUe
que sabem a controriol-o em seu propósito, nin-
da refacilom mais a emulação daqucllu que a úteis foram ellas , o ainda são á depuração tios
cilas so applica , o augniontam o amor com quo costumes o á felicidade do gênero humano. Pa-
se dedica a cultival-as. Verdade ho quo não são rodoxo ho este, em verdade , quo por partidislas
estéreis nem medíocres os vantagens o proveitos teve unicamente seus próprios autores , sem em-
que ao cabo vem a tirar do seu estudo , pelo bargo rie havcl-a o ultimo apresentado sobovéo
contrario fecundas e inopreciavois são, e taes, quo insidioso da eloqüência mais nervosa o seducloru,
sustentar devem seus esforços e coragem pelos fe- como huma verdado quo tanto tinha du útil
lizes resultados quo se alcançam. como de importonte. E como adoptariumos nós
Somente com o estudo das sciencias o das le- opinião lão absurda , su vemos plenamente reco-
trás pôde o homem sahir fora do si mesmo para nhecidas o demonstradas pela experienciu quoti-
ampliar o dominio de sua existência. Surgindo diana o utilidade u vantagens quo constantemente
do estado natural ou selvagem , vendo-so forçado dellas tiramos, o quo os sciencias e as letras são
a viver em huma aclividade constante para que cultivadas por tantos homens, quo as tem na con-
18

".. ':.-%
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:. --
136 L1TTER ATUIU.

ta de sua mais querida occupação , e nellas fuiem chi-, que o trazem a rostos, os difTerontes ac-
consistir toda a sua felicidade ' tos du sua vontade, e aquelles por que se de-
Uu mau bella de toda» oi prerogativas goza o termina e vai abrundo em todos as circumstan-
homem com i-\ilii-.au completo dos outros aui* cia* da vido. Pelos veredas tenebrosas o .lul!
iii.it-**; be ella a faculdade de poder alçar*se ao ceis da metnpbvsicu elle penetra, por ussiui dizer,
conhecimeiilo de quanto i-.-l.- perceber |ior via uté o .iiii.i.o ilo pensumento; analiso as fucul-
dos sentidos , i- íiiml.i do que ut entrevê com o dades de que se esle compou, o .•«.tini.. «. dc-
Nwti* estudo, que mais feliz o bri- senvolviiiieiito e as operações de cuda huma deliu..
limite torna »ua sorte , do que nao he a do lio-
Iiensamento. Objecto de sua muito peculiar solicitude tumbem
mem , que vegeta nu ignorância , nao se con- he o homem doente tao digno de lastima e de
tenta com ¦¦«•ilu-ti u as diflerentes partes dc.te interessar em seu favor; trabalho e diligencia
globo para conhecer os varias espécies de animaes saber os causas o os phenomenos dus innumem
que nelle hnbitom, o sem numero de plantas quu e vorias enfermidades «pie tantus vezes o as>o-
em sua superfície crescem , os mineraes que M l..-i I..UU, e algumas de huma maneira tão cruel
desenvolvem e criam em seu seio, os rios e ma- o terrível: busca os meios mais capuzes de ro-
res quo o retalham, finalmente as relações sem mover o perigo dellas c de encnininbiil-os à fe-
conto que huns com outros tem os indivíduos liz terminação, o liiiulmente, sem levantar mno,
destes tres reinos da natureza. Além vai : às re- circula em redor de si inesmo, com a mira cm
gioes vastas e incomineiisurnteis sobo do espaço augtiientar du cado vez mais seus conhecimentos
para ir contemplar o grandioso e magnífico espec- nas sciencias úteis, e obrigar a todas ellas a aca*
luculo que lhe este amostro, e ver de perio dir-lhe nas mais urgentes precisoes.
eaN inunda multidão do astros c planetos que A cultura dos lelias he hoje para o bomeiu
enchem suo vastidão: e-tudu-lho os fôrmas, as civilisudo de necessidade tao imperioso oo seu
rociprocus distancias , o diâmetro , os meios, bem espirito, como útil uo seu descanso e ao aper-
como os forças que ns produzem enlretém e feiçoamento tle sua razão e intelligencia. A bis-
diversamente dirigem. A's leis do calculo sujei- tona, o eloqüência, a poesia , a musica, inex-
tu as Mípcilitios dos cornos , sua capucidude, ex- h.iiirivois mannuciues de gozos puros c durudou-
tensão , reluçoes , u o ucçoo que mutuamente roa, posto que menos importantes e necessárias
huns sobre os outros exercem ; envida esforços para do que as sciencias, são-no toduvia bastante uns
descobrir a essência e os propriedades opporentes prazeres do espirito, quo em grunde copiu de
e occullas , ns quo nos sao familiares , einliin homens servem , diga-mo-lo assim , como de com-
•)i|i...|las plemento A suu fclicidndo. Nem isto, ao qae
que nao sao de nós sabidas , mas cujos
cIVcitos , todavia . não nos consomos de admirar: parece , possou por alto a tasif remota antigui-
a electricidade, o galvauismo , etc. dade, pois quo, ao dizer da DttOiWnea Laercio,
0 homem, eomaendo eatwetiva ou já i n li vi— no conto das tres cousas que podem l.ier o- ho-
finalmente , objecto também be dos meditações mem feliz „ punha Thales de liiioto hum espi-
o indagações do sábio , o qual estuda n liisto— rito verdadeiramente escinrecido. E por ventura
ria dos povos, seus costumes, usos, instituições não tem tumbem us letras, nc-io mesmo caso que
e modo de vida, funda sua legislação e a cons- ns sciencias, seu tim útil paro aquelles que tlu
tiluiçao dos impérios, mantém o ordem e abar- natureza nao são muito próprios para as medi-
munia entro as nações, assentando us bases fun- taçoes prolongadas e aturados , e para npplici-
diimentiius tle seus direitos respectivos a de suas çao que requer o estudo destas ultimas'.' As
relações políticas. Estabelece , segundo os posili- letras formam o coração e o espirito ; ellas cnsmam
vns regras emanadas dos interesses de cada hum como conhecer e apreciar os encantos o doçuras
cm particular, c dos tle todos os homens em da virtude; fonte fecundo sao tle pre.zeres puros
'.lotado de cer-
gerul, os iininulavois principios da philosophia , para o homem ; e para quem for
tia moral o do direito publico. Estuda particular- ia clcvnção tle espirito , nenhum gosto corre pa-
mente o homem physico, á escancara põe a natu- rolhas com o que ello sente em sua cultura, .tios
reza intima de sua organisação, traçando conhe- dado que as nao consideremos por hum modo
ecr sua textura, composição, relações diversas, lao interessante , acaso poderíamos recusar admit-
usos, e as numerosas sympathias dos órgãos e lir que para toda o qualquer classe do indivi-
funcções que preenchem ou ajudam a preencher. duos estas sao as recreações mais honestas e agra-
Igualmente pesquiza tudo o que concerne ao «laveis ? Por sem duvida , a maior parte daquel-
homem moral ou iutellectual; om certo modo Ias a quo nos entregamos não são , corno as
escruta o fundo do seu coração para vir no co- letras , do todos os tempos , de todos os luga-
nliecimento das numerosas paixões quo o agi- res , do todas as idades, do todas as condições;
tam e tumultuam , os sentimentos ou impulsos nem Iodas podem, assim como estas , compede-
diversos que o movem o governam, as inclina- cer-sc com o ócio da moeidade , da idade ma-

V
LITTERATURA. 137

hubitunte dasci-
dura e da velhice ; com o do Iiraj rRll.MENTO IM» rOEXA «OMV.MTICO
ou do modesto cumpeziiio ; com o do prin-
dade*
tipo ou do simples cidudao ; iihunta palavra ,
lum udophilosopho, do sábio e do simples una- _ m_a ia__a __ _?__ _ ©2T_2!(W 9
ctiorelu , uu tom o do cortezao I do homem do
povo. Em todo»
os paizes e em toda» as épo- 101 A. O. T___— E SOIZA. (|)
limi da vida a* letras recrcam e descansam agra»
davilmcnto o espirito do homem; instruem e for- Fim de liunui dtocrip.lo. a hum episódio.
iiiiiin a mocidade ; deleitam o afornioseutam a vida
na velhice; abrilhantam e servem do ornamento XXX.
na prosperidade , consolam na desgraça , e suo
,-t..i seguro contra as dores pungentes da alma ; Nbitin.i exigua bacia mal se emrespa ,
nu interior de nossas casas são nossas delicias , em Ao respirar
de amortecida brisa,
nenhuma situação da vida nos importunam, ainda Diluído topuzio , em cujas margens
no exercício dos misteres domésticos, o peren- Densas verdejam as polidus folhas
neincute velam comnosco em viagem, ou jà no De fragrantes, rasteiras madro-silvas,
I nao dus do- (Jue em niveo campo os raios cór do rosas
cama quando podessemos gostar
curas que nos ellas oflcrecum, nem por isso de- Matisam d'alcatifu o verde lixo.
víamos udmirur menos uqiielles quo lao gran-
des vantagens subem tirar dellus , ainda que só- XXXI
mente fosse patu encher seus momentos du ócio,
e repousar tios trabalhos habitiiaes. San iiiiitl- Molles de junto dellas so debruçam ,
mente as letras que , desde llesiodo e Homero, Amorosas, beijando a flor das águas
liao dado origem a tantas obras primas tio es- Itecurvas espadanas , quo nos cimos
serão em Sustentam , oscillando, os ioxos lírios.
pirito humano; obras immorUtes , quo
lodo o sempre objecto dus delicias o du cons-
(ante admiração dos homens du gosto puro e (1) Entre oh joveim poctrto .•oiiierripontiicos «pio n aara»
ços enraem aeua accen.og Jiuriiionioious no n.üio ilu» liil-
illuminado. « Oh felicidade , exclamou hum phi- Iim , ilutt nrongns, Yocitcrii.;>Vo o ahridoe da puliiii-u
« losopho modesto, oh felicidade, objeclo de nos- ( dt o»u nmist puliivrosn o iiignrelln MM tis musiis tnilns
n sos mais ardentes votos, quo pareccis fugir- jntitus ), e apaaai du» ft***tmwtç*tt ile limua cidade rlia- io-
il» commi rt-ial. oiulo us mil vozes tio interesso
.t nos .1 medida que nos imos upproximaudo ,
niuiii o homem uo piusnico tias retilidutli". inaltriucs ,—
tt por ventura serieis hum phantasmn brilhante o nosso nmigo o Snr. A. tí. Teixeira c Souza lie o
ti destinado a acender antes nossos desejos do que maior copia dt) poesias MM dnilo ó In/ etn me-
«t que a salisfazel-os'.' Por que arto, em meio nos Mmpo. O seu primeiro volume ( ('ullticos Líricos )
<t dos males que nos assediam, poderíamos for- llio conciliou us RViopnthins des poetas I iimiulurrsilii
arta, O segundo, ilediiiitlo no Exiit. Snr. 1'imlhio Joti
« mar huma túnica inconsutil de prazeres, tão va- Boarea ile Souza , mostra, ao .pio IKM parece, u vou-
i riados que nao viessem enfastiar , tão imle- sitlenn,i<j «reapilto tio s.'ii iiiitnf, mo imito ao IHuttre
« pendentes que não pudessem ser roubados , cidudtio coiLstiuiido em dignitlailc, como uu luimeiii do
titlento (pio no meio das inai.i graves iweiipaçaai acha
« tao puros quo não fossem envenenados por se-
MmpoqtM consagre >io»t cstiulos o trabalhos litiorarios.
« cretos reproches? Enderecemo-nos, em que- O terceiro volume • etiuiiii, lio o i__co intitulada
« rendo formar este ditoso tecido , enderecemo- ú Filho th i. «•«¦/».. Ncstu obra mli o riof. Teixeira
<t nos principalmente íis sciencias e üs boas ar- mostrar qué a novolhi injdo ser lum gênero mui mo-
<i tes: porquunto os pruzeres quo nos ellas dão ral, a WM por conseguinte iüimes da leitura dos livros deslii
ordem, compostos segundo princípios, nllo pò-
« perfeitamente so esposõo com todas as nossas du rcsultuf o mui que vem Ae*t*t mil romances im-
« situações, o se modificam agrado de nossos de- moraes o corruptores quo pinlülüO nn Anierieii e DB
« sejos ; nao estam offerecidos í» prepotência de Kiiiopn
.< nenhum da Prcteiulu ngorn o nosso autor pulilietif liiiin poema.
poder estranho ; nem a injustiça Tra dias dc hum XoivttJo ( am c«su 'lo Sr. V. Brito .
et fortuna , nem o capricho d'outrem he capuz de largo do Rocio, onde a lubscripçio jil se acha oberm j,
« no-las roubar ; no seio nascem de nossas pro- d eomo quisesse dar-noi onticipadartienté u prazer da
« prias faculdades; emfim, longo de graduar leitura dostu obra, iuos;trnndii-iioa o sou niunuseripio,
nos fazia liiiiu obséquio
(( o aviltar nosso ser, ollas o sublimam o ongran- pareceu quo o BB?. Teixeira
em consentir quo alguns fragmento- do toa poema
« ue.cem; em vez de levara perturbação ao cen- fossem impressos uu Mi.nuiiva , c quo seria muito agra-
« tio da sociedado , são o laço , o thesouro, o davel no3 nossos leltoreii o lhes dana noticia desSa pu-
« ornamento o o gloria dellas. » Taes são as blicaçüo. A ncquiesconciiv do nosso amigo a a oorne}
dava Mcaaiao
vantagens e proveitos tirar quente apparlç&o destes litigiuentoH uns
que o homem póde própria de tuiiib sar os Ctntítos tyricM; niaa por agora.
da cultura das sciencias e das letras. nuo lurenios,'i'i'Sfi'vaii(lo-uos para occetiao nmis oa-
portuua. StnM*«V. B- _
Dr. Lapa.
138 LITTERATURA.

XXXII. Que pão corpido pela rua esmola!....


Sò pela gloria de a longínquos tempos
Mandar hum nome , que custara aos olhos,
Além selva de hastas lorangeirai ,
Em tontos annos lagrimas de sangue I
Conlra»taiido com o neve do florido
Ou com ouro dos pMM innocentea,
XXXVII.
O verde espesso do ntlorosas folhas.
Em tanta multidão dao nome ao bosque.
Gloria va , que olèm túmulo se oduna
XXXIII. A hum nome, que escreveu nos férreos pagina»
A. morte. O fuluo orgulho dos humunu»
Perdão outorgo , e indulgente a tudo ,
Dc huma alegre collino sobro o dorso
Mus uo talento nao; nflo solTre o homem
Assente ampla cabana remontava
O talento quo em outro se analiso 1
0 leve e feliz tecto de uricannail...
Extrahido do Cant. 1.
XXXIV.

Feliz... oh sim feliz! pois nessas eras oiTRO MUMHVVraOa


Essos telhas, que os vnlles dudivavom
Aos lilhos venturosos das florestas
Sõ obrigavam paz, t(> a innocencio , 1B1È _-±±.VO M£'— -IL -?*>-&£.
Dotjucllcs quo, corruptos, nao libavom
O licor empestado das cidades,
lilii.i-ii- insensível XLII.
QM pouco a pouco
Nos jovens corações ! I t-lizes elles,
Que ns agrestes choupanas povoavam;
Elles, que nem traçar indo subiam , , , „ aa.aaa.ea ••••

As figuras, das quaes, se nao o invento, Próximos divisam


D'an»plioçí.o ao menos coube a gloria Canoas quutro o por, que varejavam
Ao moço que das praias de Phcnicia Sedentas de obicar fronteira margem.
1'arte em buscada irmã, de bum nume illusa ,
Sob o touro fullaz, nos priscos evos,
Quando cm lindas ficções embevecida
A culta Grécia rcalisava sonhos
XUIV.
Madeiro inútil transmutando cm deoses.

XXXV. Entre as maus brando


O robusto mancebo a branda vara :
Felizes elles, sim ; pois nesse circulo, Toca o extremo infrior no fundo uguotico ,
Tão pequeno , de amigos , de parentes, Cahc sobro o lenho retorcendo o corpo ,
Os crimes d'ambição desconheciam , E do impulso ganhado neste esforço
As fraudes, os intrigas, as versucios , Vòa a esguia piroga á flor das ondas.
Mentiras, imposturas, que de em torno
Aos reis, o ar ambiente assaz impestam, XLV.
Besolvcndo os pagodes dos magnatas!
Corimbaba mais bello d'entre todos
XXXVI. Trajo mais guapo , mais gentil. Entr'ellcs
Sobresahc de polido , excede em graças ,
Felizes elles, sim ; porque viviam Se nvantoja cm valor, riqueza e brio ,
Vida fagueira e doce. Nao queimavam Leva â melhor aos mais! dotado em partes,
Sobre importuna luz sous lassos cilios, Sobremodo cortez, quem a tratar
A' merco de huma gloria lão precária , O crera cidadão d antiga Europa.
Mesquinho lucro de fadiga insano , Des do verdor dos annos entre-meio
Que nem sequer dn vida oo sábio presta Dos padres ds Jesus bebido havia
Indispensáveis meios. Antes, como Delles costumes brandos e suaves,
Sc o genio, se o talento fora hum crime, Tè mesmo erudição. Mais feliz fora,
Lhe espera cm punição masmorrn hedionda, Se tranquillo vivendo cm seu deserto
Ou cm triste hospital morte de misero, Em menos aprendesse. Junto delle
Ou n.iscrrima inopia desolada Sentada moça noivo formosíssima.
.,.„,r,,„ ,..,,..„..,„,.„mw,n.rl.,m

LITTI.HATUIU. 139

XLVI.
em louça.nhas, Longo do pallidez no bcllo roslo,
Obl te a vímoís... Mo bella Sm a nota menor de bum IO remorso
vós arder vehuiiie.ito
Stnliriei* cm Vislumbram, de bum sorriso entremeados,
obrasada !
Em ternissinia cbam.i.a ulina Puro, itinoceiile como o rir de liuiii anjo
visceras consumo,
fon de amor que as de morte, (Juo mellilluo , e n-rodio dolUado
(jue ia vezes degenera em dór Por sobre aiigelbais, curmineos lábios
Ou cm prazer do vida. A mai nascera
do Guaronys, entro as palmeiras, Dando a bruxoleor i-burneo* dentes
Também llrunios , mais brunros do que a bronca neve).
E levada dahi «a juventude
-tor lim longo vivera, formam botão de rosa hum pouco obi-rto ,
Entre os branco* Onde a essência fiuir, podendo, fora
(jue f.iru bum Portuguez seu pai lie fuma.
O coração mais urido o mais rígido!
XI.VII.
I.I.
Km doce arfur, os d'e!>ano lustroso, So attentuis sobre os soios voluptuosos
Sobta o* formosos hombros do alebuslro, O marque estreitas vestes vo* consentem ,
Contraslain graciosos embalados
Crerieis \er duus pombos quu se entonom
Pelo amante bufejo de huinu brisa
uras suspirando ngilu ) , Paru nos cèos colher lapido adejo !
| (Jue a* meigas Onde aprendera o joven da cidade
j.iiiilos o negros eabellos corredios:
Da regia garça o passo, o garbo e o graça ?
Sobro esta cór bcn.diz por sobre a coma
Hoiluleiitos jasmi.is porem nivea c'ròa! LU.
Assim as sobrancelhas so ussenielbom
A tao formosa grenha.
Se a linda Americana argivos vissem
XLVIII. Por Helena ou Compaspn a tomariam l
Nem muilo fora »e a roubara bum Paris,
Sobre o rosto E por ella rubisso cm cinza inulta
entretidas Outra obrasada llion. Pouco fora
Cândidas nçucenas
Nao deparais con. purpurinas rosas, Delineado se abater iriium extasis
(Jual no ralo sendal Venus envolta De enleitiçado ao vel-a hum novo Apellcs I
Ante o numo do raio nos pintara
So aquelle quo embocando a phrygia tuba
0 immortal cantor doa heròos lusos:
lium tanto branca a tez cntre-uiorcna, E tio audaz de Peloo rabido lilho
Não debulde prestou-Iho n natureza Fa retroor os irasciveis ímpetos ,
Huns grandes, lindos olhos, cujo negro E após ruínas da lutai Dur.liinio
Do azevieho , brilhassem brandamente Pretendesse pintar surgindo uirosa . ^
Subro o fundo gentil do puro leite. Sentada em plausiro a/ul tirada I C}pn«i
Por alvas pombas, ou nevados cysi.es ,
XLIX. Dos ceruleos domínios nepluninos ,
Do graças o do amorc. sedeada,
!
Elles não matam no volver ligeiros, Certo quo esto modelo o prenderia
No brincar folgazoes saltando rápidos,
LVI.
Como copias de huma alma quo se agita
Em amorosos, fortes movimentos!
Antes amortecidos simulavam lium calender, derviche, 0 mais fanático
Erguer á custa o força u enamorada Seguidor do islnmismo, n tomaria
Polpebra iup'rior. Suave hu nellcs Por divina) buire, e a mais formosa,
Languidoi amorosa; c mollemento Ditoso prêmio aos justos promettido
Se volvem n'huin requebro feiticeiro, Aos orthodoxos sons em seus elysios,
(Jual se mortal desmaio amor lhos dera , Pelo lilho de Agur, pseudo propheta ,
Du quaes doces espelhos do alma terna, Charlatão imposto.' d'annoso Mccca.
Quo em miigica ternura se derrete! LV.
Aqui ha só belleza , que o sublime
Nella existe, porquo tao meigo encanto
Em tudo ho natural; graças fingidos Tu, que dos ermos ásperos, inhospitos
Do bello nada tem, tudo ho ridículo! Do grão Mcsd.acebeo viste os arconoi;
MO LITTEHATUHA.

XI.V.
Que .lil.iivi-.te dos agrostev incolas,
A par dot uso» seu», belleza egrégia,
.1 S« era hum anjo nao sei; mas võ», que a \edt-»,
Na melindrosa viagem du» pclii-ciras,
Com sublime pincel, bardo svcambro, Dizei si '-ll,» he mortul, ou si ella anjo!
Tua Atuía tao gentil, lau pura e meiga... 0 mesmo sacerdote tao severo ,
Perdoa inda, indo era u.enoà quo M.ry'ba ! So visse hum lindo rosto, tao formoso
Como o formoso rosto de huma imogcin ,
Eilrahido do 1* eaii.o. Contra o nono preceito peccaria ,
Ou dera absolvição de tal peccado!
Vós o vedes... Julgai se eu poderia
roTRo PSaSflUmO •><> W**MM roEMA. A ver sem adoror 1 Quantos pussivei*
Serviços pude, uli prestei-os todos.
A TEMPESTADE E O NAUFRÁGIO. XI. VI.

XL1. « Suspendo o borco o ferro, e dando as velas,


Da popa a terra fogo, o mar se alonga ,
aUIRV'l.OARA. ' E em breve ante nós só apparecem
Metade das montanhas. Era limpo
« Parabéns, doscendente do cossiques , Nesto momento o céo : mos derepenlo
Como es feliz! be bella a esposa tua!...» Serranias de nuvens se alevantam
Sobro as ondas tio sul: eram tao negras,
XI.U. Como a grossa fumaça aos céos erguida,
Dos inda verdes troncos do roncado
JACUMAY^A. Quo faz o luvrador arder na várzea !

« Miry'bo n3o nasceu na terra nossa? XLMI.


Vio ella acaso a luz entre os coqueiros?
„_Ferro, ferra..— gritava-so no barco;
CORlUBABA. E de repento as velas so ferraram :
Apoios iriium só maslro inda huma aberta
« Vio, mas não hc nascida em nossa terra. » Recebo cm cheio o vento, hum pouco brando;
Mas, forle huma refrega se desmanda ,
MA1RYGÕARA. E o mar mais profundo e mais erguido
Se abate em valles, se remonta em serras!
«Oh! conta-nos, amigo, a historia delia.... »
XLV1II.
XLHI.
a Ouço , longo trovão principiava
COIUMBADA. A misturar também surdos estrondos
Com estrondos mortaes das roucas ondas.
tt Ou vireis, qual a sei da boca sua. Desce d'alto da nuvem perigosa ,
Na cidade eu mo achava ; o terminados Pelo horisonte abaixo a recortando
Os meus negócios todos, busco cm barco Avermelhada , e azul chamina de raio !
Que volto á terra minha ; e sobre ferro
He prestos a largar barco ligeiro; XLIX.
Mo embarquei; era em vcsp'ra de viagem.
« Desfez-se a tempestade. Supporicis
XLIV. Sor esse o grondo , derradeiro dia
Das iras do Senlior, do qual mil vezes
« Na seguinte manhã , mal brilha o dia , Paliava o sábio padre, que pregata
Ho tudo movimento: eis vejo prestes Quarenta dias dura penitencia !
Do barco desforrar batei, que levo
Chega á próxima praia: volta o vejo
Velha mulher vestida em negras roupas,
Signal de luto c dór; ao barco sobe, Cobrio-se o céo do hum forro côr de terra,
E a seu lado, amparando-a, formosíssima E os mares do céo a côr tomaram I
Donzella, qua também do luto troja... Debalde se olha em roda; o que se avista
m
LITTERATURA. 111

hum cèo do raios, LM.


He tudo hum cèo de fogo,
.,um arde horror, de vittos e de pedras,
de morte e alijamos I « Com borrido arrastar rangeu na ar«*-t
Ilu,,, mar do escuridão, A curva quilba, o so estacou na praia.
Ll. Cada hum agarrado iibinn calabre,
Resiste .iv.nn au ímpeto da« ondas.
Sustentar a .Miry'lta e a velha eu corro...
«Repentinamente botcu refrega horrivcl,
vergas I Corro... Côos! jà hc tarde I... oh dor! ko Uidu
Deixando a vela cm tirns pelas Rola sobro o convez onda mais forte,
Curvam-se oa mastros, gemem e respondem
do navio , se aluem. A vaõ» os moços braços lhe resistem ,
As juntos que
montão ile mar na rasa popa . Quanto mui* os jà frouxos |ielos annos!
Cresce
| sobre ella galgando impetuoso,
LUI.
Éscuinantlo, • com rouco murmurinho,
Vai por sobre o convez, o após, levundo Sobro o homem do leme repentina
Camarotes, fogão , lenho o calubres , Rate a onda, o arranca, o tomba , o leva;
Pela proa outra vez tombar no obysino. Debalde pelos rabos se agarrando,
Lil. Grila , pede soecorro... O miseramlo
Deslullecido emlim , junlo a meu lodo,
Envolto nos colubres acha o morte!
« Hc tudo confusão! Roucos e pallidos
Correm debalde ofllictos marinheiros LV1II.
Dc popa à proa , o desto aquelle bordo.
Acabaram-se as forças, morr i 0 animo ; « Eu tiniu jà Miry'ha entro meus braços
Só resta huma esperança. Entro o estrondo N'bum calio enlâo segtro; mas levada
Dos mares, dos trovões, do vento e chuva , Pela onda veloz a mui sumio-so I
Rouco e desconcertado se nlovanta — Soltam, vendo-a ftntir, grito de espanto...
Hum grito do pavor: —A" praia, â praia !
Mirv'ba tremo , pela mãi mo inquiro.
Do súbito o baixei pra lá desfechaI — Eu velo aqui sobro ella —eu lhe respondo.
Llll. Ella ert que os gritos dos marujos
Fci efleito da vuga , socegou-sc.
« Pouco se velejou , mas jà branqueji L1X.
A curva pruia, aonde so enrolava ,
Em negros vagalhoes, de horror cercada, «Era então meia noite, o todavia
Junta dn salvação morte do naufrago !
Nuo tinha amainado inda a borrasca !
E ella (1 ) tão querida era buscada ,
Como de salvamento 1... LX.
L1V.
« Cada hum dos marinheiros aniinoso
Neste ensejo Se vai lançando ao mar, buscando a terra.
Eis no convez a mfii, ao lado a lilha; Findos cinco minutos, tudo lu ermo ,
Voem c perigo, a morte, cabem prottradtt, Tudo em torno du mim!... Nesse universo,
Postas tremulas mios, nos téos os olhos, A tempestade , e hum barco naufragado,
—Misericórdia !! !. .—(bradam) Cóos que quadro I No barco, eu e Mirj'ba, amor e a morte 1
LX1.
LV.

Ah I nao mo esqueci dellas hum momento , « Quantos cm prol da vida , pelas ondas,
l'ois para lhes poupar maior mortyrio Nadando, a praia afoutos demandaram,
\i\i retirado as tinha *. mis agora , Do alguns so ouvio na praia, amargurado,
Hum grito doloroso, era do morte I
Que eilas ji rosto a roslo estão co' a morte.... E d'outros nada. Ao scintillar relâmpagos,
Amparal-as. A praia hc jà mui porto;
Crescem as ondas cada vez mais fortes: Negrt ja em volta o mar, alvoja a praia:
O mar agora dentro ho mais violento! E quando hum refregão de vento passa,
fúria ,
Que a onda tem quebrado a horrivd
E acaba cm trovão ; do horror o morte
Pavoroso silencio ho só quebrado
(1) A praia.
142 LITTF.RATUHA

EXVII.
Feios ais do Mir_'ba , que debolde
1'ela ntai mo pergunte , a mai chamindo !..
. De joelhos cntáo sobre esta terra
Eevonto as mãos aos rèos, chorando beijo
,* -»!•- IML Esta du salvação humdila praia!

ti Oh !... como a salvarei? como salvor-me! Extrahido do 2° canto.


Vcl-o morrer.... mliar-ma?! antes a mortu!
tlu por ella morrer, morrer com ella ,
Será morto do naufrago mais branda,
Consolação levada à sepultura!
iti.m:i:iki»
Dt viagem qno fez a NiBOlat o comgo M-uittsl Jna-
um qililll dn r-.li¦ .in

Artigo II.
*t Amor, quo sobro o mar noscido havia . l i

Amor quo sobro o mar tinha crescido


MACEM A ROMA.
Entre o tímido honor de atroz procclla,
Zomba do mor , despreza o tempestudo ,
!-.'.!¦: a mocidade almejava por visitar a
E aos perigos sujiera, e venco a morte!
Ü iiuj.!.- eterna ; o estudo da historia c o
LX1V. fe gosto pela leitura de viagens me tinham
inspirado essu dosejo: ello crescia com a neces-
¦ Começa a se esvair ora a lormcnta; sidride do mo instruir nas sciencias ecclesiasticas,
a cujo estudo mo tinha dado, e as academias
Emmudecem trovões cttlu-so o vento ,
de Roma me pareciam as mais adaptadas para fa-
E pouco n pouco a chuva so suspendo:
zer os meus estudos.
Monos lurioso o mar na praia rolu.
Tardia cm despontar aurora enceta. A morte prematura do meu prezado poi, im-
pondo-mu novos tleveres o respeito tle minha fa-
I.XV. milia , tinha levantado huma grossa muralha en-
tro o desejo e a esperança ; mas a nunca espe-
n Tomo união lina corda, ato á cintura , rada , nem ao menos cogilatlu viagem a Nápoles
Emendo n'outro , o com a visla meço veio lançar por terra essa muralha ; o em parto
A distancia da praia ao roto barco; OS meus desejos so converteram em realidade. Cor-
Prendo no mastro (já despedaçado) ria o mez do junho , a estação era propicia , nao
O extremo; u Miry'ha sobre as costas, havia tempo a perder : no dia 3 pelas oito horas
Ao mar lançor-mc quero. Ella , assustada , da manhãa eslava eu na posln cm companhia do
Lançando incerta vista pelas sombras: meu antigo o Sr. doutor Freire para tomarmos
Minha mai ondo está? — mu tliz chorando; os nossos lugares no carro da diligencia. Poucos
Talvez quo algum marujo compassivo minutos depois já rodava o cano por essa bella
A salvasse, o na praiu nos espere — estrada , que de Nápoles conduz a Roma por Ter-
Foi a minha resposta, e salto ás ondas; racina; o os meus olhos estavam fitos no longo
Cevando atravessado sobro a boca da mesma , querendo anciosos como quo já lobri-
Faca de aguda ponta , e ossoz comprida. gar a cidade monumental , porque o espirito lá
estava ; mas nao o coração, quo esse pertencia
LXVI. ao Rrasil: sim , quo o amor da pátria ho huma
virtude que o Crcador mesmo gravou con. seu
k Contra as ondas forcejo o luto a nado. .,. próprio dedo nos corações dos fracos mortaes !..
Ab! doce mo era carga tao formosa! Logo ao sahir de Nápoles passámos por Avcrca,
Ufano de a salvar, ganhando a tetra, pequena , mas bonita villa , situada em hum pia-
llehalde a onda que me traz intento no delicioso. A estrada está bordada neste lugar
Ao largo mo levar; pois desprendendo de grandes arvores entrelaçadas de festões do vi-
Da boca a faca rápido a encravo nbas, que torna o transito umhroso o agrada-
Sobre aría do fundo, o assim sostido _«£, i vel. As 11 o 35' da manh.iu chegámos á Ca-
'
Foge a vaga , e nos deixa. Em praia enxuta,,, pua moderna , tendo feito quinze milhos do ca-
Ligeiro pé firmando, antes que choguo t*rt*fl« minhp. Sahindo do Capua passámos por Sparanisi,
Outra onda desmnrrnndo a cauta corda, .».,. ,«,., i o ..depois por S. A galha, quo ho huma boa ai-
Corremos sobre hum combro; eis-nos a salvo..! dôa. Do S. Agatha chegámos ao rio Gnrigliano .
LITTERATURA. 149

pai-» ,ua hoje o cintume d.)» romanos de iuliumor os seu*


bllla
, a. 4 hora» da tarde pagino, bord ,sd i . -ii. I u , tatu-/ com o lim
\ \mmm p«»t« ™\*xm • —^".l' fi" iu..i. i ¦- nu» ao» moços huma nobre i-muUçuo com
ii.agtiil.eenc.a .lu inspirar
Ilte.ua grandeia . bom gosto • turma a lembrança dos leitos de seus ¦andai homem.
vimos rumas de
51 ni Fernando 11. Aqui dn Cluu-
deste rio que Mari.», Vêm-.» lambem MlM d"* iqaWQ-CtM
criular. roí na» iiiarge... Julia , Tepula e Mania,
sete vire* con»il, dio , e da» oguas quu
ES dc ter sido em Kuiim obngauo a cruzam a voita campina , produzindo hum hellu
viclorias, ae vio
o depoi. do tanta» subira- t-Ocilo na paisagem. Já Roma .o avista; a Ih-IIu
em lama
«profundar-se atè no pescoço •.aii-lhle» pura de ivlla . ciipula do S. Pedro, perdendo-iui M região do»
btr se as perseguiçoc* d.n entrar nu
o» fez tremer: ares no» ottoila que preste» vamos
„lM|..|ido |H r elles descoberto, na cidade excellencia!
e evadlO- princeia da» cidude», por
lançondo-lhes o »eu olhar ameaçador . Ao. 3V depoi. do meio dia balíamos I porta
e chegámos à Mola dc Caie*
io Daqui partiino» , IW munas ila-
dn mar no golfa do de S. J.iao, ttndofiito cerca de
U povoação lundada perto
mim mtm so,,ro at rui,,:,s do inli*a i10^,",,?' liou .4 de caminho . ou 40 UfttM frumvza*. Bati
da edade de porta chamou-se cm outro tempi Ctljmonttna,
Dctla *e go" da encantadora vlsia está situada »obro o monto Celio. Ku-
Gaieta , pátria da ama do Uneas. Aqui jantámos porque
refeição conti- trandS-M por ella acha-se logo huma grande pra-
ds ti hora» e 13' , e depois da
entrámos ça , ondo tata« 6 direita a S. Cm de Jeiusa-
nuàtnos a nossa viagem. A's oito horas io o o Et-
a Fondi , lém ; defronte 0 triclinio de S. Lt
em Itri , oldéu , e às 10 chegámos ceia Santa, e á csqueri.a a celebre basílica de
,ill.,, onde está o convento do» Dominicanos, _e a sé do snl>er;.ntt
S. Jono de Latrao , quo
em que se mostra oos curiosos a cornara em que u igreja de Roma . asii.ii lha-
saio cru pontifico , a primeira
habitava S. Thoiiiaz de Aquino , e o n ...Ia no século 7 rui ella dedicada aS.
do
ue ensinava theologio. Aos 30' da manhaa porque
1 dia 4 chegamos a Terrocina , culado
dos da igreja â beira mar, onde ha
do» esta- João Raplisla e João EvangelMa . a
huma ai- eslava o pa! -cio da família dos UtCfini. Na
neste sitio
sua
Conslanti.n-a , ter lido
apre- fundação chamou-se por
fatidega , o cuja porta nos apeámos c Mogno seu fundador. Também se lho
e as nossas mu- Constantino
sentámos os noisos passoportes
clitima do Salvador, porque lha foi principal-
Ias, que foram minuciosamente revistadas. Con-
mente consagrada, e liisili-j Áurea, por causa
cluídos estes actos, em que so gostou bastante diligencia
ns da riqueza de stus ornalo». Paro* a
tempo, iiiudàmo-nos para a diligencia de Roma á espera do guarda quo a dana
nesta bella praça
2 horas e 3 quartos, e partimos. Continuando à allandega , dan.!o-nos occasi.m do
acompanhar
a nossa viagem passamos pelas portas de Ponto
da encantadora vista dos objectos referuos.
Moggiore , Mesa , Boca de Fiume , e Torro De gozar da fachada da sumpluosa basílica, do
inaximé
ire Ponti, pela» paludes pontinos. Tem estes pa- E
magnífico palácio on-.icxo , a wbaibo OMMCO.
Iodai 24 milhas do extensão , sobre doze tle lar- iiiogni.i<"nriu dfl I! ma mo-
oito horas chega- que vantajosa idéa da
gura cm alguns lugares. A'» o vi janto que contempla em
mos a Velletri, cidade onde almoçamos , e de- derna forma aqui r ile Uo-
a Cisterna. Alguns archeologistas mretcndiin curto espaço tantos objectos admirarei., fandega
pois a I
chamado por S. ma antiga fitando no Irajeeto pari
que hc esta povoação o lugar olhos nas minas do .'mioso Colosseo ! Satis-
Paulo Tres Tubcrna» nos actos dos Apóstolos , os farm-ilidadcs tisua.-s nestes
na alfândega as
onde os christãos lhe sahiram oo encontro quan- feitas e as dc , encaminham.»
do se encaminhava a Roma. Sahindo do Cister- estabelecimentos , policia
o chegámos ás 10 ho- nos para o hospedaria Ci.-sary , onde fornos re-
na passámos por Gensano,
com muila urbanidade. JanlJ.mo.i; c como
ras e 3/4 a Albano, pequena , porém deliciosa cebidos
tempo a perder , tomámoi; logo liumu
cidade ; o como era domingo de pentecostes, en- nao havia
e hum ciceroni , I nesta mesma tardo
conlràmos muita gente pela rua em que pa«- carruagem
começo ás nossos divertidas excursões. O
sou a diligencia, que sabia dos templo», geral- demos
era mui hábil no s.iu olbcto , o a
mente bem vestida , isto ho, ao modo particu- ciceroni, que
faltava gosto, levou-nos logo a praça
lor da sua cidade , porque em todas as villas quem nao
assim dita por ser decorada com
e lugares por que passámos notámos hum gos- dc Hespanha ,
embaixador de Hespanha. luta pra-
to diferente nos vestuários, característico de cada o palácio do
bella; está também decorada pelo collegio
buma povoação , pelo qual so distinguem estes ço be bo»*"0*
Foi- da Propaganda, palácio Mignanelli, bella fonte
povos com muita facilidade huns dos outros. du Trinità di Monli, o
nos bem divertido o transito por esta cidade ; sa8, escadaria
em fôrma de navio , o de ma-
e sahindo delia possamos por Tor di Mcza Via, de Ia Barccccia
Junto delia começa a escadaria
iltima posto a seto milhas do distancia de Ro- ravilhoso cITeito.
Trinità di Mont. , que da praça
ma. Jã a estrada começa a estar bordada de tu- da igreja da Neste monte ha hum
mulos antigos em ruinas, que atteitam ainda condu» ao monte Pincio.
111 LITTERATURA.

inagnilico jardim publico com bellas ruas de pas- ruína» do foro romano, tao celebre na antígui-
seio , que do alto descem á pruçu do puto. Desse dade pela» assembléus do senado e do puto r«i
alto goiu-se du perspectita do Vaticano, du par- qm- iti-lli- m- !../¦ nn Apenas se \0111 hoje rui-
tfl de Ruma . habitado á esquerda . e .1 direita uu», ma» que (.ttcnlain Mia antiga mngnilieen-
do Monte Mario , ¦ da campanha. Dcsremus á cia. Vimo» em seguida o» ruínas do templo da
fachudus das igre- Concórdia, dc Júpiter Tonaute e de Jupilrr
praça do Puvo , decorada D*_M m i.,i , da Paz; u urro de Septiniio Severo u do
de NON* Senhora do .'ovo, de Santa Maria
jos
do Monte Santo, do N. Senhora dos Milagres, lil,», elevado por Triijiiiio *• 11» honra de.te prin-
e pela Porta do tipe, o mui» antigo dos que iiindii existem t-m
pelo grando obelisco egtpcio, Roma. Nutam-sc os seus l.uivoi-relevos em mar-
Povo, chamada em outro tempo Flanainia , e
entrada publica os em- more de excellente trubulbn, como o cundieiiu
|iela qiii.l r.zem hoje a sua
buixadores, cardeues e príncipes soberanos. O de ouro lr_.zi.lo du Jeriivilèm, v outros despojo»
obelisco egv pcio, quo está 110 meio desta praça , dos judeos. Vimos mais a culumuu de Foca»,
dá-lhe liuiii aspecto magestoso. Tem Ki2 1,2 pai- o» muros do Tubulario, 011 arebito dos Roma-
mos tle altura. A mognilkn rua do Corso apre- nos, a Via-S.icra , a columna miliaria , o tem-
senta-so em fuce no meio desta [iraça ; he a prin- pio de Aiitonimt o Fausta, os restos do de Reno
cipal rua de Roma , onde se fuz o passeio do e llomulo, sobro cujas ruínas està edificada u
igreja tio S. Cosmo e Dimiao , onde so notam
grande tom. Nella transilauuii centenas de ricas
larruagens ao gosto inglez , cheias de gente lu- os bellos uiüsoicos da adobada ; os ruínas du
zida , que fazia o seu passeio , gozando du fres- templo ile Vcnus o Roma , o Colosseo ou am-
cura da tarde , quo era o inuis deliciosa que phitiieutro l'l;i\i,nio, edilicio soberbo cujas rui-
so pôde imaginar. nus nos dão a mais alta idéa da potência ro-
Subimos pela porta do Povo para ir observar niain. Foi Vespasiuno que deu principio a esta
o louro Tibru, em cujas ribanceiras nos demo- obra , depois que t-llo triumphou do Jutléa; o
ramos algum tempo, conteinpl.inilo Q curso va- nu qual empregou doze mil judeus que para
'fito,
Roma tinham vindo cativos, seu filho, a
garoso dc sua água toldada , e o fizemos junto
du bella poule dfl arcadas do cantaria, chamada concluio, o com nzão lhe chuuiaiii colosso. He
hoje Ponte Mollc, c cm outro tempo Milvia, ii 1:m corpo moi com S..» palmos de comprimeii-
denominado to, 700 do largura, -íüij dfl altura , fl 2,338
pai* vizinhança do monte Mario,
antigos Campo Mileio. Depois de termos de circuniferencia exterior. Podia conter 8,7011
pelos
espectadores. Nelle se celebravam esses combates
passeado pela bella villa Rorghese, principal mo-
iiumento que so acha fora desta porta, reco- de gladiadores que tanto desbonrarani a espécie
Ihemo-nos aos nossos aposentos ás 8 horas da humana, o outros espcctaculos do.« Romanos.
tardo para repousar. A's !> horas da inanhaa do Um» grande numero de christaos, inclui mio
dia o tlirigimo-nos á igreja do S. Martinho , o próprio architecto da obra, S. Caudencio ,
onde dei graças a Deos pelo beiielieio que 1110 ahi deram gloria a Deos, derramando o seu
fez do me abrir o caminho á eidailo mãi o sangue pela fé. Os bárbaros, que devastaram
mestra de Iodas os cidades : subindo desta lloma sob Totila, no anno d* uíO, (ioriiiii
entrámos na do S. José , em cujo subterrâneo principio á sua destruição. Vimos ainda o arco
está a de S. Pedro tn cárcere, que muito dese- llfl Constantino .Magno, que o senado o o povo
cba- romaii'.. lhe erigiram depois ila victoiia que ga-
java ver, que he huma parte da prisão
inada em outro tempo Carccr Mumcrliinus ou nbou contra o tyranno ,\,,ixencio; a base do
Tuüianus, onde estiveram presos os apóstolos S. colosso de Nero , a celebre igreja de S. Crego-
Pedro e S. Paulo, no reinado dc Nero, esse pe.se- rio Magno dos C.uiiiildulcnscs, edificada 110 mon-
guidor du tudo quanlo era virtude , e que o chris- to Celio no lugar que d'antes se chamava Uli-
lianisino se gloria de o ter lambem por seu pri- vus Scauri, no mesmo sitio da casa patcrnal de S.
nieiro perseguidor. Ainda se ve a fonln na ro- Grcgorio, onde ello mesmo tinha fundado huiii
cba quu milagrosamente foi produzida em vir- mosteiro o huma igreja dedicada ao apóstolo S.
tude das orações de S. Pedro , e du qnal bio- André. Seguimos depois para o Patéttoo, n ri li—
taram as águas com que Coram haptisaJos os ga habitação de Evandro, onde llomulo lançou
.santos Processo e Marliniano , guardas do ca- os primeiros fundamentos de Roma , o onile
labouço, e a grade e colum.ia cm que eram hoje se vôm as ruinas desse celebro palácio dos
llagellados os santos apóstolos. A entrada neste imperadores, qm; Augusto começou, Tibcrio
lugar venerando mo commoveu sobremaneira , e continuou, e Caligula consideravelmentenugmen-
qual seria o coração chislao que se não sentisse tou, e que os Vândalos reduziram ao estado de rui-
locado á vista de objectos taes! Deixo ao leitor nas em que se vô, Daqui fomos vera igreja de
o juizo á cerca dos pensamentos que então me S. Maria, in Cosmcdin, collegial e parochial.
assaltaram !. .. Daqui, sahindo, fomos ver as que se diz sor edificada pelos primeiros christaos

s <fm\W-
LITTERATURA. 145

Pudiciria; e de inudn n Virgem, du quem a a*-ua tem o nome.


!„,. as ruínas do templo da
imusageiii vin.us o» templo* du Vesta I da For- Por cima da rornija vt»m-*o aunlu quatro es-
oi resto* da cosa du fuinigirado t.itu.i» du abundância du* flore*, da fertilidade
tuna viril, o
Adiavaiiio-no-i nu* inurgcns do libre, e d»s caninos, da riqueza do oulonu .- da ame-
Itienii. iit.I.i I.- do* prndo*.
„ primeiro objeclo quo examinam.)* foi a ilha
de bum navio, for- Deixada esta lonle , ante aqual estivemos pa-
Tilieriiifi. qm l*'in o forma
us do S. Barlholoineo o a rados por muilo tempo obiervondo-a , chegámos
muda entre ponte*
Vimos mais us ponte* Cos- A villa Puul.na , habitação do compo d.) Exm.
do* Quattro-Capi.
Subliciu. Pulalinu, nue uctualn.ei.to se Sr. Moutinlio , ondu forno* recebido* por S.
tio,
i-hama Ponle-ltola, o que hu u ptimeirn pontu Exc. Dahi voltam.)* .. nona hospedaria p..ra jan-
,|t« pedra quo se fe» em llomu ; I a clnaca tar. Pela lardo saliimo* . a fui a Uotunda . an-
ligo Puiitheoii dos pagaos, 0 primeiro objecto
máxima , que recebe ns ng.ius da grande fonle
, heu.adu bojo S. Jorge, cuju abobodu anliga he com que deparam.>* , e que ainda agora fuz ti
udiiiiruçaii dus paMOM de bom gosto. Na verdade
da mais bella construcção, e tao larga e tao ..lãguili-
í.lta, quo ãhi podo rodar u muior carruagem. que he o mai* bello resto da antiga
tio anda romuna quu oimlu se conserva inteiro.
Examinamos também ns mina* do lheatru
fez ed.licor eterni- Dali do tempo do Auguslo , e foi edilicado por
Marccllo, quo Augusto paru
lar a memória dl sou sobrinho. O seu diâmetro Marco Agrippa, quo o dedicou a Júpiter Viu-
em igru-
era de Í»J8 palmos, o diz-se quo podia conter gudor. Em 008 Bonifácio IV o converteu
Virgem e a todo* os
trinta mil espectadores. ja, e o dedicou a SS.
Demos nqui de ...uo ãs nossa* observações ; martyres; i em 830 o consagrou Gregorio IV em
era jú lurde, o fomos à praia Colonna procurar honra de todos o* santos ; ma* bojo he conhe-
o lllm. Sr. Dr. Figueiredo, secretario da le- rida pelo nome du suo primeira dedicarão Saneia
huma forma Maria ud Martyres. Bete e.lilicio bc redondo, I
gaçao brasileira. Tem esta praça
muito regular roclangiila , e ho embellezadu por tem líOü palmo-, de altura I outros tantos de
nobres edificios. A culuintia Antonina . quo se largura. O pórtico bu magosloso. Ho da ordem
eleva no meio, di-lho hum ur de graça e do Corinthia, e coroado de liiiin fusligio que car-
magiiilicenciã. Foi esta colun.n:. elevada no im- rega sobre oito columnas, e representa mui bem
do seu pai Mar- a entrada de hum templo. O vestibulo tem 140
perio de Commodo em honra sobre 87 du largura ; e
•o-Aurelio-Anlonino. Ho toda de mármore , da pulmos de comprimento
ordem Corinthia ; mas o capitei ba da ordem he sustentado por dezaseis grandes columnas du
do interior bc bum
.lorica. Sixto V afez restaurar cm 1688, empre- granito oriental. A abobada
cuja summidail:* lie aberta
gaodo para esse fim os talentos
de Fontana , e perfeito hemispherio,
lunetn tem :18 palmos a 3 4-
a dedicou ao apóstolo S. Paulo, <"jã estatua de por lama que
bronze dourndo foi rolloomln na sutiimiilnd.'. Tem do diâmetro , a quu li« a unica abertura que
a columnu 17 palmos de dismettO, o 177 de ul- introduz darídade aa igreja. Daqui seguimos para
for-
tura , sem contar a MMtttl 'In símio , (|ue tem a praça do Monto Cavallo. He esta praça do
19. Hecebeu-nos o Sr. Figueiredo com suniuu. ma irregular, mas elegantemente decorada pelo
¦¦Hábilidade cavallariças . palácio du Con-
, prestando-so logo ao noiso serviço, palácio do* papa* ,
o que muito nos penhorou. Tendo-nos indica- sulta e pelas estatuas cnlossnos de Caslor e.
o
do a uioruda do nosso ministro, a ella nos di- Poliux soslendo os seus cavallos, donde vem
nome que so dé a esta do Quirinal. En-
rigimos, A villa Paulina. No caminho tivemos oc- parto
easião de observar a bella fonte du Trevi , forma- tre os dous cavallos está hum obelisco cgypcio
da do buma parto da água virgem , que lie a de granito roxo, sem hieroglypbos, quo Pio VI
melhor e mais agradável que so bebe em Honia. ahi fez elevar. Ao pé do obelisco ba huma
lie composta de Ires corpos do architectura , o fonte formada de huiin grande bacia de granito
de buni pedestal quo assenta sobre hum penhasco, oriental. Vimos o exterior do mogiiilico palácio
ou do Quirinal,
dondo sabe a agita para ir cr.hir cm huma grande pontificai de Monte Cavallo,
bacia. A parto anterior representa bum arco do edilicado om huma deliciosa sUuaçM que do-
mina toda a cidade. E depois dc vermos os
Iriumplio, decorado por quatro columnas, por
baixos-reievos e por estatuas. No grande nicho igrejas de Santa Maria da Victoria, e de Santa
do meio, ornado de quatro columnas jonicas, esta liaria dos Anjos , tomemos o caminho de San-
buma estatua de Neptuno, collocada sobre hu- ta Maria Maior, buma das cinco Igrejas palnar-
Roma.
ma concha, puxado por dous cuvollos mori- chãos , e das maiores o mais bellas do
esta diante da fachada vê-se nume
nhos, governados por tritões. Nos dous nichos Na praça que
dc mármore
lateraes estam as estatuas cm mármore da saiu- tonta e huma magnífica colnmnn
hridãde e da fecundidado, o cm cima baixos-rc- branco, o nd outra praça , que aoéJSpaohnaje-
igreja vista do lado do norte,
levos representando a Agrippa e sua filha, cha- gunda fachada da
m>m*m,jt im^m* mjst^t,... m-^mmuan- . --™-?-* - *¦¦¦¦

116 LITTERATURA.

oriental de Ci.r roxa. O pórtico be bello, de-


aeba-ea hum obelisco lambem sem bi-roglyphos, nito cobertas de mar-
que o imperador Cláudio fizera vir
do Kgvpto , corudo por 2V pilastras compostas
sobro hum fundo dc
e ahi foi elevado por Sixlo V. 0 interior da ha- moro do Curr.ru collooadu*
mármore de dilT,rente* cores. Tem 5 portas: _
silica hu soberbo. A bello serio du trinta e oito os
e_ de do meio , qu.- be a maior, tem batentes da
columnas da mármore bronco, quatro gru*
admirável. 0 altor- bronze. Huma dellus está (odiada , e se chama a
nito, apreaanta hum aspecto
só se obre oceasião do ju-
mõr ml* isolado, e hu foi modo du huma grande Porta Saneia , e por
da igreja tem
bíleo do nnno santo. O interior
urna antiga do porphido, cujo cobertura do mor- ordens de co-
more branco o preto, sustentada pof quatro n.n* cinco naves, separadas pnr quotro
serve do mesa ao altar. lumnus encravadas nus pilastras, A grande nave
itin.it de bronze dourado ,
ornada de pinttirus e buixos-rclevos do es-
Do Santa liaria Maior seguimos pura u baailica eslh
do S. João da I.alrao. Antes porém de visitar- tutiue , e de doze grandes pil.stros rauneladus da
mos esta basílica fomos ver a Escuda Sunlu, oue ordem composta sustentando a cornija , e que
está defronte Io grande obeldco. Neste celebre formam do cada lu Io cinco arcadas. Nas entra*
sanetuurio fez collocur Sixto V vinlo oito degraus pilastras cstum grandes nichos ornados de dum
do murmure branco da casa dé Pflaloi em Jcru- columnas de verde antigo contendo a estatua co-
salé.-n , sobre os quaes passou Jesus Christo no loÉal da bum apóstolo. Por tima destas estatuas
tempo de suu paixão. Sobe-se por elles de joo- vém-se huiuis-ri-levos de estuque , e mais alto
lhoe, De ambos os lados desta escada santa ha quadros ovaos de grunde merecimento repre-
uutras duas escadus por onda sobem o descem sentando os propbetaa.
os Wedesejam ver a capella de ..«nr.íi Saneio- O nllar-niór collocado no meio do cruzeiro está
columnas de grai.ilo ,
rum independ -nte deste methoilo do subir mor- isolado e ornado de quatro
de mármore
lificanle. Nesta capella entre outras relíquias pre- que sust. ntain bum pavilhão golhico
ciosas conserva-se huma imagem antiga do Sal- lavrado em lundo de ouro; ondo entre outras
vudor, pintada por S. Lucas. Depois do bem relíquias se conservam as cabeças dos apóstolos
obscrvndo este venerun.lo sairtuario, demos prin- S. Pedro e S. Poulo. Por detroz do oltur-mór
na oceasião
cinto à visita dn sumpluosa basílica de S. João estam os cadeiras dos conegos, que com-
cm estávamos nn basílica cantavam
de Lotrão, que infelizmente nao tive outra oc- que
su ve de bum modo tocunte. As cnpe.las fundos
emite do a poder bem examinar, .'à que pletus
de grondu
huma sé visita , e no resto do huma tarde, n.io me suo riquíssimas, o contém preciosidudes
mostrada a mesa em que
habilita para fazer huma dcscrip.ão , não completa, merecimento. Foi-nos
o Salvador fez a ultima céu com os seus disci-
porquo não era isso obra paru u minha penna , também vimos bum fresco do novo
de o
porém ao menos perfunetoria , ao ponto po- pulos;
representando bum baptismo dc S.
der satisfazer: farei portanto huma descripção li- descoberto
como Silvestre. Descemos ao subterrâneo, nelle , en-
geira , e lao ligeira como o foi o visito , e
o tem sido todas as outras dos objectos cujas tro muitas preciosidades, vimos huma imagem
descrvpções tenho dado. de Nos. o Senhora da Piedade dn olabnstro , tra-
Hogo ao leitor que oltenda que só estive em balhada pela mao do iuiniortal Cunova, quo
também as
Roma seis dias, e quo ainda ho necessário ter be hum primor da arle. Visitámos
observar catacumbas da antigo busilica, onde so conserva
muito gosto para em 18o pouco tempo
tantos objectos preciosos , que demondorião me- a medida du clturn de Jesus Christo. Mos a
derramar o seu manto do
zos de trabalho aturado. Jà disso em principio noito começava a
imperador trevas superfície, e a escuridão nos impe-
que esta basílica foi edificada pelo pela
Constantino o grande, pelos annos da era vulgar dio de continuar o exame dos objectos rarissi-
324 ; ho isto hum ponto histórico. Elle a deu mos que nos enlevavam.
ao papa S. Silvestre , quo fez a sua soleinne con- No dia G o Sr. Figueiredo leve o bondade
sagração. Em 1308 quasi toda a basílica foi des- de me apresentar ao eminentíssimo Sr. Cor-
truida por hum voraz incêndio , a que escapou doai Lambruschini, secretario d'estado de sua
somente a capella do S. Lourenço, chamada de santidade Cregorio XVI, ora reinante. Suo enii-
Sancta Sanctorum. Desde então os soberanos pon- nencio tratou-mo com summa offabilidadc, o
tifices não só a reedificaram , mas não tem cos- quo muito me penhorou. Conversou comigo
sado de a cmbellciar o enriquecer : c na ver- por espaço de huma hora, e como lhe mani-
dade hc ella huma bella e rica eonstrucção. festasse o desejo que tinha de ver e fallar com
A grande fachada desla bnsilica he talvez a mais o santo padre, facilitou-me os meios do o fa-
bello de Roma ; está decorada por 'compostas. huma grande zer, o que ainda mais me penhorou. Receba
ordem de columnas e pilastras A suo eminência cá de tão longe o tributo de nu-
grande tribuna, em que o papa dà a benção so- nha gratidão. Fui tombem levado pelo mesmo Sr.
lemne, he sustentada por quatro columnas de gra- Figucirodo ú casa do eminentíssimo Sr. cardeal
nppwppp**

LITTERATURA. 147

huma cidade que hum


Mezzofanti, que falia cincoenta
línguas. He hum palácio, que mais parece
de alegre e palácio ; mas à proporção que nos avizinhava-
BllL-iao venerando, ph)»ionomia em bom pra- mos do upomiito do SS. padre , o grandeza e
ientcira. Conversámos largamente por-
A* maneiras obséquio»--* do sua eim- magnificência se iao convertendo em nobre sim-
tuitucz. ! Sua santidade estava
nenria nao se riscarão jamais
de minha memória. plicidudo. Quo transição
fomos ver S. Pedro. A primeira visita na sua câmara, onde só respirava o hálito doce
Uuqui
murovillia do mundo levou-me quutto ho- da virtude ¦ da sabedoria. A imagem do cru-
á esta cilicado era o principal adorno dessa câmara res-
exposto no altar-
rus. Estava o SS. Sacramento o chefe visível da
mór à adoração dos lieis, em cujo numero mo peitavel. Nella estava também
contei como quo ubsorto. Fiz depois a minha sua igreja , dessa igreja quo elle tinha romido
com o seu sangue precioso, e para quem tinha
oroçao ao príncipe dos apóstolos, e oo seu co-
conquistado O cèo pela sua gloriosa resurreição !
apóstolo S. Paulo. Por oro mo obstenbo de di-
Os meus olhos cornoes so litoram no vcneravel
u-r ulgumu cousa sobre este portento da arte,
ancião, em cujo semblante plácido o agradável
de que só podo formur huma idea justa quem
ter- brilhava a magestade que imprime huma virtu-
o tiver visto; aguardo-me portanto paru a
levor de que nunca fui desmentida , e que deixava
ceira visito. O Sr. Dr. Figuercdo , querendo
entrever huma alma condido , pura o innocen-
u linha dos seus obséquios uo ponto que tro-
te ; mos os olhos da fè viam mais alguma cousa .'
i.àrn , obsequiou-nos ainda com o seu jantar. O
Sim , elles viom o suecessor de Pedro empuiiban-
resto' da tardo passei cm sua cosa e à noite
do essas chaves misteriosas que symbolisam o po-
houve companhia , que lizeru reunir em ol.se-
a munliaa do dia 7 e parto da der que lhe foi' dado no cèo e na terra ; o
quio nosso. Toda c dos cordeiros do
larde atò a hora do jantar passámos ua igreja pastor supremo das ovelhas,
dc S. Pedro, admirando a magnificência de sua aprisco de Jesus Christo ; o eu lhe tributei toda
eslructura e dos seus sumptuosos ornatos, bem a honra e homenogent que u mesma fè me tem
digna doquellc que nella habita, que ho tres ensinado a tributar-lho. Nunca o poi commum
vezes santo, Senhor do universo, principio e dos fieis ho tao grande como quando acolho
fim dc todas as cousas, de quem he todo o benigno o mais pequeno, o mais insignificante
a honra , o louvor e dc seus filhos! Sua santidade para cumulo das
poder, o a quem so deve bondodes que me prodigalisava deu-me dous
glorio.
Jantámos com o Sr. Figueiredo. E findo o crucifixos de prata cm cruz de ebono com indul-
da morte ; o quo
esperar o Exm. gencia plenária para a hora
j ontar recolhi-me à hospedaria a atè a morte guardarei em memória de quem tal oi
Sr. Moutinho , que se prestara a apresentar-me
a sua santidade. deu. • t . .. t
A's oito horas apparcceu S. Exc. ; tomou-me No dia 8 repeti a visita ao rei dos templos;
na sua carruagem , o me conduzio ao palácio do do qual vou agora fazer o bosquejo.
Vaticano , onde se achava o soberano pontífice.
Era a hora dada. Penetrámos nesse sumptuoso ( Continuar-se-ha. )

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..... .uiiinriii-nLjimuiiii. n'uu - nnifn ""• '

*imi m\ &* A. mifLISa


-. •

—<40-<)-0<>0*>—

4M/* ¦ ' ftâ moços, filhos da academia , que se lançam na


EXPOSIÇÃO ÜK 1813. estrada nobre da pintura; sao huma tentativa do
vúo de duas jovens musas, e que permitia
in. Deos su transformo no futuro em huma ubalada
do nguio.

m o m mi tu» antecedente, depois de fazer-


[mo» a historia da cx|iosiçao publica e ai-
gumas considerações á cerca das artes no
Rrasil, nos occupámos com as duas producções
Entre as mais producções históricas distin-
guem-so tlous quadros feitos pelo Sr. Moreau,
o primeiro representando David triumphaute, e
levando a cabeça e as armas do giganto Golias:
mais salientes, isto bo, com o quadro do Sr. o o segundo Jesus Christo morto, adorodo por
Cicarelli, e a Caridade do Sr. 1'ctricb: apezar hum anjo.
que a exposição esteja fechada , e quu todos os O Duvid do Sr. Moreau mais velho, In-
nossos leitores a fossem ver, devemos cumprir a limita dessas producções ondo o reflexão u o es-
promessa do dar-lhe conta dus outras obras, por- tudo nflo opparuccm; o mais lindo azul, a
que os nossos numerosos assignantes das provin- nncar, o amarello e o verde fazem as qualida-
cias tambem tem hum direito sagrado du sabe- des essenciaes do seu quadro, que se podo cha-
rem o que so passa na capital á cerco dos artes, mar o arco-iris da exposição.
nesle elemento de civilisação que derrama tantos Hum philosopho nada encontra que posso sa-
bens sobre a industria, c que, como disso bum tisfazer suas contemplações, u hum artista mula
poeta <la antigüidade: « não ha nada quo mais quo lho possa servir do estudo. O todo athle-
concorra paru adotar os costumes e banir a fo- tico, a idade, a physionomia sobretudo, não
rocidado, como o ter estudado bem a fundo as indicam o rei propheta, quo le/, afugentar o es-
artes liberaes. » pirito maligno quo se tinha apoderado du San!
A barbaria e u ferocidade fogem diante de com a harmonia da sua harpa; a physionoiuia
semelhante luz, como disse Bacon, o os povos representa mais a face de bum joven Inglez ta-
que se dao a esta cultura do bello como que minliaudo paro hum jantar, do quo u coragem
adquirem bum novo sentido quo lhes faz porco- concentrada do humu alma tão sublime, cujo
ber novas harmonias na natureza. caracter foi amplamente desenvolvido por Allieri.
Os dous pintores quu estrearam a carreira O todo da harmonia do quadro eslá perfeita-
histórica esto anno , e quo apresentaram dous sujei- monto collocado na classe tias taboletas tia rua
tos nacionaes , sao os Srs. Mello e Malta. Viennt! do Paris
O quadro do Sr. Mello representa a civilisa- So consideramos como bum estudo acadêmico.
çao ebristaa combatendo heroicamente ti itntbro- vamos de mal para peior: nenhum conhecimen-
popbagia. to tia anatomia, nenhum conhecimento da theo*
Os jesuitas, arrancondo hum cadáver das mãos ria da alavanca , tão necessário ao pintor quan-
dos Indios , no momento cm que estes se pro- do representa litinia figura em marcha; o dei-
paravam para troncu-lo , e dopois de o passa- toido o bicops do braço esquerdo estam, corno
rem pelas labaredas comerem-no, segundo sou por erro , bem accontuados, dizemos ainda qua-
antiquissimo uso. si perfeitamente modelados; mas o resto do eorpu
O sujeito quo representa o quadro do Sr. Ma fra bo huma perfeita pelle, bum quasi odro cheio
he o nosso inimitável Gonzaga compondo huma de or; o braço direito está horrivel de dose-
de suas lyras na prisão. nbo, e ha huma perfeita confusão em todos os
Estos dous quadros são a primeira luz de dous músculos do antebraço; o thorax o ventre tom

#í>

v
-^-fSfP****-

BKLLAS AUTES. IV.)

nao Imita, ensinou a colorir; o que mais insistiu era sobre


erros do construeção imperdoáveis; «obre o conhecimento da mecânica
Sr. Moruau, copiar a naturu/a tul qual mi upre- a coiistrucçao ,
humano , e sobretudo o desenho,
senta u hum olho quo nao está exercido a de- do corpo . alô.In uu das estatuas antigas
O do antigo
cifrur o mecânica internu do nossa u*lrucluiu. carreira do artista, eomo
du he tao importante na
o com as oVei a* mais brilhatiles pulbela
encbur huma lula; a orlo tum sua sctuncio; o dus humanidades ua do homem quo »u dedt-
o cubito do seu David, no braço esquerdo, ca ús sciuncio*.
,stâ situado du tal maneira, que, so a figura As tintai brilhantes , do harmonia crua, oco-
lititu.i exa-
M oniuiasse , nao seria capaz de põr o bruço um lorido que resento-so du pallida , hu
geração sabe dus limites do bom senso ; hum
*upi»açao. quu
de azul turquioo só agro-
A caixa do abdomun e todo* o* seus museu- lenço eiratlaleou Ila
los fuzem humu perfeita confusão; os purnos dom ao homem primitivo-. ; nós unida nao retro-
sao duplorovuis, ha huma desiiitclligenciu e de- grudámos a esse ponto em gerul ha muito bom
«.articulação entro u perna e pá direito quo fa- senso no Brasil; a intuição ho acertudu , s o
velho nao agra-
zum hum purfuito pendente com o escorvo da quadro do Sr. Moruau mais
info riores sem tlou, sur em ludo exagerado : o grito nao
perna esquerda; as extremidades dedos fuz o
por
canto, as contendes nuo fazem mímica,
exercício, os extunsoru* sem funcções, os
mui comprehendidos, segundo as regras do bello. nem os momos a expressão.
Em gerul pouco so encontra nesto producção Nada agrada mais do que a verdade. o nada
as produz mais sensação do quo O xublime.
que onnunciu, fora du huina grande pratico,
tlu historio; Assoz dissemos sobro huma prbtktOpfo quo do
qualidades necessárias a hum pintor
nenhum conhecimento das physionomias hebrai- certo não merecia tao grande unalysi* , mas como
artística,
eus, nada do temperamento do homem do Orien- ellu pôde perverter o gosto da mocidade
em si o caracter du escola ro-
te; huma chlumjde grego, hum capacete romã- o tem principal
muntica, ho o crueza da mescla, o o des-
no, huma funda" fechada, e com tres tiruntes, I que
do noso dever
:'- • lios ,i moderna. prezo do estudo anatômico, be
da dignidatlo da pin-
Se os bellas tintas fazem o mereci mento de rechassar semelhante peste
hum pintor, Mi Ingres, Cornelius, Uonvenuti, tura histórica , e collocal-a noseu posto, que btv
O dus decorações do botequim ou tabolctas de
Canneccini sao buns miseráveis; este principio
esta lojas.
que nas ollicinas modernas se espalhou,
*oz repetida por todos as niediocridudes — Ia Ao pé tleste quadro está outro do Sr. Augusto
couleur— ho a peste maior quu tem appare- Moreau . e esse quadro hc hum untipoda do quu
i-ido, o que tem afastado da sentia do estudo acabámos de analysur.
do bello tantos homens do gênio. M. Dclaroche O Christo e o anjo do Sr. Augusto Moreau
intelli-
abandonou lu couleur nos seus últimos quo- reuno ns qualidades todas de huma alta
dros representando Carlos I insultado pelos sol- gencia ; a sua palheta be 8 de hum poeta B o seu
,
dados de Cromwell na prisão, e StralTord reco- pincel h« magislral no toque o n.t mescla: par-
les modeladas, perfeito conheci-
heudo no patamal da escuda tia torro do Loit- peifeilamente
colorido suave . grande
dres as consolações espirituaes tio Land, arco- mento do claro escuro ,
bispo de Cantuaria; estes dous piimores da t;r- tendência ás bellus formas.
ta sao bum contraste de colorido com 0 seu Nós teriamos dado as honras da exposição a esta
se ellu fosso huma obra original , O
quadro du rainha Isabel que estava no Lu- predileção trama quasi repeti-
xemburgo. quadro do Cbrislo o do anjo be
O colorido do Ticiono, de Cigoli. de Rubens, çao do quadro do nosso collega Ur. Signol , quo
do Van-Dyk, do Rool, do Rombrandt, da Toniers, quando su expoz na academia do 1'aris produziu
UO sensação : us mesmas linhas, O mesmo
Micris, do Gorurdo Dow, de Rlorillos, Paulo grande
e O mesmo colori-
Veronez, e do muitos outros mostres, quo seria sujeito, us mesmas posições
excepto us variantes
preciso mais espaço para os nomear, tem bunia do alli se acham , pequenas
con-
harmonia o huma suavidade quo fogem dessas que huma memória estupenda nao podo
: pastus do tinta collocadas na porta de bum iit-rvar.
do
\ tinlureiro. Be de lastimar quo bum talento como o
tão nobres
M. Delaroche fez esta revolução depois quo Sr. Augusto Moreau , que possuo sua;
vio a Itália, a Itália, a mestra do totlas as qualidades , não produzisse huma obra toda o
com nu-
nações. Para colorir como RI. Cros, compor mas de outra parlo eità bum retrato
cousa: a cabeça
e desenhar como elle, ho necessário nascer ge- mero 33 quo be huma bella
"io o pintar a peste de JalTa. hc nmilo bem modulada , o todos os accessortos
delicado, por essa
RI. Gros, quo foi nosso mostre, o lambem so distinguem por esso loque
abunda em bum pincel que ira
for pouco tempo do Sr. Moreau, nunca nos facilidade que tanto
UO BELLAS ARTES.

muito longe, e que dará à França obras de hum Neste mesmo gênero de pintura appareceu |.um
mérito superior. quadro mui notável do br. II. C. Flagg, tem-n-
Us outros retratos do» heróes portuguezes es- te da esquadra dns Estados-linidos , que repre-
tam muito bons , e montram humu dilliculdodi* tenta huma vista de .Madagascar. Ho huma cousa
existe cnlre o co-
vencida, que he o pa«ar de menor a maior; prodigiosa a icinethançu que
loriilo do Sr. Flagg com o do Gaspre, deste im.
de huma estampa ao colorido.
discípulo do Nicolào Poussin : do cetto
O luar do Sr. Cicarelli, que, por seu tuijeito, mortal marinha nusceu debaixo
huma bella pro- este uflicial de
pertence o huma outra cla>u«, h«> uo 3ueo signo
joven
da musa dus artes : ha no toque do
ilucçflo; o contraste das duas luzes do lua e
figura eslè sen- Sr, Flagg alguma cousa de magistral , e huma
ligo sao lii-to entendidos ; a quo
denota o ter nascido para u pin-
tida (em huma p«-i feita illusão : este quadro quasi facilidade que
do t-lTeitu oo de Ge- turo.
quo se approxima na verdade Outros muitos trabalhos foram expostos ao pu-
raldo Dow, que está no museo de Rruxellas.
ile luzes feito bli. ', huns feitos pelos actuaes discípulos, oulrus
Outro quadreto do mvsiiM cfloilo
pelo Sr. Relliste apresenta de longe huma bar- por artistas que já freqüentaram a academia j as-
obras que jà appareceram nas
munia agradável, I serio dc d- sejor hum pouco sim como algumas
destas ultimas nada diremos,
mais de desenho na cobeça e braço direito da exposições passadas;
figura principal. porque ella* nuo entram no quadro do escopo a que
Passaremos aos rotratos , onde o Sr. Barandier no» propozemos.
retrato Em geral a exposição publica foi brilhante para
prima com lodo a suo magia de pincel. O
do Sr. Man tem cousas maravilhosas, princi- o paiz ; o concurso do publico numeroso, e o seu
fino e a juizo acertado ; porque entro nòs nuo vogam oin-
palmente o modelado do face, o toque
verdade dc todos os accessorios; a moo do re- da na massa gerul dos cidadãos certas máximas,
trato do Sr. O' Palmcr , segundo cremos ser o como no Europa , quo servem muitas vezes du
original , tem hum colorido que se encosta uo prisma, olrovez do qual so vem as obras da
tie Van-Dyk o mais possível; e o retrato do Sr. arte: estas máximas , como diz Lanzi , quando
Iloppc tem huma bella massa de luz . que hc suo inalcoinpreheiididos, engendram prejuizosque
admirável. so tornam muitas vezes cm doutrinas errôneas , t
foi victi-
Os retratos do Sr. Mullcr tem huma cousa precipitam as escolas nesses delírios dc que
articular, e de muito mérito n'hum retratista, mn os dous séculos passados , e de que a Fiança foi
E o a physionomia do indivíduo : os suas cores, ameaçada c soflrcu cruelmente com a mania ro-
que se mesclam em huma cscolti grave , duo as niantica.
suas producçoes hum caracter particular ; o se- O Rernini c Pedro Berettini , que fundou a
— diziuo que: a as
melhança e physionomia do retrato de huma se- escola chomudu—Cortonesca
nhora, quo se acha este anno cxposlo na aca- estatuos antigas não se moviuo » o deste prin-
demia, estam expressas com muito mérito , e sem cipio nasceu essa escola omaneiroda que trium-
nenhuma pretençáo dc agradar aos incautos. phou no século de Luiz XV , c que ho hoje co-
Hum outro retratista veio-sc encorpornr cor- nhecido pelo nome de barroca.
nar a exposição do suas obras: o Sr. Staloni. Miguel Ângelo Ruonaroti tinha dado o pri-
Os seus retratos são semelhantes , muito aca- meiro grito do independência , seguindo na ar-
bodos, c procuram o approximor-se da natureza; chitectura , esculplura e pintura as suas inspi-
mas o que mais nos agradou he o do magistra- rações; mas Ruonaroti cru bum genio, e os bo-
do napolitano , com o numero !i. meus de genio que se apartam da sonda traça-
Outros artistas oxpozeram mais alguns retratos da pelos séculos anteriores à sua epocha são quasi
que o publico apreciou. sempro acompanhados e seguidos dc huma tor-
Os quadros de paizes foram geralmente bem rente do imitadores, quo vão degenerando c car-
acolhidos ; o Sr. Ruvelot faz progressos gigan- regando seus defeitos , atè que huma nova reac-
tescos -. todas as suas vistas são empregnadas da- çao venho despertar a epocha dos erros que lavram
quelle principio tao amplamente demonstrado pelo como verdades: esta rcacção he sempre operadu,
immortal autor de Paulo e Virgínia. A vista do senão por hum outro genio, ao menos por altas
convento de Santo Antônio , observado da rua da intelligcnciiis. A triplico alliança do Wiukelnian ,
Guarda Velha , tem huma luz tão viva , c o ca- de Rafael Mings, c de Pompeo Rattoni , foi a
racter das diversas fubiicas he tão bem accentuado, propagadora das bellezas da arte antiga ; delia c
que nos pareceu por hum momento estarmos trans- de suas idéas nasceu o immortal David, que an-
portados ás regiões pittorescas da Itália. tes de ver Roma era o maior fanático de Rouchcr,
As vistas da Gloria , do cemitério inglez e o substituto do Carlos Vanloo, e que não podia ou-
a do capital observada de Andarahy , são muito vir fallar na arte itálica.
bem escolhidas, o de huma harmonia tropical. « Sejamos Francezes » gritava David , prós-
/
BELLAS ARTES. 151

o cheia tle O soldado romano ferido do Sr. Fraixe he


trodo diante dessa escola purpurina copitol du* huma obra
cuntorsoes , antes que ello viesse
à que precisava ainda de muito e.tudo,
ai tes, eque odmirasse esses mármores divinisa- principalmente H pirlo nnotomico : nó» espero-
de norte mos que t-sle joven forasteiro com o tempo nn«
dos pêlo cinzel grego . o que lhe nerviiain mostre em oiitra producçao humu amostra moisdi-
nus suos immortae. pinturas.
Huma producçao do hum gênero
diflorenti*, gna do seu talento.
à escola biasiluiro, Na orchilccturo tivemos este anno humu grande
e que pertence inteiramente
scena peculiar do liqiii-za : além dos obras da academia , o Sr. Carlos
porque ella representa huma engenheiro architecto , veio ornar a cx-
¦aii, lie o quadro do Sr. José dos Heis Curva- Zticchi ,
os nossos com alguns de seus trobulhos, que de-
lho,' discípulo de M. Debret. Todos posição
notam, segundo nossos fracos conhecimento*, scien-
frueto. e alguma» flores dobuixo do seu toque mo-
encanta. Se entre cia o orle.
gistrul tem humu verdade que Antes de passarmos em revista as suas obras,
ns pessoas que prezam os produ çoi-s pátrios nl- desenho re-
daquella bella obra , dará nao podemos deixar do odmirnr hum
guina lUer orquisiçao esto n vista th interior da bibliotbeca
com o seu exemplo hum incentivo a gênero presentando
Sr. Crundjcun , e exposta o unno
tio pinturo tao estimado no Europa , o quo tem projoctoda pelo
feito o reputação do tontos nieslro*.. O Sr. Cor- passado.
Esle bello debuxo he huma obra primorosa ;
valho nao he perilo sóuiento neste gênero ; o seu
todo e qualquer represento- feilo ú maneira dos architectos , tem huma pu-
pincel so amolda o c huma
nos limiles do reza de formas, huma riqueza do ornalos
çao do natureza quo nâo entre harmonia tio linhas exuberantemente
que provam
pintura histórico. orle OM N u delicadeza de hum dos maiores desenhadores
Passaremos .. escutpttira , a csl.i
sábio da escola dos Srs. Perder e Fontainc.
tivesse algum incentivo nuimodnr no Brasil devia que
bellezo. O Feliz o mortal quo na idade do Sr. Crandjean
produzir frudos de humo admirava) conservar huma mao tao firmo , o liunn
Sr. Marcos Ferrcz tem feito de sua parte tudo pode
olmo generoso e hum frescura do colorido e ligeireza da toque como
quanto pôde fazer huma do so observa naquelle debuxo: os desvios quo o
homem incansável no trabulho. O seu busto
apresenta da sua planto são causados por
Exm. Sr. visconde de ülindo he huma bella obra, e autor
mascarar com bum entrocolumnio o
apresenta a qualidade mais nobre das obras do Sr. não querer
omphithcatro do fundo da bibliothc-o.
.Marcos ; bum acabado como o dos m.-stres antigos. rico chama a attençaõ do
Toda essa bella collecçao do gessos que ornam O primeiro projecto quu
das obras do Sr. Zucchi, he o sou
as salas da academia ho devido uo zelo incanso- espectador,
Esta concepção dc proporções gi-
vcl deste benemérito professor; hum dos estran- arco Iriumphal.
moeidade gantescas , este sonho poético , que o Sr. /uniu
gciros mais nobres e mais amantes da collocou no meio do campo do Santa Anna, tem
brasileira que conhecemos : tino immensos sacri- : elle nos recorda esses
fieios nao tem elle feito para transportar aqui hum caracter grandioso
da arebitectura romana, que tan-
essas bellas copias dos mais bellos originaes da restos gigantescos
na bella Itália , a quo sem-
arto grega ; que enthusiasmo e desinteresse não tas vezes admirámos aos architectos que qui-
servirão tio norma
tem o Sr. Marcos mostrado desde 1816 alé boje pro
em todas as obras de que tem sido encarregado, zorem seguir o arto antiga , digna da preferen-
e principalmente nas festas publicas. cio em todos os monumentos , excepto nos templos
sua solidez , magestade, harmonia
Nós esperamos quo tontos sacrificios, que tan- christãos, por do ornalos.
o riqueza
tos serviços rooes sejam cedo recompensados: res- de linhas à memória dos bene-
O monumento fúnebre
to-nos o consciência do termos intentado e mes-
Confederação Argentina, o o outro
mo rogado em sou favor.... mos a columnin , a méritos da
independência daquella republico, sao
vil caluinnia jà se tinha anticipado, e convertido elevado à
obras de hum mérito superior: bello pen-
as flores da estrada da honra cm espinhos vene- duas
metro, suavo e cadente , proporções magníficas
nosos; a mascara da hypocrisia ha do cahir cedo,
interessantes: a poesia da arto alli so
o os homens puros hão de triumphar da serpe a detalhes
cluu latunica. acha. Estes tres projectos, assim como o do Pan-
huma simplicidade de linhas, huiri
O busto do Exm. Sr. Maia , aetual ministro thcon, tem e solidez quo denotam a
e secretario do estado dos negócios do império, aspecto de gravidade
sua construcção ho própria
feito pelo Sr. José do Silvo Santos, allirma o que primeira vista que lu-
dissemos sobro este artista : a cabeça he para resistir aos séculos o levar aa gerações
já joven da que os projectou.
bem modelada , e a pbysiononiia mostro o ho- turas a expressão o .nto-
mem laborioso tle gabinete. Os dous bustos tio O pequeno desenho que representa
no estylo lombardo não he
Sr. Honorato seguem a mesma senda do do Sr. rior de huma sala amostra do talento do
Santos; estos dous artistas promettem muito. mais que huma pequena
•¦•*

15Í BKLI.AS ARTES.

bospitaes; ella melhorou muito o svstuma em-


Sr. Zucchi neste gênero de com posições : aqüelles
do Sr. Zucchi, que pregado no hospital do Milão , o melhor da lt..
que percorreram us álbuns lia , | que foi feito a cuata do benemérito VM{.
viram a variedade do suas composições sceno»
sun iminensa tniii , nu que mandou fazer em IMymouth por
grapbtcas, sò podem avaliar a llovehad, o quu depois se tom nperfeiçnadu. As msi,
fecundidade , o «.ronde conhecimento du p.-rspoc-
tiva o dos eíTeitus da luz que este celebro urttota dus ve.c* a huiiiuuidado ulllicta encontra ne»t..<
estabelecimentos itiuis hum gravamo tio suas en.
possuo. „ ,
fermidades do que a cura de seus males.
Os mais nobres ihenlroí tia llal.a jà expozeram
sccnarios do Sr. Zuc hi, o de suo própria mão exis- Temos concluidti cum as principaes obras da
exposição publica deste mino, o esperamos que
tem gravadas muitas composições quo o collocoiii
na familia dos Servamlonis, Uibienas, .'orrcgos, a futura nuo desminta nossa esperança. Uepoi,
de lermos feito nossus francas observações sobre
Gogliaris, Degotis, Sanquiricos o Nieolinis,
todas as producções artísticas, de termos criti-
As plantas e elevações da casa o tribunal do
comniereio Ao Montevidéu , do molho o cães eado algumas severamente, nos parece ouvir i...
novo, sao obras quo annunciam sua sciencia nu guem dizer: Quem vos erigiu em Aristarcu,
architectura civil e bydraulica ; mus todos estes o quem poderá confiar em vo.sas palavras, liltio
o que sao du floresta , o que nuo roeebcstes o baptismn com
projectos, todas estas obras começadas .',ui do Sena ?
boje?! Meu Deos, meu Deos.... praças, praias,
edifícios começados tudo, tudo foi vendido oo A todos estes senhores responderemos com factos,
sua authenli-
estrangeiro; al6 as praias que circulam MoiiU*- que do certo nao poderão negar
video nuo sao bojo de seus habitantes : era ne- cidade, nem deprimirem sua influencia , por se
cessario ouro.... o homem quo se constituiu pa- terem elles passado nas margens tio mesmo Sena.
Iria jogou no seu desespero a própria vida!.... O Instituto Histórico de França, cm cujo seio
J. haverá ainda , à vista de tues exemplos, quem se acham ns maiores nolabilidades artísticas, una-
sonhe em ulopios o creiu de boa fé cm semo- ni memento nos encarregou de fazer o relatório
lhantes cousas? Nao. da exposição publica tio Louvro em 1830, quim-
Entre todas ns obras do Sr. Zucchi , a mais do voltamos da Itália : esto trabalho demasiado
importante pela sua utilidade c pela sciencia ur- extenso , pela liberdade com que falíamos, li-
tistica, a quo mereço maior altenção, be a tio herdade artística o considerações philosophicns
hospital geral para ambos os sexos, «jue lhe foi ã cerca da escola francesa principalmente , quando
encommendado no começo do governo do ucluul foi lido em sessão geral fui recebido com os maiores
applausos quo he possível haverem; e a mesma
presidente da republica argentina.
Os três pontos principaes da capacidade do secç:to nos encarregou , por ceelumação , de hum
hum architeclo , o nos quaes se conhecem sua novo trabalho em que se fizesse o parollelo da
intelligencia , são : theatros, bospitaes e prisões. arte antiga com n moderna , paru ser lido no
>'os dous primeiros o architecto tem de lutar com corgresso europeu • o mesmo incidente que nos
iininensos embaraços, e lio necessário que ello privou do ler o nosso trabalho sobre a archi-
tenha vaslissimos conhecimentos c variados paia tectura religioso no lírasil , no congresso ante-
dar cabo de emprezas tão importantes. rior, como consta das actas, foi causa de semo-
0 hospital do Sr. Zucchi contém landis cousas Diante dtsgoslti paru nò.% Succcdou-nos na ex-
úteis i aproveitáveis, que serin necessafio huma posição do 1837 , como relator o Si. cavalleiro
memória longa, hum nrligo separado paramos- Aloxaudro l.enoir, fundador tio Museo dos Mo-
tral-as; esta obra ho filha tio largos o meditados numentos Frimceze.;, hum dos maiores arebeo-
trabalhos, cila ho o resultado dos estudos o da logos do França , e conhecido por muitas obras
experiência de muitos homens celebres. sobre as artes.
O systema du isolamento nas enfermarias pa- Esto celebre autor, lamentando a decadência da
rallelus lao preconisado por totlos os médicos, escola franceza, e estigmatizando o romantismo,
o provado pelo melhor, .alli so acha desen- diz o seguinte no seu relatório sobro a exposição
volvido com muita arle; tendo de vencer a inler- do 1837.
cnlaçúo ou cncravamcnlo do edifícios existentes « A co stijet, uno reflexion do notro co!'c-
cm huma obra nova. •Commodos, passagens, gue Araújo 1'orto-Alegro , peinlre hrcsilicn , l'un
trânsitos, salubridado, tudo alli so acha desen- dos élòves les plus distingues do nolro colleguo
volvido plenamente, e sem esses sacrifícios a II, Debrct, ne será pr.s dep.acôo icl. Dans un
bum bello aspecto do decoração , a buma vista paragrapho do son rapport sur lo salon do 1836,
thcatral, em quo freqüentemente cabem os ar- quo vous Taviez charge do vous prôsentcr,
ehitectos que mais attenção dão á graça de hum il dit:
desenho do quo a sua realidade na construcção. « Lo conlropoids do 1'ancicn régimo fi'est
A Inglaterra he quem possuo hoje os melhores longtcmps fait sentir dans Us arts et par la pen-
BELLAS ARTES. 153

,ÜUl èUU 8r,'e et lui-i.iemo, et dèsertant co momlu egoisto oú


tóa et P-" ¦» fl,rme- Alor* rÉtre-Supreme ue lavait pa* jetè pour *o dé-
"*n'ai" »luw
lumiin. ei Pari imt Ml W* f jI uri a truire. Mais o travers le nunge («pai» qui en-
ènergiu et
toul visuit à une guindou,
veluppo les figures on admiro leur nobleue,
du no íairu que des
raid. ses contours au point leur agencemeiit: uno grando potisèo plano sur
de touto
atam coloriées, malheur insépuruble
Ia f»ulo aacMa derrièro Io* grm.d* co travuil. I.n derniéro esqui*»o de Ilobcrt, sa
mmmt a*
leur inou- Fuile en Eggpte est d'un stylu simph quoiquo
boiiimes suil leur maiclia en outrant «.étére; 1'auteur o parfaitenient compri» le ca-
*mamm\ . . . noblu et presquo trioi.ipbal de* habitam*
« L'empiro ni-tait que le resullat de Ia rótolu- raclèro
de Nttzareth fuvnnl Ia lerre nutalo devant Ia M
tion, tt l'arl a pri* quelque es*or; Ia paaaéa Ia
d'un seul Itoiiiiuo ; burboro dun tyran. Lo ton do couletir ei
publique n'etuit prèoceupée que le*
do Ihuma- phyaionoiiiio do Ia sainte Vierge rappellont
eUa rc>umait en lui tous les destins
nile, ai lart a e*say6 de quitler Ia Gròco et quulilés quo nous admirou* dun* les fomme*
il a des pécheurs. Itobert aimait Le Palmo et Cior-
Home |iour reproduiro Ia gloire iiolionole; ei à certait.*
fittachii son ehur à celui du triouiiiliateur. gion; 0.1 reconnait a ses draperies
Ia ton» atlectioniiait léeolo vcnitioniie tout
«t I.a restuuration ótuil a Tempire co que quil
s't't.*iit
entiòre; c'est 6 Venise en eflet qu'il
rèvolulion avoit 6té t*t lancien regime; uno Idéa
do lixe , et c'est 11 qu'il est mort. »
nouvelle dcvait eclore pour fermer Ia murcho
celle qui cluit en |iossession du terruin. II Journal de llnstilul Hislorique, tom. tr «" SSL
n'étuit |»as possible do rétrograder jusqu'aux O publico*nos perdoara o arran. .irmos do
nosso passado hum facto que taulo nos honra ,
dieux de Ia Gròco et ile Rumo. 1/liistoiro con-
mas elle ho hum desmentido solemno a todos os
tcmporaino ovait dit son dernier mot; I Histoire
ii.od.-rnc n^ovuit encore rien à dire; une ôpo- nossos culuiiiniodores, e a algun* quo, possui-
le moyen-Ago fut ressus- dos das i.l6as do philosoplto inglez, quo nega
que restait vieigo, ei -Mail as idéas
cilé. La restauration arrivée escortòo des aos filhos da America capacidade para
muis nobres, pretendem so erigir em oráculos o
idées religieuses, muis ces idées navaieat pas olham como
dar a lei em bum quasi
encore jet6 de profundes raeines dans les mas- paiz que
ouvro Ia üible, cherche des sujeis 110 estado de barbaria, só porquo nao vêm cem
ses. L'urt ] nacionaes o outras tanlns modistas,
onalogues aux idées du inoinent, muis linspi- cabelleireiros
da Courtille , da lotooda de Marlu
ration lui manque. A peu dcxcoplion prós, on ou as delicias
Elvsios, e o venda das galetles das
chercbcrait cn vain dans les productions de te nos Campos
do S. Martim c S. Diniz; porque para
temps Teniprcinte de ce type religieux quon portas
civilisação o a instrucção do bum paiz
admiro dans les ouvrages de Giolto, de Masaccio estes a
consisto nisto.
et de Itaphacl, et qui nou* transporto von le só
sur Podo o lilho de huma altléa, transportado em
ciei. Uno nouvelle éeolo siirgil inscrivant
diligencia a Paris , erigir-se em Arist.tr-.
son drapcau un sutil mot: ltomunti:-ine\ mais co huma
do Ires annos, o nuo o poda a filho
mot est-il bien f.aiiçais? indique-t-il MM idóo co 110 lim
depois de haver contemplado todas
bien françaiso? un bosoin bien fiançai:**? Eo da America,
da Franco, du Itália , Inglaterra,
romantismo enfia o-t-il obtenu en Franco des as maravilhas bellas galerias do Flun-
lcllrcs de boi-rgcoisie? » c ter percorrido todas as
não como hum rico dandy , mas como
Contiauamlo o na relatório, o chegando no dres, c sem
Le- observador sem prejuizo do bairrismo ,
quatlro dos pereadores do Adriático, o Sr. seculares de nação a nação?!...
noir nos honrou ainda com estas expressões: essas antipathias
« Écouajons un nioi.iei.t co qu'en a dit dans Estamos na nossa pátria , temos lni.no nobre
son saiu.) do I80G Al. Araújo, ce peintro bré- missão a preencher, lemos confiança no futuro,
11.1 realisação dc nossos
silien qui jugo wo« arts sans prévention, muis e esperamos firniemenlo
non pas sans crithousiusmo: desejos.
<( Arrôlez -vous devant cctto toile sublime!... Tudo prognostica a aurora do buma epocha
so prepara na população para o
Tout est truta tei, meme rautomna quelquefo.s orgânica, tu.lo
:* o bulcão do scepticismo so aclara, as
plus bello quo Io printemps. Ces feuilles épur- progresso "onerosas, o tendência às harmonias dl
sont d'ui!e teinto qui roppcllo leur cou- idéas
pillèes desobrocham; o sou perfumo
leur quand elles tombent aux approches do alta civilisação se
os homens cujo
riiiver; toutes ces pliysionomies scmblent domi- faz recuar os homens positivos,
não passa além de suas idéas
minéos par uno douleur interno qui les ronge, horizonte sensível verão (orçados
egoislicaa; elles N
tout Io mondo ici conspire et penso à In mort. ambiciosas o a obra ua
a applaudirem
Silonco ! voiis atoa devant Io tableau do Léopold nelas circumstancias escravos das cr-
Itobert; Léopold I.obcrt, mort si jeune, Léo- intclligencia; os ambiciosos, ne-
o farão por necessidade, esta
Jtold Robert , Irislo, dégoútó, se dètruisant cumilanciai,
151 BELLAS .\KTE3.
da Silva, mestre h
este do- o Sr. Francisco Manoel
cessidade se converterá em habito, e câmara e da copellu imperial.
imperial
venerara om buma conversão entliusiaslica.
sem
Emquanto a. arte» plásticas caminham Araújo Porto~Alegre.
e.nquanto ellas
bum apoio farte no parlamento,
oc-
seguem seu trilho atravez de tanto» entrave»
desconbe-
casionodo. pela pouca reflexão , pelo
I
cimento de «ua grande influencia na industria NO UUASlt..
malenae» da civilisação, DA ARTE DRAMÁTICA
um todo» os elementos
a musica, *ua companheira, Uo altamente per-
o a re- «*», vo despertaremos oqui queslflo Uo condo
«eguida ha onze annos, começa a reviver
Mirgir no seio da sociedade philharmonica. wqffcida, Uo discutida, e sobre a qoal pens».
do impe- %^U ram muitas vezes diversamente as mai* oltat
Eila sociedade, o mimo da capital
notabtlula- intelligencia» do todas os epocha»: se o estudo e o
rio que conta em seu seio tantas
huma progresso dos letras em geral, do lheairo em par-
ilos'puhlicas e artísticas, I quo tem tido
na rua lieulur, contribuem puru a felicidade du humani-
vida progressiva desde o sua infância,
sua juventu- (Iode.
du S Pedro, tocou ao termo de
de , bella. no dia em que o Stabal
Mater de Porá resolver do hum modo satisfactorio nt.
definir o felici-
Kossini foi alli executado o admirado por aquel- , proposição , era de mister primeiro
dade ( que são tantas quantas süo o» maneira»
les mesmos que o tinham ouvidoi ti Europa.
homem de sentir ) ; era mister provar que o que goia
Esta grande partitura encontrou bu:n
da civilisação, sem oprccial-os, hc
na America capaz de aprofundul-a e conhecel-a os produetos eslado selvagem os
cm toda a sua extensão; esto homem, quo
lem mais feliz que aquelle quo no
be nao conhece ; era mister sentir por conseguinte
buma alma de artista, huma alma generosa,
0 Sr. Francisco Manoel da Silva! como o nao fazemos nem podemos fazer no meio
de luzes e do progre»-
(Juantos sacrilicios nao tem leito esle honrado do hum século de luxo,
Brasileiro para sustentar I fazer progredir
huma so. Admittindo mesmo como possivel esta volta
fuzen- o apenas conseguiríamos colher
arte que tem atravessado todos os séculos, para passado ,
seio da buma-
e conduzin- alguns dos mvstcrios envoltos no
do as delicias do gênero humano ,
todos nidade ; mas* por certo que nunca chegaríamos
do o homem o actos de heroísmo ! Mos
e ve- ao conhecimento dos quo jazem no coração do
estes sacrifícios são compensados pela estima
neração que gota de seus concidadãos, e pela indivíduo.
idolatria que lhe consagram os membros agra- Entretanto, qualquer que seja para nos ore-
docidos da sociedade philharmonica. sultado da civilisação, o oppôr-nos ao seu pro-
do desenvolvimento da intelligen-
A ultima reunião, feito neste mez do dezem- gresso o no
temos cia seria nos collocar em opposição á lei univer-
bro , foi buma das muis brilhantes quo bum fim profuti-
tido', o muito mais se tornaria se gozássemos sal , quo fuz tudo gravitar para
ou do e mysterioso.
dos talentos de algumas senhoras ausentes
impedidas de cantar. Poderemos suppôr que sem lim algum estamos
Tres artistas novamente chegados nos deram sobre a terra ? que andamos ao acaso para cho-
Não ; quo o nega o sublimi-
momentos deliciosos: os Srs. Ribas e Fiorito, gar a ninhures ?
e a Sro. Golvoni. dade infinita da creoção. Não poderíamos por
Os dous primeiros, filhos dos melhores
con- ventura expiar aqui alguma grande falta ?
servatorios do Itália, so distinguem por quali- Nadacrca a imaginação do homem : esses sonhos
dades cxcellentcs: o methodo de canto do Sr. dos esplendores do céo não são por ventura revela-
interior descobre no infi-
Ribas, e a voz estupenda c clara do Sr. Fiorito, ções que huma vista
anima a creatura
nos transportaram aos bellos momentos quo ti- nito ? Demais , o espirito que
vemos na Europa, cm Paris, Milão e Nápoles. não tem relações com o espirito que anima toda
A Sra. Galvani , discípula de Bordognt e de a creação ? E por que o Incomprehensivcl, quo
canta com muita creou o universo , obra immeyisa e sublime,
Bellini, tom huma bella voz,
os seres que passam
expressão, e segue a escola do seu ultimo mes- não teria também creado
tro , de quem disse Rossinl « que principiava como visões no cérebro do homem ? E por nuo,
acabavam. » se estes seres existem , não será o homem hum
por onde os oulros na nos-
Estes tres artistas creio que receberão anjo decahido ?
sa hospitaleira e musical pátria muitos incenti-
L'homiiie estun i! eu déchu qui se souvknt des eieiix,
vos para so fixarem entre nòs, c concorrerem
Lamahtine.
com o seu talento a completar a grande obra,
trabalhada por tantos hábeis professores, á testa
dos quaes está o maior compositor da America, Sim, anjo decahido, o homem está na terra
BELLAS ARTES. 155

temor, por modéstia. llecciatn oi


huma culpa ; o homem he a hu- de ; he por do bom gosto
1„.,»íiiíode expiar mem- poetas querendo licor nos limito,
da qual todo o indivíduo lie bum senão ê da decência , nao produtir elTmto, mllictenle»
nM recusará o cèo acostumado, i uu
;::„£!...
'"«do
recuperado a intelligencia subt.l I nara espectadores cansado., cujo gosto ja na
' tiver recu- ver senão dramas ícbric.lanle., huma
, do da »»* !*¦*• origem j quando a liltcra u-
"To Des- França passou |*ra dar lugar
inoraliduiie o suacandidez primitiva. effeito, acosluma-se o publico
desenvolv.men- ra mais saa. Eom
CL tudo quanto pôde servir ao da moral bo a todas essas composições de delírio, o pondo-
dí inlell.ge.tca e ao progresso ema.»ainda, Ibe diante dos olho* nlguma obra prima do re-
Liar-se doidcvorct de christao ; da qual ignoraria o BOM»
os desígnios occultos da provi- pertorio clássico, im.ip.da. eníadonha : he porque
iric^conhecer ctí,,,ro ¦ wnXwie ' Llor, nchiirin-a
Leia l»« »>»rt,,or todos a» suas libra» MlM embotadas ; que , para
iato, comecemos. crimes
Fstobelecido
huma litteratura dramático? licarcommovido, lhe he preciso punhoc* ,compo-
íossue o Rrasil rum semelhantes
hum numero mui o adultério. O theatro
N,0 • pois nao he sem duvida «ienes torno-so hum MM todo sensual. perce-
Lutado de composições deste gênero , a mor par- bidopclo ouvido | vista, que se embotam como
traduzidas , que a pode- du com-
I! das vezes imitadas ou 0 gosto ( pedimos venia pela trmalidudt-
sem sabor M vinhos fracos
"VaT^noromos não se paraçao), ;uo acha
que qualquer litteratura he acostumado aos csp.r.tuüsos
de alguns .11- lio norte, quando
forma pelo simples acto da vontade dcsabrocha do meio diu. não .
tbiduos; porém às mais das vezes F o ciue larú hum poeta, querendo mos-
.spontancomonte em èpochas de transição. em toda a sua nu-
de alguns trar o vicio e a devussidau
Anui pretendemos somente fallar dez 1 Irã offerecer huma composição mu. tUg*
fados inateriocs que se oppoem oo desenvoly.men- original o pura aos directores do theatro
dc & I cdr«. .
litteratura dramática , , eestts
t„ nao dc huma de huma ou do de Santa Theresa e 8.1 raneisco alli....- he
o,.'menos nao o porém mas
presumimos;
imitação , nimiumento preferível à lhe dirão: « A sua peça he bonita , » E 0 nsu-
litteratura dc os espectadores.
da Allema- effeitos, adormecer* delia conhecimento . boa
nullidudc. A grande epocha litteraria cujo re- tado hc que , sem tu.nar
nha , que vio florecer o . omantis.no ,
c nobre foi Coelho , ouruiml » algum ,oven poeta , •P^J^
presentante mais poderoso da arte dramática , apresentar huma tragédia , mu
L seguio a epocha litteraria .m.tal.va
""sêSIcie^ohi nesta d,-
'ikixando
expendida , que ninguém trabalha esco-
de parte a razfio porque iutcll.genc.as
no rccçaS, ou somente algumas
„..«> apparece huma tragédia , huma comedia Ihidas na sombra upainoxadas paru a pMM Úttr
lyricas , tem aqui traducvoi,
meio dc tantas poesias que Oquese ve'subir í. scena sao
i-xistenciatàõephemera? poesias, na verdade, que £ os dranias1 mais febricitantes do ^«^
de ver-
muitas vezes nao lem senão huma faísca cha- ce/ como a Torre de Nesle,
e alem disto as
dadeiro lyrismo , c sohida desse foco immenso não Zm 2». , como a Freira ¦M^J^
¦nado R ron , Lamartine o Hugo; ou que dus Câmara Ardente , etc. ; porem nunca compos.ço.s
lio também às vezes senão pall.dos reflexos se SSStaS tanto sLves, -W^eíS
,lo Rocago ou Filinto Elisio. Não he, como sei que dc simples l de gosto
apurado. For .erto
lem dito , por ociosidade , por falta de capac.da- nuc^não consideramos Casimiro Delav.gne con.»
...as simconn-
! 1 ) Devemos porém notar Manoel Uotelho
dc'Oliveira; ü„ genio csponlaneo e inventor;
' «£
AlvitrUa Peixoto, que mimo a Mtnpe <•*•«"*JJ
orma Enett *, Ueit; Antônio José. ^*
,olf dr h Mancha, do Alttrim *;&**"»*%'J9.%&
(3) n,vr^^:fiz:^x^^^
mérito, o br. A. G. 1 •-«"£ VJ. J., To xoiru , conhecido tam
o muita- oUra o Sr. loiw
,., SaUrn*,**, Amantes de BtetAtck*, *. ÍU esquecida na sombra | «ut tem
oomodiai ..pirUuoi-J e LnlereHUiMa P^',l"'iSiI1 bem como poeta , duo...
**f»'ffnj& ^OÜtulp do Çtmott,
ram .ob I uflaencta do Portugal , oom tlca.. entre cilas tffiminl. tam.
-le, . ,,'huu. genoro pouco serio. Ha aindaJoooAl "° 'TrSmt.l ^gg"*^
da'Coelho, de Santa Ci.tl.arina , qM comp".
vario. .Ir.,
ou a In-
•nú, e de outro elles no publicou o Patriotismo or duiato
,'r.pendcncia dos Esiados-Unidos. o qual .assa
s.ir.iórp-os;-: iscas « o receiLos que tenha a ii.es.iia

Ias poéticas antigas, c dar


todo » ao"nJ01
j , 0 h, ,rul(111.
no MU todo, bo escripto sob a influencia da *J^*J^k. 0010*0, *
tonio Xavier. Fm, nossos dias o Br. Má*;lhB**
tn representar Antônio José « #^^£2""m. d.
Olhello tie Ducis, Oscar de Arnaud , o ultimamente ,
»m alguns, o Aristodemo de Monlt, e o Ir. MM» « «Jg»
Lázaro Baif, Pradon' LonéoJlíW» "Xto.ae.,ue , Gvm
Odorico Mendes tradmio a Msropt o Ttnertdo, obra» pn França; Altiori na HaBa M*» .,,<¦
te pr mo. f .
mai dc VoIUVre | ambos poetas quanto a nos cheios Dias em Portugal, o muioa
outroe prova
autor «a hJ/([a,
ron, mus que a nossa posiÇCto do estrangeiro nos "np*dBie o
» conhecemos. Alexandre Soumet. . |-or
pronunciar sobre sou merilo: so criticarmos , poderão o ia. lambem compoz huma Clytennt-ttit
xar.oos de invejosos ; se elogiarmos ( e com justiça mollioiu»-. «iite iipparectritiii.
riamos ) | pdderittO.nos ter por lisongeiros.
150 BELLAS ARTES.

bum poeta cheio de graça, que soube casar a o traduetor de Uamlet, o Sr. A. J. de Arau-
forma antiga com a idéa moderna ; e que por- io, e o de Macbeth, o Sr. J. A. de Leinu.
tanto nâo poderia deixar de interesiar: e toda- Magalhães, teriam seguio a mesma marcha, i
via já vimos na scen. brasileira Marino FaU*- talvez que a scena brasileira possuísse mais ai-
do poela iugh-i,
ro ( 3 ), oi Filhos de Eduardo . Uuma família gumas obras transcendentes
uo tempo de Luthero , Luiz XI , a Filha do como Romeo e Julieta (tJ).King Lear o Ifcj
¦• John (6).
Cid
o Sr. Maga- Ue de notar que os tentativas para dar a
Quanto nao be paro lostimor que composições nfto san
lhaes, com seu formoso tolento, não fizesse como gosto das grandes e nobres
feitos pelo tlieolro imperial dc S. Pedro, porém
Alírcdo de Vignv , cm vez de trodu-ir a froca
de S. Francisco ou de Santo Theresa . em
imitoção do Ducis. Iroduzisso Shakspeore [ S, ), pelo
Hamltt, Macbeth , Arii-
cortando c ligondo algumas scenas! Sem duvido que foram representados
todemo de Monti, e Macias, nobre c bella com-
dramos em prosa da
posição do infeliz l.ara, a
( 3 ) lium i-v-n po«U que
-onhee» » irto doi Mlot ver. algum merecimento, coma Luiza de Lignerol-
ms, o Sr. F J. do S.uit Sil»i. • iraümio na lmgui li". les , ele.
in.nu.... ¦ ¦...-¦;. ilo Drnil.
Ilcpugnomos foliar de bum conselho do cen-
(4 r«r» ipoiir -i no*-!*. merç-o basti
citar o texto üi surn porá producções litterarios (7 ]; porem In*
be.l»'t*o-n*i om que Othollo vem para inilar l-o.dcmona
i> a acha dormindu. oi forioi fracoi qu» mipiro-i * MM
antiga, o oi encaiiudorei quo oom olli fe» a inodornti. » No mo ccm-luir*. pae - dédiirer co aetn
"Si bcau , quo l'un croit v»ir. a Ia lainpe blculirr.
•' It ii lhe cimo, it i« tho cimo, my ioul,—
•• Sur nn toiubeuu do timbro une iinage il'.lb-lr-.
¦• Ul mi* not iianio it to rou, you cliasto iturs! —
"It ii lhe catise.—Vtt 1*11 uot shed her lilood ; na mesa.)
" Nor -cir tliat whit-r >--m of hon than MM, ( Po. a etpuda t a tampada
" And iinoolli aa monumental olab-slor. " Copenitanl, il fuut bion quVll* mi-uro, il Io faut,
" Cur ollo tr.iliir.iil d'autros liommoi bimlúl.
>• Kteignoni co lliinbeaii, puii í'ti«igiioni ia vif.
( Larga a espada.)
«.—Si Ia fliinmo uno fois, pir um main, foil ravii,
" Yel ilie muit elie. olio ilie'11 belray more men. "J'ai, pour Ia ranimer , Io loinpi du rcponlir,
" Pnt out lho light, nml llion put out tlio liglil:
"tf it quench ihuc, lliou -lamine minisler,
•«1 ean ag.iin thy furmer liglil roítoro, ^Considerando thsdemonu )
h Should 1 ro.ont mo : — but onco put out thine, " I.ampo oriento! main toi qui vai l'jncinlir,
» Tltou cu.iiiiug'«t pattorn of excolling nattiro, " O.ivr.igo lu plug liouti uiCuil formo 1» naluro'.
" I kttow not «viu*ro ii tlnt rroincthoan lio.it , .. Oü rotrouver encor, divino cré.iluro,
«. That oan tliy tight relume. When I liavo pluckM thy roso "Co fou qui t_ ilotina Ia vio, et qti'dUtrcfoii
•• I eanmil givo it vital growth aguin, " lüeti pour ohacun do nou« MM qu'iino fois*
It nootli muit witlier: —IMI micll it on llte troo.— <• Lo destin l'a voulu ; lorii|u'uno main prolaue
" Vicut do cucillir Ia roso , il fiut quelle io nu :
" Muia cc-llo-ci, du moins, jo voux Ia rospiror.
( Btijtindo-a.)
«i O b-ilmy breath, that iloit almoil persuade hum beijo.)
.Juiticolo brouk hor iword I— Oito moro, ono muro.— ; Dá-lhe
«. O soufflo pnr, qui viont oncor ile m'atliror!
SllAKÍ. EAIU*. •i Ta lovro do parfuins et do beuumoa trcinpúe
" Forccrait Ia junico ú briner son opcV
>. Oui, io mo Io promoti, oiii, ma fureur pcut-ôtro ¦¦ 1-àncoro un buiscil —Io ilornicr;. .
>. MVnlraincruil Irop loin, j'cn veux Hro Io maitro. A. de Viusr.
•« Non, lu ne mourrai point qiio ce« sombres claites
i. I.'ombollÍMont oncorc ii nioi youx oncliantéit
(5) O Si. I'. J. do Souza Silva laiuboni tiaduzio tm
[Olhandoparaa lâmpada ) vorso a ifomeo d Julieta do D.icii; poríni, conliocondo de*
Sotilií cru mollior, trudu-io-a Um.
"Ali', pour rossiisciter cotio flammu mortellc, pois quo a dc Frodorico
" Je puii d'un fou nouvoau rolruuver rétincollc, bom. lio pena quo inoçoi do tulcnto percam n_.ini o tompo • o
trabalho.
(Considerando Hedtlmone.)
" Maii co fou creatour qui sort It rnnimor,
o lica de.cotihecidu 0
i. Si je 1'aviiis íleint, comniont Io rallumcr? (G) O Sr. T. tiiiiinarácB traduzio,
ii Avoc qnol Koufllo pur jo 1'ontond. qui rospiro ! Saidanapalo do lord Byron om voreu.
" TJn charme lout-puissant von cite encor m-altira
•. Va, co lang dum mon coaur quo tu vions (1'iiccaMer,
.. f'o inng, Wlas! pour toi voudrait tnoort couier.
Sr. ministro
Pucis. (T) Notarcmoi que por liiiina portaria du Exm.
do império foi o Conservatório Draraatioo Braeileiro incuinl.i-
do do rover as composições druinaticas quo tiverom do ser re-
ii Coit Ia causo, 6 mon ame! ot vou» lu connaissez, na forma de
ii La cauio qui nVaméne an meurtre! c-ent amei! prosontadas no theatro do S. Pedro dc Alcântara, rol
> Etoilos qu'on admiro.cn votro chaete empire, Beus estatutos; porém medida do tanta nocemidodo nao
ainda assim gonoralisada a todos ns theatros da corte o pro-
ii La cauio, iou§ voi yeux, je n'oseraÍ8 Ia dire!
>. Je ne venerai pai eon sang, et mim dest-ein vinciae como necessanamento deveria sor.
BELLAS ARTES 157

cuida em rejei- Kl nina «eitou. tr. n.l.l.i,. •¦ UrJrflbent mu. moi.


i,lo mister, pois que ninguém Hílaa (*>!....•
o gosto e a
lar obras iiiimoraes , quo oflendem
o» resultados de
razão, o quo produzem que i: também o»tw de Tindate, dos quaes tal-
falíamos. Porém seja o Co.ii.rwUorio Dramático, vei nâo comprehendesie tao bem a delicadeta (9):
chamado a pronuiicior sobre huma porção da»
obra» que «obem .1 scena, judicioso e Mt* par- " Mni» toi, tm, jeune filio ... Ali! «roía ¦ -l»»» IM *'»*_.
,-ialidade; quo sobretudo, oferrodos exclusitamen- " H»t Lm- mino nuit poii.t Io o»iir *T*M mure Intui.» .
«• ainier, plSaVW. auuflYir,
te a huma escola , não tenham seus membros '• Quo jo ne aaclte pa» onllii «ti- i-in -"ir° i-iourir'
"
I-.1 iiu'011 ...'aetr-tli...
inn Systoma açoitar ou rejeitar tudo quanto per-
tente a huma ou outro; cmfim sejam sempre Kíla peça de Tiridate , que »e poderia julgar
imitido» pela razão sãa, e nunca pela paixuo. huma reiiniiiMfiiit.i do» onsouas composições do
Huma medida indispensável seria quo todos
.ilili.nl»- Boyer o de Campistron , foi na que no»
o» theatros da capital, tanto nuclonacs como cs- mostrou mademoiscllo Nongaret todos os mm*
trangeiros e particulares, fossem sujeitos ao
recurso» do actriz; roniprehcndeu o papel da
menino regulamento quo o theatro de S. Pedro;
Dumesnil com tanta fineza, desempenhou-o tao
noi» serão aquelles mais infalliveis do que este?
E _c. com esta censura, so quer velar sobro
cabalmente, que a julgamos capaz do se enrarre-
inscien- gar de parte» brilhantes em grandes composi-
a moral publica , quo podo qualquer
sobretudo pendendo moi» o caracter des»»
temente offender, nao deverá ella vclor sobro çoes,
todas; pois a totalidado dos outros nio repre-
senhora paro o gênero trágico.
O que lambem recominendaremos, para bem
tenta mais do quo hum ? Quom so poderia
os theatros a da bella c olta litteratura dramático, he a creu-
queixar dessa medido? Todos çao de huma escola do declomoçao : ao ('onser-
nao recebem
quem o governo concedeu loterias
nssim por ventura huma especio dc subvenção? vatorio Dramático pertence huma tal missão ; que
so não esqueça do cumpril-o, lauto mais que de
Já pois ostes nada tem a oppôr, nem os mais, a prosperidade do tlicaln»
mui tle- seu interesso deponde
que se devem sujeitar. Julga-se pois no lirasil.
cento o vor na secno do theatro francez com-
O Vagabundo o terceiro acto da Se fizemos estos lembranças, não foi por certo
posições como ,
o interesso quo nos moveu; o quo queremos
Mie Êcaitlére, etc. ?...
se he o progresso da arto , 0 desenvolvimento da
Pois que falíamos do theatro francez, que
intelligencia, do amor poro as cousas bellas e
nos perniitla huma digressão. Nao poderia ello do
dc quando em quando representar algumas com-
nobres; o quo queremos be quo o reinado
Sr. D. Pedro II, que apenas começou o seu pe-
posições serias, alguns primores do antigo ro- riodo so possa tornar o mais llorecente dos que
nertorio ou da scena moderna, que por sem ,
Brasil desde o momento em que poz
duvida attrahiriam a todos, por exemplo, a tem tido o
tiver nelle o pe Alvares Cabral ; e que hum dia se
Lucrecia do Ponsord, mesmo ( quondo colosso abra-
mais cômicos ) Os Burgraves de Victor Hugo , possa
dizer, quando se fallar desse
Amazona e o Prata e do século em
etc, etc? Mas, dir-se-nos-ha, não pensais nas çado pelo II, o que se
o Sr. I). Pedro
difflculdades; haveriam do ser mui mal repre- que terá reinado ode I.mz Xl\,
diz dos dfl Pericles , de Medicis
sentadas. Seja du qual maneira fõr, responde-
era o orando século!
reinos, antes alguma eousa do quo eousa no-
Bmils Adit.
nhuma ; o demais, não seria isto senão em
longos intorvallos, para quo os actoros podessem
âaa&llaço,
estudar. Não representaram já de modo assaz (*).... Maia n«o pos»»; •a
A luz 'luo torno a vor mo foro os olho.;
SAlisiactorio hum drama do Victor Hugo, liuy Moiis joelhos trotnulus ma faltam.
masl Não vimos madomoisollo Nongoret recitar Ah!... ,. ,„
Seüustiao Fiunc-isco DE Maikdo Iniooso.
com muita arto e alma estes bellos versos da
Pkedra de Racine : .Quando assim faltávamos, mio unhamos ainda vil-
(9 11.10
Io tt Wuni.u roproBuntação Oo Tiridate, pela quul
modo
" ,'e no mo noiitions tomos BonHo ologios a fazer a Mlle. Nongaret , polo
plus, Ia forco nVubnnilonno ; verso.
" Meu
yeux sont íblouis du jour quo jo rovoi , com quo desempenhou toda a scena om
mtsmammmaaa >**%*>*»**« mmmmm *»»,»».,
, Snm U"i^- a-.Wa.K*la*ala* IIIIIIIIWWW«»"«

UlIIMlItK
—«i»-0 «3- >-?>••—

daquel-
muito concorreu para o maior esplendor
COLUI.I" i>r. PI uno 11.
le dia. «1*
Terminou-se esta opparatosa funcção con,
elTectuou-
Na segunda feira 21 du correnle mez hum discurso lido por hum dos novos bocha
>e, como do costume, con, toda a magnificência Arthur Buch \ urdiu. Kslc
reis o Sr. Carlos
.- pompo , a solcmne distribuição de prêmios deste foi ouvido com muitu
S. SI. trabalho , que
útil e bello esUbelecimento. Mais e»U vez pequeno
bastante abalo, Un-
attenção , causou DO auditório
,. imperador dignou-so honrar este i.cto con, a
co- to pelo garbo e enthusiasmo com que foi reci-
sua presença , e com as suns ougustas mãos se acha-
obtiveram os nnmeiros tado, como pelas flores oratórias de que
roar os alumnos que
va adornado. .
nremios. recebendo o todos os outros laureados
A erraçao e existi-ncio do collegio de Pedro
com toda a amabilidade l candura. Neste anno hon-
II h« hum dos acontecimentos que mais
o concurso dos pessoas convidadas fal cxlraordi- hc o feito que
certamente ia.» oos nossos contemporâneos;
nnrio j a grande sala da casa, que be o e bnlbo das
Inda cheio , sendo muis deve concorrer para progresso
a maior do Brusil, o.hovo-se
má eolloc-tção dos letras brasilicas. ,
muito paro sentir quo pela
assenlos huma grande parte do publico não po-
dos
desse presenciar o acto da coroaçao c cortejo D- Ml.lSIU.YV.
FACILÜ.VUt
premiados. ... ,
esla
Segundo ordenam os estatutos leve principio na es-
No dia 20 de dezembro leve lugar,
magestosa scena com o discurso lido pelo projes- o solemnidod.
tola de medicina desta corte,
sor do rhetorica em exercício , o Sr. Santiago
hon- annual do doutoramento dos moços médicos que
Nunes Ribeiro. Neste trabalho , que muito
o orador, depois do altas e ultimam o seu curso escolar. Ella eflaet-OB-M
ra ao nosso collega, de
considerações , teve especiolmcnlo esto anno com bastante pompa , cm presença
philoiophicas seu amor as be
S. M. o Imperador, que, por
.in visto demonstror o quanto he conveniente que dc
las-letrus, nunca deixa de honrar a uclos
., religião onde sempre unida á educação do mo- de marinha
semelhante natureza , dos ministros
cidade, para que esta possa dar os fructos que ai-
tanlo se desejam. império e guerra ; e de buma considerável
fluencia do espectadores.
Concluída a ceremônia da distribuição dos pre-
O Sr. Dr. José Martins da Cruz Jobim , ac-
mios, nos 7 annos do que se compõem os estudos nesta
,i«',a cosa, o collegio de Pedro II , boje vertia- tual director deste estabelecimento , recitou
hum excellente discurso, cheio do con-
ocensiao
deira faculdade do letras, conferio pela primeira e impor-
solhos n admoestaçoes sobre a grave
vez o gráo de bacharel em letras a oito dos seus
tante missão do medico, e sobre os deveres quo
alumnos, que haviam completado todo o curso das Este discurso,
so- ella Ilio impõe na sociedade.
matérias abi professadas, cujos nomes são os lei
: Agostinho Marques Perdigão Malhei- digno do talento conhecido do seu autor,
guintes Io no auditório, bem que,
bastante impressão
ro , de Minas Geraes. — 2U Antônio Manoel
em alguns pontos, não deva merecer inteira
Loureiro, da provincia do Rio de Janeiro.—3o Car-
opprovação,
los Arthur Busch Varello , do Município neutro.
— 4" Francisco do Sales , idem. — S° Joaquim
— li" José Carlos de ERRATA.
Fernandes do Silvo, idem.
ArCas idem. —7o José Alexandrino Dias
\lmeida , onde so lê— O
de Moura , da provincia dc Matto Grosso.
— A pag. 123» 1' col., 8,
— , lôa-se:— O professor V 1.
8» Pâulino de Soiuo Brito, de Moçambique.
O que professor S. P.

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