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Obras Completas
VI
Do Pau-Brasil à
Antropofagia
e às Utopias
Manifestos, teses de concursos e ensaios
2? edição
Introdução de
BENEDITO NUNES
civilização
brasileira
A Crise da Filosofia
Messiânica
Tese para concurso da Cadeira de Filosofia da Faculdade
de Filosofia. Ciências e Letras da Universidade de
São Paulo, 1950.
A ANTROPOFAGIA ritual é assinalada por Homero entre os
gregos e segundo a documentação do escritor argentino Blanco
Vilíalta, foi encontrada na América entre os povos que haviam
atingido uma elevada cuhura — Asteca, Maias, Incas. Na ex-
pressão de Colombo, comiam tos hombres. Não o faziam po-
rém, por gula ou por fome. Tratavá-se de um rito que, encon-
trado também nas outras partes do globo, dá a iaéia de. ex-
primir um modo de pensar, uma visão do mundo, que carac-
terizou certa fase primitiva de toda a humanidade.
Considerada assim, como weüanschauung, mal se presta
à interpretação materialista e imoral que dela fizeram os je-
suítas e colonizadores. Antes pertence como ato religioso ao
rico mundo espiritual do homem primitivo. Contrapõe-se em
seu sentido harmônico e comunial, ao canibalismo que vem
a ser a antropofagia por gula e também a antropofagia por fo-
me, conhecida através da crônica das cidades sitiadas e dos
viajantes perdidos.
A operação metafísica que se liga ao rito antropofágico é
a da transformação do tabu em totem. Do valor oposto, ao
valor favorável. A vida é devoração pura. Nesse devorar que
ameaça a cada minuto a existência humana, cabe ao homem
totemizar o tabu. Que é o tabu senão o intocável, o limite? En-
quanto na sua escala axiológica fundamental, o homem do
Ocidente elevou as categorias do seu conhecimento até Deus,
supremo bem, o primitivo instituiu a sua escala de valores
até Deus, supremo mal. Há nisso uma radical oposição de con-
ceitos que dá uma radical oposição de conduta.
E tudo se prende à existência de dois hemisférios cultu-
rais que dividiram a história em Matriarcado e Patriarcado.
Aquele é o mundo do homem primitivo. .Este o do civilizado.
Aquele produziu uma cultura antropofágica, este uma cultura
messiânica.
ÍZO
Ao contrário dos músicos, os pintores da UBSS, pelos seus
líderes modernistas, (oram mais felizes. O engenheiro Sajeve,
na luta contra o naturalismo que o Partido procurava impor,
afirmou que "se podem exprimir idéias não só pelo assunto,
mas pela própria pintura". E o célebre escultor Mukhina, de-
clarou: "A arte nasce de uma concepção emocional do mundo
que é a do artista".
PFANDER, A. — Lógica.
PRZYLUSKI, Jean — L'évolution humaine.
POLITZER, Georges — Révolution et Contre-Révolutions au XX*
siècle — Princípios elementares de Filosofia — Crítica do
fundamento da psicologia.
PIRENNE, Henri — História Econômica e Social da Idade Média
PIRRENNE, Jacques — Grandes correntes da História.
PRZYWARA, Brich — Santo Agostinho.
PLATÃO — Diãlogp\s.
PLOTINO — Ennéades.
PASCAL — Pensées — Lettres prooinciales.
PARETO, Wilfredo — Manual ae Economia Política.
PINARD DE LA BOULAYE — Vétude comparée des religions.