Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Resumo
Keywords: Payments for Environmental Services. Valuation criteria. Water Producer Rio
Camboriu.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
É dentro deste contexto de atuação que a ANA idealizou o projeto Produtor de Água
em 2001, em meio a discussões à implementação da cobrança pelo uso da água, lançando mão
deste instrumento econômico com uma promissora alternativa para regularização de vazão e
para assegurar a quantidade de água (GUEDES & SEEHUSEN, 2011). O Produtor de Água
tem por característica o modo de adesão voluntária, que prevê o apoio técnico à execução de
ações de conservação da água e do solo, como, por exemplo, a construção de terraços e bacias
de infiltração, a readequação de estradas vicinais, a recuperação e proteção de nascentes, o
reflorestamento de áreas de proteção permanente e reserva legal, o saneamento ambiental, etc.
Prevendo também o pagamento de incentivos (ou uma espécie de compensação financeira)
aos produtores rurais que, comprovadamente contribuem para a proteção e recuperação de
mananciais, gerando benefícios para a bacia e a população (ANA, 2012).
O Manual Operativo do Programa Produtor de Água, aprovado em 2013 pela ANA,
busca orientar o desenvolvimento e habilitação de projetos, assim como as formas de apoio
prestado, e estabelece como objetivos do projeto: estimular o desenvolvimento das políticas
de PSA de proteção hídrica no Brasil; apoiar projetos em áreas (de mananciais de
abastecimento público; com problemas de baixa qualidade das águas; com vazões e regime de
rios sensivelmente alterados; com eventos hidrológicos críticos); difundir o conceito de
manejo integrado do solo, da água e da vegetação; garantir a sustentabilidade socioeconômica
e ambiental dos manejos e práticas implantadas, por meio de incentivos, inclusive financeiros,
aos agentes selecionados (ANA, 2012).
A concessão dos incentivos ocorre somente após a implantação, parcial ou total, das
ações e práticas conservacionistas previamente contratadas e os valores a serem pagos são
calculados de acordo com os resultados: abatimento da erosão e da sedimentação, redução da
poluição difusa e aumento da infiltração de água no solo (ANA, 2011). As fontes de
financiamento incluem os orçamentos da União, Estados e Municípios; Fundos Estaduais de
Recursos Hídricos e Meio Ambiente; Fundo Nacional de Meio Ambiente; Bancos e
Organismos Internacionais, como ONGs, GEF, BIRD, entre outros; Companhias de
saneamento, de geração de energia elétrica e usuários; Recursos da cobrança pelo uso da
água; Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), compensações financeiras por parte de
usuários beneficiados e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo/Kyoto.
O projeto Produtor de Água está implementado em bom número e em diferentes
Estados Brasileiros, incluindo Rio de Janeiro (Guandu e Nova Friburgo), Espírito Santo
(Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Brejetuba e Mantenópolis), Minas Gerais
(Patrocínio e Extrema), São Paulo (Joanópolis e Nazaré Paulista, e Guaratinguetá), Paraná
(Apucarana), Santa Catarina (Camboriú), Rio Grande do Sul (Santa Cruz do Sul), Tocantins
(Palmas), Mato Grosso do Sul (APA de Guariroba), Goiás (Goiânia), e no Distrito Federal
(Brasília) (ANA, 2011).
6
Ao longo de sua curta trajetória, segundo Antunes (2014), é possível observar que as
propriedades carecem muitas vezes de saneamento básico adequado, e que seus proprietários
rurais da região possuem bons conhecimentos sobre às áreas de preservação permanente,
embora muitos ainda não associem a degradação da mata ciliar às práticas inadequadas de uso
e ocupação do solo, muitas vezes, por eles adotadas. E que esta falta de consciência
ambiental, pode de certo modo, comprometer a aplicabilidade do projeto. Contudo, o
desenvolvimento de ações de educação ambiental, inclusive previstas em projeto, poderá
contribuir para uma melhor percepção e conscientização ambiental, trazendo reflexos diretos
no sucesso do projeto.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ENGEL, S.; PAGIOLA, S.; WUNDER, S. Designing payment for environmental services
in theory and practice: an overview of the issues. Ecological Economics, v. 65, 663-674 p.,
2008.
KROEGER, T, C.; KLEMZ, D.; SHEMIE, T.; BOUCHER, FISHER, J.R.B; ACOSTA, E.;
DENNEDY, P.J.; TARGA CAVASSANI, A.; GARBOSSA, L.; BLAINSKI, E.;
COMPARIM SANTOS, R.; PETRY, P.; GIBERTI, S. DACOL, K. Assessing the return on
investment in watershed conservation: Best practices approach and case study for the
Rio Camboriú PWS Program, Santa Catarina, Brazil. 2017.
PEREIRA, P.H.; CORTEZ, B.A.; TRINDADE, T.; MAZOCHI, M.N. Conservador das
Águas – 5 anos. Edição 2010.
SILVA, T.B.; SANTOS, R.M.; AHNERT, F.; MACHADO JÚNIOR, J.A. Projeto
Produtores de Água: uma nova estratégia de gestão dos recursos hídricos através do
mecanismo de pagamento por prestação de serviços ambientais. OLAM – Ciência e
Tecnologia. Rio Claro/SP, v. 8, n.3, 2008.
WUNDER, S. Payments for environmental services: some nuts and bolts. Center for
International Forestry Research – CIFOR, 2005. Disponível em:
<https://www.cifor.org/publications/pdf_files/OccPapers/OP-42.pdf>. Acesso em:
18/07/2018.
WUNDER, S. Payments for environmental services and the poor: concepts and
preliminary evidence. Environment and Development Economics, v.13, 279-297 p., 2008