Sei sulla pagina 1di 3

oglobo.globo.

com/sociedade/educacao-moral-civica-devera-voltar-as-salas-de-aula-na-capital-do-pais-22484311

13 de março de 2018

PUBLICIDADE

Educação Moral e Cívica deverá voltar às salas de aula


na capital do país
Lei foi aprovada na Câmara Legislativa do DF e deve entrar em vigor em 2019

Rodrigo Taves

13/03/2018 - 12:20 / 13/03/2018 - 19:35

Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte
CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar.
CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a
velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Ouça este
conteúdo 0:00 04:59 Audima
PUBLICIDADE

O deputado distrital Raimundo Ribeiro, autor da lei Foto: José Varella / O Globo

BRASÍLIA - Quase 25 anos depois de ser extinta por lei federal, a disciplina de Educação
Moral e Cívica , instituída no país durante a ditadura militar , deverá voltar às salas de aula
no Distrito Federal . A matéria foi ressuscitada por lei aprovada na Câmara Legislativa
1/3
local e deverá entrar em vigor já no ano letivo de 2019. O autor da lei, deputado distrital
Raimundo Ribeiro (PPS), nega ter tido inspiração militar, mas na justificativa do projeto
repete expressões inteiras do decreto-lei número 869, de 1969, época do governo do
general Costa e Silva, um dos mais duros do regime.

Já recebe a newsletter diária? Veja mais opções

Estão no texto do parlamentar, por exemplo, expressões como "o fortalecimento da


unidade nacional e do sentimento de solidariedade humana", "aprimoramento do caráter,
como apoio na moral, na dedicação à família e à comunidade" e "preparo do cidadão para
o exercício das atividades cívicas, com fundamento na moral, no patriotismo e na ação
construtiva, visando o bem comum". Todos esses trechos foram tirados integralmente do
decreto militar. Em 1993, oito anos após o fim da ditadura, o presidente Itamar Franco
revogou o decreto e acabou com a disciplina, por considerá-la desnecessária, incorporando
o conteúdo de formação da cidadania às áreas de Ciências Humanas e Sociais.

— Não tive inspiração militar, sou professor e advogado da União. Não me baseei no
decreto-lei, mas é claro que tudo me serviu como fonte de consulta, inclusive ele. Uma das
coisas boas que os militares fizeram foi essa demonstração de amor à pátria — admite o
deputado Ribeiro, argumentando que o ensino de Moral e Cívica foi indevidamente
associado ao regime de exceção.

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) é contra a volta da disciplina e chegou a vetar o


projeto aprovado na Câmara Legislativa. Mas os deputados distritais derrubaram o veto e
ressuscitaram a Moral e Cívica, determinando inclusive a contratação e formação de
professores especificamente para este fim. O texto diz que a lei deverá ser regulamentada
em 120 dias. Mas o secretário de Educação do DF, Júlio Gregório, lamenta a criação da lei
e diz que não há razão para a volta da disciplina:

PUBLICIDADE
— O projeto contraria o que se pretende para a Educação. A Moral e Cívica tem de permear
todo o currículo, como já está previsto na lei de diretrizes da Educação, mas não na forma
como está estabelecido na lei. É claro que os valores cívicos devem ser trabalhados, mas
não precisamos de mais uma disciplina específica para isso. É uma maneira extremamente
conservadora de interferir no currículo, uma visão completamente ultrapassada de como
devemos construir os projetos pedagógicos atualmente.

O secretário pedirá à Procuradoria do Distrito Federal para questionar a


constitucionalidade da lei na Justiça, sob o argumento de que os deputados criaram novas
despesas sem indicar as fontes de custeio, o que é proibido. Ele também pretende que o
Conselho de Educação vete a criação da disciplina:

— Imagina se cada deputado resolve criar uma disciplina? Dança, educação para o trânsito,
uma quantidade imensa de assuntos. Como poderíamos administrar a Educação assim?

O professor Célio da Cunha, da Universidade Católica de Brasília, diz que a volta da Moral e
Cívica vai trazer à tona a péssima memória do que foi a educação brasileira durante a
ditadura militar. Mas o deputado Ribeiro diz que está sendo aplaudido por pais e
professores pelas escolas por onde passa.
2/3
PUBLICIDADE
— A escola hoje consegue cumprir sua finalidade? Temos alunos que batem em
professores, xingam, não conhecem o Hino Nacional, não sabem que foi Juscelino
Kubitschek. Os alunos precisam conhecer seus direitos e deveres, ter respeito ao próximo,
ter conhecimento sobre o papel das instituições e do Estado. Acho que a lei tem apoio
popular.

Anterior

Ministério da Saúde lança nova campanha de


vacinação contra HPV e meningite C
Próxima

Corte Interamericana condena governo brasileiro por


violar direitos indígenas

Mais de Sociedade

Ofertas

3/3

Potrebbero piacerti anche