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A Escola da Psicologia do Ego foi fundada por Heinz Hartmann em Viena no século 20. Hartmann desenvolveu a psicologia do ego a partir da revisão da segunda tópica de Freud. Ele valorizou o estudo das funções mentais do ego e como ele media entre as demandas pulsionais e a realidade. A psicologia do ego enfatizou os processos defensivos do ego.
A Escola da Psicologia do Ego foi fundada por Heinz Hartmann em Viena no século 20. Hartmann desenvolveu a psicologia do ego a partir da revisão da segunda tópica de Freud. Ele valorizou o estudo das funções mentais do ego e como ele media entre as demandas pulsionais e a realidade. A psicologia do ego enfatizou os processos defensivos do ego.
A Escola da Psicologia do Ego foi fundada por Heinz Hartmann em Viena no século 20. Hartmann desenvolveu a psicologia do ego a partir da revisão da segunda tópica de Freud. Ele valorizou o estudo das funções mentais do ego e como ele media entre as demandas pulsionais e a realidade. A psicologia do ego enfatizou os processos defensivos do ego.
Hartmann. Hartmann nasceu em 1894 em Viena, Áustria. Pertencia à alta burguesia dessa cidade e foi educado num meio intelectual privilegiado. Estudou medicina e depois psiquiatria interessando-se a seguir pela psicanálise. Na sua juventude foi tratado pelo médico Josef Breuer (1842 – 1925) e também por influências deste, interessou-se pela psicanalise freudiana. Fez a sua primeira análise com Sandor Ferenczi (1873 – 1933) já no BPI – Berlinder Psychoanalystisches Institut e fez uma segunda análise já com Sigmund Freud (1856-1939). Este considerava-o um dos melhores alunos e convencionalmente era considerado já um dos psicanalistas de 2ª geração. Foi o fundador da corrente da Ego Psychology que criou a partir da revisão da 2ª tópica freudiana: Id- Super- Ego – Ego. Conviveu com grandes autores tais como Anna Freud e foi com esta que criou a revista Psychoanalytic Study of the Child,em 1945. É de salientar que em 1937, apresentou à sociedade vienense um trabalho sobre o ego psychology mas um ano depois, saiu de Viena, para fugir dos nazistas. Chega aos Estados Unidos em 1941 e integra a sociedade psicanalítica de Nova Iorque, desenvolvendo a corrente de sua autoria. Foi Presidente da Sociedade de Nova Iorque entre 1952 a 1954. Psicanalista influente e de grande brilhantismo foi também presidente da IPA (International Psychoanakytical Association), entre 1953 a 1959. Faleceu em 1970. Dentre as principais ideias e contribuições da Psicologia do Ego à Psicanálise pode-se afirmar que essa escola buscou transformar a Psicanálise em uma Psicologia Geral, procurando criar uma linguagem possível para que a Psicanálise fosse reconhecida além da clínica. Para Hartmann, principal tarefa do ego é a de uma adequada adaptação, promovendo soluções adaptativas entre as demandas pulsionais e as demandas da realidade, muito particular com uma boa utilização da capacidade de síntese e de integração por parte do ego. Sendo assim, valorizou o estudo das funções mentais do Ego, como os afetos, o pensamento, a conduta, a percepção, a inteligência, a ação motora – estão entre esses fundamentais aportes. Com isso, foi possível uma aproximação da Psicanálise com outras disciplinas, como a medicina, a biologia, a educação, a antropologia, a pesquisa, bem como a Psicologia Geral. A Psicologia do Ego, deu uma ênfase nos processos defensivos do ego, em particular daqueles que se referem a neutralização das energias pulsionais, sexuais e agressivas, valorizando assim o enfoque dinâmico da psicanálise. Escola Francesa de Psicanálise – Jacques Lacan
Filósofo e psicanalista francês. Suas idéias de
fundo estruturalista abalaram o cenário psicanalítico da França a partir da década de 1960. A influência de Lacan, tido como intérprete original da obra de Freud, estendeu-se além do campo da psicanálise e fez dele uma das figuras dominantes na vida cultural francesa na década de 1970. Jacques Marie Lacan nasceu em Paris, em 13 de abril de 1901, de família burguesa e católica. Formou-se em medicina, especializando-se em psiquiatria, e foi interno de Gaétean de Clérambaut, a quem considerava seu único mestre no campo psiquiátrico. Com a tese de doutorado La Psychose paranoïaque dans ses rapports avec la personnalité (1932; A psicose paranóica em suas relações com a personalidade), mostrou impressionante erudição e simpatia pela psicanálise, numa época em que preconceitos obstavam sua disseminação na França. Lacan buscou a companhia dos artistas do surrealismo, atraídos pelo caráter revolucionário das teses freudianas. Acompanhou o famoso seminário de Alexandre Kojève sobre Hegel e se ligou a intelectuais de ponta do pensamento francês, entre eles Raymond Aron, Maurice Merleau-Ponty e Georges Bataille. Em 1934, entrou para a Sociedade Psicanalítica de Paris. Em 1936, apresentou num congresso seu trabalho sobre o "estágio do espelho". A partir daí, sua história se confunde com a da própria psicanálise. Conhecedor profundo da obra de Freud, Lacan empreendeu ao mesmo tempo um retorno e uma revolução em direção a uma psicanálise que para ele havia perdido o sentido original. O retorno visou resgatar os fundamentos psicanalíticos, que para Lacan se encontram no próprio conceito de inconsciente. Para empreender sua grande crítica às vertentes americana e francesa da psicanálise, cujo tema central é a discussão sobre o imaginário, pesquisou a linguagem e deduziu que é ela a condição de existência do inconsciente, que só existe no sujeito falante. Numa retomada crítica dos conceitos saussurianos de "significante" e "significado", Lacan afirmou a autonomia do significante e o inseriu na origem simbólica, constituída pela linguagem. Afirmou que o significante preexiste ao sujeito e sobrevive a ele, faz do sujeito homem ou mulher, traça seu destino e o priva de qualquer relação natural com o mundo. Lacan não é um autor simples nem fácil. Seus conceitos demandam, além de uma carga exaustiva de leitura, uma inversão do pensamento racional e linear a que está habituada a cultura ocidental. Em seus Écrits (1966; Escritos) e vinte seminários abordou temas tão complexos quanto polêmicos, como a ética da psicanálise, a transferência, o princípio do prazer e conceitos fundamentais da psicanálise, entre outros. Em 1980, dissolveu a Escola Freudiana de Paris, que fundara em 1964, e criou a Escola da Causa Freudiana. O primeiro trabalho psicanalítico importante de Lacan foi sobre a “Etapa do espelho”, apresentado no ano de 1936, em Mariembaud, durante o XIV Congresso Internacional de Psicanálise. Em 1949, em , durante o XVI Congresso, ele reformulou e ampliou o mesmo trabalho que então apresentou sob o título de “Etapa do Espelho como Formadora do Ego”, de profundas repercussões até a atualidade. Em 1966, ele reuniu seus “Escritos” num único volume que constitui a coluna vertebral de sua obra. Quatro foram as vertentes que influenciaram decisivamente o pensamento e a obra psicanalítica Lacan: 1) Lingüística: inspirado no linguista Saussure que, de 1906 a 1911, ministrou em Genebra uma visão estruturalista da linguagem, no seu famoso Curso de lingüística geral. 2) Antropológica: essa vertente foi baseada na “antropologia, de enfoque estruturalista”, concebida e divulgada por Levi-Strauss. 3) Filosófica: Lacan sofreu uma forte influência da obra Fenomenologia do espírito, do filósofo Hegel, que descreve o “diálogo do amo e do escravo”, em cuja relação, cada um desses dois personagens é indispensável ao outro e, ao mesmo tempo, cada um deles está escravizado ao outro. A partir desse modelo, Lacan utilizou para a sua teoria analítica a noção dialética de “tese, antítese e síntese”, assim como também ele formulou a “dialética do desejo” e a do “olhar”. 4) A quarta vertente de Lacan, naturalmente, é a psicanalítica, fundamentada unicamente numa releitura da obra de Freud. Também são quatro as principais áreas do psiquismo que Lacan estudou mais original e aprofundadamente: 1) A etapa do espelho, com a imagem do corpo. 2) A linguagem. 3) O desejo. 4) Narcisismo e Édipo.
Fichamento Marteleto "Cultura Informacional: Construindo o Objeto Informação Pelo Emprego Dos Conceitos de Imaginário, Instituição e Campo Social". Ciência Da Informação, v.24, n.1, 1995.