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TERAPIAS NARRATIVAS

Narrativa - permite pensar na vida das pessoas


como histórias e trabalhar com elas no sentido de
experienciarem as suas histórias de vida de um
modo positivo e significativo.

Metáforas-guia
Construção Social - permite considerar que a
realidade interpessoal de cada um é construída
através da interacção com outras pessoas e
sistemas, e enfatizar a influência das realidades
sociais nas significações da vida das pessoas.

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Uma história é um mapa que se expande ao longo do tempo.

O terapeuta trabalha de modo a fazer “des-cobrir” outras


perspectivas das histórias pessoais, despoletando novas
significações, recriando-se, assim,
1 as histórias.

À medida que as pessoas reescrevem e aceitam as histórias


alternativas, surgem novas imagens de si e dos outros, novas
possibilidades nas relações, novos futuros, e os problemas
tendem a resolver-se.

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Princípios-Guia nas Terapias Narrativas

1. Escutar
a) Posição de Não-Saber - A terapia como um
movimento para o que ainda não é conhecido.
Implica não formular questões partindo de um
princípio de pré-compreensão, e não formular
questões para as quais se pretendem respostas
particulares.

b) Interpretação - A interpretação é inevitável, mas


é importante evitar a crença de que se sabe mais
sobre a experiência vivida pela pessoa do que ela
própria.

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c) Escuta para Des-Construir - Escutar sem
intensificar os aspectos negativos de modo a abrir
espaço para aspectos que não foram considerados
nas narrativas pessoais.

À medida que as pessoas contam as suas histórias, o


terapeuta interrompe-as e sumariza o seu próprio
sentido do que é dito. Deste modo, o terapeuta
pode certificar-se de que está a compreender a
narrativa do cliente e, simultaneamente, ao
considerar as questões e comentários do terapeuta,
as pessoas podem obter outras perspectivas das
suas histórias, emergindo novos significados e novas
construções.

d) Perceber os problemas separados das pessoas -


A pessoa não é o problema. Externalizar o problema
permite tratá-lo como um objecto, potenciando a
compreensão dos problemas sem patologizar as
pessoas.
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2. Questionar para “Des-Construir”

Este questionamento convida as pessoas a verem


outras perspectivas das suas histórias, a notar como
elas são construídas, a analisar os seus limites, e a
descobrir que existem outras narrativas possíveis.

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1. QUESTÕES para “DES-CONSTRUIR”
(Deconstruction Questions)

Questões que ajudam as pessoas a desembrulhar as suas


histórias ou a vê-las em diferentes perspectivas.

Muitas destas questões levam as pessoas a situar as suas


narrativas em sistemas mais vastos e ao longo do tempo.

Ao trazer para a ribalta a história, o contexto, e os efeitos


das narrativas das pessoas, estamos a alargar perspectivas, a
mostrar as paisagens completas que envolvem os problemas.

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1. QUESTÕES para “DES-CONSTRUIR” (cont.)

Explorar crenças, atitudes, sentimentos, e acções,


“externalizando-as”

Geralmente, quando escutamos narrativas


problemáticas, escutamos crenças, atitudes,
sentimentos e acções.

. Qual a história da relação da pessoa com


uma determinada crença, atitude, sentimento
ou acção?

. Quais as influências contextuais nessa


crença, atitude, sentimento ou acção?

. Quais os efeitos ou resultados dessa...

. Quais as interrelações com outras...

. Quais as tácticas e estratégias de tal...


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História da Relação com uma determinada crença, atitude,
sentimento ou acção

Pode revelar pressupostos, princípios de vida - dos


quais nem sempre “nos damos conta” - que definem
padrões sobre a vida em geral, e as relações em
particular - “como se deve ser, como se deve fazer”.

- Como é que foi seleccionado para este modo de


pensar?

- Onde é que aprendeu esta forma de reagir aos


problemas?

- Que experiências no passado encorajaram esses


sentimentos de culpa?

- A solidão sempre foi a sua melhor amiga?

- Quando é que, na sua história, esse tipo de


ideias ganharam relevo? Como é que as aprendeu?
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Influências contextuais numa determinada crença, atitude,
sentimento ou acção

Questões que pretendem retratar os contextos que


servem de sistemas de suporte às histórias
problemáticas

- Existem locais que o empurram mais para a


bebida?

- Quem na sua vida aceita mais que a fúria


domine?

- Quem beneficia com este modo de agir?

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Efeitos ou resultados de uma determinada crença, atitude,
sentimento ou acção

Estas questões alargam a área da história


problemática, mostrando o impacto do problema na
vida e nas relações da pessoa. Ver os efeitos reais
de uma crença, atitude, sentimento ou acção permite
uma nova visão dessa mesma...

- Quais as consequências, na sua vida, desta crença de


não ser uma boa pessoa?

- Quais as consequências da sua falta de auto-confiança


nas relações com os seus colegas de trabalho?

- Como é que o medo de perder as pessoas de quem


gosta influencia os membros da sua família?

- Como é que o seu pessimismo influencia a relação


consigo mesmo?
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Interrelações com outras crenças, atitudes,
sentimentos e acções

Podem ajudar a “des-construir” a rede de crenças, atitudes,


sentimentos ou acções que constituem a vida de um problema

- Existem outros problemas que façam equipa com a


anorexia? Algumas pessoas disseram-me que a auto-
culpabilização e o isolamento são parceiros da anorexia. O
que pensa disso?

- Que ideias, hábitos e sentimentos alimentam esse


problema?

- A crença de que as coisas deveriam ser dessa maneira


encoraja unicamente a tristeza ou deixa espaço para
outros sentimentos?

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Tácticas ou estratégias de uma determinada crença, atitude,
sentimento ou acção

Uma vez que se trata as crenças, atitudes, sentimentos


ou acções como entidades externas, podemos pensar nelas
como tendo planos e modos preferenciais de funcionar.
Desmascarar tais tácticas e estratégias pode ter um
poderoso efeito de “des-construção”.

- Como é que a raiva se infliltra entre os dois?

- Se eu fosse o medo na sua vida, como é que deveria fazer


para tornar notada a minha presença? Como deveria fazer
para tornar as coisas ainda piores? A que horas deveria
“atacar”?

- O que é que a voz da depressão lhe murmura ao ouvido?


Como é que ela faz para ser tão convincente?

- O que é que a bulimia faz primeiro: ilumina a imagem dos


bolos ou oferece-lhe o sabor do doce?

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2. QUESTÕES para “ALARGAR A PERSPECTIVA”
(Opening space questions)

Questões que alargam a perspectiva que as pessoas nos mostram,


potenciando histórias alternativas, ou novas imagens da
realidade.

. Questões sobre excepções ao problema

. Questões sobre excepções ao problema


recorrendo à imaginação através de questões
sobre experiências hipotéticas

. Questões sobre diferentes pontos de vista

. Questões sobre diferentes contextos

. Questões sobre diferentes tempos


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Questões sobre excepções ao problema

- Já alguma vez aconteceu terem conseguido controlar a


fúria, quando esta estava prestes a dominar a vossa
relação?

- Em que situações conseguem tomar decisões facilmente?

- Em que momentos importantes na sua vida sentiu que não


se deixou controlar pela ansiedade?

- Apesar de continuar com medo de sair para comer com


outras pessoas, houve mais momentos em que tentou
convencer-se a si própria de que seria capaz?

- Apesar de continuarem a discutir, houve algum momento


em que sentiram que estavam melhor?

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Questões hipotéticas de excepção ao problema

- O que aconteceria se não tivesse a seu cargo toda a


responsabilidade do seu filho? Por exemplo, se não
telefonasse tantas vezes ao seu filho, o que aconteceria?

- Se descobrisse que o seu marido trabalha tantas horas


não para “fugir de casa”, mas porque quer contribuir mais
para o bem estar da família, em que é que essa descoberta
mudaria as coisas para si?

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Questões sobre pontos de vista

- O que diria o seu avô sobre isto?

- Consegue perceber que, do meu ponto de vista, a senhora


está pronta para tomar essa responsabilidade? Que razões
me levarão a pensar assim?

- O que é que acha que o seu filho está a aprender quando


a vê tão preocupada com ele? Como é que gostaria que ele
a visse?

- O que diriam os professores da sua filha sobre essa ideia


de a mudar de escola?

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Questões sobre contextos diferentes

- Em que situações é que conseguem ser mais


afectivos um com o outro?

- A preguiça afecta-o em todas as áreas ou é só na


escola?

- Em que situações é que não lhe é tão difícil


acordar?

- Em que disciplinas é que este aluno não fica tão


distraído?

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Questões sobre diferentes tempos

- Sei que isso sempre foi um problema ao longo da sua


vida. Mas comparando diferentes momentos, em que
alturas da sua vida se sentiu menos triste e só?

- Em que períodos da sua vida se sentiu mais segura?

- Em que períodos da sua vida é que se sentiu com


mais coragem para tentar vencer esse medo?

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3. QUESTÕES sobre PREFERÊNCIAS

Questões que pretendem verificar se as histórias alternativas,


as quais vão sendo co-construídas ao longo do processo
terapêutico, fazem mais sentido para as pessoas do que a
história dominante e problemática.

Estas questões apresentam, geralmente, uma bifurcação, pois


contêm duas opções contrastantes, convidando o cliente a
manifestar a sua preferência por uma delas.

Tal bifurcação ajuda o cliente a mobilizar as suas cognições,


afectos e comportamentos no sentido de uma das alternativas,
e a estabelecer uma espécie de compromisso.

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- Acha que o medo deve falar por si, ou deve ser
o senhor a falar por si mesmo? Porquê?

- Esta ideia agrada-lhe (ou não lhe agrada)?


Porquê?

- Isso é uma coisa que lhe traz sobretudo


vantagens ou sobretudo desvantagens?

- Achas que é melhor os ataques de fúria


controlarem a tua vida ou deves ser tu a
controlar a tua vida?

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4. QUESTÕES para DESENVOLVER A HISTÓRIA

Questões que têm por finalidade “reescrever” a história, uma vez


que convidam as pessoas a relatar o processo e os detalhes de uma
experiência e a ligá-los a um determinado tempo, a um contexto
particular, e a uma dada rede de relações com outras pessoas.
Assim, as pessoas podem experienciar as suas vidas, e a si
mesmas, de novos modos, na medida em que se focam em aspectos
da experiência que, por terem sido anteriormente negligenciados,
não faziam parte da história.

. Questões sobre o processo

. Questões sobre os detalhes

. Questões sobre o tempo: antecedentes


históricos; orientação para o futuro;
questões que contrastam o passado e o presente
(ou futuro); questões que ligam passado, presente
e futuro

. Questões sobre o contexto

. Questões sobre pessoas 21


Questões sobre o processo

Questões que convidam as pessoas a demorar-se sobre um


acontecimento e a “observá-lo” bem.
Ao conseguir recuperar a sequência de elementos
importantes que rodearam um acontecimento, revendo
também as suas próprias acções, a pessoa tem a
oportunidade de criar um mapa que se tornará disponível
em futuros desafios.

- Que passos deu ao fazer isso? O que fez


primeiro? E depois?

- Como é que se preparou para ver as coisas dessa


nova maneira?

- Quando olha para trás, o que vê de fundamental


para que essa mudança tivesse acontecido?

- Houve alguma coisa de particular que tivesse


dito a si mesmo que o tenha ajudado a proceder
assim?
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Questões sobre detalhes

Questões que permitem recordar aspectos de acontecimentos


que possam ter sido esquecidos ou negligenciados.

As descrições detalhadas potenciam um envolvimento


experiencial que não ocorre com descrições gerais.

Alguns dos detalhes podem ter um papel mais significativo no


“reescrever” da história do que aqueles detalhes que são
mais facilmente lembrados.

- Que expressão fez ele quando lhe disse que


o ia mudar de escola?

- Que coisas específicas iria eu notar se


estivesse presente no momento em que vocês
se separaram?

- O que disse ela, exactamente, quando


percebeu que estavas a chorar?
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Questões sobre o tempo

Acontecimentos Históricos - Proporciona a compreensão das


raízes histórias dos acontecimentos.

- Quem previu que isso aconteceu? O que os levou


a prever? Recordam-se de algum acontecimento
particular que os levasse a essa previsão?

- Quando é que, no passado, o seu irmão mostrou


este tipo de sentimento?

Orientação para o Futuro - Permitem expandir as histórias


para o futuro, preparar, mudar expectativas e ideias pré-
determinadas
- Qual pensa que vai ser o seu próximo passo?
- Agora que descobriu essas coisas sobre a sua
relação tem uma visão diferente do futuro?
- A partir do que tem acontecido, prevê alguma
coisa de especial relativamente ao futuro escolar
do seu filho?
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Contraste entre Passado e Presente (ou Futuro) - Permitem
pensar em mudanças e diferenças

- Em que é que isto é diferente do que


fazias antes?

- Em que é que mudaram os comentários dos


professores sobre a sua filha?

Ligação Passado/Presente/Futuro - Permitem ligar


acontecimentos ao longo do tempo

- Quem na sua vida conseguiu prever o que lhe


está a acontecer? Se essa pessoa aqui estivesse,
conhecendo tão bem o seu passado, o que poderia
prever sobre o futuro?

- Se ligarmos o afastamento do seu irmão no


passado à relação que tem com ele actualmente,
como pensa que estarão os dois no futuro?
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Questões sobre o contexto

Permitem situar uma história numa determinada situação. Por


vezes, estas questões levam as pessoas a expandir as suas
histórias para novas situações. Podem também fazer com que
as pessoas reparem no papel desempenhado pela sua cultura

- Onde é que isso aconteceu? O que é que estava a


acontecer na altura?

- Essa capacidade que descobriu manifesta-se mais


em casa ou na profissão?

- Esse processo faz parte da sua cultura? De


acordo com a sua cultura, como é que as pessoas
devem ultrapassar estas situações?

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Questões sobre pessoas

Levam as pessoas a considerar como é que determinadas


pessoas desempenham um papel importante nas suas
histórias. Também convidam as pessoas a considerar os
efeitos das histórias alternativas na vida de outros

- Quem mais a ajudou a conseguir reorganizar a sua vida?

- Quem foi o primeiro a notar a sua mudança? Como é que


isso o afectou?

- Qual foi a coisa mais importante que a sua mãe lhe disse
para a ajudar?

- Pensar no seu irmão quando enfrenta esse problema, faz


alguma diferença?

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5. QUESTÕES sobre SIGNIFICAÇÕES

Levam as pessoas a uma posição de reflexão a partir da qual


“olham” para diferentes aspectos de si mesmos, dos outros, e
das suas histórias.

Estas questões são cruzadas com todas as outras.

Para além de se explorarem significações e implicações,


questiona-se também, a partir da narrativa das pessoas,
sobre qualidades pessoais, características relacionais,
motivação, desejos, objectivos, valores, crenças,
aprendizagens e conhecimentos.

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- O que significou para si o gesto do seu marido?

- O que significa para vós, como família, estarem aqui


todos presentes a falar sobre isto?

- Que características de si é que isso mostra?

- Como é que a sua esposa descreveria a vossa relação?

- O que é que o motivou a deixar de fumar?

- O modo como cumpriram a tarefa reflecte o vosso


desejo de permanecerem juntos?

- Quais são os vossos objectivos principais?

- O que é que valoriza na amizade?

- Como é que acha que a sua filha deveria proceder na


sala de aula?

- Há alguma coisa que tenha aprendido que possa ser


importante para o futuro? 29

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