Sei sulla pagina 1di 8

Modelo de Ação de Concessão de Pensão por

Morte para filho Inválido Aposentado por Invalidez

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DE


UMA DAS VARAS FEDERAIS DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA
DE _______________________

COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, aposentado(a), portador(a) da cédula


de identidade RG nº ___________ e do CPF nº _________________, endereço eletrônico
___________, residente e domiciliado(a) à [endereço completo], por sua(seu) procurador(a)
subscrito(a), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos
16 e 74 da Lei 8.213/91, propor

AÇÃO DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, Autarquia Federal, vinculada


ao Ministério da Previdência Social representado pela Procuradoria Local, com sede na
(endereço completo), pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

I. DOS FATOS

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


[Obs.: adapte os fatos ao caso concreto do seu cliente]

DADOS DOS BENEFÍCIOS

1) Tipo de benefício: Aposentadoria por invalidez NB: _________________


DER: ___/___/_____ DIB:______________

1) Tipo de benefício: Pensão por morte NB: _________________


DER: ___/___/_____

A Requerente é filha do Sr.________, falecido no dia ________ (Doc. nº __) e da Sr.ª


___________, falecida no dia ________ (Doc. nº __).

A Sr.ª ______ recebia o benefício de pensão por morte deixada pelo Sr. ______
(benefício nº _________).

A Autora é pessoa muito doente, sofrendo de diversos males, dentre os quais


destacam-se: depressão endógena, insônia, deslocamento de retina com perda de boa parte
da visão do olho esquerdo, hipertensão, bico de papagaio nos dois joelhos e esporão em
ambos os ombros. Atualmente, faz uso de Amitriptilina, Rivotril e Levomepromazina, além
de medicamentos para suas patologias osteomusculares e hipertensão arterial (Docs. nº
________).

Seu médico psiquiatra diz sobre o quadro da Autora:

“… quadro psicopatológico crônico decorrente de patologia mental de natureza


endógena, quadro agravado atualmente por alterações importantes da esfera do
pensamento (prolixidade, perseveração), da memória (comprometimento da
fixação), da afetividade (quadro depressivo existencial, com pensamentos
ruminantes decorrentes de baixa auto-estima), com comprometimento
osteomuscular, hipertensivo que limita sua vida de relações interpessoais, sociais e
familiares com tendência ao isolamento e reclusão, insônia crônica e
incapacitante…”

Devido às suas doenças (principalmente a depressão endógena) foi aposentada por


invalidez em ___________ (Benefício nº ________ – doc. nº __). Após ser aposentada,
voltou a morar com seus pais.

Por indicações médicas, a autora decidiu cursar uma faculdade. Em ______ mudou-
se para ______ para cursar _________ na _________, oportunidade em que morou com

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


familiares. Colou grau em ______, quando voltou a residir com seus pais. Infelizmente, o
curso não ajudou a Autora com seus problemas de saúde.

Desde então, a autora vinha morando na casa de seus pais e recebendo deles ajuda
financeira e, em contrapartida, cuidava de ambos como podia, principalmente de sua mãe,
que exigia muita atenção.

Após o falecimento de sua mãe, a autora dirigiu-se ao INSS para requerer que a
pensão por morte gerada por seu pai fosse transferida para ela (Doc. nº __ – DER _______).
Porém, seu pedido foi indeferido em processo administrativo sob o fundamento de falta de
qualidade de dependente, tendo em vista a emancipação da Requerente (diplomou-se em
curso superior em ________).

No entanto, os argumentos mencionados pelo Requerido não devem prosperar,


conforme será demonstrado.

II. DO DIREITO

Preceitua o art. 74 da Lei 8.213/91 que “a pensão por morte será devida ao conjunto
dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não (…)”.

O art. 16 desta mesma lei diz, no inciso I, que o filho inválido possui a condição de
dependente do segurado.

Além disso, é entendimento jurisprudencial firme de que é possível a cumulação de


pensão por morte com aposentadoria. Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO. PENSÃO. LEI 8.112/90, ART. 217, II, “A”. FILHO MAIOR INVÁLIDO.
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA – INEXIGÊNCIA LEGAL. CUMULAÇÃO COM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – POSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
INCAPACIDADE CONTEMPORÂNEA AO ÓBITO DO INSTITUIDOR – COMPROVADA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 20, §§ 3º e 4º, DO CPC.
1. A teor do artigo 217, II, da Lei 8.112/90, inexiste qualquer menção quanto à
necessidade do filho inválido comprovar a dependência econômica para fazer jus à
concessão da pensão, bem como quanto à impossibilidade de acumulação desse
benefício com o de aposentadoria por invalidez.
2. Consoante jurisprudência do STJ, é perfeitamente possível acumulação de
pensão por morte com aposentadoria por invalidez, por possuírem naturezas
distintas, com fatos geradores diversos (STJ, Edcl no AgRg no REsp 731249, DJ
17/11/08).

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


3. O contexto fático-probatório evidencia que a condição de invalidez é
contemporânea ao óbito da servidora, ocorrido em 2008. A certidão de fls. 44 atesta
que o autor é beneficiário de aposentadoria por invalidez, paga pelo INSS, desde
1997, o que corrobora o laudo médico neurológico, às fls. 131, conclusivo no sentido
de “ser o autor portador de hemiparesia esquerda faciobranquiocrural e epilepsia
convulsiva generalizada, seqüelas de acidente vascular encefálico isquêmico ocorrido
em 24/06/1993, estando incapaz definitivamente para exercer qualquer atividade
laborativa”, bem como a perícia administrativa (fls. 58) que é expressa tanto quanto
à invalidez quanto à data de sua constatação em 24/06/1997.
4. Verba honorária fixada em R$ 1.500,00, a teor do art. 20, § 4º, do CPC, atento aos
parâmetros ínsitos nas “a”, “b” e “c” do § 3º do citado artigo, máxime a natureza da
causa e o trabalho realizado pelo causídico.
5. Recurso desprovido e remessa necessária provida parcialmente.
(TRF-2 – APELREEX: 200951510134684 RJ 2009.51.51.013468-4, Relator:
Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND, Data de Julgamento: 05/10/2011,
OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: E-DJF2R – Data::17/10/2011 –
Página::202/203)

Ademais, de acordo com o art. 16, § 4º da lei 8.213, a dependência econômica das
pessoas indicadas em seu inciso I, como é o caso do filho inválido, é presumida. Tal
presunção é absoluta e não admite prova em contrário. Nesse sentido:

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO.


FILHOAPOSENTADO POR INVALIDEZ. CUMULAÇÃO. INCAPACIDADE OCORRIDA APÓS
A MAIORIDADE E ANTES DO ÓBITO DO PAI. POSSIBILIDADE. PRESUNÇÃO
ABSOLUTA DEDEPENDÊNCIA. INCIDENTE CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Trata-se de ação através da qual o autor, na qualidade de filho inválido,pretende a
concessão de pensão por morte em decorrência do falecimento de seu pai ocorrido
em 04/06/2000.
2. A sentença de primeiro grau, ratificada pelo acórdão recorrido,julgou
improcedente o pedido, sob o fundamento de que “…o segurado já tem garantida
sua subsistência pela aposentadoria por invalidez, pensão por morte de sua mãe
(recebida judicialmente) e ainda postula o acréscimo de 25% , nos termos do art. 45
da Lei nº 8.213/91, através do feito nº2008.70.66.001763-6. A concessão de um
terceiro benefício sem respaldo legal, in casu, evidentemente se traduziria em
enriquecimento sem causa,não admitido pelo Poder Judiciário.”
3. Incidente de Uniformização da parte autora, no qual defende, em síntese, que, a
dependência econômica de filho maior e inválido é presumida e não admite prova
em contrário (§ 4º, do art. 16, I, da Lei nº 8.213/91).
4. Conheço deste incidente, ante a manifesta divergência entre o julgado da 2ª
Turma Recursal do Paraná, segundo o qual o fato de o autor perceber aposentadoria
por invalidez antes do óbito afasta a presunção de sua dependência econômica, que
não ficou comprovada nos autos e o paradigma desta TNU, no sentido de que a
dependência econômica de filho maior e inválido é presumida e não admite prova

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


em contrário (§ 4º, do art. 16,I, da Lei nº 8.213/91)- PEDILEF 200771950120521,
Juíza Federal Maria Divina Vitória, decisão de 15.01.2009, publicada em 28.08.2009;
PEDILEF,200461850113587, Pedro Pereira dos Santos.Acórdãos paradigmas das
Turmas Recursais do Estado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul não admitidos
por serem de Turmas Recursais de mesma região. Precedentes do STJ não admitidos
por ausência de similitude fática.
5. É assente em nossa jurisprudência que os requisitos necessários à concessão do
benefício de pensão por morte devem estar preenchidos na data do óbito, observada
a legislação vigente à época.
6. Com efeito, o artigo 16, I e o § 4º da Lei nº 8.213/91 não distinguem se a invalidez
que enseja referida dependência presumida deve ser ou não precedente à
maioridade civil.
7. Desta feita, é certo que a dependência econômica do filho maior inválido é
presumida e não admite prova em contrário, conforme precedente desta TNU –
PEDILEF 200771950120521, Juíza Federal Maria Divina Vitória.
8. Pedido de Uniformização conhecido e parcialmente provido para confirmar a
tese de que a dependência econômica de filho maior e inválido é presumida e não
admite prova em contrário, mesmo se já era titular de aposentadoria por invalidez
à época do óbito do instituidor da pensão por morte, para anular o acórdão e
determinar á Turma Recursal de origem novo julgamento do feito com base na
premissa acima discriminada.
(TNU – PEDILEF: 200970660001207 PR , Relator: JUIZ FEDERAL HERCULANO
MARTINS NACIF, Data de Julgamento: 20/02/2013, Data de Publicação: DOU
08/03/2013)

Sendo assim, observa-se que a Requerente preenche o requisito legal para a


concessão de pensão por morte.

DA EMANCIPAÇÃO

A autarquia Requerida indeferiu o pedido da autora, pois ela teria emancipado-se


em ______, quando diplomou-se em curso superior. Entretanto, esta fundamentação não
faz o menor sentido jurídico.

A emancipação é a antecipação da plena capacidade civil antes da maioridade civil.

A autarquia confundiu-se e imaginou que a autora teria perdido a sua capacidade


civil ao aposentar-se por invalidez em ____ (data em que tinha ___ anos, ou seja, há muito
já era plenamente capaz para os atos da vida civil). Isso jamais aconteceu. A autora apenas
não possui capacidade para o trabalho, o que é completamente diferente da capacidade
civil.

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


Isto posto, a Requerente satisfaz todas as condições para a concessão do benefício
previdenciário ora requerido, e que tal é devido desde a DER em _________.

DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

O juiz poderá antecipar antecipar os efeitos da sentença quando houver elementos


que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo, nos termos do art. 300 do CPC.

CPC, Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.

Probabilidade do direito

Conforme narrado, a Autarquia-Ré, ao indeferir o benefício, fere a Lei 8.213/91, que


determina que o irmão inválido é dependente do segurado, desde que comprovada a
dependência econômica, e faz jus à pensão por morte.

Há também desrespeito à Constituição Federal e à Convenção Internacional sobre os


Direitos das Pessoas com Deficiência, pois trata-se de direito de pessoa com deficiência.

Do perigo de dano ou o risco ao resultado útil

O benefício previdenciário tem caráter alimentar e se presta a viabilizar a


subsistência dos segurados e seus dependentes, proporcionando aquilo que lhe seja
indispensável para que vivam com dignidade.

Ademais, a Autora é portadora de grave enfermidade e é incapaz de cuidar de sua


saúde ou até mesmo prover seu próprio sustento sem o benefício.

Casos há – e são frequentes – em que o tardio reconhecimento do direito do


postulante torna-se totalmente inútil. No caso dos benefícios previdenciários, ainda que as
parcelas não pagas sejam saldadas posteriormente, nada pode reparar o desespero de
passar meses e anos sem saber como fazer para sobreviver ao dia seguinte.

O estado de saúde da parte autora e a natureza alimentar do benefício evidenciam o


caráter de urgência. “Justiça tardia é uma justiça pela metade” (Carnelutti). Por isso, é
necessária a antecipação da tutela liminarmente para que seja implantado o benefício
requerido.

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


III. DO PEDIDO

Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:

1. A concessão liminar de tutela de urgência antecipada para que seja implantado


imediatamente o benefício de pensão por morte em favor da parte autora, nos
termos do art. 303 do CPC.
2. A concessão dos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, conforme
declaração anexa, por ser a Autora pessoa pobre na acepção legal do termo, com
isenção de custas, despesas processuais e ônus sucumbenciais porventura
existentes;
3. A tramitação prioritária, nos termos do art. 1.048, I do CPC, por ser a Autora pessoa
maior de 60 anos de idade.
4. A citação do INSS, na pessoa de seu Procurador Regional, para, querendo, apresentar
contestação, sob pena de revelia;
5. A procedência da pretensão aduzida, consoante narrado nesta inicial, para que se
determine ao INSS que proceda a implantação do benefício de pensão por morte à
parte autora, com data de início a contar do requerimento administrativo
(___/___/_____).
6. A condenação do INSS ao pagamento dos valores acumulados desde a data de
entrada do requerimento (DER) até o mês de competência em que for implantado,
inclusive quanto aos abonos natalinos, tudo atualizado monetariamente e acrescidos
dos juros legais e correção monetária, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça
Federal (Resolução 267/2013 do CJF, aprovada em 02/12/13);
7. Tratando-se de pedido de obrigação de fazer, requer, em caso de desobediência,
seja aplicada multa diária (astreintes) no valor de R$ 1.000,00, na forma prevista nos
arts. 497; 536, § 1º; 537 do CPC, valor este que deverá ser revertido em favor da
Autora;
8. O pagamento de honorários advocatícios apurados em liquidação de sentença,
conforme dispõe o art. 55 da Lei nº 9.099/95 e art. 85, § 3º do Código de Processo
Civil.

Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito.

Dá-se à causa o valor de R$ _____________ (_________________).

[Obs.: aprenda a calcular o valor da causa neste artigo: “Como calcular o valor da causa em
ações previdenciárias?”]

Termos em que pede deferimento.

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br


Local, Data.

___________________________
Nome do Advogado
OAB

Modelo disponível em: www.desmistificando.com.br

Potrebbero piacerti anche