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ÍNDICE
I- Função Financeira da Empresa .......................................................................................................... 2
Papel do gestor ............................................................................................................................. 3
II- Fluxos da Empresa – Conceitos Fundamentais ................................................................................. 5
Contabilidade como sistema de informação .................................................................................. 5
III- Elementos base para a Análise da Função Financeira ..................................................................... 7
Balanço ......................................................................................................................................... 8
Demonstração de Resultados ......................................................................................................11
Demonstração dos Fluxos Monetários ou caixa ...........................................................................14
Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos ..................................................................18
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Gestão e Análise Financeira
A função financeira de uma empresa ocupa-se da obtenção, utilização e controle dos recursos
financeiros, de forma a maximizar o valor da empresa, desenvolvendo atividades que visem a
determinação das necessidades de recursos financeiros (através do planeamento das necessidades,
inventariação dos recursos disponíveis, previsão dos recursos a libertar pela exploração e cálculo dos
recursos a obter fora da empresa), a obtenção de recursos da forma mais vantajosa (em termos de custos
e prazos, condições fiscais, procura de equilíbrio entre a composição dos capitais próprios e alheios), a
aplicação criteriosa e racional dos recursos (a fim de obter uma estrutura financeira adequada e bons
níveis de eficiência e rendibilidade), o controlo das aplicações de fundos (através da comparação entre
previsões e realizações e pela análise dos desvios) e a avaliação da rendibilidade dos investimentos (quer da
empresa como um todo, quer por tipo de capitais utilizados).
A gestão financeira abrange o conjunto de técnicas que visam a obtenção, regular e oportuna dos
recursos financeiros necessários ao funcionamento e desenvolvimento do estudo e controlo da rendibilidade,
podendo ser aplicada numa perspetiva de médio longo prazo (quanto às políticas de investimento e de
financiamento, distribuição de resultados ou estrutura e nível dos capitais permanentes) ou de curto
prazo (relativamente à gestão dos ativos e passivos correntes, tais como, disponibilidades, gestão dos
créditos de e a terceiros, desconto de títulos, gestão de stocks e tesouraria).
Desta forma, os objetivos da gestão financeira são: fazer o planeamento financeiro de médio longo prazo
(Planos Financeiros) e de curto prazo (Orçamentos de Tesouraria), assegurar a gestão da tesouraria,
estudar as decisões de investimento e selecionar as fontes de financiamento, negociar financiamentos,
estudar políticas de depreciação e amortização dos ativos, analisar imparidades, variações do justo valor,
constituição de provisões, distribuição de resultados, assegurar a estrutura financeira mais adequada,
manter a integridade do capital e promover o seu reforço, permitir a constante solvibilidade da empresa,
assegurar a rendibilidade dos capitais investidos e controlar origens e aplicações de fundos.
Compete à análise financeira a recolha de dados e o seu estudo, a fim de fornecer informações
relevantes ao gestor financeiro, através de um conjunto de técnicas que visam o estudo passado e
presente da situação económico financeira da empresa, com vista a determinar a sua provável evolução futura.
A análise financeira pretende obter resposta às seguintes questões:
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A empresa é lucrativa?
Como é obtido o lucro?
O que aconteceu nos anos anteriores?
Qual nível de faturação da empresa?
Está muito endividada?
Que investimentos foram realizados?
O seu objeto consiste em caracterizar a situação económica e financeira da empresa e a sua evolução ao
longo de certo período de tempo (normalmente de 3 a 5 anos), com base no estudo das
demonstrações financeira.
PAPEL DO GESTOR
Política de financiamento
Política de investimento
O gestor financeiro é responsável por definir e implementar a estratégia de financiamento da empresa com
vista a precaver a sua estabilidade e ao mesmo tempo maximizar os resultados líquidos da empresa (relação
Retorno / Risco).
A função do gestor financeiro traduz-se na gestão de tesouraria da empresa. Esta, consiste no processo de
regulação dos pagamentos e recebimentos da empresa de forma que esta possa fazer face, sem falhas, às
responsabilidades que assumiu, e obter os meios financeiros adicionais nos casos em que há défice de
tesouraria, ao menor custo possível, ou de aplicar os excedentes criados de forma a obter a melhor
remuneração possível.
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torna imprescindível a integração das dimensões tempo e risco na função financeira. São
normalmente classificadas em função da duração da operação.
• As decisões financeiras a longo prazo
• As decisões financeiras a curto prazo
• Decisões de investimento, ou seja, decisões relativas à aquisição de ativos fixos tangíveis (edifícios,
equipamentos, …), ativos intangíveis (Programas informáticos, alvarás, …) e ativos financeiros
(ações, …);
• Decisões de financiamento, ou seja, decisões relativas ao financiamento de ativos, e de ações de
investimento. Incluem-se também as decisões relativas às distribuições de dividendos;
• As decisões de investimento e financiamento estão intimamente ligadas e, por esse motivo, o gestor
financeiro deve considera-las sempre em simultâneo.
As decisões financeiras a curto prazo estão dependentes das decisões de longo prazo, onde se procura
ajustar, ao menor custo, todas as aplicações e recursos da empresa, através de ações sobre os ativos
financeiros e sobre os débitos a curto prazo. As principais decisões são:
• Colocação de disponibilidades;
• Cessão de créditos (descontos comerciais);
• Endividamento pelo crédito a fornecedores;
• Recurso a créditos bancários.
Outro aspeto importante é o facto de as decisões a longo prazo e curto prazo, serem complementares, pois as
decisões de curto prazo permitem alargar os limites da restrição do financiamento do ciclo de exploração e
permitem libertar capitais a longo prazo para aumentar capitais.
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A contabilidade tem por finalidade proporcionar informação compreensível, fiável e comparável sobre o
desempenho económico e financeiro da instituição, que seja útil a um vasto conjunto de utilizadores internos e
externos interessados na atividade e na continuidade da instituição (beneficiários, clientes, trabalhadores,
gestores, Estado, investidores, credores, público).
A contabilidade é o processo de identificar, medir e comunicar informação económica e financeira, que permite
aos gestores julgar e decidir com conhecimento de causa, com o objetivo de apoiar a tomada de decisão,
avaliar e controlar os recursos existentes e facilitar as funções de conteúdo social.
É objetivo da contabilidade a recolha, registo e tratamento dos factos decorrentes das operações efetuadas
pelas instituições, por forma a elaborar demonstrações financeiras que relevem:
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Perspetivas financeira:
Perspetivas económica
Considera os fluxos reais externos e internos (consumos ou utilizações de meios ou recursos (consumo de
matérias-primas, energia, etc.; utilização de mão de obra, equipamentos, instalações) e obtenção de
produções: custos e proveitos. Nesta perspetiva, procura analisar-se a economicidade dos meios e a
capacidade de gerar bens e serviços. Os quadros de informação a utilizar são as Demonstrações de
Resultados (por natureza e por funções).
Perspetivas monetária
Para se assegurarem os fluxos reais externos de entradas dos fornecedores (despesas) e de saídas para os
utentes ou clientes (benefícios ou receitas), torna-se necessário proceder à correspondente contraprestação
pecuniária (ou à valorização monetária no caso de benefícios sociais). Gera-se um conjunto de fluxos externos
que tem a ver com a circulação da moeda, daí se designarem por fluxos monetários (com sentido inverso ao
dos fluxos reais): pagamentos (fluxos de saída de meios líquidos de pagamento) e recebimentos (fluxos de
entrada de meios líquidos de pagamento). A sua representação faz-se na Demonstração de Fluxos Monetários
(ou de Caixa).
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Estes três documentos apresentam a composição do património e o modo como se formam os resultados e as
disponibilidades em dinheiro da instituição, respetivamente.
A partir destes documentos é possível estudar decisões financeiras alternativas de investimento em atividades
e programas sociais e de obtenção de fundos, e realizar análises financeiras que permitem avaliar o
desempenho financeiro. Importa dispor de valores de referência em outras organizações que permitam ter em
conta as condições gerais que afetam as organizações do sector.
Critérios de avaliação como o Valor atualizado líquido serão úteis porque permitem conhecer hoje o valor
criado ao longo do programa ou da atividade, a partir da aplicação de recursos efetuada.
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• Relevância – A informação deve ser capaz de influenciar decisões económicas dos utentes e avaliar
acontecimentos passados;
• Materialidade - Evidenciar todas os elementos que sejam relevantes para qualquer avaliação ou
decisão dos interessados;
• Fiabilidade e neutralidade - A informação deve ser isenta de erros e neutra ou seja livre de
preconceitos;
• Fidedigna - A informação deve representar as transações e outros acontecimentos de forma
fidedigna,
• Substâncias sob a forma – As operações devem ser contabilizadas, atendendo à realidade
financeira;
• Prudência – O grau de precaução e de estimativa deve ser razoável (reservas e provisões)
BALANÇO
O Balanço fornece um retrato da situação financeira da instituição numa determinada data: de um lado
apresenta os ativos (o que a instituição tem), do outro os passivos (dívidas ou capitais alheios) e os capitais
próprios (o modo como a empresa se financia).
Os dois lados do Balanço têm de estar sempre (estruturalmente) equilibrados, de acordo com a identidade
fundamental, Ativos = Passivos + Capitais Próprios, uma vez que cada ativo tem de ser financiado por
recursos fornecidos por outros ou pela própria empresa. O Balanço é geralmente elaborado no fim do ano
fiscal.
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A perspetiva financeira avalia as contas do Ativo numa ótica de Aplicação de Fundos. A empresa tem
fundos aplicados em investimentos, em inventários, em créditos concedidos aos seus clientes ou em
depósitos bancários e outros instrumentos financeiros.
Enquanto a perspetiva contabilística agrupa as contas de acordo com a sua natureza (Ativo Não
Corrente, Inventários, Meios Financeiros Líquidos, etc.), ordenando-as de acordo com o seu grau de liquidez
(menor liquidez maior liquidez). Na perspetiva financeira a informação constante do balanço
contabilístico é reorganizada e detalhada com o objetivo de fornecer mais informação para o analista.
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• O Balanço pode ser entendido como um instrumento de informação financeira de uma instituição, na
sua globalidade, mas também pode ser construído por segmento da instituição, no interesse do seu
melhor conhecimento e do apoio à tomada de decisão.
A perspetiva financeira avalia as contas do Passivo e Capital Próprio numa ótica de Origens de Fundos. A
empresa financia-se com os capitais investidos pelos seus sócios ou acionistas (Capital Próprio) e com o
capital de terceiros, tais como, créditos obtidos dos seus fornecedores, entidades bancárias, outros credores,
Estado e Outros Entes Públicos, etc. (Capital Alheio). Os capitais investidos na empresa e as dívidas
a terceiros são assim analisadas numa perspetiva de fontes de financiamento.
Enquanto a perspetiva contabilística dá ênfase ao agrupamento das contas por tipo de capitais (Próprios ou
Alheios), ordenando-as de acordo com o seu grau de exigibilidade (menor exigibilidade maior
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exigibilidade), a perspetiva financeira reagrupa as mesmas, através da criação de dois grandes grupos
de contas, dando ênfase à componente temporal:
Capitais Permanentes: composto por todas as origens de fundos com grau de exigibilidade
superior a 1 ano, nomeadamente, todas as contas de Capital Próprio e todos os passivos não
correntes.
Passivo Corrente: composto por todos os passivos com grau de exigibilidade inferior a 1 ano, que
constituem, na grande maioria das vezes, a totalidade das contas de Dívidas a Terceiros a
Curto Prazo e Provisões.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
A Demonstração dos Resultados, corrigida para uma perspetiva financeira sofre alterações significativas
em termos de arrumação de contas. O objetivo é apresentar separadamente os resultados em termos de
exploração, extra exploração e financeiros.
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A grande mais-valia da retificação deste mapa consiste na separação dos valores associados a
atividades de exploração, aos quais se denominam gastos ou rendimentos de funcionamento, dos valores
associados a atividades de investimento / financiamento.
Existem contas que, contabilisticamente, incluem valores respeitantes às diferentes atividades, pelo que
se torna necessário o seu desdobramento. Nesta situação salienta-se as contas de Perdas por Imparidade
(conta 65), Provisões do Período (conta 67), Outros Gastos e Perdas (conta 68), Reversões (conta 76)
e Outros Rendimentos e Ganhos (conta 78). Neste contexto são incluídos nos Gastos de Exploração todos
os valores efetivamente imputáveis à atividades de exploração, independentemente das contas em que
se encontram registados contabilisticamente. Os restantes valores são considerados Outros
Gastos associados a atividades extra exploração. A título de exemplo, apenas a parte dos Gastos e Perdas de
Financiamento (conta 69) efetivamente correspondente a atividades operacionais, tais como diferenças
cambiais desfavoráveis resultantes de operações de compra e venda, devem ser transferidos para Outros
Gastos e Perdas de Exploração. Os restantes valores registados contabilisticamente nesta conta (conta
69), tais como, juros de empréstimos bancários ou encargos com Leasings, são considerados Juros e
Gastos Similares de Financiamento.
Da mesma forma, a conta de Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares (conta 79) também é
desagregada em duas partes, sendo a parte correspondente aos Rendimentos Financeiros de
Funcionamento associados à exploração refletidos nos Outros Rendimentos de Exploração; e a parte dos
Rendimentos Financeiros resultantes de Aplicações de Capital são refletidos nos outros rendimentos de extra
exploração.
Diversos analistas defendem que os Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares devem ser deduzidos
nos Gastos e Perdas de Financiamento. Contudo, é importante ter presente, tal como argumentam outros
tantos analistas, que uma das principais políticas em estudo na análise financeira de uma empresa é a política
de financiamento, pelo que é de crucial importância isolar os Juros e Gastos Similares de Financiamento, o
que não seria possível deduzindo os Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares.
Neste contexto todos os rendimentos afetos à atividade de exploração que não se encontrem refletidos
nas rubricas exclusivamente de exploração deverão ser registados numa rubrica autónoma de “Outros
Rendimentos de Exploração” que deverá conter, entre outros, as reversões de perdas por imparidade,
as reduções das provisões, os aumentos de justo valor, e as reversões de depreciação e amortização
associadas à exploração.
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Atendendo a que o Balanço é um documento que se reporta a uma data (normalmente 31/12 de cada ano), e
nunca a um período, o resultado líquido apurado – excedente ou prejuízo – por intermédio das diferenças da
situação patrimonial líquida limita-se a constatar um facto, mas não o explica. Através dele não é possível
detetar as causas ou conhecer as fontes geradoras de excedente. Esse papel cabe à Demonstração de
Resultados.
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Existem dois métodos de apresentação da Demonstração de fluxos de caixa – o método direto e o indireto
Método direto
É aquele em que são divulgadas as principais componentes dos recebimentos e pagamentos de caixa em
termos brutos, permitindo aos utentes compreender o modo como a empresa gera e utiliza os meios líquidos
para efetuar pagamentos.
a) Variações ocorridas, durante o período contabilístico, nos inventários e nas dívidas operacionais de e
a terceiros;
b) Outra rúbricas não relacionadas com caixa;
c) Outras rúbricas cujos efeitos de caixa respeitem a fluxos de caixa de investimento ou de
financiamento.
Método indireto
O método indireto é aquele em que o resultado líquido é ajustado de forma a excluírem-se os efeitos de
transações que não sejam a dinheiro, acréscimos ou diferimentos relacionados com recebimentos ou
pagamentos passados ou futuros e contas de proveitos/rendimentos ou custos/gastos relacionados com fluxos
de caixa respeitantes às atividades de investimento ou de financiamento.
A determinação do fluxo líquido de caixa das atividades operacionais é feita a partir do resultado líquido do
exercício ajustando-o pelos efeitos de:
• Variações ocorridas, durante o período contabilístico, nos inventários e nas dívidas operacionais de e a
terceiros;
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• Rúbricas não relacionadas com a caixa tais como depreciações e amortizações, provisões, ajustamentos,
imparidades, impostos diferidos, diferenças de câmbio não realizadas, resultados não distribuídos de
associadas e interesses minoritários;
• Todas as outras rúbricas cujos efeitos de caixa respeitem a fluxos de caixa de investimento ou de
financiamento.
Note-se que os ajustamentos efetuados no âmbito da análise financeira não implicam quaisquer alterações a
nível dos recebimentos e pagamentos efetuados pela empresa, pelo que o analista apenas se limita a
analisar a informação constante neste mapa, segundo os diversos Ciclos Financeiros, associados às
políticas Operacionais, de Investimento e Financiamento.
Logo, devem-se analisar os Fluxos de Caixa produzidos por cada ciclo, dado que cada um deles, pelas
características das operações que envolvem, apresentam saldos tipicamente positivos ou negativos,
nomeadamente:
Ciclo de Investimento
O ciclo de investimento abrange o conjunto de operações que garantem a existência e gestão dos
Investimentos Financeiros e restantes Ativos Não Correntes que suportam as diversas operações do Ciclo das
Atividades Operacionais, envolvendo as seguintes atividades: aprovisionamento (equipamento de
transporte, armazéns, etc.), produção (instalações, máquinas, registo de marcas e patentes, etc.) e
comercialização (equipamento administrativo, publicidade, redes de comercialização, etc.), entre outros.
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Ciclo de Financiamento
O ciclo das atividades de financiamento abrange o conjunto de operações que garantem a existência e
gestão dos meios financeiros necessários ao normal funcionamento essencialmente do Ciclo de
Investimento mas também do Ciclo das Atividades operacionais, envolvendo as seguintes atividades:
obtenção e reembolso de financiamentos, alterações do Capital Social, distribuição de resultados, etc.
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Períodos
RUBRICAS NOTAS
2011
Fluxos de caixa das atividades operacionais - método direto
Recebimentos de clientes +
Pagamentos a fornecedores -
Pagamentos ao pessoal -
Caixa gerada pelas operações +/-
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -/+
Outros recebimentos/pagamentos +/-
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) +/-
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis -
Ativos intangíveis -
Investimentos financeiros -
Outros ativos -
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis +
Ativos intangíveis +
Investimentos financeiros
Outros ativos +
Subsídios ao investimento +
Juros e rendimentos similares +
Dividendos +
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) +/-
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos +
Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio +
Cobertura de prejuízos +
Doações +
Outras operações de Financiamento +
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos -
Juros e gastos similares -
Dividendos -
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio -
Outras operações de financiamento -
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
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A DOAF mostra as fontes de financiamento (Origens de Fundos) que a empresa utilizou, para fazer
face aos investimentos e às suas obrigações na data de vencimento (Aplicações de Fundos) durante um dado
período. Desta forma, a DOAF é construída através das variações ocorridas nas rubricas entre dois Balanços
sucessivos. Se tivermos em estudo um período de 3 anos (ano n, n+1 e n+2), podemos analisar:
DOAF n+1: com base nos Balanços de n e n+1 e que nos apresenta as Origens e
Aplicações de Fundos que foram efetuadas durante o ano de n+1;
DOAF n+2: com base nos Balanços de n+1 e n+2 e que nos apresenta as Origens e Aplicações de
Fundos que foram efetuadas durante o ano de n+2.
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A análise à estrutura das Origens e Aplicações de Fundos tem como principal objetivo verificar a
evolução da estrutura financeira da empresa, a fim de apreciar alterações significativas nos principais
grupos de contas e identificar situações que possam estar associadas a possíveis problemas, centrando-se
essencialmente no estudo do Balanço Financeiro.
Alterações significativas nas contas alertam o analista para a necessidade de aprofundar o estudo em relação
às mesmas, pois as variações ocorridas podem apenas refletir as consequências das ações associadas às
políticas praticadas pela empresa ou a possíveis problemas que necessitam de intervenção por parte dos
gestores.
Um aumento significativo nas contas de Clientes torna necessário um estudo mais aprofundado às
mesmas, a fim de se identificar as causas que originaram essas variações. O aumento pode ter sido
causado pelo aumento das Vendas ou pelo maior atraso no cumprimento de prazos por parte dos
Clientes, por exemplo. Variações significativas nas contas de Meios Financeiros Líquidos podem ser
analisadas recorrendo às DFC, identificando qual o ciclo e quais as operações que promoveram mais
oscilações.
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Fundo de Maneio
A estrutura financeira de uma empresa está equilibrada quando em cada momento, existam meios
financeiros suficientes para liquidaras dívidas que se vão vencendo, ou seja, quando o grau liquidez das
Aplicações de Fundos se encontra em equilíbrio com o grau exigibilidade das Origens de Fundos. Para
promover este equilíbrio:
A aquisição de Ativos Não Correntes deve ser financiada com Capital Permanente (Capital Próprio ou Passivo
Não Corrente);
A aquisição de bens e serviços destinados a serem incorporados no processo de produção
(Ativo Corrente) deve fazer-se com recurso a financiamentos de curto prazo (Passivo Corrente)
Graficamente:
Ou seja, a cumprir-se sempre estas regras, o Ativo Corrente seria de igual montante ao Passivo Corrente e o
Ativo Não Corrente de igual montante aos Capitais Permanentes.
Esta regra é denominada a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo e caracteriza-se pela compatibilização entre
o grau de liquidez das aplicações (aptidão destas para se transformarem em meios líquidos) e o grau de
exigibilidade das origens (aptidão destas para se transformarem em pagamentos).
Contudo, dentro das rubricas de curto prazo, os ciclos das diversas operações envolvem durações e riscos
diferentes. Vamos tomar como exemplo uma operação de compra e venda de mercadorias. Enquanto no
ciclo das origens esta operação se reflete no crédito obtido por parte do Fornecedor (fonte de
financiamento) e se toma como certo (ou seja, sem risco) o prazo de pagamento da respetiva fatura, no ciclo
das aplicações a mesma operação representa um investimento em termos de aquisição de stock, cuja venda
está sujeita a pedidos por parte dos Clientes e respetivo recebimento. Ou seja, o ciclo das aplicações envolve
algum risco, dado que:
Nem todos os stocks são vendidos pelos preços previstos e nos prazos estimados;
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Por uma questão de prudência, é necessário que o valor dos Ativos Correntes exceda o Passivo Corrente, de
forma a cobrir falhas nas vendas estimadas de Mercadorias ou no não cumprimento dos prazos por parte dos
Clientes.
O mesmo será dizer que os Capitais Permanentes devem financiar todo o Ativo Não Corrente e ainda parte do
Ativo Corrente. A esta Margem de Segurança dá-se o nome de Fundo de Maneio.
O Fundo de Maneio corresponde à parte dos Capitais Permanentes que não é absorvida no financiamento do
Ativo Não Corrente e que, consequentemente, está aplicada na cobertura das necessidades de
financiamento do Ciclo de Exploração.
As principais variações que ocorrem nas contas de Capitais Permanentes, e sobre as quais o analista
deve centrar a sua análise, são as seguintes:
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As principais variações que ocorrem nas contas do Ativo Não Corrente, e sobre as quais o analista
deve centrar a sua análise, são as seguintes:
Realização de novos Investimentos;
Alienações;
Imparidade de Investimentos;
Aumentos e Reduções de Justo Valor.
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