Sei sulla pagina 1di 86

Análise de Sistemas

Eliana Rovay Detregiacchi Pires

Cuiabá-MT
2014
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica

© Este caderno foi elaborado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Rondônia-RO, para a Rede e-Tec Brasil, do Ministério da Educação em parceria
com a Universidade Federal do Mato Grosso.

Equipe de Revisão Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia de Rondônia - IFRO
Universidade Federal de Mato Grosso –
UFMT Campus Porto Velho Zona Norte

Coordenação Institucional Direção-Geral


Carlos Rinaldi Miguel Fabrício Zamberlan

Coordenação de Produção de Material Direção de Administração e Planejamento


Didático Impresso Gilberto Laske
Pedro Roberto Piloni
Departamento de Produção de EaD
Ilustração Ariádne Joseane Felix Quintela
Tatiane Hirata
Coordenação de Design Visual e Ambientes
Diagramação de Aprendizagem
Tatiane Hirata Rafael Nink de Carvalho

Revisão de Língua Portuguesa Coordenação da Rede e-Tec


Ewerton Viegas Romeo Miranda Ruth Aparecida Viana da Silva

Revisão Final
Claudinet Antonio Coltri Junior

Projeto Gráfico
Rede e-Tec Brasil / UFMT

Análise de Sistemas - Informática para Internet

P667a Pires, Eliana Rovay Detregiacchi.

Análise de sistemas / Eliana Rovay Detregiacchi Pires; org. Instituto Federal de Edu
cação, Ciência e Tecnologia; Universidade Federal do Mato Grosso - Cuiabá : UFMT;
Porto Velho: IFRO, 2014.

87 p. ; -- cm.
Curso Informática para internet.

ISBN 978-85-68172-01-8

1. Análise de sistemas. 2. Modelagem de sistemas. 3. Desenvolvimento de sistemas.


4. Projeto de software. I. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. II. Uni-
versidade Federal do Mato Grosso. III. Título.
CDD 001.642068
CDU 004.45

Ficha Catalográfica Elaborada pela Bibliotecária Cleuza Diogo Antunes CRB 11/864
Apresentação Rede e-Tec Brasil

Prezado(a) estudante,

Bem-vindo(a) à Rede e-Tec Brasil!

Você faz parte de uma rede nacional de ensino que, por sua vez, constitui uma das ações do
Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec, instituído
pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar
a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira
propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego.

É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e as instâncias promotoras de ensino técnico,
como os institutos federais, as secretarias de educação dos estados, as universidades, as es-
colas e colégios tecnológicos e o Sistema S.

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade re-


gional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação
de qualidade e ao promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões
distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.

A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando os
estudantes a concluir o ensino médio e a realizar uma formação e atualização contínuas. Os
cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao estudan-
te é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.

Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional qualificada – in-
tegradora do ensino médio e da educação técnica – capaz de promover o cidadão com ca-
pacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da
realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!


Desejamos sucesso na sua formação profissional!

Ministério da Educação
Abril de 2014
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br

5 Rede e-Tec Brasil


Indicação de Ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de


linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o


assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão


utilizada no texto.

Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros,


filmes, músicas, sites, programas de TV.

Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em


diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever


sobre pontos importantes e/ou questionamentos.

7 Rede e-Tec Brasil


Contents

Apresentação Rede e-Tec Brasil 5

Indicação de Ícones 7

Apresentação da Disciplina 11

Sumário 13

Aula 1. Visão geral da teoria de sistemas 15

1.1 Introdução 15

1.2 Teoria geral dos sistemas 16

1.3 Conceito de dado, informação e


sistema de informação 17

1.4 Conceitos de análise de sistemas e


analista de sistemas 18

Aula 2. Modelagem de sistema 21

2.1 Introdução 21

2.2 Conceito de modelo de sistema 21

2.3 Conceito de sistema orientado a objeto 23

Aula 3. Processo de desenvolvimento


de sistema
31

3.1 Introdução 31

3.2 Processo de desenvolvimento 31

Aula 4. Metodologia para



desenvolvimento de projeto
de software
39

4.1 Introdução 39

4.2 Ciclos iterativos 41

4.3 Caso de uso 41


Palavra da Professora-autora

Prezado(a) estudante,
Primeiramente quero lhe dar as boas-vindas à disciplina de Análise de Siste-
mas através do curso da Rede e-Tec Brasil.
Espero que você esteja bastante motivado(a) para abraçar esta oportunida-
de de aprendizado que pode lhe encaminhar para um mercado de trabalho
promissor.
Desejo também que no decorrer das aulas você possa interagir com o am-
biente virtual da Rede e-Tec Brasil para tirar suas dúvidas e reforçar seu apren-
dizado através dos fóruns, chats e outras atividades que o(a) ajudarão na
construção de seu conhecimento e no desenvolvimento de suas habilidades.
É com prazer e com muito entusiasmo que lhe convido, a partir de agora,
para entender um pouco mais a criação dos projetos do mundo virtual da
computação.

Fique comigo!
Forte abraço.

9 Rede e-Tec Brasil


Apresentação da Disciplina

Olá, caro(a) estudante,

É com satisfação que lhe apresento o conteúdo desta disciplina, com carga
horária de 40 horas.

Neste caderno você irá estudar sobre análise de sistemas. Este material foi
elaborado para capacitá-lo(a) a empregar metodologias de análise e projeto
de sistemas para resolução de problemas de clientes, baseados na visão do
mundo real.

Através desta disciplina você obterá suporte teórico para desenvolver as ha-
bilidades empreendedoras buscando soluções por meio do estudo de casos
de uso. Aprimorará ainda o raciocínio lógico e a capacidade de abstração
para projetar e desenvolver sistemas de software.

As aulas serão bem dinâmicas e sua participação é importantíssima. Sempre


que necessário, para suporte ao seu aprendizado, utilize os canais de comu-
nicação que o curso oferece.

Conto com seu entusiasmo e dedicação.

Obrigada e bom curso!

Profa. Eliana Rovay Detregiacchi Pires

11 Rede e-Tec Brasil


Sumário
Aula 1. Visão geral da teoria de sistemas 15

1.1 Introdução 15

1.2 Teoria geral dos sistemas 16

1.3 Conceito de dado, informação e sistema de informação 17

1.4 Conceitos de análise de sistemas e analista de sistemas 18

Aula 2. Modelagem de sistema 21

2.1 Introdução 21

2.2 Conceito de modelo de sistema 21

2.3 Conceito de sistema orientado a objeto 23

Aula 3. Processo de desenvolvimento de sistema 31

3.1 Introdução 31

3.2 Processo de desenvolvimento 31

Aula 4. Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 39

4.1 Introdução 39

4.2 Ciclos iterativos 41

4.3 Caso de uso 41

4.4 Componentes de um modelo de caso de uso 44

4.5 Documentação do modelo de caso de uso 44

Aula 5. Modelagem de classe de objeto 57

5.1 Introdução 57

5.2 Identificação de classes 58

5.3 Identificação de atributos 58

5.4 Identificação de relacionamentos 59

5.5 Relacionamento entre classes 61

5.6 Diagrama de classe 62

Aula 6. Diagrama de interação 67

6.1 Introdução 67

13 Rede e-Tec Brasil


6.2 Componentes do diagrama de sequência 68

6.3 Diagrama de sequência 71

Aula 7. Desenvolvendo a análise de sistema 77

7.1 Introdução 77

7.2 Primeiro passo: entrevista com cliente 78

7.3 Segundo passo: especificação de requisitos 78

7.4 Terceiro passo: diagrama de casos de uso 78

7.5 Quarto passo: diagrama de classes 79

7.6 Quinto passo: diagrama de sequência 79

Palavras Finais 81

Guia de Soluções 82

Referências 86

Currículo da Professora-autora 87

Rede e-Tec Brasil 14


Aula 1. Visão geral da teoria de sistemas

Objetivos:

• identificar a origem da teoria geral dos sistemas, bem como os


conceitos de dado, informação e sistema de informação; e

• reconhecer o que é análise de sistemas e o que faz o analista


de sistemas.

Caro(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa primeira aula! Espero que possa percorrer o caminho


da nossa disciplina da melhor maneira possível. Passaremos juntos boa parte
da caminhada de sua formação. Espero contribuir para a sua aprendizagem.
Bons estudos.

1.1 Introdução
Nos dias de hoje, a informação, sob o impacto da utilização de tecnologia,
tem uma influência cada vez maior no mundo dos negócios. A empresa
que dispõe de mais informações sobre seu processo de negócio está em
vantagem competitiva. Isso coloca a informação como o recurso-chave de
competitividade efetiva e de diferencial de mercado.

A informação também é considerada e utilizada como um fator que ins-


trumentaliza e estrutura a tomada de decisão dentro de uma organização.
Dessa forma, é importante que sua leitura seja feita de forma mais precisa
possível, para que os tomadores de decisão não possam vir a incorrer em
erros.

Na criação de um sistema de informação, um dos seus componentes é o


sistema de software, compreendido de seus módulos funcionais para auto-
matizar e controlar as diversas tarefas.

Antes de tudo, vamos entender o que é um sistema?

Aula 1 - Conceitos básicos de dados 15 Rede e-Tec Brasil


1.2 Teoria geral dos sistemas
Um sistema é definido como um complexo de elementos em interação, sen-
do esta de natureza ordenada, gerando uma unidade.

Então, de acordo com a teoria geral dos sistemas:

Sistema é um conjunto de partes inter-relacionadas que se interagem para


alcançar um objetivo comum.

Todo sistema é composto por subsistemas. Além de visualizá-lo e entendê-


-lo na sua totalidade, temos que observar e compreender as partes que se
interagem para formá-lo.

Ex.: o corpo humano é um sistema formado de cabeça, tronco e membros


(subsistemas).

Um sistema computacional de RH é composto pelos subsistemas de folha de


pagamento, controle de frequência, gestão de pessoas etc.

Figura 1. Exemplo de sistema


Fonte: autor

Sistemas físicos ou concretos: quando compostos de equipamentos, são


denominados “hardware”.

Sistemas abstratos ou conceituais: quando compostos de conceitos, pla-


nos, hipóteses e ideias, são denominados “software”.

Rede e-Tec Brasil 16 Análise de Sistemas


Vamos entender agora outros conceitos: o que é dado, informação e sistema
de informação?

1.3 Conceito de dado, informação e


sistema de informação
Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só
não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação (OLIVEI-
RA, 2005). Representa a matéria-prima a ser utilizada na produção de in-
formações. Os dados partem inicialmente do olhar do observador sobre o
objeto a ser identificado na forma visual ou simbólica. Ex.: nomes, número,
modelo etc.

Informação é o dado processado. Ex.: relatório contábil, nome de cliente,


data de nascimento etc.

E então, o que é sistema de informação?

Sistema de informação é um conjunto de regras e procedimentos organi-


zados para o fornecimento de informações para o usuário. Ex.: sistema
contábil.

Todo sistema de informação é composto por três fases:

• a entrada de dados (considerados elementos brutos);

• o processamento desses dados em função das necessidades de informa-


ção a serem geradas; e

• a saída em forma de informação.

O processo pode ser realimentado pelo mecanismo de feedback, pelo qual


as saídas influenciam as novas entradas.

Figura 2. Modelo genérico de sistema


Fonte: autor

Aula 1 - Visão geral da teoria de sistemas 17 Rede e-Tec Brasil


1.4 Conceitos de análise de sistemas e
analista de sistemas
Vamos compreender o que é análise de sistemas:

Análise de sistemas é a atividade de realizar estudo dos processos, méto-


dos e técnicas de investigação e especificação da solução do problema, a fim
de, a partir dos requisitos levantados, encontrar o melhor caminho para a
criação de software.

A análise é o processo de separação das partes de um sistema para facilitar


o entendimento de sua natureza, funções e relações.

Podemos definir também análise de sistemas como o processo de analisar,


projetar e implementar sistema de software.

E o analista de sistemas?

Analista de sistemas é o(a) profissional que define o que, para que e de


que forma será desenvolvida uma solução executada pelo computador.

Resumo
Nesta primeira aula vimos que, nos dias de hoje, a informação, sob o impac-
to da utilização de tecnologia, tem uma influência cada vez maior no mundo
dos negócios. Apresentei também o conceito de sistema (um conjunto de
partes inter-relacionadas que se interagem para alcançar um objetivo co-
mum) através da teoria geral dos sistemas.

Conceituei ainda dados, informações e sistemas de informações. Vimos que


dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só
não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação, que in-
formação é o dado processado e que sistema de informação, por sua vez, é
um conjunto de regras e procedimentos organizados para o fornecimento
de informações para o usuário.

Por fim, apresentei-lhe que análise de sistemas é a atividade que consiste em


realizar estudo dos processos, métodos e técnicas de investigação e especi-
ficação da solução do problema, com a finalidade de, a partir dos requisitos
levantados, encontrar o melhor caminho para a criação de software, e que
analista de sistemas é o(a) profissional que define o que, para que e de que
forma será desenvolvida uma solução executada pelo computador.

Rede e-Tec Brasil 18 Análise de Sistemas


Atividade de aprendizagem
Desenvolva uma pesquisa sobre o papel do(a) analista de sistemas e seu
perfil profissional, bem como os tipos de sistemas de informação existentes.
Utilize a internet, livros ou outras mídias para concluir sua pesquisa.

Apresentei no conteúdo desta aula inicial alguns conceitos importantes,


como o que é sistema, dado, informação e análise de sistemas, para que
você, caro(a) estudante, possa começar a entender a composição e a es-
trutura conceitual de sistema. Assim terminamos a nossa primeira etapa.
Vamos em frente?

Aula 1 - Visão geral da teoria de sistemas 19 Rede e-Tec Brasil


Rede e-Tec Brasil 20 Análise de Sistemas
Aula 2. Modelagem de sistema

Objetivos:

• reconhecer o conceito de modelo do sistema; e

• identificar o que é um sistema orientado a objeto.

Prezado(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa segunda aula! Nesta aula você terá a oportunidade


de compreender alguns conceitos fundamentais para análise e projeto de
sistemas e a definição de análise orientada a objeto. Um dos intuitos é que
você possa conhecer e perceber a importância do uso dessa metodologia a
ser aplicada na modelagem de uma solução de sistema de software.

2.1 Introdução
Para a criação de um sistema de informação, primeiramente, é essencial de-
finir os objetivos a serem alcançados. Independentemente do método a ser
adotado para a análise e desenvolvimento de um sistema, tudo se inicia com
uma investigação das necessidades pelo cliente, seja ele interno (colabora-
dores dentro da mesma organização) e/ou externo. Assim, todo sistema de
informação é concebido para resolver um ou mais problema(s).

É preciso esgotar toda discussão sobre as necessidades reais para solucionar


o problema em questão, garantindo que o objetivo do sistema seja alcança-
do. E a complexidade do problema cresce à medida que cresce o tamanho
do sistema. Para entender a complexidade do problema e definir um modelo
ideal de solução, precisamos conhecer alguns conceitos da análise de siste-
ma que vão ajudar a moldar a melhor solução para um problema em estudo.

2.2 Conceito de modelo de sistema


O modelo conceitual descreve a visão que o usuário tem das informações
existentes que serão gerenciadas pelo sistema. Essas informações existentes

Aula 2 - Modelagem de sistema 21 Rede e-Tec Brasil


independem de um computador para transformá-las. O objetivo da análise é
estudar o problema, e o sistema computacional é uma solução automatizada
para resolvê-lo.

Imagine agora que você tenha que construir uma simples cadeira. A dificul-
dade que você encontraria poderia ser medida considerando o tempo e os
recursos necessários para a construção dessa cadeira. Você precisaria de ma-
deira, pregos, cola e ferramentas apropriadas. E o que fazer para construir
um mobiliário completo, como mesa e cadeiras? Com certeza não seria uma
tarefa tão simples. O tempo e os recursos seriam bem maiores. Certamente
para construir um mobiliário completo é necessário um planejamento de
design a ser seguido para a sua construção.

Assim como na construção do mobiliário completo, na construção de siste-


mas de software também é necessário um planejamento inicial, equivalente
ao projeto do design do mobiliário. Isso nos leva ao conceito de modelo.

Modelo é uma representação do sistema a ser desenvolvido. Ex.: desenho da


interface gráfica do sistema.

Por que construir modelo do sistema?

• Para ter um entendimento melhor da complexidade do sistema. Modelos


descrevem as características relevantes de um sistema. Os detalhes não
relevantes só aumentam a complexidade no entendimento do problema
e podem ser ignorados aplicando o princípio da abstração.

Usamos o conceito de abstração quando nos concentramos nas coisas que


consideramos essenciais e desprezamos as outras não relevantes dentro do
contexto da análise. È a visão que obtemos da realidade do mundo real. Ex.:
conceito de cadeira (assento, encosto) – abstração.

• Para difundir as informações relativas ao sistema entre os indivíduos en-


volvidos no projeto.

• Para gerenciar os custos no desenvolvimento do sistema. Erros identifi-


cados na fase de construção do modelo têm impacto menos desastroso.

Os modelos são representados por diagramas, que é a forma gráfica de ex-


pressar a ideia do sistema a ser desenvolvido.

Rede e-Tec Brasil 22 Análise de Sistemas


2.3 Conceito de sistema orientado a objeto
Vamos voltar ao conceito de sistema, estudado na primeira aula, em que
estabelecemos que um “sistema é um conjunto de partes inter-relacionadas
que se interagem para alcançar um objetivo comum”.

Fazendo uma analogia, um sistema de software pode ser formado por obje-
tos que se interagem através de mensagens para que uma tarefa computa-
cional seja realizada.

Aplicada, a orientação a objetos na modelagem de sistemas de software faz


com que os modelos construídos para solucionar um problema fiquem mais
próximos do mundo real e estabelece que qualquer coisa é um objeto que
pertence a uma classe, e esta é um repositório de informação associado ao
objeto.

• Para que você, caro(a) estudante, compreenda melhor a construção des-


sa modelagem, vou exemplificar o conceito de classe, objeto e suas ca-
racterísticas.

2.3.1 Conceito de classe e objeto


Definimos como objeto todas as coisas do mundo real e que fazem parte de
uma classe. Diz-se que um objeto é uma instância de uma classe.

Objeto é qualquer elemento do mundo real.

Ex.: bicicleta, professor, conta bancária, ícone etc.

Atributo é um conjunto de características de um objeto.

Ex.: nome de um livro, saldo bancário do cliente, modelo de um carro, cor


da caneta, graduação do professor etc.

Classe ou classe de objeto é uma abstração das características relevantes de


coisas do mundo real. È um conjunto de objetos que têm a mesma especi-
ficação.

Ex.1: Classe – aluno.

Objeto da classe - Pedro, Maria etc.

Aula 2 - Modelagem de sistema 23 Rede e-Tec Brasil


Atributos – matrícula, nome, endereço, notas, curso etc.

Ex.2: Classe – veículo.

Objeto da classe – ônibus, carro, moto etc.

Atributos - motor, marca, modelo etc.

2.3.2 Conceito de método e mensagem


Os métodos descrevem o comportamento do objeto, que são suas funciona-
lidades (funções, operações).

Os objetos interagem através do envio de mensagens. Isso significa que os


objetos estão enviando mensagens uns aos outros com o objetivo de realizar
alguma operação (requisitando serviço) no sistema.

Ex.: Classe: impressora.

Atributos: velocidade, resolução, processador.

Métodos: ligar / desligar, imprimirarquivo.

Ex.: o objeto Relatório Cadastro de Fornecedor envia mensagem Impri-


mirArquivo para o objeto impressora.

Figura 3. Representação gráfica de envio de mensagem entre objetos.


Fonte: autor

Ex.: Controle remoto envia mensagem Televisão

Rede e-Tec Brasil 24 Análise de Sistemas


Ex.: Classe de objeto: aluno.

Atributos: nome, matrícula, nota, média do aluno.

Método: calcularmédia (operação).

2.3.3 Princípio da abstração


O princípio da abstração, dentro do conceito da análise orientada a objeto,
define alguns mecanismos de análise para gerenciar a complexidade do pro-
blema e concentrar a atenção nas características essenciais de um objeto,
como os mecanismos encapsulamento, polimorfismo e herança.

2.3.3.1 Encapsulamento
O mecanismo de encapsulamento restringe o acesso às operações internas
realizadas por um objeto. Um objeto envia mensagem a outro objeto para
realizar determinada tarefa, sem se preocupar com o modo como a tarefa é
realizada. A aplicação desse mecanismo esconde os detalhes de funciona-
mento interno de um objeto. Nesse mecanismo, são disponibilizadas para
o usuário apenas as funções que o objeto executa através da interface do
sistema e encapsula a sua implementação, protegendo assim o acesso indis-
criminado aos dados.

O acesso é feito através de mensagens (operações) que são trocadas entre


objetos. A implementação do objeto pode ser modificada sem perder a sua
funcionalidade e a maneira como é operada e conhecida pelo usuário.

Figura 4. Exemplo de encapsulamento.


Fonte: autor

Na figura acima, temos o objeto computador e o objeto data show, em que


cada um tem suas funções. A integração entre eles é feita através da ligação
da saída de um objeto à entrada do outro objeto. O data show pode repro-
duzir as imagens do computador. A implementação está encapsulada no
próprio objeto. O usuário precisa saber apenas onde conectar a entrada de

Aula 2 - Modelagem de sistema 25 Rede e-Tec Brasil


um objeto e a saída do outro objeto para produzir a imagem.

2.3.3.2 Polimorfismo
No mecanismo denominado polimorfismo, um objeto pode enviar a mesma
mensagem para objetos semelhantes, mas as interfaces são implementadas
de formas diferentes.

Ex.:

Objeto DVD Objeto controle remoto Objeto televisão

Figura 5. Exemplo de polimorfismo. O objeto controle remoto envia mensagem


(requisitando serviço) para o objeto DVD e o objeto televisão.

2.3.3.3 Generalização de abstração (herança)


O mecanismo conhecido por generalização de abstração (ou simplesmente
herança) ocorre quando definimos um subconjunto de relacionamentos en-
tre elementos de duas ou mais classes.

Ex.: classe veículo é a generalização da classe motocicleta, pois toda moto-


cicleta é um veículo.

Por esse mecanismo podemos estabelecer relações entre as classes, compar-


tilhando os atributos e operações semelhantes.

Ex.: Classe pessoa

Figura 6. Exemplo de herança.

Rede e-Tec Brasil 26 Análise de Sistemas


2.3.4 Simbologia de classe
Padrões para definir os nomes das classes, objetos e atributos:

• usar nome no singular;

• sem hífens, tracinhos, espaços; e

• sem preposição (de, para, do etc).

Ex: Classe: cliente, produto, fornecedor, nomealuno etc.

NomeClasse
Atributos
Operações ( )

Figura 7. Representação gráfica de uma classe.

Resumo
Nesta aula você teve a oportunidade de aprender que modelo é uma repre-
sentação do sistema a ser desenvolvido (ex.: desenho da interface gráfica do
sistema) e que modelagem de sistemas de software consiste na utilização de
notações gráficas e textuais com o objetivo de construir modelos que repre-
sentam as partes essenciais de um sistema. Viu ainda o que é classe de obje-
to, método e mensagem, os princípios da abstração e a simbologia de classe.

Atividades de aprendizagem
1. Identifique as classes e seus atributos para os contextos:

a) A faculdade está ofertando o curso de técnicas em modelagem três vezes


na semana e aos sábados das 8 às 12hs.

b) O exército brasileiro está recrutando soldados de todos os estados para


compor uma equipe de elite, com formação de nível superior e que esteja
atuando na base há mais de 4 anos, com idade mínima de 25 anos e que
seja do sexo masculino.

Aula 2 - Modelagem de sistema 27 Rede e-Tec Brasil


2. Conhecendo os atributos e operações, determine as classes correspon-
dentes:

a) Classe: _______________________

Atributos: nome, matrícula, datanascimento, nota, média.

Operações: consultarnota, calcularmédia.

b) Classe: ___________________________

Atributos: nome, cargahorária, professorministrante.

Operação: atualizarcargahorária.

3. Identifique nas classes definidas abaixo quais atributos não fazem parte
do escopo do problema:

a) Classe: aluno

Atributos: nomealuno, matrícula, endereço, sexo, corcabelo, nota, média.

Operação: consultarnota, calcularmédia.

b) Classe: funcionário

Atributos: nomefunc, funçãofunc, preferênciasexual, saláriofunc.

Operação: calcularreajustesalarial.

4. Quantas classes podem ser identificadas com as figuras abaixo? E quais


são?

Professor Violão Computador Gato Carro

Piano Tablet Cachorro Coordenador

Rede e-Tec Brasil 28 Análise de Sistemas


5. Exemplifique o relacionamento de herança entre as classes pessoa e fun-
cionário.

6. Analisando os substantivos abaixo, identifique os que são candidatos à


classe.

a) Livro, autor, número de páginas, número da estante, assunto.

b) Carro, marca, motor, potência, número de chassis, piloto, autódromo,


número de voltas.

Chegamos ao fim do nosso segundo encontro. Você viu nesta segunda aula
a utilização dos conceitos da análise de sistema orientada a objeto, que
modela todas as coisas do mundo real em objetos do mundo virtual, com
suas características e classificações para apoiar a criação da melhor solução
através de uma representação gráfica de um problema em estudo. Espero
você na próxima aula. Até lá!

Aula 2 - Modelagem de sistema 29 Rede e-Tec Brasil


Rede e-Tec Brasil 30 Análise de Sistemas
Aula 3. Processo de desenvolvimento
de sistema

Objetivos:

• identificar as fases de análise de sistema; e

• construir um modelo ideal para a solução de um problema real.

Caro(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa terceira aula! Os motores já estão esquentando! Nesta


aula você vai conhecer as fases da análise de sistema, e trataremos, princi-
palmente, da fase que é o levantamento das informações para construir um
modelo ideal para a solução de um problema real. Mãos à obra!

3.1 Introdução
O principal objetivo do levantamento de requisitos para o desenvolvimento
de um software é que o usuário (cliente) e o analista (desenvolvedor) tenham
a mesma visão do problema a ser resolvido, e que juntos consigam definir as
necessidades (os requisitos) para a solução do problema.

O levantamento de requisitos que irá compor o sistema é a etapa mais im-


portante, porque é nessa fase que será definida a qualidade do sistema, que
é medida pela usabilidade do software. E a usabilidade será medida se os
requisitos atenderem às necessidades do usuário.

Um sistema de informação é utilizado para automatizar processos, e esses


processos e seus requisitos devem ser compreendidos antes do desenvolvi-
mento do sistema de informação.

3.2 Processo de desenvolvimento


O processo de desenvolvimento de software compreende as atividades de
levantamento de requisitos, análise, projeto, implementação e teste.

Aula 3 - Processo de desenvolvimento de sistema 31 Rede e-Tec Brasil


3.2.1 Levantamento de requisitos
Na fase de levantamento de requisitos, trabalha-se para levantar, analisar,
documentar e validar as necessidades do cliente ou de algum produto novo
dentro de um projeto de software. Essas necessidades são inicialmente de-
finidas como funcionalidades, ideias ou desejos de como o sistema deve
funcionar, e normalmente são transformadas em requisitos funcionais e não
funcionais do projeto.

Mas o que são requisitos?

Requisito é o que o sistema tem que ter para atender os objetivos para o
qual o sistema é criado.

E o que é requisito funcional?

Definimos a funcionalidade a ser desenvolvida para automatizar uma neces-


sidade do sistema.

Ex.: funcionalidade: existe uma necessidade de definir uma funcionalidade


no sistema para gerar um relatório de alunos por período.

Requisito funcional: o sistema deve permitir a geração de um relatório com


todas as informações de alunos ocorridas entre duas datas informadas pelo
usuário.

E requisito não funcional?

São definidos como requisitos não funcionais aqueles que descrevem apenas
atributos do sistema ou atributos do ambiente do sistema. São os requisitos
que geralmente estão mais ligados ao uso do software.

Ex.: o usuário, para ter acesso ao módulo de relatório através da interface do


sistema, precisa estar cadastrado e possuir um login e senha.

Uma maneira de reconhecer os requisitos do sistema é criar um questionário


intuitivo para identificar as funcionalidades do sistema e produzir um docu-
mento texto chamado de sumário executivo, que deve descrever o que o(a)
analista conseguiu pesquisar de relevante sobre o sistema em estudo e o que
o cliente espera que o sistema faça.

Rede e-Tec Brasil 32 Análise de Sistemas


Ex.: Questionário:

• Qual o nome da funcionalidade? Cadastro de aluno.

• Quais as informações que irão compor esse cadastro? Nome, endereço,


telefone, CPF, RG, e-mail etc.

• Onde essas informações serão armazenadas? Banco de dados, acesso


pela rede.

Com essas perguntas básicas, definimos alguns requisitos funcionais e não


funcionais para criar um cadastro de aluno.

• Certamente, para identificar todos os requisitos de um sistema, é neces-


sário um questionário mais detalhado.

Fazendo uma analogia, vou exemplificar um estudo de caso conhecido de


todos: como realizar o “Churrascão” de domingo.

• Nome da funcionalidade: Churrascão de domingo.

• Quais os requisitos funcionais do Churrascão: carne, tempero, carvão,


bebida, farofa, arroz.

• Quais os requisitos não funcionais do Churrascão: onde o evento (chur-


rascão) irá acontecer.

Vou aplicar agora outra metodologia para especificar os requisitos, exempli-


ficando um sumário executivo para um sistema em que as funcionalidades
são bem conhecidas de todos.

Ex.: sumário executivo: sistema de biblioteca.

Nesse documento é proposto o desenvolvimento de um sistema de controle


de uma biblioteca para informatizar as funções de empréstimo e devolução
de livros. O sistema deverá gerar relatório mensal de empréstimos por livro
e usuários cadastrados e calcular automaticamente os pagamentos de mul-
tas em caso de devolução fora do prazo estipulado pelo sistema. O sistema
deverá, ainda, inabilitar o cadastro de usuários da biblioteca que não devol-
verem os livros emprestados.

Aula 3 - Processo de desenvolvimento de sistema 33 Rede e-Tec Brasil


Esse documento descreve as principais necessidades e funcionalidades do
sistema a ser desenvolvido, e que serão mais bem estruturadas nas outras
fases do desenvolvimento.

Podemos criar uma tabela para identificar os requisitos para o sistema pro-
posto no sumário executivo.

Requisito funcional: emprestar livro


Descrição: o sistema deve registrar empréstimos de livros, informando o usuário e o livro emprestado, a data de
empréstimo e a data prevista de devolução.

Requisitos não funcionais: controle de acesso, identificação dos livros e identificação de usuários, armazenamento
dos dados
Descrição:
Controle de acesso Esta função só pode ser acessada por usuário do sistema
com perfil de administrador do sistema.
Identificação de livros Os livros serão identificados por um código de barras.
Identificação do usuário O usuário será identificado pelo seu CPF.
Armazenamento dos dados Os dados serão armazenados em um banco de dados.

Requisito funcional: devolver livro


Descrição: o sistema deve registrar a devolução de livros, checar a data de devolução, se não estiver dentro do prazo,
calcular multa sobre os dias de atraso.

Requisitos não funcionais: controle de acesso, identificação dos livros e identificação de usuários
Descrição:
Controle de acesso Esta função só pode ser acessada por usuário do sistema
com perfil de administrador do sistema.
Identificação de livros Os livros serão identificados por um código de barras.
Identificação do usuário O usuário será identificado pelo seu CPF.

Figura 8. Exemplo de tabelas que compõem os requisitos funcionais e não funcionais.

• A fase de levantamento de requisitos deve ser uma fase de descoberta,


em que o analista, cliente e usuários vão identificando as funcionalidades
e as restrições. Os requisitos não identificados nessa fase deverão ser
realocados ao longo do restante do processo de desenvolvimento. È pos-
sível também que os requisitos mudem durante o processo de desenvol-
vimento, e deve-se gerenciar esse tipo de mudança para eventualmente
realocar novos requisitos.

Rede e-Tec Brasil 34 Análise de Sistemas


3.2.2 Análise
Na fase da análise faz-se a investigação do problema. Essa fase é importante
para entender com clareza um problema de sistema de informação, e para
isso, o problema deve ser bem investigado.

A análise é para produzir uma ampla compreensão do problema, identifican-


do e avaliando as informações levantadas para o projeto de sistema.

3.2.3 Projeto
A fase do projeto propõe uma solução que atenda os requisitos levantados
na fase da análise, baseado no conhecimento adquirido.

A fase do projeto trata da construção das especificações detalhadas para a


construção do sistema.

Essas especificações incluem o projeto das interfaces, banco de dados, es-


trutura física e lógica, modelagem, processo, escopo, dicionário de dados e
cronograma.

São utilizados nessa fase os diagramas da UML, tais como diagrama de caso
de uso, diagrama de classe, diagrama de sequência etc., para a construção
do projeto.

3.2.4 Implementação
Nesta fase o sistema é codificado, ou seja, ocorre a tradução dos requisitos
especificados na fase do projeto em código executável através do uso das
linguagens de programação, como Java, frameworks e estruturas de dados.

3.2.5 Testes
Nesta fase são realizados testes para verificar se o sistema construído atende
às especificações detalhadas na fase do projeto e a geração de relatórios de
testes, que contém informações sobre os possíveis erros detectados.

• O envolvimento do cliente usuário é importantíssimo no desenvolvimen-


to de um software e para a satisfação do cliente.

Aula 3 - Processo de desenvolvimento de sistema 35 Rede e-Tec Brasil


Resumo
Nesta aula foram apresentadas algumas reflexões sobre a importância da
fase de levantamento de requisitos e como são identificados os requisitos
funcionais e não funcionais, através de uma tabela demonstrativa ou pelo
sumário executivo, para modelar as informações que farão parte do projeto
de desenvolvimento de um sistema de informação.

Atividades de aprendizagem
1. Tomando como base um cenário do mundo real, tente visualizar uma
necessidade de controle das informações de uma escola perto de sua casa
ou que você conheça. Procure conversar com alguém que tenha o conheci-
mento do trâmite das informações que devem ser controladas e, fundamen-
tando-se nos exemplos estudados, faça um levantamento de requisitos para
o desenvolvimento de um sistema escolar.

Responda o questionário proposto ou crie o seu questionário, baseado na


conversa com o seu cliente, nesse caso a escola.

Faça uma explanação inicial ao dirigente da escola sobre o propósito das


perguntas para que você, caro(a) estudante, possa criar uma base de conhe-
cimento sobre as necessidades de controlar determinadas informações de
uma escola para o desenvolvimento de um sistema de informação.

Questionário proposto:

a) Quais os objetivos do sistema?

b) Quais as atividades relacionadas ao sistema?

c) Quais os problemas referentes a cada atividade?

Rede e-Tec Brasil 36 Análise de Sistemas


d) Quais as prováveis soluções para os problemas de cada atividade?

e) Quais as informações envolvidas nas soluções?

f) Quais as decisões associadas à atividade?

g) Quais os produtos, bens ou serviços produzidos por cada atividade?

2. Escreva o sumário executivo para o sistema proposto.

3. Descreva os requisitos funcionais e não funcionais para o sistema propos-


to.

Aula 3 - Processo de desenvolvimento de sistema 37 Rede e-Tec Brasil


Dessa maneira terminamos a nossa terceira aula. Já estamos quase na me-
tade da nossa caminhada. Vamos prosseguir? Encontramo-nos na quarta
aula. Até!

Rede e-Tec Brasil 38 Análise de Sistemas


Aula 4. Metodologia para
desenvolvimento de projeto
de software

Objetivo:

• identificar a metodologia da linguagem UML.

Prezado(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa quarta aula! Nesta aula você vai conhecer a metodo-
logia da linguagem UML, aplicada para a análise e desenvolvimento de pro-
jeto de software. A UML é uma linguagem de modelagem padronizada que
permite visualizar e entender o relacionamento entre os objetos definidos.
Vamos à aula.

4.1 Introdução
UML quer dizer Unified Modeling Language (Linguagem de Modelagem
Unificada) e é uma linguagem que pode ser usada para descrever coisas
do mundo real. É uma linguagem padrão para a elaboração da estrutura
de projeto de software. A UML é utilizada para a modelagem de sistema,
abrangendo todas as visões necessárias ao desenvolvimento desse sistema,
independentemente da linguagem de programação a ser utilizada na imple-
mentação da solução do problema.

A UML é uma linguagem constituída de elementos gráficos (visuais), e a


partir desses elementos podem-se construir diagramas que vão representar
as diversas perspectivas para a construção de um sistema orientado a objeto.

• Sintaxe: cada elemento gráfico possui uma forma predeterminada de ser


desenhado.

• Semântica: cada elemento gráfico possui um significado e é utilizado


para algum fim.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 39 Rede e-Tec Brasil


Figura 9. Elementos gráficos da UML.

A utilização da UML como linguagem de modelagem, em um processo de


desenvolvimento, envolve a criação de diversos documentos.

• Estes documentos podem ser textuais ou gráficos.

• Estes documentos são denominados artefatos de software.

• São os artefatos que compõem as visões do sistema.

• Os artefatos gráficos produzidos durante o desenvolvimento de um sis-


tema de software são definidos através da utilização dos diagramas da
UML.

4.1.1 As 5 visões da UML


Segundo Bezerra (2011), a modelagem da arquitetura de um sistema abran-
ge como o sistema será construído.

• Visão de caso de uso: descreve o sistema de um ponto de vista externo


como um conjunto de interações entre o sistema e os agentes externos
ao sistema.

• Visão de projeto: enfatiza as características do sistema que dão suporte


às funcionalidades visíveis do sistema.

• Visão de implementação: abrange o gerenciamento de versões do sis-


tema, construídas através do agrupamento de módulos e subsistemas.

Rede e-Tec Brasil 40 Análise de Sistemas


• Visão de implantação: corresponde à distribuição física do sistema em
seus subsistemas e à conexão entre essas partes.

• Visão de processo: esta visão enfatiza as características de concorrência


(paralelismo), sincronização e desempenho do sistema.

Figura 9. Elementos gráficos da UML.

4.2 Ciclos iterativos


Uma vez feito o levantamento de requisitos, o próximo passo é organizá-los
de forma a abordá-los nos ciclos iterativos, que se baseiam em casos de uso.
Cada ciclo iterativo cumpre as fases de análise, projeto e programação.

O modelo iterativo incremental envolve a participação do usuário nas ati-


vidades de desenvolvimento do sistema, o que diminui a possibilidade de
interpretações erradas em relação aos requisitos levantados.

• Iterativo: o sistema de software é desenvolvido em vários passos simi-


lares.

• Incremental: em cada passo, o sistema é estendido com mais funciona-


lidades.

4.3 Caso de uso


Segundo Jacobson, caso de uso é um documento narrativo que descreve a
sequência de eventos de um ator que usa um sistema para completar um
processo.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 41 Rede e-Tec Brasil


Caso de uso é uma técnica de modelagem usada para descrever o que um
novo sistema deve fazer.

• É construído através de um processo interativo em que as discussões en-


tre o cliente e os analistas conduzem a uma especificação do sistema no
qual todos estão de acordo com o entendimento do projeto.

• Descreve as operações que o sistema deve executar para cada usuário.

• Apresenta uma lista completa das interações entre um usuário e o siste-


ma para cumprir uma tarefa do início até o fim.

Casos de uso estão associados a um conjunto de requisitos funcionais do sis-


tema e aos atores envolvidos. O objetivo é levantar informações sobre como
o sistema interage com os usuários.

• Descrever os requisitos funcionais do sistema.

• Fornecer uma descrição clara do que o sistema deve fazer.

• Permitir a descoberta dos requisitos funcionais das classes e operações


do sistema.

O(a) analista deve descrever “o que” acontece entre o usuário e o sistema,


sem se preocupar em informar “como” as interações vão ocorrer, nem com
qual interface comunicará usuário e sistema.

A narrativa do caso de uso deve enfatizar “o que” um processo faz e não


“como” o processo é efetuado. Deve descrever os principais fluxos de ações
do sistema e as sequências das possíveis exceções.

Um caso de uso tem passos obrigatórios que envolvem a troca de informa-


ções dos atores para o sistema e do sistema para os atores, e a falta deles faz
com que o caso de uso esteja incorretamente descrito.

No exemplo da aula anterior, na especificação dos requisitos de um sistema


de biblioteca, o fluxo principal do caso de uso de “emprestar livro” deve
conter obrigatoriamente os passos que indicam o momento nos quais o
atendente (usuário) identifica o cliente e o livro no sistema.

Rede e-Tec Brasil 42 Análise de Sistemas


Por que esses passos são obrigatórios?

Porque sem essas informações o sistema de biblioteca seria incapaz de re-


gistrar corretamente um empréstimo de livro. Não teria razão nenhuma para
um sistema, registrar um empréstimo de livro sem indicar quem é o cliente
que emprestou tal material.

A ausência de fluxo de interação que identifica essa troca de informação


entre o ator e sistema e sistema e ator deixa os casos de uso sem sentido.

Depois de descrever o fluxo principal do caso de uso, podemos analisar o


que poderia dar errado em cada um dos passos identificando os fluxos alter-
nativos (exceções).

Uma exceção é um evento capaz de impedir o prosseguimento do caso de


uso que não é tratado corretamente. A exceção não impede que o processo
seja iniciado, mas impede sua conclusão.

No exemplo do sistema de biblioteca, o fato de o cliente não possuir cadas-


tro válido não o impede de solicitar empréstimo de livro. Porém, a conclusão
do caso de uso vai depender se ele tem uma identificação. Então, o processo
foi iniciado, mas não pôde ser concluído. Cada exceção corresponde a uma
ramificação do fluxo principal, e deve ser tratada para que o processo possa
começar e terminar corretamente.

Ex.: Caso de uso: emprestar livro

Caso de uso: emprestar livro


Fluxo principal Exceções
1. O cliente seleciona os livros na biblioteca que deseja
emprestar.
2. O cliente informa ao funcionário seu nome e os livros
que serão emprestados. 3.1. O cliente não possui cadastro.
3. O funcionário informa o nome do cliente no sistema e 3.1.1 O cliente deve informar seus dados para cadastro.
inicia o processo de “emprestar livro”. 3.1.2 O funcionário registra o cadastro.
4. O funcionário registra cada livro no sistema. 3.1.3 Retorna ao fluxo principal 3.
5. O funcionário finaliza o processo de “emprestar livro”,
informando a data de devolução.
6. O Cliente deixa a biblioteca com os livros.

Figura 11. Exemplo de fluxo principal e exceções para um caso de uso.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 43 Rede e-Tec Brasil


4.4 Componentes de um modelo de
caso de uso
• Ator – papel que estimula/solicita ações/ eventos do sistema e recebe
reações. Pode participar de vários casos de uso.

• Caso de uso – documento narrativo que descreve a sequência de eventos


feitos por um ator no uso do sistema.

• Sistema – sistema a ser modelado.

Relacionamento

O relacionamento representa uma interação existente entre o sistema e seus


componentes com o ambiente externo. Ocorre de quatro maneiras diferen-
tes:

• Comunicação: representa troca de mensagens.

• Inclusão: representa um caso que, ao ser executado, deve executar um


outro caso de uso também.

• Extensão: representa um caso que, ao ser executado, pode ou não exe-


cutar um ou mais casos de uso também.

• Generalização: representa um caso de uso ou um ator que herda carac-


terísticas de outro caso de uso ou ator.

4.5 Documentação do modelo de caso


de uso
O modelo de casos de uso é composto por:

• diagrama de casos de uso;

• documentação dos atores; e

• documentação dos casos de uso.

4.5.1 Diagrama de casos de uso


O diagrama de caso de uso serve para dar suporte à parte escrita do mode-

Rede e-Tec Brasil 44 Análise de Sistemas


lo. Basicamente, um diagrama de caso de uso apresenta dois elementos: os
atores e os casos de uso.

Dependendo do grau de complexidade do sistema, o diagrama pode ser


apresentado:

• Exibindo um caso de uso de seus relacionamentos.

• Exibindo todos os casos de uso para um ator.

• Exibindo todos os casos de uso a serem implementados em um ciclo de


desenvolvimento.

Ex.: diagrama que representa a relação entre ator e o caso de uso.

Figura 12. Representação básica da UML.

A utilização de setas nas relações entre atores e casos de uso indica qual ator
ativa o caso de uso.

Ex.: relacionamentos em casos de uso.

Existem três tipos de relações entre casos de uso (inclusão, extensão e gene-
ralização):

• Relacionamento de inclusão

Um relacionamento de inclusão é uma relação através da qual um caso de


uso insere em seu interior um outro caso de uso, que isoladamente não teria
sentido. Ele é um integrante de um caso de uso maior e completo.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 45 Rede e-Tec Brasil


Figura 13. Representação da UML de relacionamento de inclusão em um caso de
uso.

• Relacionamento de extensão

Um relacionamento de extensão é uma relação entre dois casos de uso na


qual um caso de uso maior é estendido por um caso de uso menor. A ex-
tensão inclui algum serviço ou alguma funcionalidade que ocorrem em dada
situação.

Figura 14. Representação da UML de relacionamento de extensão em um caso de


uso.

• Relacionamento de generalização

Um relacionamento de generalização é uma relação entre um caso de uso


mais geral e um caso de uso mais específico. Podemos dizer que o caso de
uso mais geral é uma generalização (abstração) do caso de uso mais especí-
fico. A representação gráfica da UML para relacionamento de generalização
é uma reta que une os dois casos de uso. Essa reta possui um triângulo na
extremidade apontando para o caso de uso mais geral.

Rede e-Tec Brasil 46 Análise de Sistemas


Figura 15. Representação da UML de relacionamento de generalização entre casos
de uso.

4.5.2 Documentação dos atores


Deve conter uma breve descrição para cada ator.

4.5.3 Documentação dos casos de uso


Um caso de uso representa como os atores interagem com o sistema e como
o sistema responde. È iniciado por um ator ou por outro caso de uso.

Para cada caso de uso deverá existir:

• Um nome composto por um verbo seguido por um substantivo.

• Um identificador que permita identificá-lo de forma única.

• Uma pequena descrição do caso de uso.

• O nome do ator primário. Isto é, aquele que inicia o caso de uso.

• Os nomes dos atores secundários. Isto é, os demais atores participantes


do caso de uso, se existirem.

• Fluxo que representa a sequência de passos principais do caso de uso, o


qual é chamado de fluxo principal.

• Fluxo principal com alternativas independentes, o qual descreve a sequ-


ência de eventos alternativo(s) para um caso de uso.

• Fluxo principal com alternativas exclusivas entre si: descreve uma sequ-
ência de eventos alternativo(s) para um caso de uso, em que apenas um

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 47 Rede e-Tec Brasil


deles pode ocorrer por vez.

• Fluxo de exceção: descreve a sequência de eventos quando algo inespe-


rado acontece na interação entre ator e caso de uso.

Vou exemplificar a modelagem de um caso de uso: sistema de controle de


biblioteca.

Descrição do problema

O objetivo de um sistema para uma biblioteca é automatizar o controle de


empréstimo e devolução de livros.

O sistema deve manter o controle dos cadastros de usuários da biblioteca e


o acervo de livros, os empréstimos e devolução de livros pelos usuários da
biblioteca.

O usuário/cliente da biblioteca poderá acessar o sistema pela internet e fazer


a reserva e o cancelamento da reserva de livros.

Se o empréstimo do livro não for devolvido dentro do prazo estipulado, será


cobrada uma multa.

Para identificarmos os atores que irão interagir com o sistema, podemos


responder algumas perguntas, como:

• Qual o ator que irá operar o sistema? R: operador do sistema.

• Qual o ator que fará a manutenção do sistema? R: operador do sistema.

• Qual o ator que receberá as informações do sistema? R: operador do


sistema, usuário da biblioteca.

• Qual o ator que fornecerá as informações para o sistema? R: operador do


sistema, usuário da biblioteca.

Portanto, os atores identificados para interagir com o sistema são:

• Operador do sistema (bibliotecário) – responsável pelas operações de


controle de empréstimo e devolução de livros, controle do cadastro de

Rede e-Tec Brasil 48 Análise de Sistemas


usuários da biblioteca e controle do acervo dos livros.

• Usuário da biblioteca (cliente) – responsável por fornecer as informações


cadastrais, solicitar reserva de livro e cancelar reserva de livro.

Figura 16. Representação gráfica do caso de uso biblioteca.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 49 Rede e-Tec Brasil


Vou agora descrever cada caso de uso.

• O caso de uso deve receber um nome único.

• Os atores devem ser declarados.

• A declaração do caso de uso deve descrever o que ele realmente faz.

Caso de uso: controlar cadastro de livro


Objetivo: inserir, consultar, alterar, excluir dados de livro no sistema ou cancelar.
Ator principal: usuário (bibliotecário).
Ator secundário: SGDB (Sistema Gerenciador de Banco de Dados, onde ficarão armazenadas as informações).
Precondição: usuário (bibliotecário) ser identificado no sistema.
Fluxo Principal:
1. O sistema exibe a tela inicial para incluir as informações de cadastro do novo livro.
2. O sistema valida as informações inseridas pelo usuário (bibliotecário). Emite mensagem de “Dados Válidos”.
3. Caso de uso encerrado.
Fluxo Alternativo:
FA1. Consultar cadastro de livros
O sistema exibe a tela de consultar para informar o nome do livro.
O sistema exibe a lista de consulta de acordo com o filtro solicitado pelo usuário e detalha a informação.
O sistema solicita finalização da consulta (OK?).
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.
FA2. Alterar cadastro de livros
O sistema exibe a tela de alterar para informar o nome do livro.
O sistema mostra as informações sobre o livro especificado no filtro.
O usuário altera as informações desejadas.
O sistema valida as informações alteradas pelo usuário.
O sistema solicita finalização da alteração (OK?).
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.
FA3. Excluir livro do cadastro
O sistema exibe a tela de exclusão para informar o nome do livro.
O sistema mostra as informações sobre o livro especificado no filtro.
O sistema solicita confirmação de exclusão dos dados no cadastro de livros.
O usuário confirma a solicitação de exclusão.
O sistema valida opção pelo usuário.
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.
FA4. Cancelar operação
O sistema exibe a opção de cancelar. O usuário seleciona operação cancelar.
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.

Rede e-Tec Brasil 50 Análise de Sistemas


Caso de uso: controlar cadastro de usuário/cliente
Objetivo: inserir, consultar, alterar, excluir dados de cliente no sistema ou cancelar.
Ator principal: usuário (bibliotecário).
Ator secundário: SGDB (Sistema Gerenciador de Banco de Dados, onde ficarão armazenadas as informações).
Precondição: usuário (bibliotecário) ser identificado no sistema.
Fluxo Principal:
1. O sistema exibe a tela inicial para incluir as informações cadastrais do novo cliente.
2. O sistema valida as informações inseridas pelo usuário (bibliotecário). Emite mensagem de “Dados Válidos”.
3. Caso de uso encerrado.
Fluxo Alternativo:
FA1. Consultar cadastro de cliente
O sistema exibe a tela de consulta para informar a identificação do cliente.
O sistema exibe a lista de consulta de acordo com o filtro solicitado pelo usuário e detalha a informação.
O sistema solicita finalização da consulta (OK?).
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.
FA2. Alterar cadastro de cliente
O sistema exibe a tela de alterar para informar a identificação do cliente.
O sistema mostra as informações sobre o cliente especificado no filtro.
O usuário (bibliotecário) altera as informações desejadas.
O sistema valida as informações alteradas pelo usuário (bibliotecário).
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.
FA3. Excluir cliente do cadastro
Opção excluir: o sistema exibe a tela de exclusão para informar a identificação do cliente.
O sistema mostra as informações sobre o cliente especificado no filtro.
O sistema solicita confirmação de exclusão dos dados no cadastro de cliente.
O usuário (bibliotecário) confirma a solicitação de exclusão.
O sistema valida opção pelo usuário (bibliotecário).
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.
FA4. Cancelar operação
O sistema exibe opção de cancelar. O usuário (bibliotecário) seleciona operação cancelar.
O sistema retorna ao passo 3 do fluxo principal.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 51 Rede e-Tec Brasil


Caso de uso: emprestar livro
Objetivo: possibilitar que o cliente possa emprestar um livro.
Ator principal: usuário (bibliotecário).
Ator secundário: SGDB (Sistema Gerenciador de Banco de Dados, onde ficarão armazenadas as informações).
Precondição: usuário (bibliotecário) ser identificado no sistema.
Fluxo Principal:
1. O sistema exibe a tela inicial e usuário (bibliotecário) informa a identificação do cliente e do livro a ser emprestado.
2. O Sistema valida o cliente mostrando informações de cadastro.
3. O sistema verifica se existe uma reserva do livro para o cliente identificado.
4. O sistema verifica a disponibilidade de exemplar para o livro desejado.
5. O sistema registra o empréstimo e calcula prazo de devolução do livro.
6. O sistema emite recibo contendo as informações do empréstimo.
7. Caso de uso encerrado.
Fluxo Alternativo:
FA1. Reserva de livro para outro cliente
O sistema emite mensagem de “Livro Reservado” para o usuário (bibliotecário).
O sistema retorna ao passo 7 do fluxo principal.
FA2. Reserva do livro pelo cliente
O sistema dá baixa na reserva do livro pelo cliente.
O sistema retorna ao passo 4 do fluxo principal.
FA3. Renovar empréstimo
O sistema verifica o prazo de entrega e emite mensagem de “Renovar Empréstimo” para o usuário (bibliotecário).
O sistema retorna ao passo 5 do fluxo principal.
FA4. Cancelar empréstimo
O sistema exibe a opção cancelar. O usuário (bibliotecário) seleciona operação cancelar empréstimo.
O sistema retorna ao passo 7 do fluxo principal.

Caso de uso: devolver livro


Objetivo: possibilitar que o cliente devolva um livro emprestado.
Ator principal: usuário (bibliotecário).
Ator secundário: SGDB (Sistema Gerenciador de Banco de Dados, onde ficarão armazenadas as informações).
Precondição: usuário (bibliotecário) ser identificado no sistema.
Fluxo Principal:
1. O sistema exibe a tela inicial e usuário (bibliotecário) informa a identificação do cliente e do livro a ser devolvido.
2. O Sistema valida o cliente mostrando informações de cadastro.
3. O sistema identifica registro de empréstimo.
4. O usuário (bibliotecário) confirma devolução do livro.
5. O sistema registra a devolução e verifica se houve atraso no prazo de devolução do livro.
6. O sistema emite mensagem de “Devolução no Prazo”.
7. Caso de uso encerrado.
Fluxo Alternativo:
FA1. Devolução em atraso.
O sistema calcula o número de dias em atraso e o valor da multa.
O sistema emite recibo de pagamento no valor da multa.
O usuário (bibliotecário) registra o pagamento da multa no sistema.
O sistema retorna ao passo 7 do fluxo principal.

Rede e-Tec Brasil 52 Análise de Sistemas


Vamos determinar algumas regras básicas que definirão a política de contro-
le do sistema de biblioteca.

Regras de negócio
RN01. No sistema de controle de biblioteca, um cliente não pode ter mais de uma reserva de livro em seu nome.
RN02. Depois de feita a reserva de um livro, o cliente tem prazo de 48 horas para a retirada do livro na biblioteca.
RN03. Um cliente só pode ter dois livros em seu poder ao mesmo tempo.
RN04. O valor da multa a ser aplicada é de R$ 2,00 por dia de atraso.

Resumo
A UML é uma linguagem de modelagem padronizada que permite visualizar
e entender o relacionamento entre os objetos definidos.

A identificação dos casos de uso de um sistema é, em muitas vezes, um


processo intuitivo, em que a utilização da UML permite especificar as fun-
cionalidades do sistema e a relação existente entre os atores através do dia-
grama. E através do documento de caso de uso, no qual é declarado o fluxo
principal e os fluxos alternativos, que será descrito como cada caso de uso
deve funcionar.

A declaração das regras de negócio vai definir a política adotada para o tra-
tamento das particularidades das funcionalidades do sistema.

Atividades de aprendizagem
1. Descrição do problema: cliente dirige-se ao caixa eletrônico do banco para
retirar dinheiro de sua conta corrente e fazer uma transferência bancária.

• Especificado o diagrama de caso de uso abaixo, gerar o documento do


caso de uso para o diagrama proposto, descrevendo o fluxo principal e
alternativo e as regras de negócio.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 53 Rede e-Tec Brasil


2. Escrever a declaração dos casos de uso “Reservar Livro” e “Cancelar Re-
serva”, conforme diagrama (Figura 16) do exemplo proposto nesta quarta
aula: sistema de controle de biblioteca.

3. Descrição do problema: a escola de sua cidade disponibilizou via internet,


no site oficial, o preenchimento de cadastro para reserva de matrícula para
o ano letivo. A escola quer ter uma estatística do quantitativo de novas ma-
trículas para a criação de infraestrutura para o próximo período. Cada can-
didato irá informar seus dados cadastrais e o período desejado. O candidato
poderá consultar o número de vagas disponíveis para cada período letivo.
Através de sua inscrição, o candidato irá acompanhar a data prevista para
realizar a sua matrícula na escola.

Identificar os casos de uso do problema descrito.

Rede e-Tec Brasil 54 Análise de Sistemas


Identificar os atores de cada caso de uso do problema descrito.

Criar o diagrama de caso de uso para o problema descrito.

Escrever o documento de cada caso de uso identificado.

Definir as regras de negócio para o problema proposto.

Chegamos à metade da nossa disciplina. Ainda temos um bom caminho a


percorrer. Espero por você na nossa próxima aula.

Aula 4 - Metodologia para desenvolvimento de projeto de software 55 Rede e-Tec Brasil


Aula 5. Modelagem de classe
de objeto

Objetivo:

• construir um diagrama de classes através da linguagem UML.

Caro(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa quinta aula! Estamos entrando na segunda metade da


nossa disciplina. Vamos, nesta aula, partindo do modelo de casos de uso,
construir através da linguagem UML o diagrama de classes identificando as
classes de objeto.

E então, o que é o diagrama de classe da UML?

5.1 Introdução
O diagrama de classe da UML é uma ferramenta utilizada para a construção
do modelo de classes de objetos para a documentação de software.

Identificamos o levantamento das classes do sistema pelos casos de uso defi-


nidos no projeto do sistema. Uma classe descreve um grupo de objetos com
propriedades (atributos), comportamento (operações) e os relacionamentos,
e pode ser empregada em mais de um caso de uso.

O modelo de caso de uso representa a visão do sistema do ponto de vista ex-


terno, no qual os atores visualizam as solicitações de informação, requisitos
de cálculo etc. Porém, os objetos precisam trocar informações, ter uma inte-
ração uns com os outros para produzir os resultados que o sistema requer.

Como vimos na segunda aula deste caderno, a representação gráfica de


uma classe é composta de 3 (três) partes: o nome da classe, declaração dos
atributos e a declaração das operações.

Aula 5 - Modelagem de classe de objeto 57 Rede e-Tec Brasil


NomeClasse
Atributos
Operações ( )

Figura 17. Representação gráfica de uma classe.

5.2 Identificação de classes


O primeiro passo para identificar as classes que vão fazer parte da mode-
lagem do sistema é fazer uma leitura do levantamento de requisitos para
determinar os substantivos que possam ser classificados como os possíveis
candidatos as classes. Nessa leitura serão verificados quais os eventos que
fazem parte do requisito, quem (clientes, alunos etc.) interage direta ou
indiretamente com o sistema, locais que fazem parte do problema, como
departamentos, setores, projetos que são informações relevantes para a mo-
delagem do sistema. E em uma classe precisam ser identificados pelo menos
dois ou mais atributos.

5.3 Identificação de atributos


Os atributos representam as propriedades de uma entidade ou de um re-
lacionamento que está associado a um conjunto de valores válidos para o
atributo.

Graficamente é representado por uma elipse.

Figura 18. Representação gráfica de uma entidade e seus atributos.

Os relacionamentos também podem ter atributos específicos que identifi-


cam relações.

Rede e-Tec Brasil 58 Análise de Sistemas


Figura 19. Representação gráfica de atributos de relacionamento.

5.4 Identificação de relacionamentos


O que é relacionamento?

Relacionamento é a associação entre os objetos durante a execução do sis-


tema. Cada associação tem uma cardinalidade que indica quantos objetos
podem participar de um relacionamento.

Definimos o relacionamento entre as entidades representado em um diagra-


ma entidade/relacionamento através de uma linha unindo as entidades com
um losango ao meio, com o nome do relacionamento (um verbo).

• Vamos ver uma das características dos relacionamentos, que é a cardina-


lidade. A cardinalidade representa o número de vezes que cada elemento
de uma entidade pode participar da relação.

Aula 5 - Modelagem de classe de objeto 59 Rede e-Tec Brasil


Vamos exemplificar para entender melhor.

Ex1.: Cardinalidade (N:N)

Podemos dizer que cada entidade de pacientes se relaciona por meio de


consultar com várias entidades de médicos. Da mesma forma que uma en-
tidade de médico se relaciona por meio de consultar com várias entidades
de pacientes.

Consideramos nesse exemplo que muitos médicos podem consultar muitos


pacientes e que muitos pacientes podem se consultar com muitos médicos.

Ex2.: Cardinalidade (1:1)

A entidade empregado se relaciona por meio do relacionamento coordenar


com a entidade departamento.

Podemos dizer que um único empregado exerce a função de coordenar um


único departamento.

Ex3.: Cardinalidade (1:N)

Rede e-Tec Brasil 60 Análise de Sistemas


No exemplo acima, o 1 anotado na aresta que liga alocar e departamento,
indica que cada entidade de departamento pode estar relacionada por meio
de alocar com no máximo uma entidade de departamento. E o N anotado
na aresta que liga alocar e empregado, indica que cada entidade de departa-
mento pode estar relacionada por meio de alocar com um número qualquer
de entidades de empregado.

Podemos dizer que um departamento pode alocar vários empregados, ou


vários empregados são alocados por um departamento.

5.5 Relacionamento entre classes


Tipos de relacionamento entre classes e objetos:

• Relacionamento por associação

• Relacionamento por agregação

• Relacionamento por composição

• Relacionamento por generalização (herança)

5.5.1 Relacionamento por associação


O relacionamento por associação representa as ligações entre os objetos de
duas classes.

5.5.2 Relacionamento por agregação


O relacionamento por agregação é uma associação na qual o elemento as-
sociado é parte do elemento principal. É representado por uma haste com
o símbolo de um diamante junto à classe agregadora.

Aula 5 - Modelagem de classe de objeto 61 Rede e-Tec Brasil


5.5.3 Relacionamento por composição
O relacionamento por composição é um tipo de agregação em que a parte
indicada deve necessariamente existir. Não podemos pensar no objeto da
classe principal sem os objetos que o compõem.

5.5.4 Relacionamento por generalização


(herança)

Definimos que as classes pessoa_física e pessoa_jurídica herdam as caracte-


rísticas da classe pessoa.

5.6 Diagrama de classe


Vamos considerar o sistema de controle de biblioteca, definido na quarta
aula para identificarmos as classes do projeto. Nesta fase de análise, e co-

Rede e-Tec Brasil 62 Análise de Sistemas


nhecendo os casos de uso do sistema, podemos desenhar o diagrama de
classe que irá representar o agrupamento dos objetos e seus relacionamen-
tos.

Consideremos:

• Casos de uso principal: reservar livro, cancelar livro, controlar cadastro


de livro, controlar cadastrar usuários, emprestar livro, devolver livro.

• Objetos: livro, funcionário, cliente, empréstimo, devolução, reserva, pa-


gamento, prazos.

–– o que o sistema vai controlar?


–– como o sistema vai controlar?
–– quem vai utilizar o sistema?

• Classes: livro, funcionário, cliente, empréstimo, devolução, reserva.

• Operações: incluir, alterar, excluir, consultar.

Vou exemplificar um caso de uso para melhor entender o diagrama de clas-


ses

Caso de uso 1: controlar cadastro de livro

Podemos dizer que um funcionário opera as funções de controle de vários


livros.

Aula 5 - Modelagem de classe de objeto 63 Rede e-Tec Brasil


Caso de uso 2: controlar empréstimo de livro

Podemos dizer que um funcionário controla um ou mais de um empréstimo


de livro solicitado por um cliente.

Resumo
Nesta aula você observou que o diagrama de classe da UML é uma ferra-
menta utilizada para a construção do modelo de classes de objetos para
a documentação de software. Você teve a oportunidade de aprender que
o primeiro passo para identificar as classes que vão fazer parte da mode-
lagem do sistema é fazer uma leitura do levantamento de requisitos para
determinar os substantivos que possam ser classificados como os possíveis
candidatos as classes. Por fim, você viu que relacionamento é uma associa-
ção entre os objetos durante a execução do sistema e que cada associação
tem uma cardinalidade que indica quantos objetos podem participar de um
relacionamento.

Rede e-Tec Brasil 64 Análise de Sistemas


Atividade de aprendizagem
1. Escrever o diagrama de classe para todos os casos de uso do sistema de
controle de uma biblioteca, conforme o modelo estudado nesta aula.

Como vimos nesta aula, as classes e objetos são elementos construtivos de


um sistema.

A notação UML facilita o entendimento e a definição dos relacionamentos


existentes entre as classes e objetos para a realização dos casos de uso. E
então, vamos em frente?

Aula 5 - Modelagem de classe de objeto 65 Rede e-Tec Brasil


Aula 6. Diagrama de interação

Objetivos:

• construir um diagrama de sequência através da linguagem


UML; e

• reconhecer os componentes do diagrama de sequências.

Prezado(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa sexta aula! Agora você terá a oportunidade de apren-


der como se constrói, através da linguagem UML, o diagrama de sequência,
que é de interação e descreve a sequência de mensagens enviadas e recebi-
das pelos objetos de um caso de uso. Podemos seguir?

6.1 Introdução
O diagrama de sequência da UML descreve a lógica de um cenário espe-
cífico de como um caso de uso é implementado e como as classes trocam
mensagens na realização do caso de uso na sequência em que acontecem
os eventos.

• Um diagrama de sequência é um diagrama de objetos que contém um


conjunto de objetos de diferentes classes.

• Os diagramas de sequência têm este nome porque descrevem ao longo


de uma linha de tempo a sequência de comunicações entre objetos.

• Como podem existir muitos processos em um sistema, é favorável a


construção dos diagramas de sequência por caso de uso.

As classes e os atores são representados na parte superior do diagrama de


sequência. As setas que interagem uma classe com a outra representam os
envios de mensagens, e as linhas pontilhadas que saem das classes posicio-

Aula 6 - Classificação: Algoritmos de Pesquisa 67 Rede e-Tec Brasil


nam as mensagens no diagrama de sequência.

Vamos ver quais são os componentes do diagrama de sequência.

6.2 Componentes do diagrama de


sequência
Componentes:

O diagrama de sequência possui dois eixos:

• o eixo horizontal mostra um conjunto de objetos; e

• o eixo vertical mostra o tempo.

Relacionados a estes eixos estão:

• classes e objetos;

• linhas da vida;

• mensagens; e

• barras de ativação.

Classes e objetos

• São representados por um retângulo possuindo o nome do objeto e o


nome da classe separado por dois pontos (“:”).

Representação gráfica

Linhas da vida

• Um objeto possui uma linha pontilhada vertical, chamada de linha de

Rede e-Tec Brasil 68 Análise de Sistemas


vida do objeto, que representa sua existência.

• Quando um objeto é excluído, a sua linha de vida é interrompida e um


“X” é usado para indicar a destruição.

Mensagens

• Uma mensagem é uma troca de comunicação entre objetos (emissor e


receptor) e espera uma resposta (ação ou atividade).

Existem vários tipos de mensagens. Vamos ver quais são eles?

6.2.1 Tipos de mensagens


As mensagens podem ser:

• simples;

• síncrona;

• assíncrona;

• retorno; e

• reflexiva.

Aula 6 - Diagrama de interação 69 Rede e-Tec Brasil


Fonte: Bezerra (2011)

• Mensagem simples: mostra como a comunicação é passada de um obje-


to para outro.

• Mensagem síncrona: indica que o objeto remetente espera que o objeto


receptor processe a mensagem antes de recomeçar o seu processamento.

• Mensagem assíncrona: quando o objeto envia a mensagem e continua


seu processamento, não espera a resposta para prosseguir. Dois métodos
são executados simultaneamente.

• Mensagem reflexiva: um objeto pode enviar mensagem para si próprio.


O objeto pode requisitar a execução de uma operação definida na sua
própria classe.

Figura 20. Representação gráfica de mensagem reflexiva no diagrama de sequência.

Rede e-Tec Brasil 70 Análise de Sistemas


Segundo Vergilio, uma mensagem implica na existência de uma opera-
ção no objeto receptor. A resposta do objeto receptor ao recebimento de
uma mensagem é a execução da operação correspondente. Disponível em:
<http://www.inf.ufpr.br/silvia/ESNovo/UML/ppt/DiagIntera.ppt> Acesso em
27 nov.2013

6.3 Diagrama de sequência


Exemplificarei o diagrama de sequência para o caso de uso: emprestar livro.

A figura 21 demonstra o sistema interagindo com a interface gráfica e o


banco de dados do sistema, que efetuará as atualizações e busca de infor-
mação.

O sistema disponibiliza a interface do caso de uso efetuar empréstimo, no


qual através da solicitação de empréstimo o usuário começa a interagir com
o sistema informando o nome do livro desejado. O sistema recupera essa
informação no banco de dados, e exibe na tela as informações do livro.
O sistema solicita, então, confirmação do empréstimo do livro. O usuário
confirma solicitação de empréstimo e o sistema atualiza e grava no banco
de dados as informações referentes ao empréstimo. O sistema retorna para
o usuário a informação da data de devolução do livro e encerra o processo.

Figura 21. Diagrama de sequência do caso de uso: efetuar empréstimo.

Aula 6 - Diagrama de interação 71 Rede e-Tec Brasil


Ficou difícil de entender? Vamos lá!

O diagrama de sequência é a representação passo a passo da troca de infor-


mação (mensagem) entre os objetos de um sistema. Ele retrata um conjunto
de cenários que faz a interação entre o usuário (ator) e a interface gráfica,
que relaciona o ator e o sistema (algoritmo), sendo este responsável por pro-
cessar e atualizar a informação que está num repositório de dados (banco
de dados).

Mostrarei outro caso de uso: efetuar devolução.

A figura exposta anteriormente mostra a interação do usuário (bibliotecário)


com a interface gráfica para saber se existe empréstimo, após validar o nome
do cliente no banco de dados. Se houver devolução de livro ligado ao objeto
cliente, o sistema envia mensagem, interagindo com a interface, mostrando
as informações do empréstimo, a data de devolução e a multa, se a devolu-
ção estiver fora do prazo.

Exemplificarei agora o diagrama de sequência para o caso de uso: validar


usuário.

Figura 22. Exemplo do diagrama de sequência para o caso de uso: efetuar devolu-
ção.

A figura da proxima página mostra a funcionalidade do sistema solicitando


ao usuário a sua identificação (matrícula/senha) através da interface gráfica
e recuperando e validando o usuário na base de dados.

Rede e-Tec Brasil 72 Análise de Sistemas


Ilustrarei o diagrama de sequência para o caso de uso: renovar empréstimo.

Figura 23. Exemplo do diagrama de sequência para o caso de uso: validar usuário.

A figura a seguir apresenta o diagrama de sequência no qual o sistema


solicita o nome do livro a ser renovado no empréstimo. O sistema resgata
essa informação na base de dados, recupera o objeto livro e verifica se está
disponível para renovação, e por fim encaminha mensagem de OK através
da interface.

Figura 24. Exemplo do diagrama de sequência para o caso de uso: renovar emprés-
timo.

Aula 6 - Diagrama de interação 73 Rede e-Tec Brasil


Resumo
Você viu nesta aula que o diagrama de sequência da UML indica a cronologia
de ocorrência das mensagens entre objetos para realizar um procedimento
em um sistema. Observou ainda que ele tem este nome porque descreve
através da linha de tempo a sequência de comunicação (troca de mensagem)
entre objetos. Ao final do capítulo você também teve a oportunidade de
aprender que, para cada caso de uso, é construído um diagrama de sequ-
ência que representa um conjunto de cenários que faz a interação entre os
atores, a interface e os objetos.

Atividades de aprendizagem
1. De acordo com a descrição da atividade 1 da quarta aula deste caderno,
escreva os diagramas de sequência para o problema proposto.

Sugiro utilizar uma ferramenta de design, como o Visio da Microsoft.

Rede e-Tec Brasil 74 Análise de Sistemas


2. De acordo com a atividade 3 desenvolvida, também, na quarta aula deste
caderno, escreva os diagramas de sequência para os casos de uso do pro-
blema proposto.

E assim terminamos o nosso sexto encontro. Só falta uma aula para termi-
narmos a nossa disciplina. Vamos prosseguir? Um grande abraço e até a
nossa sétima aula.

Aula 6 - Diagrama de interação 75 Rede e-Tec Brasil


Aula 7. Desenvolvendo a análise de
sistema

Objetivos:

• sintetizar os principais passos a serem identificados no processo


da análise de sistemas; e

• identificar na análise como o sistema vai utilizar os recursos de


dados.

Caro(a) estudante,

Bem-vindo(a) à nossa sétima aula! Agora vamos construir o processo da aná-


lise de sistemas passo a passo, como um roteiro a seguir para a construção
de um software.

7.1 Introdução
Antes de você projetar um novo sistema, é importante estudar o sistema que
será desenvolvido ou substituído.

A análise de sistemas não é um estudo preliminar. Ela é um estudo em pro-


fundidade sobre necessidades de informação do usuário final e produz re-
quisitos funcionais que são utilizados como base para o projeto de um novo
sistema de informação.

Todo projeto de software é motivado por alguma necessidade de negócio: a


necessidade de corrigir um defeito em uma aplicação existente; a necessida-
de de controlar o negócio; a necessidade de criar um novo produto, serviço
ou sistema.

O sucesso de um sistema baseado em computadores pode ser medido de


muitas formas, mas a satisfação do cliente encontra-se em primeiro lugar.
Se você entender como os usuários finais querem interagir com um sistema,
então você estará capacitado(a) a caracterizar os requisitos e a construir mo-
delos de análise e projetos proveitosos.

Aula 7 - Desenvolvendo a análise de sistema 77 Rede e-Tec Brasil


Portanto, a modelagem de requisitos com UML começa com a criação de
cenários na forma de casos de uso, diagrama de atividades e diagrama de
classes.

Posso agora sintetizar os principais passos para a análise de sistemas porque


você já conhece todos os conceitos de sistema, conceitos de classes e obje-
tos, modelagem e o uso da linguagem UML.

7.2 Primeiro passo: entrevista com cliente


Como primeiro passo para o desenvolvimento de um software, após identi-
ficar e conhecer a oportunidade de negócio, o(a) analista deverá visitar seu
cliente para captar os requisitos, conhecer as informações sobre o negócio
a ser controlado, descobrir a real necessidade do cliente. Esses requisitos
específicos de cada processo do sistema serão obtidos em uma entrevista
com seu cliente.

O(a) analista deve seguir as normas gerais de entrevista. Não se esquecer de


fazer todas as anotações necessárias, conseguir cópias de fichas, relatórios
ou planilhas existentes utilizados nos processos manuais que serão informa-
tizados.

7.3 Segundo passo: especificação de requi-


sitos
Após a captação dos requisitos, eles devem ser transcritos em um modelo de
formulário, no qual o(a) analista possa entender o que o cliente deseja, ou
seja, o problema a ser resolvido.

Assunto verificado na terceira aula.

Essa organização facilita a especificação dos requisitos e a identificação dos


atributos do sistema a ser desenvolvido.

7.4 Terceiro passo: diagrama de casos


de uso
Após a especificação dos requisitos, você pode utilizar o diagrama de casos
de uso para identificar os atores e seus relacionamentos do cenário estuda-
do, conforme a quarta aula.

Rede e-Tec Brasil 78 Análise de Sistemas


7.5 Quarto passo: diagrama de classes
A partir da identificação das classes de entidades, extraídas do problema es-
tudado, que representam coisas que devem ser armazenadas em um banco
de dados, podemos elaborar o diagrama de classes, que é fundamental para
a implementação do software, conforme a nossa quinta aula.

7.6 Quinto passo: diagrama de sequência


A partir do diagrama de casos de uso, podemos fazer o diagrama de sequên-
cia/atividade, que destaca a interação do “ator” com as diferentes interfaces
oferecidas pelo sistema, conforme a nossa sexta aula.

Resumo
As tarefas de especificação de requisitos são conduzidas para estabelecer
uma base para a construção do sistema. A especificação de requisitos ocor-
re durante as atividades de comunicação com o cliente e de modelagem
do sistema a ser desenvolvido. Os interessados estabelecem os requisitos
básicos do problema, definem restrições e tratam as principais característi-
cas e funções que têm de estar presentes para que o sistema atenda seus
objetivos. Cada requisito e o modelo de análise como um todo é validado
em relação às necessidades do cliente para garantir que será construído o
sistema correto.

Atividade de aprendizagem
Como sugestão, exercite cada passo do processo da análise de sistema para
o cenário sugerido.

Cenário: um hospital deseja informatizar os processos de agendamento de


consulta e internação dos pacientes. O hospital tem várias atendentes res-
ponsáveis pelo preenchimento da ficha dos pacientes, que contém dados
como o número de identificação, nome, endereço, cidade, telefone, e-mail,
data de nascimento, nome da mãe. As atendentes também agendam os
pacientes, anotando o dia, mês, ano, horário e o nome do médico. Atual-
mente o processo é feito manualmente com uma agenda para cada médico.
Os médicos possuem especialidades diferentes, além de seus dados pessoais,
como CRM, nome, endereço, telefone, e-mail.

Aula 7 - Desenvolvendo a análise de sistema 79 Rede e-Tec Brasil


E assim terminamos a nossa sétima e última aula. Espero que tenha apro-
veitado bem a nossa disciplina. Na sequência ainda tenho algumas palavras
para você. Um grande abraço.

Rede e-Tec Brasil 80 Análise de Sistemas


Palavras Finais

Prezado(a) estudante, quero compartilhar com você esta vitória de ter chega-
do ao final desta disciplina. Sabemos que a disciplina de Análise de Sistemas
é o trampolim para o ingresso na carreira de desenvolvimento de software.
Então continue firme!

Espero que você tenha gostado do conteúdo e mergulhado no entendimen-


to deste mundo virtual.

Faça contato conosco para expor as suas expectativas de aprendizagem e


se elas foram atendidas no conteúdo deste caderno. O seu entendimento e
aprendizado são muito importantes para mim e para todos que fazem parte
da Rede e-Tec Brasil.

Mas quero que você saiba, caro(a) estudante, que isto é só o começo. Con-
tinue estudando, pesquisando, elaborando projetos. Conte com a ajuda de
ferramentas como a internet, livros e este canal de aprendizagem da Rede
e-Tec Brasil.

Parabéns e sucesso!

81 Rede e-Tec Brasil


Guia de Soluções

Aula 1

Espera-se que o(a) estudante seja capaz de relatar os princípios fundamen-


tais e os tipos de sistema de informação, bem como o papel fundamental
do(a) analista no processo de desenvolvimento de software.

Aula 2

2.

a) Classe aluno

b) Classe disciplina

3.

a) Atributo = CorCabelo

b) Atributo = PreferenciaSexual

4.Classes: Professor/Coordenador

Animais

Instrumento Musical

Hardware

5. Espera-se que o(a) estudante aplique as regras de herança estudada nesta


aula.

6.

a) Livro, autor

b) Carro, piloto, autódromo

Aula 3

Rede e-Tec Brasil 82 Análise de Sistemas


1. Espera-se que o(a) estudante seja capaz de aplicar a lógica estudada nesta
terceira aula. Ele(a) deve fazer o levantamento das informações baseadas nas
necessidades de controle de uma escola, respondendo os questionamento a
seguir. Como sugestão:

a) O sistema deverá fazer o controle de notas e frequências dos alunos da


escola.

b) Espera-se que o(a) estudante descreva as operações necessárias para


manter o controle de notas e frequências no sistema da escola.

c) Espera-se que o(a) estudante narre as dificuldades encontradas pelo clien-


te no controle de tais informações.

d) Descrever as possíveis soluções que você visualiza, tendo como base os


conceitos estudados nesta aula.

e) Descrever os requisitos de informações que a escola precisa para controlar


as notas e frequências.

f) Espera-se que o(a) estudante defina a lógica de requisitos de acordo com


a real necessidade do cliente e defina também junto com o cliente as regras
de negócio do sistema, como: “aluno com média abaixo de 5,0, emitir men-
sagem de REPROVADO”.

g) A partir da análise das necessidades do cliente, descrever o que você,


como analista, pode sugerir de melhorias para os requisitos do sistema.

2. Espera-se que o(a) estudante aplique os conceitos estudados nesta tercei-


ra aula.

3. Espera-se que o(a) estudante defina os requisitos funcionais e não fun-


cionais do sistema estudado, conforme exemplos observados nesta terceira
aula.

Aula 4

1. Espera-se que o(a) estudante descreva os casos de uso para o exemplo já


mapeado.

83 Rede e-Tec Brasil


2. Espera-se que o(a) estudante desenvolva a atividade conforme exemplos
estudados nesta quarta aula.

3. Espera-se que o(a) estudante identifique os casos de uso, como sugestão:

- Preencher cadastro

- Consultar o número de vagas

- Consultar data prevista para matrícula

- Gerar informações estatísticas.

Atores identificados:

- Candidato (aluno); e

- Dirigente da escola (ator que vai gerenciar as informações do sistema).

Espera-se que o(a) estudante faça o diagrama de casos de uso, o documento


de casos de uso e defina as regras dos casos de uso, conforme exemplos
estudados nesta quarta aula.

Aula 5

As atividades 1 e 2 são sugestivas para que o(a) estudante descreva os dia-


gramas destas atividades de acordo com os exemplos estudados nesta quin-
ta aula.

Aula 6

As atividades 1 e 2 são sugestivas para que o(a) estudante descreva os dia-


gramas destas atividades, que são uma sequência dos exemplos estudados
nesta sexta aula.

Aula 7

Espera-se que o(a) estudante desenvolva o processo de análise conforme os


principais passos descritos nesta sétima aula e descreva os diagramas para
o modelo sugerido.

Rede e-Tec Brasil 84 Análise de Sistemas


Diagrama de casos de uso do cenário estudado.

85 Rede e-Tec Brasil


Referências
BEZERRA, Eduardo. Princípios de análise e projeto de sistema com UML. Rio de
Janeiro: Campus Elsevier, 2011

MELO, Ana Cristina. Desenvolvendo aplicações com UML 2.2 do Conceito a


Implementação. 3. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2010.

_________________. Desenvolvendo aplicações com UML 2.2. 3. ed. Rio de


Janeiro: Brasport, 2010.

PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software – Uma abordagem profissional. 7. ed.


New York: MCGraw Hill, 2011.

SBROCCO, José Henrique de Carvalho; MACEDO, Paulo Cesar de. Metodologias Ágeis
– Engenharia de Software. 1. ed. São Paulo: Érica, 2012.

SOMMERVILLE, Ian. Engenharia de Software. São Paulo: Pearson, 2004.

VERGILIO, Silvia R. Diagrama de Interação. Disponível em: <http://www.inf.ufpr.br/


silvia/ESNovo/UML/ppt/DiagIntera.ppt> Acesso em 27 nov. 2013.

WAZLAWICK, Raul Sidnei. Análise e Projeto de Sistemas de Informação Orientados


a Objetos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2011.

Bibliografia Básica

BEZERRA, Eduardo. Princípios de Análise e Projeto de Sistemas com UML. 2. ed.


Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2011.

Rede e-Tec Brasil 86


Currículo da Professora-autora

Eliana Rovay Detregiacchi Pires possui gradu-


ação em Análise de Sistemas pela Pontifícia Uni-
versidade Católica de Campinas - PUCC (1981),
especialização em Ciências da Computação pela
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
(2001), MBA em Gestão de Negócios e MBA de
TI.

É analista de sistemas e coordenadora de TI na


Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia-
CAERD e atua como professora especialista na Faculdade de Ciências Ad-
ministrativas e de Tecnologia - FATEC-RO e na Faculdade São Lucas / São
Mateus RO.

Ministrou as disciplinas de Análise de Sistemas, Banco de Dados, Gerencia-


mento de Projeto de Sistemas, Sistema de Informação e Gestão Estratégica
de TI.

Aula 2 - Modelagem de sistema 87 Rede e-Tec Brasil

Potrebbero piacerti anche