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ENGENHARIA ELÉTRICA
5 a 7 de dezembro de 2007
Auditório do EDIHB - Rio de Janeiro
Coordenação: RH/Universidade Petrobras
2. ATP
RESUMO
Comumente conhecido pela sigla ATP, o
Esse artigo busca utilizar o programa ATP Alternative Transients Program, é uma evolução do
(Alternative Transients Program) como ferramenta EMTP (ElectroMagnetc Transient Program)
de modelagem computacional para análise de desenvolvido em 1960 [1]. O ATP permite, através
transientes eletromagnéticos. de modelos matemáticos, a execução de testes e
O estudo consistiu em simular a incidência simulações de sistemas elétricos. Com ele é
de descargas atmosféricas sobre um dos trechos possível obter o comportamento, durante o período
que compõem o sistema UN-BA de transitório, dos equipamentos que compõem o
subtransmissão. O intuito é difundir essa prática de universo analisado.
forma a permitir um maior conhecimento sobre a O ATP é distribuído na América Latina pelo
ferramenta ATP e ao mesmo tempo analisar as CLAUE (Comitê Latino Americano de usuários do
possíveis causas que vieram a provocar a falha de EMTP/ATP). Ele coordena todos os demais
um pára-raios para a massa ocorrida na rede comitês da América Latina. Os dois mais atuantes
modelada. são o CBUE (Comitê Brasileiro de usuários do
O trabalho mostra também os resultados EMTP/ATP) e CAUE (Comitê Argentino de
obtidos com a inserção de pára-raios ao longo usuários do EMTP/ATP). Esse último possui um
dessa rede, em algumas diferentes configurações, site http://iitree.ing.unlp.edu.ar/estudios/caue/caue.html
na busca de conseguir melhorias contra e um grupo de intercâmbio de informações por e-
sobretensões. mail, http://ar.groups.yahoo.com/group/ATP_CAUE [1].
O artigo faz uma breve descrição sobre o O programa ATP se desenvolveu de forma
programa ATP e sobre o sistema elétrico da UN- cooperativa, o que permitiu com o passar do tempo
BA. Em seguida é explicado todo o processo de a contribuição de novos recursos como é o caso do
modelagens e simulações, e por fim, são ATPDraw e do PlotXY [1].
apresentados os resultados e conclusões do O ATPDraw, através de sua interface
estudo. bastante amigável, estrutura similar ao padrão
Microsoft, permite uma montagem simples dos
circuitos a serem analisados. Inserindo e ligando
1. INTRODUÇÃO objetos que correspondem aos respectivos
elementos do sistema, consegue-se uma
Grande parte das falhas ocorridas nos visualização do conjunto de forma bastante didática
sistemas elétricos, principalmente nos expostos ao e explicativa. A partir dessa montagem são
tempo, está relacionada com a incidência de gerados arquivos que regem todo o funcionamento
descargas atmosféricas. do programa. Através dele também é possível
Devido à intensidade deste fenômeno e conseguir o código fonte, antigamente o único meio
suas características instantâneas de variação de de se trabalhar com o programa.
tensão e de corrente no sistema, é de fundamental O PlotXY serve para a obtenção de saídas
importância obter informações detalhadas sobre o gráficas a partir dos arquivos gerados pelo ATP.
evento e suas conseqüências. Para isso uma Procurando transmitir de forma rápida e
ferramenta de análise transitória torna-se essencial clara as funcionalidades do programa não serão
na busca de análises mais precisas e de soluções enfocados neste trabalho detalhes quanto ao seu
mais viáveis para se proteger desses fenômenos. histórico e quanto a sua estrutura de
Fundamentado nesse conceito procurou-se funcionamento (código fonte e métodos de cálculo).
uma ferramenta eficaz e de fácil acesso que Para uma maior compreensão consultar
atendesse às exigências do estudo. A ferramenta referências [1]-[3].
adotada foi o ATP.
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5. ANÁLISE PRÉVIA
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V² = 1 / L C
C = 1.23 ηF
R = 0.697 Ω/Km;
Figura 11. Medidores de tensão e corrente (esquerda) e
L = 1.55 mH/Km; forma de onda do raio (direita).
7.1. 1ª SIMULAÇÃO
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7.2. 2ª SIMULAÇÃO
Figura 13. Tensões v2 (menor amplitude), v4
(amplitude intermediária) e v6 (maior
amplitude). Sistema no momento do evento, A segunda simulação foi realizada
sem o pára-raios 4. colocando-se o pára-raios 4 no sistema.
Figura 18. Tensões v10, v12, ... , v22, em Figura 21. Tensões v2 (menor amplitude), v4
ordem crescente de tempo da frente de onda. (amplitude intermediária) e v6 (maior
Sistema no momento do evento, com o pára- amplitude). Sistema no momento do evento,
raios 4. com pára-raios distribuídos ao longo da linha.
9. CONCLUSÕES
Figura 27. Tensões sobre os pára-raios 3 (esquerda) e 4 A partir dos resultados e da análise dos
(direita)no momento do evento. Com os pára raios distribuídos dados pode-se concluir que as conseqüências de
ao longo da linha. surtos atmosféricos podem ser bastante
prejudiciais para o sistema se este não estiver bem
Nessa quarta simulação é importante
protegido.
enxergar nas figuras, mais que as formas de onda
Os resultados mostrados na figura 19 (2ª
nos diferentes pontos do sistema, os valores
simulação) indicam que no momento da queda do
máximos atingidos pelas tensões.
raio a tensão sobre o pára-raios 4 teria atingido
uma amplitude de aproximadamente 190 KV.
Como o valor de isolação suportado pelo
8. ANÁLISE DOS RESULTADOS equipamento nas mesmas condições da simulação
é de aproximadamente 215 KV, torna-se aceitável
Observando os resultados de todas as a hipótese de que o pára-raios realmente já
simulações, principalmente os representados pelas apresentava defeito. Isso concluído diante da
figuras 13, 17 e 18, pôde-se verificar que quanto prerrogativa de que se estivesse funcionando
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