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Programação

Gran Dicas

Noções de Direito Constitucional • Prof. Aragonê Fernandes


6

Noções de Direito Administrativo • Prof. Gustavo Scatolino


8

Noções de Administração • Prof. Renato Lacerda


14

Legislação Aplicada ao MPU e ao CNMP • Prof. Gilcimar Rodrigues


26

Ética • Prof.ª Rebecca Guimarães


30

AFO e Orçamento Público • Prof. Flávio Assis


33

Promoção da Igualdade Racial • Prof.ª Alice Rocha


38

Gramática e Texto • Prof. Elias Santana


40
INTRODUÇÃO
Mensagem aos futuros servidores do Ministério Público da União

Você está entrando em um tradicional evento realizado pelo Gran Cursos Online
e o último de nosso tour pelo Brasil voltada ao MPU. O Gran Dicas é um aulão de
revisão que tem como missão oferecer orientações importantes para você, futuro
servidor, se sair bem ao enfrentar e vencer o seu inimigo número 1: a senhora banca
examinadora. Em nosso caso, o CEBRASPE/CESPE-UnB. Aqui você terá acesso
a valiosos conteúdos previstos no edital e a dicas de comportamento que farão a
grande diferença na sua prova de amanhã. Tudo foi pensado para que você acerte o
maior número de questões, conquiste sua tão sonhada vaga no serviço público e se
Gabriel Granjeiro torne uma autoridade pública em um dos órgãos públicos federais mais respeitados
no atual momento: o MPU.
Diretor-Presidente
Os nossos professores são, em sua grande maioria, servidores públicos e expe-
rientes ex-concurseiros. Na maior parte, eles acumulam, ainda, funções de técnicos,
Sobre o autor: assessoramento, direção, comando, pesquisadores e autores de livros e apostilas.
Empreendedor apaixonado Enfim, são os melhores profissionais nas respectivas áreas de atuação e, por exten-
pelo ensino a distância. são, nas disciplinas que ministram. Além disso, foram selecionados por nós porque
Começou a atuar na área têm a fama de serem certeiros na previsão de questões que caem nas provas. As
aulas e dicas que eles oferecerão nesta edição do Gran Dicas são fruto da enorme
de concursos aos 14 anos
experiência por eles acumulada.
de idade. Ao escolher uma carreira pública para ficar nela até a inatividade, o candidato
Fundador e sabe que essa escolha deverá se pautar pela convicção de que é um vocacionado
Diretor-Presidente do para o efetivo e eficiente desempenho das atribuições do cargo que exercerá com
a preocupação de servir a nação e – precipuamente – o cidadão-cliente, patrão de
Gran Cursos Online e da
todos os agentes públicos. Nunca se esqueça disso. Você terá uma nobre missão
GG Educacional. pela frente. 
Nos veremos no dia da posse!
GRAN sucesso! 

“... Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória é aquele que crê plenamente EU CONSEGUIREI.”
– Napoleon Hill (1883-1970), autor americano

Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente do Gran Cursos Online e da GG Educacional
ARTIGO MOTIVACIONAL
TODOS NÓS TEMOS CICATRIZES
“Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combi-
nado?! Esse vai ser o nosso segredo. Uma cicatriz significa: EU
SOBREVIVI.” – Caio Fernando de Abreu

Quem não tem, pelo menos, uma cicatriz na pele, na alma, no


coração, que atire a primeira pedra. Claro que todos carregamos
uma ou várias delas. E é bom que seja assim. Cicatrizes são fruto
dos perrengues da vida, das lutas, dos embates. São tudo que os
covardes e os falsos amigos conseguem provocar em nós com suas
armadilhas e palavras insensatas e inoportunas. Apenas cicatrizes,
nada mais.
A verdade é que temos de ter orgulho desses sinais que car-
regamos. Eles são o símbolo da nossa fortaleza e o lembrete de
que somos mais fortes do que pensamos. Cada pequena marca é a
prova de que um dia fomos capazes de transpor obstáculos intimi-
dadores e de vencer quem já tentou nos destruir. Nossas cicatrizes
são o legado da vida eternizado na pele e na alma.
Não tenho nenhuma vergonha das minhas. Elas começaram como feridas, que foram desbotando, sumindo…
até que praticamente desapareceram, deixando apenas uma linha como sinal de que um dia estiveram ali. Algu-
mas dessas feridas eram pequenas e superficiais; outras me atingiram mais fundo. Aquelas resultaram em cica-
trizes quase invisíveis, bem escondidas no peito; estas deixaram marcas profundas, cravadas no coração. Todas
elas, não importa o quão horríveis sejam, fizeram a diferença em minha história e tiveram papel importantíssimo
na construção da minha personalidade.
As cicatrizes nos ajudam a criar uma couraça de justiça, um escudo de fé. Quando precisamos tomar uma
decisão, é natural surgirem conflitos. Abrem-se feridas, que, mais tarde, se tornam cicatrizes a nos lembrar conti-
nuamente do golpe físico, moral ou psicológico que então sofremos. As cicatrizes demonstram que somos sobre-
viventes, lutadores fortes e destemidos, vencedores nas sucessivas batalhas contra os predadores, os inimigos,
os concorrentes, os desleais, os sorrateiros.
Cada um de nós está fadado a carregar as próprias marcas para sempre. O tempo cura as feridas, mas as
cicatrizes deixadas por elas não somem nunca. Ao longo de nossa trajetória, enfrentamos injustiça, dor, humi-
lhação, abandono, inveja, solidão, ingratidão. Essas e outras experiências ruins machucam a alma, mas logo
o tempo passa e as transforma em meras lembranças. Às vezes,
O tempo cura as feridas, mas as cicatrizes são provocadas diretamente pelo amor que o Universo
cicatrizes deixadas por elas não tem por nós, nos impedindo de cair, de desistir, de ir embora. E,
somem nunca. acredite, até uma pessoa especial – a melhor tatuagem possível
– pode se tornar, um dia, uma horrível cicatriz que teremos de car-
regar, uma marca da qual talvez seja difícil nos orgulharmos.
A natureza confirma que cicatrizes denotam valor. Veja que dado curioso: os golfinhos fêmeas preferem
machos com muitas cicatrizes no corpo. Em seu instinto, elas sabem que tais marcas são indício de que o eleito é
um vencedor de batalhas contra os predadores, um destemido, um sobrevivente, um forte guerreiro. É, portanto,
o tipo de “marido” ideal para constituir família.
Nós, seres humanos, não precisamos do instinto para ter consciência do valor das nossas cicatrizes. Quando
você estiver tentado a desistir dos seus maiores projetos e interromper os estudos, olhe para as suas, que a von-
tade logo passará. Desistir agora implica retornar à estaca zero e sofrer com os sentimentos ruins que o levaram
a querer mais. Significa reviver os momentos em que algumas de suas piores feridas se abriram e experimentar
novamente a sensação de derrota. Autocomiseração não é uma atitude sábia e não traz nada de bom. O melhor
a fazer é tratar as cicatrizes como sinais de vitória e seguir em frente.
Se somos receptáculos para cicatrizes, também somos sujeitos ativos na produção delas. Ainda que de
forma inconsciente, estamos sempre dispostos a ferir os outros, seja com palavras, seja com atitudes. É rela-
tivamente fácil provocar cicatrizes nos outros; difícil é escapar dos efeitos nocivos que a lei do retorno impõe
por não termos controlado a língua ou contido um ato inconsequente. Quando vemos, é tarde demais. Entra em
cena o arrependimento, e até pedimos perdão; mas a ferida já foi aberta, tanto no outro como em nós mesmos.
E forma-se uma nova cicatriz. Há que exercer muito autocontrole, há que desenvolver muita paciência, há que
amadurecer de verdade para não repetir todo esse ciclo outras vezes.
Vou me permitir partilhar com você uma bela mensagem que
fala da relação entre as cicatrizes e o amor. Havia um menino que Se somos receptáculo para cica-
tinha uma cicatriz muito feia no rosto. A marca era tão feia que os trizes, também somos sujeitos
colegas da escola o evitavam sempre. Ninguém falava com ele ativos na produção delas.
nem se sentava ao seu lado. A situação chegou a tal ponto que,
um dia, a turma se reuniu com o professor e sugeriu que o menino
não frequentasse mais o colégio. O professor levou o caso à diretoria. O diretor ouviu atentamente e tomou uma
decisão: pediria para o menino ser sempre o último a entrar em sala de aula e o primeiro a sair.
Assim foi feito, e o menino aceitou prontamente a imposição do colégio, com apenas uma condição: que ele
tivesse a oportunidade de dizer, face a face com os demais alunos, qual era a origem daquela cicatriz. A turma
concordou, e, no dia marcado, o menino entrou na sala, posicionou-se na frente de todos e relatou: “Sabe, turma,
eu entendo vocês. Minha cicatriz é mesmo muito feia, mas queria que vocês soubessem como eu a adquiri.
Minha mãe era muito pobre e, para ajudar na alimentação de todos lá em casa, passava roupa para fora. Eu tinha
por volta de 7, 8 anos de idade…”
A turma estava em silêncio, atenta. O menino continuou: “Eu tinha três irmãos: um de quatro anos, outro
de dois e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida…” O silêncio na sala só aumentava. “Nossa casa era
muito simples, feita de madeira. Um dia, começou um incêndio. Minha mãe correu até o quarto em que estáva-
mos, pegou meu irmãozinho de dois anos no colo, segurou a minha mão e a de meu outro irmão e nos levou para
fora. Havia muita fumaça, e as paredes ardiam. O calor era imenso. Minha mãe me pôs sentado no chão, do lado
de fora da casa, e mandou que eu ficasse ali com meus irmãos até ela retornar. Ela disse que tinha de voltar para
buscar minha irmãzinha, que continuava dentro da casa. O problema é que, quando minha mãe tentou fazer isso,
as pessoas que estavam ali não a deixaram entrar na casa em chamas. Eu a ouvi gritar: ‘Minha filhinha está lá
dentro!’. Vi em seu rosto o desespero, o horror… Fui me esquivando das pessoas e, quando perceberam, eu já
tinha entrado na casa. Eu mal conseguia enxergar através da fumaça e precisei lutar contra o calor, mas tinha
de salvar minha irmã. Quando cheguei aonde ela estava, encontrei-a enrolada em um lençol e chorando muito.
Nesse momento, vi alguma coisa cair e me joguei sobre minha irmã para protegê-la. Foi quando aquela coisa
quente tocou meu rosto…”
A turma estava quieta, atenta e envergonhada. O menino continuou: “Vocês podem até achar esta CICATRIZ
feia, mas tem alguém lá em casa que a acha linda. Todo dia, quando chego em casa, minha irmãzinha a beija
porque sabe que é marca de AMOR.”
Tocante, não?
Reflita comigo, futuro servidor: o mundo está cheio de CICATRIZES. Não me refiro às CICATRIZES visíveis,
mas às que não podemos enxergar. Há aproximadamente 2 mil anos, um Homem foi tomado por inúmeras CICA-
TRIZES no corpo para redimir a mim e a você. Ele recebeu chagas nas mãos, nos pés e na cabeça. Não importa
qual é a sua religião nem se você acredita no propósito de vida desse Homem, mas uma coisa é certa: Ele mudou
a história para sempre com suas cicatrizes, que, para bilhões de pessoas, representam marcas de amor infinito.
Por favor, não tenha vergonha das suas cicatrizes. Elas são o lembrete de toda a sua luta e a marca do seu
amor, da sua experiência, da sua sabedoria. Elas fazem de você quem você é: a mais rara das pedras, alguém
único e insubstituível.
Eu tenho orgulho das minhas cicatrizes e de quem sou. E você?
Se concorda com esta mensagem, repita para si ou até mesmo diga para o colega ao lado: “Eu sou
insubstituível!”.

“Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la.” – Dante Alighieri

Bons estudos e GRAN sucesso em sua prova amanhã!


NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes

ARAGONÊ FERNANDES

Atualmente, atua como Juiz de Direito do TJDFT. Contudo, em seu qualificado


percurso profissional, já se dedicou a ser Promotor de Justiça do MPDFT;
Assessor de Ministros do STJ; Analista do STF; além de ter sido aprovado em
vários concursos públicos. Leciona Direito Constitucional em variados cursos
preparatórios para concursos.

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL O Supremo Tribunal Federal firmou posição no sen-


tido de que o ensino religioso nas escolas públicas
1 Constituição da República Federativa do Brasil deve ter caráter não confessional, sendo vedada a
de 1988. admissão de professores na qualidade de repre-
1.1 Princípios fundamentais. sentantes das religiões para ministrar os cursos.
2 Direitos e garantias fundamentais. 2.1 Direitos e
deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacio- 4. (ABIN/2018) A respeito do Poder Executivo, jul-
nalidade, direitos políticos, partidos políticos
gue o seguinte item.
3 Organização político-administrativa. 3.1 União,
Conforme o entendimento do Supremo Tribunal
estados, Distrito Federal, municípios e territórios.
4 Administração pública. 4.1 Disposições gerais, Federal, a Constituição Federal de 1988 autoriza
servidores públicos. a concessão de indulto, pelo presidente da Re-
5 Poder Legislativo. 5.1 Congresso Nacional, pública, a pessoas condenadas pela prática de
Câmara dos Deputados, Senado Federal, deputados crimes hediondos.
e senadores.
6 Poder Executivo. 6.1 atribuições do presidente 5. (TCE-PE/2017) Com relação aos direitos sociais,
da República e dos ministros de Estado. aos direitos de nacionalidade, aos direitos políticos
7 Poder Judiciário. 7.1 Disposições gerais. 7.2 e aos partidos políticos, julgue o próximo item.
Órgãos do Poder Judiciário. 7.2.1 Competências. 7.3 Estrangeiro que resida no Brasil há mais de
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 7.3.1 Composi-
quinze anos ininterruptos e não tenha condena-
ção e competências.
ção penal poderá tornar-se, após requerimento,
8 Funções essenciais à justiça. 8.1 Ministério
brasileiro naturalizado e, nessa condição, candi-
Público, Advocacia Pública e Defensoria Pública.
datar-se a deputado federal ou senador, mas, se
1. (CGM/JOÃO PESSOA/2018) À luz do disposto eleito, estará impedido de presidir a casa legisla-
na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o tiva à qual pertencer.
item a seguir, acerca dos princípios constitucio-
nais e dos direitos fundamentais. 6. (TRE-TO/2017) De acordo com a CF, os partidos
Conforme a CF, o poder emana do povo e é exer- políticos adquirem personalidade jurídica somen-
cido por meio de representantes eleitos, não ha- te após o registro dos seus estatutos no Tribunal
vendo previsão do exercício do poder diretamen- Superior Eleitoral.
te pelo povo.
7. (ABIN/2018) Acerca das normas constitucionais
2. (IPHAN/2018) A respeito dos direitos e das ga-
aplicáveis ao regime federativo brasileiro, julgue
rantias fundamentais, julgue o item seguinte.
O mandado de segurança é o remédio consti- o próximo item.
tucional adequado para garantir o acesso à in- A competência para legislar sobre os vencimen-
formação constante de banco de dados de enti- tos das polícias civil e militar do Distrito Federal
dades governamentais, uma vez que o direito a (DF) é privativa da União, podendo o DF legislar
informação é direito líquido e certo. sobre a matéria somente no caso de inexistência
da lei federal.
3. (STJ/2018) Em relação aos direitos e às garan-
tias fundamentais e às funções essenciais à jus- 8. (TRF 1ª REGIÃO/2017) Acerca da organização
tiça, julgue o item a seguir, considerando a juris- do Estado e da competência legislativa, julgue o
prudência dos tribunais superiores. item subsecutivo.

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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes

Compete exclusivamente à União legislar sobre


normas de processo e de julgamento de crimes
de responsabilidade.

9. (TRF 1ª REGIÃO/2017) A respeito da organiza-


ção dos poderes da República, julgue o item que
se segue.
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional
processar e julgar o presidente e o vice-presiden-
te da República caso estes cometam crimes de
responsabilidade.

10. (EMAP/2018) Julgue o próximo item, relativo à


organização dos poderes.
O Conselho Nacional de Justiça é órgão que
exerce o controle da atuação administrativa, fi-
nanceira e jurisdicional no âmbito de todo o Po-
der Judiciário.

11. (TCE-PB/2018) Se um membro do TC de de-


terminado estado fosse preso em flagrante por
furtar um veículo em uma concessionária de au-
tomóveis, o processamento e o julgamento da
respectiva ação penal, nessa hipótese, competi-
riam, originariamente, ao STJ.

12. (EMAP/2018) Acerca da advocacia pública, jul-


gue o item subsequente.
A execução da dívida ativa tributária é de compe-
tência da Advocacia-Geral da União.

13. (STJ/2018) Em relação aos direitos e às garan-


tias fundamentais e às funções essenciais à jus-
tiça, julgue o item a seguir, considerando a juris-
prudência dos tribunais superiores.
Segundo o Supremo Tribunal Federal, a legitimi-
dade processual extraordinária e independente
do Ministério Público comum se estende ao Mi-
nistério Público junto aos tribunais de contas, que
também têm legitimidade ativa para propor de-
mandas judiciais.

14. (TRF 1ª REGIÃO/2017) Acerca das funções es-


senciais à justiça, julgue o próximo item.
O Ministério Público é instituição permanente e es-
sencial à função jurisdicional cujo rol de funções
previsto pela Constituição Federal de 1988 é não
exaustivo e inclui a titularidade para promover ação
penal pública e ação direta de inconstitucionalidade.

15. (TJPR/2017) Para o STF, a norma que estabele-


ce o direito à aposentadoria especial dos servido-
res públicos tem eficácia limitada.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino

GUSTAVO SCATOLINO

Atualmente, é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e pós-


graduado em Direito Administrativo e Processo Administrativo. Ex-Assessor de
Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles, Analista
Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do
Estado do Espírito Santo.

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FORMAS DE DESCENTRALIZAÇÃO

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Denominação Forma Resultado

Criação das
Na centralização, a pessoa política desempenha entidades da
suas tarefas diretamente por meio de seus órgãos. Outorga/
Administração
técnica/
A criação de órgãos decorre da DESCONCEN- Lei (art. 37, XIX, da CF) indireta
serviços/
(autarquias,
TRAÇÃO, que é uma distribuição interna de compe- funcional
fundações públicas,
tências, dentro da mesma pessoa jurídica. EPs e SEM).
Na desconcentração, tem-se o controle hierár- – Ato administrativo:
quico, pois os órgãos de menor hierarquia permane- autorização de
Particulares como
cem subordinados aos órgãos que lhes são superiores. serviço público;
Colaboração/ concessionários,
– Contrato
permissionários ou
Delegação administrativo:
autorizatários de
concessão e
CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS permissão de
serviço público.
serviços públicos.
Os órgãos, integrantes de uma estrutura interna,
não possuem:
No entanto, entre a Administração direta e a indi-
• personalidade jurídica;
reta (descentralizada) não há relação de hierarquia,
• patrimônio próprio;
• capacidade processual. mas de VINCULAÇÃO. Mas isso não significa que as
entidades da Administração indireta estejam totalmente
 Obs.: Os órgãos não possuem, como regra, capa- sem controle. Nesse caso, ocorre controle finalístico.
cidade processual, ou seja, não podem estar
em qualquer dos polos de uma relação pro- Criação das Entidades da Administração Indireta
cessual, seja como autor ou réu. Essa será
a sua primeira resposta para a prova…
Art. 37, XIX, da CF: somente por lei específica
Órgão não possui capacidade processu-
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
al. Porém, caso a prova cite “Os órgãos não
têm capacidade processual”, o item estará de empresa pública, de sociedade de economia mista
certo. Mas, caso mencione “Nenhum órgão e de fundação, reservando-se à lei complementar,
tem capacidade processual”, estará errado. nesse último caso, definir as áreas de atuação.

A concentração ocorre quando um único órgão • Autarquia: pessoa jurídica de direito público –
(ou poucos) desempenha(m) todas as funções admi- executa atividade TÍPICA de Estado.
nistrativas do ente político, sem divisão em outros
• Fundação: pode ser de direito público ou de
órgãos menores. Imagine que a União tenha um único
direito privado – atividades sociais (ensino,
órgão desempenhando todas as suas atividades.
saúde, pesquisa, cultura etc.).
Na DESCENTRALIZAÇÃO, a atividade é pres- • EP e SEM: pessoas jurídicas de direito pri-
tada por pessoa diversa. Ocorre a distribuição de vado – atividades: serviço público ou atividade
competências de uma para outra pessoa. Assim, pres- econômica em caso de segurança nacional ou
supõe duas pessoas: o ente político e a entidade des- relevante interesse público.
centralizada.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino

EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE EMPRESA PÚBLICA ou SOCIEDADE DE


ECONOMIA MISTA ECONOMIA MISTA
Prestadora de SERVIÇO PÚBLICO Explora ATIVIDADE ECONÔMICA

Personalidade jurídica de direito privado. Personalidade jurídica de direito privado.


Regime misto ou híbrido. Regime misto ou híbrido.

Mais próxima do regime de direito público. Mais próxima do regime de direito privado.

Empregados públicos – regime CLT. Empregados públicos – regime CLT.

Aplica-se teto remuneratório SE recebe recursos do Ente Aplica-se teto remuneratório SE recebe recursos do Ente
Federativo que a criou. Federativo que a criou.

Empregados não têm estabilidade. Pode haver demissão sem Empregados não têm estabilidade. Pode haver demissão sem
justa causa, desde que haja motivação. justa causa, desde que haja motivação.

Possui imunidade tributária. Não possui imunidade tributária.

Bens privados. Bens vinculados à prestação do serviço são


Bens privados. Podem ser objeto de penhora.
impenhoráveis.

Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016. Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016.

Não pode falir. Não pode falir.

Responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros. Responsabilidade subjetiva por danos causados a terceiros.

DIFERENÇAS DAS EMPRESAS ESTATAIS

Empresa pública Sociedade de economia mista

Forma de
Qualquer forma. S.A. (Sociedade Anônima).
organização

Público e privado.
Público (podendo ser de mais de um ente
Composição Maioria das ações com direito (maioria do capital social) a voto
federativo ou de pessoa da Administração
do capital precisam ser do poder público ou de pessoa da Administração
indireta).
indireta.

EP federal – Justiça Federal, se autoras, rés,


Foro assistentes ou opoentes, nos termos do art. 109
Justiça Estadual.
processual da CF. EP Estadual, DF ou Municipal –
Justiça Estadual.

1. (CESPE/2018) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão ser constituídas sob
qualquer forma empresarial admitida em direito, ressalvando-se, em relação às empresas públicas, a obri-
gatoriedade de que o capital social seja exclusivamente público.

2. (CESPE/2018/EMAP) Os órgãos não dotados de personalidade jurídica própria que exercem funções ad-
ministrativas e integram a União por desconcentração, componentes de uma hierarquia, fazem parte da
administração direta.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino

LICITAÇÃO

MODALIDADES

TOMADA DE PREGÃO
CONCORRÊNCIA CONVITE CONCURSO LEILÃO
PREÇOS Lei n. 10.520/2002

Conceito – Modalidade Modalidade de Modalidade de Modalidade de Modalidade Modalidade


art 22. de licitação licitação entre licitação entre licitação entre de licitação para aquisição
entre quaisquer interessados interessados do quaisquer entre quaisquer de bens e
interessados que, devidamente ramo pertinente interessados interessados serviços
na fase inicial cadastrados ou ao seu objeto, para escolha para a venda comuns.
de habilitação que atenderem cadastrados ou de trabalho de bens móveis
preliminar, a todas as não, escolhidos técnico, inservíveis para Bens e serviços
comprovem condições e convidados em científico a Administração comuns são
possuir os exigidas para número mínimo ou artístico, ou de produtos aqueles cujos
requisitos mínimos cadastramento de 3 (três) pela mediante a legalmente padrões de
de qualificação até o terceiro dia unidade instituição de apreendidos ou desempenho
exigidos no edital anterior à data administrativa, prêmios ou penhorados, ou e qualidade
para execução de do recebimento a qual afixará, remuneração para a alienação possam ser
seu objeto. das propostas, em local aos de bens imóveis objetivamente
observada a apropriado, cópia vencedores, prevista no art. definidos
necessária do instrumento conforme 19, a quem pelo edital,
qualificação. convocatório critérios oferecer o maior por meio de
e o estenderá constantes lance, igual ou especificações
aos demais de edital superior ao valor usuais no
cadastrados na publicado da avaliação. mercado.
correspondente na imprensa
especialidade que oficial com
manifestarem seu antecedência
interesse com mínima de 45
antecedência de (quarenta e
até 24 (vinte e cinco) dias.
quatro) horas da
apresentação das
propostas.

Hipóteses – Obra e serviço – Obra e serviço – Obra e serviço Escolha – Venda de Aquisição de
de engenharia de de engenharia de engenharia do melhor bens móveis bens e serviços
valor superior a R$ de valor ATÉ R$ de valor ATÉ R$ trabalho inservíveis para comuns de
1.500.000,00. 1.500.000,00. 150.000,00. técnico, a Administração qualquer valor.
DECRETO Até DECRETO científico ou ou de produtos
acima de R$ 3.300.000,00. até artístico. legalmente
R$ 3.300.000,00. – Compra e R$ 330.000,00. apreendidos ou
– Compra e serviço serviço que – Compra e penhorados; ou
que não seja de não seja de serviço que – alienação de
engenharia de valor engenharia de não seja de bens imóveis
superior a valor ATÉ RS engenharia de adquiridos por
RS 650.000,00. 650.000,00. valor ATÉ procedimentos
DECRETO DECRETO R$ 80.000,00. judiciais ou
acima de até DECRETO de dação em
R$ 1.430.000,00 – R$ 1.430.000,00. até pagamento
adquirir ou alienar – Licitações R$ 176.000,00. (art. 18).
imóveis. internacionais – Licitações
– Concessão de desde que órgão internacionais,
direito real de uso. tenha cadastro quando
– Concessão de internacional de não houver
serviços públicos fornecedores, fornecedor
Lei n. 8.987/1995. observados os do bem ou
– Licitações valores da TP serviço no País,
internacionais. (art. 23, § 3º). observados os
valores do convite
(art. 23, § 3º).

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino

CONTRATAÇÃO DIRETA Obs.:


 Pode participar SIM empresa ESTRANGEIRA.
 Obs.: Pregoeiro adjudica SE não houver recurso.
Dispensada Atuação
(art. 17) vinculada Art. 6º A licitação na modalidade de pregão, na
Casos
Dispensa
taxativos forma eletrônica, Não Se Aplica às contratações de
Contratação Atuação
Dispensável
discricionária OBRAS DE ENGENHARIA, bem como às LOCA-
direta
ÇÕES IMOBILIÁRIAS e ALIENAÇÕES EM GERAL.
Casos
Inexigi- Inviabilidade de
exemplifi-
bilidade competição
cativos DECRETO N. 7.892/2013
Art. 3º O Sistema de Registro de Preços PODERÁ
SER ADOTADO nas seguintes hipóteses:
Atenção!
I – quando, pelas características do bem ou ser-
Leia os arts. 22, 23, 24 e 25 da Lei n. 8.666/1993! viço, houver necessidade de contratações frequentes;
II – quando for conveniente a aquisição de bens
com previsão de entregas parceladas ou contratação
de serviços remunerados por unidade de medida ou
3. (CESPE/2018/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO em regime de tarefa;
– ÁREA ADMINISTRATIVA) Não havendo inte- III – quando for conveniente a aquisição de bens ou
ressados quando da realização de procedimento a contratação de serviços para atendimento a mais de
licitatório, é permitida a dispensa de licitação se um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou
o certame não puder ser repetido sem prejuízo IV – quando, pela natureza do objeto, não for pos-
para a administração, situação em que devem sível definir previamente o quantitativo a ser deman-
ser suprimidas as condições que tiverem impe- dado pela Administração.
dido tal certame. Art. 7º A licitação para registro de preços será
realizada na modalidade de CONCORRÊNCIA, do
4. (CESPE/2018/EMAP/ASSISTENTE PORTU- tipo menor preço, nos termos da Lei n. 8.666, de 1993,
ÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A Lei n.º ou na modalidade de pregão, nos termos da Lei n.
8.666/1993 — Lei de Licitações e Contratos da 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa
administração pública — estabelece taxativa- de mercado.
mente as hipóteses de contratação direta por § 1º O julgamento por técnica e preço, na modali-
inexigibilidade. dade concorrência, poderá ser excepcionalmente ado-
tado, a critério do órgão gerenciador e mediante des-
DECRETO N. 5.450/2005 pacho fundamentado da autoridade máxima do órgão
Art. 1º A modalidade de licitação pregão, na forma ou entidade.
eletrônica, de acordo com o disposto no § 1º do art. § 2º Na licitação para registro de preços NÃO É
2º da Lei n. 10.520, de 17 de julho de 2002, destina- NECESSÁRIO indicar a dotação orçamentária, que
-se à aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito somente será exigida para a formalização do contrato
da União, e submete-se ao regulamento estabelecido ou outro instrumento hábil.
neste Decreto.
Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto ATOS ADMINISTRATIVOS
neste Decreto, além dos órgãos da administração
pública federal direta, os fundos especiais, as autar- REQUISITOS/ELEMENTOS
quias, as fundações públicas, as empresas públicas, 1. Competência/sujeito (vinculado)
as sociedades de economia mista e as demais enti- 2. Finalidade (vinculado)
dades controladas direta ou indiretamente pela União. 3. Forma (vinculado)
Art. 4º Nas licitações para aquisição de bens e ser- 4. Motivo (vinculado ou discricionário)
viços comuns será obrigatória a modalidade pregão, 5. Objeto (vinculado ou discricionário)
sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
§ 1º O pregão deve ser utilizado na forma eletrô-
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE e VERACI-
nica, salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a DADE: nascem com a presunção de que estão de
ser justificada pela autoridade competente. acordo com a LEI e de que os FATOS são verdadeiros.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino

IMPERATIVIDADE: imposição aos PARTICU- Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato
LARES. omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
AUTOEXECUTORIEDADE: dispensa ORDEM em prejuízo ao erário ou a terceiros.
JUDICIAL prévia. § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros,
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
CLASSIFICAÇÃO ação regressiva.
–– QUANTO AOS DESTINATÁRIOS § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se
GERAIS: pessoas INDETERMINADAS. aos sucessores e contra eles será executada, até o
INDIVIDUAIS/ESPECIAIS: pessoas DETERMI- limite do valor da herança recebida.
NADAS – mesmo que sejam vários. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os
–– QUANTO AO ALCANCE crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
INTERNOS: efeito dentro da Administração. qualidade.
EXTERNOS: efeito fora da Administração. Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa
–– QUANTO AO OBJETO resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
IMPÉRIO: com supremacia. desempenho do cargo ou função.
GESTÃO: sem supremacia. Art. 125. As sanções civis, penais e administrati-
EXPEDIENTE: sem conteúdo decisório. vas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do
5. (CESPE/2017/TRF – 1ª REGIÃO/ANALISTA JU- servidor será afastada no caso de absolvição criminal
DICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR que negue a existência do fato ou sua autoria.
FEDERAL) Enquanto, no ato complexo, as mani- Art. 131. As penalidades de advertência e de
festações de dois ou mais órgãos se fundem para suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) nos de efetivo exercí-
formar um único ato, no ato composto, se pratica
cio, respectivamente, se o servidor não houver, nesse
um ato administrativo principal que depende de
período, praticado nova infração disciplinar.
outro ato para a produção plena dos seus efeitos.
– PRESCRIÇÃO – Advertência – 180 dias; Sus-
pensão – 2 anos; Demissão – 5 anos.
6. (CESPE/2017/TRT – 7ª REGIÃO (CE)) A adminis-
tração pública pode executar diretamente seus atos
administrativos, até mesmo pelo uso da força, sem
a necessidade da intervenção do Poder Judiciário.
Essa prerrogativa corresponde ao atributo da
a. autoexecutoriedade.
b. tipicidade.
c. presunção de legitimidade.
d. discricionariedade.

7. (CESPE/2018/IFF/CONHECIMENTOS GERAIS
– CARGO 24) De acordo com a Lei n. 8.112/1990,
em caso de servidor público estável cuja demis-
são tenha sido invalidada por decisão administra-
tiva ou judicial, deverá ocorrer a
a. recondução.
b. reintegração.
c. redistribuição.
d. readaptação.
e. reversão.

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 121. O servidor responde civil, penal e adminis-


trativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino

PODERES ADMINISTRATIVOS

PODERES ADMINISTRATIVOS

ABUSO DE PODER EXCESSO DE PODER – o agente vai além de suas atribuições.


DESVIO DE PODER – o agente pratica ato para interesse
pessoal ou sem atender ao seu fim legal.

Poder de estabelecer hierarquia entre os órgãos e agentes


públicos.
Não há hierarquia:
PODER HIERÁRQUICO Adm. direta – indireta
Entre as pessoas políticas
Entre os três Poderes
Nas funções típicas do PL e PE

É o poder que a Administração tem de punir internamente as


PODER DISCIPLINAR infrações funcionais dos seus servidores e demais pessoas
sujeitas à relação especial com o Estado.

É o poder de expedir atos normativos/decretos para a


complementação das leis.
PODER REGULAMENTAR/NORMATIVO
Obs.: Decreto não pode inovar na ordem jurídica. Não pode
contrariar a lei.

É a prerrogativa concedida aos agentes administrativos de


PODER DISCRICIONÁRIO elegerem, entre as várias condutas possíveis, a que traduz maior
conveniência e oportunidade para o interesse público.

Confere à Administração o poder para a prática de atos de


sua competência, determinando os elementos e requisitos
PODER VINCULADO OU REGRADO
necessários à sua formalização. Não há liberdade para os
agentes públicos.

É o poder do Estado de impor limitações ao exercício do direito à


liberdade e à propriedade.
Características:
PODER DE POLÍCIA
1. Discricionariedade
2. Autoexecutoriedade
3. Coercibilidade

POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA

Polícia Administrativa Polícia Judiciária

Momento de atuação Regra: preventivo (evita danos à sociedade) Regra: repressivo (apuração de crimes)
Pode ser repressivo (ex.: aplicação de multa,
demolição) Pode ser preventivo

Regime jurídico Normas e princípios administrativos Lei processual penal

Competência para exercer as Qualquer órgão/entidade designado por lei Corporações especializadas (ex.: Polícia
atividades Civil/Federal)

Finalidades Combater atividades antissociais Responsabilizar os infratores da lei penal

Destinatários Bens, direitos, atividades (não é a pessoa) A pessoa

8. (CESPE/2018/STJ/CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS: 10 E 12) O desvio de poder ocorre quando


o ato é realizado por agente público sem competência para a sua prática.

9. (CESPE/2018/EBSERH/ADVOGADO) A coercibilidade é um atributo que torna obrigatório o ato praticado


no exercício do poder de polícia, independentemente da vontade do administrado.

10. (CESPE/2018/STJ/CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS: 10 E 12) A aplicação de uma multa por um


agente de trânsito retrata um exemplo de aplicação do poder disciplinar da administração pública.

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda

RENATO LACERDA

Servidor público federal desde 2004, atualmente ocupa o cargo de Analista


de Gestão Pública do Ministério Público da União, na Procuradoria-Geral do
Trabalho. Responsável pelo projeto de implantação nacional da Gestão por
Competências do MPT, lotado na Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas,
na Seção de Treinamento, assumindo responsabilidades no planejamento de
cursos, acompanhamento, na contratação e no desenvolvimento de soluções
instrucionais e de aprendizagem organizacional. Administrador por formação,
como professor, procura contextualizar teoria e prática, alinhando a experiência
profissional na Administração Pública com as teorias exigidas pelas principais
bancas. Como concurseiro, foi aprovado em diversos concursos. Com isso,
direciona os estudos adaptados à linguagem necessária à sua aprovação.
Além de professor das disciplinas de Administração Geral e Pública e Gestão
de Pessoas, é palestrante e fornece capacitações para órgãos e entidades da
Administração Pública em suas diversas esferas e poderes.

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO 1. A administração pública gerencial está apoiada


na administração burocrática, mas o desenvolvi-
Olá, caros alunos. Sou Administrador por formação mento tecnológico e a globalização da economia
e professor de Administração e Gestão de Pessoas. mundial expuseram a fragilidade do modelo ante-
Servidor Federal desde 2004, iniciei meu trabalho com rior, trazendo a emergência de uma reforma que
preparação para concursos públicos em 2009. Além flexibilizasse a máquina do Estado, migrando o
disso, sou Analista de Gestão Pública no Ministério foco do controle de processos para os resulta-
Público da União, responsável pela implantação nacio- dos, que é sempre a posteriori.
nal da Gestão por Competências no Ministério Público
do Trabalho. Espero contribuir com seu sucesso por
meio de um pequeno simulado, com dicas e comentá- Comentário
rios que complementem seus estudos para o MPU.
Segundo ditos de Bresser Pereira, não haveria
gerencialismo sem a modernização e a
A última reforma gerencial em curso foi influen-
profissionalização da gestão pública, bem como
ciada por diversos aspectos inerentes a transforma-
sem a impessoalidade e a meritocracia, introduzidos
ções pelas quais o mundo moderno viveu, fazendo
pelo modelo burocrático. Contudo, o modelo tornou-
emergir a necessidade de mudança das estruturas
burocráticas vigentes segundo parâmetros, modelos e se excessivamente autorreferido, sem orientação
práticas até então aplicados à gestão de empresas. O aos destinatários de suas ações, os cidadãos.
intuito é aumentar a eficiência e a racionalidade das Não agregava, portanto, a ótica da participação,
organizações para que elas se tornem aptas a gerar cidadania, equidade, justiça social. Por fim, pelo
mais e melhores resultados em atendimento aos cida- excesso de centralização, acabou por se tornar
dãos, que passaram a ser considerados “clientes” ineficiente, o que fez surgir maior necessidade
das instituições públicas. Nesse contexto, o modelo de descentralização e atribuição de autonomia/
de mercado passa a nortear a ação pública, contudo, liberdade gerencial. Para reafirmar a questão, de
condicionada e restrita pela lei, que determina seu onde a tire, evidencio trecho do PDRAE:
agir, que não pode ser praeter legem ou contra legem,
A administração pública gerencial constitui um
mas sempre secundum legem. avanço e, até um certo ponto, um rompimento com
Renato Lacerda. Setembro de 2018.
a administração pública burocrática. Isto não signifi-
ca, entretanto, que negue todos os seus princípios.
Tendo o texto acima como referencial, julgue os Pelo contrário, a administração pública gerencial
itens a seguir relativos às reformas do Estado, qua- está apoiada na anterior, da qual conserva, embo-
ra flexibilizando, alguns dos seus princípios funda-
lidade e excelência na gestão pública e nos serviços
mentais, como a admissão segundo rígidos critérios
públicos, bem como sobre convergências e diferenças de mérito, a existência de um sistema estruturado
entre as organizações públicas e privadas. e universal de remuneração, as carreiras, a ava-
liação constante de desempenho, o treinamento
sistemático. A diferença fundamental está na forma

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda

de controle, que deixa de basear-se nos processos Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei
para concentrar-se nos resultados, e não na rigoro- 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da
sa profissionalização da administração pública, que administração burocrática central, permitindo a coe-
continua um princípio fundamental. xistência de núcleos de eficiência e competência na
administração indireta e formas arcaicas e ineficien-
Pelos motivos apontados, torna-se CORRETA a tes no plano da administração direta ou central. O
núcleo burocrático foi, na verdade, enfraquecido in-
questão do processo de planejamento. devidamente através de uma estratégia oportunista
do regime militar, que não desenvolveu carreiras de
administradores públicos de alto nível, preferindo,
2. A reforma preconizada pelo Decreto-Lei n. 200, de ao invés, contratar os escalões superiores da admi-
1967, introduziu princípios de racionalidade admi- nistração através das empresas estatais.
nistrativa, valorizou a função orçamentária por meio
do orçamento-programa e reforçou a meritocracia
3. A ideia burocrática de um Estado voltado para si
por meio da realização de concursos públicos, es-
mesmo está claramente superada, mas não foi
pecialmente orientados à administração indireta.
possível ainda implantar, na Administração Pú-
blica brasileira, uma cultura de atendimento ao
Comentário cidadão-cliente, baseada no modelo de mercado.

De fato, o documento trouxe os princípios de


racionalidade listados, o que se pode confirmar pelo Comentário
seguinte trecho do PDRAE:
A questão está CORRETA e diz respeito à
A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200, transcrição ipsis litteris do que dispõe o PDRAE,
entretanto, constitui um marco na tentativa de supe- segundo Bresser Pereira: A ideia burocrática de
ração da rigidez burocrática, podendo ser conside- um Estado voltado para si mesmo está claramente
rada como um primeiro momento da administração superada, mas não foi possível ainda implantar na
gerencial no Brasil. Mediante o referido decreto-lei,
realizou-se a transferência de atividades para autar-
administração pública brasileira uma cultura de
quias, fundações, empresas públicas e sociedades atendimento ao cidadão-cliente. O que o referido
de economia mista, a fim de obter-se maior dinamis- autor quer dizer, na verdade, é que, ainda que
mo operacional por meio da descentralização fun- se tenha implantado o gerencialismo no Brasil
cional. Instituíram-se como princípios de racionali-
em meados dos anos 1990, não se pode ainda
dade administrativa o planejamento e o orçamento,
o descongestionamento das chefias executivas implantar por completo uma cultura gerencial, o
superiores (desconcentração/descentralização), a que faz com que tenhamos um modelo híbrido e
tentativa de reunir competência e informação no com traços ainda presentes do patrimonialismo e,
processo decisório, a sistematização, a coordena-
sobretudo, da burocracia.
ção e o controle.

O referido decreto orientava-se para a Administração


Federal e valorizou as entidades integrantes da 4. A reforma gerencial em curso visa a garantir a
Administração indireta, definindo com clareza qualidade dos serviços públicos prestados, des-
suas espécies: autarquias, fundações, empresas centralizando a ação do Estado a entes privados
públicas e sociedades de economia mista. Ainda, em colaboração com o setor público, exemplo do
que ocorre com a publicização de serviços do nú-
a distinguiu da Administração direta, que atua de
cleo estratégico do Estado.
maneira centralizada, em que seus órgãos não
possuem autonomia nem personalidade jurídica,
ao contrário das entidades, que não se sujeitam a Comentário
controle hierárquico, mas finalístico ou de resultados.
Contudo, a questão se torna ERRADA ao versar A gestão por resultados passou a ser uma premissa
sobre o “reforço da meritocracia”. Concurso público do modelo gerencial e retrata sua preocupação com
passou a ser regra para a burocracia clássica, mas, a qualidade e excelência na gestão e prestação de
no período mencionado, ele foi excepcionado, serviços públicos. Para tanto, o Estado desenvolveu
admitindo-se diversos funcionários na Administração diversos mecanismos, adotando ações, práticas e
indireta sem concurso público. Tais apontamentos ferramentas gerenciais típicas das estratégias de
se confirmam no seguinte trecho do PDRAE: mercado. Entre as práticas, há o contratualismo
de resultados, realizado por meio do contrato de

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Renato Lacerda

gestão com organizações sociais e, em alguns não atendem a um “patrão”. Porém, quanto à
casos, com a própria Administração nas figuras de qualidade na prestação de serviços e à excelência
entidades como autarquias e fundações públicas de da gestão, o setor privado é mais eficiente. Isso
direito público. No primeiro exemplo, há o fenômeno porque a Administração Pública normalmente atua
da publicização. No segundo, a agencificação. em situação de monopólio, e os servidores gozam
Porém, a questão se encontra ERRADA, de estabilidade, entre outros motivos que ensejam
pois a publicização enquanto mecanismo de a diminuição da qualidade. Além disso, o princípio
contratualização de resultados realiza-se, sim, com da legalidade sujeita as organizações públicas a
organizações sociais, entidades privadas e sem fins somente atuarem segundo a lei, que define o seu
lucrativos, mas as ações do núcleo estratégico do agir. Já as organizações privadas podem fazer
Estado jamais serão descentralizadas, transferidas tudo que a lei não proíba, com mais autonomia e
ou delegadas a particulares, pois decorrem da flexibilidade na formulação, execução e avaliação
supremacia do interesse público do Estado e seu do processo de planejamento.
poder extroverso. São ações típicas dos Poderes
Legislativo, Judiciário, Executivo em sua alta
cúpula dos Ministérios e Presidência da República, Pai da Administração Moderna, Taylor pode ser
incluindo também o Ministério Público. São áreas considerado um precursor da qualidade no âmbito
de atuação do Estado definidas pelo PDRAE, com das organizações. Sua teoria norteou a ideia de efi-
suas respectivas estratégias: ciência e produtividade, o estudo das tarefas e, por-
tanto, a descrição de cargos, bem como fundamentou
o estudo do layout ao procurar condições de traba-
lho que favorecessem a máxima eficiência em termos
econômicos. Precursora de todas as teorias adminis-
trativas, a Administração científica passou a substituir
o trabalho empírico e pragmático por uma ciência de
administração, preconizando a organização racional
do trabalho e o controle sobre o trabalho humano.
Renato Lacerda. Setembro de 2018.

Tendo o texto como referência e considerando as


proposições inerentes à abordagem clássica, burocrá-
tica e sistêmica de administração, julgue os itens sub-
sequentes.

5. As organizações públicas estão mais sujeitas ao 6. Fundamentada na noção de impessoalidade,


controle hierárquico que as organizações priva- eficiência e na proficiência das normas legais,
das. Além disso, as organizações privadas são a burocracia dá um importante avanço sobre as
mais orientadas à eficiência e possuem menos teorias administrativas pela aplicação da me-
interferência política na elaboração de seu plane- ritocracia e divisão do trabalho, com ênfase na
jamento estratégico, o que, portanto, gera maior organização formal e na abordagem prescritiva/
flexibilidade em sua formulação e aplicação. normativa, ponto em que converge com Taylor e
Fayol, teóricos contemporâneos a Max Weber.

Comentário Comentário

A questão está ERRADA, e a assertiva se deve A questão está ERRADA. Ainda que haja muitos
a algumas peculiaridades das organizações pontos convergentes entre a abordagem clássica e
públicas. Seus servidores são estatutários e gozam a teoria burocrática, as abordagens são distintas. A
de estabilidade e não só podem como devem se burocracia, como teoria administrativa, está inserida
opor a determinações manifestamente ilegais de na abordagem estruturalista, enquanto a abordagem
seus superiores, denunciando-os. Para coibir a clássica de Taylor e Fayol, representantes,
interferência política e a impessoalidade é que respectivamente, das teorias da administração
se criou o instituto jurídico. Assim, os servidores científica e teoria clássica, está voltada para a visão
“servem” à sociedade e buscam o bem comum, mais prescritiva/normativa ao definir princípios gerais

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda

que regem as organizações. A burocracia do sociólogo 8. A abordagem sistêmica de administração passa


alemão Max Weber possui caráter mais descritivo/ a adotar o pensamento analítico e teleológico em
explicativo ao definir as características e vantagens detrimento do paradigma clássico, que, por sua
das organizações burocráticas, o seu modelo ideal. vez, tinha um pensamento sintético e mecanicis-
Um trecho do livro Introdução à Teoria Geral de ta das organizações do século XX.
Administração de Chiavenato confirma tal posição:
Comentário
Em vez de estabelecer como o administrador deve-
rá lidar com as organizações, o modelo burocrático Questão CORRETA. Ao contrário do que se pensa, a
preocupa-se em descrever, analisar e explicar as visão clássica é analítica, porém parcial, mecanicista
organizações, a fim de que o administrador escolha
a maneira apropriada de lidar com elas, levando em
e tendenciosa. As relações de causa e efeito são
conta sua natureza, tarefas, participantes, proble- diretas, pois possuem visão de sistema fechado e
mas, situação, restrições etc., aspectos que variam não reconhecem a complexidade ambiental. Já o
intensamente. A Teoria da Burocracia se caracteriza
enfoque sistêmico parte da premissa de que todas
por uma abordagem descritiva e explicativa. Essa
abordagem tem a vantagem de proporcionar um as organizações são sistemas abertos e complexos
conhecimento profundo sobre o objeto de estudo e e não se preocupa em traçar princípios gerais, mas
uma ampla flexibilidade e versatilidade na solução em analisar o comportamento dos sistemas em suas
dos problemas, sem a preocupação de confiná-la
trocas entre as partes e das partes com o ambiente
a prescrições ou normas pré-fabricadas visando a
uma aplicação universal. por processos de importação, transformação e
exportação de energia. O modelo sintético, portanto,
procura simplificar uma realidade complexa para
7. O planejamento, enquanto função administrativa, compreendê-la. Além disso, pela teleologia, estuda-
passa a ser valorizado e defendido desde o início se o resultado obtido, que pode ser alcançado
do século XX, quando Taylor e Fayol aplicaram por uma infinidade de meios, não prescrevendo
mecanismos formais de eficiência e produtivida- fórmulas universais ou ainda considerando que haja
de segundo pressupostos da abordagem clássi- relações exatas e diretas de causa e efeito, dado o
ca de administração. caráter arbitrário e complexo dos sistemas. Assim
defende Chiavenato:
Comentário
Com o advento da Teoria Geral dos Sistemas, os
princípios do reducionismo, do pensamento analí-
A questão está CORRETA. Os princípios de Taylor tico e do mecanicismo passam a ser substituídos
são: planejamento, preparo, controle e execução. pelos princípios opostos do expansionismo, do pen-
Para o autor, havia uma clara distinção, portanto, samento sintético e da teleologia.
entre planejamento e execução. Assim, o alto
escalão deveria realizar um estudo dos tempos e O autor ainda destaca:
movimentos, da fadiga humana, pensar em toda a
estrutura da tarefa e na disposição adequada para Pensamento sintético. É o fenômeno visto como
parte de um sistema maior e é explicado em termos
reduzir fadiga e aumentar a produção, até chegar
do papel que desempenha nesse sistema maior. Os
na maneira ideal e planejada de fazer as coisas, órgãos do organismo humano são explicados pelo
o que ele chamou de “the best way”. Assim, as papel que desempenham no organismo e não pelo
pessoas executam o trabalho de acordo com as comportamento de seus tecidos ou estruturas de or-
diretrizes do que havia sido planejado como ideal. ganização. A abordagem sistêmica está mais inte-
ressada em juntar as coisas do que em separá-las.
De maneira análoga, Fayol considerou a previsão
(que equivale ao planejamento), uma função básica
da administração, que no seu conjunto são estas: 9. As organizações vistas como sistemas abertos
previsão, organização, comando, coordenação estão em constante interação com o meio circun-
e controle (PO3C). Ambos os teóricos visavam dante, adotam mecanismos de manutenção do
à máxima eficiência e produtividade, porém um equilíbrio dinâmico ou homeostase e, para tanto,
tinha ênfase nas tarefas, por uma visão de baixo buscam alcançar elevado nível de entropia em
para cima do sistema produtivo; o outro, uma visão seus processos de importação, transformação e
de cima para baixo, ou seja, da estrutura para os exportação de energia.
sistemas de trabalho.

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Renato Lacerda

executados por humanos ou máquinas para


Comentário alcançar uma ou mais metas”. A categoria processo
de negócio, “um trabalho ponta a ponta que entrega
De fato, as organizações enquanto sistemas valor aos clientes”. Um processo é, ainda, um
abertos guardam tais características e estão conjunto de decisões que transformam insumos em
sempre buscando a homeostase ou equilíbrio valores gerados ao cliente/cidadão, conforme o Guia
dinâmico. Porém, para que assim procedam e de Gestão de Processos do GesPública. Davenport
possam sobreviver indefinidamente no ambiente, conceitua processo como “um conjunto de atividades
precisam diminuir a entropia, e não a aumentar, estruturadas e medidas destinadas a resultar em um
o que torna, portanto, a questão ERRADA. Assim produto especificado para um determinado cliente
define Chiavenato: ou mercado (…) é uma ordenação específica das
atividades de trabalho no tempo e no espaço, com
Se a entropia é um processo pelo qual um sistema um começo, um fim, e inputs e outputs claramente
tende à exaustão, à desorganização, à desintegra- identificados: uma estrutura para a ação”. Já os
ção e, por fim à morte, para sobreviver o sistema projetos são assim caracterizados pelo PMBOK:
precisa abrir-se e reabastecer-se de energia e de
“Projeto é um esforço temporário empreendido para
informação para manter a sua estrutura. A esse pro-
cesso reativo de obtenção de reservas de energia e criar um produto, serviço ou resultado único”. Logo,
de informação dá-se o nome de entropia negativa enquanto um processo volta-se para as atividades
ou negentropia. À medida que aumenta a informa- rotineiras de uma organização, com caráter cíclico
ção, diminui a entropia, pois a informação é a base e repetitivo, os projetos são sempre programados,
da configuração e da ordem. A negentropia, portan- finitos e temporários, aptos a entregar um resultado
to, utiliza a informação como meio ou instrumento
singular, único, exclusivo. Ou seja, projetos geram
de ordenação do sistema.
a inovação, enquanto processos a manutenção do
sistema. Ambos apoiam a estratégia da organização
Para apoiar o planejamento estratégico, a organi- e com ela devem estar alinhados.
zação sistematicamente se estrutura ao realizar suas
ações cotidianas, conciliando seu modus operandi
para a sobrevivência e adaptação a ambientes cada 11. A modelagem de processos permite a transição
vez mais turbulentos e dinâmicos. Para tanto, par- de uma visão estática do processo para uma
tindo de técnicas e abordagens até então restritas à visão dinâmica, valendo-se de fluxogramas, re-
administração de empresas, passa a buscar a efici- presentações gráficas dos processos, segundo
ência, eficácia e efetividade de seus processos orga- orientações to be (retratos fiéis daquilo que se
nizacionais, gerando inovação em resposta a proble- espera de um processo após sua análise) e as is
mas novos que surgem constantemente, fazendo com (processo presente e sua cadeia atual de valor,
com elementos, gargalos, handoffs e rupturas).
que os gestores lancem mão de processos decisórios
cada vez mais dinâmicos e complexos.
Renato Lacerda. Setembro de 2018.
Comentário
Tendo o texto como referência inicial e conside- O CBOK define assim a modelagem de processos:
rando os conceitos acerca da gestão de processos, de
projetos, planejamento e processo decisório, julgue os É o conjunto de atividades envolvidas na criação de
itens a seguir. representações de processos de negócio existentes
ou propostos. Pode prover uma perspectiva ponta a
ponta ou uma porção dos processos primários, de
10. Processos respondem à necessidade de inova- suporte ou de gerenciamento. Seu propósito é criar
ção, gerando resultados únicos, que atendam ou uma representação do processo de maneira com-
pleta e precisa sobre seu funcionamento. Por esse
excedam as expectativas das partes interessadas, motivo, o nível de detalhamento e o tipo específico
aprimorando a eficiência e eficácia organizacional. de modelo têm como base o que é esperado da ini-
ciativa de modelagem.

Comentário Para que se iniciem as ações de modelagem, é


preciso saber como o processo atual é, com todas as
A questão está ERRADA, pois as características suas características, o modelo as is. Posteriormente,
listadas referem-se a projetos, e não a processos, procede-se com a análise dos processos mapeados
que podem ser caracterizados pelas seguintes para depois propor o desenho futuro dos processos,
definições: segundo o CBOK, um processo é “um nas condições em que se espera que ele opere na
conjunto definido de atividades ou comportamentos modelagem to be. Cabe ainda destacar um conceito

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda

importante, o de handoff. Trata-se, na verdade, 13. Aplicado ao gerenciamento de projetos no pro-


da transição de fases do processo, quando, após cesso de execução “gerenciamento da qualida-
certa atividade ou conjunto de ações, o processo de”, o gráfico de Ishikawa desdobra as causas
é repassado a outro responsável, setor ou da especificação do problema identificadas em
organização. Quanto maior o número de handoffs, ramos discretos, ajudando a identificar a causa-
maior a ocorrência de erros, rupturas, atrasos e -raiz ou principal do problema.
gargalos na execução do processo e entrega de
resultados. A tendência moderna é a diminuição de Comentário
seu número, melhorando o nível de serviço e grau
de atendimento satisfatório das necessidades do Ainda que seja uma ferramenta originária da gestão
cliente. De modo ilustrativo, pode ser considerado da qualidade, muito utilizada em gerenciamento
uma “passagem de bastão”, uma transferência de de processos, também é utilizada no âmbito da
responsabilidade entre os executores das tarefas e gerência de projetos, especificamente na área
atividades que compõem o processamento. Durante de gerenciamento da qualidade, que a define
a execução de um processo de negócio, dentro da exatamente como na questão. É uma ferramenta
cadeia de valor, vários outros processos secundários utilizada no processo “gerenciar a qualidade”, ou
ou intermediários poderão ser executados. seja, um processo de execução. Questão, portanto,
CORRETA.
12. Segundo o PMBOK 6ª edição, os grupos de pro-
cessos de gerenciamento de projetos totalizam
49 processos nos grupos de iniciação, planeja- 14. As ferramentas de análise de cenários interno e
mento, execução, controle e monitoramento e externo são meios utilizados para reduzir incer-
encerramento, que, de forma prescritiva, devem tezas e eliminar os riscos existentes, mapeando
ser seguidos pelos gerentes de projeto, o que tanto as forças quanto as fraquezas existentes
afasta a prática de tailoring ou adaptação na for- no microambiente ou ambiente de tarefa, quanto
ma como os processos são aplicados. às oportunidades e ameaças do macroambiente,
categorizado por variáveis incontroláveis do pla-
nejamento.
Comentário

Quanto à prática do tailoring, inovação do PMBOK Comentário


6ª edição, assim se define:
Existem várias ferramentas de análise de cenários
Normalmente, os gerentes de projeto aplicam uma internos e externos, respectivamente, análise
metodologia de gerenciamento de projetos ao seu organizacional e ambiental. Normalmente, as
trabalho. Uma metodologia e um sistema de práti-
ferramentas começam por mapear as oportunidades
cas, técnicas, procedimentos e regras usadas por
aqueles que trabalham numa disciplina. Esta defi- e ameaças, que são variáveis incontroláveis e que
nição deixa claro que este guia em si não é uma se encontram no ambiente organizacional. Depois,
metodologia. Este guia e o Padrão de Gerencia- passam a buscar as forças e as fraquezas da
mento de Projetos são referências recomendadas
organização, na perspectiva interna e, portanto,
para a adaptação, pois tais documentos-padrão
identificam o subconjunto de conhecimentos em controlável. Isso se procede no modelo de Porter
gerenciamento de projetos geralmente reconheci- e suas forças competitivas, que, antes de definir
dos como boas práticas. “Boa prática” não significa uma estratégia genérica interna (liderança em
que os conhecimentos descritos devam ser sempre custo, diferenciação, foco ou enfoque), analisa
aplicados uniformemente em todos os projetos. Re-
comendações de metodologia específica estão fora
externamente o poder de barganha dos clientes, o
do escopo deste guia. poder de barganha dos fornecedores, a ameaça de
produtos substitutos, a ameaça de novos entrantes
Conforme se observa, portanto, o PMBOK é não e o grau de rivalidade na indústria. Também ocorre
prescritivo. Além disso, reafirma a possibilidade de na matriz BCG e McKinsey, com suas análises de
os processos sofrerem adaptações necessárias portfólios de negócio, que verificam participação/
ao cumprimento dos objetivos de cada projeto, força competitiva (interna) e crescimento/
respeitando suas peculiaridades. atratividade. Já na matriz de Ansoff, avaliam-se
os mercados, correntes ou novos (externo), e os
produtos, correntes ou novos (interno). A questão
está ERRADA somente no que tange à análise

19
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Renato Lacerda

ambiental. Tanto o micro quanto o macroambiente A gestão de pessoas se articula por meio de pro-
são externos à organização, apresentando, cessos ou políticas típicas da área, o que atualmente
portanto, somente oportunidades e ameaças na tem ganhado integração horizontal por meio das com-
análise SWOT. A organização tem como ambiente petências e alinhamento vertical com os objetivos e
imediato o microambiente ou de tarefa, que se elementos característicos do planejamento estraté-
relaciona diretamente com a área de atuação gico. Pensar nas pessoas como fatores críticos de
da organização, seu mercado, sua indústria, sucesso e colaboradores e não mais como fatores de
compondo-se de clientes, fornecedores, sindicatos, produção ou mão de obra, portanto, passou a ser uma
associações, concorrentes, agências reguladoras. realidade premente dos atuais sistemas de gestão.
Renato Lacerda. Setembro de 2018.
Além do microambiente, encontra-se o macro,
categorizado por variáveis mais abrangentes e
que afetam diversos segmentos da economia, Considerando os desafios, objetivos, práticas e
processos de gestão de pessoas, julgue os itens a
independentemente do mercado a que se destina
seguir.
ou da indústria em que atue a organização. É
o exemplo de fatores econômicos, políticos,
16. O desempenho nas organizações é fenômeno de
tecnológicos, demográficos, legislativos.
ordem multidimensional, influenciado pelo grau
de motivação e relacionado ao comprometimen-
15. Decisões programadas são aquelas tomadas em to. Portanto, é uma variável de entrada do clima
situações cotidianas, para as quais haja soluções organizacional, dando origem às manifestações
prontas, em que se atravessa um conjunto de fa- individuais e afetivas acerca do sistema organi-
ses, que vão desde a identificação do problema ou zacional na percepção do clima.
oportunidade até a avaliação da decisão tomada.

Comentário
Comentário
De fato, o desempenho é fenômeno influenciado
Simon relativiza as decisões segundo o conceito por muitas dimensões, entre elas, a motivação.
de racionalidade limitada, pois, conforme o Além disso, o suporte organizacional o influencia,
autor, as pessoas possuem limitada quantidade bem como o feedback, a capacitação, a capacidade
de informações e cognição, fazendo com que, percebida pelo indivíduo de exercer certo esforço
quando muito, as decisões sejam satisfatórias, e obter algum resultado (autoeficácia). Por sua vez,
nunca perfeitas. Isso porque, ao decidir, aliam-se também pode se relacionar ao comprometimento,
preferências pessoais e intuição à razão, que é pois a atitude do indivíduo é balizada por uma carga
mediada pela informação. Quanto mais informações cognitiva, afetiva e comportamental. Para que ele
se tem acerca de um problema ou oportunidade, dirija seus esforços em prol da organização, precisa
mais razão e menos intuição são mobilizados. As perceber que suas contribuições são valorizadas
decisões programadas, por sua vez, compõem na medida de suas necessidades. Quanto ao clima,
o rol de soluções prontas da organização e que, é fenômeno de ordem perceptual, a atmosfera
portanto, já foram testadas e aprovadas. Por assim psicológica vivida ou experimentada pelos membros
dizer, há uma correta relação entre o problema de uma organização. Por assim dizer, o desempenho
e a solução. É o modelo de racionalidade. Em é uma variável afetada pelo desempenho. Ou seja, o
decisões programadas, não é necessário que se grau de comprometimento, motivação e desempenho
percorram as fases do processo decisório, que, das pessoas é afetado pela percepção do clima.
segundo Maximiano, compõem-se de: identificação Logo, o desempenho é uma variável de saída, e
do problema/oportunidade; diagnóstico; geração não de entrada do clima, o que torna ERRADA a
de alternativas; escolha da alternativa; avaliação. questão. Além disso, é preciso destacar que o clima
Tais fases são percorridas por decisões não organizacional é coletivo e objetivo, mensurado por
programadas, o que torna a questão ERRADA. técnicas específicas e retrata a dimensão cognitiva,
As decisões não programadas são baseadas e não a afetiva. O que possui dimensão afetiva, do
na incerteza, são tomadas para problemas ou tipo “eu acho” ou “eu sinto” algo da organização e
oportunidades não conhecidos, mobilizando maior de sua cultura, é a satisfação no trabalho e o clima
abstração e esforço do tomador de decisão. psicológico. Então, clima psicológico é individual, com
dimensões cognitivas, mas também afetivas. O clima

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organizacional, ao contrário, é coletivo e, portanto, 4. Foco na pessoa. É o grau em que as decisões


sem dimensão afetiva. É a soma das percepções dos dirigentes levam em consideração o efeito dos
individuais não identificadas um a um, mas por resultados sobre as pessoas dentro da organização.
pesquisa de clima, que chega à conclusão acerca do 5. Foco na equipe. É o grau em que as atividades
que a coletividade percebe do sistema organizacional. de trabalho são mais organizadas em torno de
equipes do que de indivíduos.
6. Agressividade. É o grau em que as pessoas são
17. A cultura organizacional fundamenta a definição competitivas e agressivas, em vez de tranquilas.
de missão ou razão de ser da organização, é 7. Estabilidade. É o grau em que as atividades
sutil, intangível, implícita e sempre presente, e, organizacionais enfatizam a manutenção do
ainda que determine a identidade organizacional, status quo em vez do crescimento.
pode se tornar disfuncional à medida que tende
a gerar resistência generalizada à necessidade Por fim, é importante destacar as diferenças entre o
de mudança interna e gera a tendência de utilizar conceito de clima e de cultura:
mais recursos para cuidar da própria organização
do que no desempenho da missão ou no atendi-
mento aos clientes. Clima Organizacional Cultura Organizacional

Atmosfera psicológica vivida ou É a identidade da organização,


experienciada pelas pessoas seu modo de ser, de agir e de
Comentário de uma organização, que pensar. São as justificativas
afeta seu nível de motivação, tomadas por verdadeiras e
desempenho e comportamento. um sistema de valor adotado
A cultura, de certa forma, é boa para o funcionário, • É um termo avaliativo; para solucionar problemas de
pois define o comportamento aceitável e a forma • De dimensão cognitiva; adaptação interna e externa.
de agir, gerando consistência e comprometimento. • Percepção acerca • É um termo descritivo;
dos componentes • Possui elementos
Porém, em alguns casos, a cultura, em especial organizacionais, sistemas reguladores e adaptativos;
a cultura forte, pode gerar alguns entraves e de benefícios, cultura, • É normativa;
problemas para o sistema organizacional, o que benefícios, divisão do • Influencia o clima
trabalho, entre outros; organizacional;
caracteriza as disfunções da cultura. Diversos • É diferente do clima • Processo histórico de
autores versaram, entre eles Maximiano e Robbins. psicológico (que tem formação, normalmente
Segundo esse último, são disfunções da cultura: dimensão afetiva); iniciado pelos fundadores,
institucionalização, barreira à mudança; barreira • Pode variar entre áreas da mas de trato social e
organização. coletivo.
à diversidade, barreira a aquisições e fusões. Já
Maximiano destaca algumas disfunções, entre elas
a tendência a utilizar mais recursos para cuidar
da própria organização do que no desempenho 18. Segundo pressupostos da teoria da avaliação
da missão ou no atendimento aos clientes, o que cognitiva, uma teoria de fluxo ou processo mo-
torna CORRETA a questão. Ainda, o autor destaca, tivacional, um indivíduo que possui motivação
em sua obra Teoria Geral de Administração, que a intrínseca pelo desempenho de certa atividade,
cultura define e orienta a missão da organização. quando recebe recompensas extrínsecas, como
Robbins afirma que a cultura organizacional se remuneração, promoção ou outros benefícios,
refere a um sistema de valores compartilhado pelos tende a diminuir o seu grau de motivação ao
membros de uma organização que a diferencia das substituir prazer por obrigação.
demais. É, por definição, sutil, intangível, implícita
e sempre presente. Existem sete características
básicas que capturam a essência da cultura de uma Comentário
organização, segundo o autor:
1. Inovação. É o grau em que os funcionários As teorias motivacionais são enquadradas em
são estimulados a serem inovadores e a grandes blocos, as de conteúdo e as de processo
assumirem riscos. ou fluxo. De caráter mais estático e focadas em
2. Atenção aos detalhes. É o grau em que se necessidades humanas, as teorias de conteúdo
espera que os funcionários demonstrem precisão, englobam a teoria da Hierarquia das Necessidades
análise e atenção aos detalhes. Humanas de Maslow, a Teoria X e Y de McGregor,
3. Orientação para os resultados. É o grau em a Teoria Bifatorial de Herzberg, a teoria ERC de
que os dirigentes focam mais nos resultados do Alderfer e a Teoria RAP de McClelland. Já as
que nas técnicas e nos processos empregados teorias de fluxo ou processo não procuram definir
para seu alcance. de modo descritivo o que é motivação, como as

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anteriores, mas de explicar o processo cognitivo A espiritualidade no ambiente de trabalho nada tem
a ver com práticas religiosas. Também não é algo
que leva um indivíduo a se motivar. Mais dinâmicas,
místico ou no domínio da teologia. A espiritualidade
abarcam as seguintes teorias: avaliação cognitiva, no ambiente de trabalho apenas reconhece que as
equidade de Stacy Adams, estabelecimento de pessoas possuem uma consciência espiritual, que
objetivos de Locke, autoeficácia de Bandura, teoria nutre e que é nutrida por um trabalho significativo,
realizado dentro do contexto de uma comunidade. As
do reforço de Skinner, teoria da expectância de
organizações que promovem uma cultura espiritual
Victor Vroom, modelo contingencial de Lawler III. reconhecem que as pessoas possuem mente e es-
A teoria da avaliação cognitiva é uma versão da pírito, que elas buscam sentido e propósito no traba-
teoria da autodeterminação que afirma que destinar lho que realizam e procuram se conectar com outros
seres humanos, fazendo parte de uma comunidade.
recompensas externas a comportamentos que já
foram recompensados intrinsecamente tende a Tal reconhecimento desemboca em práticas de
diminuir o nível geral de motivação caso elas sejam qualidade de vida no trabalho, que, segundo o
vistas como meio de controle. Em poucas palavras, modelo de Walton, parte de alguns pontos, a saber:
é como se, ao receber por aquilo que já fazia, por 1. Compensação justa e adequada: deve haver um
exemplo, aquilo que o indivíduo “queria fazer” equilíbrio salarial tanto interna quanto externamente
torna-se algo que ele “deve fazer”. Quanto à teoria com base no piso salarial da categoria.
da autodeterminação, que dá base à Avaliação 2. Condições de segurança e saúde no
Cognitiva, sustenta que as pessoas, além de serem trabalho: envolve a jornada de trabalho, o
guiadas por uma necessidade de autonomia ou ambiente físico e o bem-estar do funcionário.
autodeterminação, também usam maneiras de 3. Utilização e desenvolvimento de
adquirir competências e relacionamentos positivos capacidades: proporciona oportunidades que
com os outros. De acordo com tais estudos, as contribuem para a satisfação do colaborador,
pessoas devem escolher seu trabalho por motivos como o empowerment, informação total sobre o
que não sejam meramente extrínsecos. Por que processo de trabalho, dentre outros.
você está estudando para concurso? Já pensou 4. Oportunidade de crescimento contínuo e
acerca da carreira, do que vai desenvolver, das segurança: possibilita oportunidades de carreira
atribuições de seu cargo e das possibilidades de (ascensão) e, consequentemente, segurança.
lotação? Lembre-se de que, na vida, o importante 5. Integração social na organização:
é ser feliz com nossas escolhas. Ter senso de existência de franqueza interpessoal, abolição
responsabilidade, autonomia para a realização do de preconceito, extinção dos níveis hierárquicos
trabalho e escolher estar nele, pois o que o preenche marcantes, dentre outros.
são elementos de motivação interna. A questão está, 6. Constitucionalismo: estabelecimento de
portanto, CORRETA. normas, regras e deveres que a organização elabora
para organizar os padrões de procedimentos,
processos e comportamentos dos funcionários.
19. O sistema de gestão de pessoas deve lidar com 7. Trabalho e espaço total de vida: controle do
desafios como a diversidade, valendo-se de cul- tempo para não impedir que o empregado deixe
turas espirituais que adotam espaços ecumêni- de realizar suas atividades pessoais e familiares.
cos para expressão religiosa de cada colabora- 8. Relevância social de vida no trabalho:
dor, o que estimula a socialização e a tolerância promover ações que despertem orgulho dos
dos colaboradores. funcionários por trabalharem na empresa, como
atividades de responsabilidade social, ecológica,
dentre outras.
Comentário
Conforme torna-se evidente, a questão está
De fato, o sistema de gestão de pessoas deve lidar ERRADA.
com inúmeros desafios, a exemplo da diversidade.
As culturas espirituais fazem-se cada vez mais
presentes, de modo a reconhecer as potencialidades 20. A educação corporativa deve estimular o aprendi-
humanas, conseguindo conciliar os objetivos zado dos indivíduos com base em suas aspirações
organizacionais e também os individuais para a pessoais e desenvolvimento humano por meio da
efetividade de todo o sistema de gestão. Robbins, criação de competências humanas que agreguem
em Comportamento Organizacional, afirma que: valor social aos colaboradores e estimulem a au-
tocapacitação contínua do corpo de funcionários.

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Comentário

A educação corporativa deve, sim, buscar agregar valor aos indivíduos, mas também à organização. Além
disso, deve estar norteada pelo conceito de andragogia – educação para adultos. Portanto, a educação
corporativa deve estar atrelada aos objetivos organizacionais, sua maior eficiência, eficácia e efetividade,
o que pode ser alcançado pela potencialidade da união sinérgica de conhecimentos, habilidades e atitudes
das pessoas por esforços intencionais e deliberados da organização por meio do sistema de capacitação.
A questão está ERRADA ao não mencionar a vinculação do aprendizado às necessidades da organização.
Segundo Fleury, a competência, que pode ser desenvolvida na educação corporativa e pelo sistema de
TD&E, “é um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,
recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. Essa
dicotomia, portanto, deve balizar a educação corporativa e os processos de aprendizagem na organização:
o valor econômico para a organização e o valor social para o indivíduo. Quanto à autocapacitação, deve ser,
sim, estimulada, lembrando que a aprendizagem pode ocorrer por diversos processos, tanto de modo formal
quanto informal.

21. A modelagem de competências pressupõe a descrição de referenciais de desempenho que comportem


descrições específicas do comportamento observável do indivíduo em seu espaço ocupacional, o que, por-
tanto, prescinde da fase de formulação estratégica, em que são definidos elementos como missão, visão de
futuro e objetivos estratégicos da organização.

Comentário

A modelagem de competências é feita com base no planejamento estratégico da organização, que é, portanto,
imprescindível à gestão por competências, conquanto seja sua primeira fase. Logo, a questão encontra-se
ERRADA. Segundo Brandão, são fases do modelo de competência:

1. Definir missão, visão de futuro e objetivos estratégicos.


2. Estabelecer indicadores de desempenho e metas.
3. Identificar as competências necessárias.
4. Inventariar as competências existentes.
5. Mapear o gap de competências e planejar a captação ou
o desenvolvimento.
6. Selecionar competências externas.
7. Admitir, alocar e integrar.
8. Definir mecanismo de desenvolvimento.
9. Disponibilizar e orientar o aproveitamento.
10. Acompanhar e apurar os resultados alcançados.
11. Comparar resultados alcançados com resultados
esperados.
12. Reconhecer e premiar o bom desempenho.
13. Remunerar por competências.

22. A qualidade de vida no trabalho, segundo a corrente hegemônica, possui caráter mais preventivo, oferecendo
suporte aos colaboradores nos mais diversos aspectos, dentro e fora da organização, segundo enfoque bio-
lógico, psíquico e social.

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23. O recrutamento pode ser interno, externo ou mis-


Comentário to, guardando cada tipo certas vantagens e des-
vantagens. Em todos os casos, o seu objetivo no
A corrente hegemônica em QVT é a corrente processo seletivo é o de comparar os indivíduos
assistencialista, que possui caráter mais terapêutico e escolher o melhor candidato para ocupar um
que profilático, ou seja, trata de problemas e cargo ou função, ou, ainda, satisfazer uma com-
não os previne, o que torna a questão ERRADA. petência necessária ao alcance dos objetivos es-
De fato, o indivíduo deve ser tratado em suas tratégicos da instituição, mensurada pelo gap ou
múltiplas dimensões, dentro e fora da organização. lacuna de competências.
São ações de QVT os programas antitabagistas,
as comemorações e festividades, assistência Comentário
psicossocial, a questão do alcoolismo e drogatização,
A questão está ERRADA. O processo seletivo
a criação de espaços de convívio social,
abarca tanto as ações de recrutamento quanto
práticas desportivas, ginástica laboral, nutrição,
as ações de seleção de pessoas. Por sua vez, o
capacitações, entre outras. Segundo Limongi,
sucesso do recrutamento é mensurado pela atração
não se pode atribuir uma definição consensual
de candidatos potenciais, o que caracteriza seu
acerca do termo. O conceito engloba, além dos
objetivo principal. Já a seleção, etapa posterior ao
atos legislativos que protegem o trabalhador, o
recrutamento, é uma ação obstativa e restritiva, que
atendimento a necessidades e aspirações humanas,
elimina os que não têm condições de ocupar a vaga
calcado na ideia de humanização do trabalho e
ou satisfazer a necessidade de uma competência.
na responsabilidade social da empresa. Segundo
Aqui, sim, há sempre uma comparação e uma
Ferreira, as práticas de QVT têm se revelado escolha. Em poucas palavras, o recrutamento é
assistencialistas e hegemônicas na medida em que um grande chamado ao qual as pessoas devem
o foco é o ajuste do trabalhador ao seu contexto atender. A seleção é momento posterior que escolhe
de trabalho, sob a ótica da restauração “corpo- aquele que satisfaz aos requisitos.
mente”, com o objetivo de manter a produtividade.
Alguns pontos caracterizam tal corrente: a) foco
no indivíduo – o trabalhador é responsável por 24. A análise de cargos tem por objetivo identificar
os principais requisitos funcionais e comporta-
sua QVT, considerado variável de ajuste, devendo
mentos que amparam a realização de atividades
ele se adaptar ao ambiente organizacional hostil;
previstas nos postos de trabalho.
b) caráter assistencialista – as ações são válidas
em si mesmas, mas estão em nítido descompasso
com o contexto de trabalho e seus problemas. Comentário
Desempenham um papel “curativo” dos desgastes
provocados pela tarefa de trabalho; c) ênfase na A questão está ERRADA, por abordar elementos que
produtividade – as atividades de QVT realizadas configuram a descrição de cargos. A análise é etapa
deverão contribuir para o alcance, a qualquer custo, posterior à descrição, que busca características
das metas de produtividade da organização. O intrínsecas ao cargo, os comportamentos para a
que se tem buscado, na verdade, são abordagens realização das tarefas que ele contém. Já a análise
contra-hegemônicas, que se caracterizam por um verifica características extrínsecas ao cargo, ou seja,
processo através do qual uma organização atende o que o ocupante deve ter para desenvolver bem as
às necessidades e desejos dos seus colaboradores tarefas e atribuições do cargo. Descrever o cargo
ao desenvolver mecanismos que permitam relaciona-se com o que faz seu ocupante, como faz,
a participação plena deles nas decisões que sob quais condições faz e por que faz. É, portanto,
direcionam suas vidas no trabalho. A QVT contra- uma síntese das principais responsabilidades
hegemônica, de natureza preventiva, tem como do cargo. Seu formato comum inclui o título do
foco remover os problemas geradores de mal-estar cargo, o sumário de atividades e suas principais
no trabalho nos contextos de produção, atuando responsabilidades, mostrando, em alguns casos,
em três dimensões interdependentes: condições, as relações de comunicação com demais cargos.
organização e relações socioprofissionais de A descrição é narrativa e expositiva. A análise
trabalho. concentra-se em quatro áreas de requisitos, que
podem ser aplicadas, em geral, a qualquer tipo ou
nível de cargo:

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Renato Lacerda

1. Requisitos mentais: instrução necessária, 3. Liderança participativa: permite o envolvimento


experiência anterior, iniciativa, aptidões; dos liderados nas decisões organizacionais, pois
2. Requisitos físicos: esforço físico, concentração os consulta antes de decidir;
visual ou mental, destreza ou habilidades, 4. Liderança orientada para a realização
compleição física; (conquista): desafia os liderados a alcançarem os
3. Responsabilidades: supervisão de pessoas; objetivos da empresa, proporcionando confiança,
material, equipamento ou ferramental; dinheiro, incentivo a motivação e apoio para desenvolverem
títulos ou documentos; contatos internos ou a atividade com o melhor desempenho possível.
externos;
4. Condições de trabalho: ambiente físico, riscos Seguem as seguintes considerações:
de acidentes. • A liderança diretiva leva a uma maior satis-
fação quando as tarefas são ambíguas ou
25. Segundo o modelo de liderança de Fiedler, a teoria estressantes do que quando são altamente
do caminho-meta, os líderes são responsáveis por estruturadas e planejadas.
conduzir seus subordinados ao sucesso e alcance • A liderança apoiadora leva a um melhor
de metas, fornecendo orientação e apoio neces- desempenho e a uma maior satisfação quando
sários para assegurar que as metas sejam com- os funcionários realizam tarefas estruturadas.
patíveis com os objetivos da organização. Logo, • A liderança diretiva pode ser percebida como
indivíduos com maior lócus de controle terão me- redundante por funcionários com elevada
lhores resultados a partir da liderança diretiva. capacidade ou com experiência considerável.

Comentário
Deixo aqui meu abraço, desejando sucesso e
Há alguns equívocos na questão em apreço.
bons estudos, fazendo um convite especial a vocês:
O primeiro é atribuir a teoria do caminho-meta
venham ser meus colegas de MPU. Estou esperando
de Robert House e Terrence Mitchell a Fiedler.
por vocês!
Na teoria mencionada, é certo o papel descrito
pelo líder. Porém, ao considerar os elementos
constitutivos da teoria (comportamento do líder,
fatores contingenciais do ambiente, fatores
contingenciais dos subordinados e resultados), erra
ao tratar do lócus de controle. Lócus, ou centro de
controle, representa o grau de autonomia e controle
que o subordinado tem acerca de seu trabalho.
Se o lócus de controle for interno, significa que o
subordinado tem mais liberdade na execução das
tarefas. Se, ao contrário, o lócus de controle for
externo, é o líder quem dá as diretrizes do trabalho.
Elevado centro de controle requer maior orientação
aos subordinados, ao passo que o baixo centro de
controle leva a orientação ao líder, o que requer,
neste caso, liderança diretiva, e também torna a
questão ERRADA. Seguem os estilos de liderança
considerados pela teoria:

1. Liderança diretiva: aquela que direciona e


organiza as atividades de trabalho esclarecendo
padrões a serem atingidos pelos subordinados –
diz o que fazer e o que espera das pessoas;
2. Liderança de apoio: voltado para a melhoria dos
relacionamentos e sensível com as necessidades
do outro;

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues

GILCIMAR RODRIGUES

Servidor Público do Ministério Público da União, lotado no Conselho Nacional


do Ministério Público. Professor da disciplina Legislação Aplicada ao MPU
em vários cursos preparatórios de Brasília. Autor do livro Legislação Aplicada
ao MPU – Questões Comentadas. Possui amplo conhecimento das principais
bancas examinadoras, além de ser orientador de métodos, técnicas e
procedimentos de estudos.

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO 8. As Câmaras de Coordenação e Revisão do Mi-


CNMP nistério Público Federal são os órgãos setoriais
de coordenação, de integração e de revisão do
exercício funcional na instituição.
Lei Complementar n. 75/1993 (Lei Orgânica do
Ministério Público da União)
9. O Regimento Interno, que disporá sobre o funcio-
namento das Câmaras de Coordenação e Revi-
1. Compete ao Ministério Público Estadual exercer,
são, será elaborado pelo Procurador-Geral.
no que couber, junto à Justiça Eleitoral, as fun-
ções do Ministério Público, atuando em todas as 10. As Câmaras de Coordenação e Revisão do MPF
fases e instâncias do processo eleitoral. serão compostas por três membros do Ministério
Público Federal, sendo um indicado pelo Procu-
2. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral exercer rador-Geral da República e dois pelo Conselho
as funções do Ministério Público nas causas de Superior, juntamente com seus suplentes, para
competência do Tribunal Regional Eleitoral. um mandato de dois anos, dentre integrantes do
último grau da carreira, sempre que possível.
3. O Procurador Regional Eleitoral será designado
pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Pro- 11. Compete à Câmara de Coordenação decidir os
curadores Regionais da República no Estado e conflitos de atribuições entre os órgãos do Minis-
no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre tério Público Federal.
os Procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos. O Procurador Regional 12. Compete ao Colégio de Procuradores da Repúbli-
Eleitoral poderá ser reconduzido uma vez. ca elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo
e secreto, a lista sêxtupla para a composição do
4. O Conselho Superior do Ministério Público Fede- Superior Tribunal de Justiça, sendo elegíveis os
ral é composto pelo Procurador-Geral da Repúbli- membros do Ministério Público Federal, com mais
ca e o Vice-Procurador-Geral da República, que o de dez anos na carreira, tendo mais de trinta e cin-
integram como membros natos; quatro Subprocu- co e menos de sessenta e cinco anos de idade.
radores-Gerais da República eleitos pelo Colégio
Perfil constitucional do Ministério Público e
de Procuradores; e quatro Subprocuradores-Ge-
suas funções institucionais
rais da República eleitos por seus pares.
13. O Ministério Público da União exercerá o controle
5. Compete ao Conselho Superior do MPF elaborar
externo da atividade policial por meio de medidas
a lista tríplice destinada à promoção por mereci- judiciais e extrajudiciais, podendo ter livre ingres-
mento. so em estabelecimentos policiais ou prisionais.
Além disso, poderá ter acesso a quaisquer docu-
6. É competência do Colégio de Procuradores da mentos relativos à atividade-fim policial.
República determinar a remoção, por interesse
público, de Membros do MPF. 14. O controle externo da atividade policial exercido
pelo MPF não lhe garante o acesso irrestrito a to-
7. As Corregedorias dos respectivos ramos têm a dos os relatórios de inteligência produzidos pela
competência de exercer o poder normativo no Diretoria de Inteligência do Departamento da
âmbito de cada ramo. Polícia Federal, mas somente aos de natureza
persecutório-penal.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues

15. Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério mia – dispõe de competência para praticar atos
Público, sob qualquer pretexto, a exceção de si- próprios de gestão, cabendo-lhe, por isso mes-
gilo, sem prejuízo da subsistência do caráter si- mo, sem prejuízo da fiscalização externa, a cargo
giloso da informação, do registro, do dado ou do do Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de
documento que lhe seja fornecido, podendo o MP Contas, e também do controle jurisdicional, ado-
ter acesso a procedimentos disciplinares, contra tar as medidas que reputar necessárias ao pleno
advogados, conduzidos pela Ordem de Advoga- e fiel desempenho da alta missão que lhe foi ou-
dos do Brasil – OAB. torgada pela Lei Fundamental da República.

16. Nos termos da LC n. 75/1993, compete ao Minis- 23. Ao Ministério Público da União é assegurada au-
tério Público da União promover, privativamente, tonomia funcional, administrativa e financeira, ca-
a ação penal pública, na forma da lei. bendo-lhe propor ao Poder Legislativo a fixação
dos vencimentos de seus membros e servidores.
17. Com base na LC n. 75/1993, o MPU promove-
rá o inquérito civil e a ação civil pública para a A iniciativa legislativa
proteção de interesses individuais indisponíveis,
homogêneos, sociais, difusos e coletivos. 24. São de iniciativa privativa do Presidente da Repú-
blica as leis que disponham sobre a organização
18. O Ministério Público da União, conforme dispõe a do Ministério Público da União, não facultando a
LC n. 75/1993, tem a competência para instaurar iniciativa a qualquer outro legitimado.
inquérito civil público, como instrumento investiga-
tivo, no intuito de proteger o patrimônio público e
25. Ao Ministério Público é assegurada autonomia
social, o meio ambiente, os bens e direitos de valor
funcional e administrativa, podendo propor ao
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares.
19. O Ministério Público da União, para acessar in-
formações, exames e perícias e documentos de
Os vários Ministérios Públicos
autoridades da Administração Pública direta e in-
direta, deverá provocar o Poder Judiciário, tendo
26. O Ministério Público Comum é composto pelo Mi-
em vista que o MP não dispõe de legitimidade do
nistério Público da União, pelos Ministérios Pú-
poder de requisitar.
blicos dos Estados e pelos Ministérios Públicos
junto aos Tribunais de Contas.
Conceito. Princípios institucionais

20. O princípio da indivisibilidade permite a substitui- 27. O Ministério Público Estadual possui legitimidade
ção dos membros do Ministério Público de forma para atuar diretamente no STJ e no STF nos pro-
discricionária pelo Procurador-Geral. cessos em que figurar como parte.

21. O Princípio do Promotor Natural consagra uma ga- O Procurador-Geral da República: requisitos
rantia de ordem jurídica, destinada tanto a proteger para a investidura e procedimento de destituição
o membro do Ministério Público, na medida em que
lhe assegura o exercício pleno e independente do 28. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, República, por iniciativa do Presidente da Repúbli-
a quem se reconhece o direito de ver atuando, em ca, deverá conter autorização posterior da maioria
quaisquer causas, apenas o promotor cuja inter- absoluta do Senado Federal, em votação secreta.
venção se justifique a partir de critérios abstratos e
predeterminados, estabelecidos em lei. 29. O Procurador-Geral da República é o chefe do
Ministério Público da União, nomeado pelo Pre-
A autonomia funcional e administrativa sidente da República dentre integrantes da car-
reira, maiores de trinta e cinco anos, permitida a
22. O Ministério Público – consideradas as prerroga- recondução, sendo dispensada nova decisão do
tivas constitucionais que lhe acentuam as múlti- Senado Federal.
plas dimensões em que se projeta a sua autono-

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues

30. Na Chefia do MPU, o PGR nomeará e dará posse dato, por deliberação da maioria absoluta da Câ-
ao Vice-Procurador-Geral da República, ao Pro- mara Legislativa do DF, mediante representação
curador-Geral do Trabalho, ao Procurador-Geral do Presidente da República.
da Justiça Militar, bem como ao Procurador-Geral
de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Membros: ingresso na carreira, promoção,
aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação
31. É competência do PGR, na chefia do MPF, ela-
borar as listas sêxtuplas para composição dos 39. O concurso público de provas e títulos para in-
Tribunais Regionais Federais, do Tribunal de gresso em cada carreira do Ministério Público
Justiça do Distrito Federal e Territórios, do Supe- da União terá âmbito nacional, destinando-se ao
rior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do preenchimento de todas as vagas existentes e
Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho. das que ocorrerem no prazo de eficácia. O con-
curso será realizado, obrigatoriamente, quando
32. O PGR proverá e desproverá os cargos das car- o número de vagas exceder a dez por cento do
reiras do Ministério Público da União e de seus quadro respectivo e, facultativamente, a juízo do
serviços auxiliares. Conselho Superior competente.

33. Incumbe ao Procurador-Geral da República 40. O ingresso na carreira do Ministério Público far-
exercer as funções do Ministério Público junto -se-á mediante concurso público de provas e títu-
ao Supremo Tribunal Federal, manifestando-se los, assegurada a participação da Ordem dos Ad-
previamente em todos os processos de sua com- vogados do Brasil em sua realização, exigindo-se
petência.
do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
atividade jurídica e observando-se, nas nomea-
34. O Procurador-Geral da República designará os
ções, a ordem de classificação.
Procuradores da República que exercerão, por
delegação, suas funções junto aos diferentes ór-
41. À promoção por merecimento poderão concorrer
gãos jurisdicionais do Supremo Tribunal Federal.
os membros do Ministério Público da União com,
pelo menos, dois anos de exercício na categoria
Os demais Procuradores-Gerais
e integrantes da primeira quinta parte da lista de
antiguidade.
35. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado
pelo Procurador-Geral da República, dentre inte-
42. Na promoção por merecimento, será obrigatoria-
grantes da instituição, com mais de trinta e cinco
mente promovido quem houver figurado por três
anos de idade e de cinco anos na carreira, in-
tegrante de lista tríplice escolhida mediante voto vezes consecutivas, ou cinco alternadas, na lista
plurinominal, facultativo e secreto, pelo Conselho tríplice elaborada pelo Conselho Superior.
Superior do MPT.
43. Na apuração de antiguidade, o MP somente po-
36. A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, derá recusar o juiz mais antigo pelo voto funda-
antes do término do mandato, será proposta ao mentado de maioria absoluta de seus membros,
Procurador-Geral da República pelo Conselho conforme procedimento próprio, e assegurada
Superior, mediante deliberação obtida com base ampla defesa.
em voto secreto da maioria absoluta de seus in-
tegrantes. 44. Situação hipotética: Pedro Léo Antunes, recém-
-empossado no cargo de Procurador do Traba-
37. O Procurador-Geral de Justiça, Chefe do MPDFT, lho, Membro do Ministério Público do Trabalho,
será nomeado pelo Presidente da República den- desempenha suas funções na Procuradoria Re-
tre integrantes de lista tríplice elaborada pelo Co- gional do Trabalho da 1ª Região.
légio de Procuradores e Promotores de Justiça, Assertiva: Caso Pedro Léo Antunes seja preso
para mandato de dois anos, permitida uma re- em flagrante por crime inafiançável, a autoridade
condução, precedida de nova lista tríplice. policial deverá comunicar imediatamente a sua
prisão ao Chefe do Ministério Público do Traba-
38. O Procurador-Geral de Justiça, Chefe do MPDFT, lho (Procurador-Geral do Trabalho) e ao Tribunal
poderá ser destituído, antes do término do man- competente para processá-lo.

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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues

45. Situação hipotética: Ana Beatriz Camargo, Pro- legitimidade dos atos administrativos praticados
motora de Justiça Adjunta do Ministério Público por membros ou órgãos do Ministério Público fe-
do Distrito Federal e Territórios, está sendo inves- deral e estadual.
tigada por eventual crime contra ordem tributária.
Assertiva: As investigações contra Ana Beatriz 54. O constituinte, ao erigir o CNMP como órgão de
serão realizadas pela Polícia Civil do Distrito Fe- controle externo do Ministério Público, atribuiu-
deral e, ao final do inquérito policial, com indícios -lhe, expressamente, competência revisional am-
probatórios suficientes da prática de infração pe- pla, de sorte que não há vinculação à aplicação
nal, a autoridade responsável pelo inquérito reali- da penalidade ou à gradação da sanção imputa-
zará o seu indiciamento. da pelo órgão correcional local.

46. É vedado aos Membros do MP receber, a qual- 55. A competência revisora conferida ao CNMP
quer título e sob qualquer pretexto, honorários, limita-se aos processos disciplinares instaura-
percentagens ou custas processuais. dos contra os membros do Ministério Público da
União ou dos Estados, não sendo possível a re-
47. Membro do MP não poderá receber, a qualquer visão de processo disciplinar contra servidores.
título ou pretexto, auxílios ou contribuições de
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 56. Compete ao CNMP receber e conhecer das recla-
ressalvadas as exceções previstas em lei. mações contra membros ou órgãos do Ministério
Público da União ou dos Estados, inclusive contra
48. É permitido exercer atividade político-partidária seus serviços auxiliares, sem prejuízo da compe-
aos membros do MPU que ingressaram depois tência disciplinar e correicional da instituição.
de 2005 na carreira.
57. O CNMP tem o poder para avocar processos dis-
ciplinares em curso.
49. Os membros do Ministério Público estão impe-
didos de exercer advocacia, mesmo em causa
própria.

50. Não pode norma de constituição estadual proibir


nomeação de membro do Ministério Público para
cargo de confiança que integre a administração
da própria instituição.

Conselho Nacional do Ministério Público


(CNMP)
Composição. Atribuições constitucionais

51. O Conselho Nacional do Ministério Público com-


põe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Fede-
ral, para um mandato de dois anos, admitida uma
recondução.

52. O procedimento de escolha, pela Câmara dos De-


putados, de um cidadão que deverá compor o Con-
selho Nacional do Ministério Público poderá recair
sobre membros do próprio Ministério Público.

53. O CNMP não ostenta competência para efetuar


controle de constitucionalidade de lei, posto con-
sabido tratar-se de órgão de natureza administra-
tiva, cuja atribuição adstringe-se ao controle da

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ÉTICA
Rebecca Guimarães

REBECCA GUIMARÃES

Bacharel em Sociologia e Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB).


Pós-graduada em Docência do Ensino Superior (UniCeub). Pós-graduanda
em Relações Internacionais com ênfase em comércio exterior (UniCeub).
Mais de 15 anos de experiência em escolas de ensino médio, pré-vestibulares
e preparatórios para concursos públicos. Leciona: Atualidades, Ética e
Sociologia.

ÉTICA suas funções, permitindo a formação de lon-


gas filas, ou qualquer outra espécie de atraso
Ética tem origem no grego ethos, que significa na prestação do serviço.
modo de ser. A palavra moral vem do latim mos ou 2) O servidor público não pode desprezar o ele-
mores, ou seja, costume ou costumes. A primeira mento ético de sua conduta. Assim, o servidor
é uma ciência sobre o comportamento moral dos público tem que decidir entre o legal e o ilegal,
homens em sociedade e está relacionada à Filosofia. o conveniente e o inconveniente, o oportuno e
Sua função é a mesma de qualquer teoria: explicar, o inoportuno, bem como entre o honesto e o
esclarecer ou investigar determinada realidade, ela- desonesto.
borando os conceitos correspondentes. A segunda,
como define o filósofo Vázquez, expressa “um con- 3. De acordo com o Código de Ética Profissional do
junto de normas, aceitas livre e conscientemente, que Servidor do Poder Executivo Federal, julgue os
regulam o comportamento individual dos homens”.
itens a seguir.
Ao campo da ética, diferente do da moral, não
1) Não é vedado ao servidor público deixar de
cabe formular juízo valorativo, mas, sim, explicar as
utilizar os avanços técnicos e científicos ao
razões da existência de determinada realidade e pro-
seu alcance para o adequado desempenho
porcionar a reflexão acerca dela. A moral é normativa
de suas atividades.
e se manifesta concretamente nas diferentes socie-
dades como resposta a necessidades sociais; sua 2) Somente em casos especiais, os órgãos e
função consiste em regulamentar as relações entre os entidades da Administração Pública Federal
indivíduos e entre estes e a comunidade, contribuindo direta, indireta, autárquica e fundacional po-
para a estabilidade da ordem social. derão criar comissões de ética com o intuito
Internet: <www.espacoacademico.com.br> (com de orientar e aconselhar sobre a ética profis-
adaptações). sional do servidor, no tratamento com as pes-
soas e com o patrimônio público.
1. A partir do texto acima, julgue os itens a seguir.
1) A distinção fundamental entre ética e moral 4. Com relação ao Código de Ética Profissional do
decorre de explicação etimológica.
Servidor Público, julgue o item que se segue.
2) Infere-se do texto que ética, definida como “uma
1) A comissão de ética não pode se eximir de
ciência sobre o comportamento moral dos ho-
fundamentar o julgamento da falta de ética do
mens em sociedade”, corresponde a um concei-
servidor público concursado, mas, não tendo
to mais abrangente e abstrato que o de moral.
como fazê-lo no caso do prestador de serviços
3) Compete à moral, como conjunto de normas
contratado, cabe a ela, em tais circunstâncias,
reguladoras de comportamentos, chegar, por
meio de investigações científicas, à explica- alegar a inexistência de previsão dessa situa-
ção de determinadas realidades sociais. ção no código.

2. Acerca do padrão ético no serviço público, julgue 5. No que se refere ao Código de Ética Profissional
os itens a seguir. do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
1) Age contra a ética ou pratica ato de desuma- deral, julgue os itens seguintes.
nidade o servidor público que deixa, de forma 1) O uso de vestimentas adequadas ao exercí-
injustificada, uma pessoa à espera de solução cio da função pública é assunto que dispensa
cuja competência é do setor em que exerça determinações pelo referido código de ética.

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ÉTICA
Rebecca Guimarães

2) Os empregados das sociedades de economia 2) O servidor deve prestar toda a sua atenção
mista não estão subordinados ao disposto no às ordens legais de seus superiores, velando
Decreto n. 1.171/1994, para fins de apuração atentamente por seu cumprimento, e, assim,
de seu comprometimento ético. evitando a conduta imprudente.
3) Os atos praticados pelo servidor em sua vida
6. Julgue os itens que se seguem, acerca da ética particular em nada se relacionam com sua
no serviço público. vida funcional, uma vez que a pessoa do ser-
1) São deveres do servidor público a manuten- vidor não se confunde com sua vida civil; se
ção da limpeza e a organização do local onde assim fosse, estaríamos diante de agressão
executa suas funções. ao princípio da impessoalidade/finalidade.
2) A rapidez de resposta ao usuário pode ser ca- 4) Ética designa o conjunto de princípios, nor-
racterizada como uma atitude ética na Admi- mas, imperativos ou ideias morais de uma
nistração Pública. época ou de uma sociedade determinadas.
3) Documentos encaminhados para providên- 5) É defeso ao servidor público desviar servidor
cias podem ser alterados em situações espe- público para atendimento de interesse particular.
cíficas. 6) Resistir a todas as pressões de superiores
4) Informações privilegiadas obtidas no serviço, hierárquicos, de contratantes, interessados e
desde que não sejam utilizadas em benefício outros que visem obter quaisquer favores em
próprio, devem ser fornecidas pelo servidor decorrência de ações aéticas fazem parte de
quando solicitadas por pessoas idôneas. deveres fundamentais do servidor público.

9. A respeito da moral e dos diversos aspectos rela-


7. À luz do Código de Ética Profissional do Servidor
tivos à ética, julgue os itens que se seguem.
Público do Poder Executivo Federal, julgue os
1) A ética se confunde com a lei, pois ambos os
itens seguintes.
institutos retratam o comportamento de deter-
1) O agente público tem o dever de buscar o
minada sociedade.
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na
2) A ética refere-se a um conjunto de conhecimen-
tentativa de proporcionar a consolidação da
tos advindos da análise do comportamento hu-
moralidade do ato administrativo praticado.
mano e dos valores morais, enquanto a moral
2) O trabalho desenvolvido pelo servidor públi-
tem por base as regras, a cultura e os costumes
co perante a comunidade deve ser entendido
seguidos ordinariamente pelo homem.
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já
que, como cidadão, integrante da sociedade,
10. Julgue os itens subsecutivos à luz das disposições
o êxito desse trabalho pode ser considerado constantes do Código de Ética Profissional do
como seu maior patrimônio. Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
3) De acordo com o referido código de ética, tra- 1) A pena aplicável ao servidor público pela co-
tar mal uma pessoa que paga seus tributos missão de ética é a pena de suspensão do
direta ou indiretamente significa causar-lhe serviço público por, no máximo, trinta dias.
dano moral. 2) É permitido ao servidor público omitir a verda-
4) Um servidor que permite que um processo de quando esta for contrária aos interesses da
não seja solucionado a contento pode ser própria pessoa interessada.
acusado de usar de artifícios para procrasti- 3) Para fins de apuração de comprometimento
nar ou dificultar o exercício regular de direito ético, a retribuição financeira pela prestação
por qualquer pessoa. de serviço não constitui elemento indispensá-
5) O referido código serve primordialmente para vel para a caracterização do indivíduo como
punir o comportamento não ético do servidor pú- servidor público.
blico, já que possui caráter de obrigatoriedade. 4) O servidor público não pode receber prêmio
para o cumprimento de sua missão no âmbito
8. De acordo com a ética no serviço público, julgue da Administração Pública.
os itens que se seguem.
1) O servidor poderá se ausentar, mesmo que in- 11. No que se refere aos deveres do servidor público,
justificadamente, de seu local de trabalho sem previstos no Código de Ética Profissional do Ser-
que com isso desmoralize o serviço público, vidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
mas sofrerá as sanções disciplinares. julgue os próximos itens.

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ÉTICA
Rebecca Guimarães

1) Os registros que consistiram em objeto de


apuração e aplicação de penalidade referen-
tes à conduta ética do servidor devem ficar
arquivados junto à comissão de ética e não
podem ser fornecidos a outras unidades do
órgão a que se encontre vinculado o servidor.
2) Estará sujeito à penalidade de censura, a qual
é aplicada pela comissão de ética, mediante
parecer assinado por todos os seus integran-
tes, o servidor que violar algum de seus deve-
res funcionais.
3) A publicidade de ato administrativo, qualquer
que seja sua natureza, constitui requisito de
eficácia e moralidade.
4) O servidor, no exercício de suas funções pú-
blicas, deverá preocupar-se com valores de
natureza ética, como legalidade, justiça, con-
veniência e honestidade.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis

FLÁVIO ASSIS

Servidor público federal concursado desde 1990. Mestre em Administração


pela UFSC com formação em Administração e Contabilidade. Desempenha
diversas funções na área de Planejamento e Orçamento, com destaque para
a função de Ordenador de Despesas no Comando do Exército. É professor de
cursos preparatórios desde 1992. Atualmente exerce a função de subchefe da
Seção de Execução Orçamentária (Analista de Planejamento e Orçamento)
no Exército Brasileiro. Cursando, no momento, MBA em Planejamento,
Orçamento e Gestão Pública na FGV/Brasília.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E devem constar, em relação ao mês de dezembro,


ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO as despesas inscritas em restos a pagar empe-
nhadas e liquidadas bem como as empenhadas
PÚBLICO
e não liquidadas, estas até o limite das disponibi-
lidades de caixa, pois, acima do saldo das dispo-
1. (CESPE/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCE-
nibilidades, os empenhos serão cancelados.
-PR/2016) A LRF permite que recursos recebidos
na venda de bens públicos sejam usados para a
7. (CESPE/ANALISTA – PLANEJAMENTO E OR-
amortização da dívida pública e para o pagamen-
ÇAMENTO/MPU/2013) De acordo com a LRF, a
to dos respectivos juros.
administração pública manterá sistema de custos
que permita a avaliação e o acompanhamento da
2. (CESPE/AUDITOR/FUB/2015) Caso o prefeito
gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
de um município decida realizar a alienação de
bens da prefeitura para solucionar a falta de ver-
ba para pagamento da folha de pessoal, ele terá 8. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
amparo legal, visto que essa operação é permiti- TCE-PB/2018) A respeito do ato de limitação de
da pela Lei de Responsabilidade Fiscal. empenho decorrente do acompanhamento da
execução orçamentária, o referido ato pode ser
3. (CESPE/ CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCE- publicado em qualquer momento da execução, a
-PR/2016) O relatório de gestão fiscal do Poder critério do Poder Executivo.
Legislativo deve conter um comparativo da dívida
consolidada e mobiliária com os limites previstos 9. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –
na LRF. CONTAS PÚBLICAS/TCE-PE/2017) Operações
de crédito cujas receitas constem do orçamento
4. (CESPE/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCE- integram a dívida pública consolidada, ainda que
-PR/2016) O fato de o município não atender o tenham prazo inferior a doze meses.
prazo para a publicação do relatório de gestão
fiscal lhe gera a mesma espécie de sanção pre- 10. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-
vista na LRF para a conduta de não encaminhar TRATIVA/TRE-PE/2017) Dívida pública mobili-
tempestivamente suas contas ao Poder Executi- ária é o total de obrigações financeiras do ente
vo da União. público, resultante de leis, contratos e convênios.

5. (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CI/CGM- 11. (CESPE/AUDITOR – CONSELHEIRO SUBSTI-


-JP/2018)O relatório resumido de execução or- TUTO/TCE-PR/2016) Se receber antecipada-
çamentária deve conter demonstrativo específico mente valores provenientes da venda a termo de
dedicado aos restos a pagar, evidenciando-se os bens, o ente público deverá classificar o respecti-
valores inscritos, os pagamentos realizados e o vo valor em dívida pública mobiliária.
montante a pagar.
12. (CESPE/AUDITOR – CONSELHEIRO SUBSTI-
6. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/ TUTO/TCE-PR/2016) A SOF é o órgão respon-
TCU/2013) No relatório de gestão fiscal, um ins- sável por divulgar a relação dos entes que ultra-
trumento de transparência da gestão fiscal elabo- passarem os limites das dívidas consolidada e
rado e divulgado ao final de cada quadrimestre, mobiliária.

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis

13. (CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EX- de benefício tributário do qual decorra renúncia
TERNO/TCE-SC/2016) Os títulos de responsa- de receita do IPI deve estar acompanhada de es-
bilidade do Banco Central do Brasil devem ser timativa do impacto orçamentário-financeiro e da
incluídos na dívida pública consolidada da União. correspondente compensação.

14. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATI- 21. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/2017) A


VO/SUFRAMA/2014) Se o Banco Central do Bra- despesa pública e o resultado dos fluxos financei-
sil apresentar resultado negativo em determinado ros devem obedecer ao regime de competência.
semestre, o Tesouro Nacional ficará responsável
pela cobertura do prejuízo, utilizando, para tanto, 22. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PE/2017)
dotação específica no orçamento. Receita corrente líquida é o montante bruto de
receitas tributárias, de contribuições e patrimo-
15. (CESPE/ANALISTA DE ECONOMIA/MPU/2010) niais, depois de efetuadas as deduções legal-
Transferência voluntária consiste na entrega de mente previstas.
recursos correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio ou as- 23. (CESPE/AUDITOR-FISCAL/TCE-SC/2016) In-
sistência financeira, que não decorra de determi- tegra a administração indireta municipal, como
nação constitucional, legal ou os destinados ao empresa controlada, a sociedade empresária de
Sistema Único de Saúde (SUS). cuja maioria das ações o município seja titular,
ainda que não tenha direito a voto
16. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
TCE-PB/2018) Os dispositivos da Lei Comple-
24. (CESPE/ANALISTA/SUFRAMA/2014) A preven-
mentar n. 131/2009 estabelecem que partidos
ção de riscos relacionados com os recursos públi-
políticos são partes legítimas para denunciar
cos é tão importante para o conceito legal de res-
descumprimentos aos tribunais de contas.
ponsabilidade na gestão fiscal quanto a correção
de desvios ocorridos na execução do orçamento.
17. (CESPE/CONTADOR/IBRAM/DF) Acerca da fis-
calização da gestão fiscal, julgue o seguinte item.
25. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-
O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxí-
TRATIVA/TRT-8/2016) Os valores que possam
lio dos tribunais de contas, e o sistema de contro-
vir a desequilibrar as contas públicas, a exemplo
le interno de cada poder e do Ministério Público,
dos passivos contingentes, assim como as ações
fiscalizarão o cumprimento das normas da Lei de
e programas necessários para saná-los, devem
Responsabilidade Fiscal (LRF).
constar no PPA.
18. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILI-
DADE/TJCE) Os projetos em andamento e as 26. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO – CONTÁ-
despesas de conservação do patrimônio público BEIS/ANTT/2013) A lei orçamentária, elaborada de
têm precedência sobre novos projetos na lei or- acordo com as normas da Lei de Responsabilidade
çamentária e suas alterações. Por isso, o Poder na Gestão Fiscal, registrará dotação para investi-
Executivo deve informar ao Poder Legislativo, até mento com duração superior a um exercício finan-
a data de envio do projeto da Lei de Diretrizes ceiro que não esteja previsto no plano plurianual ou
Orçamentárias, se os projetos em andamento em lei que autorize a sua inclusão.
estão adequadamente atendidos e se foram con-
templadas as necessidades de conservação do 27. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-
patrimônio público. TRATIVO/TRE-GO/2015) Se um ente da Fede-
ração contar com regime próprio de previdência
19. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO/TCE-PE/2017) dos seus servidores públicos, a avaliação da si-
A receita de tributos é uma receita orçamentária tuação financeira e atuarial desse regime deverá
corrente cuja previsão pode ser alterada pelo constar obrigatoriamente na respectiva lei de di-
Poder Legislativo, se comprovada ocorrência de retrizes orçamentárias.
erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
28. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-
20. (CESPE/AUDITOR/TCE-ES/2012) Nos termos TRATIVA/TRT-8/2016) A avaliação dos custos
da Lei de Responsabilidade Fiscal, a concessão dos serviços públicos prestados é inviabilizada

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis

pela ausência de normas relativas ao controle de gas até o final do exercício serão inscritas em
custos dos programas, seja na LOA, LDO ou PPA. restos a pagar e constituirão dívida flutuante.

29. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS- 36. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-


TRATIVA/TRE-PE/2017) A proposta de aperfei- TRATIVA/TRT-8/2016) A administração pública,
çoamento da ação governamental dispensa a ao fazer investimento com a obtenção de títulos
elaboração de estimativa de impacto financeiro, representativos de participação no capital social
mas exige a estimativa de impacto orçamentário. de outras entidades em funcionamento, deverá
classificar o gasto como despesas de capital —
30. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATI- inversões financeiras.
VO/SUFRAMA/2014) É nulo de pleno direito o
ato de que resulte aumento da despesa com pes- 37. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
soal expedido nos cento e oitenta dias anteriores TCE-PB/2018) Se determinado órgão público
ao final do mandato do titular do respectivo poder precisar adquirir equipamentos novos necessá-
ou órgão. rios à execução de determinada obra, a despesa
correspondente será classificada como investi-
31. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO – AD- mento.
MINISTRATIVA/ANTT/2013) Eventuais indeni-
zações por demissão de servidor ou incentivos 38. (CESPE/AUDITOR – CONTAS PÚBLICAS/TCE-
relativos à demissão voluntária devem ser com- -PE/2017) Os gastos com a construção de um
putados, para efeitos da LRF, no cálculo dos limi- hospital público e com a aquisição de móveis
tes com gastos de pessoal. usados são considerados despesas de capital,
ao passo que a compra de papel para impressão
32. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO – ADMINIS- e a quitação de juros da dívida pública se enqua-
TRAÇÃO/TCE-PE/2017) Gastos com passagens dram como despesas correntes.
e despesas com locomoção para fins de fiscali-
zação de obra pública em andamento são des- 39. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTRO-
pesas correntes do grupo pessoal e encargos so- LE INTERNO/CGM-JP/2018) Denomina-se des-
ciais, sujeitas aos limites estabelecidos na LRF. pesa orçamentária a despesa que tenha sido
realizada com o sacrifício de receitas orçamen-
33. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO tárias, ainda que não tenha sido objeto de dota-
– CONTAS PÚBLICAS/TCE-PE/2017) Situação ção orçamentária.
hipotética: No final do primeiro quadrimestre de
2017, as despesas com pessoal do Poder Execu- 40. (CESPE/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ANTT/2013)
tivo do município AB estavam no patamar de 52% Uma vez discriminada na lei de orçamento, a
de sua receita corrente líquida. Assertiva: Nessa despesa pública em nível de elemento não pode-
situação, o município deverá reduzir o excedente rá acrescentar desdobramentos suplementares.
dessas despesas nos dois quadrimestres seguin-
tes, sendo a redução de, no mínimo, um terço no 41. (CESPE/ANALISTA – FINANÇAS E CONTROLE/
primeiro deles. MPU/2015) A discriminação da despesa quanto a
sua natureza deve ser feita, na elaboração da lei
34. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS- orçamentária, por categoria econômica, grupo de
TRATIVO/TRE-GO/2015) Ainda que os serviços natureza de despesa e modalidade de aplicação.
contratados pelo poder público não tenham sido
prestados ao órgão público interessado até 31 de 42. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO – CONTA-
dezembro de determinado exercício, deve ser fei- DOR/ANP/2013) A estratégia para a realização da
ta a inscrição das respectivas despesas em res- despesa está presente na modalidade de aplicação.
tos a pagar se o prazo de cumprimento da obriga-
ção vencer no exercício subsequente. 43. (CESPE/AUDITOR GOVERNAMENTAL/CGE-
-PI/2015) A discriminação da despesa deverá ser
35. (CESPE/ANALISTA – ORÇAMENTO, GESTÃO realizada, no mínimo, por elementos entendidos
FINANCEIRA E CONTROLE/TCDF/2014) As como o desdobramento dessa despesa em gas-
despesas orçamentárias empenhadas e não pa- tos com pessoal, material, serviços, obras e ou-

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis

tros meios de que se serve a administração públi- 52. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO – JULGAMEN-
ca para a consecução dos seus fins. TO/TCE-PE/2017) O empenho de despesa im-
põe ao Estado uma obrigação de pagamento,
44. (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE ainda que o bem correspondente não tenha sido
INTERNO/CGM-JP/2018) De acordo com a atual fornecido ou o serviço correspondente não tenha
classificação da receita conforme a sua natureza, sido prestado.
o último dígito da natureza de receita tem a finali-
dade de identificar o tipo de arrecadação. 53. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE
INTERNO/CGM-JP/2018) Poderão ser abertos cré-
45. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/ ditos suplementares ao orçamento desde que haja
TCE-PB/2018) A definição de receita pública recursos disponíveis, ainda que oriundos de opera-
originária inclui a caução dada em garantia pelo ções de crédito autorizadas nos termos legais.
particular que contrata com o poder público.
54. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
46. (CESPE/AUDITOR – CONTAS PÚBLICAS E TCE-PB/2018) A CF admite a edição de medida
OBRAS/TCE-PE/2017) Para identificar a origem provisória para a abertura de crédito extraordiná-
de determinada receita pública de acordo com o rio para o atendimento de despesas imprevisíveis
acontecimento real que ocasionou o ingresso da e urgentes, desde que haja autorização prévia do
receita nos cofres públicos, utiliza-se a classifica- Poder Legislativo.
ção por natureza de receita.
55. (CESPE/ADMINISTRADOR/MPOG/2015) Todo
47. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRA- crédito adicional constitui um crédito orçamen-
TIVA/TRT-8/2016) A entrega de um conjunto habi- tário, mas nem todo crédito orçamentário é tam-
tacional para moradia popular indica, na previsão bém um crédito adicional.
orçamentária, o aumento da receita corrente de
contribuições, advinda da expectativa de aumento 56. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
da arrecadação da taxa de limpeza pública. TCE-PB/2018) A LOA prevê a realização de ope-
rações de crédito que excedam o montante das
48. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/ despesas de capital, desde que a proposta seja
MDIC/2014) Caso determinada entidade pública aprovada por maioria qualificada.
transfira parte de suas dotações a outra unidade
orçamentária, a transferência constará duas ve- 57. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILI-
zes na lei orçamentária anual. DADE/TRT/8/2016) O recurso financeiro é a au-
torização de gasto consignada a determinada
49. (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE unidade da estrutura administrativa.
INTERNO/CGM-JP/2018) A etapa de arrecada-
ção da receita consiste na transferência dos va- 58. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/2014) A
lores arrecadados à conta específica do Tesouro, descentralização externa, também chamada de
observando-se o princípio da unidade de tesou- provisão, ocorrerá caso a descentralização de
raria ou de caixa. créditos envolva unidades gestoras de órgãos
diferentes.
50. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILI-
DADE/ TRE-PE/2017) As etapas da receita orça- 59. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
mentária seguem a ordem cronológica dos fenô- TCE-PB/2018) A LDO deve anteceder a edição
menos econômicos. da LOA, independentemente da esfera federati-
va, em virtude do seu caráter anual.
51. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO – CON-
TÁBEIS/ANTT/2013) Na fase do empenho da 60. (CESPE/ANALISTA – FINANÇAS E CONTRO-
despesa, todos os credores da União recebem o LE/MPU/2015) De acordo com a Constituição
documento denominado nota de empenho, pois Federal, os planos e os programas nacionais
não se empenha, simultaneamente, uma despe- ,regionais e setoriais devem ser elaborados em
sa para mais de um recebedor de recursos oriun- consonância com o plano plurianual (PPA) e
dos do caixa único do tesouro. apreciados pelo Congresso Nacional. Devido à

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis

sua relação com o PPA, os programas nacionais, ção programática da despesa orçamentária, o
regionais e setoriais não podem ter duração su- projeto é um instrumento de programação utiliza-
perior a quatro anos. do para alcançar o objetivo de um programa e en-
volve um conjunto de operações que se realizam
61. (CESPE/AUDITOR – CONTAS PÚBLICAS E de modo contínuo e permanente e de que resulta
OBRAS/TCE-PE/2017) Se determinado projeto um produto ou serviço necessário à manutenção
não for incluído na relação de prioridades e me- da ação de governo.
tas da lei de diretrizes orçamentárias, sua inclu-
são na lei orçamentária anual será vedada. SUCESSO A TODOS NÓS! BOA PROVA!

62. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE


INTERNO/CGM-JP/2018) O princípio da unidade
orçamentária determina que todas as despesas
e todas as receitas de todos os poderes, órgãos
e fundos estejam compreendidas no orçamento.

63. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/


TCE-PB/2018) A LOA permite a inclusão de dis-
positivo estranho à previsão da receita e à fixa-
ção da despesa.

64. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA/


TRT-8/2016) De acordo com o princípio da unida-
de orçamentária, a receita e a despesa, na lei or-
çamentária anual, devem ser discriminadas de for-
ma detalhada, não se admitindo dotações globais.

65. (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRA-


TIVA/TRT-8/2016) O tipo de orçamento moderno,
que enfatiza a vinculação entre planejamento e
orçamento e o estabelecimento de metas e obje-
tivos é o orçamento-programa

66. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINIS-


TRATIVA/TRE-PI/2016) A técnica orçamentária
que exige análise, revisão e avaliação de todas
as despesas propostas, e não apenas daquelas
que ultrapassem o nível de gastos já existente, é
denominada orçamento base-zero.

67. (CESPE/AUDITOR – CONTAS PÚBLICAS E


OBRAS/TCE-PE/2017) Os códigos de identifica-
ção dos planos orçamentários podem ser modifi-
cados por meio do Sistema Integrado de Planeja-
mento e Orçamento (SIOP).

68. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO – JULGAMEN-


TO/TCE-PE/2017) Somente despesas que con-
tribuam para manutenção, expansão ou aper-
feiçoamento das ações de governo podem ser
incluídas na lei orçamentária.

69. (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE


INTERNO/CGM-JP/2018) Segundo a classifica-

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PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Alice Rocha

ALICE ROCHA

Doutora em Direito Internacional Econômico pela Université dAix-Marseille III.


Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (2005), graduação
em Ciência Política pela Universidade de Brasília (2004), graduação em Relações
Internacionais pela Universidade de Brasília (2004) e mestrado em Direito das
Relações Internacionais pelo Centro Universitário de Brasília (2006). Atualmente
é professora no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB e na Faculdade
Processus. Tem experiência na área de Direito, Relações Internacionais e Ciência
Política, com ênfase em Direito Internacional Econômico e Direitos Humanos.

PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da


República Federativa do Brasil:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO IV – promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
Promoção da Igualdade Racial formas de discriminação.
Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime
1. Conceito de racismo institucional.
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclu-
2. Lei n. 12.288/2010 (Estatuto da Igualdade Racial).
são, nos termos da lei;
3. Decreto n. 6.040/2007.
4. Decreto n. 4.887/2003.
• Estatuto da Igualdade Racial:
5. Lei n. 10.639/2003.
Art. 1º (…) “destinado a garantir à população
6. Lei n. 12.990/2014.
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a
7. Resolução CNMP n. 170/2017.
defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difu-
8. Recomendação CNMP n. 40/2016.
sos e o combate à discriminação e às demais formas
9. Resolução n. 2.106 da Assembleia Geral das
de intolerância étnica.”
Nações Unidas (Convenção Internacional sobre a
Art. 3º Além das normas constitucionais relativas
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
aos princípios fundamentais, aos direitos e garantias
Racial).
fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e
culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como
PARTE I – PANORAMA GERAL diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de
desigualdade étnico-racial, a valorização da igualdade
• Discriminação por motivo de raça é um obs- étnica e o fortalecimento da identidade nacional bra-
táculo para a concretização da dignidade sileira.
humana e convivência harmônica entre as
pessoas. Conceitos operacionais (art. 1º, parágrafo único)
• Racismo está baseado no sentimento de
superioridade de determinadas raças, relacio- I – discriminação racial ou étnico-racial: toda dis-
nado sobretudo com características físicas tinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em
ou traços de comportamento. Opinião pes- raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica
soal que pode levar a uma violenta reação de que tenha por objeto anular ou restringir o reconhe-
depreciação em relação a uma coletividade. cimento, gozo ou exercício, em igualdade de condi-
• Igualdade racial com proteção especial: ções, de direitos humanos e liberdades fundamentais
–– Internacional: Convenção da ONU sobre nos campos político, econômico, social, cultural ou em
a eliminação de todas as formas de discri- qualquer outro campo da vida pública ou privada;
minação racial (incorporada pelo Decreto n. II – desigualdade racial: toda situação injustificada
65.810/1969). de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços
–– Nacional: CF e Estatuto Nacional da Igual- e oportunidades, nas esferas pública e privada, em vir-
dade Racial (Lei n. 12.288/2010) tude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou
• *Visa à concessão de direitos, aliada à proi- étnica;
bição de práticas racistas e conscientiza- III – desigualdade de gênero e raça: assimetria
ção da população. existente no âmbito da sociedade que acentua a dis-
• Constituição Federal: tância social entre mulheres negras e os demais seg-
mentos sociais;

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PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Alice Rocha

IV – população negra: o conjunto de pessoas que PARTE III – DETALHAMENTO PARA QUI-
se autodeclaram pretas e pardas, conforme o que-
LOMBOLAS
sito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam
Art. 68 (ADCT). Aos remanescentes das comu-
autodefinição análoga;
nidades dos quilombos que estejam ocupando suas
V – políticas públicas: as ações, iniciativas e pro-
terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo
gramas adotados pelo Estado no cumprimento de
o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
suas atribuições institucionais;
Decreto n. 4.887/2003 – procedimento para iden-
VI – ações afirmativas: os programas e medidas
tificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e
especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa pri-
titulação das terras ocupadas por remanescentes das
vada para a correção das desigualdades raciais e
comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do
para a promoção da igualdade de oportunidades.
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Sistema Nacional de Promoção de Igualdade *Diferença de domínio das terras indígenas (da
Racial (SINAPIR) União) para as terras quilombolas (propriedade cole-
tiva dos quilombolas).
• Forma de organização e de articulação volta- Lei n. 10.639/2003.
das à implementação do conjunto de políticas
Atenção!
e serviços destinados a superar as desigual-
dades étnicas existentes no País, prestados Nos estabelecimentos de ensino fundamental e
pelo poder público federal. (art. 47) médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório
• Programa federal, mas Estados, Distrito Fede- o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
ral e Municípios poderão participar do SINA- O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro
PIR mediante adesão e o poder público federal
como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
também incentivará a sociedade e a iniciativa
privada a participar.
Lei n. 12.990/2014.
OBJETIVOS DO SINAPIR Resolução CNMP n. 170/2017 – cotas nos con-
cursos do MP.
I – promover a igualdade étnica e o combate às Recomendação CNMP n. 40/2016.
desigualdades sociais resultantes do racismo, inclu- Trata de:
sive mediante adoção de ações afirmativas; • constitucionalidade das cotas em concurso
II – formular políticas destinadas a combater os • percentual das cotas – 20%
fatores de marginalização e a promover a integração • comissões de heteroidentificação: além da
social da população negra; autodeclaração, podem ser utilizados cri-
III – descentralizar a implementação de ações térios subsidiários de heteroidentificação,
afirmativas pelos governos estaduais, distrital e desde que respeitada a dignidade da pessoa
municipais; humana e garantidos o contraditório e a
IV – articular planos, ações e mecanismos volta- ampla defesa (STF).
dos à promoção da igualdade étnica;
V – garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos
criados para a implementação das ações afirmativas e o
PARTE IV – CONTEXTO INTERNACIONAL
cumprimento das metas a serem estabelecidas.
Resolução n. 2.106 da Assembleia Geral das
Nações Unidas (Convenção Internacional sobre a
PARTE II – POLÍTICA NACIONAL
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Racial).
Decreto n. 6.040/2007
• Convenção supralegal
Institui a Política Nacional de Desenvolvimento
• Foco:
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.
–– conceitos
Atenção! –– obrigações assumidas pelos Estados
–– sistema de fiscalização e monitoramento
Artigos 215/216 (Cultura) e 231 (Índios) da CF.
(Comitê e relatórios periódicos) – arts. 11 e 12.

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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana

ELIAS SANTANA

Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela


Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de
concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática.
Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários
colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e
interpretação de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por
essa razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

GRAMÁTICA E TEXTO 2. Caso seja suprimido o pronome “lhes” (l. 2), a cor-
reção gramatical do texto será mantida, embora
Texto CB1A1AAA o trecho se torne menos enfático.

1 O Juca era da categoria das chamadas pessoas 3. Na linha 5, caso a forma verbal “era” fosse subs-
sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. tituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, comportamento de Juca seria mais categórica
ao que qualquer pessoa normal responderia: que a que se verifica no texto.
5 “Bem, obrigado!” — com o Juca a coisa não era
assim tão simples. Primeiro fazia uma cara de 4. Caso o advérbio “heroicamente” (l. 8) fosse deslo-
indecisão, depois um sorriso triste contrabalan- cado para logo após “contrabalançado” (l. 7 e 8),
çado por um olhar heroicamente exultante, até haveria alteração de sentido do texto, embora fos-
que esse exame de consciência era cortado pela se preservada sua correção gramatical.
10 voz do interlocutor, que começava a falar chã-
mente em outras coisas, que, aliás, o Juca não 5. É correto estabelecer a referência do pronome
estava ouvindo… Porque as pessoas sensíveis “que” (l. 11) tanto com “voz do interlocutor” (l. 10)
são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, quanto com “outras coisas” (l. 11).
mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus
15 amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse Ainda a respeito das estruturas linguísticas do
continuava… E que impasse! texto CB1A1AAA, julgue os próximos itens.
 Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quan-
do o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta, cha- 6. Se, após “animal” (l. 14), o ponto-final fosse subs-
mando-o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te tituído por ponto de interrogação, tanto a corre-
20 dos teus pecados?”, vi que, na sua face devas- ção gramatical quanto os sentidos do texto se-
tada pela erosão da morte, a Dúvida começava a riam preservados, pois a pergunta resultante da
redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos substituição teria efeito apenas retórico.
e caretas, numa espécie de ridícula ressurreição.
E a resposta não foi “sim” nem “não”; seria acaso 7. No trecho “Pois, meus amigos, da última vez que
25 um “talvez”, se o padre não fosse tão compreen- vi o Juca, o impasse continuava…” (l. 14 a 16), o
sivo. Ou apressado. Despachou-o num átimo e elemento “Pois” introduz uma concessão.
absolvido. Que fosse amolar os anjos lá no Céu!
 E eu imagino o Juca a indagar, até hoje: 8. Em “reanimando-a” (l. 22), o pronome “a” refere-
 — Mas o senhor acha mesmo, sargento Gabriel, -se a “Dúvida” (l. 21).
que ele poderia ter-me absolvido?
Mário Quintana Prosa & Verso Porto Alegre: Globo,
1978, p 65 (com adaptações) 9. Sem prejuízo para a correção gramatical e para o
sentido do texto, o trecho “que ele poderia ter-me
Com relação às estruturas linguísticas e aos sen- absolvido” (l. 30) poderia ser assim reescrito: que
tidos do texto CB1A1AAA, julgue os itens a seguir. ele poderia ter absolvido-me.

1. O trecho “Que fosse amolar os anjos lá no Céu!”


1 O orgulho é a consciência (certa ou errônea) do
(l. 27) expressa o que o padre havia dito no mo- nosso valor próprio; a vaidade é a consciência
mento em que Juca morreu. (certa ou errônea) da evidência do nosso valor aos
olhos dos outros. Um homem pode ser orgulhoso

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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana

5 sem ser vaidoso, pode ser a um tempo vaidoso e  Internacionalmente, os sistemas de VTS são re-
orgulhoso, pode ser pois tal é a natureza humana gulamentados pela International Maritime Organi-
— vaidoso sem ser orgulhoso. À primeira vista, é zation, sendo seus aspectos técnicos detalhados
difícil compreender como podemos ter consciên- 10 em recomendações da International Association
cia da evidência do nosso valor no conceito dos of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse
10 outros sem a consciência do nosso valor em si. Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil,
Se a natureza humana fosse racional, não haveria autoridade marítima do país, definir as normas de
qualquer explicação. No entanto, o homem vive execução de VTS e autorizar a sua implantação
15 e operação.
primeiro uma vida exterior, e depois uma vida inte-
 Uma estrutura de VTS é composta minimamen-
rior; a noção do efeito precede, na evolução do
te de um radar com capacidade de acompanhar
15 espírito, a noção da causa interior desse mesmo
o tráfego nas imediações do porto, um sistema
efeito. O homem prefere ser tido em alta conta
de identificação de embarcações denominado
por aquilo que não é a ser tido em meia conta por 20 automatic identification system, um sistema de
aquilo que é. Assim opera a vaidade. comunicação em VHF, um circuito fechado de TV,
Walmir Ayala (Coord e introd ) Fernando Pessoa
Antologia de Estética. Teoria e Crítica Literária Rio
sensores ambientais (meteorológicos e hidrológi-
de Janeiro: Ediouro, 1988, p 88-9 (com adaptações) cos) e um sistema de gerenciamento e apresen-
tação de dados. Todos esses sensores operam
Acerca dos aspectos linguísticos do texto prece-
25 integrados em um centro de controle, ao qual cabe,
dente e das ideias nele contidas, julgue os próximos itens. na sua área de responsabilidade, identificar e moni-
torar o tráfego marítimo, adotar ações de combate
à poluição, planejar a movimentação de embar-
10. De acordo com os sentidos do texto, “a noção
cações e divulgar informações ao navegante.
da causa interior” (l. 15) refere-se à expressão “a 30 Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer
consciência do nosso valor em si” (l. 10).
informações que contribuam para o aumento da
eficiência das operações portuárias, como a atu-
11. Infere-se do texto que, na evolução espiritual do
alização de horários de chegada e partida de
ser humano, o processo de autoconhecimento embarcações.
provém da consciência das impressões alheias Internet: <www.defensea.com.br> (com adaptações)
sobre o indivíduo.
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas
12. Nas linhas 17 e 18, as expressões “por aquilo do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.
que não é” e “por aquilo que é” exprimem causa.
15. O primeiro parágrafo do texto apresenta uma de-
13. Na linha 18, a forma verbal “opera” foi emprega- finição.
da com o sentido de produz.
16. Infere-se do texto que os elementos que com-
14. A correção gramatical e as informações do texto põem estruturas de VTS citados no período “Uma
seriam preservadas caso o período “À primeira estrutura de VTS (…) e apresentação de dados”
(l. 16 a 24) fazem parte das recomendações da
vista, (…) do nosso valor em si” (l. 7 a 10) fos-
International Association of Maritime Aids to Na-
se assim reescrito: Como é possível ser vaidoso
vigation and Lighthouse Authorities.
sem ser orgulhoso, parece algo, à um primeiro
olhar, difícil de se entender.
17. A forma verbal “haja” (l. 4) poderia ser flexionada
no plural — hajam —, preservando-se a correção
Serviço de tráfego de embarcações gramatical e os sentidos do texto.
(vessel traffic service – VTS)
18. Seria preservada a correção gramatical do texto
1 O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à nave- se, no trecho “composta minimamente de um ra-
gação, com capacidade de monitorar ativamente dar” (l. 16 e 17), fosse empregada a preposição
o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e por, em vez da preposição “de”.
eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja
5 intensa movimentação de embarcações ou risco 19. O sentido do texto seria preservado se o trecho
de acidente de grandes proporções. “Todos esses sensores operam integrados em

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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana

um centro de controle” (l. 24 e 25) fosse substituí-


do por: Todos esses sensores integrados operam
em um centro de controle.

20. A correção gramatical e o sentido do texto seriam


preservados se as vírgulas empregadas logo após
“marítimo” (l. 27) e “poluição” (l. 28) e a conjunção
“e” (l. 29) fossem substituídas por ponto e vírgula.

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GABARITOS

GABARITOS

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 19. E


20. E
1. E 21. E
2. E 22. E
3. E 23. E
4. E 24. E
5. C 25. E
6. E
7. E LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
8. E
9. E 1. E
10. E 2. E
11. C 3. C
12. E 4. C
13. E 5. C
14. C 6. E
15. C 7. E
8. C
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 9. E
10. C
1. E 11. C
2. C 12. C
3. E 13. C
4. E 14. C
5. C 15. E
6. a 16. C
7. b 17. C
8. E 18. C
9. C 19. E
10. E 20. E
21. C
22. C
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
23. C
24. E
1. C
25. C
2. E
26. E
3. C
27. C
4. E
28. E
5. E
29. E
6. E
30. E
7. C
31. E
8. C
32. C
9. E
33. C
10. E
34. E
11. C
35. E
12. E
36. E
13. C
37. C
14. E
38. E
15. E
39. C
16. E
40. C
17. C
41. C
18. C

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GABARITOS

42. C
43. E
44. E
45. E
46. C
47. C
48. E
49. C
50. C
51. C
52. E
53. C
54. C
55. C
56. C
57. C

GRAMÁTICA E TEXTO

1. E
2. C
3. E
4. C
5. C
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. E
12. C
13. E
14. E
15. C
16. C
17. E
18. C
19. E
20. C

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