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Gran Dicas
Você está entrando em um tradicional evento realizado pelo Gran Cursos Online
e o último de nosso tour pelo Brasil voltada ao MPU. O Gran Dicas é um aulão de
revisão que tem como missão oferecer orientações importantes para você, futuro
servidor, se sair bem ao enfrentar e vencer o seu inimigo número 1: a senhora banca
examinadora. Em nosso caso, o CEBRASPE/CESPE-UnB. Aqui você terá acesso
a valiosos conteúdos previstos no edital e a dicas de comportamento que farão a
grande diferença na sua prova de amanhã. Tudo foi pensado para que você acerte o
maior número de questões, conquiste sua tão sonhada vaga no serviço público e se
Gabriel Granjeiro torne uma autoridade pública em um dos órgãos públicos federais mais respeitados
no atual momento: o MPU.
Diretor-Presidente
Os nossos professores são, em sua grande maioria, servidores públicos e expe-
rientes ex-concurseiros. Na maior parte, eles acumulam, ainda, funções de técnicos,
Sobre o autor: assessoramento, direção, comando, pesquisadores e autores de livros e apostilas.
Empreendedor apaixonado Enfim, são os melhores profissionais nas respectivas áreas de atuação e, por exten-
pelo ensino a distância. são, nas disciplinas que ministram. Além disso, foram selecionados por nós porque
Começou a atuar na área têm a fama de serem certeiros na previsão de questões que caem nas provas. As
aulas e dicas que eles oferecerão nesta edição do Gran Dicas são fruto da enorme
de concursos aos 14 anos
experiência por eles acumulada.
de idade. Ao escolher uma carreira pública para ficar nela até a inatividade, o candidato
Fundador e sabe que essa escolha deverá se pautar pela convicção de que é um vocacionado
Diretor-Presidente do para o efetivo e eficiente desempenho das atribuições do cargo que exercerá com
a preocupação de servir a nação e – precipuamente – o cidadão-cliente, patrão de
Gran Cursos Online e da
todos os agentes públicos. Nunca se esqueça disso. Você terá uma nobre missão
GG Educacional. pela frente.
Nos veremos no dia da posse!
GRAN sucesso!
“... Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória é aquele que crê plenamente EU CONSEGUIREI.”
– Napoleon Hill (1883-1970), autor americano
Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente do Gran Cursos Online e da GG Educacional
ARTIGO MOTIVACIONAL
TODOS NÓS TEMOS CICATRIZES
“Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combi-
nado?! Esse vai ser o nosso segredo. Uma cicatriz significa: EU
SOBREVIVI.” – Caio Fernando de Abreu
ARAGONÊ FERNANDES
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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Aragonê Fernandes
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
GUSTAVO SCATOLINO
Criação das
Na centralização, a pessoa política desempenha entidades da
suas tarefas diretamente por meio de seus órgãos. Outorga/
Administração
técnica/
A criação de órgãos decorre da DESCONCEN- Lei (art. 37, XIX, da CF) indireta
serviços/
(autarquias,
TRAÇÃO, que é uma distribuição interna de compe- funcional
fundações públicas,
tências, dentro da mesma pessoa jurídica. EPs e SEM).
Na desconcentração, tem-se o controle hierár- – Ato administrativo:
quico, pois os órgãos de menor hierarquia permane- autorização de
Particulares como
cem subordinados aos órgãos que lhes são superiores. serviço público;
Colaboração/ concessionários,
– Contrato
permissionários ou
Delegação administrativo:
autorizatários de
concessão e
CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS permissão de
serviço público.
serviços públicos.
Os órgãos, integrantes de uma estrutura interna,
não possuem:
No entanto, entre a Administração direta e a indi-
• personalidade jurídica;
reta (descentralizada) não há relação de hierarquia,
• patrimônio próprio;
• capacidade processual. mas de VINCULAÇÃO. Mas isso não significa que as
entidades da Administração indireta estejam totalmente
Obs.: Os órgãos não possuem, como regra, capa- sem controle. Nesse caso, ocorre controle finalístico.
cidade processual, ou seja, não podem estar
em qualquer dos polos de uma relação pro- Criação das Entidades da Administração Indireta
cessual, seja como autor ou réu. Essa será
a sua primeira resposta para a prova…
Art. 37, XIX, da CF: somente por lei específica
Órgão não possui capacidade processu-
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
al. Porém, caso a prova cite “Os órgãos não
têm capacidade processual”, o item estará de empresa pública, de sociedade de economia mista
certo. Mas, caso mencione “Nenhum órgão e de fundação, reservando-se à lei complementar,
tem capacidade processual”, estará errado. nesse último caso, definir as áreas de atuação.
A concentração ocorre quando um único órgão • Autarquia: pessoa jurídica de direito público –
(ou poucos) desempenha(m) todas as funções admi- executa atividade TÍPICA de Estado.
nistrativas do ente político, sem divisão em outros
• Fundação: pode ser de direito público ou de
órgãos menores. Imagine que a União tenha um único
direito privado – atividades sociais (ensino,
órgão desempenhando todas as suas atividades.
saúde, pesquisa, cultura etc.).
Na DESCENTRALIZAÇÃO, a atividade é pres- • EP e SEM: pessoas jurídicas de direito pri-
tada por pessoa diversa. Ocorre a distribuição de vado – atividades: serviço público ou atividade
competências de uma para outra pessoa. Assim, pres- econômica em caso de segurança nacional ou
supõe duas pessoas: o ente político e a entidade des- relevante interesse público.
centralizada.
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
Mais próxima do regime de direito público. Mais próxima do regime de direito privado.
Aplica-se teto remuneratório SE recebe recursos do Ente Aplica-se teto remuneratório SE recebe recursos do Ente
Federativo que a criou. Federativo que a criou.
Empregados não têm estabilidade. Pode haver demissão sem Empregados não têm estabilidade. Pode haver demissão sem
justa causa, desde que haja motivação. justa causa, desde que haja motivação.
Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016. Dever de licitar. Segue as regras da Lei n. 13.303/2016.
Responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros. Responsabilidade subjetiva por danos causados a terceiros.
Forma de
Qualquer forma. S.A. (Sociedade Anônima).
organização
Público e privado.
Público (podendo ser de mais de um ente
Composição Maioria das ações com direito (maioria do capital social) a voto
federativo ou de pessoa da Administração
do capital precisam ser do poder público ou de pessoa da Administração
indireta).
indireta.
1. (CESPE/2018) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão ser constituídas sob
qualquer forma empresarial admitida em direito, ressalvando-se, em relação às empresas públicas, a obri-
gatoriedade de que o capital social seja exclusivamente público.
2. (CESPE/2018/EMAP) Os órgãos não dotados de personalidade jurídica própria que exercem funções ad-
ministrativas e integram a União por desconcentração, componentes de uma hierarquia, fazem parte da
administração direta.
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Gustavo Scatolino
LICITAÇÃO
MODALIDADES
TOMADA DE PREGÃO
CONCORRÊNCIA CONVITE CONCURSO LEILÃO
PREÇOS Lei n. 10.520/2002
Hipóteses – Obra e serviço – Obra e serviço – Obra e serviço Escolha – Venda de Aquisição de
de engenharia de de engenharia de engenharia do melhor bens móveis bens e serviços
valor superior a R$ de valor ATÉ R$ de valor ATÉ R$ trabalho inservíveis para comuns de
1.500.000,00. 1.500.000,00. 150.000,00. técnico, a Administração qualquer valor.
DECRETO Até DECRETO científico ou ou de produtos
acima de R$ 3.300.000,00. até artístico. legalmente
R$ 3.300.000,00. – Compra e R$ 330.000,00. apreendidos ou
– Compra e serviço serviço que – Compra e penhorados; ou
que não seja de não seja de serviço que – alienação de
engenharia de valor engenharia de não seja de bens imóveis
superior a valor ATÉ RS engenharia de adquiridos por
RS 650.000,00. 650.000,00. valor ATÉ procedimentos
DECRETO DECRETO R$ 80.000,00. judiciais ou
acima de até DECRETO de dação em
R$ 1.430.000,00 – R$ 1.430.000,00. até pagamento
adquirir ou alienar – Licitações R$ 176.000,00. (art. 18).
imóveis. internacionais – Licitações
– Concessão de desde que órgão internacionais,
direito real de uso. tenha cadastro quando
– Concessão de internacional de não houver
serviços públicos fornecedores, fornecedor
Lei n. 8.987/1995. observados os do bem ou
– Licitações valores da TP serviço no País,
internacionais. (art. 23, § 3º). observados os
valores do convite
(art. 23, § 3º).
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
IMPERATIVIDADE: imposição aos PARTICU- Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato
LARES. omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
AUTOEXECUTORIEDADE: dispensa ORDEM em prejuízo ao erário ou a terceiros.
JUDICIAL prévia. § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros,
responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
CLASSIFICAÇÃO ação regressiva.
–– QUANTO AOS DESTINATÁRIOS § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se
GERAIS: pessoas INDETERMINADAS. aos sucessores e contra eles será executada, até o
INDIVIDUAIS/ESPECIAIS: pessoas DETERMI- limite do valor da herança recebida.
NADAS – mesmo que sejam vários. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os
–– QUANTO AO ALCANCE crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
INTERNOS: efeito dentro da Administração. qualidade.
EXTERNOS: efeito fora da Administração. Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa
–– QUANTO AO OBJETO resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
IMPÉRIO: com supremacia. desempenho do cargo ou função.
GESTÃO: sem supremacia. Art. 125. As sanções civis, penais e administrati-
EXPEDIENTE: sem conteúdo decisório. vas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do
5. (CESPE/2017/TRF – 1ª REGIÃO/ANALISTA JU- servidor será afastada no caso de absolvição criminal
DICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR que negue a existência do fato ou sua autoria.
FEDERAL) Enquanto, no ato complexo, as mani- Art. 131. As penalidades de advertência e de
festações de dois ou mais órgãos se fundem para suspensão terão seus registros cancelados, após o
decurso de 3 (três) e 5 (cinco) nos de efetivo exercí-
formar um único ato, no ato composto, se pratica
cio, respectivamente, se o servidor não houver, nesse
um ato administrativo principal que depende de
período, praticado nova infração disciplinar.
outro ato para a produção plena dos seus efeitos.
– PRESCRIÇÃO – Advertência – 180 dias; Sus-
pensão – 2 anos; Demissão – 5 anos.
6. (CESPE/2017/TRT – 7ª REGIÃO (CE)) A adminis-
tração pública pode executar diretamente seus atos
administrativos, até mesmo pelo uso da força, sem
a necessidade da intervenção do Poder Judiciário.
Essa prerrogativa corresponde ao atributo da
a. autoexecutoriedade.
b. tipicidade.
c. presunção de legitimidade.
d. discricionariedade.
7. (CESPE/2018/IFF/CONHECIMENTOS GERAIS
– CARGO 24) De acordo com a Lei n. 8.112/1990,
em caso de servidor público estável cuja demis-
são tenha sido invalidada por decisão administra-
tiva ou judicial, deverá ocorrer a
a. recondução.
b. reintegração.
c. redistribuição.
d. readaptação.
e. reversão.
DAS RESPONSABILIDADES
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Gustavo Scatolino
PODERES ADMINISTRATIVOS
PODERES ADMINISTRATIVOS
Momento de atuação Regra: preventivo (evita danos à sociedade) Regra: repressivo (apuração de crimes)
Pode ser repressivo (ex.: aplicação de multa,
demolição) Pode ser preventivo
Competência para exercer as Qualquer órgão/entidade designado por lei Corporações especializadas (ex.: Polícia
atividades Civil/Federal)
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
RENATO LACERDA
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
de controle, que deixa de basear-se nos processos Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei
para concentrar-se nos resultados, e não na rigoro- 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da
sa profissionalização da administração pública, que administração burocrática central, permitindo a coe-
continua um princípio fundamental. xistência de núcleos de eficiência e competência na
administração indireta e formas arcaicas e ineficien-
Pelos motivos apontados, torna-se CORRETA a tes no plano da administração direta ou central. O
núcleo burocrático foi, na verdade, enfraquecido in-
questão do processo de planejamento. devidamente através de uma estratégia oportunista
do regime militar, que não desenvolveu carreiras de
administradores públicos de alto nível, preferindo,
2. A reforma preconizada pelo Decreto-Lei n. 200, de ao invés, contratar os escalões superiores da admi-
1967, introduziu princípios de racionalidade admi- nistração através das empresas estatais.
nistrativa, valorizou a função orçamentária por meio
do orçamento-programa e reforçou a meritocracia
3. A ideia burocrática de um Estado voltado para si
por meio da realização de concursos públicos, es-
mesmo está claramente superada, mas não foi
pecialmente orientados à administração indireta.
possível ainda implantar, na Administração Pú-
blica brasileira, uma cultura de atendimento ao
Comentário cidadão-cliente, baseada no modelo de mercado.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
gestão com organizações sociais e, em alguns não atendem a um “patrão”. Porém, quanto à
casos, com a própria Administração nas figuras de qualidade na prestação de serviços e à excelência
entidades como autarquias e fundações públicas de da gestão, o setor privado é mais eficiente. Isso
direito público. No primeiro exemplo, há o fenômeno porque a Administração Pública normalmente atua
da publicização. No segundo, a agencificação. em situação de monopólio, e os servidores gozam
Porém, a questão se encontra ERRADA, de estabilidade, entre outros motivos que ensejam
pois a publicização enquanto mecanismo de a diminuição da qualidade. Além disso, o princípio
contratualização de resultados realiza-se, sim, com da legalidade sujeita as organizações públicas a
organizações sociais, entidades privadas e sem fins somente atuarem segundo a lei, que define o seu
lucrativos, mas as ações do núcleo estratégico do agir. Já as organizações privadas podem fazer
Estado jamais serão descentralizadas, transferidas tudo que a lei não proíba, com mais autonomia e
ou delegadas a particulares, pois decorrem da flexibilidade na formulação, execução e avaliação
supremacia do interesse público do Estado e seu do processo de planejamento.
poder extroverso. São ações típicas dos Poderes
Legislativo, Judiciário, Executivo em sua alta
cúpula dos Ministérios e Presidência da República, Pai da Administração Moderna, Taylor pode ser
incluindo também o Ministério Público. São áreas considerado um precursor da qualidade no âmbito
de atuação do Estado definidas pelo PDRAE, com das organizações. Sua teoria norteou a ideia de efi-
suas respectivas estratégias: ciência e produtividade, o estudo das tarefas e, por-
tanto, a descrição de cargos, bem como fundamentou
o estudo do layout ao procurar condições de traba-
lho que favorecessem a máxima eficiência em termos
econômicos. Precursora de todas as teorias adminis-
trativas, a Administração científica passou a substituir
o trabalho empírico e pragmático por uma ciência de
administração, preconizando a organização racional
do trabalho e o controle sobre o trabalho humano.
Renato Lacerda. Setembro de 2018.
Comentário Comentário
A questão está ERRADA, e a assertiva se deve A questão está ERRADA. Ainda que haja muitos
a algumas peculiaridades das organizações pontos convergentes entre a abordagem clássica e
públicas. Seus servidores são estatutários e gozam a teoria burocrática, as abordagens são distintas. A
de estabilidade e não só podem como devem se burocracia, como teoria administrativa, está inserida
opor a determinações manifestamente ilegais de na abordagem estruturalista, enquanto a abordagem
seus superiores, denunciando-os. Para coibir a clássica de Taylor e Fayol, representantes,
interferência política e a impessoalidade é que respectivamente, das teorias da administração
se criou o instituto jurídico. Assim, os servidores científica e teoria clássica, está voltada para a visão
“servem” à sociedade e buscam o bem comum, mais prescritiva/normativa ao definir princípios gerais
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Renato Lacerda
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
ambiental. Tanto o micro quanto o macroambiente A gestão de pessoas se articula por meio de pro-
são externos à organização, apresentando, cessos ou políticas típicas da área, o que atualmente
portanto, somente oportunidades e ameaças na tem ganhado integração horizontal por meio das com-
análise SWOT. A organização tem como ambiente petências e alinhamento vertical com os objetivos e
imediato o microambiente ou de tarefa, que se elementos característicos do planejamento estraté-
relaciona diretamente com a área de atuação gico. Pensar nas pessoas como fatores críticos de
da organização, seu mercado, sua indústria, sucesso e colaboradores e não mais como fatores de
compondo-se de clientes, fornecedores, sindicatos, produção ou mão de obra, portanto, passou a ser uma
associações, concorrentes, agências reguladoras. realidade premente dos atuais sistemas de gestão.
Renato Lacerda. Setembro de 2018.
Além do microambiente, encontra-se o macro,
categorizado por variáveis mais abrangentes e
que afetam diversos segmentos da economia, Considerando os desafios, objetivos, práticas e
processos de gestão de pessoas, julgue os itens a
independentemente do mercado a que se destina
seguir.
ou da indústria em que atue a organização. É
o exemplo de fatores econômicos, políticos,
16. O desempenho nas organizações é fenômeno de
tecnológicos, demográficos, legislativos.
ordem multidimensional, influenciado pelo grau
de motivação e relacionado ao comprometimen-
15. Decisões programadas são aquelas tomadas em to. Portanto, é uma variável de entrada do clima
situações cotidianas, para as quais haja soluções organizacional, dando origem às manifestações
prontas, em que se atravessa um conjunto de fa- individuais e afetivas acerca do sistema organi-
ses, que vão desde a identificação do problema ou zacional na percepção do clima.
oportunidade até a avaliação da decisão tomada.
Comentário
Comentário
De fato, o desempenho é fenômeno influenciado
Simon relativiza as decisões segundo o conceito por muitas dimensões, entre elas, a motivação.
de racionalidade limitada, pois, conforme o Além disso, o suporte organizacional o influencia,
autor, as pessoas possuem limitada quantidade bem como o feedback, a capacitação, a capacidade
de informações e cognição, fazendo com que, percebida pelo indivíduo de exercer certo esforço
quando muito, as decisões sejam satisfatórias, e obter algum resultado (autoeficácia). Por sua vez,
nunca perfeitas. Isso porque, ao decidir, aliam-se também pode se relacionar ao comprometimento,
preferências pessoais e intuição à razão, que é pois a atitude do indivíduo é balizada por uma carga
mediada pela informação. Quanto mais informações cognitiva, afetiva e comportamental. Para que ele
se tem acerca de um problema ou oportunidade, dirija seus esforços em prol da organização, precisa
mais razão e menos intuição são mobilizados. As perceber que suas contribuições são valorizadas
decisões programadas, por sua vez, compõem na medida de suas necessidades. Quanto ao clima,
o rol de soluções prontas da organização e que, é fenômeno de ordem perceptual, a atmosfera
portanto, já foram testadas e aprovadas. Por assim psicológica vivida ou experimentada pelos membros
dizer, há uma correta relação entre o problema de uma organização. Por assim dizer, o desempenho
e a solução. É o modelo de racionalidade. Em é uma variável afetada pelo desempenho. Ou seja, o
decisões programadas, não é necessário que se grau de comprometimento, motivação e desempenho
percorram as fases do processo decisório, que, das pessoas é afetado pela percepção do clima.
segundo Maximiano, compõem-se de: identificação Logo, o desempenho é uma variável de saída, e
do problema/oportunidade; diagnóstico; geração não de entrada do clima, o que torna ERRADA a
de alternativas; escolha da alternativa; avaliação. questão. Além disso, é preciso destacar que o clima
Tais fases são percorridas por decisões não organizacional é coletivo e objetivo, mensurado por
programadas, o que torna a questão ERRADA. técnicas específicas e retrata a dimensão cognitiva,
As decisões não programadas são baseadas e não a afetiva. O que possui dimensão afetiva, do
na incerteza, são tomadas para problemas ou tipo “eu acho” ou “eu sinto” algo da organização e
oportunidades não conhecidos, mobilizando maior de sua cultura, é a satisfação no trabalho e o clima
abstração e esforço do tomador de decisão. psicológico. Então, clima psicológico é individual, com
dimensões cognitivas, mas também afetivas. O clima
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
anteriores, mas de explicar o processo cognitivo A espiritualidade no ambiente de trabalho nada tem
a ver com práticas religiosas. Também não é algo
que leva um indivíduo a se motivar. Mais dinâmicas,
místico ou no domínio da teologia. A espiritualidade
abarcam as seguintes teorias: avaliação cognitiva, no ambiente de trabalho apenas reconhece que as
equidade de Stacy Adams, estabelecimento de pessoas possuem uma consciência espiritual, que
objetivos de Locke, autoeficácia de Bandura, teoria nutre e que é nutrida por um trabalho significativo,
realizado dentro do contexto de uma comunidade. As
do reforço de Skinner, teoria da expectância de
organizações que promovem uma cultura espiritual
Victor Vroom, modelo contingencial de Lawler III. reconhecem que as pessoas possuem mente e es-
A teoria da avaliação cognitiva é uma versão da pírito, que elas buscam sentido e propósito no traba-
teoria da autodeterminação que afirma que destinar lho que realizam e procuram se conectar com outros
seres humanos, fazendo parte de uma comunidade.
recompensas externas a comportamentos que já
foram recompensados intrinsecamente tende a Tal reconhecimento desemboca em práticas de
diminuir o nível geral de motivação caso elas sejam qualidade de vida no trabalho, que, segundo o
vistas como meio de controle. Em poucas palavras, modelo de Walton, parte de alguns pontos, a saber:
é como se, ao receber por aquilo que já fazia, por 1. Compensação justa e adequada: deve haver um
exemplo, aquilo que o indivíduo “queria fazer” equilíbrio salarial tanto interna quanto externamente
torna-se algo que ele “deve fazer”. Quanto à teoria com base no piso salarial da categoria.
da autodeterminação, que dá base à Avaliação 2. Condições de segurança e saúde no
Cognitiva, sustenta que as pessoas, além de serem trabalho: envolve a jornada de trabalho, o
guiadas por uma necessidade de autonomia ou ambiente físico e o bem-estar do funcionário.
autodeterminação, também usam maneiras de 3. Utilização e desenvolvimento de
adquirir competências e relacionamentos positivos capacidades: proporciona oportunidades que
com os outros. De acordo com tais estudos, as contribuem para a satisfação do colaborador,
pessoas devem escolher seu trabalho por motivos como o empowerment, informação total sobre o
que não sejam meramente extrínsecos. Por que processo de trabalho, dentre outros.
você está estudando para concurso? Já pensou 4. Oportunidade de crescimento contínuo e
acerca da carreira, do que vai desenvolver, das segurança: possibilita oportunidades de carreira
atribuições de seu cargo e das possibilidades de (ascensão) e, consequentemente, segurança.
lotação? Lembre-se de que, na vida, o importante 5. Integração social na organização:
é ser feliz com nossas escolhas. Ter senso de existência de franqueza interpessoal, abolição
responsabilidade, autonomia para a realização do de preconceito, extinção dos níveis hierárquicos
trabalho e escolher estar nele, pois o que o preenche marcantes, dentre outros.
são elementos de motivação interna. A questão está, 6. Constitucionalismo: estabelecimento de
portanto, CORRETA. normas, regras e deveres que a organização elabora
para organizar os padrões de procedimentos,
processos e comportamentos dos funcionários.
19. O sistema de gestão de pessoas deve lidar com 7. Trabalho e espaço total de vida: controle do
desafios como a diversidade, valendo-se de cul- tempo para não impedir que o empregado deixe
turas espirituais que adotam espaços ecumêni- de realizar suas atividades pessoais e familiares.
cos para expressão religiosa de cada colabora- 8. Relevância social de vida no trabalho:
dor, o que estimula a socialização e a tolerância promover ações que despertem orgulho dos
dos colaboradores. funcionários por trabalharem na empresa, como
atividades de responsabilidade social, ecológica,
dentre outras.
Comentário
Conforme torna-se evidente, a questão está
De fato, o sistema de gestão de pessoas deve lidar ERRADA.
com inúmeros desafios, a exemplo da diversidade.
As culturas espirituais fazem-se cada vez mais
presentes, de modo a reconhecer as potencialidades 20. A educação corporativa deve estimular o aprendi-
humanas, conseguindo conciliar os objetivos zado dos indivíduos com base em suas aspirações
organizacionais e também os individuais para a pessoais e desenvolvimento humano por meio da
efetividade de todo o sistema de gestão. Robbins, criação de competências humanas que agreguem
em Comportamento Organizacional, afirma que: valor social aos colaboradores e estimulem a au-
tocapacitação contínua do corpo de funcionários.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
Comentário
A educação corporativa deve, sim, buscar agregar valor aos indivíduos, mas também à organização. Além
disso, deve estar norteada pelo conceito de andragogia – educação para adultos. Portanto, a educação
corporativa deve estar atrelada aos objetivos organizacionais, sua maior eficiência, eficácia e efetividade,
o que pode ser alcançado pela potencialidade da união sinérgica de conhecimentos, habilidades e atitudes
das pessoas por esforços intencionais e deliberados da organização por meio do sistema de capacitação.
A questão está ERRADA ao não mencionar a vinculação do aprendizado às necessidades da organização.
Segundo Fleury, a competência, que pode ser desenvolvida na educação corporativa e pelo sistema de
TD&E, “é um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,
recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. Essa
dicotomia, portanto, deve balizar a educação corporativa e os processos de aprendizagem na organização:
o valor econômico para a organização e o valor social para o indivíduo. Quanto à autocapacitação, deve ser,
sim, estimulada, lembrando que a aprendizagem pode ocorrer por diversos processos, tanto de modo formal
quanto informal.
Comentário
A modelagem de competências é feita com base no planejamento estratégico da organização, que é, portanto,
imprescindível à gestão por competências, conquanto seja sua primeira fase. Logo, a questão encontra-se
ERRADA. Segundo Brandão, são fases do modelo de competência:
22. A qualidade de vida no trabalho, segundo a corrente hegemônica, possui caráter mais preventivo, oferecendo
suporte aos colaboradores nos mais diversos aspectos, dentro e fora da organização, segundo enfoque bio-
lógico, psíquico e social.
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Renato Lacerda
Comentário
Deixo aqui meu abraço, desejando sucesso e
Há alguns equívocos na questão em apreço.
bons estudos, fazendo um convite especial a vocês:
O primeiro é atribuir a teoria do caminho-meta
venham ser meus colegas de MPU. Estou esperando
de Robert House e Terrence Mitchell a Fiedler.
por vocês!
Na teoria mencionada, é certo o papel descrito
pelo líder. Porém, ao considerar os elementos
constitutivos da teoria (comportamento do líder,
fatores contingenciais do ambiente, fatores
contingenciais dos subordinados e resultados), erra
ao tratar do lócus de controle. Lócus, ou centro de
controle, representa o grau de autonomia e controle
que o subordinado tem acerca de seu trabalho.
Se o lócus de controle for interno, significa que o
subordinado tem mais liberdade na execução das
tarefas. Se, ao contrário, o lócus de controle for
externo, é o líder quem dá as diretrizes do trabalho.
Elevado centro de controle requer maior orientação
aos subordinados, ao passo que o baixo centro de
controle leva a orientação ao líder, o que requer,
neste caso, liderança diretiva, e também torna a
questão ERRADA. Seguem os estilos de liderança
considerados pela teoria:
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues
GILCIMAR RODRIGUES
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues
15. Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério mia – dispõe de competência para praticar atos
Público, sob qualquer pretexto, a exceção de si- próprios de gestão, cabendo-lhe, por isso mes-
gilo, sem prejuízo da subsistência do caráter si- mo, sem prejuízo da fiscalização externa, a cargo
giloso da informação, do registro, do dado ou do do Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de
documento que lhe seja fornecido, podendo o MP Contas, e também do controle jurisdicional, ado-
ter acesso a procedimentos disciplinares, contra tar as medidas que reputar necessárias ao pleno
advogados, conduzidos pela Ordem de Advoga- e fiel desempenho da alta missão que lhe foi ou-
dos do Brasil – OAB. torgada pela Lei Fundamental da República.
16. Nos termos da LC n. 75/1993, compete ao Minis- 23. Ao Ministério Público da União é assegurada au-
tério Público da União promover, privativamente, tonomia funcional, administrativa e financeira, ca-
a ação penal pública, na forma da lei. bendo-lhe propor ao Poder Legislativo a fixação
dos vencimentos de seus membros e servidores.
17. Com base na LC n. 75/1993, o MPU promove-
rá o inquérito civil e a ação civil pública para a A iniciativa legislativa
proteção de interesses individuais indisponíveis,
homogêneos, sociais, difusos e coletivos. 24. São de iniciativa privativa do Presidente da Repú-
blica as leis que disponham sobre a organização
18. O Ministério Público da União, conforme dispõe a do Ministério Público da União, não facultando a
LC n. 75/1993, tem a competência para instaurar iniciativa a qualquer outro legitimado.
inquérito civil público, como instrumento investiga-
tivo, no intuito de proteger o patrimônio público e
25. Ao Ministério Público é assegurada autonomia
social, o meio ambiente, os bens e direitos de valor
funcional e administrativa, podendo propor ao
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares.
19. O Ministério Público da União, para acessar in-
formações, exames e perícias e documentos de
Os vários Ministérios Públicos
autoridades da Administração Pública direta e in-
direta, deverá provocar o Poder Judiciário, tendo
26. O Ministério Público Comum é composto pelo Mi-
em vista que o MP não dispõe de legitimidade do
nistério Público da União, pelos Ministérios Pú-
poder de requisitar.
blicos dos Estados e pelos Ministérios Públicos
junto aos Tribunais de Contas.
Conceito. Princípios institucionais
20. O princípio da indivisibilidade permite a substitui- 27. O Ministério Público Estadual possui legitimidade
ção dos membros do Ministério Público de forma para atuar diretamente no STJ e no STF nos pro-
discricionária pelo Procurador-Geral. cessos em que figurar como parte.
21. O Princípio do Promotor Natural consagra uma ga- O Procurador-Geral da República: requisitos
rantia de ordem jurídica, destinada tanto a proteger para a investidura e procedimento de destituição
o membro do Ministério Público, na medida em que
lhe assegura o exercício pleno e independente do 28. A exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, República, por iniciativa do Presidente da Repúbli-
a quem se reconhece o direito de ver atuando, em ca, deverá conter autorização posterior da maioria
quaisquer causas, apenas o promotor cuja inter- absoluta do Senado Federal, em votação secreta.
venção se justifique a partir de critérios abstratos e
predeterminados, estabelecidos em lei. 29. O Procurador-Geral da República é o chefe do
Ministério Público da União, nomeado pelo Pre-
A autonomia funcional e administrativa sidente da República dentre integrantes da car-
reira, maiores de trinta e cinco anos, permitida a
22. O Ministério Público – consideradas as prerroga- recondução, sendo dispensada nova decisão do
tivas constitucionais que lhe acentuam as múlti- Senado Federal.
plas dimensões em que se projeta a sua autono-
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues
30. Na Chefia do MPU, o PGR nomeará e dará posse dato, por deliberação da maioria absoluta da Câ-
ao Vice-Procurador-Geral da República, ao Pro- mara Legislativa do DF, mediante representação
curador-Geral do Trabalho, ao Procurador-Geral do Presidente da República.
da Justiça Militar, bem como ao Procurador-Geral
de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Membros: ingresso na carreira, promoção,
aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação
31. É competência do PGR, na chefia do MPF, ela-
borar as listas sêxtuplas para composição dos 39. O concurso público de provas e títulos para in-
Tribunais Regionais Federais, do Tribunal de gresso em cada carreira do Ministério Público
Justiça do Distrito Federal e Territórios, do Supe- da União terá âmbito nacional, destinando-se ao
rior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do preenchimento de todas as vagas existentes e
Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho. das que ocorrerem no prazo de eficácia. O con-
curso será realizado, obrigatoriamente, quando
32. O PGR proverá e desproverá os cargos das car- o número de vagas exceder a dez por cento do
reiras do Ministério Público da União e de seus quadro respectivo e, facultativamente, a juízo do
serviços auxiliares. Conselho Superior competente.
33. Incumbe ao Procurador-Geral da República 40. O ingresso na carreira do Ministério Público far-
exercer as funções do Ministério Público junto -se-á mediante concurso público de provas e títu-
ao Supremo Tribunal Federal, manifestando-se los, assegurada a participação da Ordem dos Ad-
previamente em todos os processos de sua com- vogados do Brasil em sua realização, exigindo-se
petência.
do bacharel em direito, no mínimo, três anos de
atividade jurídica e observando-se, nas nomea-
34. O Procurador-Geral da República designará os
ções, a ordem de classificação.
Procuradores da República que exercerão, por
delegação, suas funções junto aos diferentes ór-
41. À promoção por merecimento poderão concorrer
gãos jurisdicionais do Supremo Tribunal Federal.
os membros do Ministério Público da União com,
pelo menos, dois anos de exercício na categoria
Os demais Procuradores-Gerais
e integrantes da primeira quinta parte da lista de
antiguidade.
35. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado
pelo Procurador-Geral da República, dentre inte-
42. Na promoção por merecimento, será obrigatoria-
grantes da instituição, com mais de trinta e cinco
mente promovido quem houver figurado por três
anos de idade e de cinco anos na carreira, in-
tegrante de lista tríplice escolhida mediante voto vezes consecutivas, ou cinco alternadas, na lista
plurinominal, facultativo e secreto, pelo Conselho tríplice elaborada pelo Conselho Superior.
Superior do MPT.
43. Na apuração de antiguidade, o MP somente po-
36. A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, derá recusar o juiz mais antigo pelo voto funda-
antes do término do mandato, será proposta ao mentado de maioria absoluta de seus membros,
Procurador-Geral da República pelo Conselho conforme procedimento próprio, e assegurada
Superior, mediante deliberação obtida com base ampla defesa.
em voto secreto da maioria absoluta de seus in-
tegrantes. 44. Situação hipotética: Pedro Léo Antunes, recém-
-empossado no cargo de Procurador do Traba-
37. O Procurador-Geral de Justiça, Chefe do MPDFT, lho, Membro do Ministério Público do Trabalho,
será nomeado pelo Presidente da República den- desempenha suas funções na Procuradoria Re-
tre integrantes de lista tríplice elaborada pelo Co- gional do Trabalho da 1ª Região.
légio de Procuradores e Promotores de Justiça, Assertiva: Caso Pedro Léo Antunes seja preso
para mandato de dois anos, permitida uma re- em flagrante por crime inafiançável, a autoridade
condução, precedida de nova lista tríplice. policial deverá comunicar imediatamente a sua
prisão ao Chefe do Ministério Público do Traba-
38. O Procurador-Geral de Justiça, Chefe do MPDFT, lho (Procurador-Geral do Trabalho) e ao Tribunal
poderá ser destituído, antes do término do man- competente para processá-lo.
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP
Gilcimar Rodrigues
45. Situação hipotética: Ana Beatriz Camargo, Pro- legitimidade dos atos administrativos praticados
motora de Justiça Adjunta do Ministério Público por membros ou órgãos do Ministério Público fe-
do Distrito Federal e Territórios, está sendo inves- deral e estadual.
tigada por eventual crime contra ordem tributária.
Assertiva: As investigações contra Ana Beatriz 54. O constituinte, ao erigir o CNMP como órgão de
serão realizadas pela Polícia Civil do Distrito Fe- controle externo do Ministério Público, atribuiu-
deral e, ao final do inquérito policial, com indícios -lhe, expressamente, competência revisional am-
probatórios suficientes da prática de infração pe- pla, de sorte que não há vinculação à aplicação
nal, a autoridade responsável pelo inquérito reali- da penalidade ou à gradação da sanção imputa-
zará o seu indiciamento. da pelo órgão correcional local.
46. É vedado aos Membros do MP receber, a qual- 55. A competência revisora conferida ao CNMP
quer título e sob qualquer pretexto, honorários, limita-se aos processos disciplinares instaura-
percentagens ou custas processuais. dos contra os membros do Ministério Público da
União ou dos Estados, não sendo possível a re-
47. Membro do MP não poderá receber, a qualquer visão de processo disciplinar contra servidores.
título ou pretexto, auxílios ou contribuições de
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 56. Compete ao CNMP receber e conhecer das recla-
ressalvadas as exceções previstas em lei. mações contra membros ou órgãos do Ministério
Público da União ou dos Estados, inclusive contra
48. É permitido exercer atividade político-partidária seus serviços auxiliares, sem prejuízo da compe-
aos membros do MPU que ingressaram depois tência disciplinar e correicional da instituição.
de 2005 na carreira.
57. O CNMP tem o poder para avocar processos dis-
ciplinares em curso.
49. Os membros do Ministério Público estão impe-
didos de exercer advocacia, mesmo em causa
própria.
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ÉTICA
Rebecca Guimarães
REBECCA GUIMARÃES
2. Acerca do padrão ético no serviço público, julgue 5. No que se refere ao Código de Ética Profissional
os itens a seguir. do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
1) Age contra a ética ou pratica ato de desuma- deral, julgue os itens seguintes.
nidade o servidor público que deixa, de forma 1) O uso de vestimentas adequadas ao exercí-
injustificada, uma pessoa à espera de solução cio da função pública é assunto que dispensa
cuja competência é do setor em que exerça determinações pelo referido código de ética.
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ÉTICA
Rebecca Guimarães
2) Os empregados das sociedades de economia 2) O servidor deve prestar toda a sua atenção
mista não estão subordinados ao disposto no às ordens legais de seus superiores, velando
Decreto n. 1.171/1994, para fins de apuração atentamente por seu cumprimento, e, assim,
de seu comprometimento ético. evitando a conduta imprudente.
3) Os atos praticados pelo servidor em sua vida
6. Julgue os itens que se seguem, acerca da ética particular em nada se relacionam com sua
no serviço público. vida funcional, uma vez que a pessoa do ser-
1) São deveres do servidor público a manuten- vidor não se confunde com sua vida civil; se
ção da limpeza e a organização do local onde assim fosse, estaríamos diante de agressão
executa suas funções. ao princípio da impessoalidade/finalidade.
2) A rapidez de resposta ao usuário pode ser ca- 4) Ética designa o conjunto de princípios, nor-
racterizada como uma atitude ética na Admi- mas, imperativos ou ideias morais de uma
nistração Pública. época ou de uma sociedade determinadas.
3) Documentos encaminhados para providên- 5) É defeso ao servidor público desviar servidor
cias podem ser alterados em situações espe- público para atendimento de interesse particular.
cíficas. 6) Resistir a todas as pressões de superiores
4) Informações privilegiadas obtidas no serviço, hierárquicos, de contratantes, interessados e
desde que não sejam utilizadas em benefício outros que visem obter quaisquer favores em
próprio, devem ser fornecidas pelo servidor decorrência de ações aéticas fazem parte de
quando solicitadas por pessoas idôneas. deveres fundamentais do servidor público.
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ÉTICA
Rebecca Guimarães
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis
FLÁVIO ASSIS
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis
13. (CESPE/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EX- de benefício tributário do qual decorra renúncia
TERNO/TCE-SC/2016) Os títulos de responsa- de receita do IPI deve estar acompanhada de es-
bilidade do Banco Central do Brasil devem ser timativa do impacto orçamentário-financeiro e da
incluídos na dívida pública consolidada da União. correspondente compensação.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis
pela ausência de normas relativas ao controle de gas até o final do exercício serão inscritas em
custos dos programas, seja na LOA, LDO ou PPA. restos a pagar e constituirão dívida flutuante.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis
tros meios de que se serve a administração públi- 52. (CESPE/ANALISTA DE GESTÃO – JULGAMEN-
ca para a consecução dos seus fins. TO/TCE-PE/2017) O empenho de despesa im-
põe ao Estado uma obrigação de pagamento,
44. (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE ainda que o bem correspondente não tenha sido
INTERNO/CGM-JP/2018) De acordo com a atual fornecido ou o serviço correspondente não tenha
classificação da receita conforme a sua natureza, sido prestado.
o último dígito da natureza de receita tem a finali-
dade de identificar o tipo de arrecadação. 53. (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE CONTROLE
INTERNO/CGM-JP/2018) Poderão ser abertos cré-
45. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/ ditos suplementares ao orçamento desde que haja
TCE-PB/2018) A definição de receita pública recursos disponíveis, ainda que oriundos de opera-
originária inclui a caução dada em garantia pelo ções de crédito autorizadas nos termos legais.
particular que contrata com o poder público.
54. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
46. (CESPE/AUDITOR – CONTAS PÚBLICAS E TCE-PB/2018) A CF admite a edição de medida
OBRAS/TCE-PE/2017) Para identificar a origem provisória para a abertura de crédito extraordiná-
de determinada receita pública de acordo com o rio para o atendimento de despesas imprevisíveis
acontecimento real que ocasionou o ingresso da e urgentes, desde que haja autorização prévia do
receita nos cofres públicos, utiliza-se a classifica- Poder Legislativo.
ção por natureza de receita.
55. (CESPE/ADMINISTRADOR/MPOG/2015) Todo
47. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRA- crédito adicional constitui um crédito orçamen-
TIVA/TRT-8/2016) A entrega de um conjunto habi- tário, mas nem todo crédito orçamentário é tam-
tacional para moradia popular indica, na previsão bém um crédito adicional.
orçamentária, o aumento da receita corrente de
contribuições, advinda da expectativa de aumento 56. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
da arrecadação da taxa de limpeza pública. TCE-PB/2018) A LOA prevê a realização de ope-
rações de crédito que excedam o montante das
48. (CESPE/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/ despesas de capital, desde que a proposta seja
MDIC/2014) Caso determinada entidade pública aprovada por maioria qualificada.
transfira parte de suas dotações a outra unidade
orçamentária, a transferência constará duas ve- 57. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILI-
zes na lei orçamentária anual. DADE/TRT/8/2016) O recurso financeiro é a au-
torização de gasto consignada a determinada
49. (CESPE/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE unidade da estrutura administrativa.
INTERNO/CGM-JP/2018) A etapa de arrecada-
ção da receita consiste na transferência dos va- 58. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-CE/2014) A
lores arrecadados à conta específica do Tesouro, descentralização externa, também chamada de
observando-se o princípio da unidade de tesou- provisão, ocorrerá caso a descentralização de
raria ou de caixa. créditos envolva unidades gestoras de órgãos
diferentes.
50. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILI-
DADE/ TRE-PE/2017) As etapas da receita orça- 59. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/
mentária seguem a ordem cronológica dos fenô- TCE-PB/2018) A LDO deve anteceder a edição
menos econômicos. da LOA, independentemente da esfera federati-
va, em virtude do seu caráter anual.
51. (CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO – CON-
TÁBEIS/ANTT/2013) Na fase do empenho da 60. (CESPE/ANALISTA – FINANÇAS E CONTRO-
despesa, todos os credores da União recebem o LE/MPU/2015) De acordo com a Constituição
documento denominado nota de empenho, pois Federal, os planos e os programas nacionais
não se empenha, simultaneamente, uma despe- ,regionais e setoriais devem ser elaborados em
sa para mais de um recebedor de recursos oriun- consonância com o plano plurianual (PPA) e
dos do caixa único do tesouro. apreciados pelo Congresso Nacional. Devido à
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA E ORÇAMENTO PÚBLICO
Flávio Assis
sua relação com o PPA, os programas nacionais, ção programática da despesa orçamentária, o
regionais e setoriais não podem ter duração su- projeto é um instrumento de programação utiliza-
perior a quatro anos. do para alcançar o objetivo de um programa e en-
volve um conjunto de operações que se realizam
61. (CESPE/AUDITOR – CONTAS PÚBLICAS E de modo contínuo e permanente e de que resulta
OBRAS/TCE-PE/2017) Se determinado projeto um produto ou serviço necessário à manutenção
não for incluído na relação de prioridades e me- da ação de governo.
tas da lei de diretrizes orçamentárias, sua inclu-
são na lei orçamentária anual será vedada. SUCESSO A TODOS NÓS! BOA PROVA!
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PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Alice Rocha
ALICE ROCHA
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PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL
Alice Rocha
IV – população negra: o conjunto de pessoas que PARTE III – DETALHAMENTO PARA QUI-
se autodeclaram pretas e pardas, conforme o que-
LOMBOLAS
sito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam
Art. 68 (ADCT). Aos remanescentes das comu-
autodefinição análoga;
nidades dos quilombos que estejam ocupando suas
V – políticas públicas: as ações, iniciativas e pro-
terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo
gramas adotados pelo Estado no cumprimento de
o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
suas atribuições institucionais;
Decreto n. 4.887/2003 – procedimento para iden-
VI – ações afirmativas: os programas e medidas
tificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e
especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa pri-
titulação das terras ocupadas por remanescentes das
vada para a correção das desigualdades raciais e
comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do
para a promoção da igualdade de oportunidades.
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Sistema Nacional de Promoção de Igualdade *Diferença de domínio das terras indígenas (da
Racial (SINAPIR) União) para as terras quilombolas (propriedade cole-
tiva dos quilombolas).
• Forma de organização e de articulação volta- Lei n. 10.639/2003.
das à implementação do conjunto de políticas
Atenção!
e serviços destinados a superar as desigual-
dades étnicas existentes no País, prestados Nos estabelecimentos de ensino fundamental e
pelo poder público federal. (art. 47) médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório
• Programa federal, mas Estados, Distrito Fede- o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
ral e Municípios poderão participar do SINA- O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro
PIR mediante adesão e o poder público federal
como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
também incentivará a sociedade e a iniciativa
privada a participar.
Lei n. 12.990/2014.
OBJETIVOS DO SINAPIR Resolução CNMP n. 170/2017 – cotas nos con-
cursos do MP.
I – promover a igualdade étnica e o combate às Recomendação CNMP n. 40/2016.
desigualdades sociais resultantes do racismo, inclu- Trata de:
sive mediante adoção de ações afirmativas; • constitucionalidade das cotas em concurso
II – formular políticas destinadas a combater os • percentual das cotas – 20%
fatores de marginalização e a promover a integração • comissões de heteroidentificação: além da
social da população negra; autodeclaração, podem ser utilizados cri-
III – descentralizar a implementação de ações térios subsidiários de heteroidentificação,
afirmativas pelos governos estaduais, distrital e desde que respeitada a dignidade da pessoa
municipais; humana e garantidos o contraditório e a
IV – articular planos, ações e mecanismos volta- ampla defesa (STF).
dos à promoção da igualdade étnica;
V – garantir a eficácia dos meios e dos instrumentos
criados para a implementação das ações afirmativas e o
PARTE IV – CONTEXTO INTERNACIONAL
cumprimento das metas a serem estabelecidas.
Resolução n. 2.106 da Assembleia Geral das
Nações Unidas (Convenção Internacional sobre a
PARTE II – POLÍTICA NACIONAL
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Racial).
Decreto n. 6.040/2007
• Convenção supralegal
Institui a Política Nacional de Desenvolvimento
• Foco:
Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.
–– conceitos
Atenção! –– obrigações assumidas pelos Estados
–– sistema de fiscalização e monitoramento
Artigos 215/216 (Cultura) e 231 (Índios) da CF.
(Comitê e relatórios periódicos) – arts. 11 e 12.
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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana
ELIAS SANTANA
GRAMÁTICA E TEXTO 2. Caso seja suprimido o pronome “lhes” (l. 2), a cor-
reção gramatical do texto será mantida, embora
Texto CB1A1AAA o trecho se torne menos enfático.
1 O Juca era da categoria das chamadas pessoas 3. Na linha 5, caso a forma verbal “era” fosse subs-
sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. tituída por seria, a respectiva afirmação sobre o
Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, comportamento de Juca seria mais categórica
ao que qualquer pessoa normal responderia: que a que se verifica no texto.
5 “Bem, obrigado!” — com o Juca a coisa não era
assim tão simples. Primeiro fazia uma cara de 4. Caso o advérbio “heroicamente” (l. 8) fosse deslo-
indecisão, depois um sorriso triste contrabalan- cado para logo após “contrabalançado” (l. 7 e 8),
çado por um olhar heroicamente exultante, até haveria alteração de sentido do texto, embora fos-
que esse exame de consciência era cortado pela se preservada sua correção gramatical.
10 voz do interlocutor, que começava a falar chã-
mente em outras coisas, que, aliás, o Juca não 5. É correto estabelecer a referência do pronome
estava ouvindo… Porque as pessoas sensíveis “que” (l. 11) tanto com “voz do interlocutor” (l. 10)
são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, quanto com “outras coisas” (l. 11).
mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus
15 amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse Ainda a respeito das estruturas linguísticas do
continuava… E que impasse! texto CB1A1AAA, julgue os próximos itens.
Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quan-
do o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta, cha- 6. Se, após “animal” (l. 14), o ponto-final fosse subs-
mando-o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te tituído por ponto de interrogação, tanto a corre-
20 dos teus pecados?”, vi que, na sua face devas- ção gramatical quanto os sentidos do texto se-
tada pela erosão da morte, a Dúvida começava a riam preservados, pois a pergunta resultante da
redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos substituição teria efeito apenas retórico.
e caretas, numa espécie de ridícula ressurreição.
E a resposta não foi “sim” nem “não”; seria acaso 7. No trecho “Pois, meus amigos, da última vez que
25 um “talvez”, se o padre não fosse tão compreen- vi o Juca, o impasse continuava…” (l. 14 a 16), o
sivo. Ou apressado. Despachou-o num átimo e elemento “Pois” introduz uma concessão.
absolvido. Que fosse amolar os anjos lá no Céu!
E eu imagino o Juca a indagar, até hoje: 8. Em “reanimando-a” (l. 22), o pronome “a” refere-
— Mas o senhor acha mesmo, sargento Gabriel, -se a “Dúvida” (l. 21).
que ele poderia ter-me absolvido?
Mário Quintana Prosa & Verso Porto Alegre: Globo,
1978, p 65 (com adaptações) 9. Sem prejuízo para a correção gramatical e para o
sentido do texto, o trecho “que ele poderia ter-me
Com relação às estruturas linguísticas e aos sen- absolvido” (l. 30) poderia ser assim reescrito: que
tidos do texto CB1A1AAA, julgue os itens a seguir. ele poderia ter absolvido-me.
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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana
5 sem ser vaidoso, pode ser a um tempo vaidoso e Internacionalmente, os sistemas de VTS são re-
orgulhoso, pode ser pois tal é a natureza humana gulamentados pela International Maritime Organi-
— vaidoso sem ser orgulhoso. À primeira vista, é zation, sendo seus aspectos técnicos detalhados
difícil compreender como podemos ter consciên- 10 em recomendações da International Association
cia da evidência do nosso valor no conceito dos of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse
10 outros sem a consciência do nosso valor em si. Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil,
Se a natureza humana fosse racional, não haveria autoridade marítima do país, definir as normas de
qualquer explicação. No entanto, o homem vive execução de VTS e autorizar a sua implantação
15 e operação.
primeiro uma vida exterior, e depois uma vida inte-
Uma estrutura de VTS é composta minimamen-
rior; a noção do efeito precede, na evolução do
te de um radar com capacidade de acompanhar
15 espírito, a noção da causa interior desse mesmo
o tráfego nas imediações do porto, um sistema
efeito. O homem prefere ser tido em alta conta
de identificação de embarcações denominado
por aquilo que não é a ser tido em meia conta por 20 automatic identification system, um sistema de
aquilo que é. Assim opera a vaidade. comunicação em VHF, um circuito fechado de TV,
Walmir Ayala (Coord e introd ) Fernando Pessoa
Antologia de Estética. Teoria e Crítica Literária Rio
sensores ambientais (meteorológicos e hidrológi-
de Janeiro: Ediouro, 1988, p 88-9 (com adaptações) cos) e um sistema de gerenciamento e apresen-
tação de dados. Todos esses sensores operam
Acerca dos aspectos linguísticos do texto prece-
25 integrados em um centro de controle, ao qual cabe,
dente e das ideias nele contidas, julgue os próximos itens. na sua área de responsabilidade, identificar e moni-
torar o tráfego marítimo, adotar ações de combate
à poluição, planejar a movimentação de embar-
10. De acordo com os sentidos do texto, “a noção
cações e divulgar informações ao navegante.
da causa interior” (l. 15) refere-se à expressão “a 30 Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer
consciência do nosso valor em si” (l. 10).
informações que contribuam para o aumento da
eficiência das operações portuárias, como a atu-
11. Infere-se do texto que, na evolução espiritual do
alização de horários de chegada e partida de
ser humano, o processo de autoconhecimento embarcações.
provém da consciência das impressões alheias Internet: <www.defensea.com.br> (com adaptações)
sobre o indivíduo.
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas
12. Nas linhas 17 e 18, as expressões “por aquilo do texto apresentado, julgue os itens que se seguem.
que não é” e “por aquilo que é” exprimem causa.
15. O primeiro parágrafo do texto apresenta uma de-
13. Na linha 18, a forma verbal “opera” foi emprega- finição.
da com o sentido de produz.
16. Infere-se do texto que os elementos que com-
14. A correção gramatical e as informações do texto põem estruturas de VTS citados no período “Uma
seriam preservadas caso o período “À primeira estrutura de VTS (…) e apresentação de dados”
(l. 16 a 24) fazem parte das recomendações da
vista, (…) do nosso valor em si” (l. 7 a 10) fos-
International Association of Maritime Aids to Na-
se assim reescrito: Como é possível ser vaidoso
vigation and Lighthouse Authorities.
sem ser orgulhoso, parece algo, à um primeiro
olhar, difícil de se entender.
17. A forma verbal “haja” (l. 4) poderia ser flexionada
no plural — hajam —, preservando-se a correção
Serviço de tráfego de embarcações gramatical e os sentidos do texto.
(vessel traffic service – VTS)
18. Seria preservada a correção gramatical do texto
1 O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à nave- se, no trecho “composta minimamente de um ra-
gação, com capacidade de monitorar ativamente dar” (l. 16 e 17), fosse empregada a preposição
o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e por, em vez da preposição “de”.
eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja
5 intensa movimentação de embarcações ou risco 19. O sentido do texto seria preservado se o trecho
de acidente de grandes proporções. “Todos esses sensores operam integrados em
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GRAMÁTICA E TEXTO
Elias Santana
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GABARITOS
GABARITOS
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GABARITOS
42. C
43. E
44. E
45. E
46. C
47. C
48. E
49. C
50. C
51. C
52. E
53. C
54. C
55. C
56. C
57. C
GRAMÁTICA E TEXTO
1. E
2. C
3. E
4. C
5. C
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. E
12. C
13. E
14. E
15. C
16. C
17. E
18. C
19. E
20. C
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