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A década de 1990, em nosso país, foi marcada por políticas educacionais que em nada

favoreceram a formação humana dos trabalhadores que frequentavam a escola pública


de formação para o trabalho.
Com o advento da do decreto 2208/97, o governo criou o Programa de Expansão da
Educação Profissional, o que deu início a chamada Reforma do Ensino Profissional.
Houve uma cisão entre a educação básica e a educação profissional. O ensino médio,
volta a atender a formação acadêmica e o ensino técnico passa a ser oferecido de forma
simultânea ao ensino médio ou de forma sequencial.
Com o novo decreto, o governo federal, negociou um empréstimo junto ao BID, com o
objetivo de financiar a reforma.
Em números, foram necessários 500 milhões de dólares para pôr a reforma em prática.
Desse 500 milhões, 250 milhões vieram do empréstimo e os outros 250 milhões vieram
do MEC e o FAT, do Ministério do Trabalho.
Desse montante 40% foram destinados as instituições públicas e 60% para a rede
privadas.
A função do PROEP para a rede federal de educação era reestruturá-la, a fim de que
estas instituições no futuro pudessem de certa forma garantir seu autofinanciamento, de
certa forma que o Estado não mais bancaria seus custos. Segundo a reforma, estas
instituições deveriam estarem preparadas para num período de 5 anos, se auto
manterem, através da vendas de cursos para a sociedade.
Para tal, essas instituições deveriam elaborar projetos institucionais coerentes com a
Reforma. Se algum projetos tivesse relação com o ensino médio, era descartado.
A reforma buscava de todas as formas separar o ensino médio do ensino técnico. A Rede
federal de educação e tecnologia, seria voltada para o ensino técnico e profissionalizante,
enquanto as redes estaduais de ensino, deveria arcar com o ensino médio.
Para tal, o governo determina que a partir de 1998, cada instituição federal de educação
tecnológica, deveriam diminuir a oferta de vagas para o ensino médio. Não deveriam
ultrapassar 50% das vagas oferecidas para o ensino técnico. Desse modo, a reforma
reduziu consideravelmente a oferta de ensino médio no país, algo considerado
inconstitucional.
Vale lembrar que manter 50% da oferta do ensino médio na rede federal não era a
intenção da reforma, pelo contraria, a ideia era extinguir completamente o vínculo da rede
federal de ensino tecnológico com a educação básica.
Além disso a rede federal teve sua expansão limitada. A união só poderia criar unidades
para o ensino técnico mediante parceria com os estados, municípios ou com o setor
privado.
Outro aspecto que a reforme trouxe, foi que ratificou e estabeleceu a educação
tecnológica como espaço propício para o desenvolvimento econômico. O texto da reforma
também assume que os diplomas expedidos para os cursos tecnológicos teriam o mesmo
peso de um diploma de curso superior.
A combinação desses fatos com a cultura nacional que supervaloriza socialmente o
diploma de ensino superior, fez com que houvesse uma proliferação desses cursos
tecnológicos na esfera privada, onde o governo não podia ter controle sobre a qualidade
dos mesmos.
No final dos anos 90, grande parte das instituições financiadas pelo PROEP, não
alcançaram a independência financeira e em consequência, acabaram fechando ou
funcionado de forma precária, uma vez que o governo diminui os repasses.
A reforma produziu graves efeitos na educação brasileira de modo geral. No que se refere
a educação básica, a dualidade no ensino ficou ainda mais marcante. Uma vez, que
passaram a existir centros para a formação acadêmica e centros para a formação
profissional.

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