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Andrea Sander
São Leopoldo, agosto/2013
Este material tem por objetivo auxiliar os alunos de mineralogia no
reconhecimento dos minerais formadores com uma breve introdução sobre as
principais texturas presentes nas rochas magmáticas.
Trata-se de resumo das principais características destas rochas, de
seus minerais e comentários sobre suas associações paragenéticas principais.
Estas características são compiladas de diversos livros, que não estão citados
ao longo do texto por uma questão de espaço, como: Optical mineralogy
(KERR,1977); Petrography to petrogenesis (HIBBARD, 1995); Microtexturas de
rocas magmaticas y metamorficas (BARD, 1985), Igneous petrology (HUGES,
1982) e do indispensável livro texto Minerais Constituintes das Rochas - Uma
introdução (DEER, HOWIE, & ZUSSMAN, 1981).
1
possuem texturas afaníticas, vítreas ou com granulação fina a muito fina, com
Introdução
tamanho do grão inferior a 1 mm, já que tiveram uma alta velocidade de
Antes de ser abordada a petrografia das rochas magmáticas arrefecimento magmático, sugerindo corpos rasos ou derrames. Para ambos
propriamente dita é interessante fazer uma breve revisão sobre conceitos os tipos, é independente a presença ou ausência de fenocristais.
básicos e as classificações possíveis destas rochas.
O próximo item que define a escolha do diagrama utilizado é o índice
de minerais de cor escura, que corresponde à porcentagem volumétrica
Principais tipos de classificação de rochas magmáticas
(modal) dos minerais de cor escura e é indicada pela letra M’. Deve-se
ressaltar que o índice M’ é diferente daquele definido por Shand (1916) - M,
As rochas magmáticas permitem quatro tipos de classificação:
que corresponde à porcentagem volumétrica de minerais máficos, entre eles
a olivina, ortopiroxênios, clinopiroxênios, hornblenda e biotita, que podem ser
1. Mineralógica Baseia-se no conteúdo mineral da rocha;
corados ou não e, em geral, apresentam densidade alta, acima de 2,8.
2. Química Baseia-se na composição química;
3. Tectônica. Baseia-se nos ambientes tectônicos de formação; Assim o M’ é obtido pela diferença entre os minerais máficos (M) e os
minerais máficos claros, entre eles moscovita, a apatita e os minerais primários
1.Classificação mineralógica: é a classificação modal com a plotagem de carbonatos, como calcita, que são minerais incolores, e, portanto, devem
no diagrama QAP (% minerais félsicos) da IUGS ser excluídos no cálculo do índice de cor M’.
A classificação das rochas magmáticas mais utilizadas atualmente é a Os granitóides, campo ao qual pertencem as rochas abordadas,
da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS – International Union of possuem M’<90, tamanho de grão superior a 1 mm, portanto o diagrama a ser
Geological Sciences), aprovada em 1972, fundamentada na natureza e usado é o QAP.
proporção dos seus minerais essenciais e índice de cor, aliados a textura da
A plotagem das modas das amostras sobre este diagrama triangular é
rocha.
mais simples que parece. Os três componentes, Q (quartzo, tridimita e
Este sistema foi criado para unificar a classificação das rochas cristobalita) + A (feldspatos alcalinos como: ortoclásio, microclínio,
magmáticas, pois até a metade da década de 1920 existiam na literatura anortoclásio, sanidina, albita pertítica e albita sódica no intervalo An0-5), + P
mais de 1.500 nomes de rochas e vários sistemas de classificação baseados na (plagioclásio no intervalo An5-100 e escapolita primária), são recalculadas
composição modal, em análises químicas e gênese do corpo. Porém para 100%. Cada componente é representado pelos cantos do triângulo
nenhuma destas obteve aceitação mundial, o mesmo ocorrendo em relação equilátero, sendo cada lado dividido em 100 partes iguais.
à maioria dos nomes das rochas.
A subcomissão da IUGS para rochas vulcânicas, considera que para
Para resolver este problema a IUGS criou no fim da década de 1960 uma grande quantidade de rochas vulcanogênicas, a quantidade modal dos
uma subcomissão encarregada de formular recomendações para a minerais constituintes não pode ser devidamente determinada,
classificação e nomenclatura das rochas plutônicas e, mais tarde, também principalmente por causa das texturas vítreas, micro ou criptocristalinas
para as rochas vulcânicas, presidida por Albert Streckeisen, da Universidade encontradas normalmente na matriz. Assim sendo, uma rocha pode ser
de Berna, Suíça, fato que hoje contribui para que a classificação seja classificada microscopicamente, ou por critérios puramente químicos, ou
erroneamente conhecida como ―Diagrama de Streckeisen‖. ambos, numa combinação químico-mineralógica.
A classificação das rochas magmáticas pelo sistema IUGS obedece a Considerando-se que o nome das rochas vulcânicas é dado
algumas premissas básicas, particularmente para rochas graníticas, objeto tradicionalmente de acordo com a constituição mineral, a subcomissão
deste estudo, expostas resumidamente a seguir, conforme Streckeisen et al. recomenda que:
(1974, 1976).
- Se a constituição mineral modal pode ser obtida, as rochas vulcânicas
Primeiramente é necessário definir se a rocha é plutônica ou vulcânica, podem ser classificadas e denominadas de acordo com a sua posição no
neste caso são consideradas plutônicas as rochas com textura fanerítica, com diagrama QAPF.
tamanho de grão superior a 1 mm, pois se presume tenham cristalizado
lentamente em profundidades consideráveis. Já as rochas vulcânicas
Q 2
Q
Quartzolito 90 90
90 90
Granitóide
Rico em qz. 60 60
60 60
lito
to
io
ra ni
ar r
To
Granito Riolito Dacito
ar G
ld s p
Grano-
na
Granito
l it o
ld sp
diorite
li Fe
Monzo
li Fe
Sieno
A lka
Qz alcali Felds..
A lka
Sieno 20 20
Monzo Traquito
20 20 Qtz. Diorito/ Quartzo Quartzo
Alcali Fs.
Quartzo Quartzo Quartzo Qtz. Gabro Basalto
Quartzo Sienito Traquito Latito
Sienito Monzonito Monzodiorito
Monzodiorito Alcali Felds.. 5 5 Andesito
Alcali Fs. 5 5 Diorito/Gabro Traquito 10 Traquito 35 Latito 65 90
Sienito 10 Sienito
Sienito 35 Monzonito
Monzonito 65 Monzodiorito
Monzodiorito 90 Anortosito A Traquito Latito Basalto -- andesito P
A Sienito Monzodiorito Rico em fptd Rico em fptd Rico em fptd
Alcali Fds Sienito Monzonito P
Rico em fptd Rico em fptd Rico em fptd Diorito/Gabro
10 10
Fo
Ol > 10%
Alcali Fptd.. traquito Fonolito
no
S ie
. tefrítico
í Basanito Ol>10%
li to
Monzosienito Monzodiorito rico em fptd
ni t
A feldspatóide
ó A feldspatóide
ó Ol < 10%
Tefrito Ol<10%
af
fp t
b ro
d
Ga
60 60
60 60
Basalto – andesito
Feldspatoidito Basalto se Na% > 50 ou M>35
Ol + Px e SiO 2 <52%
F
F
Se a constituição modal não pode ser avaliada, devem de ser levados Plag
em consideração os parâmetros químicos de classificação, lembrando-se no 90%
Anortosito
Ga
to
ri
b
No
ultramáficas, para classificação destas rochas a identificação das fases
ro
Gabronorito Rochas mesocráticas
exclusivamente pelo teor relativo dos minerais máficos. Para essas rochas a Norito a cpx Gabro a opx Rochas melanocráticas
IUGS apresentou uma classificação por meio dos teores relativos de
5% 95%
plagioclásio, olivina, piroxênios (ortopiroxênio e clinopiroxênios) e anfibólios. O 10%
Websterito a plagioclásio
plagioclásio é o mineral félsico presente nos termos máficos e as olivinas Opx
Websterito
Cpx
ortopiroxênio e o clinopiroxênio são os minerais máficos utilizados nas frações Ortopiroxenito Clinopiroxenito
Or
Ol roxe
g.
oa o
hornblenda (anfibólio comum). Essas rochas são classificadas por meio das
pla
nit
iv.
to p
Websterito a olivina
iro iroxe
Or
i
percentagens presentes de plagioclásio, hornblenda e piro-xênios (Px = Cpx +
to p
nit
p
nit
iro plag.
Clin Clino
xe
65%
Opx). As rochas que possuem a soma desses acima de 95 % são submetidas à
oa
xe
nit
op
v.
o
Oli
classificação pelos diagramas triangulares Pl-Px-Ol, Pl-Opx-Cpx e Pl-Px-Hlb. Na
o
50%
Ga
rit
projeção ao respectivo diagrama triangular, o valor modal de cada
No
b
ro
Ha
lag
Ha
parâmetro classificatório deve ser recalculado, da mesma forma que para as
to
rzb
ap
rzb
hrli
35% Lherzolito Gabro a olivina
urg
urg
Norito a olivina
ito
rochas graníticas.
We
hrl
ito
ito
We
ap
lag
O método de projeção é igual aos diagramas triangulares
.
convencionais. Quando as rochas máficas possuem teores consideráveis de
Troctolito Troctolito
minerais acessórios como biotita, granada, espinelios e opacos, o nome do
mineral é acrescentado da seguinte forma: Plag Anortosito Dunito Oliv Anortosito Plag
Plágio - 31%
Quartzo - 25%
magmáticas, especialmente quando abordadas pelo ASI (Alumina Index 2 - Classificação química: são diversas as classificações químicas das rochas
Saturation ou índice saturação em alumina) dos granitóides (Shand, 1927) e magmáticas.
para distinguir fácies de mesma afiliação para corpos ígneos consangüíneos:
A associação de titanita, biotita e hornblenda (± piroxênio) é 2.a - Acidez: as rochas magmáticas são constituídas em quase a sua
característica dos granitóides metaluminosos (ASI < 1) e calcialcalinos. totalidade por silicatos, portanto o teor de sílica é fator básico para sua
A cordierita, associada a biotita e muscovita (± granada ± andalusita) caracterização e classificação. O conceito de acidez se estende a todas as
são minerais diagnósticos dos granitos peraluminosos (ASI > 1). rochas magmáticas, entre elas os granitos.
A associação de apatita, titanita, calcita, epidoto e especialmente a O termo ―ácido‖ vem dos óxidos não-metálicos (CO2, SO3, etc.) solúveis
presença de aegirina, riebeckita e/ou arfvedsonita, são típicas de em água, liberando H+. Denominados óxidos-ácidos.
granitos peralcalinos (ASI < 1). Atualmente:
Os minerais acessórios também são úteis como discriminantes de 1. Aplicado a todos os óxidos não-metálicos
granitos. Com base na abundância modal de magnetita ou ilmenita, os 2. Óxidos básicos todos os óxidos de metais, independentemente de
granitos podem ser classificados como pertencentes a série magnetita- ou a apresentarem solubilidade em água com liberação de OH-.
série ilmenita- granitos (Ishihara, 1977). A importância desta distinção está 3. Rochas ricas em óxidos metálicos (especialmente FeO, MgO e CaO)
embasada em que os granitos a magnetita se relacionam a zonas de são chamadas ―básicas‖.
mineralizações de cobre e metais base, enquanto que variedades ricas em 4. Rochas ricas em óxidos de K e Na, metais alcalinos, são denominadas
ilmenita estão associadas a mineralizações de estanho e wolfrâmio. de ―alcalinas‖.
O zircão (ZrSiO4) e a monazita (Ce,La,Th)PO4 nas rochas ácidas e a
badelleita (ZrO2) e a zirconolita (Ca,Ce)Zr(Ti, Nb, Fe3+)2O7 nas rochas básicas, Classificação das rochas magmáticas segundo sua acidez (porcentagem de
contém quantidades apreciáveis de U e Th em suas redes cristalinas e sílica em peso)
também Pb, como uma das formas de decaimento radioativo do U e Th. As
relações isotópicas 238U/206Pb, 235U/207Pb e 232Th/208Pb nestes quatro minerais ACIDEZ (% SiO ) ROCHA
2
acessórios é utilizada extensivamente na geoquímica isotópica, na
<45 Ultrabásica (portanto sem quartzo livre em lâmina)
determinação das idades de cristalização de corpos ígneos, ou na
45-52 Básica
determinação de fases de metamorfismo. Além da idade, relações do tipo
52-65 Intermediária
Pb/Pb, Sr/Sr, Sm/Nd, entre outras, são importantes indicadores petrogenéticos,
>65 Ácida (portanto com quartzo livre em lâmina)
especialmente na especialização sobre processos de evolução de crosta,
comparações sobre fontes magmáticas, ambientes tectônicos e
comparações sobre evolução entre terrenos granito-gnáissicos antigos. A quantidade de sílica determina a saturação em sílica, que pode ser
Os minerais secundários são aqueles que provém da alteração dos percebida pela presença dos minerais:
minerais ortomagmáticos essenciais e acessórios. A alteração se define como Minerais saturados – são estáveis na presença de excesso de sílica:
trocas mineralógicas, químicas e texturais ocorridas sobre uma determinada Feldspato, mica, anfibólio, piroxênios em geral e olivinas ricas em ferro.
rocha, na busca de uma nova condição de equilíbrio químico com as Minerais insaturados – são instáveis na presença de excesso de sílica,
condições de superfície. reagindo para formar minerais saturados: principalmente os
Os principais minerais secundários, a partir do mineral magmático são: feldspatóides (nefelina, sodalita, hauyna, noseana, leucita, kalsilita ou
feldspato alcalino: sericita, óxidos e hidróxidos de ferro (os FK podem kaliofilita, olivinas ricas em magnésio (forsteritas), raros piroxênios,
conter até 6% de FeO em sua composição), argilominerais; melilitas, além de perovskia e córindon
Plagioclásio: sericita, epidoto, calcita, argilominerais;
Biotita: clorita, opacos;
Piroxênios: anfibólio (uralita), clorita;
Anfibólios: clorita, opacos;
Quartzo e muscovita: são resistatos químicos e não se alteram.
7
O microscópio ótico e as propriedades dos minerais 8. Extinção tipo e ângulo de extinção - reta ou paralela, oblíqua e
ângulo, simétrica e ângulo, especificar em relação a que foi medido
Antes de serem abordados os minerais propriamente ditos é o ângulo, se maior alongamento, clivagem ou plano de macla;
conveniente relembrar rapidamente as características do microscópio ótico e 9. Sinal de elongação (SE)
listar as principais propriedades que devem ser observadas ao microscópio 10. Maclas (tipo da macla)
ótico:
Propriedades observadas em técnica de luz convergente -LC
Nesta técnica o analisador e a lente de Amicci-Bertrand encontram-se
ativadas, o condensador elevado e o diafragma aberto .
Conclusão
14. Nome do mineral
15. Porcentagem modal do mineral na lâmina delgada
Dicas
As propriedades de LN são melhores observadas nas objetivas de menor
e médio aumento, minerais com dimensões reduzidas (< 0,2mm) necessitam
da objetiva de grande aumento, porém esta lente em geral causa distorção.
O contorno dos grãos fica ressaltado quando o canhão de luz está em
posição intermediária.
Propriedades observadas em técnica de luz natural - LN O tamanho dos minerais é sempre calculado em função do diâmetro
Nesta técnica o analisador encontra-se desativado. das objetivas.
Para determinação do relevo quando este não é evidente usa-se a
1. Cor e pleocroismo descrever se o pleocroismo é forte ou fraco e linha de Becke que pode ser executada da seguinte forma:
como varia a cor; 1. foca-se o contato entre os dois minerais em questão na objetiva de médio
2. Forma e hábito euédrico, subédrico ou anédrico, ou termos aumento;
descritivos: prismático, acicular etc; 2. fecha-se o diafragma para a obtenção de um contraste nítido entre os
3. Tamanho dado em mm, ver diâmetro das objetivas; dois minerais ou então afasta-se o canhão de luz;
4. Clivagem, partição e/ou fraturas no caso da clivagem se é forte ou 3. ao aproximarmos a platina a linha de Becke (linha fracamente luminosa
fraca, quantas séries e em que ângulo se cortam; que marca o contato entre os dois minerais) deslocar-se-a para o mineral
5. Relevo IR - índice de refração, propriedade comparativa entre dois menos refringente (ou então ao afastarmos a platina a linha desloca-se
minerais, alto, médio ou baixo; para o mineral mais refringente);
6. Outros (Inclusões, alterações, zonação) 4. se o resultado alcançado não for satisfatório com a objetiva de médio
aumento, repete-se o processo com a objetiva de maior aumento.
Propriedades observadas em técnica de luz polarizada - LP Inclusões, intercrescimentos, zonação e alterações:
Nesta técnica o analisador encontra-se ativado. Denomina-se inclusão quando um mineral está dentro de outro, pois se
7. Birrefringência (alta, média ou baixa), cor de interferência e retardo cristalizou antes na série de Bowen;
é obtida na tabela de cores de Newton adaptada ao ábaco de
Michel-Lewi (ver abaixo);
8
Os intercrescimentos ocorrem quando há segregação de um dos Para determinar o Sinal de Elongação (SE) seguem-se os seguintes passos:
membros da solução sólida, normalmente na forma de lamelas ou 1. extingui-se o mineral;
vênulas, dentro dos domínios do cristal do outro extremo da mistura; 2. coloca-se o mineral em máxima iluminação (45o da posição de extinção);
A zonação é a variação química que ocorre do núcleo para os bordos ou 3. observa-se atentamente a cor de interferência do mineral;
de um extremo a outro do cristal, em geral denunciada por mudança de 4. introduz-se a lamina comparadora de gipso que possui um retardo de 560
cor ou de cor de interferência; m ou de mica --, e observa-se se houve soma ou subtração de retardos;
A alteração é a transformação de um mineral em outro (ou outros) que 5. caso haja soma de retardos n’g do mineral está representado no quadrante
ocorre normalmente a partir da bordas para o núcleo, principalmente por 13; caso haja subtração de retardos n’p do mineral esta em 13;
hidratação. Dá um aspecto turvo ao mineral. 7. se n’g for coincidente ou angularmente mais próximo ao maior
alongamento (ou a clivagem, caso o mineral seja anédrico ou
As propriedades de LP são observadas quando os dois nicóis (o nicol equidimensional) o mineral possui SE (+);
inferior e o superior ou polarizador e analisador) encontram-se cruzados. 8. se n’p for coincidente ou angularmente mais próximo ao maior
alongamento (ou a clivagem, caso o mineral seja anédrico ou
Para determinar a extinção de um mineral deve-se orientar o mineral
equidimensional) o mineral possui SE (-);
segundo a clivagem ou maior alongamento e, com nicóis cruzados, girar o
mineral até a completa extinção, medindo o ângulo obtido entre estas duas
Na técnica de LC técnica interpõe-se o condensador logo abaixo da
posições. Se o valor angular for = 0o, a extinção é reta; se o valor angular
lâmina delgada e uma lente de grande abertura denominada de lente de
obtido for 0o, a extinção é oblíqua.
Amici-Bertrand localizada abaixo da ocular. O mineral deverá ser observado
Para determinar a cor de interferência/birrefringência/retardo extingui-se com a objetiva de máximo aumento, perfeitamente focalizado e com a
o mineral e gira-se 45o (posição de máxima iluminação), a cor obtida na linha objetiva centrada da seguinte forma:
dos 30m na tabela de cores de Newton adaptada ao ábaco de Michel-Lewi 1. Em LN ou LP e com a objetiva de médio aumento centraliza-se no campo
é a cor de interferência (1a , 2a ou 3a ordem). A birrefringência é o valor a porção menos alterada do mineral escolhido;
encontrado na parte superior da tabela, seguindo-se as linhas oblíquas. O 2. Substitui-se a objetiva de médio aumento pela de grande aumento,
retardo é o valor encontrado na porção inferior da tabela, a partir da cor de corrigindo o foco e certificando-se da perfeita centragem da objetiva
interferência. Levanta-se o conjunto do condensador, abrindo o diafragma ao máximo
e introduz-se a lente de Amici-Bertrand;
valor da birrefringência
3. Gira-se a platina e observa-se o comportamento da figura de
interferência; localiza-se o quadrante desejado e introduz-se a lâmina
comparadora determinando o sinal ótico;
valor do retardo
9
10
Polimorfos de Sílica (Tectossilicatos) cor - incolores a coloridos: ametista - roxo, citrino - amarelo, rosado,
enfumaçado, verde, leitoso
Os principais polimorfos são: brilho - vítreo
1 - QUARTZO - e (Sistema Trigonal) maclas - mais freqüentes são do Brasil e Delfinado
2 - TRIDIMITA (Sistema Ortorrômbico) densidade - 2,65 (mais leve que o bromofórmio)
3 - CRISTOBALITA (Sistema Tetragonal) dureza - 7 (superior ao canivete e ao vidro)
clivagem - ausente
Outros polimorfos de menor importância: fragilidade - resistente ao choque
4 - Coesita - fase de alta P alterações - ausentes
5 - Lechatelierita - vidro de sílica típico de impactitos características químicas - praticamente inatacável, reage com HF a quente
6 - Opala - forma criptocristalina hidratada - SiO2 .nH2O - amorfa confusões possíveis - calcita (reage com HCl, tem clivagem e dureza inferior);
7 - Sílex - sílica criptocristalina preta feldspatos (tem clivagem e alteram-se facilmente);
berilo ( mais denso e com partição basal)
Variedades de SiO2
Variedades cristalinas: Paragênese
Cristal de rocha: quartzo incolor
Ametista: quartzo em tons de violeta (presença de traços de FeO4-4)
Nas rochas ígneas plutônicas o quartzo ocorre nas rochas ácidas a
Quartzo rosa: quartzo rosa devido a traços de Ti +4
intermediárias, ocasionalmente nas básicas em quantidades inferiores a 5%, os
Quartzo enfumaçado: quartzo escuro devido à presença de Al +3
cristais são geralmente anédricos. Tridimita e cristobalita NÃO ocorrem em
Citrino: quartzo amarelo
rochas plutônicas.
Quartzo leitoso: quartzo branco devido a minúsculas inclusões fluidas ou stress
Quartzo rutilado: quartzo com inúmeras inclusões de agulhas de rutilo (cabelo
Nas rochas ígneas vulcânicas o quartzo é muito comum nas rochas vulcânicas
de Vênus)
ácidas, onde ocorre normalmente como fenocristais hexagonais, corroídos ou
não. A tridimita e a cristobalita são típicas de rochas vulcânicas ácidas a
Variedades microcristalinas:
intermediárias, inclusive em vidros na forma de esferulitos, e preenchendo
Calcedônia: variedade fibrosa depositada em cavidades por soluções
cavidades.
hidrotermais
Ágata: calcedônia bandada
Nas rochas sedimentares o quartzo também serve a classificação, sendo um
Ônix: calcedônia bandada ou maciça de cor preta
dos principais constituintes dos sedimentos, consolidados ou não, devido a sua
Heliotropo: calcedônia verde com postos de jaspe (vermelha)
resistência física e química. Ocorre principalmente como partícula detrital ou
Variedades granulares:
como mineral autigênico.
Chert: sílica normalmente clara, muito fina, quimicamente precipitada
Jaspe: quartzo granular microcristalino de cor vermelha devido à hematita
Nas rochas metamórficas o quartzo é muito comum, tanto do metamorfismo
Prase: quartzo granular microcristalino de cor verde
regional, como de contato e dinâmico. No metamorfismo regional ocorre
desde o alto grau, em granulitos (onde pode ocorrer azulado) e gnaisses, até
Propriedades macroscópicas
o baixo grau, em xistos e quartzitos. A tridimita e cristobalita podem ocorrer no
metamorfismo de contato sobre arenitos e arcóseos.
forma - variada, quando euédricos são prismas hexagonais, curto ou longos,
bipiramidados, se anédricos apresentam formas arredondadas ou como
fragmentos irregulares.
limpidez - geralmente transparentes, mas podem ser translúcidos, com
inclusões de opacos ou rutilo (cabelo de Vênus).
13
Propriedades microscópicas esbranquiçado. O método pode ser aplicado em amostras de mão serradas
LN (é necessária uma superfície plana) e lâminas delgadas sem lamínula.
forma - normalmente anédricos, mas em algumas rochas vulcânicas são
euédricos (bipiramidados) Receita para preparação de solução para coloração dos feldspatos:
* a tridimita e a cristobalita são normalmente radiadas 1. Dissolver 18g de nitrito de sódio em 50ml de água destilada;
2. Dissolver 5g de cobaltinitrito de sódio em 5ml de ácido acético, após
limpidez - geralmente transparentes, mas podem ser translúcidos, com dissolvido completar 50ml com água destilada;
inclusões de opacos ou rutilo (cabelo de Vênus). O quartzo ocorre 3. Juntar 1 e 2 agitando com um bastão de vidro;
inalterado, pois é resistato químico. 4. Mergulhar a amostra a ser tingida em solução de ácido fluorídrico à
clivagem – ausente 40% (40ml de HF e 100ml de água), se for lâmina delgada deixar no
IR – próximo ao do Bálsamo do Canadá e Araldite ( 1,55) vapor do ácido fluorídrico por 20 segundos;
inclusões – são comuns em virtude da posição final que o quartzo ocupa 5. Mergulhar amostra na solução de cobaltinitrito de sódio por 1 min;
na série de cristalização 6. Lavar em água corrente, deixar secar e observar a cor:
*Observação: o quartzo ocorre intercrescido com outros minerais,
principalmente com o feldspato alcalino (textura gráfica) e com o
plagioclásio (textura mirmequítica).
LP
birrefringência – baixa, em trono de 0,009, com cores de interferência
cinza de 1a ordem
extinção – paralela Pl
SE(+) Qz
maclas – ao microscópio são de difícil identificação
Outros – é comum a extinção ondulante e a recristalização em subgrãos
Pl
LC Qz
U(+)
Fk
em rochas deformadas ou em cristais que apresentam extinção ondulante
podem ser B(+) com ângulo 2V de o a 25o.
Confusões possíveis:
nefelina: é U(-), apresenta alterações
feldspatos alcalinos: sempre B, as vezes (-), com alterações
plagioclásio: com clivagem, B, as vezes (-),com alterações
Fk
cordierita: B(-)
berilo: B(-)
Os feldspatos alcalinos formam uma série entre os termos Ortoclásio e Nas rochas sedimentares os feldspatos alcalinos são os minerais mais
Albita e podem conter cerca de 5% de molécula de Anortita na sua estrutura. freqüentes depois do quartzo, ocorrem em arcóseos, grauvacas e arenitos.
Em função da composição química e das propriedades óticas os
feldspatos alcalinos se dividem em duas séries principais: Nas rochas metamórficas os feldspatos ocorrem tanto no metamorfismo
regional de alto grau como no metamorfismo de contato. No metamorfismo
1. Série de alta temperatura: regional de alto grau a formação de ortoclásio ocorre devido a instabilidade
Série alta albita — alta sanidina das micas na seguinte reação: muscovita + SiO2 = ortoclásio + sillimanita.
Série alta albita — sanidina
Propriedades macroscópicas
2. Série de baixa temperatura: forma - variada, quando euédricos são prismáticos, freqüentemente
Série baixa albita — ortoclásio maclados,
Série baixa albita — microclínio cor - incolores a coloridos: esbranquiçados, rosados, amarelados,
esverdeados;
Estas séries são constituídas pelos seguintes minerais: brilho – vítreo, a adularia pode ser opalescente;
1. Séries de alta temperatura: cristais de sanidina/anortoclásio homogêneos ou maclas - mais freqüentes são Carlsbad, Baveno, Manebach, Periclina-Albita;
criptopertitos. densidade - 2,57 (mais leve que o bromofórmio)
dureza - 6
2. Séries de baixa temperatura: micropertitas, pertitas ou cristais homogêneos clivagem – duas séries com ângulo de 90º {001} perfeita e {010} boa. Há uma
de ortoclásio/microclínio. terceira série prismática segundo {110};
fragilidade - resistente ao choque
alterações – freqüentes e variadas, argilização, oxidação;
16
Propriedades óticas
LN
cor — incolores a turvos (quando alterados)
forma — quando fenocristais: formas prismáticas quando na matriz:
anédricos a subédricos, ocorrem como esferulios
clivagem — perfeita segundo (001), boa segundo (010), fraca segundo
(110) (quase nunca visíveis ao microscópio ótico)
fraturas - na sanidina são comuns as fraturas transversais ao maior
alongamento
IR — maior que o Balsamo do Canadá, em torno de 1,520 e 1,590 são
comuns as inclusões e alterações: oxidação, argilização e sericitização
Observação: em rochas de composição ácida, constituídas de quartzo,
feldspato alcalino e plagioclásio, em geral o que se observa é que o
quartzo encontra-se límpido e inalterado, pois é um resistato químico, o Granito com
feldspato alcalino apresenta alguma turbidez, devido a oxidação ou quartzo,
argilização, e o plagioclásio encontra-se turvo, mais alterado, parcial a microclínio
totalmente sericitizado ou epidotizado, por se o mais suscetível a mirmequítico e
aliteração. plagioclásio
zonado. LN e LP,
LP 25X
birrefringência — é baixa, em torno de 0,006, com cores cinza de 1a
ordem;
extinção — é oblíqua para todos os termos da série com os seguintes
ângulos [em (001)]:
sanidina: 9°
anortoclásio: 5 - 9º
ortoclásio: 5 - 19°
microclínio: 15 - 20°
maclas: são comuns as seguintes leis:
sanidina: Geminação de Carlsbad
anortoclásio: geminação albita-periclina
ortoclásio: geminação de Carlsbad e Baveno
microclínio geminação albita-periclina
SE - (-)
LC
B(-) – para as formas monoclínicas (ortoclásio e sanidina) Quartzo sienito
B(+) ou (-) para as formas triclínicas (microclínio e anortoclásio), com os com ortoclásio
seguintes valores de ângulo 2V: micropertítico e
sanidina: 0 a 40º quartzo. LN e LP,
anortoclásio: 32 a 62º 25X
ortoclásio: 30 a 80º
microclínio: 40 a 90º
20
Feldspatos Calcossódicos ou Plagioclásios - Tectossilicatos presença de An30 a An35. A labradorita pode ocorrer em rochas metabásicas.
Em condições de alta pressão da fácies eclogito o plagioclásio está ausente.
FELDSPATOS CALCOSSÓDICOS ou PLAGIOCLÁSIOS NaAlSi3O8 — CaAl2Si2O8 Nas rochas sedimentares o plagioclásio pode ser detrítico, se as
condições de alteração, transporte e deposição, não forem severas. A albita
Série Isomórfica dos Plagioclásios - Sistema Triclínico com freqüência é um mineral autigênico.
A Série Isomórfica dos Plagioclásios foi definida por Calkings (1917) e Propriedades macroscópicas
constitui uma importante solução sólida perfeita que varia de um termo forma - variada, quando euédricos s prismáticos, curtos ou longos
sódico (albita) para um termo cálcico (anortita), apresentando todas as limpidez - geralmente transparentes, mas podem ser translúcidos
composições intermediárias possíveis devido a substituição completa do NaSi cor - brancos, róseos, cinza, esverdeado, cinza e azulado, pode ocorrer a
por CaAl: labradorescência
brilho - vítreo a nacarado
NaAlSi3O8 (Ab) – CaAl2Si2O8 (An) maclas - polissinitéticas muito freqüentes
densidade -2,62 (Ab) a 2,76 (An)
+5 { Na+1Si+4 Ca+2Al+3 } +5 dureza - 6 a 6,5 (superior ao canivete e ao vidro)
Propriedades óticas
Termos da série isomórfica dos plagioclásios LN
An Ab cor - incolores
Albita An0-10 Ab90-100 forma - anédricos a euédricos, dependendo da ordem de critalização e
Oligoclásio An10-30 Ab70-90 da composição:
Andesina An30-50 Ab50-70 termos cálcicos — euédricos
Labradorita An50-70 Ab30-50 termos sólidos — anédricos
Bitownita An70-90 Ab10-30 albita: ocorre na forma de pertitas, intercrescida com FK
Anortita An90-100 Ab0-10 IR - cresce diretamente com o aumento do teor em cálcio. Varia de
valores menores a maiores que o Bálsamo do Canadá (IR 1,532 a 1,1542).
Paragênese clivagem: (001) perfeita; (010) descontínua; (110) e (1-10) imperfeita; de
Nas rochas ígneas, tanto vulcânicas como plutônicas, a série isomórfica um modo geral não é visível ao microscópio ótico.
dos plagioclásios é o grupo mineral mais abundante. Os termos mais cálcicos possuem inclusões e alterações: agilização, damouritização,
(labradorita e bitownita) ocorrem nas rochas ultrabásicas e básicas, enquanto saussuritização, epidotização/ carbonatação/ oxidação
que os termos sódicos ocorrem nas rochas intermediárias a ácidas (andesina e
oligoclásio). Os plagioclásios são particularmente importantes na LP
diferenciação de gabros-basaltos (An>50) e dioritos-andesitos (An<50). birrefringência baixa, variando de 0,007 a 0,013 com cores de interferência
Nas rochas metamórficas a composição dos plagioclásios está de 1ª ordem
relacionada ao grau do metamorfismo: a albita é o plagioclásio estável nas ângulo de extinção: variam com a composição química (diminuem com o
zonas da clorita e da biotita, do metamorfismo regional; o fim da fácies xisto teor de cálcio)
verde (zona da granada) e o ingresso na fácies anfibolito é marcada por uma SE - (+) quando An 70 a 100%
mudança na composição do plagioclásio, tanto nos sedimentos como nas o (-) quando An 0 a 70%
rochas ígneas metamorfisadas, nestas condições ocorre o oligoclásio (em maclas: são freqüentes: macla polissintética; maclas de Carlsbad e
torno de An25). Portanto existe um intervalo da composição dos plagioclásios, polissintéticas combinadas (dupla macla); maclas complexas
de An7 e An15, chamada de descontinuidade da peristerita que não ocorre zonação freqüente: normal, oscilatória, inversa
nas rochas metamórficas. À medida que ocorre o aumento do grau
metamórfico há um conteúdo maior de anortita nas rochas, sendo comum a
21
LP e LC
• São minerais do sistema cúbico, portanto são ISÓTROPO
26
Fenocristais de noseana em
matriz traquítica de feldspato
alcalino e aegirina, Fonolito e
aegirina, LN e LP, 25X
27
Outras variedades:
– Sericita
– Pinita
– Fengita
– Fuchsita
Paragênese:
Nas Rochas Ígneas Plutônicas a muscovita ocorre em rochas ácidas,
pegmatitos e graisens, nas Rochas ígneas Vulcânicas é rara, podendo ocorrer
em alguns riolitos.
Nas Rochas sedimentares ocorre como partícula detrital.
Nas Rochas metamórficas é comum no baixo e médio grau. No alto
desaparece dando lugar ao FK + sillimanita.
Propriedades microscópicas
LN
• forma - secção basal tem formas hexagonais, secção lateral tem formas
tabulares e anédricas.
• cor – são incolores e límpidas
• clivagem – perfeita segundo (001)
• IR – médio, varia de 1,624 a 1,552, é maior que o do Bálsamo do Canadá,
não se alteram mas inclusões são comuns.
LP
• birrefringência – forte, variando de 0,037 a 0,041, com cores de
interferência de 2ª e 3ª ordem e aspecto mosqueado (bird eyes).
• extinção – reta
• SE (+)
• maclas – são raras Muscovita em granito milonitizado exibindo kink bands nas clivagens
envelopada por quartzo fitado, LN eLP, 25X
LC
• B (–) com ângulo 2V de 30° a 40°.
28
Muscovita deformada em greissen, completam a paragênse quartzo, quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio e granada fraturada. LN
e LP, 25X
29
1. Biotita
Paragênese:
Biotita em granito, completam a
Nas rochas ígneas plutônicas a biotita é comum nas rochas ácidas e paragênese quartzo, feldspato
intermediárias, mas pode ocorrer nas rochas básicas. Também está presente alcalino, plagioclásio e hornblenda.
em pegmatitos. Nas rochas ígneas vulcânicas é menos freqüente. destaque para o forte pelocroismo, LN
e LP, 25X
Nas rochas metamórficas ocorrem tanto no metamorfismo de contato quanto
no regional, é comum em xistos e gnaisses.
Propriedades óticas
LN
• forma - secções basais têm formas hexagonais; secções laterais têm LP
formas prismáticas ou anédricas. • birrefringência – forte, variando de 0,040 a 0,055, com cores de
• cor – são intensamente coloridas, apresentando pleocroísmo direto: interferência de 2ª e 3ª ordem (quando cloritizada adquire
Ng e Nm: castanho avermelhado, castalho escuro, castanho birrefringência baixa, cinza, com cores anômalas azuis e violeta
esverdeado (EW) • extinção – reta
Np: castanho amarelado a quase incolor (NS) • SE (+)
• clivagem – perfeita segundo (001) • maclas – são raras
• IR – média, varia de 1,565 a 1,696, é maior que a do BC.
• As inclusões são freqüentes, principalmente de pequenos minerais LC
euédricos como apatita, zircão e esfeno. O zircão produz na biotita • B (–) com ângulo 2V de 0° a 25°.
halos pleocróicos. As alterações também são comuns, • Confusões possíveis:
principalmente: – Turmalina
• Clorita (dá um tom verde à biotita) – Hornblenda marrom
– Astrofilita
30
Paragênese:
Propriedades óticas
LN
• forma – são normalmente prismáticas, podem formar esferulíticas ou
mesmo criptocristalinas.
• cor – são incolores a verdes, com pleocroísmo direto em tons de
verde.
• clivagem – perfeita segundo (001).
• IR – normalmente baixo, 1,57 a 1,59. É comum a inclusão de minerais
opacos ao longo das clivagens.
LP
• birrefringência – em geral baixa, em torno de 0,000 a 0,003, com cores
cinza de 1ª ordem; mas as cores anômalas são comuns: a penina
(clorita férrica) costuma ter birrefringência vinho a roxa; o clinocloro
(clorita magnesiana, em geral associada a serpentina e talco) tem
birrefringência azul berlin
• extinção – reta
• SE variável
LC
• B até U com sinais variáveis.
Clorita magnesiana (Clinocloro) incolor em LN e
• Confusões possíveis: mostrando birrefringência anômala de cor azul berlin
– Cloritóide: birrefringência mais forte em LP. Acompanham a paragênse talco e serpentina
LN e LP, 25X
30
Biotita cloritizada em
granito, completam a
paragênese quartzo,
feldspato alcalino e
plagioclásio
intensamente
sericitizados, LN e LP,
25X
Clorita magnesiana
(clinocloro),
completam a
paragênese
serpentina,
carbonato e
anfibílio, LN e LP,
25X
31
Piroxênio e Anfibólios - Inossilicatos ou silicatos em cadeias Além disto a grande diferença química entre piroxênios e anfibólio é que
estes últimos são hidratados (contém um íon de hidroxila - OH) ou um íon
Nos inossilicatos os tetraedros de sílica formam cadeias simples que semelhante (F,0).
compartilham 2 oxigênios ponte (Grupo dos Piroxênios) ou cadeias duplas que Ambos os grupos, piroxênios e anfibólios, apresentam séries
compartilham alternadamente 2 ou 3 oxigênios ponte (Grupo dos Anfibólios). ortorrômbica, monoclínica e triclínica; a série ortorrômbica é decorrente da
A subclasse dos Inossilicatos constitui um conjunto bem definido de duplicação, por reflexão (como uma macla), da cela unitária, elevando a
minerais que, apesar de variar amplamente na composição química guardam simetria dos cristais.
relação em suas propriedades físicas e químicas.
A estrutura destes minerais caracteriza-se pelas infinitas cadeias de Grupo dos Piroxênios
tetraedros de SiO4 unidos entre si pelos vértices permanecendo os oxigênios
de cada tetraedro livres para ligarem-se a outros cátions. Paragênse geral do grupo dos piroxênios
Estas cadeias simples podem unir-se, mediante a participação de
oxigênios de alguns tetraedros, para formar cadeias duplas, sendo esta a Nas rochas ígneas os piroxênios são extremamente comuns, tanto nas
principal diferença entre os dois grupos de minerais desta subclasse: vulcânicas quanto plutônicas, de ácidas a ultrabásicas; preferencialmente
PIROXÊNIOS e ANFIBÓLIOS. concentrando-se nas básicas e ultrabásicas. Podem formar até 90% da rocha
As cadeias dispõem-se paralelamente ao terceiro eixo cristalográfico, (piroxenitos).
eixo c, determinando o hábito prismático e clivagens segundo as faces do Os piroxênios raramente ocorrem em rochas sedimentares, a não ser que a
prisma vertical. área fonte seja próxima ou que os processos de intemperismo químico não
Estas clivagens formam ângulos diferentes entre si de acordo com o estejam atuantes(ex.: Fernando de Noronha).
grupo a que o mineral pertence. Nas rochas metamórficas os piroxênios são constituintes comuns no alto grau
Nos piroxênios, Inossilicatos de cadeia simples, este ângulo é próximo a como gnaisses e mármores.
90°;
Propriedades macroscópicas gerais do Grupo dos piroxênios
Enstatita*(incolor)
Bronzita
Hiperstênio*(pleocróico de verde a rosa salmão - a presença de hiperstênio aponta para granitos do tipo
PIROXÊNIOS ORTORRÔMBICOS charnoquitos - hiperstênio granitos - associados a terrenos gnáissicos de base da crosta e granulitos)
1 Ferrohiperstênio
(extinção reta) Eulita
Ortoferrossilita
Cálcico e Diopsídio* – Hedembergita - Joansenita (pleocroismo muito fraco em tons de verde/ang. ext. alto)
Ferromagnesianos Augita* - Ferroaugita (pleocroismo muito fraco em tons de castanhos/ ang. ext. alto/ a presença
destes piroxênios leva a magmas toleíticos)
Pigeonita (igual a augita mas é exclusiva de rochas vulcânicas básicas)
PIROXÊNIOS MONOCLÍNICOS
= 1 ou = 0 Aegirina* — Aegirina-augita (pleocroismo muito forte em tons de verde e amarelo/ ang. ext. baixo/
(extinção oblíqua) a presença deste piroxênio aponta para peralcalinos, onde em geral estes minerais têm hábito
Alcalinos ou Sódicos intersticial, em geral associados a anfibólios alcalinos)
Jadeita
Espudomênio
Wolastonita
PIROXÊNIOS TRICLÍNICOS Rhodonita
OU PIROXENÓIDES Bustamita
(extinção oblíqua) Pectolita
33
LP PROPRIEDADES ÓTICAS
• extinção - na seção basal é SIMÉTRICA, na seção lateral dos
ortopiroxênios é RETA, na seção lateral dos clinopiroxênios é OBLÍQUA LN
com os seguintes ângulos máximos calculados na face (010): cor — enstatita – incolor; bronzita - incolor mas apresenta inclusões de
minerais opacos segundo os planos de clivagem (inclusões de Schiller ou
Atenção — os minerais do schillerinizaçao); hiperstênio a ortoferrossilita - têm pleocroismo forte com:
sistema monoclínico Ng: verde claro a cinza esverdeado; Nm: verde acastanhado; Np:
apresentem extinção reta na castanho rosado a ROSA SALMÃO.
zona de Y. Ou seja, entre as IR - aumenta com o teor de Fe
faces [(001)] a extinção é reta e alterações — serpentinização, cloritização e uralitização
na face (010) a extinção é
oblíqua com o máximo de LP
angularidade. Nas posições birrefringência - nos magnesianos é média, com cores cinza a amarelo
intermediárias a extinção será de 1 ordem; nos intermediários e férricos , é média a alta com cores
oblíqua cem valores menores amarelas a alaranjadas de 1ª a 2ª ordem.
que na face (010) e maiores extinção — na secção lateral é reta
que 0;
LC
B (+) para enstatita, eulita e ortoferrossilita; B (-) para bronzita, hiperstênio
e ferrohiperstênio
• birrefringência - normalmente alta, de 2ª a 3ª ordem
• maclas - são comuns
• SE (+) - com exceção da Hedenbergita, Joansenita e Aegirinas
34
Propriedades óticas
LN
• cor - diopsídio: pleocróico de incolor a verde pálido; hedenbergita:
pleocróica em tons de verde, verde acastanhado e verde, amarelado
• IR — forte (1,65 a 1,77)
• alterações - diopsídio: clorita e tremolita
• hedenbergita: clorita e actinolita
LP
• birrefringência - forte (0,028 a 0,031) com cores de 2 ordem
• extinção - oblíqua com ângulo máximo de 38° a 41° para o diopsídio e
42° a 48° na hedenbergita
• SE - (+) para o diopsídio e (-) para hedenbergita
• macias - são freqüentes
LC
• B (+) com 2V de 50 a 62º
Granulito com hiperstênio (rosa salmão), diopsídio (verde claro),
hornblenda (verde escuro), completam a paragênese quartzo e
plagioclásio , LN e LP, 25X
PIROXÊNIOS MONOCLÍNICOS
Paragênese:
A AUGITA é o piroxênio mais comum.
Nas rochas ígneas são constituintes característicos de rochas básicas
em geral (gabros, diabásio e basaltos), também ocorrem com menor
freqüência em rochas ultrabásicas e intermediárias.
Nas rochas metamórficas é menos comum, ocorrendo em granulitos e
charnockitos (metamórficas de alto grau).
Propriedades óticas
LN
• cor — fracamente coloridas em tons amarelados, verdes ou
acastanhados; as variedades titaníferas são rosadas
• IR - alto, cresce com o teor de Fé
• A augita altera-se com freqüência para uralita
LP
• birrefringência - média a alta (0,024 a 0,029) com cores de 2ª ordem
• extinção— obliqua com ângulo máximo de 39° a 47º
• SE (+)
• maclas — são muito comuns segundo (100) ou (001), tanto simples como
múltiplas ou então em ampulheta
• zonação - pode ocorrer em rochas vulcânicas, onde o núcleo é Mg e a
borda é Fe
LC
• B (+) com 2V de 40° a 70°
Fenocristal de augita
(possivelmente titano -
augita devido a
coloração rosada) em
matriz de plagioclásio;
basalto. LN e LP, 25X
Paragênese:
Propriedades óticas
LN
• cor — fracamente coloridas em tons amarelados, verdes, rosados ou
acastanhados;
• IR - alto, cresce com o teor de Fe (mais alto do que da augita, com que
frequentemente encontra-se associada em basltos)
LP
• birrefringência - média (0,010 a 0,030) com cores de 2ª ordem
• extinção— oblíqua com ângulo máximo de 37° a 44º
• SE (+)
• maclas — freqüentes segundo (100), polissintética
LC
• B (+) com 2V de 0° a 25°
Fenocristais de pigeonita
no núcleo de cristais de
augita em basalto. LN e
LP, 25X
38
Paragênese:
AEGIRINA e AEGIRINA-AUGITA são minerais típicos de rochas ígneas
plutônicas ou vulcânicas alcalinas, ocorrendo em álcali-granitos, sienitos,
fonolitos, saturados ou não (ou seja ocorrem tanto com o quartzo como com
o feldspatóide). Podem ocorrer em rochas metamórficas.
Propriedades óticas
LN
• cor - pleocroismo forte em tons de verde: aegirina: Ng = verde escuro,
Nm = verde oliva, Np = amarelo esverdeado; aegirina-augita: Ng =
amarelo esverdeado, Nm = verde claro, Np = verde ou amarelo
• IR - forte (1,75 a 1,83 ), aumenta com o teor de Fe
LP
• birrefringência - forte, cores de 2ª ordem (0,040 a 0,060)
• extinção - oblíqua, com ângulos muito baixos; aegirina: 0 a 10º ; aegirina-
augita:0-20°
• SE (-)
• maclas - simples e lamelares segundo (100)
• zonação - comum entre os termos da série
LC
• B - aegirina (+) com 2V de 60 a 70°, aegirina—augita (+) ou (-) com 2V 70
a 90º
Fenocristais de aegirina
zonadas em fonolito . LN, 25X
Fenocristais de aegirina em
textura glomeoporfirítica
associadas a leucita e noseana
em fonolito. LN e LP, 25X
39
Fórmula Geral: Na família dos anfibólios a unidade estrutural de sílica é [(Si,Al) 4 O11) e,
W0-1 X2 Y5 [Z8O22] (OH, F, Cl)2 como nos piroxênios, apresentam uma SÉRIE ORTORRÔMBICA e outra
W = Na K MONOCLíNICA e ambas apresentam duas clivagens na seção basal, segundo
X = Ca Na Mg Fe2+ (Mn Li) (110), que se cortam a aproximadamente a 60° (55-56°).
Y = Mg Fe2+ Mn Al Fe3+ Ti Nos anfibólios o Si é substituído pelo Al com muita freqüência isto
Z = Si Al possibilita a entrada de metais alcalinos, resultando numa grande variedade
composicional dentro do grupo.
As séries ortorrômbica e monoclínica:
ANFIBÓLIOS MONOCLÍNICOS Intermediários Hornblenda basáltica (só vulcânicas básicas; pleocroismo castanho
(extinção oblíqua) (Ca>Na) avermelhado)
Kaersutita
Barkevita
1. Tremolita Ca2Mg5[Si8O22](OH)2
Actinolita Ca3 (Mg,Fe)5[Si8O22](OH)2
Paragênese
Propriedades óticas
LN
• forma - normalmente acicular e fibrosa
• clivagem - seção basal com duas séries de clivagem a 120o
– seção lateral com uma série de clivagem prismática
• cor - está diretamente relacionada ao teor de Fe:
• tremolita - incolor
• actinolita - pleocróica de incolor, verde pálido a verde amarelado
• IR - médio a fraco, aumenta com o teor de Fe
LP
LC
• B (-) - tremolita - 2V 75 a 80º Actinolita formada a partir de
actinolita 2V 80 a 85º hornblenda em metagabro.
LN , 25X
42
Paragênese
A hornblenda é o anfibólio mais comum nas rochas ígneas, tanto
plutônicas como vulcânicas, nas rochas ultrabásicas e básicas ocorrem as
variedades magnesianas, já em rochas intermediárias e ácidas ocorrem os
termos ricos em ferro.
A hornblenda também é um dos constituintes mais freqüentes das
rochas metamórficas regionais ocorrendo desde o baixo grau até o alto,
sendo que seu intervalo típico é a fácies anfibolito (médio grau) onde é o
mineral típico dos anfibolitos (rochas formadas por anfibólio+plagioclásio e/ou
quartzo).
A hornblenda forma uma série contínua com a actinolita sendo possível
distingui-las ao microscópio ótico pela fórmula pleocróica onde na
hornblenda ocorre o componente verde azulado, ausenta na actinolita.
Propriedades óticas
LN
• forma - variável, normalmente prismáticas
• clivagem - seção basal com duas séries de clivagem a 120o
• seção lateral com uma série de clivagem prismática
• cor - variável de acordo com a composição química. Normalmente
mostra um pleocroismo forte com verdes variados: verde, verde pálida,
verde amarelado, verde azulado, castanho amarelado e castanho
• IR - médio a fraco, aumenta com o teor de Fe
LP
• birrefringência - média a alta, com cores de interferência da 2º ordem
(0,026)
• extinção - oblíqua, com ângulo de 15 a 27º
• SE(+)
• maclas - freqüentes, tanto simples como lamelares segundo {100}
LC
• B (+) ou (-) com 2V de 36 a 87º
Típico granito calcicoalcalino com
hornblenda, biotita e alanita, completam a
paragênse quartzo, feldspato e
plagioclásio. LN e LP, 25X
43
LC
• B (-) com 2V de 60 a 80o
Hornblenda basáltica
com cor castanho escura
e borda de opacos em
fonolito. LN e LP, 25X
Riebeckita com típico pleocroismo em azul índigo e hábito intersticial em granito
alcalino. LN , 25X
44
Paragênese
A arfvedsonita é um constituinte característico das rochas plutônicas alcalinas
e ocorre tanto nos sienitos com quartzo como nos sienitos nefelínicos. Está
frequentemente associada, por vezes em intercrescimentos paralelos, à
aegirina ou à aegirina-augite e é geralmente um produto de cristalização
tardia.
Propriedades óticas
LN
• forma - normalmente intersticiais
• clivagem - seção basal com duas séries de clivagem a 120o
• seção lateral com uma série de clivagem prismática
• cor - fortemente pleocróico em tons de azul esverdeado, verde azulado,
violeta, amarelo e alaranjado.
LP
• birrefringência - fraca, com cores de interferência da 1º ordem (0,021 a
0,013)
• extinção - oblíqua- com ângulo de 0 a 50º (extinções anômalas)
• SE -(-)
LC
B - (-) 2V de 0 a 50º (dados incertos)
Arfvedsonita com típico hábito intersticial (textura poiquilítica com feldspatos) em granito alcalino e pleocroismo forte em tons de verde e
acastanhado. LN e LP , 25X
29
Características Macroscópicas
Olivina euédrica em kimberlito e olivina mesh em peridotito, LN , 25X
• cor - verde oliva, verde acinzentado, castanho, avermelhado
• diafaneidade - transparente a translúcido
LP
• brilho - vítreo
• birrefringência - muito alta, cores de interferência de 2ª e 3ª ordem
• hábito - prismas curtos ou como agregados granulares
• extinção - reta
• dureza - 6,5 a 7
• SE - (+) para variedades ígneas
• tenacidade - frágil
(-) para variedades metamórficas
• clivagem - fraca, ausente (normalmente muito fraturada)
• macIas - pouco freqüentes
• outros - altera-se facilmente para serpentina
• outros – podem apresentar zonação
LC
• Fo - B(+) com 2V de 85 a 90º
• Fa - B(-) com 2V de 60 a 90º
30
Olivina mesh em peridotito, LN e LP , 25X Olivina mesh pseudomorfa com serpentina em peridotito, LN e LP , 25X
processos de assimilação crustal, além de eventos geológicos posteriores à promovem a fusão parcial da rocha (A), o que resulta na dissolução dos
cristalização, como é o caso do metamorfismo (Figura 2). menores cristais de zircão e conseqüente sobrecrescimento nos grãos
restantes.
Com o aumento progressivo da temperatura, ao redor do pico do
metamorfismo pode ocorrer o reequilíbrio do zircão primário ou previamente
alterado. Nessa zona de recristalização os cristais que permanecerem em
contato com o fluido ou magma podem gradualmente reordenar sua
estrutura, que se encontra metaestável em função de defeitos induzidos por
radiação ou devido à deformação do retículo cristalino derivada da
incorporação de elementos traço.
LP
birrefringência: muito elevada, em torno de 0,06 a 0,04, com cores de
interferência de 3ª ordem
extinção: reta
SE (+)
LC
U(+), mas pode ocasionalmente ser B(+) com 2V = 0 a 10°
Propriedades Microscópicas
LN
Forma: normalmente losagulares
Cor: incolores a fortemente pleocróicos, com as seguintes cores:
Ng=castaho avermelhado; Nm=amarelo esverdeado a rosa pálido, Titanita em granito,
Np=incolor LN e LP, 100X
IR: forte, em torno de 1,95
Clivagem: muito boa segundo (110) – lembra a clivagem dos anfibólios
Alterações: altera-se para leucoxênio conferindo um aspecto turvo ao
mineral, é comum como inclusão em outros minerais.
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Propriedades Óticas
LN
• forma: seções basais triangulares, com faces arqueadas, seções laterais
prismáticas
• cor: muito variada, com pleocroismo inverso ao da biotita; Ng: cinza, azul,
verde, amarelo; Np: as mesmas cores em tons mais claros ou incolor; é
muito comum o fenômeno de zonação perceptível macroscopicamente
ou em LN
• IR: médio, em torno de 1,60
• clivagem: indistinta, não é visível no microscópio ótico, destacam-se as
fraturas transversais ao maior alongamento.
• alterações: em geral não se altera, pode ocorrer a substituição por micas
LP
• birrefringência: elevada, em torno de 0,018 a 0,043, com cores de
interferência de 3ª ordem
• extinção: reta
• SE (-)
LC
• U (-) ou B(+) em rochas metamórficas quando a turmalina é pré-
cinemática
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Turmalina em granito, mostrando o pleocroismo inverso, fraturamento Turmalinito, com bandamento dado pela alternância de quartzo e 56
perpendicular ao maior alongamento e zonação, LN e LP, 50X. turmalina, LN e LP, 50X.
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IA.4. GRUPO DOS EPIDOTOS Muito raramente ocorre como produto primário em rochas magmáticas, neste
caso destacam-se suas formas euédricas.
Sorossilicatos dos Sistemas Ortorrômbico e Monoclínico Piemontita: a piemontita é facilmente reconhecível pelo seu pleocroismo forte
de amarelo, cor-de-rosa e vermelho; porém não é um mineral freqüente nas
rochas. Ocorre como produto do metamorfismo regional de baixo grau em
O epidotos formam uma extensa família de sorossilicatos que cristalizam rochas diversas, desde xistos verdes e azuis a anfibolitos. É freqüente como
com simetria monocIínica, exceto aqueles cuja composição química se produto de processos hidrotermais em associação com depósitos de
aproxima da composição Ca2 AbSi3012(OH), que podem ocorrer com simetria manganês.
ortorrômbica (zoisita) ou com simetria monocIínica (cIinozoisita).
As variações da composição química dentro do grupo estão Alanita: é mineral acessório comum (primário) de rochas ígneas ácidas e
relacionadas as substituições de Al3 por Fe3 e Ca2Fe3 por ERT3Fe3. intermediárias, principalmente plutônicas. Eventualmente podem ocorrer em
O grupo fica dividido da seguinte forma: pegmatitos e escarnitos calcários.
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Epidoto do tipo pistacita preenchendo veio de quartzo em granito, LN e LP, 50X.
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Seções de alanita mostrando cor castanha com zonação marcante característica, na foto superior a direita alanita
metamictizada, todas em granitos LN, 50X. nas fotos inferiores alanita com coroa de epidoto (pistacita) e a direita alanita
deformada em milonito, também com cora de epidoto (pistacita), LN e LP, 50X. Observem a íntima associação com a biotita.
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Carbonato
preenchendo
estruturas orgânicas
(conchas) em
calcário , LN e LP, 50X
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Carbonato calcítico
magmático em
carbonatito (observem a
textura semelhante a
granoblástica),associado
a apatita (mineral
incolor) tetraferriflogopita
(mineral avermelhado) e
magnetita (opaco),
LN e LP, 50X
Carbonato preenchendo
fraturas e substituindo
plagioclásios em
metagranito, LN e LP, 50X
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Propriedades Óticas
LN
• forma: seções basais hexagonais e laterais prismáticas, eventualmente
em rochas básicas vulcânicas podem ocorrer na forma de longas
agulhas ocas, por vezes curvas, em típicas texturas quench diagnósticas
Múltiplas inclusões de apatita em anfibólio, LN e LP, 50X
de resfriamento rápido. è muito comum ocorrer como inclusão em
minerais como a biotita e anfibólios.
• cor: incolores e límpidos (resistato químico e físico)
• IR: elevado, em torno de 1,60
• clivagem: ausente
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Variedades:
Fluorita – CaF2
Halita - NaCl
Associação paragenética
Propriedades Óticas
LN
• forma: normalmente euédrica, pode ser intersticial
• cor: incolores a fracamente colorido em tons de azul ou violeta, a cor é
melhor observada em laminas mais espessas, sempre não pleocróico
• IR: muito baixo, em torno de 1,430 (inferior ao BC)
• clivagem: perfeita segundo (111)
LP e LC
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No conjunto de fotomicrografias
superior fluorita formando um
veio em metagranito, onde a
cor lilás e roxa estão bem claras,
LN e LP, 50X; no conjunto de
fotomicrografias inferior fluorita
incolor em granito, LN e LP, 50X
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