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AVISO PRÉVIO
É a comunicação da rescisão do contrato de trabalho pela parte que decide extingui-lo, com
a antecedência a que estiver obrigada e com o dever de manter o contrato após essa
comunicação até o decurso do prazo nela previsto, sob pena de pagamento de uma quantia
substitutiva, no caso de ruptura do contrato.
A CLT exige aviso prévio nos contratos por prazo indeterminado - art. 487 da CLT, sendo
inexigível nos contratos por prazo determinado.
É cabível apenas na dispensa sem justa causa, dispensa indireta (CLT, art. 487, 4º), nos
casos de culpa recíproca (TST, sumula 14) e no pedido de demissão, sendo INCABÍVEL
nos outros modos de extinção do contrato. Existe debate nos casos de extinção da
empresa, quanto ao pagamento ou não da referida parcela.
A lei não estabelece ato formal, porém, é praxe a carta de aviso prévio, que vem a ser a
comunicação. Sendo o aviso prévio trabalhado, a comunicação deve ser concedida por
escrito, em 2 (duas) vias, sendo uma para o empregado e outra para o empregador.
Prazo do aviso prévio é de 30 dias no mínimo, porém, hoje se tem que observar a mudança
ocorrida no mesmo através da lei nº 12.506/2011 que garante ao empregado demitido sem
justa causa, além dos 30 dias, três dias adicionais por cada ano de serviço trabalhado na
empresa. Com isso o aviso prévio ficou proporcional ao tempo de serviço, sendo acrescidos
aos 30 dias regulamentares, outros três dias adicionais para cada ano completo trabalhado
na empresa, limitado a um máximo de 90 dias. Só vale tal regra quando for o empregador
que der causa ao rompimento do contrato. NOTA TÉCNICA Nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE .
quando o empregado pede demissão. Nesse caso, o aviso prévio do empregado será
sempre de 30 dias, independentemente do tempo de serviço para a empresa.
Durante o prazo do aviso prévio cumprido pelo empregado em razão de dispensa pelo
empregador, haverá redução da jornada de trabalho em 2 horas por dia, ou então o
empregado poderá optar por concentrar essas horas em dias corridos, num total de 7 dias -
art. 488, parágrafo único, CLT, onde então trabalha 23 dias corridos e folga os últimos 7
dias.
O aviso prévio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu período de
duração integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, inclusive reajustes
salariais, férias, 13º salário e indenizações.
O empregador que dispensar o empregado do aviso prévio tem que observar que o aviso
prévio é irrenunciável pelo empregado, devendo no caso ser observada a súmula 276 do
TST, pois deverá ocorrer o pagamento do mesmo. Súmula 276 do TST:
O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de
cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor,
salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”.
Aviso Prévio cumprido em Casa. Tal modalidade não é aceita nem pela doutrina ou pelos
tribunais, equivale ao aviso indenizado. Há o entendimento no sentido de que esse é um
artifício utilizado para evitar pagar as verbas rescisórias no prazo de 10 dias da dispensa.
Assim nesses casos o entendimento é que é devido a multa prevista no artigo 477 da CLT,
no valor de um salário do empregado.
Prazos de pagamento das verbas rescisórias são importantes, pois daí decore multas a
favor do empregado pela não observância. Os prazos hoje previstos são:
Com a reforma trabalhista a partir de 11/2017 os prazos para pagamento serão sempre em
até 10 dias, quer seja aviso indenizado, ou trabalhado.
A contagem do aviso prévio é fator determinante para pagamento da rescisão do contrato de
trabalho. A súmula 380 do TST estabelece que para o início a contagem do aviso
prévio, deve-se excluir o primeiro dia e contar o último (começa a contar sempre a partir do
dia seguinte a data da comunicação), redação conforme caput do art. 132 do Código Civil[2].
Tem algumas situações em que não é possível dar o aviso prévio ao empregado,
ficando assim vedado ao empregador nos seguintes casos.
o Empregado estar em gozo de beneficio previdenciário;
o Estar em gozo de estabilidade provisória por um ano, após retorno do auxílio acidente;
o No mês que antecede o reajuste salarial;
o Os casos de o empregado estar em gozo de estabilidade;
o Estar em fruição de licença médica, maternidade, paternidade, ou seja tanto nos casos
de interrupção e ou suspensão do contrato de trabalho.
A falta grave, tanto por parte do empregado, atos previstos no art. 482, quanto por parte do
empregador, art. 483, desde que, cabalmente comprovados, afastam a necessidade
do aviso prévio. Ainda que já em curso, a falta grave anula a produção de efeitos do aviso
prévio, sendo devida aplicação da justa causa, ou, dispensa.
Existe previsão no sentido de que - tanto o empregado quanto o empregador podem desistir
do aviso prévio concedido, pois a rescisão somente será efetivada no término deste período.
Porém, para que a reconsideração seja válida é necessário que a outra parte concorde com
a reconsideração, podendo a anuência ser expressa ou tácita, se aconselhando que seja
expressa.
Referências:
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. Niterói: Impetus, 2015.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho.6ª edição. São Paulo:
LTr, 2007.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Saraiva,
2015.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Atlas, 2016.
MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2014.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. São Paulo: LTr,
2014
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. NASCIMENTO, SÔNIA MASCARO. Curso de
Direito do Trabalho. 29ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.