Sei sulla pagina 1di 24

Uso de

Antibióticos
em Cirurgia

- --- --- - -

· ·
Ano I N!! 3

Agosto de 2002
Vol I
Sepse abdominal
Existem, situações em que o- fundamental
e vencer a RESISTENCIA
1M/IV
ORAL

·
·
Simplifica a escolha, podendo ser
utilizado em vários tipos de infecçã(J

Permite a terapia seqüencial,


por estar disponível nas
apresentações injetável e oral
de uso

-I --"....
uNÀsVN°

.
2 XI dia

UnasynelnJetãve' é a associação de SUlbaclam, um inibidor das beia-Iactamases, e ampicilina. É indicado em infecções comunitárias causadas por bactérias suscetíveis aeróbias.8 anaeróbias. produtoras ou não de beta-lactamases, tais como infeoções
do traio respiratório, trato urinário, infecções intra-abdominais incluindo peritonite, coIecistite, endometrite e cerulite pélvica, septicemia baeteriana, infecções da pele e tecidos moles, infecções do osso e artiCulaç6es e infecções gooocócicas. Pode ser
administrado no perklperalório e no trabalhO de parto ou cesárea na profilaxia de infecção pós-operatória. Unasyn~ oral é um medicamento à base de suttamicilina, que por sua vez é uma pró--droga da associação de sulbactam, um inibidor das beta-
lactamases. e ampicilina. É indicado em infecções causadas por microrganismos suscetiveis. As indicações mais comuns são sinusite, olite média e amidaJite; pneumonia bacteriana e bronquite; infecções do traio urinário e pielonefrrte; infecções da pele
e tecidos moles e infecções gonocócicas. Unasyne oral pode ser indicado também em pacientes que requeiram terapia com sulbactamlampicilina, após tratamento inicial com Unasyn<31 injetável. Contra-indicações: pacientes com história de reação
alérgica a penicilinas ou a qualquer componente da fórmula. Advertências e Precauções: reações graves e ocasionalmente fatais de hipersensibilidade têm sido reportadas em pacientes sob terapia com penicilinas. Antes da terapia com penicilinas,
cuidadosa pesquisa deve ser feita a respeito de prévias reações de hipersensibilidade. Reações anafiláticas graves requerem tratamento de emergência com adrenalina. Unas~ injetável e oral não deve ser utilizado no tral$mento de mononuc:1eose
infecciosa, por essa ser de origem viral. Uso durante a gravidez 6 IactaçAo: A segurança para uso de Unasyn<!l oral e injetável durante a gravidez e lactação não foi estabeleCida. Uso em crianças . ~~ Devido a função renal não estar
completamente desenvolvida em neonatos, isto deve ser considerado quando se utilizar a suttamicilina nestes pacientes. Interações Medicamentosas: aIopurinol, anticoagulantes, cloranfenk:ol, eritrOmicina, suUonamidas, tetraciciinas, contraceptivos orais
contendo estrógeno, rnetrotexato, probenecida, aminoglioosldeos e interações nos testes laboratoriais. Reações adversas - Uaa5xn&Jni~ reação no local da aplicação ou flebite; reação anafilactóide, ChOque anafilático, raros relatos de conwlsão,
náusea, vômito, diarréia, colite pseudomembranosa, rash, prurido, outras reaçãoes cutãneas, raros relatos de sindrome de Stevens-Johnson, necrose epidérmica, emema multdorme, anemia, anemia hemoIítica, trombocilopenia, eosinofilia e leuc:openia
reversfveis: elevações transitórias de TGO e TGP, bilirrubinemia, função hepática anormal, ictericia e raros casos de nefme intersticial. ilDilsyn:&_QI"iI/: reação alérgica, ChOque anafilático, reação anafilactóide, tontura, diarréialfezes amoIecidas, náuseas,
vômitos,
~:
desconforto epigástrico, melena, dor/espasmo abdominais, dispnêia, rash, prurido, angioedema, dermalile,
Uso em Adultos: a dose usual varia de 1,5 g a 12 g por dia em doses a cada 6 ou 8 horas até a dose máxima diária de 4 9 de sulbactam.
urticária, e raros casos de sonolêncialsedação,
Infecções menos
fadiga/mal
graves podem
estar e dor de cabeça
ser tratadas
(vicie bula completa
a cada 12 horas.
do produto). -
Posologla
Na profitaxia de infecções cirurgicas a dose
~

de 1,5 a 3,0 9 deve ser administrada no inicio da aneste$ia. No tratamento de gonorréia não complicada, Unasyn<31deve ser administrado em dose única de 1,5 g. Uso em rec$rHJascidos, primeira infância e crianças: a dose usual em crianças e
recém-nascidos é de 150 IT9"kWdia, a cada 6 ou 8 horas. Em recém-nascidos durante a primeira semana de vida, a dose recomendada é de 75 mglkwdia, a cada 12 horas. Unasxn&~: Uso em adultos (incluindo pacientes idosos;' a dose recomendada
é de 375-750 mg, duas vazes ao dia. O tratamento é administrado normalmente por 5 a 14 dias, mas pode ser estendido se necessário. No tratamento da gonorréia não complicada pode-se administrar 2,25 g (seis comprimidos de 375 mg) de Unasyn<31
como dose única. Concomitantemenfe deve-se administrar 1,0 g de probenecida. Nos casos de quaisquer infecções causadas por estreptococos hemolíticos, recomenda.se tratamento por pelo menos 10 dias para prevenir a ocorrência de febre reumática
ou glomerulonefrite. Uso em Crianças: a dose para a maioria das infecções em crianças pesando menos de 30 kg é de 25-50 ~Wdia de Unasyn<!l, dividida em duas doses orais dependendo da gravidade da infecção e avaliação médica. Para crianças

.
pesando 30 kg ou mais,.administrar a dose usual de- adultos. Uso em pacientes com insuficiência renat. em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina !,;30 mLJmin), a dose de sultamicilina deverá ser administrada com menor
frequência, de acordo com a prática usual daampicilina. Superdoaagem: informações relacionadas a toxicidade aguda são limitadas. Instruções para Administração: vida bula completa do produto. Apresentações -UrnsYD'" jnjetável: pó para solução
inje!ável. Unasyro& 1,5 9 (0,511 ,09) e Unasyn<3l3,0 9 (1,012,09) em embalagens contendo 20 FA. ~.JHJl: comprimidos revestidos de 375 mg, em embalagens contendo 10 unidades. PÓ para suspensão oral (250 mgl5 mL), em embalagens contendo
1 frasco com 60 mL. USO ADULTO E PEDIÃmICO. VENDA SOB PRESCRiÇÃO MÉDICA. Para maiores informações, consulte as bulas completas do produto (uno02c e uns03c). Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da
classe médica, mediante solicitação. laboratÓrios Plizer Lida., Rua Alexandre Dumas, 1860 - Chácara Santo Antônio, São Paulo - SP. CEP 04717.904 Tel.: 0800-167575 . Internet: www.plizer.com.br.Unasyn<3lReg.MS - 1,0216.0052

..~Antiinfectivos
~
R. Alexandre
CNPJ 46.070.868/0019.98
.
www.infectomed.com/.
Dumas,
laboratórios Pfizer lida.
.1.860 - Sõa Paulo - SP - CEP 04717.904
@ Capyright laboratórios Pfizer lIda. 2002
DOCUMENTA~
&INFORMAÇAO
AÚDICA

.~ Todos os direitos reservados


www.pfizer.cam.br
0800-167575
Apresentação
doautor 1

A sepse abdominal é a tradução clínica da existência de um


foco infeccioso intra-abdominal desencadeador de uma
resposta inflamatória sistêmica.
Adquirimos, nos últimos cinco anos, um grande conhecimento
dos mecanismosfisiopatológicos que ocorrem nessaresposta
sistêmicado organismo agredido como um todo. Todavia não
ocorreu ainda o aprendizado de umq intervenção terapêutica
moduladora dessarespostaque propicie uma reação
imunológica adequada ao foco infeccioso.
Ocorreram progressos:a melhor compreensãodos
mecanismosda infecção, a importância da nutrição enteral e o
conhecimento de inúmeros fatores de risco que podem
agravar ou deteriorar a respostaorgânica.
A importância fundamental do controle do foco infeccioso, o
uso prudente de antibióticos, o aparecimento de novas
drogas, a importância do exame clínico contínuo do paciente
pela mesma equipe cirúrgica, conduta que não é substituída
por qualquer que sejao método diagnóstico empregado, e a
constataçãode que o cirurgião permanece como o principal
L .
imunomodulador da sepse abdominal asseguramque
dispomos de uma maneira eficaz de tratar nossospacientes
que se encontram nessasituação.

TCBC/PEEdmundo Machado Ferraz


I

Sepseabdominal

Sepse é a resposta inflamatória sistêmica secundária a infecção(1),ou seja, com a


presença de infecção as manifestações são as mesmas da síndrome de resposta
inflamatória sistêmica (SRIS).Na sepse abdominalexisteum foco infeccioso
intra-abdominal que desencadeia a resposta sistêmica.
Écrescente a incidência de sepse abdominal como causa de mortalidade. No
entanto, com a compreensão e o manejo dos efeitos da doença, tem-se

o conseguido importantes avanços na reversão dessa situação.

Fisiopatologia da sepse Estádio 2


Ocorreria a resposta sistêmica inicial(2}.Há a
Considerou Bone, em 1997(2), que a sepse liberação de citocinas pró-inflamatórias que
apresentava cinco estádios no seu atraem leucócitos polimorfonucleares (PMN),
desenvolvimento: linfócitos T e B, plaquetas e fatores de
-estádio 1 - injúria (infecção), coagulação ao local da lesão. Estas
desencadeando reação local; substâncias estimulam uma resposta
-estádio 2 - reação sistêmica inicial; antiinflamatória sistêmica compensatória que
-estádio 3 - inflamação sistêmica maciça; irá regular a resposta pró-inflamatória inicial.
-estádio 4 - supressão imune excessiva;
-estádio 5 - dissonância imunológica. Estádio3
Ocorre inflamação sistêmica maciça. Não
Estádio 1 há regulação da resposta inflamatória
O mecanismo inicial seria a injúria iniciale serão assinalados sinais clínicos da
determinada pela infecção, propiciando SRIS,caracterizados por aumento da
uma reação local. Ocorreria liberação de freqüência cardíaca e da permeabilidade
citocinas pró-inflamatórias que teriam como microvascular,febre e queda da pressão
ação limitar a lesão e iniciar a reparação do arterial. Simultaneamente ocorrem má
dano. Haveria uma resposta antiinflamatória perfusão tissular, isquemia, injúriade
compensatória, com liberação de citocinas reperfusão e vasodilatação, podendo
antiinflamatórias e receptores solúveis e evoluir para a seqüência choque,
antagonistas que teriam como objetivo disfunção de múltiplos órgãos e sistemas
evitar que mediadores inflamatórios se (DMOS)e falência de múltiplos órgãos
tornassem autodestrutivos(2). (FMO)(2).
Estádio 4 se num evento fundamental, numa
Ocorre supressão imune excessiva, também resposta não-específicaa uma injúria,
chamada paralisia imune ou janela de inicialmente local, podendo ativar uma
imunodeficiência. A maioria dos pacientes resposta sistêmica, comportando-se
com inflamação sistêmica maciça morre clinicamente de modo similarseja sua
rapidamente de choque. Os que sobrevivem origem infecciosaou não-infecciosa.
podem sofrer uma síndrome da resposta A ativação local da inflamação inclui:
antiinflamatóriacompensatória (CARS)(2). A a) vasodilatação local da microcirculação;
CARS explica o aumento da susceptibilidade b) aumento da permeabilidade vascular
a infecção em pacientes queimados com com aporte aos tecidos de opsoninas,
trauma e hemorragia, bem como a anergia proteínas do complemento, pré-calicreína;
encontrada nesses pacientes e nos c) diversos quimiotóxicos para neutrófilose
portadores de pancreatite. A síndrome da monócitos.
resposta antagonista mista (MARS) inclui Desse modo, o aparecimento de
componentes de SRISe CARS. vasodilatação sistêmica e o aumento do
fluxo sanguíneo e do edema são
Estádio 5 indicativos seguros de que os eventos
Ocorre dissonância imunológica em estádio inflamatórios locais evoluíram para uma
final da DMOS persistente, com reação resposta sistêmica, a SRIS,que se constitui
inflamatória exagerada, níveis elevados de em uma seqüência de eventos que irá
citocinas pró-inflamatórias, FMO e óbito(2). depender da reserva fisiológicae da
Contudo alguns pacientes podem reverter capacidade de resposta do hospedeiro. Fry
a disfunção orgânica antes de ocorrer a considera que a SRISevolui em quatro
FMO, restaurar a homeostase e sobreviver.
A maioria dos pacientes com sepse intra-
estádios, de A a D(4).
e
.::si
abdominal sobrevive à SRISinicial sem Estádio A 2'
desenvolver precocemente DMOS. Após Representaa resposta normala operações 2
o
um período relativo de estabilidade clínica de grande porte, traumas ou doenças. E
<lJ
passam a apresentar uma resposta Caracteriza-se por uma pequena redução Ô
V
compensatória antiinflamatória, com da resistênciavascular periférica e um ,-g
15
supressão da imunidade e diminuição da aumento no output cardíaco(4). O consumo .~
resistência à infecção. A infecção resultante aumentado de oxigênio representa a «
<lJ
-o
e a inflamação que se instala podem levar à resposta hipermetabólica do estresse, o'"
DMOS tardia e ao óbito. porém a concentração de lactato é normal. :J
Tentativas de tratamento da SRIS incluem Não havendo intercorrência, a inflamação
ressuscitação com solução salina - que, regride durante a convalescença do
aparentemente, tem ação antiinflamatória -, paciente.
uso de inibidores da ciclooxigenase e
corticóide, sendo a IL-lO aparentemente Estádio B
um mediador importante da CARS(3).A SRIS Representarespostaexagerada ao estresse.
constitui-se na principal causa de Ocorrem vasodilatação e acentuada perda
morbidade e mortalidade em pacientes de da resistênciaperiférica,aumentandoo
UTI. Efetorescelularese humorais que output cardíaco. A combinação de
modulam a resposta do hospedeiro
L
vasodilataçãoe edema pela expansão do
podem, por ação prolongada, provocar extracelular necessitade reposição de
injúriatissular e DMOS. cristalóide para que não ocorrahipotensão.
Até os dias atuais, todas as tentativas Ainadequadautilização do oxigênio na
terapêuticas de prevenir o periferia aumentaa concentraçãode
desencadeamento da DMOS por bloqueio lactato. A bilirrubina sérica pode
dos mediadores da SRISforam infrutíferas. apresentar-seelevada, e a transição da SRIS
Considera Fry(4)que a inflamação constitui- para a DMOS pode se iniciar4).
Estádio C bacteriana ocasionada pela
Representaa descompensaçãoda resposta hipoperfusão(IO).Contudo o assunto ainda é
exagerada ao estresse.A perda da controverso. Vários modelos experimentais
resistênciavascular periférica é intensa e o documentam a translocaçãode bactériase
ventrículo esquerdo não é mais capaz de endotoxinas(ll, 12)após choque
manter a pressãoarterial, ocorrendo hemorrágico, porém a relação de causae
hipotensão. O paciente apresenta-se efeito clínico entre translocação e DMOS
hipotensivo, porém aquecido, com elevada ainda não está estabelecida.
acidose láctica e necessitandode agressiva O intestino delgado tem importante função
reanimação hemodinâmica. na respostado hospedeiro à infecção. No
Recife,E.M. Ferraze A.A.B. Ferraz,
Estádio D operando cinco pacientes graves
Ocorre a superposiçãode uma insuficiência portadores de sepseintra-abdominal,
cardíaca com intensa respostainflamatória estudaram fragmentos de intestino
sistêmica, baixo consumo de oxigênio, delgado. Estudo imunoistoquímico
elevação da resistênciavascular periférica e realizado no Instituto Aggeu Magalhãespor
inadequado output cardíaco(4). Coutinho et ai. revelou alterações
importantes na estrutura histológica do
Transição da SRIS para a DMOS intestino delgado. Ocorreu aumento da
A elevação do lactato é um indicador de apoptose dos plasmócitos que resultou em
mau prognóstico no paciente com SRIS. uma redução na expressãode IgA e IgM, a
Anormalidade na liberação e no consumo qual favoreceu a adesãoe a translocação
de oxigênio estabelecea instalação da bacteriana(13).
DMOS e é considerada o evento O aumento expressivodo HLA-DRnotifica
fundamental da transição(4).A DMOS é, a presençade um número aumentado de
portanto, um evento seqüencial de efeito macrófagos necessáriospara a fagocitose
dominó(4-6).Falênciapulmonar ocorre das célulasapoptóticas. Estesachados,
precocemente, seguida de falência acrescidosde fragmentos de delgado
hepática, sendo usualmente o rim o último obtidos em mais 12 pacientes,com
sistema a falhar<4).A injúria achados clínicos similares,nas
microcirculatória atinge invariavelmente Universidadesde Aberdeen e Nottingham,
todos os sistemas,e a incapacidade do na Inglaterra, confirmaram os obtidos no
hospedeiro em ativar as medidas Recifee foram objeto de uma publicação
antiinflamatórias conduz a um quadro multicêntrica que definiu essesaspectosna
progressivo de DMOS e FMO, levando o literatura(13).
paciente ao óbitoC4). Outros fatores podem concorrer para a
O intestino delgado é particularmente alteração da permeabilidade intestinal na
vulnerável, devido ao fato de a sepseintra-abdominal: a redução do fluxo
vasoconstrição visceralser uma importante esplâncnico, as lesõesdeterminadas pela
respostacompensatória no choque, sendo ação das citocinas e dos radicais livres, a
a reperfusão visceral um dos últimos diminuição da capacidade antioxidante e a
eventos a ser restauradosapós a atrofia da mucosa intestinal pela falta do
reanimação. Dessamaneira, a isquemia e a tropismo enterocítico alimentar.
reperfusão intestinal iniciam a resposta A hipoxia ativa uma cascata pró-
inflamatória. inflamatória que contribui para gerar e
A IL-6 é consideradade importância manter a resposta inflamatória. Hipoxia
fundamental como mediadora da fase associadaa choque e queda do output
aguda de resposta(7,
8).A elevação da IL-6 cardíaco pode levar a quebra da
tem sido associadacom elevação da integridade da barreira mucosa. Por outro
mortalidade na presençade sepse(9). lado, a translocação bacteriana está
Um outro mecanismo é a translocação diretamente relacionada com a
capacidadede adesãoda bactéria à syndrome)e FMO. Pacientesacima de 45
mucosa intestinal. Essaadesão é evitada anos apresentam risco duas a três vezes
pela ação do muco e da IgN14,15).No maior<25).Morris et al.(26)atribuem pior
trauma, as unidades celulares e humoral prognóstico a co-morbidades mais
estão adversamente comprometidas(16).A freqüentes no envelhecimento que afetam
sepsee o estresseproduzem um profundo os diferentes sistemasem algum grau.
impacto nos níveisde célulasB e da IgN17.19).
Esseimpacto está relacionado aos níveis Transfusões - Éoutro fator de risco
de glicocorticóides circulantes em situação independente identificado por diversos
de trauma e sepse. autores(25,27).As transfusões são
Os glicocorticóides apresentam potente imunossupressivas e têm sido associadas
efeito imunossupressivonos macrófagos, com recorrência de malignidade(28.29) e
inibindo a diferenciaçãode monócitos e a infecções graves(30).Componentes
maturação de célulasB(16). Ferraze Coutinho sanguíneos estocados contêm mediadores
et ai. comprovaram, em pacientessépticos, pró-inflamatórios (IL-6, IL-8) que podem
essadepleção de IgA na mucosadelgada e a atuar como um segundo estímulo
consideraramdecorrente da apoptose dos (segundo golpe) inflamatório e precipitar
plasmócitos no delgado(13). Todavia não só o FMO(31).Existe também uma relação entre
muco e a IgA protegem o delgado da número de unidades utilizadas e FMO(32),
adesãoe da translocação.Outras açõessão embora não seja consensual.
o sinergismo bacteriano e a motilidade
gastrintestinal. Em casosde sepsehá uma Fatores genéticos - Sorensen et ai.(33)

profusa utilização de antimicrobianos, que verificaram uma elevação de cinco vezes


compromete o sinergismo bacteriano e
favorece a colonização por bactérias
multirresistentes,como Pseudomonase
no risco de doenças infecciosas fatais se
ocorreu morte por infecção em parente
o
biológico de um paciente. Westendorp et
cândida(20),particularmente quando o uso é al.(34)estudaram a liberação de a-TNF e
oral, acentuando a quebra do sinergismoe IL-10 em pacientes portadores de doença
o comprometimento da flora anaeróbia(21) e meningocócica. Família com baixa
da translocaçãO<22).O íleo paralítico, produção de a-TNF tem um risco dez
também presenteem muitos pacientescom vezes maior de falecer por doença
sepseintra-abdominal, compromete a meningocócica, enquanto que famílias
motilidade gastrintestinal(19.
23). com elevada produção de IL-10 têm um
risco 20 vezes maior. Famílias com ambas
Fatoresde riscodo hospedeiro as características genéticas têm

.
Osprincipaisfatoresde riscoda SRISsão(24): elevadíssimo risco, enquanto outras
Associadoscom o primeiro golpe:
- gravidade da lesão;
condições também predispõem a
infecções (deficiência de imunoglobulinas
- choque-isquemia-reperfusão; e outras imunodeficiências

.- gravidade da SRIS.
Associados
com o segundogolpe:
- infecção;
combinadas)(34).

Resposta do hospedeiro à lesão


- transfusão; ConsideramBel e Goris(35)que, após L........

.- operações secundárias.
Fatoresdo hospedeiro:
- idade;
trauma, os tecidos podem sofrer lesão
mecânica direta ou indireta através de
distúrbios de volemia, isquemia, necrose
- co-morbidades; e formação de radicais de oxigênio após
- fatores genéticos. reperfusão. Outras causasseriam fatores
físicos como calor, frio ou radiação. A
Idade - Éum importantefator de risco infecção é o denominador comum do
paraArds(acuteresponse
distress dano tissular.
r-
I

Produtos tóxicos podem ocasionar


destruição celular, como os exógenos
. Reparos:
- apoptose de células inflamatórias;
(quimioterapia e intoxicação ambiental) e - regeneração de células parenquimatosas;
os endógenos (proteases pancreáticas ou - angiogênese;
outros produtos oriundos da inflamação). - proliferação de epitélio e fibroblastos.
O contato de componentes sanguíneos O passo inicial da resposta inflamatória à
com membranas artificiais durante lesão parece ser a ativação de genes que,
circulação extracorpórea ou diálise pode por sua vez, ativam citocinas e enzimas
ativar substâncias autotóxicas. Consideram mediadoras de células efetoras
os autores que a inflamação é uma imunológicas. Ativação de mitocôndria,
resposta protetora localizada, provocada endotélio, PMNs e macrófagos/monócitos
por injúria ou lesão tissular, que leva a se segue.
uma destruição, diluição ou seqüestração Alguns outros fatores podem inibir a
do agente agressor e do tecido lesado. resposta do hospedeiro. Entre eles
Essa resposta se caracteriza por uma ativação
de sistema de cascata (complemento, .
destacam-se:
Citocinas:
-IL-10.
coagulação, cininas, fibrinólise), células
(endoteliais, leucócitos, monócitos,
macrófagos e mastócitos) e liberação de
.- Microbiológicos:
endotoxinas(LPS);
mediadores (radicais de oxigênio, histamina,
eicosanóides, fatores de coagulação e
citocinas). Todos esses processos são inter-
.. - gliotoxina(Aspergillus).
Inibidoresda protease.
Antioxidantese varredores:
relacionados e interconectados por - superóxidodismutase;
mecanismosregulatóriosup and down e - glutationa;
4) - acetilasterina;
""
ê'
2
.
podem ser resumidos da forma a seguir<35):
Inflamação:
- ativação do complemento; . - vitaminas.
Outros:
U
- ativação do endotélio; - proteínas de choque quente;
E
<IJ

Ô
- vasodilatação; - glicocorticóides.
u - vazamento microcirculatório (edema rico
:-g
:o em proteína); Escores prognósticos
'''=;
c
« - expressão de moléculas de adesão,
<IJ
v citocinas e fatores de crescimento; Os escores fisiológicos foram introduzidos no
o
V>
~ - diapedese de PMN e monócitos e tratamento de pacientes com sepse e falência
fagocitose; de múltiplos órgãos em 1983, com um

. - remoção de debris.
Coagulação:
- ativação de coagulação;
escore de sepse(36).Este escore foi baseado na
evolução de quatro áreas clínicas relacionadas
com a infecção. Os pontos foram atribuídos
- inibição da fibrinólise; com base em critérios clínicos específicos

. - intensificação da fibrinólise sistêmica.


Resposta inflamatória sistêmica:
- febre;
relacionados ao aumento da gravidade. As
quatro áreas clínicas avaliadas são:
1) efeitos locais da infecção tecidual;
- liberação de proteínas da fase aguda; 2) febre;
- estimulação de proliferação leucocitária 3) efeitos secundários da sepse;
na medula óssea; 4) dados laboratoriais.
- ativação e/ou proliferação de linfócitos Na primeira categoria, vários problemas
Te B. infecciosos foram avaliados, com base na sua
. Resposta metabólica:
- aumento da produção de cortisol;
gravidade. O escorefinalfoideterminado
pela soma dos pontos individuais obtidos em
- ativação do sistema nervoso simpático; cada uma das quatro categorias, com
- redução de hormônios tireoidianos ativos. pontuação máxima de 53. Existiaum certo
I!I-

grau de subjetividade inserido na avaliação Desse modo estabeleceu-se uma


do escore de sepse, assim como um fator de sensibilidade, para SIS de 50% ou mais, de
variação requerido para assegurar uma coleta predizer sobrevida de 88% (31/35) e
de dados apropriada. Por exemplo, diferentes especificidade de 86% (43/50). Tal análise
cirurgiões podem avaliar o grau de uma não foi capaz de aumentar a acurácia do
peritonite diferentemente, especialmente se escore de sepse por si só, pois os autores
atenderem o paciente em diferentes avaliaram os 135 pacientes separadamente.
momentos de sua evolução. Nos casos dos Tomando-se um escore de sepse acima de
dados laboratoriais, a monitorização do 20 como fator prognóstico de mortalidade,
número de hemoculturas positivas precisa foi determinada uma acurácia geral de
obedecer a um calendário preestabelecido. A 85% (114/135)(37).
vantagem desse sistema é que o número de Aproximadamente na mesma época, o
critérios clínicos a serem avaliados não era escore de gravidade da sepse (SSS) foi
excessivo e o escore da sepse era fácil de introduzido por Stevens et 01.(38) A avaliação
calcular. O escore da sepse não teve sua do SSSfoi baseada em parâmetros
aplicação difundida. A média desse escore fisiológicos de dados clínicos de sete
para os sobreviventes foi de 14,1 :t 4,2, e a sistemas orgânicos. Incluem-se os pulmões,
média para os que não sobreviveram foi de o trato gastrintestinal, os rins, o fígado e os
20,8:t 2,3, com p = 0,0061 e teste de sistemas cardiovascular, neurológico e de
Student caudal. Uma aplicação interessante coagulação. A disfunção dos órgãos foi
dos dados foi realizada utilizando-se aferições subdividida em cinco categorias, com base
seriadas em alguns pacientes. Aqueles que em alterações fisiológicas ou, em alguns
apresentaram uma queda progressiva do casos, nas intervenções terapêuticas
escore de sepse situaram-se na categoria dos
sobreviventes.
necessárias. O escore máximo que pode ser
obtido é de 75. Quanto maior o escore,
o""
maior a gravidade da sepse. 'êh
...
Talvez a aplicação clínica mais extensa do
2
escore de sepse no prognóstico tenha sido O SSSfoi testado em 35 pacientes, e então O
reportada por Dominioniet 01.(37)Eles ficou provada sua capacidade de predizer a E
<IJ
acrescentaramao escoreda sepseos mortalidade com boa acurácia(38).A taxa de VI
o
u
'.;:J
resultados de proteínas na fase aguda e mortalidade dos pacientes com SSS acima 'o

de 40 foi de 82% (9/11), em comparação ;Q


avaliaram esse índice em 85 pacientes. C
«
Quatro proteínas foram avaliadas na fase com 21% (4/19) dos pacientes com SSS <IJ
"O
aguda: ácido a.,-glicoprotéico, abaixo de 40. Nessa análise, os autores o
VI
::::>
a.j-antitripsina, fator Bcomplemento e incluíram pacientes que apresentaram um
proteína (3 complemento. Todos os níveis SSS que variou entre 6 e 67, excluindo,
protéicos mensurados na fase aguda portanto, cinco pacientes. Uma publicação
apresentavam-se significativamente baixos subseqüente estendeu tal análise,
nos pacientes que não sobreviveram. acrescentando-lhe 31 pacientes, o que
Utilizando-se uma análise de regressão, foi resultou em uma acurácia geral de 77% (47/
formulado um modelo prognóstico linear de 61) para predizer mortalidade,
probabilidade percentual de sobrevida (SIS): considerando-se o valor de 40 o limite para
Outrosautorestêm
a sobrevivência(39).
SIS (%) = 121 + 0,26 (FB) + 0,36 (a,-AG) - 6 (SS), avaliadoo SSSe reportado boa predição da
mortalidade. Emum estudo com 58
onde FBé o fator B complemento e a.j-AGé pacientesportadores de infecçãointra- ..
o ácido a.1-glicoprotéico, cada um medido abdominal, um SSScrescente se relacionou
em mg/dl, e SS é o escore de sepse(36). com mortalidade<40).
Assumir arbitrariamente uma SISde 50% ou O desenvolvimento de um escore
menos determinaria a evolução para o fisiológico agudo (APS)foi uma alternativa
óbito. O prognóstico foi corretamente para os escoresde sepsee de gravidade da
avaliado em 74 dos 85 pacientes (87%). sepse.O APSfoi calculado atribuindo-se

-- --.--
pontos a 34 dados clínicos, relacionados a
Critério de escore de fisiologia aguda
dados fisiológicos colhidos no momento da
admissão do paciente na Unidade de
Cuidados Intensivos (Quadro 1). Zero foi Albumina

atribuído aos valores normais, enquanto Fosfatase alcalina

que valores máximos foram atribuídos aos Gradiente de oxigênio alvêolo-arteriat;Pa0z


desvios positivos e negativos do normal. O Amilase

APS pode variar de zero a 124, que é a Anergia


maior magnitude e representa o maior grau Bicarbonato

de alteração da homeostase. Bilirrubina

Um ponto que não é considerado nesse Hemocultura (positiva)


sistema de escore é que a etiologia das Uréia nitrogenada sanguínea
alterações fisiológicas pode desencadear Cálcio

outras e diferentes alterações fisiológicas Pressão venosa central

nos variados subgrupos de pacientes CPK positiva

criticamente acometidos. Por exemplo, Creatinina

uma disfunção cardíaca em um paciente Cultura do liquor (positiva)


portador de infarto do miocárdio não tem Arritmias cardíacas

o mesmo significado que uma disfunção Cultura de fungos (positiva)


cardíaca decorrente de cirurgia cardíaca. Escala de coma de Glasgow
Glicose
Cada paciente deveria receber um escore
similar baseado na performance cardíaca. Freqüência cardiaca
Hematócrito
Fica claro, portanto, que os pacientes
evoluem diferentemente, de acordo com a Pressão arterial média

idade e as patologias crônicas que Lactato


Osmolaridade
possuíam antes de apresentar eventos
catastróficos que os levaram a necessitar de PaCOz
cuidados intensivos. Por exemplo, uma pH
alteração fisiológica em uma pessoa jovem Contagem de plaquetas
que apresentou um trauma pode ter uma Potássio

evolução diferente da mesma constelação Tempo de protrombina

de alterações em um paciente idoso que Freqüência respiratória


SGOT
apresente patologia associada. Essa
identificação indica que o APS necessita de Sódio

uma reavaliação, devendo-se contar com Temperatura

informações adicionais sobre a saúde Débito urinário

pregressa do paciente e alguma avaliação Contagem de leucócitos

de idade. Também foi identificado que


alguns dos critérios de componentes do
APS são similares no que diz respeito às foram enquadrados em quatro categorias,
informações que fornecem. Com avaliações de acordo com sua história médica
posteriores dos componentes do APS, passada. A categoria A representa os que
tornou-se claro que o número total de gozam de boa saúde, enquanto que a
variáveis poderia ser reduzido para um categoria D, aqueles que apresentam
número menor, sem que se perdesse o severas restrições, decorrentes de
poder de prognóstico objetivo. Essas patologias crônicas. Um grande número
mudanças foram instituídas e formaram a de dados foi coletado para avaliar a
base do sistema de Avaliação da Fisiologia habilidade de o escore Apache fornecer o
Aguda e da Saúde Crônica (Apache)<41>. prognóstico(42,43).Com o uso de uma
Nesse sistema, a saúde crônica foi análise de regressão logística, ficou claro
avaliada subjetivamente e os pacientes que o APSera um componente do escore
Apache mais importante do que a Com base na análisedos dados coletados
avaliação da saúde pregressa. Os de 5.800 pacientes, o escoreApache 11foi
resultados indicaram que o escore Apache submetido a uma análisede múltipla
foi um útil comparativo entre pacientes regressãologística e usado como
comprometidos, no entanto não foi capaz instrumento para predizer a mortalidade,
de predizer a evolução dos indivíduos. A aplicado em pacientes individualizados. O
complexidade do sistema tornou o uso do prognóstico do Apache 11foi baseado na
escore na rotina um pouco difícil, e a seguinte fórmula:
versão original não incluía avaliação da
idade. Em 1985, uma revisão mais InR/(l-R) = A + B1X1+ B2X2+ B3,
abrangente do sistema de escore Apache
foi reportada, e desde então ele tem sido onde:Ré o riscorelativode morrer;A é
intitulado Apache 11<44). umaconstante(- 3,517,interceptaa
O escoreApache 11foi caracterizado pela equação);B1,umaconstante(0,146);Xl, o
redução do APSpara as 12 variáveisque se escorecomputadodo Apache11;B2,uma
mostraram significantes na avaliaçãodo constante(0,603);X2 é 1 seo pacientese
paciente criticamente comprometido submeteua umacirurgiade urgênciaou
(Tabela 1). zerosenãofoi operadoou submetidoa

Apache11

Variação anormal alta Variação anormal baixa

Variávelfisiológica +4 +3 +2 +1 O +1 +2 +3 +4

TemperatuIa (DC) >41 39-40,9 - 38,5-38,9 36-38,4 34-35,9 32-33,9 30-31,9 < 29,9

Pressão
arterial > 160 130-159 110-129 - 70-109 - 50-69 - <49 G
.!:::
média(mmHg) 2"'
- - 2
FreqüênciacanIíaca > 180 140-179 110-139 70-109 55-69 40-54 <39 O
(respostaventricu1ar) E
<J)
Freqüênciarespiratória > 50 35-49 - 25-34 12-24 10-11 6-9 - <5 Ô
v
(ventilada
ounão-ventilada) :'5
:.õ
- '';:;
Oxigenação:
AaDO,ouPaO, >500 350-499 200-349 <200 c
«
<J)
(mmHg) PaQz PaQ,61- PaO,55- PaO,
< 55
(fiO,>0,5registro AaDO,: >70 70 - 60
"D
o'"
:J
fiO, < 0,5registroPaO,)

pHarterial >7,7 7,6-7,69 - 7,5-7,59 7,33-7,49 - 7,25-7,327,15-7,24 < 7,15


> 180 160-179 155-159 150-154 130c149 - 120-129111-119 < 110
Sódiosérico (mm01/l)

>7 6-6,9 - 5,5-5,9 3,5-5.4 3-3,4 2,5-2,9 - < 2,5


Potássiosérlco(mmo1/l)

>3,5 2-3,4 1,5-1,9 - 0,p-l,4 - <0,6


Creatinh1.a
sérica(mgjdl)
(escoreduplo para
insuficiência
renalaguda)

Hematócrlto
(%) >60 - 50-59,9 46-49,9 30-45,9 - 20-29,9 <20

W.B.c.('10'/mm3) >40 - 20-39,9 15-19,9 344,9 - 1-2,9 - <1

Escaladecomade Glasgow
(GCS)Escore= 15 . atualGCS
..
- < 15
HCO,sérico(mm01/lvenoso) > 52 41-51,9 32-40,9 22-31,9 18-21,9 15-17,9
(nãoé o preferido,sendo
usadosomentesenãohouver
gasessanguíneos
arteriais[ABG])

Fonte: KNAUS, W. A. et ai. Apache lI: a severity of disease classitication systern. Crit Care Med, v. 13, n. 10, p. 818, 1985.
uma cirurgia eletiva; e B3 é uma constante O controle adequado do foco infeccioso é
relacionada ao processo primário do o principal fator de influência na redução
paciente. A constante apropriada para B3 da mortalidade desse tipo de paciente.
foi selecionada de uma grande tabela de Os princípios do manejo da sepse
valores para as mais diversas patologias. abdominal compreendem(49,50):
Um exemplo da constante B3 é dado na a) suportes hemodinâmico, imunológico e
Tabela 2. Quanto maiores forem os valores metabólico;
positivos de B3, maior será o indicativo de b) terapia antimicrobiana;
aumento do risco de mortalidade. Os pesos c) controle do foco infeccioso e da doença f
dados para cada categoria de patologia de base.
foram determinados através de uma análise
de regressão logística realizada com base Suportes hemodinâmico,
nos dados estudados. metabólico e imunológico
As vantagens do sistema de escore Além dos cuidados hidreletrolíticos e
Apache 11estavam implícitas na metabólicos que o paciente portador de
simplificação da coleta dos dados, na sepse abdominal deve ter, poderíamos
melhora do prognóstico dos dados e na resumidamente estratificar nossos
habilidade de derivar uma análise de objetivos no tratamento desse tipo de
mortalidade. O sistema tornou-se paciente(51).
vastamente utilizado como critério de
predição da evolução nas unidades Suportehemodinâmico
intensivas e como ferramenta de pesquisa Maximizar o suporte de O2 nos tecidos:
de inúmeros estudos que comparam a - reposição hidreletrolítica;
gravidade do trauma entre pacientes(45-47). - agentes inotrópicos;
- agentes vasoativos;
::"'
2'
Formas clínicas, princípios - ventilação mecânica.
2 de diagnóstico e conduta
Ü
Suporte metabólico
E
Qj
'" A abordagem do paciente portador de Visa essencialmente a reverter o estado
o
u sepse intra-abdominal deve ser agressiva, de catabolismo do paciente. Desse modo,
,i5
15 precisa e rápida. A identificação da infecção a medida mais eficaz é o controle do foco
.~
c intra-abdominal é meramente clínica em
« infeccioso. O suporte nutricional deve ser
q;
v 72% dos casos, sendo necessária, em cerca agressivo, através, preferencialmente, da
o
::3 de 25%, a confirmação complementar de via enteral. Esta apresenta uma nítida
exames de imagem(48). vantagem na modulação da resposta

laJel? 2 Exemplos da constante B3, do escore Apache 11

Categoria de diagnóstico Constante B3

Doença pulmonar obstrutiva crônica - 0,367


Edema pulmonar (não-cardíaco) - 0,251
Asma/alergia - 2,108
Neoplasia + 0,891
Distúrbios de conduta - 0,584
Aneurisma dissecante + 0,732
Hemorragia digestiva + 0,334
Politraumatismo - 1,684
Choque hemorrágico - 0,682
Pós-operatório de cirurgia cardíaca valvular - 1,261
Perfuração do trato gastrintestinalj obstrução + 0,06
inflamatória, diminuindo a resposta do primário para linfócitos, macrófagos e
TNF<S2). A instituição de nutrição enteral enterócitos. A utilização de soluções
melhora de maneira geral a habilidade do contendo glutamina tem aumentado o
organismo em lidar com a capacidade de equilíbrio nitrogenado de pacientes
translocação bacteriana e diminuí-Ia, cirúrgicos e traumatizados(S7). Os
através da redução da resposta catabólica mecanismos pelos quais a glutamina
e dos níveis de cortisol no plasma e da contribui para esse equilíbrio passam por:
prevenção da atrofia da mucosa I
- participar da síntese da proteína no
intestinal(S3). Entretanto a translocação sistema musculoesquelético; I

através da barreira gastrintestinal não foi - manter a estrutura e a função do trato


afetada(S3). Caso a função intestinal esteja intestinal; I

inadequada, nutrição parenteral deve ser - melhorar os níveis de glutationa J


iniciada. A terapia nutricional, além de intracelular (importante antioxidante I
'1'1
prevenir e tratar deficiências de citosólico );
componentes dietéticos, tem sido - diminuir a taxa de translocação
utilizada de forma a se obterem respostas bacteriana;
semelhantes às de agentes - melhorar a função imune.
farmacológicos, de tal modo que possam
melhorar a resposta imune dos pacientes Arginina - É um aminoácido semi-
diante de determinados tipos de agressão. essencial que possui propriedades
Uma grande variedade de nutrientes farmacológicas importantes. É fonte de
apresenta alterações imunoestimuladoras, produção de óxido nitroso e óxido
no entanto destacaremos os principais nítrico(S8). É um potente estimulador do
compostos nutricionais utilizados com hormônio do crescimento, da prolactina,
esse intuito.
da insulina pancreática e do glucagon;
modula o metabolismo protéico; aumenta
Ácidos graxos ômega 3 - A utilização de a retenção de nitrogênio; aumenta a
ácidos graxos ômega 3 tem despertado a síntese do colágeno; e diminui os efeitos
atenção de pesquisadores, tanto na do trauma sobre a resposta linfocitária
melhora da resposta imune dos pacientes periférica(S9, 60).A arginina possui, ainda,
como nas propriedades anti-rejeição efeitos importantes na rejeição de órgãos,
determinadas por esse elemento(S4). O aumentando a sobrevida, e nas neoplasias
ácido graxo ômega 3 desloca o ácido malignas, aumentando a sobrevida e
araquidônico, diminuindo a produção de diminuindo o tamanho do tumor(S9, 61).
eicosanóides. A utilização dessa substância A instituição de nutrição enteral balanceada
determina um certo grau de tem importante papel tanto na recuperação
imunossupressão, aumentando a sobrevida e na manutenção do estado nutricional dos
de transplantados(S4), assim como uma ação pacientes como na modulação da resposta
antiinflamatória, com redução significativa inflamatória. Outros elementos apresentam
da síntese de IL-l e TNF, que retoma a propriedades importantes na modulação da
níveis normais 20 semanas após(SS). resposta imune do paciente séptico. Estudos
Clinicamente, dietas ricas em ácidos graxos têm mostrado que a instituição de dietas
têm sido utilizadas em pacientes com balanceadas suplementadas com arginina,
artrite inflamatória, psoríase e lúpus nucleotídeos e óleo de peixe diminui a
eritematoso sistêmico, com o intuito de permanência de pacientes em UTI e
diminuir a gravidade dos casos(S6).A também a incidência de complicações
mortalidade de ratos sépticos alimentados infecciosas(62).

com ácido graxo ômega 3 foi diminuída.


Suporteimunológico
Glutamina - Éum aminoácido não- Visa a prevenir infecções nosocomiais,
:1
essencial,considerado combustível erradicar as infecções existentes e minimizar
r-
I
ao máximo os efeitos da resposta metabólica Terapia antimicrobiana
à infecção. A imunomodulação é a Na maioria das vezes, a antibioticoterapia
intervenção terapêutica que visa a modificar na peritonite é iniciada de maneira
a resposta imune comprometida(63,64).A empírica, e deverá cobrir uma flora
identificação precisa de pacientes polimicrobiana composta essencialmente
imunocomprometidos - particularmente por germes gram-negativos e anaeróbios.
aqueles com doença de base que não A realização do gram é extremamente
sugira diminuição da defesa imune, ou os recomendada, e a realização da cultura
que apresentem resposta inflamatória indicará a sensibilidade correta das
exagerada - constitui uma trilha a ser bactérias patógenas. A Surgicallnfection
percorrida no diagnóstico de pacientes Society(68)apresentou recomendações em
suscetíveis a apresentar uma resposta relação à escolha de antibióticos no
orgânica inadequada à agressão anestésico- tratamento da infecção intra-abdominal,
cirúrgica. A cirurgia pode ser com base em trabalhos clínicos e no
imunomoduladora, visto que controla o foco conhecimento da farmacocinética e do
de infecção, ou imunossupressiva, porquanto perfil de segurança dos antibióticos. Os
agride e diminui a reserva e a resistência da esquemas propostos estão expostos no
resposta imunológica do hospedeird65). Quadro2(69).Não se justifica um
Diversas tentativas de modular a resposta tratamento específico para cândida em
imune do paciente cirúrgico foram feitas na pacientes com peritonite secundária. Esta
literatura, porém na prática poucos podem, terapia está recomendada a pacientes
ainda, interferir nessa resposta, imunossuprimidos, portadores de
provavelmente por não se ter aprendido de peritonite terciária. Em relação ao
forma adequada o momento de cada uma Enterococcusnão se recomenda
das inúmeras variáveis que ocorrem na sepse tratamento específico quando se trata de
e na síndrome da resposta inflamatória uma infecção polimicrobiana de uma
sistêmica. Muito pelo contrário, o que se peritonite adquirida na comunidade.
obteve até o nosso atual estágio de Quando da identificação do Enterococcus
conhecimento é o aprendizado de como em um processo residual ou recorrente,
interferimos de modo inadequado na deve-se garantir um tratamento ativo
cicatrização dos tecidos, com a seleção de contra esse patógeno(68).
bactérias multirresistentes pelo uso Não se justifica antibioticoterapia por
inadequado de antimicrobianos, e de como período prolongado. Após a remoção do
utilizamos de modo inconseqüente foco infeccioso, a antibioticoterapia deverá
dispositivos invasivos pelo emprego de ser mantida até que o paciente apresente:
técnicas cirúrgicas inadequadas para o - normalização do leucograma por mais
controle do(s) foco(s) de infecção(66). de 48 horas;
Contudo a diminuição da mortalidade de - ausência de picos febris por mais de 48
pacientes cirúrgicos não foi desprezível na horas; J
última década, devido à maior utilização - ausência de anorexia;
desse conhecimento, havendo, porém, - nível de consciência restabelecido.
claramente, a indicação de uma longa A utilização inadequada de antibióticos,
estrada ainda a ser percorrida. Baue, Faist e principalmente nesse tipo de paciente, L
Fry consideram(67)que, "ao alcançarmos o pode determinar infecção por patógenos
milênio, nós reconhecemos a distância entre multirresistentes e liberação maciça de
nosso conhecimento científico do processo endotoxinas. A liberação de endotoxinas
biológico e a capacidade limitada de tratar determinada pela ação de antibióticos
nossos pacientes. Nossa ciência é forte. A está relacionada com um aumento da
biologia molecular é poderosa, mas nossa mortalidade e deve ser considerada na
capacidade terapêutica é mais fraca e escolha do esquema terapêuticoUQ,71).
limitada"
. Novos esquemas antimicrobianos têm sido
'I
:~

Esquemas antimicrobianos propostos tentaremosapresentar uma classificação


para infecção intra-abdominal etiológica práticaque inclua todos os
aspectosda doença. Procuramosusara
Peritonite primária classificaçãoadotada por Wittmann(50),que
Cefotaxima estáexpostano Quadro 3. Asinfecções intra-
Ciprofloxacina
abdominaispodem serclassificadasem:
- peritonite primária;
Peritonite adquirida na comunidade, - peritonite secundária;
de leve a moderada - peritonite terciária;
- abscessointra-abdominal.
Monoterapia
Sulbactamj ampicilina
Cefoxitina Peritonite primária
Cefotetam Também chamado de espontâneo, esse
Cefmetazol tipo de peritonite sedá atravésde
Tirarcilina __ ácidoclavulânico
contaminaçãopor via hematogênica,
linfáticaou transmural (translocação
Rrtapenem
bacteriana)(72).
As bactériasmais
Combinação de antibióticos envolvidas na peritonite primária são
Aminoglicosídeo + metronidazol
coli,Klebsie/la,Streptocaccus
Escherichia
pneumoniae, estreptococos alfa-
Peritonites graves com possibilidade de hemolíticos, estreptococos do grupo D e
resistência bacteriana
outros tipos de estreptococos. Não há
Monoterapia evidênciade que os anaeróbios
Carbapenem
participem da patogênesedesse tipo de

Imipenemjcilastatina oumeropenem
peritonite.Algumas situações clínicas '"
Piperacilinaj tazobactam
estão a ele associadas, principalmente a '-
'51
2
cirrose,a tuberculose e as diálises O
Combinação de antibióticos peritoneais. A importância de diferenciar EQ)

Metronidazol + cefalosporina de terceira as peritonites reside basicamente na V>


o
u
geração (ou cefepima) escolha do tratamento a ser ministrado ao '';::;
'o
Clindamicina + aztreonam 15
paciente. Pacientes com peritonite '+:;i
C
«
Ciprofloxacina +metronidazol primárianão têm indicaçãocirúrgicae Q)
"
necessitamde um tratamentovigorosoà o
V>
Adaptado de NATHENS,A. B.; ROTSTEIN,O. D. basede antibióticosque cubram os ::>
Antimicrobial therapy for intraabdominal infection. Am J patógenos envolvidos e isolados através
Surg, v. 172, p. 15-65, 1996. de culturas.Nessetipode pacientedeve-
se evitar a antibioticoterapia empírica(72).
avaliados, com promissores resultados Uma maneira prática de fazer esse
iniciais, como nas infecções estafilocócicas diagnósticoé a realizaçãode um teste de
multirresistentes (teicoplasmina, gram do líquido peritoneal. A presença de
quinupristim, oxazolidina), nas flora polimicrobiana fala a favor de uma
monoterapias (ertapenem) e com novas e peritonite secundária, e o paciente deve
potentes fluoroquinolonas. ser tratado de acordo. Caso a leitura da
lâmina mostre apenas um tipo de
Controle do foco infecciosoe da bactéria, consideramos uma peritonite
doença de base bacterianaprimária.O agente etiológico
Paramelhorestruturaro manejodiretodo das peritonitesprimáriasmudou com o
focoinfectantesefaznecessárioclassificar
as passar dos anos. Nos pacientes cirróticos,
infecçõesintra-abdominais,
de modoa as bactérias mais freqüentes passaram a
compreender seumecanismo deatuação. ser as coliformes, especialmente a E.cali,
Nenhumaclassificaçãoé perfeita,mas dificultando ainda mais a diferenciação

II
das peritonites secundárias. A ascite dos (Child C que apresentaram hemorragia
pacientes cirróticos apresenta forte digestiva). Em estudo utilizando-se
predisposição à infecção, pois tem baixa norfloxacina 400mg/dia, reduziu-se a
concentração de proteínas e do sistema probabilidade de recorrência de
de complemento, o que dificulta o peritonite espontânea de 68% para 20%
mecanismo de opsonização e, ao ano(74).A peritonite espontânea
conseqüentemente, o de fagocitose. A decorrente de diálise peritoneal em
despeito dos avanços da regime ambulatorial é mais freqüente nos
antibioticoterapia, a mortalidade desse pacientes com doença renal em estágio
tipo de paciente permanece elevada, avançado, e estima-se que cada um
decorrente, na maioria dos casos, de dessespacientes desenvolveu 1,3
falência hepática. Aqueles que episódio de peritonite por ano(7S).Os
sobrevivem ao primeiro episódio de agentes etiológicos mais freqüentes são
peritonite primária têm ainda uma alta os gram-positivos, e em cerca de 5% dos
probabilidade de desenvolver episódios casoshá envolvimentode Pseudomonas.
recorrentes (69% ao ano)(73),alémde Na presença de Pseudomonasfaz-se
sobrevida menor em comparação com necessáriaa retirada do cateter. A
um grupo de pacientes cirróticos que não peritonite primária em decorrência de
apresentaram peritonite. No que diz tuberculose tem aumentado sua
respeitoà prevenção de episódios de incidência na última década,
peritonite primária em pacientes principalmente após o crescimentoda
cirróticos, têm sido propostos alguns prevalência de pacientes portadores do
esquemas de descontaminação do tubo vírus HIV. O tratamento consiste na
digestivo em pacientes de alto risco administração de drogas

,ti Classificação das infecções intra-abdominais

Tipo Exemplo

Primário Peritonite espontánea


Peritonite em pacientes em diálise peritoneal
Peritonite tuberculosa e outras peritonites granulomatosas

Secundário Peritonite supurativa aguda


- perfuração do trato gastrintestinal
- isquemia intestinal
- pelviperitonite
Peritonite cirúrgica
- deiscência de anastomose I
-lesão iatrogênica I

_.decorrente de contaminação transoperatória


Peritonite traumática
- decorrente de traumas abdominais
- decorrente de ferimentos penetrantes

Terciário
Outras formas

Peritonite sem evidência de patógenos


L
Peritonitepor fungos
Peritonite por bactérias pouco patogênicas

Abscesso intra.abdominal Associado com peritonite primária


Associado com peritonite secundária
Órgão isolado
Múltiplos órgãos
1 .-----
I

tuberculostáticas. Em crianças, os agentes nas peritonites difusas, com instabilidade


etiológicos mais freqüentes são os cocos do paciente, focos necróticos
gram-positivos, particularmente o secundários, isquemia tissular e falta de
Streptococcuspneumoniae e o controle do foco.
estreptococo do grupo A. As
cefalosporinas de terceira geração, como Perítoníte terciária
a cefotaxima, são atualmente A peritonite terciária, inicialmente descrita
consideradas os antibióticos de escolha por Rotstein e Meakins(73),é definida
para a peritonite primária. como processos infecciosos do abdome
A utilização de irrigação peritoneal com em que a deficiência dos mecanismos de
antimicrobianos, em associaçãocom a defesa do paciente e a falta de controle
li'
antibioticoterapia venosa, tem gerado do processo infeccioso determinam uma
polêmica. Sabe-se,porém, que o peritonite difusa persistente. A
antibiótico parenteral possui níveis séricos abordagem clínica desse tipo de paciente
e peritoneais adequados, não sendo, é bastante complexa e desapontadora, Os
portanto, justificativa para a diálise procedimentos terapêuticos disponíveis
antimicrobiana. não conseguiram reverter a mortalidade.
Atualmente recomenda-se o mesmo tipo
Peritonite secundária de manejo adotado nas peritonites
É a forma mais freqüente de peritonite, e secundárias, associado a
merecerá uma seção à parte. É definida imunomodulação e manipulações
como um processo infeccioso do medicamentosas.
peritônio causado por uma patologia
intra-abdomínal
intra-abdominal, podendo ser primária
dos órgãos abdominais, decorrente de
Abscesso
Abscessointra-abdominalé sinônimode G
.~
procedimentos cirúrgicos ou, ainda, de drenagem.A drenagemdo abscesso ;:!>
traumatismos abdominais. 2
cavitáriopoderáserfeita de maneira O
A abordagem do paciente com peritonite percutâneaou aberta.Analisando-seos E
Q)
secundária é sempre cirúrgica. Os tipos de drenageme correlacionando-os Ô
V
objetivos da cirurgia devem incluir: com o escoreApache11,não houve \:g
:.õ
- eliminar o foco contaminante; diferençaem pacientescom baixo risco '';::;
c
- remover fontes secundárias de «
de mortalidade.No entanto, em Q)
-o
contaminação; pacientesgraves,com elevadosescores oV>
- drenar abscessosestabelecidos; :J
Apache11,melhoresresultadosforam
- lavagem intensa da cavidade; conseguidosquando o abscessofoi
- fechamento primário da fáscia. tratado de maneiraaberta(77).
Associam-se
Nos casosde peritonite secundária excelentesresultadoscom a drenagem
adotamos a conduta de indicar percutâneaquando algunsrequisitos
relaparotomias programadas, a cada 48 estãopresentes(78):
horas, até que a cavidade se apresente - coleçãolíquidaunilocularbem
sem sinais macroscópicos de infecção. A estabelecida;
partir desse momento, adotamos a - rota de drenagembem estabelecida;
conduta de relaparotomias por demanda, - materiaise equipamentosadequados, -
com base na deterioração do quadro A drenagemcirúrgicaestaria,portanto,
clínico e/ou laboratorial(49,76). indicadaem:
A peritoniostomia constitui uma indicação - falha da drenagempercutânea;
de exceção. Podeacarretar dano à evolução - abscessosmúltiplos;
do paciente e necessitater seu benefício - abscessos associadosa patologias
claramente estabelecido.Estáindicada na abdominaise a fístulas.
impossibilidade de fechamento primário da O importante, porém, é que a drenagem
cavidade abdominal, nas etiologias fecais e sejaefetiva.
Referências 14. ALBANESE, C. T. et ai. Roleof intestinal
mucusin ransephitehalpassageof bacteria
1. FEDERAÇÃO LATINO-AMERICANA DE v.116,p. 76,
acrosstheintactin vitro.Surgery,
CIRURGIA (FELAC). Antimicrobianos: 1994.
antibióticosprofiláticos.In: FELAC.Feridae 15. ALBANESE, C. T. et ai. Effectof secretory
infecçãocirúrgica. Bogotá,Colômbia,2001. IgA on transephithelialpassageof bacteria
p. 337-47. acrosstheintactileuminvitro.IAm (011Surg,v.
2. BONE,R.C. Systemic inflammatory response 179, p. 679, 1994.
syndrome: a unifying concept of systemic 16. CECH,A C.etai.Glucocorticoid receptor
inflammation. In FEIN,A M. et ai. Sepseand blockade reversespostinjury macrophage
multiple organ failure. Baltimore: Williams & suppression. ArchSurg,v.129,n. 12,p. 1227-
Wilkins,1997. 32, 1994.
3. MANNICK,J.A; RODRICK, M. L.;LEDERER, 17. DHABHAR, F.S.etai.Effects of stresson
J. A The immunologic response to injury.I. Am immune cell distribution: dynamic and
(011Surg, v. 193, p. 237-44, 2001. hormonal mechanisms.I Immunol, v. 154, p.
4. FRY,D. E. Systemic inflammatory response 5511, 1995.
and multiple organ dysfunction syndrome: 18.COX,G.Glucocorticoid treatmentinhibits
biologicdomino effect. In: BAUE,A E.; FAIST, apoptosisin humanneutrophils:separationof
E.; FRY; D. E. Multiple organ failure: survivaland activationoutcomes.I Immunol,v.
pathophysiology,prevention and therapy. New 154, p. 4719, 1995.
York:Spring-Verlag, Inc., 2000. 19. BERG,R.D.;WOMMACK, E.;DEITCH, E.A
5. FRY,D. E.etai. Multiple system organ failure: Immunossupression and intestinalbacteria
the roleof uncontrolledinfection.Arch Surg, v. overgrowthsynergistically promotebacterial
115, p. 136-40, 1980. translocation. ArchSurg,v.123,p.1359,1988.
6. FRY,D. E.;GARRISON,R.N.; WILLlAMS,H. 20. FERRAZ,E. M; FERRAZ,A. A. B.
C. Patterns of morbity and mortality in Antibioticoprofilaxia. In: FERRAZ,E. M. Infecção
splenectomy for trauma. Ann Surg, v.46, p. 28- emcirurgia.RiodeJaneiro:Medsi,1997.
32, 1980. 21 . WELLS, C. L. et ai. Role of anaerobic flora in
7. GENNARI,R. et aI. Effectsof antimurine the translocation of aerobic and facultativelly
interleukine-6on bacterialtranslocationduring anaerobic intestinalbacteria. Infed Immun, v.
gut-derivedsepse. ArchSurg,v.129,p. 1191- 55, p. 2689, 1987.
7, 1994. 22.FINK,M.P.lntestinalmucosahyperpermeability
8. SIMMS,H.H;D'AMICO,R.Poymorphonuclear in criticalillness.New York:Springer-Verlag,1996.
leukocytedisregulationduring the systemic 23. ZIEGLER,T. R.Molecularmechanisms of
inflammatoryresponsesyndrome. BloOO,v.83, intestinal injury, repair and growth. In:
p. 1398-407,1994. ROMBEAUN,J.L.;TAKALD,J.Gutdysfunction
9. PATEL, R.T.etal.lnterleukin-6 isaprognostic in criticaliIIness.New York: Springer-Verlag,
indicatorofoutcomeinsevereintra-abdominal 1996.
sepse.BritI Surg,v. 81, p. 1306-8, 1994. 24. OFFNER,P.J.; MOORE,E.E. Riskfactors for
10.FINE,J.etai.Thebacterial
factorintraumatic MOF and pattern of organ failure following
shock. N Engl I Med, v. 260, p. 217-20, 1959. severe trauma. In: BAUE,A E.; FAIST,E.; FRY,D.
J.W.et ai. Hemorrhagicshock
11. BAKER, E. Multiple organfailure:pathophysiology,
induces bacterial translocationfron the gut. I prevention andtherapy.NewYork:Springer-
Trauma,v. 28, p. 896-906, 1988. Verlag,Inc.,2000.
12. SORI,A J.etai.Thegutasasourceofsepse 25. SAUAIA, A etai.Multipleorganfailurecan
afterhemorrhagicshock.AmI Surg,v.155,p. bepredictedasearlyas12hoursafterinjury.I
187-92, 1988. Trauma,v.45, p. 291-303,1998.
13. COUTINHO,H.B.et ai. Intra-abdominal 26. MORRISJR., J. A; MACKENZIE,E. J.;
sepse:an immunocytochemical studyof the EDELSTEIN, S. L. The effect of preexistent
small intestine mucosa.I ClinPath,v. 50, n. 4, conditionson mortality in traumapatients.
p. 294-8, 1997. lAMA,v. 263, p. 1942-6, 1990.
'.
I

27. SAUAIA,A. et ai. Early predictors of 41. KNAUS,W. A. et ai. Apache: acute
postinjurymultipleorganfailure.ArchSurg,v. physiologyand chronichealthevaluation:a
129,p. 39-45,1994. physiologicallybasedclassification system.Crit
28. TARTTER,P. I. The association of CareMed,v. 9, n. 8, p. 591, 1981.
periioperativebloodtransfusion withcolorectal 42. CHAMPION, H. R.; SACCO, W. J.
cancerrecurrence. AnnSurg,v. 216,p. 633-8, Measurements of patientiIInessseverity.Crit
1992. CareMed,v. 10,p. 552,1982.
29. MICKLER,T. A.; LONCNECKER, D. E. 43. KNAUS,W.A et ai. Evaluatingoutcome
The immunosuppressiveaspect of blood from intensive care: A preliminary
transfusion.J IntensiveCareMed, v. 7, p. multihospitalcomparison. CritCareMed,v.10,
176-88, 1992. p. 491, 1982.
30. EDNA,T. H; BJERKESET, T. Association 44.KNAUS, W.A etai.Apache11: aseverityof
betweenblood transfusionand infectionin diseaseclassificationsystem.CritCareMed,v.
injuredpatients.JTrauma, v.33,p.659-11,1992. 13,n. 10,p. 818,1985.
31. STACK,C.; SNYDER,E. L. Cytokine 45.TURNER, J.S.etai.Acutephysiologyand
generationin stored platelet concentrates. chronichealthevaluation(Apache11)scoring
Transfusion,
v. 34,p. 20-5,1994. inacardiothoracic intensivecareunit.CritCare
32. MOORE,F.A; MOORE,E.E.;SAUAIA, A Med,v. 19,n. 10,p. 1266,1991.
Bloodtransfusion: anindependentrisckfactor 46. CIANCIULlANI, C.; MANCINI,A CUI,D.
for postinjurymultipleorganfailure.ArchSurg, Validationofaseverityof illnessscore(Apache
v. 132,p. 620-5,1997. 11)in a surgicalintensivecareunit. Intensive
33. SORENSESN, T. I. et ai. Cenetic and CareMed,v. 15,n. 8, p. 519, 1989.
environmentalinfluences onprematuredeath 47. ARRECUI,L. M. et ai. Comparisonof
in adult adoptees. New EnglJMed,v. 318,p. disease severityscoringsystems insepticshock.
727-32,1988. CritCareMed,v. 19,n. 9, p. 1165,1991. '"
34. WESTENDORP, R. C. et ai. Cenetic 48. CHRISTOU, N. V.et ai. Surgicallnfection .Õ'\
influence on cytokine production in Society intra-abdominal infection study: 2
O
meningococcaldisease.Lancet,v. 349, p. prospective evaluation of management E
Q)
1912-3,1997. techniquesand outcome.ArchSurg,v. 128, V>
ou
35. BEL,E. E.; CORIS,R. J. A. Systemic n. 2, p. 193-8,1993. +:i
'o
Inflammation after trauma, infection and 49. FERRAZ,A. A. B.; FERRAZ,E. M. 15
0'ê
cardiopulmonarybypass:isautodestruction a Abordagemcirúrgicadasepseabdominal.In: «
"OQ)
necessary evil?In: BAUE,A E.;FAIST, E.;FRY, PETROIANU, A Terapêutica cirúrgica.Riode oV>
D. E.Multipleorganfailure:pathophysiology, Janeiro:CuanabaraKoogan,2001.p. 640-5. ::>
preventionandtherapy.NewYork:Springer- 50. WITTMANN,D. H. Tratamentocirúrgico
Verlag,Inc.,2000. dasperitonites.In:FERRAZ, E.M. Infecção em
36.ELEBUTE, E.A; STONER, H.B.Thegrading cirurgia.RiodeJaneiro:MEDSI,1997.p. 387-
of sepse.BrJSurg,v. 70,p. 29, 1983. 420.
37. DOMINIONI,L. et ai. Sepsescoreand 51.MARSHALL, J.c.; NATHENS, A B.Multiple
acute-phase proteinresponse aspredictorsof organdysfunctionsyndrome.In: WILMORE,
outcomeinsepticsurgicalpatients.ArchSurg, D.W.etai.ACSsurgery:principies& practice.
v. 122,p. 141,1987. WEBMDCorporation,2001.p. 1473-94.
38. STEVENS, L. E. Caugingthe severityof 52. FONC,Y.;LOWRY, S. Cytokinesand the ---
surgicalsepse. ArchSurg,v.118,p. 1190,1983. cellularresponseto injury and infection.In:
39.STEVENS, L.E.etai. Fibronectinin severe MEAKINS (ed.).Surgicalinfections.
NewYork:
sepse.SurgGynecolObstet,v. 162, p. 222, ScientificAmericanInc., 1994.p. 65-86.
1986. 53. FAIST,E. et ai. Functionalanalysisof
40. SKAU, T.;NYSTROM,P.O.; CARLSSON, monocyte(MO)activityviasynthesis patterns
C. Severity of illness in intra-abdominal of interleukin 1, 6, 8 (IL-1,IL-6,IL-8)and
infection.A comparisonof two indexes.Arch neopterin (NPT) in surgical intensivecare
Surg,v. 120,n. 2, p. 152,1985. patients.Surgery, v.9, p. 562-72,1992.
54. FORSE,R.A Omega 3 PUFA.JIntensive 68. FEDERAÇÃOLATINO-AMERICANADE
Care Med,v. 20, n. 1, p. 134, 1994. CIRURGIA. Antimicrobianos: antibióticos
55. BROWDER,W. et ai. Beneficial effects of profiláticos. In: FELAC.Feridae infecção cirúrgica.
enhance macrophage function in the trauma Bogotá, Colômbia, 2001. p. 397-416.
patient. AnnSurg,v.211, n. 5, p. 605-13,1999. 69. FERRAZ, E. M. et ai. Estudo comparativo
56. BITTINER, S. B.et ai. Effectsof manipulation randomizado aberto para avaliação do uso da
of dietary fatty acids on clinicalmanifestation of cefepima versus ceftriaxona em pacientes
rheumatoidarthritis.Lancet,v.1,p. 184,1988. portadores de infecção intra-abdominal. Arq Bras
57. WILMORE,D. W. Role of glutamine. J Med, v. 72, n. 4, p. 1-5, 1999.
Intense Care Med,v. 20, n. 1, p. 133, 1994. 70. MUSTAFA,M. M. et ai. Modulation of
58. STUEHR,D. et ai. Activated murine inflammation and cachectin activity in relation
macrophages secrete a metaboliteofarginine to treatment of experimental Haemophilus
with the bioactivityof endothelium derived influenzaetype b meningitis.JInfectDis,v. 160,
relaxingfactorand chemicalreactivityof nitric n. 5, p. 818-25, 1989.
oxide. J Exp Med, v. 169, p. 1011, 1989. 71. MOCK, C. N. et ai. Clinical significance of
59. BARBUL,A. Arginine: biochemistry, antibiotic endotoxin-releasing properties in
physiologyand terapeutic implication.JPEN, trauma patients. ArchSurg,v. 130,n. 11, p. 1234-
v.l0,p.227-38,1986. 40, 1995.
60. BARBUL,A. et ai. Arginine stimulates 72.FRY,D.E.Pathophysiologyof peritonitis.In:
Iymphocite immune response in healthy FRY,D.E.Peritonitis.
NewYork:FuturaPublishing
humans. Surgery, v.90, p. 244-51,1981. Company,Inc.,1993.
61. BARBUL, A; KIRK,S. J. Roleof arginine in 73. ROTSTEIN,O. Peritonitis and intra-
trauma,sepseand immunity.JPEN,v. 14, p. abdominal abscesses. In: MEAKINS, J. L. Surgical
226S-229S, 1990. infections:diagnosisand treatment. New York:
62. ALEXANDER, W. Can nutrition influence ScientificAmericanMedicine, 1994.
translocation? The effect of nutrition on 74. GINES, P.; RIMOLA, A.; PLANAS, R.
translocationand host defense.JIntensiveCare Norfloxacin prevents spontaneous bacterial
Med, v. 20, n. 1, p. 134, 1994. peritonitisrecurrencein cirrhosis:resultsof a
63. HORN,J. K.Origem da sepse. In:FERRAZ,
E. doubleblind placebo-controlled trial.Hepatology,
M. Infecçãoem cirurgia.Riode Janeiro:Medsi, v. 12, p. 716, 1990.
1997. 75.WITTMANN, D.H.lntra-abdominalinfections:
64. FAIST,E.;BAWE,A E.Imunoconseqüências pathophysiologyand treatment. New York:
do trauma, do choque e da sepse: mecanismos Hoechst,1991.
e abordagens contra-reguladoras. In: FERRAZ, 76. ADEODATO, L. c. L.; PAGNOSIN,G.;
E.M. Infecçãoemcirurgia.Riode Janeiro:Medsi, E.M.Relaparotomiasprogramadas.In:
FERRAZ,
1997. FERRAZ,E.M.lnfecção em cirurgia. Riode Janeiro:
65. MEAKINS,
J. L.Surgicalinfectionsin critical Medsi, 1997. p. 441-68.
caremedicine.New York:Churchill Livingstone, 77. LEVISON,M. A; ZEIGLER,D. Correlationof
1985. Apache 11 score, drainage technique and
66. CONDON, R. E. Infecções cirúrgicas nos outcome in postoperative intra-abdominal
hospedeiros comprometidos. In: FERRAZ,E.M. SurgGynecolObstet,v.172,p. 89-94,
abscesso
Infecçãoemcirurgia.Riode Janeiro:Medsi,1997. 1991.
67. BAUE,A E.;FAIST,E.; FRY,D. E. Multiple 78. FERRAZ, E. M.; FERRAZ, A A B. Abscessos
organ failure:pathophysiology,prevention intra-abdominais.In: COELHO,J.C.U.Aparelho
and therapy(Preface).New York:Springer- digestivo:clínicaecirurgia.Riode Janeiro:Medsi,
Verlag,Inc., 2000. 1996. p. 1547-57.

1
Questões
sobresepseabdominal

Qual a definição de sepse abdominal?

Qual a duração da antibioticoterapia na sepse


abdominal?

Como podemos classificar as infecções intra-


abdominais?

Quais var~áveis fisiológicas participam do


Apache lI?
'"
ê'
2
Qual a definição de peritonite terciária? o
E
Q)
Ô
v
Qual o esquema antimicrobiano de escolha para o ';g
:.o
.~
c
tratamento de uma peritonite primária? «
Q)
-o
oV>
::J
No tratamento da sepse intra-abdominal, que
medida, isoladamente, mais influi na redução da
mortalidade?

Quais requisitos aumentam a eficácia do


tratamento percutâneo de um abscesso intra-
abdominal?
1....-

No tratamento cirúrgico da peritonite secundária, ..

quais os princípios que devemos buscar?

Quais os princípios do manuseio da sepse


abdominal?
Respostasdo
fascículoanterior:
antibioticoterapia em cirurgia

Letras e, f, g, i.

Os princípios da utilização adequada da antibioticoterapia encontram-se


fundamentados em evidências registradas na literatura. O princípio
fundamental é a escolha adequada da droga a ser utilizada, com base em
informações da literatura, espectro, toxicidade, duração farmacocinética,
especificidade do caso e custo. O momento da administração é o da
indução anestésica, e a duração, o período da operação, suspendendo-se a
antibioticoterapia imediatamente após o término da cirurgia, ou, em
casos especiais como a presença de fatores de risco ou trauma,
estendendo-se o procedimento por 24 a 48 horas.

Letra d.

Letra a. I
I
I

L
F, v, F, F, F.

Letra c.
,... .,
,... ....1"'",...
.,.,
...
,... ,....
ooj
,:.

J 2 3

Eficáciaem diversosgruposdepacientes',
~ .;gL>
~~_..::E:::---
SoIxebolsu
protetora
c: Pocientescom infeccões ~~-==-:.::==
~~~..: =::
resistente

presumidosou docúmentodos ~~~~__~=I::=


,.-

c:. -> Bolsaflexível


Neutropênicose nõo-neutropênicos
c.. Profiloxioempocientes
comcôncer Tubo
para
-> conexão
doequipo
e receptores
demeduloósseo e lacreazulestéril

Zoltec., (fluconazoJ) é um agente antifúngico triazólico indicado para tratamento de criptococose e candidíase sistêmica ou de mUCOSB, em pacientes imunocomprometidos ou não, além de prevenir as recidivas da candidíase

~~f~~gi~~~e~~~:C;:~~~~~O~o~~~SmÚI~iS1~~e~~õfT~c~~i~~f~;~gg~egn(~~r~~~S~~S:;;:iS~~n~~~~~~:~~y~~~~ Sd~S~?i~~~i~~ ~a~b~~~o~g~~~~~~~~~~s


:~v:r~ê~~~~r ~op~~~~~n~ee~~ ~~~?eU~~Jse caO~-:~D~n~~~a~~~sc~~~fs~~~~g~n:

desenvolver reações cutâneas graves. ~aso ocorra rash cutâneo, o medicamento deve ser descontinuado e a terapia posterior com este ~ente, desconsiderada. Têm sido ogservados raros casos de toxicidade hepática grave,
~~~:~~~~~f:n~:~~~:~l~i~ocs~~e~~~~~~e~~i~;s~:~~og~~~~a)~;~~~~n~~t~éi~e;~r~~~i~iJ~o~lgr~~~~â~~i~~r;í~a~ori:~~~~rn~~C~I~:~0~~a~~~~filin~~~e~~~~~~:~~i1~~ug~~~7~~r~I~~~i~e~i~O~~~~~?~ou~~t~r:YI~~~n~:~i~~~;~~~~~:~

a~~~~;;b::v~~;ac~:m~~un~::e~~~ :;~~~fno~l,o~i~r~~~s ed~~~~I~~::~~~z;~~; ~:~~I~:~~e~~h~~i~~~~~~~~~lfa~i~;;~:e~ef~,idc~~~~f;õ~~~ele~~~~~~~~~~O~b~~~O~~~~~~r~~~~a c~n~~~~~~~:dtê~~i~~c;:I~\~~~~~~~~~~o of~~~~~:~~i


também toxicidade hepática, incluindo raros casos de fatalidades, elevação dos níveis de fosfatase alcalina, bilirrubina, TGO e TGP. Outras reações foram observadas no período pós-comercialização (vide bula completa do
produto). Posologla: Adultos: meningite criptocócica e infecções por criptococos: 400 mg no 10 dia, seguidos de 200-400 mg em dose única diária; a duração do tratamento dependerá da resposta clínica. Prevenção de recidivas de
meningite por criptococos em pacientes com AIDS: Zoltece pode ser administrado em doses diárias de 200 mg por período indefinido. Candidemia, candidíase disseminada ou outras infecções invasivas por Candida: 400 mg no 10

~::rf:a~i~~~ed~ ~0104~Pa~.iC:n~~~~eseD~~~~1~~~~ ~~:~~Pa~~~ cci~~~:d~r~~:s~d~~e es~rd~~~~~k~adrár~: ~~?a~~ ~~~i:~.aE~~~:g~~,~~f~~~~~seg~~;c~~~f~~~a~;:ensfoof~~a~:~~~ae~:~~\~~rf:: ~~~~~~~~~~ ~~~~i~r~~~ ~~~:n~~i~:
a 30 dias. Prevenção de reincidência de candidíase orofaríngea em pacientes com AIDS: Zolteç8 pode ser administrado em dose única semanal de 150 mg. A dose recomendada de Zolteç8 para prevenir a candidíase é de 50 a 400
mg em dose única diária, baseada no risco do paciente de desenvolver infecção fúngica. Para pacientes com alto risco de desenvolver infecção sistêmica, a dose recomendada é de 400 mg em dose única diária. Crianças:
Candidíase de mucosa: 3 mglk~ diariamente. Uma dose de ataque de 6 mWk~ pode ser utilizada no primeiro dia para alcançar os níveis de steady state mais rapidamente. Candidíase sistêmica e infecções criptocócicas: 6-12
mglkgldia, dependendo da gravidade da infecção. Prevenção de infecções funglcas em pacientes imunocomprometidos considerados de risco como conseqüência de neutropenia após quimioterapia citotóxJca ou radioterapia: 3-12
mglkgldia, dependendo da extensão e da duração da neutropenia induzida. Crianças com menos de 4 semanas de idade: Nas duas primeiras semanas de vida, a mesma dose em mgtkg recomendada para crianças mais velhas
pode ser adotada, mas administrada a cada 72 horas. Da 2a - 4 semana de vida, a mesma dose deve ser administrada a cada 48 horas. Pacientes com Insuficiência Renal: consultar a bula completa do produto. Superdosagem:
medidas de suporte,
mg e 100mg em embalagens
lavagem gástrica e diurese
com 8 unidades
forçada ou hemodiálise
e solução
l
podem ser utilizadas.
in 'etável para infusão intravenosa
Instruções
com 100 mL (2mglmL)
e cuidados especiais
apresentada
antes da administração:
em bolsa plástica (Sistema
Consultar
Viaflex").
a bula completa
USO ADULTO
do prod~to. Apresentações:
E PEDIATRICO. VENDA
Cápsulas
SOB PRESCRIÇAO
de pO
.,
MEDICA. Para maiores informações, consulte a bula comp eta do produto (ztc02a). Documentação cientlfica e informa9ões adicionais estão à disposição da classe médica mediante solicitação. Laboratórios Pfizer Ltda., ~ua
Alexandre Dumas, 1860 - Chácara Santo Antônio, São Paulo - SP - CEP: 04717-940. Tel.: 0800-167575 - Internet: www.pflzer.com.br.ZolteceReg.MS -1.0216.0044

Referências bibliográficas: -
1 Winslon DJ, Halhorn JW, Schusler MG, Schiller GJ, Terrilo MC. Am J Med. 2000;108:282-289.
Med. 1994;331 :1325-1330. 3-Anaissie EJ, Darouiche RO, Abi-Said D, elal. Clin Infecl Dis. 1996;23:964-972.
2 - Rex JH, Bennett JE, Sugar AM, el ai. N Engl J

Para maiores informações


consulte o documento do produto.
.. -'Antiinfectivos
DOCUMENTAÇÃO
& INFORMAÇÃO
Sistema Viaflex. - Marca Registrada
em nome de Baxter Intemationallnc.
-,;"'ww.infectomed.come Laboratórios Pflzer Ltda.
MIliDICA R. AlexandreDumas. 1.860- SAoPaulo - SP - CEP04717.904
CNPJ 46.070.868/0019-98 C Copyrighl Laboratórios Pfizer Lida. 2002
0800-167575 TOdos os direitos reservados
_.pflzer.com.br
Existem situações em que o
- fundamental
,
e vencer a RESISTENCIA

1M/IV
ORAL

d a Resistência Ba~ter.ian
·
·
Simplifica a escolha, podendo ser
utilizadoem vários tipos de infecção
Permite a terapia seqüencial,
por estar disponível nas
apresentações injetável e oral
de uso

-. __- UNASYN.
315m,

.
2 x/dia

Unasyn08lnjetável é a associação de sulbaclam, um iníbidor das beta-Iactamases. e ampicilina. Ê indicado em infecções comunitárias causadas por bactérias suscetíveis aeróbias e anaeróbias, produtoras ou não de bela.lactamases, tais como infecções
do trato respiratório, trato urinário, infecções intra.abdomíl'lais incluindo peritonite, coIecistite, endometrite e celulite pétvica, septicemia baeteriaoa, infecções da pele e tecidos moles, infecções do osso e articulações e infecções gonoc6cicas. Pode ser
administrado no peri-operatório e no trabalho de parto ou cesárea na profilaxia de infecção pós-operalória. Unasyn<8 ora' é um medicamento à base de sultamicilina, que por sua vez é uma pr~roga
lactamases, e ampicilina. Ê indieado em infecções causadas por microrganismos suscetlveis. As indicações mais comuns
da associação de sulbaetam,
são sinusite, olite mêdia e amidalite; pneumonia bacteriana e bronquite; infecções do trato urinário e pielonefrite; infecções da pele
um inibidor das bela. c
'O
e tecidos moles e infecções gonocócicas. UnasytW) oral pode ser indicado também em pacientes que requeiram terapia com sulbactamlampicilina, após tratamento inicial com UnasytW) injetável. ContnHndicaç6ea: pacientes com hiStória de reação U
alérgica a penicilinas ou a qualquer componente da fórmula. Advertências e Precauções: reações graves e ocasiooalmef'lte fatais de hipersensibilidade têm sido reportadas em pacientes sob terapia com penic:ilinas. Antes da terapia com penicilinas, .....
cuidadosa pesquisa deve ser feita a respeito de prévias reações de hipersensibilidade. Aeações anafiláticas graves requerem tratamento de emergência com adrenalina. Unasyn03 injetável e oral não deve ser utilizado 1'"10tratamef'lto de mooonuclOOse <
infecciosa, por essa ser de origem vira!. Uso durante a gravidez e lactaçlo: A segurança para uso de UnasytW) oral e injetável durante a gravidez e IactaçAo não foi estabelecida. Uso em crianças- Unas~.oraf. Devido a função renal não estar z
completamente desenvolvida em neonatos, isto deve ser considerado quando se utilizar a sultamicilina nestes pacienles. Interações Medicamentosas: alopurinol, anticoagulantes, ciofanfenicol, eritromicina, suUonamidas, tetraciclinas, contraceptivos orais
:E
contendo estr6geno, metrotexato, probenecida, aminoglicosldeos e interaç6es nos testes laboratoriais. Reações adversas..tJntiyD8~ reação no local da aplicação ou nebite; reação anafilact6ide, choque analilático, raros relatos de convulsão,
náusea, vômito, diarréia, cotite pseudomembranosa, rash, prurido, outras reaçãoes cutãneas, raros retatos de slndrome de Stevens-Johnson, necrose epidérmica, eritema multiforme, anemia, anemia hemolítica, trombocitopenia, eosinolilia e leucopenia
O
reverslveis; elevações transitórias de TGO e TGP, bilirrubinemia, função hepática anormal, icterfcia e raros casos de nefrite intersticlal. ~.IJmi: reação alérgica, choque anafilático, reação analilact6ide, tonl1Jra, diarréianezes amoIecidas, náuseas,
Q
CQ
vômitos, desconforto epigástrico, melena, dor/espasmo abdominais, dispnéía, rash, prurido, angioedema, dermatite, urticária, e raros casos de sonoIêncialsedação, ladigalmal estar e dor de cabeça (vida bula completa do produto). Posologia - JJaa~ <
iDk11áYJd:Uso em Adultos: a dose usual varia de 1,5 9 a 12 9 por dia em doses a cada 6 ou 8 horas ate a dose máxima diária de 4'g de sulbactam. Infecções menos graves podem ser tratadas a cada 12 horas. Na profilaxia de infecções cirúrgicas a dose w
de 1,5 a 3,0 9 deve ser administrada no inicio da anestesia. No tratamento de gonorréla não complicada, UnasynoS deve ser administrado em dose única de 1,5 g. Uso em recém-nascidos, primeira infância e crianças: a dose usual em crianças e '"
recém-nascidos é de 150 ~wdia, a cada 6 ou 8 horas. Em recém-nascidos durante a primeira semana de vida, a dose recomendada e de 75 ~Wdia, a cada 12 horas. ~~: Uso em adultos (incluindo pacientes idosos): a dose recomendada
""
W
é de 375-750 rng, duas vezes ao dia. O tratamento é administrado normalmente por 5 a 14 dias, mas pode ser estendido se necessário. No tratamento da gonorréia não complicada pode.se administrar 2,25 9 (seis comprimidos de 375 mg) de UnasynoS '"
como dose única. Concomitantemef'lte deve-se administrar 1,0 g de probenecída. Nos casos de quaisquer infecções causadas por estreplococos hemolíticos, recomenda-se tratamento por pelo menos 10 dias para prevenir a ocorrência de febre reumática u

.
ou glomerulonefrite. Uso em Crianças: a dose para a maioria das infecções em crianças pesando menos de 30 kg e de 25-50 mglkwdla de UnasynoS, dividida em duas doses orais depeodeodo da gravidade da infecção e avaliaçáo mêdica. Para ::E
crianças
pesando 30 kg ou mais, administrar a dose usual de adultos. Uso em pacientes com ~ renat. em pacientes com Insuficiência renal grave (ciearance de creatinina s: 30 mUmin), a dose de suttamid1ina deverá ser administrada com w
menor
freqUéncia, de acordo com a prática usual da ampicilina. Superdosagem: infonnaç6es relacionadas a toxicidade aguda são limitadas. Instruções para Admlnlstraçio: vida bula completa do produto. Apresentações - .tJntiyD8~: pó para 00
solução
injetável. 1,5 9 (O,5I1,Og) e Unasyrn!t 3,0 g (1,OI2,Og) em embalagens contendo 20 FA. ~1JfiJJ:
UnasytW) comprimidos revestidos de 375 mg, em embalagens contendo 10 unidades. PÓ para suspensão oral (250 mgI5 mL), em embalagens contendo O
1 frasco com 60 mL USO ADULTO E PEDlÁTRICO. VENDA SOB PRESCRIÇAO MÉDICA. Para maiores
N
informaçóes, consuhe as bulas completas do produto (un002c e uns03c). Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da O
classe médica, mediante solicitação. Laboratórios Pfizer LIda., Aua Alexandre Dumas. 1860 - Chácara Santo Antônio, São Paulo - SP - CEP04717-904 Tel.:0800-167575 - Internet: www.pfizer.com.br.Unasyn03Reg.MS - 1.0216.0052 Q
>-
::>

.
~r~~C.~~
~
'"
'~
~~ .~ ..
1
~

.
..~Antiinfectivos
-eWWW.intectomed.com..
laboratórios
CNPJ 46.070.868/0019-98
PlizerlIdo.
R. Alexandre Dumas, 1.860 - São Paulo - SP - CEP 04717.904
@ Copyright laboratórios Plizer lido. 2002
Todos os direitos reservados
www.pfizer.com.br
DOCUMENrAçALo
&INFORMAÇAO
ráDIcA
0800-167575

Potrebbero piacerti anche