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Pastoral de Liturgia e Canto da Arquidiocese de Maringá

ENCONTRO ARQUIDIOCESANO DE LITUGIA E CANTO


Dia 22 de setembro de 2018 – Auditório Dona Guilhermina

ENCONTRO ARQUIDIOCESANO DE LITURGIA E CANTO


CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DOS CANTOS PARA A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

1) CANTO LITÚRGICO
- Documentos da Igreja que devem nortear nossa caminhada: Constituição Sacrosanctum Concilium (SC), a
Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), Documento n. 7 e n. 43 da CNBB, Estudo n. 79 da CNBB.
- Canto Litúrgico: Um canto a serviço, mas a serviço de quem?
- Cantar a Liturgia: ajudar os celebrantes (todos) a celebrar; “servir à assembleia e não a indivíduos ou
tendências” (Estudo 79 n. 174);
- Música e o ser humano: induz sentimentos / cantar ao invés de falar / altura e volume / tonalidade / modos /
ritmos (Estudo 79 n. 238);
- Como se vê a “liturgicidade” do canto? A música será litúrgica “quanto mais intimamente estiver unida à
ação litúrgica” (SC112) – Sacramento, Rito, Tempo, Festa, Povo, local...
- Olhar a cultura do povo (Estudo 79 n. 179);
- Enraizar o canto novo e diminuir as variações (Estudo 79 n. 247);
- Ensaiar com o povo quando possível (Estudo 79 n.248);
- Comentários sobre o Hinário Litúrgico da CNBB.

2) A ORDEM DE IMPORTÂNCIA DOS CANTOS DA MISSA


- Quando a música é ritual, ou seja, quando o próprio rito e cantando (Ato, Glória, Santo...);
- Quando a música acompanha ou faz parte de um rito (Entrada, Apresentação das Oferendas,
Comunhão...);
- PRIMEIRO GRAU: Os diálogos entre o presidente e a assembleia ou entre outros ministros e a
assembleia (Orações, Aclamações, Diálogos das Leituras, Preces, Respostas da Oração Eucarística,
“Améns”);
- SEGUNDO GRAU: O primeiro + o Ordinário da Missa: Ato Penitencial, Glória, Creio, Santo e Cordeiro +
Salmo e Aclamação ao Evangelho (exceções);
- TERCEIRO GRAU: O primeiro + o segundo + o Próprio da Missa: Entrada, Comunhão, Apresentação das
Oferendas.

3) MOMENTOS LITÚRGICOS E CRITÉRIOS DE ESCOLHA


DIÁLOGOS, RESPOSTAS E ACLAMAÇÕES
Explicação Litúrgica - Os diálogos entre o presidente e a assembleia representam o diálogo entre
Cristo e sua Igreja, entre Cristo e sua esposa;
- O Cristo indaga à Igreja a confiança em sua Palavra;
- A Igreja confirma a sua adesão, respondendo-lhe firme e confiantemente;
- O presidente, em nome de Cristo, dirige preces ao Pai, e a Igreja confirma essa
oração com suas respostas e aclamações.
Comentários - A Igreja entende que se cantarmos as respostas e aclamações, induzimos mais
fortemente o sentimento de compromisso e adesão;
- O canto exige atividade, respiração, emissão, prontidão, força, atenção;
- Deste modo, uma possibilidade é se utilizar o canto gregoriano nos diálogos (que
um dos jeitos mais simples de se cantar) ou se combinar outras melodias para os
diálogos, desde que sejam apropriadas e de fácil participação;
- Também se pode combinar melodias para as aclamações das orações
eucarísticas, “améns” e oração dos fiéis;
- Os diálogos sempre têm a mesma intenção, ou seja, não é sugerida troca de
melodias, pois sua natureza independe do Tempo;
- Já as preces e “ladainhas” devem acompanhar a ação litúrgica (Tempo e
celebração) sob consequência de induzirmos a assembleia ao sentimento errado;
se não se consegue fazer isto, melhor será responder sem cantar.
ORDINÁRIO DA MISSA
Explicação Litúrgica - São chamados “cantos do ordinário” as partes fixas da missa, ou seja, as partes
que não mudam de letra mesmo que se troque a celebração ou o Tempo;
- Quando se canta o “ordinário” não se acompanha, mas sim canta-se a essência
do rito, ou o próprio rito;
- A única exceção dentro dos cantos do ordinário é o ato penitencial, que possui
sugestões (em uma de suas fórmulas) para cada Tempo específico.

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Comentários - Os cantos do ordinário devem ser idênticos à letra apresentada no missal (ou
possuir o mínimo de variações e nunca mudar o sentido original);
- Havendo necessidade de adequação do texto com a melodia por parte do
compositor, o máximo que se pode fazer é repetir uma palavra ou outra, mas
nunca mudar a tradução oficial;
- Mesmo no caso de se repetir uma palavra, ainda se corre o risco de dar destaque
àquilo que não é intenção da ação litúrgica;
- Por isso ao se escolher cantos do ordinário, deve-se levar em conta, além da
melodia adequada (pensando no Tempo ou na celebração) aquele cuja letra seja
idêntica à do Missal ou que dele se afaste o mínimo possível;
- Deve se evitar trocar os cantos do ordinário dentro de um mesmo Tempo.

ORDINÁRIO DA MISSA – ATO PENITENCIAL


Explicação Litúrgica - Não se trata de Rito Penitencial, mas de Ato Penitencial; ou seja, é um ato em
que a assembleia se penitencia através do reconhecimento de sua condição de
pecadora e da exaltação da misericórdia de Deus;
- A atitude principal deste momento litúrgico não é o elenco dos pecados de cada
um nem o pedido de perdão, mas a penitência, que em sentido estrito já é uma
atitude do perdoado, que se coloca diante da presença de Deus sabendo que
errará outras vezes, mas exaltando sua misericórdia, lhe pede ajuda (como no
final do sacramento da reconciliação);
- Vale ressaltar que a invocação original Kyrie eleison não é bem traduzida quando
se diz “tende piedade de nós” que em nosso ideário pode nos induzir realmente
ao pedido de perdão; no original pode-se compreender melhor a expressão como
“Senhor, vós sois piedade, sois misericórdia, proclamamos vossa misericórdia,
olhai com bondade, sede bondoso com seus filhos”.
Fórmulas - Há 3 fórmulas apresentadas pelo missal;
- Fórmula 1: “Confesso” + conclusão + “ladainha”;
- Fórmula 2: “Tende compaixão + conclusão + “ladainha”;
- Fórmula 3:
❖ Três invocações (no plural) tendo como resposta entre elas “Senhor...
Cristo... Senhor... tende piedade de nós + conclusão;
❖ Três invocações (no plural) tendo como resposta entre elas “Kyrie...
Christe... Kyrie... eleison” + conclusão.
- Substituição do Ato Penitencial pelo Rito da bênção e aspersão com água, mas
sem o canto da “ladainha” após a conclusão;
- Para o rito da bênção e aspersão com água, também há sugestões dadas pelo
missal que indicam a natureza do momento litúrgico, devendo ser levadas em
conta ao se escolher o canto que o acompanha.
Comentários - Apenas o canto da “ladainha” não constitui Ato Penitencial;
- Sugestões de variação: canto + canto / reza + canto / canto + reza / reza + reza;
- Na utilização da fórmula 3 deve-se levar em consideração o Tempo e a
celebração, pois as invocações necessariamente induzirão algo relacionado a
eles; as invocações devem ser sempre no plural (como sugere o Missal);
- A única fórmula que comporta composições de letra e música é a 3; as demais,
apenas música;
- Compor letra e música para o Ato Penitencial é tarefa muito difícil pois não é
simples compreender a teologia do momento, motivo pelo qual, sugere-se se que
componha sobre as sugestões já presentes no Missal que são várias.

ORDINÁRIO DA MISSA – GLÓRIA


Explicação Litúrgica - O Glória é um hino antiquíssimo (século II) pelo qual a Igreja, congregada no
Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro;
- Estamos diante de um venerável hino de louvor à Santíssima Trindade, com
caráter cristológico e pascal; por isso, não deve ser substituído por um simples
canto de glória, como, por vezes, é chamado;
- No ocidente, inicialmente era proclamado somente pelo Papa em Roma; depois,
no dia da Páscoa, e pelos Presbíteros em sua Missa primicial; aos poucos
começou a ser cantado em dias solenes, como grande doxologia, desdobramento
do Kyrie; na reforma pós-conciliar, voltou a ser previsto, mas somente para os
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domingos (exceto no tempo do Advento e Quaresma), nas solenidades, festas e


nas oitavas da Páscoa e Natal.
Comentários - Não se canta o “glória” pelo perdão recebido como muitas vezes ouvimos; se
canta glória a Deus por Jesus; o Glória constitui a grande doxologia que, em dias
solenes, desdobra a doxologia do Kyrie eleison;
- Por ser um hino, deve ser cantado; contudo, quando não houver possibilidade
de ser cantado deve ser recitado por todos juntos ou em coros;
- É cantado aos domingos (exceto no tempo do Advento e Quaresma), nas
solenidades, festas e nas oitavas da Páscoa e Natal;
- Sendo um hino em prosa, torna-se difícil de ser cantado por toda a assembleia;
um hino como o Glória, no seu gênero literário, difere de um canto; o hino não
possui estribilhos ou refrãos (seria o ideal) e deve ser cantado sempre
integramente;
- Para se cantar em prosa deve haver uma estratégia de ensaios e de esquemas
combinados de grupos ou por toda a paróquia para que a assembleia possa
realmente participar;
- Não substituem este hino meras aclamações trinitárias, ou cantos que possuem
as palavras “glória” ou “louvor” fora do contexto daqui;
- Pelo concurso de letras em verso para o Glória, promovido pela CNBB na
década de 90, temos hoje uma versão deste hino em verso, composto de cinco
estrofes a qual foi a que mais chegou perto da grandiosidade do hino em prosa;
- Grandes músicos católicos recomendam que aqueles que tiverem inspiração
musical e queiram compor um “Glória” para a Missa, componham ou sobre a letra
original ou sobre a letra em verso, como se segue abaixo;
- As melodias devem acompanhar o Tempo ou a celebração;
- O ideal é que o número de melodias utilizadas pelos diversos grupos seja
limitado e, toda vez que se propor uma nova, que isso seja feito muito
criteriosamente;
- Não há outro tipo de mobilidade no hino de glória fora do que foi descrito acima.

HINO EM VERSO – LETRA DA CNBB HINO EM PROSA – ORIGINAL

Glória a Deus nos altos céus, Glória a Deus nas alturas,


paz na terra a seus amados, e paz na terra aos homens por ele amados.
a vós louvam, Rei celeste, Senhor Deus, rei dos céus,
os que foram libertados. Deus Pai todo-poderoso:
nós vos louvamos,
Deus e Pai, nós vos louvamos, nós vos bendizemos,
adoramos, bendizemos; nós vos adoramos,
damos glória ao vosso nome, nós vos glorificamos,
vossos dons agradecemos! nós vos damos graças
por vossa imensa glória.
Senhor nosso, Jesus Cristo, Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Unigênito do Pai, Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Vós de Deus Cordeiro santo, Filho de Deus Pai.
Nossas culpas perdoai! Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós, que estais junto do Pai, Vós que tirais o pecado do mundo,
como nosso intercessor, acolhei a nossa súplica.
acolhei nossos pedidos, Vós que estais à direita do Pai,
atendei nosso clamor! tende piedade de nós.
Só vós sois o Santo,
Vós somente sois o Santo, só vós o Senhor,
o Altíssimo, o Senhor, só vós, o Altíssimo,
com Espírito divino, Jesus Cristo,
de Deus Pai no esplendor! com o Espírito Santo,
na glória de Deus Pai.
Amém Amém.

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ORDINÁRIO DA MISSA – SANTO


Explicação Litúrgica - Este é o louvor universal que brota da ressurreição de Jesus Cristo; Ele
encabeça toda a realidade, todo o universo, até que Deus seja tudo em todos (Cl
3);
- A primeira parte do hino é tirada do livro do profeta Isaías 6,3; a segunda parte
é tirada dos evangelhos da entrada de Jesus em Jerusalém em que se faz relação
com o salmo 118(117); também no livro do Apocalipse canta-se sem cessar, dia
e noite “Santo, Santo, Santo”;
- Na bíblia não costuma se encontrar o superlativo das palavras; quando se quer
mostrar a importância de algo, há a repetição por 3 vezes.
Comentários - Sempre utilizar a letra oficial, evitando-se repetições, sinônimos duvidosos ou
de difícil compreensão;
- Lembrar que ele é um louvor direto a Deus, não sendo correto usar “Santo é o
Senhor”, mas sim “Santo, Senhor”;
- Diga-se do “Santo” o mesmo que se disse sobre o “Glória” no tocante à escolha
de melodias que se adequem melhor ao Tempo, sobre a variedade das mesmas
e a inclusão de novas opções.

ORDINÁRIO DA MISSA – FRAÇÃO DO PÃO – CORDEIRO DE DEUS


Explicação Litúrgica - É a súplica que acompanha a fração do pão relembrando que, a oferta agradável
a Deus é apenas o próprio Jesus; quem quiser agradar a Deus deve seguir os
mandamentos de Jesus; fazer aliança com Deus, apenas em Jesus: Ele é o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Comentários - Não é fácil conversar com quem dá a vida por nós, com a ovelha que se entrega
àquele que a vai imolar; por isso essa súplica deve expressar este profundo
sentimento de gratidão e de indignidade de nossa parte em comungar de sua
própria oferta;
- Como acompanha a fração do Pão, pode se cantar a primeira parte quantas
vezes forem necessárias até que todo o Pão seja partido (difícil de se ver /
geralmente, as duas vezes recomendadas já suprem a necessidade);
- Deve-se ficar atento à ação que acontece no altar, evitando se iniciar o canto
enquanto o presidente ainda cumprimenta o povo ou os ministros no abraço da
paz (quando houver);
- Um cantor inicia o canto até a primeira parte (“até mundo”) e na sequência todos
cantam juntos;
- Diga-se aqui o mesmo sobre o “Glória” e o “Santo” quanto à letra, melodia,
variedade e escolha.

ORDINÁRIO DA MISSA – PROFISSÃO DE FÉ – CREDO


Comentários - Dificuldade de se cantar haja vista sua letra em prosa, consequentes e inúmeras
alternâncias e acentos;
- Não houve adaptação do gregoriano quando das traduções;
- Os cantos em gregoriano eram feitos para o símbolo Niceno-constantinopolitano
e, no Brasil, visando a aprendizagem por parte do povo, o costume sempre foi o
símbolo Apostólico;
- Não se deve substituir o Credo pela Renovação das Promessas Batismais; isso
é guardado ritualmente apenas para a Vigília Pascal e no Sacramento do Batismo;
ou repartir o Credo com refrãos tipo “creio, Senhor, mas aumentai minha fé”.

PRÓPRIO DA MISSA
Explicação Litúrgica - São chamados “próprios da missa” os cantos que variam tanto na letra como na
melodia de acordo com o Tempo e a celebração, sendo próprios de cada uma
delas e consequentemente inadequados para outras.
Comentários - Para a escolha dos cantos do “próprio” há uma maior maleabilidade, visto que
suas letras não são imutáveis, havendo apenas sugestões que dão o tema
principal em torno do que devem girar (antífonas, versículos e leituras);
- O costume da Igreja sempre foi ser fiel à antífona proposta (na entrada e na
comunhão) e variar as estrofes em torno dos salmos de acordo com seu teor;
- O “próprio” geralmente acompanha o rito ou é uma de suas partes;

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- Como o “próprio” contempla momentos em que a assembleia se movimenta ou


troca de posição, há uma maior facilidade na possibilidade de variação dos ritmos.

PRÓPRIO DA MISSA – CANTO DE ENTRADA (ABERTURA / INTRÓITO)


Explicação Litúrgica - Este canto deve criar comunhão, ajudar a formar a assembleia litúrgica,
inserindo-a no Tempo ou na festa, equalizando as diversas intenções particulares
com a intenção da Igreja; para isso deve expressar coletividade, convite,
animação (em seu sentido correto), introdução no mistério.
Comentários - Para se alcançar a ação litúrgica proposta, o uso do coletivo é muito indicado;
- O “eu” deve ser como o “eu bíblico” de Maria, de Zacarias, de Simeão, dos
Salmos e nunca o “eu” do devocionismo particular e excludente;
- Os documentos deixam claro a recomendação de se ter sempre um refrão;
- Acompanham a procissão de entrada e a incensação do altar (se houver) até o
presidente estar no lugar em que presidirá a assembleia (IGMR n. 47), não
precisando, todavia, cessar bruscamente apenas porque ele chegou em seu
lugar.

PRÓPRIO DA MISSA – CANTO DE COMUNHÃO


Explicação Litúrgica - A comunhão é o momento de se selar a aliança com Deus em Jesus Cristo;
Jesus Cristo é uma proposta integral de vida, todavia, a liturgia desdobra os
mistérios da vida de Jesus de modo a estabelecer uma catequese e uma regra de
vida orgânica para o fiel;
- Neste sentido, o canto de comunhão mais adequado é o que una as duas mesas
(Palavra e Eucaristia) trazendo ao povo o sentido de que se comunga daquilo que
Jesus propõe;
- Depois que o fiel comunga, enquanto os demais ainda estão em procissão (ou
enquanto aguarda a sua vez), o canto ajuda-o a se manter na proposta evangélica
e também a não se distrair com o que se passa no ambiente da igreja.
Comentários - O esforço na escolha dos cantos deve ser redobrado a fim de que se encontrem
cantos que façam a ligação acima descrita;
- A proposta da Igreja para novas composições é seguir o tema da antífona e
utilizar nas estrofes os salmos (em suas variadas temáticas), como referido no
canto de entrada; essa é a proposta do Hinário Litúrgico, que encontra dificuldade
de aplicação haja vista suas melodias e ritmos limitados;
- “(...) hinos Eucarísticos utilizados tradicionalmente na adoração do Santíssimo
Sacramento não é a opção adequada para esse momento, pois ressaltam apenas
a fé na presença real, carecendo das demais dimensões essenciais do Mistério
da Fé” (Estudo 79 n. 314);
- O canto começa quando o presidente comunga (IGMR n. 86);
- O canto pode terminar antes da conclusão da distribuição, mas não deve
continuar após o seu término, sendo apropriado o silêncio para este momento
(Estudo 79 n. 316);
- Em grandes festas pode ser um canto exultante que faça a comunidade
transbordar de alegria;
- É ideal que se tenha um refrão para facilitar a participação do povo e que seja
um único canto, salvo assembleias muito grandes; é ideal também que tenha
interlúdios bem preparados entre as estrofes para se proporcionar maior atenção
à letra; seu volume deve ser menor do que os demais cantos para que se
proporcione o canto com a oração.

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PRÓPRIO DA MISSA – SALMO RESPONSORIAL


Explicação Litúrgica - É a resposta orante da assembleia à comunicação de Deus na primeira leitura;
(ELM, n. 89)
- Por ele, a assembleia, impregnada do “verdadeiro espírito de oração”, responde
à Palavra utilizando a própria Palavra inspirada por Deus; (ELM, 39)
- Dentre as partes da Liturgia da Palavra é chamado “cântico”;
- O salmo é tirado do Lecionário, pois cada um de seus textos se acha diretamente
ligado à respectiva leitura; assim a escolha do salmo depende das leituras (...)
(IGMR, n. 36)
- Na Missa, não é retirado somente do livro dos salmos, sendo não raras as vezes
um cântico retirado de outros livros da Bíblia (IGMR n. 102);
- De preferência, o salmo responsorial será cantado, ao menos no que se refere
ao refrão do povo (...) (IGMR n. 61).
- É chamado responsorial por dois motivos: por ser uma resposta orante à Palavra
de Deus e pelo modo como é cantado, ou seja, entoado com um responso, que
normalmente possui um refrão;
- Assim se estabelece o dinamismo do diálogo incessante que se mantém na
liturgia da Nova Aliança entre o esposo (o Cristo Senhor) e sua dileta esposa (a
Igreja) na esperança das núpcias definitivas.
Comentários - O Salmo Responsorial é um canto que varia com os do próprio mas tem função
ritual dentro da Liturgia da Palavra, devendo ser entoado do ambão, por um
ministro próprio, o salmista; assim, salvo graves imprevistos, deve ser sempre
cantado;
- O salmista, deve receber toda a formação de um leitor, acrescida da técnica
necessária para bem entoá-lo e ainda um estudo teológico-bíblico permanente e
dedicado do canto que entoará;
- Após a primeira leitura, o salmista se dirige ao ambão e inicia o canto do salmo
propondo um refrão que, após ser entoado é repetido por todos com o apoio do
grupo de canto (menos pelo salmista); após, o salmista canta sozinho as estrofes
sobre as quais o povo medita e presta sua adesão repetindo o refrão;
- Nos grupos de canto, em seus ensaios, não deve ser deixado por último ou
tratado como um apêndice; o salmista deve ser sempre escolhido com
antecedência para que possa estudar devidamente o salmo que cantará;
- Apesar de o Salmo Responsorial poder ser cantando em sua forma direta (com
refrão apenas no começo e no fim) ou substituído por um canto específico do
Gradual Romano, no Brasil, por instrução da CNBB (Doc. 43), convencionou-se
que o ideal é que o Salmo seja sempre responsorial para promover uma maior
participação do povo e sua resposta à Palavra de Deus;
- O salmista exerce uma função própria na celebração sendo ideal que
desempenhe apenas essa função na celebração, participando da procissão de
entrada com os leitores e ficando com eles até o final da celebração; não podendo
fazer isso, a segunda opção é se dirigir à equipe de canto quando do final da
Liturgia da Palavra (ao fim das preces) ou que saindo da equipe após o “Glória”
permaneça junto aos leitores até o término das preces (ou seja, ficou durante toda
a Liturgia da Palavra); não sendo isso possível, a última opção é sair da equipe
após o “Glória” e retornar assim que termina de cantar;
- Quanto às melodias para o salmo dois pontos são essenciais: a ligação da
melodia com o Tempo e a letra e a facilidade para a aprendizagem do povo em
apenas uma “passada”; se um dos pontos deixa de ser observado, o salmo vai
perdendo sua eficácia...

PRÓPRIO DA MISSA – ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO


Explicação Litúrgica - A nova IGMR confere ao que chamávamos somente de “aclamação ao
Evangelho” o valor de rito: “Tal aclamação constitui um rito ou ação por si mesmo,
através do qual a assembleia dos fiéis acolhe o Senhor que lhe vai falar no
Evangelho, saúda e professa sua fé pelo canto” (n. 62 da nova IGMR);
- Mais do que qualquer outra aclamação (Amém ou Hosana), o Aleluia é
expressão de pura alegria de êxtase; é júbilo, a que Santo Agostinho se referia
como “a voz da pura alegria, sem palavra”; este júbilo nos ensina que não

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podemos racionalizar muito o mistério da Palavra; a Palavra deve tocar não nosso
intelecto, mas o coração;
- A alegria deste rito só é realmente compreendida quando acreditamos na
presença real do Cristo em sua Palavra, Ele que vem ao nosso encontro e falará
particularmente a nós.
Comentários - Neste canto, sendo ritual enxerga-se nele o diálogo referido nos cantos do
primeiro grau, por isso é importante que o canto ritual do Aleluia (ou aclamação
que substitui o Aleluia no Tempo da Quaresma) seja executado em forma
responsorial:
❖ Aleluia cantando por um solista ou pelo grupo de canto / Aleluia retomado
por toda assembleia / Versículo cantando por um solista ou pelo grupo de
canto / Aleluia retomado por toda assembleia;
❖ Aleluia cantando por toda assembleia / Versículo cantando por um solista
ou pelo grupo de canto / Aleluia retomado por toda assembleia;
- Esta forma responsorial só é completa quando o versículo é cantado, pois, caso
contrário, a resposta não tem seu verdadeiro efeito;
- O canto deve acompanhar a “procissão” até que o livro dos Evangelhos (quando
usado) esteja colocado no ambão; se o canto acabar, um fundo musical da
mesma música (ou um poslúdio) deve continuar até que se faça como descrito;
- Devem ser evitados antigos cantos utilizados neste momento que falavam da
importância da Palavra de Deus, mas não constituíam uma exultação ao Cristo
que vai falar.

PRÓPRIO DA MISSA – APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS


Explicação Litúrgica - As ações que acontecem na apresentação das oferendas e preparação do altar
não precisariam necessariamente de música, pois são visuais e têm participação
do povo nas aclamações;
- Todavia, como é costume em nosso país se realizar a procissão ao altar, seja
para levar donativos, dinheiro e, por fim o pão e o vinho, recomenda-se que haja
música (IGMR n. 74).
Comentários - Não há antífona nem recomendação específica para o teor de tal música,
todavia, o documento (Estudo 79) diz que, se se opta por cantar, que o canto
ajude na compreensão do que acontece;
- Sendo as “bendições” em voz baixa, o canto pode seguir até o término da
purificação das mãos;
- Havendo incenso, para que participe com outros sentidos do momento da
incensação, recomenda-se que o canto se encerre e prossiga apenas um fundo
musical (até mesmo diferente do canto de então), durando até o momento em que
se termine de incensar a assembleia;
- Havendo a “bendição” em voz alta, o canto se encerra quando o presidente vai
apresentar o pão, não mais retornando; se houver incensação não se retoma o
canto, mas apenas o fundo musical como dito acima (IGMR n. 142);
- Se a “bendição” iria ser feita em voz alta, mas até o seu momento não houve
como parar o canto (de modo que o presidente já apresenta o pão sem nada falar)
que se prossiga o canto e não se pare apenas para o vinho.

CANTOS SUPLEMENTARES
Comentários - Canto ou refrão meditativo antes da missa: não há previsão deste canto, mas se
se sente que colabora para que a assembleia entre no clima da celebração, pode
ser cantado; não deve ser de exultação, mas de interiorização; não deve ser
ligado imediatamente com o canto de entrada, devendo haver um intervalo entre
eles para não confundir os momentos; se estava preparado, mas a equipe se
enrolou e atrasou, melhor não cantar do que emendar com o de entrada;
- Canto antes das leituras: substitui a monição autorizada no Missal que seria feita
pelo presidente ou ministro inserindo o povo na Liturgia da Palavra; outro motivo
seria o pastoral, cumprindo o tempo para que a assembleia se acomode
adequadamente para ouvir a Palavra; todavia é opcional;
- Canto da Paz: realmente não há nem nunca houve indicação para esse canto
em nenhum documento; ele surge da piedade popular e atrapalha a ação de se

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cumprimentar, abraçar, sorrir e falar “shalom”, desejar a paz; não é possível fazer
isso enquanto se canta; a equipe de canto, como assembleia que é, deve também
participar do mesmo momento;
- Canto (louvor) após a comunhão: “Terminada a distribuição da Comunhão, ser
for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar,
toda a assembleia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino”
(IGMR n. 88);
- Também há sua previsão na “Didaqué”, todavia hoje, com o canto de comunhão
cumprindo com eficácia seu papel, esse canto acaba por se esvaziar; apesar de
não ser proibido, torna-se apenas desnecessário; mas será “contra” a liturgia se
induzir o povo a sentimentos que não quer na comunhão, como o isolamento,
sentimentalismo, individualismo ou dia das mães, dos pais ou dias pátrios;
- Canto final: oficialmente a missa se encerra com a despedida do diácono que
outrora era cantada com o ite, missa est, todavia, havendo procissão de saída,
evitando um grande barulho no templo e ajudando à ideia de missão, não há
proibição; a sugestão do n. 324 (Estudo 79) é a de um acompanhamento
meramente instrumental; o povo não é obrigado e ficar na igreja esperando o
canto acabar ou o presidente sair em procissão; isso pode acontecer, mas não é
obrigatório pois a missa já acabou.

5) CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Conhecer mais sobre os Tempos Litúrgicos, sobre a missa e os sacramentos;
- Instituir uma Pastoral de Liturgia com estudos periódicos;
- Motivar às diversas Pastorais e Movimentos que compreendam da liturgia e do canto litúrgico;
- Para a liturgia, ser bonito é pouco;
- Volume das equipes de canto;
- Tonalidade das músicas;
- Solistas e jeito de cantar;
- Cantos que não colaborem com a liturgia ou sem inspiração religiosa;
- Uso de diversos instrumentos;
- Necessidade de se combinar paroquialmente alguns cantos;
- Fidelidade às partituras;
- Buscar sempre melhorar no ministério de música;
- Contemplar sempre todas as Pastorais, Movimentos e serviços que compõe a paróquia (mais que isso);
- Cantos em outras línguas ou em latim;
- Exemplos de novos compositores;
- Implementação das mudanças nas paróquias.
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Fontes de pesquisa:

BECKHÄUSER, Alberto. Novas mudanças na missa. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2003.


BUYST, Ione. A missa: memória de Jesus no coração da vida. São Paulo: Paulinas, 2004.
CAMARGO, Gilson. Liturgia da Missa explicada. Petrópolis: Vozes, 2004.
CNBB. Documento 43. Brasília: Edições CNBB, 2010.
CNBB. Estudos 79. Brasília: Edições CNBB, 2010.
CNBB. Guia litúrgico-pastoral. Brasília: Edições CNBB, 2010.
CNBB. Hinário Litúrgico. Vol. I a 4. São Paulo: Edições Paulinas.
Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium.
DOCUMENTOS SOBRE A MÚSICA LITÚRGICA. São Paulo: Paulus, 2005.
Instrução Geral do Missal Romano.
RATZINGER, Joseph. Introdução ao espírito da liturgia. São Paulo: Paulinas, 2012.

Diác. Marcus Geandré Nakano Ramiro


geandre@terra.com.br
marcus.geandre@pucpr.br

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