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Manifesto de Fundação

Quase 30 anos após o fim da ditadura militar, o Brasil segue padecendo de graves problemas sociais. Nosso
povo permanece em condições de exploração enquanto uma pequena minoria de famílias capitalistas, menos de
1% da população, se apropria da grande maioria das riquezas produzidas no país, juntamente com os
monopólios e instituições financeiras estrangeiras.
As profundas mudanças sociais pelas quais o nosso povo luta desde o fim do século XIX permanecem por se
realizar: as terras permanecem concentradas nas mãos de uma pequena minoria de ruralistas, enquanto os
trabalhadores camponeses reclamam a Reforma Agrária para permanecer no campo plantando e colhendo,
preservando a natureza e a qualidade dos alimentos; as reservas naturais e as principais empresas que geram
riquezas permanecem sob o monopólio de uma minoria de capitalistas, muitas vezes estrangeiros , enquanto os
trabalhadores reclamam a nacionalização das reservas naturais, a estatização das empresas e salários
dignos com efetiva justiça social. O resultado de tudo isso é que vivemos em um dos países com maior
concentração de riqueza do mundo.
Além disso, vivemos um momento de grave crise econômica do sistema capitalista e os monopólios, bancos e
países imperialistas tentam fazer com que o povo e os trabalhadores paguem todos os custos dessa crise.
Também tratam de resolver o problema dos mercados internacionais mediante a escravização dos povos fracos,
do aumento da pressão colonial e da realização uma nova partilha do mundo por meio da guerra. É para aplicar
este programa reacionário que se estão gestando iniciativas fascistas.
A manifestações de rua que acontecem no Brasil desde o ano passado e ficaram registradas como as jornadas de
junho mostraram que o povo, a juventude e a classe trabalhadora brasileira querem mais e querem,
principalmente, que se realizem as transformações há muitos anos prometidas e sempre adiadas. O Brasil se
tornou um país muito rico e nosso povo continua vivendo miseravelmente. Não será conciliando com os
interesses dos capitalistas que essa situação será transformada.
Para realizar profundas transformações sociais no Brasil e interromper a ofensiva reacionária é necessária a união
de todos os setores da esquerda revolucionária, dos socialistas, dos comunistas, e de todos que lutam contra o
imperialismo e a exploração capitalista. É necessário formar uma Unidade Popular pelo Socialismo que
alicerce a sua atuação na mobilização e luta dos diferentes movimentos.
Uma organização política deste tipo precisa apresentar um programa vinculado à história de lutas da classe
trabalhadora e atento à atual situação vivida pelo nosso povo. Um programa que defenda o Poder Popular
como forma de superar o velho formalismo representativo, corrompido e vendido, que vigora em nosso país.
Um programa que defenda o Socialismo, a justiça social e a fraternidade entre as pessoas como forma de
superar o atual regime de exploração. Poder Popular e Socialismo é a fórmula que sintetiza esse programa.
O processo de construção dessa Unidade Popular pelo Socialismo que ora se inicia é de diálogo e luta
conjunta com todos que desejam a transformação social. É um passo a mais na luta do povo brasileiro pela sua
libertação e reivindica a experiência histórica da Aliança Nacional Libertadora - ANL e da Insurreição popular
de 1935, episódio, dentre tantos outros, que comprovou a disposição de luta e a consciência política que de fat o
tem o povo brasileiro. Reivindica, também, a memória dos heróis que foram torturados e assassinados na luta
para derrotar a ditadura militar brasileira. Lembrando o nome do comunista revolucionário Manoel Lisboa de
Moura, lembramos de todos aqueles e aquelas sem os quais não seria possível a luta atual.
Viva a Unidade Popular!
Pelo Poder Popular e o Socialismo!

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