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PRÁTICA 01: ALCALINOS E ALCALINOS TERROSOS

GUSTAVO KOITI
IZABELLA LOPES
NÁTALY VERGÍLIO
RODOLFO NESTA

PRESIDENTE PRUDENTE
03/Outubro – 2016
ALCALINOS E ALCALINOS TERROSOS

Relatório apresentado a Profª. Drª. Ana Maria


Pires da disciplina de Química Inorgânica III da
décima turma, do curso de Licenciatura em
Química.

UNESP – Faculdade de Ciências e Tecnologia


Presidente Prudente – 03/Outubro - 2016
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ____________________________ Error! Bookmark not defined.


OBJETIVO _______________________________ Error! Bookmark not defined.
PARTE EXPERIMENTAL __________________ Error! Bookmark not defined.
RESULTADOS E DISCUSSÃO ______________ Error! Bookmark not defined.
CONCLUSÃO _____________________________ Error! Bookmark not defined.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _________ Error! Bookmark not defined.
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INTRODUÇÃO

Os elementos do grupo I, chamados de metais alcalinos, formam um grupo bastante homogêneo


e, provavelmente, tenham a química mais simples que qualquer outro grupo da Tabela Periódica. Todos
são metais, excelentes condutores de eletricidade, moles e altamente reativos. Suas propriedades físicas e
química são intimamente relacionadas com sua estrutura e seu tamanho, e geralmente, formam compostos
univalentes, iônicos e incolores.
São os maiores átomos nos seus respectivos períodos, e dentro do grupo, seu volume atômico e
iônico aumenta do lítio ao frâncio o que os leva a ter densidades mais baixas.
Os elementos do grupo II, chamados de metais alcalinos terrosos, apresentam as mesmas
tendências nas propriedades que os elementos do grupo I, contudo o berílio é uma exceção, diferindo
muito mais em relação aos demais do grupo que o lítio, no caso do grupo I.
Esses elementos formam uma série de metais altamente reativos, mas menos reativos que os
metais do grupo I. Geralmente, são divalentes e formam compostos iônicos e incolores. Por serem
menores que os metais alcalinos, suas densidades são maiores.

REAÇÃO COM A ÁGUA


Todos os metais do grupo I reagem com água, liberando hidrogênio e formando os
correspondentes hidróxidos. A reação se torna cada vez mais vigorosa à medida que se desce no grupo,
portanto, o lítio reage a uma velocidade moderada; o sódio funde na superfície da água e o metal fundido
desliza vigorosamente, podendo inflamar-se; e o potássio funde e sempre se inflama.

2Li + 2H2O  2LiOH + H2


2Na + 2H2O  2NaOH + H2

Para os metais do grupo II, a solubilidade da maioria dos sais diminui com o aumento do peso
atômico, embora se observe a tendência inversa no caso dos fluoretos e dos hidróxidos. Com exceção do
berílio, que é muito menos eletropositivo que os outros elementos do grupo e que, portanto, não reage
com a água, os demais elementos reagem facilmente com água fria liberando hidrogênio e formando os
correspondentes hidróxidos.
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REAÇÃO COM O AR
Por serem quimicamente muito reativos, rapidamente perdem o brilho quando expostos ao ar
seco. Todos os metais alcalinos queimam ao ar formando óxidos, embora o produto formado varie com o
metal. O lítio forma o monóxido Li2O e uma pequena quantidade do peróxido Li2O2, o sódio forma o
peróxido Na2O2 e uma pequena quantidade do monóxido Na2O, os demais formam superóxidos do tipo
MO2.

Todos os elementos do grupo II queimam em atmosfera de ar formando óxidos e/ou uma mistura
de óxido e nitreto.
M + ½ O2  MO
Mg + ar  MgO + Mg3N2

ANÁLISES QUÍMICAS POR VIA ÚMIDA


Análises químicas são imprescindíveis em todas as atividades que envolvem pesquisa, projeto e
desenvolvimento. Podem ser qualitativas e/ou quantitativas. Podem ser feitas por métodos tradicionais
denominados via úmida ou por modernas técnicas instrumentais.
Análises por Via Úmida baseiam-se em métodos conhecidos e praticados durante muitos anos,
constam nos livros-textos clássicos de Química Analítica e são geralmente difíceis, demoradas, caras,
requerem instalações adequadas e grande treinamento dos operadores. Essas análises podem ser
qualitativas ou quantitativas.

Análises Qualitativas:
 Observação da solubilização ou não em diferentes ácidos. Ex: HCl a frio em calcários
solubiliza calcita (CaCO3) e não dolomita (Ca, Mg (CO3)2).
 Observação da cor da chama queimando o sal. Ex: sais de sódio dão coloração amarela,
potássio violeta, cálcio vermelho-tijolo.
 Precipitação de grupos de cátions e ânions. Ex: Ag+ forma um precipitado branco com HCl,
solúvel em excesso de reagente.
 Observação de resíduo insolúvel em ácidos. Ex: Al2O3 é insolúvel em qualquer ácido.

Análises Quantitativas: envolvem geralmente solubilizações, precipitações e reprecipitações.


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Técnicas principais da Via Úmida:


 Gravimetria: precipitação de um composto e dosagem do peso obtido.
 Volumetria: titulação de compostos diante de um indicador de cor específico
 Colorimetria: medida do comprimento de onda da cor de uma solução obtida com indicador
específico.
O método utilizado no trabalho em questão, foi a gravimetria. Os métodos gravimétricos são
quantitativos e se baseiam na determinação da massa de um composto puro ao qual o analito está
quimicamente relacionado.

OBJETIVOS

● Estudar a reatividade dos metais alcalinos com água;


● Estudar a basicidade de compostos de metais alcalinos e alcalinos terrosos;
● Estudar a hidrólise de sais de um metal alcalino;
● Preparo de sais de metais alcalinos terrosos por via úmida.

PARTE EXPERIMENTAL

Materiais e método

Reagentes:
Lítio metálico;
Sódio metálico;
Potássio metálico;
Magnésio metálico;
Peróxido de sódio;
Cloreto de potássio;
Nitrato de potássio;
Carbonato de potássio;
Carbonato de cálcio;
Carbonato de estrôncio;
Carbonato de bário;
Vinagre (solução de ácido acético 4%);
Uréia;
Solução de ácido clorídrico 3 mol/L;
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Solução saturada de oxalato de amônio;


Solução de hidróxido de amônio 6 mol/L;
Solução de nitrato de prata (para teste de cloretos);
Solução indicadora de fenolftaleína;
Solução indicadora de vermelho de metila.

Materiais
Béqueres (25 e 50 mL);
Tubos de ensaio;
Estante para tubos;
Pinça metálica;
Bico de bunsen;
Papéis de filtro;
Aparato para filtração a vácuo.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Experimento 1: Reação com água


Adicionou-se 50 mL de água destilada a três béqueres de 100 mL, identificados como Li
(lítio), Na (sódio) e K (potássio), e uma gota de solução indicadora de fenolftaleína.
Introduziu então, cuidadosamente, pequenos pedaços de lítio, sódio e potássio metálico
aos respectivos béqueres.
Observou-se o decorrer das reações e anotou-se o que fora visualizado.

Experimento 2: Reação de um composto de metal alcalino


Adicionou-se uma pequena quantidade de peróxido de sódio a um tubo de ensaio.
Transferiu-se 1 mL de água destilada e agitou-se o sistema para promover a solubilização
do composto.
Cessado o desprendimento de gás, adicionou-se uma gota de solução indicadora de
fenolftaleína.
Observou-se e anotou-se o que fora visualizado no decorrer da reação.

Experimento 3: Hidrólise de sais de um metal alcalino


Foi adicionado uma pequena quantidade de cloreto de potássio, nitrato de potássio e
carbonato de potássio em três tubos de ensaio devidamente identificados.
Transferiu-se 1 mL de água destilada fervida a cada um dos tubos e agitou-se o sistema
para promover a solubilização dos sais.
Adicionou-se uma gota de solução indicadora de fenolftaleína a cada um dos tubos.
Observou-se e anotou-se a variação da cor do indicador.
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Experimento 4: Óxido e hidróxido de magnésio


Sob a chama de um bico de bunsen e com o auxílio de uma pinça metálica, aqueceu-se
uma tira de magnésio metálico até sua combustão luminosa.
O produto da combustão foi então transferido a um tubo de ensaio contendo 2 mL de
água destilada e agitado vigorosamente.
Adicionou-se duas gotas de solução indicadora de fenolftaleína.
Observou-se e anotou-se a variação da cor do indicador.
Adicionou-se, então, gotas de vinagre até a mudança da aparência da mistura.
Observou-se e anotou-se novamente a variação de cor.

Experimento 5: Preparo de oxalatos de metais alcalinos terrosos por via úmida


Método A:
Em três béqueres de 25 mL devidamente identificados, transferir quantitativamente 25
mg dos carbonatos de cálcio, estrôncio e bário.
Adicionar 2 mL de água destilada em cada béquer.
Sob aquecimento brando e agitação constante, adicionar gota a gota ácido clorídrico 3
mol/L até que todo o carbonato se dissolva, não sendo necessário que a solução entre em
ebulição.
Diluiu-se cada uma das soluções para um volume final de 10 mL.
Adicionou-se uma gota de solução indicadora de vermelho de metila para acompanhar a
variação do pH durante a síntese.
Transferiu-se então 1,5 mL de solução saturada de oxalato de amônio e 1,5 g de uréia a
cada uma das soluções.
Ainda sob agitação, deixou-se a solução entrar em ebulição branda para promover a
hidrólise da uréia e a mudança da cor do indicador.
Verificado a precipitação de cristais brancos de oxalato de alcalino terroso, cessou a
agitação e o aquecimento para o resfriamento da solução. Quando não observado a formação do
precipitado, foi então adicionado uma gota de hidróxido de amônio 6 mol/L para promover a
precipitação.
Resfriado até a temperatura ambiente, os cristais foram filtrados a vácuo (em papéis de
filtro devidamente tarados) e lavados com água gelada até que não mais se detectasse a presença
de cloretos por teste com nitrato de prata.
Os cristais, juntamente com os respectivos papéis de filtro, foram secos e pesados.

Método B:
O procedimento anterior foi repetido apenas com o carbonato de estrôncio, onde não
houve a adição da uréia durante a síntese.
Todo o restante foi seguido da mesma maneira.
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FLUXOGRAMAS

Experimento 01: Reação com a água.

50 mL de água destilada 50 mL de água destilada 50 mL de água destilada


03 gotas de fenolftaleína 03 gotas de fenolftaleína 03 gotas de fenolftaleína

Lítio sólido Sódio sólido Potássio sólido

Anotar as observações Anotar as observações Anotar as observações

Experimento 02: Reação dos compostos de metais alcalinos

Pequena quantidade de Na2O2


1 mL de água destilada

Agitar

Gás Solução

1 gota de fenolftaleína

Anotar as observações
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Experimento 03: Hidrólise de sal de metal alcalino

Pequena quantidade de KCl Pequena quantidade de KCl Pequena quantidade de KCl

1 mL de água destilada fervida 1 mL de água destilada fervida 1 mL de água destilada fervida

Agitar até dissolução do sal Agitar até dissolução do sal Agitar até dissolução do sal

1 gota de fenolftaleína 1 gota de fenolftaleína 1 gota de fenolftaleína

Anotar as observações Anotar as observações Anotar as observações

Experimento 04: Óxido e Hidróxido de Magnésio

Fita de magnésio

Aquecer

Adicionar a um tubo de ensaio com 2 mL de água

Agitar vigorosamente

2 gotas de fenolftaleína

Anotar as observações

Vinagre

Anotar as observações
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Experimento 05: Preparação de Oxalatos de Metais Alcalinos Terrosos (Método A)

25 mg de CaCO3 25 mg de SrCO3 25 mg de BaCO3

2 mL de água destilada 2 mL de água destilada 2 mL de água destilada

Aquecer sob agitação magnética Aquecer sob agitação magnética Aquecer sob agitação magnética

HCl 3 mol/L HCl 3 mol/L HCl 3 mol/L

Diluir para 10 mL Diluir para 10 mL Diluir para 10 mL

1 gota de vermelho de metila 1 gota de vermelho de metila 1 gota de vermelho de metila

1,5 mL de oxalato de amônio 1,5 mL de oxalato de amônio 1,5 mL de oxalato de amônio


1,5 g de uréia 1,5 g de uréia
1,5 g de uréia

Aquecer sob agitação magnética Aquecer sob agitação magnética Aquecer sob agitação magnética

Coloração: vermelho  amarela


Coloração: vermelho  amarela Coloração: vermelho  amarela
Formação de precipitado
Formação de precipitado Formação de precipitado

Resfriar Resfriar Resfriar

(Filtração) (Filtração) (Filtração)

Solução Precipitado Solução Precipitado Solução Precipitado

Pesar Pesar
Pesar

Testar para cloretos Testar para cloretos Testar para cloretos


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Experimento 05: Preparação de Oxalatos de Metais Alcalinos Terrosos (Método B)

25 mg de SrCO3

2 mL de água destilada

Aquecer sob agitação magnética

HCl 3 mol/L

Diluir para 10 mL

1 gota de vermelho de metila

1,5 mL de oxalato de amônio

Aquecer sob agitação magnética

Coloração: vermelho  amarela


Formação de precipitado

Resfriar

(Filtração)

Solução Precipitado

Pesar

Testar para cloretos


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RESULTADOS E DISCUSSÕES

Experimento 1: Reação com água:

Um fato muito importante a se destacar é que todos os metais alcalinos reagem com água,
formando os seus respectivos hidróxidos e liberando gás Hidrogênio (H2). De forma igualitária,
ambos reagem de acordo com a seguinte equação química:

2 M(s) + 2 H2O(g)  2 MOH(aq) + H2(g)

Sendo assim, os metais utilizados (Li, Na e K) reagem com agua para formar LiOH,
NaOH e KOH respectivamente.
Após a formação dos respectivos hidróxidos nota-se, graças ao indicador fenolftaleína,
uma coloração rósea no meio, que nos serve de indicativo para um pH básico, fruto da
dissociação dos hidróxidos no meio aquoso, de acordo com a seguinte equação:

MOH(aq)  M+(aq) + OH-(aq)

Dessa forma, haverá uma maior concentração de íons hidroxila dissociados no meio, o
que justifica o aumento do valor de pH.
Outro fato também importante nesse experimento foi a velocidade da reação dos metais
alcalinos com a água, onde a velocidade de reação aumentou do Lítio para o Potássio, com o
Sódio estando entre os dois. Esta velocidade pode ser explicada analisando o tamanho dos
elementos, uma vez que o lítio é o menor dos três metais em análise, este vai possuir uma maior
camada de hidratação, o que dificulta a sua reação com o meio. Ainda, o seu ponto de fusão é o
maior entre os três metais, o que faz com que a energia liberada durante a sua reação para a
formação de hidróxido não seja suficiente para fundir o mesmo, mantendo assim uma menor
superfície de contanto com a água. Para efeito de comparação os metais sódio e potássio são
significativamente maiores que o lítio, além de possuir um ponto de fusão também maior que o
mesmo, o que explica a ordem de velocidade da reação para estes metais. Os valores de ponto de
fusão e tamanho iônico estão disponíveis na tabela 1.
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Tabela 1: Valores de Ponto de Fusão e Raios Iônicos de alguns metais alcalinos.


Metal alcalino Ponto de Fusão (○C) Raio iônico (Å)
Lítio 181 0,76
Sódio 98 1,02
Potássio 63 1,38

Experimento 2: Reação dos compostos de metais alcalinos:

Para o segundo teste, foi adicionado uma pequena quantidade de Na2O2 em água, onde
ocorre o peróxido de sódio e transformado em hidróxido de sódio e libera O2 no meio, o que
explica as bolhas observadas. Após o termino do desprendimento de gás adicionou-se
fenolftaleína, onde a coloração rósea do meio nos fornece mais um indício da reação sugerida
acima. Abaixo é mostrada a equação para a de formação do hidróxido de sódio a partir do
peróxido de sódio, bem como a decomposição do peróxido de hidrogênio formado.

Na2O2(s) + 2 H2O(l)  2 NaOH(aq) + H2O2(aq)


2 H2O2(aq)  2 H2O(l) + O2(g)

Experimento 3: Hidrólise de sal de metal alcalino.

Ao terceiro teste, observou-se a coloração indicada pela fenolftaleína em soluções de


diferentes sais de potássio, como forma de se observar a variação de pH influenciada pela
variação do ânion associado ao sal utilizado. Abaixo, tem-se uma tabela com os sais e suas
respectivas colorações apontadas pelo indicador.
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Tabela 2: Resultados experimentais obtidos


Sal Coloração
KCl Incolor
KNO3 Incolor
K2CO3 Rosa

Os sais KCl e KNO3 não apresentaram coloração no teste acima, fato que pode ser
explicada analisando as forças dos ácidos que deram origem a esses sais. Dessa forma, vemos
que os sais dissociados provêm de compostos com força ácido/base equivalentes, pois ambos
provem de ácidos e bases fortes, o que deixa o pH do meio aproximadamente neutro. Agora, para
o sal K2CO3, observa-se que o ânion carbonato, provem de um ácido fraco e o potássio provem
de uma base forte, o que, após a solubilização do sal em agua, gera a hidrólise dos mesmo em
ácido carbônico e hidróxido e potássio. Sendo assim, o pH da solução será acima do pH neutro, o
que acarretará a mudança de cor da solução para rosa.

Experimento 4: Óxido e hidróxido de magnésio.

Nesse experimento, uma fita de magnésio foi colocada sobre aquecimento em um bico de
Bunsen, onde a quantidade de energia foi suficiente para promover a oxidação do mesmo a óxido
de magnésio como mostrado no esquema abaixo, bem como mostrar um brilho branco intenso
característico da promoção do elétron do magnésio pela chama.

Mg(s) + ar(g) + Energia  MgO(s) Mg3N2(s)

Após a oxidação em chama, o produto foi adicionado em um tubo de agua para a


dissolução parcial do oxido. Foi observado uma coloração rósea no meio com a ajuda do
indicador fenolftaleína, o que nos indica que o pH do meio estava básico. Assim, foi possível
observar a solubilização parcial do óxido de magnésio formado durante a etapa de queima,
mesmo com a baixa solubilidade do MgO (kps = 3,4 x 10-11). A equação abaixo descreve o
processo de dissolução do MgO para a formação do Mg(OH)2.
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MgO(s) + H2O(l)  Mg(OH)2(aq)

Experimento 5: Preparação de Oxalatos de Metais Alcalinos Terrosos

Este experimento foi dividido em duas partes, sendo a primeira o método A e, a segunda,
a fim de comparação, o método B.
O método A consiste primeiramente na solubilização dos carbonatos de metais alcalinos terrosos
(Ca, Sr, Ba) em água, seguido da adição de HCl, indicador vermelho de metila, oxalato de
amônio e ureia em temperatura próxima a ebulição, para formação do precipitado.
Os carbonatos supracitados possuem baixa solubilidade em água (Tabela 3), sendo necessário a
adição de ácido clorídrico 6 mol L-1 para solubilização dos mesmos, obtendo íons M2+ (Ca2+,
Sr2+, Ba2+) em solução, conforme reação geral abaixo.
MCO3(s) + H2O(l)  M2+(aq) + CO32-(aq)
CO32-(aq) + H+(aq)  HCO3-(aq)
HCO3-(aq) + H+(aq)  H2CO3(aq)
H2CO3(aq)  H2O(l) + CO2(g)
Por aquecimento e agitação o CO2 é liberado.

Tabela 3: Constantes de solubilidade dos metais alcalinos terrosos (Kps) á 25ºC


Mg Ca Sr Ba
CO3 3,5 10-8 6,0 10-9 9,3 10-10 5,0 10-9
C2O4 8,6 10-5 1,3 10-8 4,0 10-7 1,0 10-6
Fonte: Martell, A. E.; Smith, R. M. Critical Stability Constants, Vol. 4. Plenum Press: New York, 1976

A adição do indicador vermelho de metila permite a observação da mudança de pH


através da variação da coloração. Em meio ácido até pH 4,4 observa-se coloração avermelhada,
próximo ao pK em 5,1 há a observação de coloração alaranjada e após pH 6,2 observa-se
coloração amarela. Neste caso, após a adição de HCl tem-se solução com coloração
avermelhada, para cada cátion utilizado na prática, enquanto que após a adição de oxalato de
amônio saturado e ureia, a mudança de coloração para amarelo é observada.
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O uso de ácido clorídrico, apesar de útil neste experimento, apresenta como desvantagem
a presença de íons cloreto em solução, sendo necessário a realização de teste com Ag(NO3)2 após
remoção de impurezas com água gelada. Um possível substituto para o ácido clorídrico seria o
ácido nítrico, no entanto, este quando em ebulição (temperatura acima de 72 ºC) sofre
decomposição parcial resultando na formação de dióxido de nitrogênio, conforme reação abaixo.
4HNO3(aq)  2H2O(l) + 4NO2(g) + O2(g)
A reação do oxalato de amônio saturado com os metais de cada solução permite a
formação de precipitados brancos, cristalinos, provenientes de solução neutra, uma vez que estes
são solúveis em ácido clorídrico e ácido nítrico diluído.
Como reação geral, temos:
M2+(aq) + (NH4)2C2O4(aq)  MC2O4(aq) + 2NH4+(aq)
A função da ureia neste método consiste no controle do pH da solução, por termólise em
via úmida à temperatura de 90 ºC, a fim de obtenção do precipitado de oxalatos. O cuidado
tomado durante a ebulição da solução se deve a evaporação da água, resultando em
deslocamento da reação de hidrólise ácida para a formação da ureia, conforme equação abaixo.
(NH2)2CO(aq) + H3O+(aq) ⇌ NH3(aq) + NH4+(aq) + CO2(g)
Após lavagem, filtração e secagem do precipitado de oxalato, aferiu-se a massa de cada
um, descontando a massa do papel filtro. O rendimento foi calculado de acordo com a equação 1,
abaixo, e os resultados, bem como as massas obtidas encontram-se na Tabela 4.

𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙∗100
Equação 1: % 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎

Tabela 4: Massas e rendimentos obtidos no preparo dos oxalatos de metais alcalinos terrosos
Ca Sr Ba
Massa teórica (g) 0,0250 0,0250 0,0250
Massa experimental (g) 0,0148 0,0218 0,0156
Rendimento (%) 59,2 87,2 62,4

Durante o processo de filtração do precipitado de oxalato de cálcio ocorreram perdas,


impedindo que o rendimento fosse maior. Para o bário, foi necessária adição de NH4OH devido à
alta concentração de ácido no meio.
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O método B para preparo de oxalato de estrôncio inicialmente ocorreu conforme o


método A, mas sem adição de ureia e o pH foi ajustado pela adição de hidróxido de amônio 6
mol L-1. No entanto, devido ao baixo volume de ácido clorídrico adicionado, após a adição de
oxalato de amônio saturado, não se fez necessário o uso de NH4OH pois o meio já estava
levemente básico, evidenciado pela coloração amarela da solução. Deste modo, seguindo os
cálculos para o método A, rendimento e massas obtidas seguem na tabela 5.

Tabela 5: Resultados obtidos para método B de preparo de oxalato


Sr
Massa teórica (g) 0,025
Massa experimental (g) 0,0192
Rendimento (%) 76,8

Comparando os dados obtidos em ambos os métodos para o preparo de oxalato de


estrôncio, tem-se que o método A apresenta maior rendimento, cerca de 10% a mais, isso pode
estar associado à rápida variação de pH proporcionada pela ausência de ureia no método B e, ao
erro associado a ausência da adição de NH4OH no método B. No entanto, pode-se associar o alto
rendimento também à uma possível precipitação de ureia, mesmo que tenha sido tomado
medidas para que não ocorresse.
O magnésio não é utilizado neste experimento devido ao Kps do oxalato a ser formado,
que possui maior solubilidade em água frente aos demais.

CONCLUSÕES

Nesta prática ficou evidente a diferença de reatividade existente entre os elementos de um


mesmo grupo, como observado na primeira parte do experimento, onde, em reação com a água, o
lítio foi o menos reativo e o potássio reagiu mais rápida e violentamente. Isto porque o potássio
possui um ponto de fusão baixo e o calor da reação é suficiente para provocar sua fusão. Uma
vez fundido, o metal expõe uma maior superfície de contato com água, reagindo mais rápido.
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Outro ponto de comparação, foram as diferenças existentes entre os elementos de grupos


diferentes, sendo os metais alcalinos mais reativos que os metais alcalinos terrosos. Isto ocorre,
pois, os metais alcalinos são mais eletropositivos que o metais alcalinos terrosos.
Os compostos de metais do grupo I são mais solúveis que os de mesmo ânion de metais
do grupo II, porque quanto maior o caráter iônico maior a solubilidade desse composto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEE, J. D. Química Inorgânica não tão concisa. 5ª ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1999.

PIRES, Ana Maria. Roteiro para Práticas de Química Inorgânica III. Departamento de
Química e Bioquímica FCT – UNESP, 2016.

RATTI, Giuliana. Técnicas de Análise Química de compostos inorgânicos. Disponível em: <
http://www.angelfire.com/crazy3/qfl2308/1_multipart_xF8FF_8_Analise_Quimica_PMI-
2201.pdf > Acesso em: 06 nov. 2016

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