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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

CONTRIBUIÇÃO DO SECTOR SAÚDE PARA O PLANO NACIONAL DE


DESENVOLVIMENTO 2018-2022

(Versão a ser submetida ao Ministro e Chefe da Casa Civil em resposta


ao oficio 3127/GAB.CHEFE CASA CIVIL/PR/013/2016)

Luanda, 31 de Outubro de 2016


República de Angola Contribuições do sector saúde
Ministério da Saúde para o PND 2018 - 2022

Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 3

2. Diagnóstico do sector ............................................................................................................... 4

3. Política Nacional de Saúde ....................................................................................................... 6

4. Objectivo geral, objectivos estratégicos e específicos por programa principal ....................... 9

5. Indicadores ............................................................................................................................. 16

6. Considerações finais ............................................................................................................... 17

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Ministério da Saúde para o PND 2018 - 2022

1. Introdução
A República de Angola é um país africano de referência no âmbito político,
económico e na diplomacia internacional, fruto das conquistas alcançadas.
Apesar dos investimentos feitos no domínio da saúde os indicadores de saúde
publicados oficialmente estão ainda aquém da média dos países africanos e do
mundo.

Tais indicadores estão sendo actualizados no Inquérito de Indicadores Múltiplos e


de Saúde (IIMS) em curso, conduzido pelo Instituto Nacional de Estatística. O
Ministério da Saúde fará de igual modo diligências para melhorar a qualidade e
fiabilidade dos dados estatísticos e reconciliar com as agências internacionais
especializadas (OMS, UNICEF, UNDP e outras) as estatísticas e indicadores de
saúde de Angola divulgados em relatórios mundiais. A partir dos indicadores
actualizados, o país deverá actualizar objectivos e metas de saúde de acordo
com o nível de desenvolvimento económico do país.

O país encontra-se num contexto de economia de mercado, caracterizado entre


outros aspectos pela diversificação das fontes de rendimento e pela
privatização. Este ambiente económico potencia o “mercado de saúde” que
exige da parte do Estado um forte papel de regulação a fim de garantir a
protecção social das populações mais pobres, os interesses do Estado e os
benefícios dos agentes económicos envolvidos em actividades da saúde. Por
outro lado, a redução das receitas do Estado decorrente da queda do preço do
petróleo no mercado internacional contraiu a economia angolana e
desencadeou uma redução do orçamento do Estado para o sector da saúde.
Esta diminuição reduziu o financiamento das estruturas e instituições do Serviço
Nacional de Saúde, originando assim uma escassez de medicamentos, vacinas,
dispositivos médicos e outros produtos indispensáveis para a prestação de
cuidados clínicos e de saúde pública à população. Reduziu também o acesso
da população aos cuidados de saúde de qualidade.

O país está a viver uma transição em saúde com incidência nos indicadores
demográficos, epidemiológicos e nutricionais.

Em termos demográficos a tendência será para a redução da taxa de


fecundidade, redução da taxa de mortalidade infantil, redução da taxa de
mortalidade geral, aumento da esperança de vida à nascença e perfil etário
intermédio com crianças, jovens e adultos.

A transição epidemiológica é caracterizada pelo peso duplo das doenças


transmissíveis (decorrentes de deficientes condições de abastecimento de agua
potável, higiene, saneamento e alimentação) e das doenças crónicas
(decorrentes dos novos estilos de vida, tais como o sedentarismo, o excesso de
consumo de bebidas alcoólicas, o tabagismo, o uso de outras drogas e outros
factores de risco associados às doenças). Nesta componente necessitamos de
dar mais atenção às medidas de promoção e protecção da saúde, prevenção

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das doenças, informação e mobilização social de forma a garantir uma maior


consciencialização e participação das comunidades nas intervenções a favor
da saúde. Deveremos dar melhor resposta às determinantes das doenças, e
prevenir os riscos de epidemias, pandemias e de outras catástrofes, garantindo
deste modo a segurança nacional em saúde, e contribuindo para a segurança
em saúde a nível mundial. A melhoria do padrão epidemiológico do país deverá
conduzir-nos à redução do peso das doenças, diminuição dos índices de
mortalidade materna e infantil, e aumento da esperança de vida à nascença.

A transição nutricional deverá decorrer da segurança alimentar e de boas


práticas em matéria de nutrição durante a infância; estas políticas deverão levar
o nosso país a eliminar o problema de baixo-peso à nascença e da má-nutrição
infantil que estão actualmente associados aos índices de morbi-mortalidade das
crianças com idade inferior a 5 anos.

2. Diagnóstico do sector
A análise mais recente dos indicadores de saúde globais mostrou uma melhoria
significativa relativamente ao rácio da mortalidade materna, que passou de 1400
mortes maternas por 100.000 nados vivos em 2001, para 460 por 100.000 em 2011.

A taxa de mortalidade neonatal em 2001 foi de 98 por 1000 nascidos vivos, reduziu
para 42 por 1000 nascidos vivos em 2010. A mortalidade infantil evoluiu de 150
óbitos por 1000 nascidos vivos em 2001 para 101 em 2011. A mortalidade em
menores de cinco anos passou de 250 em 2001 para 167 em 2011. A mortalidade
em adultos (15-60 anos) em 2012 era de 314 por 1000 habitantes comparando
com a taxa média de 383 por 1000 habitantes na região Africana (Tabela 1).

Tabela 1 Principais indicadores de saúde em Angola e na Região Africana

Indicadores Angola Região Africana

Esperança de vida 62 Anos 58 Anos


Taxa de Mortalidade Neonatal 42 / 1000 NV 36 / 1000 NV
Mortalidade em menores de 1 ano 101 / 1000 NV 60 /1000 NV
de idade
Mortalidade em menores de 5 anos 167 / 1000 NV 90 / 1000 NV
de idade
Mortalidade materna 4,5 / 1000 NV 5 /1000 NV
Taxa de mortalidade em adultos 15- 314 /1000 Hab 383 / 1000 Hab
60 anos de idade
Acesso aos serviços de saúde 44,6% Informação não disponível
Fonte: PNDS 2012-2025

Apesar da melhoria registada nos indicadores de saúde, Angola ainda tem uma
elevada taxa de mortalidade materna, infantil e infanto-juvenil, alta incidência
de doenças infecciosas e parasitárias com destaque para as grandes endemias,
doenças respiratórias e doenças diarreicas, um nível de malnutrição ainda
elevado em menores de 5 anos, epidemias recorrentes de cólera, raiva, sarampo
e malária, e um aumento exponencial das doenças crónicas não transmissíveis,

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incluindo os traumatismos por sinistralidade rodoviária e violência. As doenças


transmissíveis são responsáveis por mais de 50% dos óbitos registados na
população geral.

Entre 2013 e 2016, o Sistema de Vigilância Epidemiológica detectou cinco


epidemias, nomeadamente, a da febre-amarela (888 casos), da malária
(3.254.270 casos), do sarampo (27.259 casos), da raiva (230 casos) e da cólera
(6.655 casos).

Os problemas de saúde actuais estão relacionados com as determinantes da


saúde e ao fraco desempenho do Sistema Nacional de Saúde. Os serviços de
saúde enfrentam problemas de gestão dos recursos humanos, materiais e
financeiros para além de estarem sub-financiados, o que constitui um enorme
desafio.

Os principais problemas actuais do Sistema Nacional de Saúde incluem:

 Qualidade dos cuidados de saúde e cobertura sanitária ainda insuficientes;

 Fraco sistema de referência e contra referência entre os três níveis do Serviço


Nacional de Saúde;

 Recursos humanos insuficientes sob o ponto de vista quantitativo e


qualitativo e má distribuição do pessoal nas áreas rurais e periurbanas;

 Fraquezas no Sistema de Gestão em Saúde, incluindo o sistema de


informação, de logística e de comunicação;

 Insuficiência de recursos financeiros e inadequação do modelo de


financiamento;

 Fraca colaboração intersectorial na promoção das determinantes da saúde,


tais como, o acesso à água potável, energia, higiene e saneamento.

Em relação às infraestruturas, sublinha-se que a rede pública de prestação de


cuidados de saúde é constituída por 3.023 unidades sanitárias, sendo 2.120 postos
de saúde, 700 centros de saúde, 145 hospitais municipais, 46 hospitais provinciais
e 12 hospitais centrais.

O País conta actualmente com a Política Nacional Farmacêutica aprovada pelo


Decreto Presidencial nº 180/10 de 18 de Agosto de 2010. O aprovisionamento de
medicamentos e outros meios médicos é assegurado pela Central de Compras
e Aprovisionamento de Medicamentos e Meios Médicos (CECOMA), criada ao
abrigo do Decreto Presidencial nº 34/11, de 14 de Fevereiro de 2011. Contudo, o

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sector farmacêutico necessita de uma abordagem integrada para aumentar a


cobertura da população em medicamentos essenciais seguros e a um custo
acessível.

Quanto aos dispositivos médicos, existe uma multiplicidade de marcas e modelos,


o que dificulta grandemente as intervenções de manutenção dos mesmos.
Constata-se que existem equipamentos que foram adquiridos e não se
encontram instalados nas unidades sanitárias por razões diversas,
nomeadamente: inadequação do local de funcionamento, inexistência de
normas e falta de padronização. O recrutamento e a formação de profissionais
de electromedicina, bem como a sua colocação, constituem, por si só, um
enorme desafio, face ao constante aliciamento do sector privado.

Há uma distribuição assimétrica de recursos humanos em Angola, com uma


concentração excessiva nos grandes centros urbanos. Com a iniciativa da
expansão da formação de médicos, através da criação de cinco novas
Faculdades de Medicina Pública em Cabinda, Malanje, Benguela, Huambo, e
Huíla, está a ser reforçado o número de médicos em Angola.

Ao longo da última década, os recursos financeiros públicos atribuídos ao sector


não evoluíram favoravelmente. A percentagem do OGE alocada ao sector
Saúde subiu de 4,65% em 2006, para 8,38% em 2009, tendo reduzido para uma
percentagem actual de 4%. Contudo, em 2008 na Conferência de
Ouagadougou, Angola subscreveu o compromisso de criar um ambiente
favorável ao aumento dos recursos afectados para o sector da saúde, de modo
a elevá-los, progressivamente a, pelo menos, 15% do Orçamento Nacional.
Tendo em conta a necessidade de sustentabilidade financeira, a tendência
actual do orçamento da saúde constitui um obstáculo para responder as
necessidades crescentes em matéria de saúde.

3. Política Nacional de Saúde


A Política Nacional de Saúde e o respectivo Plano Nacional de Desenvolvimento
Sanitário (PNDS 2012-2025), como documentos fundamentais de orientação e
gestão destinam-se a garantir o desempenho do Serviço Nacional de Saúde,
com vista à melhoria do estado de saúde e qualidade de vida da população
angolana. Num ambiente de estabilidade política, os referidos instrumentos
deverão contribuir para a execução da política nacional de desenvolvimento
através do seu apoio ao crescimento económico, à protecção do ambiente e à
inclusão social.

A promoção da saúde dos trabalhadores do sector agrícola e industrial, por


exemplo, será uma boa forma de contribuir para o crescimento económico. O
sector formal e informal da agricultura é o que mais emprega em particular no
meio rural, sendo a principal fonte de trabalho e renda para as famílias mais

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pobres e desfavorecidas. O investimento na agricultura, incluindo a saúde dos


agricultores é um modo importante de promover a segurança alimentar, apoiar
a indústria alimentar e prevenir a malnutrição crónica. Deste modo, o sector da
saúde deverá de forma especial investir mais nas infraestruturas de Programas
Dirigidos contribuindo deste modo ao melhor desempenho dos trabalhadores
envolvidos no aumento da produção nacional e das exportações de
determinados produtos. A protecção do ambiente pela preservação e
promoção de medidas que reduzam os riscos ambientais para a saúde humana
incluindo a melhoria do acesso à água potável, higiene e saneamento do meio.
No âmbito da abordagem comum da saúde humana e animal, é importante
também a criação de um mecanismo intersectorial para uma melhor gestão da
interface entre o meio selvagem e urbano no sentido da prevenção de zoonoses
de potencial epidémico e de infecções por outros agentes patogénicos
emergentes e re-emergentes. A inclusão social como estratégia de
consciencialização, solidariedade social e participação dos cidadãos e de
outros agentes interessados no processo nacional de desenvolvimento sanitário
sobretudo no tocante às medidas de promoção da saúde, prevenção das
doenças e protecção social em relação ao acesso a cuidados de saúde.

Estas três abordagens estão interligadas e deverão funcionar em sinergia


contribuindo progressivamente para a qualidade de vida e bem-estar dos
angolanos. Por outro lado, esta estratégia contribuirá para maior resiliência das
estruturas e instituições do Estado na perspectiva de desenvolvimento humano
sustentável. Isto pressupõe um paradigma heurístico a partir da análise e
compreensão das necessidades de todos os cidadãos e a criação de
oportunidades para que as comunidades possam aceder a mecanismos de
participação em programas que visam melhorar a sua própria saúde.

O Estado garantirá a protecção da saúde pública através de políticas de


equidade social que eliminem as iniquidades em saúde e garantam a protecção
social. O objectivo principal é melhorar a qualidade de vida e o bem-estar físico,
mental e social da população através da promoção dos factores determinantes
da saúde e do desempenho das estruturas e instituições do Sistema Nacional de
Saúde. O alcance deste objectivo pressupõe o acesso universal aos cuidados de
saúde através do processo de municipalização dos serviços de saúde e a
consolidação do papel dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário
(ADECOS). Em suma, a política de saúde deverá ter em conta os processos de
reforma macroeconómica, o crescimento demográfico e as mudanças do meio-
ambiente.

O Plano quinquenal do sector da saúde 2018-2022 terá como objectivo geral


reforçar a capacidade e desempenho do Sistema Nacional de Saúde com vista
a melhoria do estado de saúde, aumento da esperança de vida e participação
mais activa da população no processo de desenvolvimento económico e social
do país. Para alcançar esta finalidade o PND 2018-2022 incidirá sobre os seguintes
programas principais:

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1. Organização e gestão do Sistema Nacional de Saúde;

2. Regulação da saúde em Angola;

3. Prevenção e controlo das doenças pela abordagem das


determinantes da saúde;

4. Prestação de cuidados de saúde primários e assistência hospitalar;

5. Planeamento, gestão e desenvolvimento de Recursos Humanos;

6. Desenvolvimento da investigação em saúde e da Rede Nacional de


Laboratórios;

7. Gestão do sector de medicamentos e equipamentos médicos;

8. Reforço do Sistema de Informação Sanitária;

9. Financiamento do Sistema Nacional de Saúde;

10. Desenvolvimento do quadro institucional;

11. Cooperação internacional.

Os objectivos estratégicos e os respectivos objectivos específicos estão


apresentados nos quadros apresentados na secção a seguir.

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4. Objectivo geral, objectivos estratégicos e específicos por


programa principal

Objectivo geral Objectivos estratégicos

1. Melhorar a organização, a gestão e o funcionamento do Sistema


Nacional de Saúde, através da afectação dos recursos
necessários e a adopção de normas e procedimentos que
aumentem a eficiência e a qualidade das respostas do SNS;

2. Promover e proteger a saúde pública através do reforço do papel


regulador do Estado em relação a agentes económicos e sociais
públicos, privados ou outros, que exerçam actividades suscetíveis
de influenciar directamente o estado de saúde da população;

3. Reduzir o peso das doenças através da promoção das


determinantes da saúde e da colaboração interssectorial em prol
da melhoria da qualidade de vida, com o objectivo de reduzir a
mortalidade materno-infantil e aumentar a esperança de vida à
nascença;

4. Melhorar a organização, gestão e funcionamento das unidades


Reforçar a capacidade e de saúde do país com vista a prestação de cuidados de saúde
desempenho do Sistema com qualidade satisfazendo os direitos e expectativas da
Nacional de Saúde com população;
vista a melhoria do
estado de saúde, 5. Melhorar a gestão dos recursos humanos com vista a cobertura
universal de cuidados de saúde com qualidade no país a todos os
aumento da esperança
níveis da pirâmide sanitária;
de vida e participação
mais activa da 6. Desenvolver capacidade institucional e humana no domínio da
população no processo investigação em ciências de saúde com vista a criar as bases
de desenvolvimento factuais para a tomada de decisões aos vários níveis do sistema
económico e social do de saúde;
país
7. Garantir o acesso da população aos medicamentos, vacinas e
dispositivos médicos essenciais seguros, eficazes e de qualidade,
aos melhores preços e promover o seu uso racional;

8. Produzir dados estatísticos e informações fiáveis e oportuna para a


tomada de decisões, o planeamento, a gestão dos recursos, bem
como, a avaliação da situação sanitária e da sua tendência;

9. Garantir o financiamento sustentável do Serviço Nacional de Saúde


que proteja as franjas mais desfavorecidos e vulneráveis da
população, assegurando a distribuição adequada das despesas
de saúde nas componentes de promoção, prevenção, tratamento
e reabilitação.

10. Actualizar o quadro institucional e Jurídico do Ministério da Saúde


com vista a alcançar os objectivos estratégicos deste PND;

11. Reforçar as parcerias no âmbito bilateral e multilateral em apoio


aos programas prioritários de saúde do Governo, de forma a
contribuir para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável.

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Programas principais Objectivos específicos

1. Rever o Estatuto Orgânico do Ministério da Saúde;

2. Desenvolver os mecanismos de colaboração intersectorial


para tratar das determinantes sociais da saúde;

3. Criar mecanismos para reforçar a aplicação da Lei sobre a


Organização e Funcionamento dos Órgãos da
Administração do Estado;

4. Criar uma estrutura encarregada da organização e gestão


dos Hospitais de acordo com as normas e padrões definidos
1. Organização e gestão
pela legislação da Administração Pública e do Sector;
do Sistema Nacional de
Saúde
5. Definir com o Ministério do Ensino Superior o estatuto de
hospital docente e regulamentar as funções docentes dos
profissionais de saúde;

6. Regulamentar as funções assistenciais dos médicos das


carreiras docentes, tendo em vista a melhoria do
desempenho dos hospitais docentes em matéria de
qualidade da assistência médica, docência e investigação;

7. Criar o Conselho Nacional de Saúde.

1. Implementar uma Política Nacional de Regulação da Saúde


com vista a reforçar a protecção da saúde pública e que
deverá integrar, harmonizar e reforçar o papel regulador do
Estado em relação a agentes económicos e sociais, públicos,
2. Desenvolvimento da privados ou outros, que exerçam actividades susceptíveis de
Regulação da Saúde influenciar directamente o estado de saúde da população;

2. Criar uma entidade reguladora da saúde para a área


farmacêutica, a acreditação e licenciamento de unidades de
saúde e a certificação de profissionais da saúde;

3. Definir o papel da medicina tradicional.

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Programas principais Objectivos específicos

1. Prevenir e controlar as doenças imunopreveníveis com destaque


para a erradicação da Poliomielite;

2. Prevenir, controlar e eliminar a Malária;

3. Prevenir e controlar as infeções sexualmente transmissíveis [IST]


incluindo a infecção pelo VIH/SIDA e da Sífillis;

4. Prevenir e controlar a Tuberculose;

5. Prevenir, controlar e eliminar a Tripanossomíase;

6. Prevenir, controlar e eliminar as doenças negligenciadas;

7. Prevenir, controlar e eliminar a Lepra;

8. Elevar o nível de prevenção e resposta às epidemias;

9. Promover as medidas de prevenção e controlo das doenças


crónicas não transmissíveis (cardiovasculares, renal crónica,
3. Prevenção e controlo diabetes, falciformação, cancro, buco-oral e perturbações
das doenças pela mentais);
abordagem das
determinantes da 10. Prestar cuidados de saúde para a sobrevivência materna, infantil
saúde; e infanto-juvenil incluindo a luta contra a malnutrição;

11. Desenvolver o programa de saúde dos adolescentes;

12. Criar um programa nacional de saúde dos idosos;

13. Lutar contra os factores de risco associados às doenças crónicas


(sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, drogas e acidentes);

14. Desenvolver o programa de Informação, Educação e


Comunicação para Saúde;

15. Desenvolver a Saúde Escolar;

16. Monitorizar os riscos ambientais com implicações na saúde


humana;

17. Criar o Programa Nacional de Prevenção de Traumatismos por


Acidentes de Viação e Violência;

18. Criar o Fundo de Urgências de Saúde Pública.

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Programas principais Objectivos específicos

1. Melhorar a organização, a gestão e o funcionamento das


unidades de saúde do país;

2. Definir o perfil dos profissionais e o quadro de pessoal necessário


para o funcionamento das unidades de saúde tendo em conta os
diferentes níveis de atenção;

3. Rever o pacote básico de cuidados de saúde e actualização da


lista essencial de medicamentos, dispositivos médicos e outros
produtos de saúde, tendo em conta o quadro epidemiológico do
país;

4. Consolidar o processo de municipalização dos cuidados de saúde


a nível primário;

5. Operacionalizar e perenizar o Programa Nacional de Agentes de


Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS), em parceria
com o Ministério da Administração do Território;

4. Prestação de 6. Operacionalizar a atenção secundária;


Cuidados de Saúde
Primários e Assistência 7. Operacionalizar a atenção terciária a nível regional e Nacional;
Hospitalar;
8. Redefinir a rede de unidades de saúde da Província de Luanda à
luz da nova divisão administrativa;

9. Criar e apetrechar um hospital de referência nacional, altamente


diferenciado, com profissionais e equipamentos diferenciados, com
o objectivo de reduzir significativamente as evacuações de
pacientes para o exterior do país e estimular o desenvolvimento da
investigação clinica em Angola;

10. Regulamentar o desenvolvimento do Subsistema de Saúde


Privado;

11. Criar condições materiais para a gestão dos resíduos hospitalares


e de serviços de saúde;

12. Dinamizar a organização e funcionamento do Instituto Nacional


de Sangue, incluindo a sua rede de serviços;

13. Consolidar a organização e gestão da Instituo Nacional de


Emergências Médicas de Angola (INEMA).

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Programas principais Objectivos específicos

1. Actualizar a metodologia para a elaboração do Plano Nacional e


dos Planos Provinciais de Desenvolvimento de recursos humanos
da saúde;

2. Prover os recursos humanos em saúde de acordo com as


necessidades normativas a nível municipal, provincial e central;

3. Reestruturar e criar novas carreiras do sector da saúde;

4. Criar e implementar o sistema específico de avaliação de


desempenho dos recursos humanos em saúde;

5. Promover a formação inicial e permanente dos recursos humanos


da saúde;

6. Fomentar a especialização pós-média e pós-graduação em


ciências da saúde, de acordo com as necessidades;
5. Planeamento,
7. Formar e capacitar profissionais em áreas prioritárias, tais como,
Gestão e
saúde pública, epidemiologia, estatística, gestão e administração,
Desenvolvimento de
logística e informática;
Recursos Humanos
8. Definir o perfil de saída, da qualidade e quantidade da formação
inicial e pós-graduada, certificação, distribuição e utilização dos
profissionais de saúde e outros;

9. Rever os critérios de contratação dos profissionais de saúde


estrangeiros;

10. Rever os critérios de admissão de médicos, com vista a aumentar a


cobertura médica junto das comunidades e que esteja estipulado
um mínimo de 3 anos de serviço obrigatório na periferia antes de
acederem aos internatos;

11. Rever com o Ministério de Administração Pública, Trabalho e


Segurança Social o regime horário de trabalho dos profissionais de
saúde;

12. Construir e apetrechar a Escola Nacional de Saúde Pública.

1. Implementar uma Política Nacional de Investigação em Saúde;

2. Operacionalizar um Plano Nacional de Investigação em Saúde;

3. Restruturar o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) e o Centro


de Investigação em Saúde de Angola (CISA) com vista a criação
6. Desenvolvimento da do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) que deverá
Investigação em abranger os centros regionais de investigação e os laboratórios
Saúde e da Rede regionais de referência;
Nacional de
Laboratórios 4. Criar a Comissão Nacional de Investigação Cientifica em Saúde
(CNIS);

5. Reforçar o laboratório nacional de referência para o


desenvolvimento da rede nacional de laboratórios;

6. Criar um sub-sistema de biossegurança.

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Programas principais Objectivos específicos

1. Melhorar o acesso da população a medicamentos, dispositivos


médicos e outros produtos de saúde de qualidade, a preços mais
acessíveis, de forma a contribuir efectivamente para a melhoria
da qualidade dos cuidados;

2. Criar o Laboratório Nacional de Controlo de Qualidade de


Medicamentos;

3. Garantir a qualidade e a permanente disponibilidade de


medicamentos essenciais nas unidades de saúde, em particular a
nível municipal

4. Rever e padronizar os procedimentos de aquisição e compra de


medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos de saúde;
7. Gestão do Sector de
Medicamentos e 5. Criar um sistema informatizado de controlo de medicamentos,
Dispositivos Médicos vacinas, e dispositivos médicos a fim de facilitar uma gestão mais
racional dos processos de aquisição, distribuição e utilização
destes meios;

6. Garantir que todos os medicamentos e dispositivos médicos


disponíveis nas unidades sanitárias sejam registados e certificados
pela entidade competente;

7. Fomentar a indústria farmacêutica nacional para a produção de


medicamentos e dispositivos médicos;

8. Inventariar, classificar e padronizar os dispositivos médicos


existentes no Serviço Nacional de Saúde e criar um mecanismo
para a sua manutenção em todas as províncias e unidades
hospitalares.

1. Implementar um Sistema de Informação e Gestão Sanitária


através da criação de uma plataforma digital do sector da saúde
com vista o reforço da gestão mais eficiente dos recursos e
optimização dos recursos, vigilância epidemiológica e
optimização dos resultados em termos de saúde, a nível central,
provincial e municipal;

8. Reforço do Sistema de 2. Promover a melhoria da vigilância integrada das doenças e


Informação Sanitária preparação das respostas a eventuais surtos e epidemias;

3. Georreferenciar as unidades de saúde;

4. Melhorar a qualidade da informação ao Executivo, à população


e aos parceiros sobre as acções e iniciativas no domínio da saúde
através da criação do Gabinete de Comunicação Institucional e
Imprensa do Ministério da Saúde.

1. Melhorar a eficiência na gestão dos recursos financeiros do


Serviço Nacional de Saúde e advogar para o aumento da
9. Financiamento do percentagem do OGE dedicado ao sector da saúde;
Sistema Nacional de
2. Actualizar as Contas Nacionais de Saúde;
Saúde;
3. Implementar um novo modelo de financiamento do Serviço
Nacional de Saúde que integre o seguro de saúde, entre outras
modalidades de financiamento.

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Programas principais Objectivos específicos

1. Consolidar a organização e funcionamento da Inspecção Geral da


Saúde;

2. Elaborar o Estatuto Orgânico do Ministério da Saúde no âmbito da


reforma do sector;

3. Propor legislação sobre o Direito dos Doentes em Angola;

4. Rever e submeter a proposta de Regulamento Sanitário Nacional;

5. Regulamentar a legislação existente sobre crimes contra a saúde


pública consignados na proposta do novo Código Penal Angolano;
10. Desenvolvimento do
6. Propor a lei sobre a Regulação da Saúde em Angola;
Quadro Institucional
7. Propor a legislação que aprove o estatuto da Entidade Reguladora
da Saúde de Angola;

8. Propor legislação complementar com vista a regulamentação da


Lei nº2/11 de 14 de Janeiro, de forma a definir e promover parcerias
público-privadas no sector da saúde;

9. Rever o Decreto Presidencial nº 01/03, de 21 de Janeiro sobre


subsídios de isolamento e fixação na periferia e o Decreto, nº 12/03
de 8 de Abril, do Conselho de Ministros sobre os incentivos para
compensar o risco de contágio, isolamento e outras condições de
trabalho difíceis dos profissionais de saúde.

1. Alinhar os recursos provenientes de parceiros internacionais com


programas prioritários, para uma maior sinergia e melhores
resultados na perspectiva de alcançar as metas relacionadas com
os Objectivos do PND e do Programa das Nacões Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável (2030);
11. Cooperação
Internacional 2. Estabelecer o fórum de consulta regular com os parceiros
internacionais bilaterais, multilaterais, agências de financiamento
internacional e outras agências de desenvolvimento interessadas
no desenvolvimento sanitário de Angola;

3. Rever e criar acordos bilaterais no domínio da saúde com vista a


busca de sinergias para apoiar o desenvolvimento sanitário
nacional.

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5. Indicadores

Indicadores dos programas principais

Indicadores Metas
Actual
2018 2019 2020 2021 2022
1. Esperança de vida à nascença (anos) 60,2 * * * * *

2. Taxa de mortalidade materna (por 100.000 285 280 275 270 265 260
nascidos vivos)

3. Nº de mortes maternas (total) 1093 1000 980 970 950 900

4. Taxa de mortalidade infantil (por 1000 nascidos


121 115 110 105 100 95
vivos)

5. Mortalidade em <1 ano N/D     

6. Mortalidade em <5 anos N/D     

7. Cobertura de vacinação (pentavalente 3 – 1ª 80% 83% 85% 90% 95% 95%


dose)

125 116 108 101 94 87


8. Incidência da malária (por 1.000 hab.)

2,1 2,0 1,9 1,8 1,7 1,6


9. Incidência da tuberculose (por 1.000 hab.)
10. Cobertura de Grávidas Seropositivas no 55% 65% 75% 85% 90% 95%
Programa de Prevenção da Transmissão Vertical
do VIH (PTV)

11. Taxa de ocupação de camas 58,73%     

12. Nº total de consultas externas sobre a população 0,34     

total
(n=8.267.874)

13. % de unidades de saúde de nível primário de


N/D 30% 50% 60% 70% 80%
atendimento com o pacote básico do serviço

14. Rácio de médicos por 10,000 habitantes 2.38 3.22 3.66 3.86 4.10 5.00

15. Rácio de enfermeiros por 10,000 habitantes 13.22 14.66 16.35 23.35 26.55 35.35

16. % de laboratórios acreditados da rede nacional 0% 5% 15% 20% 40% 60%


de laboratórios

17. Nº de artigos científicos publicados por ano N/D 10 12 14 18 20

18. % de Hospitais Municipais sem rotura de 0 20% 40% 60% 80% 95%
medicamentos essenciais

19. Nº de dispositivos médicos inventariados em 25% 50% 75% 85% 95% 100%
todos os níveis

20. Nº de autorizações de introdução no mercado 0% 25% 50% 75% 90% 100%


de medicamentos e dispositivos médicos

21. Nº de instituições e unidades ligadas a 0 50 100 200 300 400


plataforma do SIS

22. % de surtos investigados em 48 horas desde a 0 25 50 70 90 100


notificação do alerta

23. % do OGE para o Serviço Nacional da Saúde


4,35% 5,5% 6,5% 7,5% 8,5% 9,7%

16
República de Angola Contribuições do sector saúde
Ministério da Saúde para o PND 2018 - 2022

Indicadores dos programas principais

Indicadores Metas
Actual
2018 2019 2020 2021 2022
24. Nº de diplomas legais publicados
0 5 5 5 3 2
25. Nº de acordos de cooperação rubricados
(bilaterais e multilaterais 3 3 3 3 3 3

26. % da população que consome água potável ** ** ** ** ** **


27. % da população com latrina ou casa de casa de     

banho

28. Nº de traumatismos por acidentes de viação (por 5,6 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0
10.000 hab.)

N/D: não disponível (O MINSA vai passar a recolher estes dados);


* MPDT deverá completar;


O MINSA tem como meta reduzir em 50% até 2022 a mortalidade na população menor de 1 e 5 anos de idade;

Sendo estes, indicadores de “sistema de saúde”, são indicadores úteis para analisar a capacidade de resposta do sector
durante um período de tempo;
** O MINEA deverá preencher;


O MINAMB deverá preencher.

6. Considerações finais
A presente proposta é submetida ao Ministro e Chefe da Casa Civil do Presidente
da República como contribuição do Ministério da Saúde para o Programa
quinquenal de Governação do Executivo Angolano.

Feito aos 31 de Outubro de 2016.

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