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Economista vê risco de crise global e sugere ao Brasil acelerar reformas |... https://www.valor.com.br/brasil/5967403/economista-ve-risco-de-crise-g...

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05/11/2018 às 05h00

Por Assis Moreira | De Lausanne


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Fazenda dá pareceres contrários à renovação de


Durante seu mandato de quatro anos Jair ferrovias da Vale
Bolsonaro dificilmente escapará de 05h01
enfrentar uma nova recessão mundial. A
Joaquim Levy é sondado para presidir o BNDES
nova crise é uma questão de tempo e
poderá ser ainda mais difícil a combater, 04/11/2018 às 17h22
por causa da exaustão de instrumentos
como política monetária e estímulos Economista vê risco de crise global e sugere ao
Brasil acelerar reformas
fiscais e também o menor espaço para 05h01
cooperação internacional. Arturo Bries: "O Brasil já tocou o fundo do
poço; no curto prazo precisa mesmo é tentar Astronauta ainda não sabe se ensino superior irá
A avaliação é do professor Arturo Bris, resolver a crise atual" para Ciência e Tecnologia
05h01
diretor do Centro de Competitividade
Mundial da escola de administração IMD, de Lausanne (Suíça). Ele figura no
ranking dos cem acadêmicos de finanças mais lidos do mundo. Ver todas as notícias

Existe certo consenso de que a atual expansão global continuará em 2019,


com os EUA elevando seu deficit fiscal, a China mantendo flexibilidade na
política fiscal e expansão de crédito, e a Europa sustentando certo ritmo de
atividade. A partir de 2020, porém, as condições poderiam começar a
deteriorar em direção à crise, seguida por recessão global, na avaliação do
economista Nouriel Roubini, que foi um dos primeiros a cravar a deflagração
da crise de 2008.

Bris já vê sinais de pré-crise. As bolsas tiveram importantes quedas em várias


partes do mundo mais de uma vez este ano, com investidores inquietos com a
desaceleração do crescimento e efeitos de elevação dos juros nos EUA, por
exemplo, sobre emergentes altamente endividados.

Para Bris, o próximo governo no Brasil


"No indicador de eficiência deve levar em conta os riscos de nova
do governo do ranking IMD crise global. Mas sobretudo acelerar
de competitividade, o reformas para fazer o país sair de sua
Brasil está em último, pior própria crise de crescimento baixo. Leia a
que a Venezuela" seguir a entrevista:

Valor: Uma nova recessão global é só uma questão de tempo?

Arturo Bris: Sim, venho escrevendo sobre isso há um bom tempo. E no


contexto em que estamos agora, de guerra comercial potencial entre EUA e
China, ainda mais. A economia mundial mostra sinais de que estamos num
período de pré-crise. O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a prever
uma desaceleração do crescimento econômico mundial. Já chegamos ao pico
do ciclo econômico. Os mercados financeiros subiram demasiado. Não Por que a queda da moeda da China faz diferença
sabemos o que vai causar a próxima crise, nem quando. Posteriormente, no comércio mundial
30/10/2018
vamos dizer, ah, claro, sabíamos.

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Valor: Alguns analistas falam de nova crise a partir de 2020.

Bris: É difícil dizer, porque eu mesmo venho colocando data nos últimos
quatro anos, e a recessão não ocorre. Mas ela pode acontecer a qualquer
momento. Variação em %
Valor: O presidente eleito no Brasil terá portanto um cenário externo
12
complicado? Indicador out set ago
m*

Bris: Com certeza, esse é um bom ponto que não se tem em conta. O novo IPCA 0,48 -0,09 4,19
IGP-M 0,89 1,52 0,70 10,79
governo poderia acelerar as mudanças também para fazer frente à próxima
IGP-10 1,43 1,20 0,51 10,69
crise global. Uma visão demasiado interna pode ser contraproducente.
Prod. -1,8 -0,7 2,7
Industrial**
Valor: Há dois anos o sr. apontava a China como uma dos causas de uma
IBC-BR** 0,47 1,66
próxima crise global. E agora?
Veja as tabelas completas no ValorData
Bris: Agora também, e provavelmente até mais que antes. Primeiro, a
economia chinesa está mais débil do que há dois anos. O crescimento chinês Fontes: IBGE, FGV e BC. Elaboração Valor Data. * Acumulado
até o último mês indicado ** Dessazonalizado
desacelerou. Segundo, os problemas financeiros do país, particularmente a
dívida privada, aumentaram ainda mais. Num contexto de guerra comercial
com os EUA, isso é bem mais dramático. Os indicadores financeiros típicos,
como a volatilidade ou as taxas de poupança privadas, sinalizam crises nos
últimos anos. Quando a taxa de poupança diminui, é um indicador de crise
potencial. Com relação aos EUA, as políticas de Trump são as adequadas aos
EUA no curto prazo, mas inconsistentes no longo prazo. A politica de
substituição de importações não é consistente com taxas de juros baixos.
Também vai levar a um endividamento maciço do governo federal. No médio
prazo, o perigo é que Trump persista nessas políticas, e isso acabará mal, com
impacto no mundo inteiro.

Valor: O sr. concorda que o arsenal para enfrentar a próxima recessão é


limitado?

Bris: Sem dúvida. A regulação que temos agora [no setor financeiro] é muito
boa para prevenir as crises passadas, não para prevenir crises futuras, que
nem sabemos de onde virão. Uma das políticas exauridas é a política
monetária para enfrentar uma próxima crise. As taxas de juros não podem 05-11-2018
ser mais baixas. A política fiscal foi útil na crise de 2007. Nas crises seguintes,
vamos precisar realmente de políticas globais, porque aquelas que se
aplicaram em 2008 e 2009 foram políticas com perspectivas nacionais. Mas
para a próxima crise falta uma coordenação internacional que agora não
existe.

Valor: Ou seja, o risco pode ser maior, porque o espaço para cooperação
internacional diminuiu.

Bris: É certo que há menos possibilidade de cooperação internacional agora,


porque estamos nos fechando, subindo muros entre os países e nos focamos
muito mais em políticas locais. Esse é um grande problema. No caso de um
ataque cibernético que afete as redes de comunicação digital em nível global,
para responder a uma crise dessas de nada serve aos gigantes digitais uma
legislação local. E não temos uma regulação global. Acesse o índice do jornal impresso e selecione
as editorias e matérias que quer ler. Conteúdo
Valor: Para o novo governo no Brasil, como reagir à próxima recessão? exclusivo para assinantes.

Bris: É meio difícil dizer, mas o que não se deve fazer nunca antes de uma
crise é fixar a taxa de câmbio. É algo absurdo em meio a expectativa de uma
crise. É preciso ver o que ocorreu na Ásia em 1997, exatamente no mesmo
contexto. Países da região fixaram a taxa de câmbio e sofreram
desvalorizações maciças e crises financeiras e sociais fortes. Os países que
não tinham câmbio fixo não sofreram assim. Na minha visão, o Brasil já
tocou o fundo do poço. No curto prazo precisa mesmo é tentar resolver a
crise atual e não se preocupar muito com uma crise global possível. O Brasil
continua em crise no momento. O novo governo terá grande oportunidade
para adotar medidas como reforma da Previdência e na área de segurança e
de combate à corrupção, mas também medidas de longo prazo. O Brasil já

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perdeu uma grande oportunidade há dez anos com Lula, quando não fez as
reformas necessárias. Agora tem a segunda oportunidade para realmente
fazê-las.

Valor: O sr. é também diretor do Centro de Competitividade Mundial do


IMD. Seu último relatório coloca a competitividade da economia brasileira
em 60ª posição entre 63 países. Isso persistirá até quando?

Bris: O Brasil não podia estar pior. Por exemplo: no indicador de eficiência
do governo, o Brasil está no último lugar, pior que a Venezuela. Isso faz
alusão a deficiência do setor público, corrupção, finanças públicas,
transparência, excesso de regulação. O bom para o Brasil é que daqui para a
frente só pode melhorar.

Valor: Em cenário de guerra comercial,


"Vamos precisar de como o sr. vê a situação para o Brasil? Inovação
políticas globais, porque as
aplicadas em 2008 e 2009 Bris: Pode ser afetado, mas pode ser
tiveram perspectivas também beneficiado. Pode converter-se
nacionais" em sócio prioritário de qualquer um dos
dois nessa batalha. Mas numa guerra
comercial, os mais beneficiados são mesmo os que exportam mais valor
agregado, como Noruega, Suécia, Holanda. Já o Brasil exporta commodities.
Com relação à China [maior parceiro comercial do Brasil], algo importante de
mencionar é que se trata da economia mais protecionista do mundo. A
estratégia da China é se expandir no mundo o máximo que puder, mas
proteger o mercado interno. E só se abre ao exterior depois que dominou
realmente o mercado. Nesse sentido, o protecionismo de Trump é a resposta
natural ao protecionismo chinês. Os europeus abrem suas portas aos Ação imediata

chineses, mas tampouco eles têm a reciprocidade para operar da mesma


forma na China

Valor: No período 2019-2022, que coincide com o mandato de Jair


Bolsonaro, que questões deverão prosperar na economia global, a seu ver?

Bris: Um objetivo fundamental na economia mundial é reduzir as


O melhor conteúdo em economia, negócios e
desigualdades sociais. O populismo europeu, Bolsonaro no Brasil, Maduro na
finanças gratuitamente direto em seu e-mail.
Venezuela, Trump nos EUA, são respostas a essa desigualdade que aumentou
desde a crise [de 2008]. E temos agora também a desigualdade causada pela
Receba Gratuitamente
tecnologia. Os monopólios tecnológicos como Apple, Google, Facebook,
Amazon, estão criando desigualdades enormes entre os países e dentro dos
países. O fosso digital vai aumentar, e isso também necessita respostas
políticas, fiscais, de regulação. Eu sou muito favorável à taxação dos gigantes
da internet. Isso é necessário, pela desigualdade e porque fiscalmente é muito
justo. O imposto que pagam é mínimo. Além disso, eles são monopolistas,
extraem renda do consumidor porque a tecnologia é cara, e ainda não pagam
imposto. Na Europa, só o Reino Unido e a Espanha têm proposta para impor
taxa tecnológica. [O Brasil propôs à OMC a cobrança de imposto local sobre
gigantes da internet].

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