Sei sulla pagina 1di 28

CÁLCULO DIFERENCIAL

2
Cálculo Diferencial e Integral

SUMÁRIO

1. Derivadas ..................................................................................................................................... 3
1.1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.2. Conceito de Derivada ........................................................................................................... 5
1.2.1. Derivada da função f no ponto x0 .............................................................................. 6
1.2.2. Interpretação geométrica da derivada ......................................................................... 6
1.3. Derivadas das principais funções elementares ................................................................... 8
1.3.1. Derivada da função constante ...................................................................................... 8
1.3.2. Derivada da função potência ........................................................................................ 8
1.3.3. Derivada da função logarítmica .................................................................................... 9
1.3.4. Derivada da função exponencial .................................................................................. 9
1.3.5. Derivadas das funções trigonométricas ..................................................................... 10
1.4. Regras de derivação............................................................................................................ 10
1.4.1. Derivada da soma e da diferença ............................................................................... 10
1.4.2. Derivada de constante vezes função .......................................................................... 11
1.4.3. Derivada de um produto ............................................................................................. 11
1.4.4. Derivada de um quociente .......................................................................................... 12
1.5. Regra da cadeia ................................................................................................................... 13
1.5.1 Função composta ........................................................................................................ 15
1.5.2 Regra da cadeia (função composta) ........................................................................... 16
1.6. Derivadas sucessivas .......................................................................................................... 18
1.7. Aplicações de derivadas ..................................................................................................... 19
1.7.1. Crescimento e decrescimento de funções ..................................................................... 19
1.7.2. Concavidade e ponto de inflexão ................................................................................... 21
1.7.3. Aplicação a máximos e mínimos de funções ................................................................. 23
1.7.4. Problemas de otimização ................................................................................................ 24
1.8. Bibliografia .......................................................................................................................... 28
3
Cálculo Diferencial e Integral

1. Derivadas
1.1. Introdução
O conceito de derivada foi introduzido em meados do século XVII em estudos de
problemas da Física associados à pesquisa dos movimentos.
 Isaac Newton
 Leibiniz
 Lagrange

Taxa média de variação de uma função f

f (x)

f ( x1 )

f

f ( x0 )

x

x0 x1 x

Figura 1.1

Seja a função f x  e sejam x0 e x1 dois pontos de seu domínio; sejam f  x0  e f  x1  as


correspondentes imagens.

A taxa média de variação de f , para x variando de x0 até x1 é dada por:

f f  x1   f  x 0 

x x1  x0

Essa taxa mede a variação da imagem em relação à variação de x .


4
Cálculo Diferencial e Integral

Exemplo: Seja f x   x 2 , x0  1 e x1  3

f (x )

1 3 x

Figura 1.2

f f  x1   f  x0  9  1 8
   4
x x1  x0 3 1 2

Reta tangente

f (x)

f ( x0 )

f (x)

x x0 x

Figura 1.3

P   x0 , f x 0 
Q  x, f  x 
QP

Fazendo Q se aproximar de P, a reta PQ tende a uma posição limite: a reta t .


t é chamada reta tangente à função f no ponto P, desde que seja não vertical.
5
Cálculo Diferencial e Integral

Q se aproxima de P tanto pela esquerda quanto pela direita. Em ambos os casos, a reta PQ tende a
t.

f (x)
t1 t2

f ( x0 ) . P

x0 x

Figura 1.4

A figura 1.4 mostra um caso em que a reta tangente ao ponto P de f x  não existe, pois
P   x0 , f  x0  é um ponto anguloso (bico).

1.2. Conceito de Derivada


Para calcular a inclinação da reta tangente ao gráfico de f no ponto P   x0 , f  x0  ,
procede-se da seguinte forma:

f (x)

f ( x0  x)

f ( x0 )

x

x0 x0  x x

Figura 1.5
6
Cálculo Diferencial e Integral

Tomamos o ponto Q   x0  x, f  x0  x  e calculamos:

Q  P   x0  x, f  x0  x    x0 , f  x0   x, f  x0  x   f ( x0 )

A inclinação da secante PQ é dada por:

f x0  x   f x0 
mPQ 
x

Fazendo-se Q se aproximar de P, fazendo x  0 , a reta secante PQ tenderá à reta t


tangente ao gráfico de f em P. Dessa forma, a inclinação m .

lim lim f  x0  x   f  x0 
m m PQ 
x  0 x  0 x

O segundo membro recebe o nome de derivada de f em x0 .

1.2.1. Derivada da função f no ponto x0

Seja f x  uma função e x0 um ponto de seu domínio. Define-se derivada da função f no


ponto x0 , e se indica por f x0  , como sendo o número:

lim f  x0  x   f x0 
f  x0  
x  0 x

Supondo que o limite existe e é finito, caso em que a função f é derivável no ponto x0 . Indica-se
df  x0  dy  x0 
a derivada de f x  no ponto x0 por f x0  ou ou ainda .
dx dx

1.2.2. Interpretação geométrica da derivada

f x0  é a inclinação da reta tangente ao gráfico f no ponto P   x0 , f  x0  .

Exemplo: Calcule, pela definição, a derivada de f  x   5 .

Resolução:
lim f  x  x   f x 
Pela definição, f  x  
x  0 x
7
Cálculo Diferencial e Integral

f (x)

f ( x )  f ( x  x )  5

x x  x x
Figura 1.6

f  x  x   f  x   5  5  0

lim 0 lim
f  x    0  0
x  0 x x  0

Exemplo: Calcule, pela definição, a derivada de f x   ax  b; a, b   .

f ( x  x)  f  x   a x  x   b  ax  b   ax  ax  b  ax  b  ax

lim f  x  x   f  x  lim ax lim


f  x     f  x   aa
x  0 x x  0 x x  0

f  x   a

Exemplo: Calcule, pela definição, a derivada de f  x   x 2 .

 
f ( x  x )  f  x    x  x   x 2  x 2  2 xx  x 2  x 2  x 2  2 xx  x 2  x 2  2 xx  x 2
2

f ( x  x)  f x   x(2 x  x)

lim f  x  x   f  x  lim x(2 x  x) lim


f  x     ( 2 x  x )  2 x  0  2 x
x  0 x x  0 x x  0

Se quisermos a derivada no ponto x0  2 , por exemplo, basta calcularmos f 2  2  2  4

2
Exercício: Dada a função f ( x)  x 3 , mostre, usando a definição de derivada, que f ' ( x)  3x .
8
Cálculo Diferencial e Integral

1.3. Derivadas das principais funções elementares

1.3.1. Derivada da função constante

Se f x   c (função constante), então f x   0 , para todo x .

Demonstração:

lim f  x  x   f  x  lim c  c lim


f  x     00
x  0 x x  0 x x  0
para todo o x .

Exemplos:

f  x   5  f  x   0
f  x    2  f  x   0
f  x   e 1  f  x   0

1.3.2. Derivada da função potência

Se f  x   x n , então f  x   n x n1

Demonstração:

Consideremos n e N

f  f  x  x   f  x    x  x   x n
n

Usando a fórmula do Binômio de Newton,

n  n  n  1
f  x n    x n1 x     x n2 x   ...    x x n1  x n  x n
1 2

1  2  n  1
f  n  n1  n  n2  n  1
   x    x x   ...    x x n2  x n1
1

x  1  1
   n  1 

Quando x  0 , todos os termos do segundo membro tendem a zero exceto o primeiro.

lim f  n  n 1 n!
   x  x n 1  n x n 1
x  0 x  1  1!n  1!
9
Cálculo Diferencial e Integral

Exemplos:

f x   x3  f x   3x 2

f x   x 5 
d 5
dx
 
x  5x4

 
f x   x 2  x 2  2 x
1 3
f x    x 3  f x   3x  4 
3
x x4

f x   x  x
1
2   x   12 x 1
2 1 
1  12
2
x 
1

1
2 x 2 x
x
x

x
2x

1.3.3. Derivada da função logarítmica

1
Se f  x   ln x , então f  x   (para x  0) .
x

Demonstração:

 x  x   x 
f  ln x  x   ln x  ln    ln1  
 x   x 
1

f 1  x   x  x
 ln1    ln1  
x x  x   x 

x
Fazendo m  , então , quando x tende a 0, m também tende a 0. Portanto:
x

lim f lim lim  1 1 


ln 1  m  mx   ln 1  m  m  
1

x  0 x m0 m  0 x 

1  lim
1 lim
ln 1  m  m  ln 1  m  m 
1 1

x m0 x m  0 

lim lim f 1 1 1
1  m  m  e , então  ln e  , ou seja, f  x  
1
Por definição,
m0 m  0 x x x x

1.3.4. Derivada da função exponencial

Se 𝑓(𝑥) = 𝑎 , então 𝑓 (𝑥) = 𝑎 ln 𝑎


x  R (com a  0 e a  1 ).
10
Cálculo Diferencial e Integral

Demonstração:
f ( x)  a x
Aplicando ln em ambos os lados da equação, teremos:
ln f ( x)  ln a x  x ln a
ln f ( x)  x ln a  g ( x)  g ( x)  x ln a
Aplicando a regra da cadeia,
1
g ' ( x)  f ' ( x)
f ( x)
Por outro lado, g ' ( x)  ln a . Consequentemente,
f ' ( x)
 ln a  f ' ( x)  f ( x) ln a  a x ln a
f ( x)

Exemplo: f ( x)  e x
f ' ( x)  e x ln e  e x , pois ln e  1

Exemplo: f ( x)  3 x

f ' ( x)  3 x ln 3

1.3.5. Derivadas das funções trigonométricas

f (x) 𝑓 (𝑥)
senx cos x
cos x  senx
tgx sec 2 x
cos sec x  cos sec x cot gx
sec x sec x tgx
cot gx  cos sec 2 x

Onde x ângulo medido em radianos.

1.4. Regras de derivação

1.4.1. Derivada da soma e da diferença

Se 𝑢 e 𝑣 são deriváveis:
(𝑢 + 𝑣) = 𝑢 + 𝑣′
(𝑢 − 𝑣) = 𝑢 − 𝑣′
11
Cálculo Diferencial e Integral

Obs: Essa propriedade pode ser estendida a uma soma de n funções, ou seja:

Se f  x   f1  x   f 2  x   ...  f n  x  ,

então f  x   f1 x   f 2 x   ...  f n x 

Exemplo 1: Calcule a derivada de f  x   x5  x 2

f  x   ( x 5 )'  ( x 2 )'  5x 4  2 x

Exemplo 2: Calcule a derivada de f  x   2 x  1

f  x   (2 x)'  (1)'  2  0  2

Exercício: Demonstre, pela definição, a regra da soma e da diferença.

1.4.2. Derivada de constante vezes função

Se f é derivável em x e k uma constante:


(𝑘 𝑓) = 𝑘 𝑓′

d
Exemplo 1: 3x   3 d x  3  1  3
dx dx

     
Exemplo 2: 20 x 7  20 x 7  20 7 x 6  140 x 6

d  x2  1 d 2 1 1
Exemplo 3:    ( x )  2x  x
dx  8  8 dx 8 4

1.4.3. Derivada de um produto

Se u e v são deriváveis em x :
f x   u v
f ' x   u v  '  u ' v  u v '

dh
Exemplo 1: h x   2 x  33x  1 . Calcule .
dx
12
Cálculo Diferencial e Integral

hx   2 x  3 3 x  1  2 x  33 x  1


 23 x  1  2 x  3 3
 6x  2  6x  9
 12 x  7

Exemplo 2:  
f x   x 2  1 ln x . Calcule f  x  .

 
 
f x   x 2  1 ln x  x 2  1 ln x  

 2 x  ln x  x 2  1  1x
 2 x ln x 

x 2  1 2 x 2 ln x  x 2  1


x x
x 2 2 ln x  1  1

x

1.4.4. Derivada de um quociente

Se u e v são deriváveis em x :
u
f x  
v
'

 u  ' u ' v  u v'


f ' x     
v v2
 x2 1
Exemplo 1: Calcule a derivada de f ( x )    .
 x  3 

Exercícios: Calcule as derivadas das funções a seguir:

30
1) f ( x)  x  x
10
2) f ( x)  x  x  1
2
3) f (u )  u  3
25 9
4) f (t )  t  t  1
2 4
5) f ( x)  1  x  x
2
6) f ( x)  100x
x4
7) f ( x ) 
4
8) f ( x)  7 x
13
Cálculo Diferencial e Integral

 10 2
9) f ( x)  x  1 x  1  
 2 2x  4 x 
10) f ( x )   3 x   1  x  
 7  9
11) f ( x )  x ln x
2
12) f ( x)  3x  2 ln x
3
13) f ( x )  x  1
x
14) f ( x)  2
x 1
1 3
15) f ( x)  x  2  10
x

1.5. Regra da cadeia

Dada a função f ( x)  ln ( x 2  1) , como calcular f ' ( x) ?


df
Ou, ainda, se f ( x)  (2 x  1)100 , como calcular ?
dx

Nenhuma das regras aprendidas nos itens 1.3 e 1.4 ajuda a resolver os problemas acima.

d 1
É claro que ln( x 2  1) NÃO é igual a 2
dx x 1
d
e que (2 x  1)100 NÃO é igual a 100 (2 x  1) 99
dx
d
Exemplo 1: Para calcular ln( x 2  1) , procedemos da seguinte maneira:
dx

2
 Fazemos f ( x)  ln ( x  1) .
Chamamos u  x 2  1 . Então, f (u )  ln u
 Aplicamos a regra da cadeia: f ' ( x )  f ' (u ). u '
1 1
f (u )  ln u  f ' (u )   2
u x 1

u  x 2  1  u'  2x
1 2x
 f ' ( x)  2
2x  2
x 1 x 1

Exemplo 2: Calcular a derivada de f ( x)  (2 x  1)100 .


14
Cálculo Diferencial e Integral

 Fazemos u  2 x  1 . Então, f (u )  u100 .

 Aplicamos a regra da cadeia: f ' ( x)  f ' (u). u'

f ' (u )  100 u 99

u'  2
 f ' ( x)  100 u 99  2  200 u 99  200 2 x  199

2
3 x 5
Exemplo 3: f ( x)  e x
Empregando a regra da cadeia,
u  x 2  3x  5
f (u)  e u
f ' ( x)  f ' (u ) u '

f ' (u )  e u

u'  2x  3
2
 3 x 5
f ' ( x )  e u ( 2 x  3)  e x ( 2 x  3)

Exemplo 4: Seja f ( x)  senx2 . Calcule f ' ( x) .


u  x2
f (u )  sen u
f ' ( x)  f ' (u ) u '
f ' (u )  cos u
u'  2x
f ' ( x)  cos u  2 x  2 x cos x 2

Exemplo 5:
 x  df
f ( x)  cos . Calcule
 x 1 dx
df  x  d  x 
  sen   
dx  x  1  dx  x  1 

d  x  1   x  1  x  1 x  1  1 1
   
dx  x  1  x  1 2
x  1 x  12
2

df  x  1
  sen 
 x  1   x  1
2
dx
15
Cálculo Diferencial e Integral

Exercícios: Calcule as derivadas seguintes


1) f ( x )  1  3 x 4
2) f ( x )  x 2  x  1
34


3) f ( x)  ln x 2  1 
4
1 x2 
4) f ( x)   
2 
1  x 
7
5) f ( x) 
x  33
1
6) f ( x) 
1  x 2 4
2
4  3x 2 
7) f ( x)  
3 2
 1 5 x  x 2  
3

8) f ( x) 
3x x 2

2

x 1
2

 x 
9) y  ln 
 x  1
ln (2  x 2 )
10) y 
2  x2
(2 x 2  1)
11) y 
1 x
ln (e 3 x 1  2 x)
12) y 
3x  2x

1.5.1 Função composta

x g (x ) f ( g ( x))
  

f g

Sejam f e g funções tais que, para todo x do domínio A de g, g x  está no domínio de f .


Define-se função composta de f e g , indicada por f  g , como sendo a função de domínio A
dada por:

 f  g x   f g x 
16
Cálculo Diferencial e Integral

Exemplo 1: Se f  x   ln x e g  x   x 2  1 , então:

 f  g x  f g x    
f x 2  1  ln x 2  1 
Exemplo 2 : se f x   x100 e g  x   2 x  1 , então

f  g  x   f  g  x   f 2 x  1  2 x  1
100

Exemplo 3: Calcule f  g e g  f nos casos:

a) f x   1  x e g  x   2x 5

 f  g x  f g x   
f 2x 5  1  2x 5
g  f x   g  f x   g (1  x)  21  x 5

b) f  x   ln x e g  x   x 4  x 2  1

 f g x   f g x  f x 4  x2  1  lnx 4  x 2  1


g  f x   g  f x   g (ln x)  g ln x 4  ln x 2  1

1.5.2 Regra da cadeia (função composta)


Se g é derivável em x , f é derivável em g  x , e f  g está definida, então

f  g   x   f g  x   g x 

Exemplo 1: se f  x   ln x e g  x  x 2  1 , então

 f g x  f g x  f x 2  1  lnx2  1


1 1 1
f  x    f  g  x    2
x g x  x  1
g  x   2 x

f 
 
 g  x   ln x 2  1   1 2x
2x  2
x 1
2
x 1

Exemplo 2: Se f x   x100 e g  x   2 x  1 , então

f  g  x   f  g  x   f 2 x  1  2 x  1
100

f  x   100 x 99  f  g  x   100 2 x  1
99

g  x   2 x
 

 f  g  x   2 x  1100  100 2 x  199  2  200 2 x  199
17
Cálculo Diferencial e Integral

Exercícios: Calcule as derivadas de


f ( x )  3 x  1 4
1
1)
2)  
f ( x)  x 2  1
2
3

f ( x )  3 x  x 
1
3) 2 5

f ( x )  5 x  x 
100
4) 2

f ( x )  2 x  4 
1
5)
6) f ( x)  x4 1
7) 
f ( x)  ln x 2  4 
8) f ( x)  ln2 x  6
9)  
f ( x)  ln x 2
10) f ( x)  ln x  4
11) f ( x)  ln 2 x
12) f ( x)  ln x 
 1
f ( x)  ln1  
13)  x

14) f ( x )  3 ln 2 x
15) f ( x)  lnln x 
16) f ( x)  x  3 sen x
17) f ( x)  x sen x
18) y  sen x  10tg x
19) g t   t 3 cos t
x
20) y 
2  tg x
1  sen x
21) y 
x  cos x
sen x
22) y 
x2
1
23) y  cos 
 2
1
24) y  cos 
 x
25) f  x   2 3 x 6 x
2

2x
26) f  x  
3x  1
27) f x   e 2 x 2  5 x 
x

28) f  x   e2 x cos3x
1 x 
29) f  x   ln 
1 x 
18
Cálculo Diferencial e Integral

30) f  x   3 x 2  6 x  
101
x2
31) f  x   5 x  2 6 3 x  13
1

32) f  x   ln 7 x 2  4
2

1.6. Derivadas sucessivas

Seja f uma função definida num certo intervalo. A sua derivada f  é também uma função,
definida no mesmo intervalo. Podemos, portanto, pensar na derivada da função f  .
Definição
Seja f uma função derivável. Se f  for derivável, então a derivada é chamada derivada
d2 f
segunda de f e é representada por f  ou .
dx 2
Exemplo 1
f  x   3x 2  8 x  1
f  x   6 x  8
f   6

Exemplo 2
f  x   tg x
f  x   sec 2 x
f  x   2 sec x  sec x  tgx  2 sec2 x  tgx

Exemplo 3
f x   sen x
f x   cos x
f x    sen x
f x   cos x
f IV
x   sen x

Exercícios: Calcule as derivadas f , f  e f  .


1. f x   ln( x  1)
1 1
f  x   1 
x  1 x  1
f  x  
d  1  d
  x  11  x  12  1   1 2
dx  x  1  dx x  1
f  x  
d
dx
 
  x  1  2 x  1  1 
2 3 2
x  13
19
Cálculo Diferencial e Integral

1
2. f x   ;n4
ex
1
f  x    
d x
dx
e  e  x  x
e
1
f  x   e  x  1  e  x  x
e
1
f  x   e  x   x
e
1
f IV  x   e  x  x
e

1.7. Aplicações de derivadas

As derivadas têm inúmeras aplicações, dentre elas, crescimento e decrescimento de


funções, maximização e minimização de funções, concavidade e pontos de inflexão.
1.7.1. Crescimento e decrescimento de funções
Seja f uma função com derivada positiva em todos os pontos de um intervalo I . Como
f (x) é a inclinação da reta tangente ao gráfico no ponto ( x, f ( x)) , então qualquer reta tangente
ao gráfico no intervalo I tem inclinação positiva. Logo a função é crescente em I .
Analogamente, se f ( x )  0 para todo x no intervalo I , então a função f é decrescente.

Função crescente Função decrescente

Basta examinar o sinal da derivada nos pontos do intervalo I que não são extremidades do
mesmo. Tal conjunto recebe o nome de interior de I .
Se I  [a, b] , o interior de I é (a, b) .

Critério da derivada primeira para o crescimento e decrescimento


 Se f ( x)  0 para todo x do interior de I , então f é crescente em I .
 Se f ( x )  0 para todo x do interior de I , então f é decrescente em I .
20
Cálculo Diferencial e Integral

Exemplos:
y
a) f ( x)  2 x  3
f ' ( x )  2  0, x  
 f é crescente em  3

2
1

-2 -1 x

f ( x )  2 x  3
y
f ' ( x)  2  0, x  
 f é decrescente em 
3

2
1

1 2 x

Exemplos. Estude quanto ao crescimento e decrescimento a função f em cada um dos casos:


a) f ( x)  3x  3
f ' ( x)  3  0, x   y
 f é crescente em 

2
1

-2 -1 x

b) f ( x )  4 x  2
y
f ' ( x )  4  0, x  
 f é decrescente em 
3

2
1

1 2 x
c) f ( x)  x 2
21
Cálculo Diferencial e Integral

f ' ( x)  2 x y

Se x  0  f ' ( x)  0
 f é decrescente em  ,0
Se x  0  f ' ( x)  0
 f é crescente em 0,

Exercícios. Estude quanto ao crescimento e decrescimento a função f em cada um dos casos


abaixo:
a) f ( x)  5x 2
b) f ( x)  4 x 4
c) f ( x)  6 x 8
d) f ( x)  2 x 2  4 x  2
e) f ( x)   x 2  4 x  3
1
f) f ( x) 
x
1
g) f ( x)  
x
x 1
h) f ( x) 
x 1
1
i) f ( x)  x 
x
1
j) f ( x)  x 
x
x 1
4
k) f ( x)  2
x

Exercício. Mostre que a função f ( x)  x 3 é crescente.

1.7.2. Concavidade e ponto de inflexão


O gráfico de uma função f (x) , derivável, é côncavo para cima, no intervalo a, b  , se
x  a, b  , o gráfico da função nesse intervalo (exceto no ponto de abscissa x ) permanece acima
da tangente ao gráfico no ponto de abscissa x .
O gráfico de uma função f (x) , derivável, é côncavo para baixo, no intervalo a, b  , se
x  a, b  , o gráfico da função nesse intervalo (exceto no ponto de abscissa x ) permanece abaixo
da tangente ao gráfico no ponto de abscissa x .
22
Cálculo Diferencial e Integral

y y

a b x a b x

Concavidade para cima Concavidade para baixo


 Se f tem concavidade para cima, f ' é crescente em (a, b) .
Vale a recíproca do resultado acima:
 Se f ' é crescente (a, b) , f tem concavidade para cima.

Critério da derivada primeira para a concavidade


Seja f uma função derivável no intervalo (a, b) .
 f tem concavidade para cima em (a, b) se e somente se f ' é crescente em (a, b) .
 f tem concavidade para baixo em (a, b) se e somente se f ' é decrescente em (a, b) .
Suponhamos que f tenha derivada segunda em (a, b) e que f ' ' seja positiva em (a, b) .
Então, f ' é crescente em (a, b) e f tem concavidade para cima em (a, b) .
Resultado análogo vale caso f ' ' seja negativa em (a, b) .

Critério da derivada segunda para a concavidade


Seja f uma função derivável duas vezes em (a, b) .
 Se f ' ' ( x )  0 , x  ( a, b) , então f tem concavidade para cima em (a, b) .
 Se f ' ' ( x)  0 , x  ( a, b) , então f tem concavidade para baixo em (a, b) .

Exemplo. Estude, quanto à concavidade, a função f dada por f ( x)  x 3  x


Solução:
f ' ( x)  3x 2  1
f ' ' ( x)  6 x
Se x  0  f ' ' ( x)  0
 f tem concavidade para baixo em  ,0
Se x  0  f ' ' ( x)  0
 f tem concavidade para cima em 0,
23
Cálculo Diferencial e Integral

Ponto de inflexão
Um ponto do domínio de uma função em relação ao qual há uma mudança de concavidade
chama-se ponto de inflexão da função.

1.7.3. Aplicação a máximos e mínimos de funções


 Se f tem concavidade para cima em a, b  , e f ' ( x0 )  0 para todo x0  (a, b) ,
então x0 é ponto de mínimo de f .
 Se f tem concavidade para baixo em a, b  , e f ' ( x0 )  0 para todo x0  (a, b) ,
então x0 é ponto de máximo de f .

y y

a b x a b x

Ponto de mínimo Ponto de máximo

Exemplo. Seja f ( x )  x 2  1  x 2 . Mostre que f tem um ponto de mínimo e determine esse


mínimo.
Solução:

  1
f ( x)  x 2  1  x 2  x 2  1 2  x 2
1
2
 1
f ' ( x)  x 2  1 2 2 x  2 x 
x
 2x
x2 1
1
f ' ' ( x)  2
 x2 1
3

Claramente, f ' ' ( x)  0 , x   . Então f tem concavidade para cima.
Por outro lado, fazendo f ' ( x )  0
x  1 
 2x  0  x  2   0
x2 1  x 1
2

 x  0 é ponto de mínimo da função f .
f ( 0)  0 2  1  0 2  1
f (0)  1 é o mínimo solicitado.
24
Cálculo Diferencial e Integral

1.7.4. Problemas de otimização


Exemplo. A parte lateral de uma caixa é obtida dobrando-se uma faixa retangular de papelão de
comprimento 60cm e largura 20cm. Determine as dimensões x e y para que o volume seja
máximo.

x y x y
20 cm

x
60 cm
y
Solução:
V ( x)  Bh , onde B : área da base da caixa
h : altura da caixa = 20 cm
B  xy
V ( x)  Bh  20 xy (1)
2 x  2 y  60  y  30  x (2)
Subst. (2) em (1):
V ( x)  20x(30  x)  600x  20x 2
V ( x)  20x 2  600x
V ' ( x)  40 x  600
V ' ' ( x)  40  0 V tem concavidade para baixo (ponto de máximo)
Fazendo V ' ( x)  0 , teremos:
 40 x  600  0  40 x  600  x  15 , x  0;30
y  30  15  15

x  15 cm
y  15 cm

Exemplo. Deseja-se construir um espaço de lazer com formato retangular e 1.600m2 de área.
Quais as dimensões para que o perímetro seja mínimo?

x
Solução:

A área é dada por:


1600
A  x y  1600  y  (1)
x
25
Cálculo Diferencial e Integral

O perímetro é dado por:


P  2x  2 y (2)

Subst. (1) em (2):


1600
P ( x)  2 x  2
x
3200
P ( x)  2 x 
x
3200
P ' ( x)  2  2
x
3200 3200
P' ( x)  0  2  2  0  2  2  x 2  1600  x  40
x x
6400 6400
P' ' ( x)  3  P' ' (40)  0
x 403
 x  40 é ponto de mínimo

1600 1600
y   40
x 40
x  40 m y  40 m

Exemplo. Uma caixa com tampa quadrada usa um material para a tampa e para o fundo, que custa
R$ 4,00/m2 e um outro para lateral, que custa R$ 2,00/m2. O custo de cada caixa deve ser de R$
8,00. Quais devem ser as dimensões para que o volume da caixa seja máximo?

x
x
Solução:
AL : área da lateral da caixa
cL : custo/m2 da lateral da caixa
C L : custo da lateral da caixa
AT : área da tampa da caixa
cT : custo/m2 da tampa da caixa
CT : custo da tampa da caixa
AF : área do fundo da caixa
c F : custo/m2 do fundo da caixa
C F : custo do fundo da caixa
C : custo total da caixa = R$ 8,00
26
Cálculo Diferencial e Integral

Lateral

h
x x x x

AL  4 xh
c L  R$ 2,00/m2
C L  2 AL  2  4 xh  8 xh

Tampa e fundo

x
AT  AF  x 2
cT  c F  R$ 4,00/m2
CT  4 AT  4 x 2
C F  4 AF  4 x 2

C  CT  CF  CL  4 x 2  4 x 2  8xh  8x 2  8xh
Como C  R$ 8,00
1 x2
8  8 x 2  8 xh  1  x 2  xh  h  (1)
x
Como h  0 , x  1 e x  0
V ( x)  Bh  x  x  h  x 2 h (2)
Subst. (1) em (2):
1 x2
V ( x)  x2

x
 
 x 1  x2  x  x3

V ( x)  x  x 3

dV d 2V
 1  3x 2  6 x
dx dx 2

Em 0, 1 , a derivada segunda é negativa para x  0 , o que significa que V tem


concavidade para baixo.
dV 1 3 3
 0  1  3x 2  0  1  3x 2  x  
dx 3 3 3
27
Cálculo Diferencial e Integral

2
 3
1    3 6
 3  1
1 x 2
   9  9  63  2 3  2 3
h 
x 3 3 3 9 3 3 3 3
3 3 3
3 2 3
x h
3 3

Exemplo. Uma indústria farmacêutica deseja fabricar potes cilíndricos de 300ml de volume, para
armazenar um certo tipo de produto. Sabe-se que estes potes devem ter área mínima, para
reduzir o custo de impressão dos rótulos. De todos os cilindros de volume igual a 300ml, qual
possui menor área total (raio e altura)?
Solução:
Abrindo o cilindro temos:

V  Bh   r 2 h volume do cilindro
A  2 r 2  2 rh área total
300
V   r 2 h  300  h 
 r2
300 600
A  2 r 2  2 r  2 r 2 
r 2
r
600
A  2 r 2 
r
600
A'  4 r  2
r
600 600 600 150
A'  0  4 r   0  4 r  2  r 3  
r 2
r 4 
150 150
r3   r3  r  3,6 cm
 
300
h  h  7,2 cm
 3,6 2

r  3,6 cm h  7,2 cm
28
Cálculo Diferencial e Integral

1.8. Bibliografia

BOULOS, P., Calculo Diferencial e Integral + Pré-Cálculo, Volume 1. Makron, 2006.


BOULOS, P., ABUD, Z. I., Calculo Diferencial e Integral, Volume 2. Makron, 2002.
HAZZAN; MORETTIN; BUSSAB. Introdução ao Cálculo para Administração, Economia e
Contabilidade. Saraiva, 2009.
LARSON, R. Cálculo Aplicado - Curso rápido. CENGAGE Learning, 2011.
MEDEIROS, V. Z.; CALDEIRA, A. M.; SILVA, L. M. O.; MACHADO, M. A. S. Pré-Cálculo, 2ª edição.
CENGAGE Learning, 2010.
SILVA, F. C. M.; ABRÃO, M. Matemática Básica para Decisões Administrativas, 2ª edição.
Editora Atlas, 2008.
SPIEGEL, M. R., WREDE, R. C., Cálculo Avançado. 2ª ed., Coleção SCHAUM Bookman, 2003.
STEWART, J., et al. Cálculo, Volume I, 5ª edição. Thomson Learning, 2009.

Potrebbero piacerti anche