Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
2
Cálculo Diferencial e Integral
SUMÁRIO
1. Derivadas ..................................................................................................................................... 3
1.1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.2. Conceito de Derivada ........................................................................................................... 5
1.2.1. Derivada da função f no ponto x0 .............................................................................. 6
1.2.2. Interpretação geométrica da derivada ......................................................................... 6
1.3. Derivadas das principais funções elementares ................................................................... 8
1.3.1. Derivada da função constante ...................................................................................... 8
1.3.2. Derivada da função potência ........................................................................................ 8
1.3.3. Derivada da função logarítmica .................................................................................... 9
1.3.4. Derivada da função exponencial .................................................................................. 9
1.3.5. Derivadas das funções trigonométricas ..................................................................... 10
1.4. Regras de derivação............................................................................................................ 10
1.4.1. Derivada da soma e da diferença ............................................................................... 10
1.4.2. Derivada de constante vezes função .......................................................................... 11
1.4.3. Derivada de um produto ............................................................................................. 11
1.4.4. Derivada de um quociente .......................................................................................... 12
1.5. Regra da cadeia ................................................................................................................... 13
1.5.1 Função composta ........................................................................................................ 15
1.5.2 Regra da cadeia (função composta) ........................................................................... 16
1.6. Derivadas sucessivas .......................................................................................................... 18
1.7. Aplicações de derivadas ..................................................................................................... 19
1.7.1. Crescimento e decrescimento de funções ..................................................................... 19
1.7.2. Concavidade e ponto de inflexão ................................................................................... 21
1.7.3. Aplicação a máximos e mínimos de funções ................................................................. 23
1.7.4. Problemas de otimização ................................................................................................ 24
1.8. Bibliografia .......................................................................................................................... 28
3
Cálculo Diferencial e Integral
1. Derivadas
1.1. Introdução
O conceito de derivada foi introduzido em meados do século XVII em estudos de
problemas da Física associados à pesquisa dos movimentos.
Isaac Newton
Leibiniz
Lagrange
f (x)
f ( x1 )
f
f ( x0 )
x
x0 x1 x
Figura 1.1
f f x1 f x 0
x x1 x0
Exemplo: Seja f x x 2 , x0 1 e x1 3
f (x )
1 3 x
Figura 1.2
f f x1 f x0 9 1 8
4
x x1 x0 3 1 2
Reta tangente
f (x)
f ( x0 )
f (x)
x x0 x
Figura 1.3
P x0 , f x 0
Q x, f x
QP
Q se aproxima de P tanto pela esquerda quanto pela direita. Em ambos os casos, a reta PQ tende a
t.
f (x)
t1 t2
f ( x0 ) . P
x0 x
Figura 1.4
A figura 1.4 mostra um caso em que a reta tangente ao ponto P de f x não existe, pois
P x0 , f x0 é um ponto anguloso (bico).
f (x)
f ( x0 x)
f ( x0 )
x
x0 x0 x x
Figura 1.5
6
Cálculo Diferencial e Integral
Q P x0 x, f x0 x x0 , f x0 x, f x0 x f ( x0 )
f x0 x f x0
mPQ
x
lim lim f x0 x f x0
m m PQ
x 0 x 0 x
lim f x0 x f x0
f x0
x 0 x
Supondo que o limite existe e é finito, caso em que a função f é derivável no ponto x0 . Indica-se
df x0 dy x0
a derivada de f x no ponto x0 por f x0 ou ou ainda .
dx dx
Resolução:
lim f x x f x
Pela definição, f x
x 0 x
7
Cálculo Diferencial e Integral
f (x)
f ( x ) f ( x x ) 5
x x x x
Figura 1.6
f x x f x 5 5 0
lim 0 lim
f x 0 0
x 0 x x 0
f x a
f ( x x ) f x x x x 2 x 2 2 xx x 2 x 2 x 2 2 xx x 2 x 2 2 xx x 2
2
2
Exercício: Dada a função f ( x) x 3 , mostre, usando a definição de derivada, que f ' ( x) 3x .
8
Cálculo Diferencial e Integral
Demonstração:
Exemplos:
f x 5 f x 0
f x 2 f x 0
f x e 1 f x 0
Se f x x n , então f x n x n1
Demonstração:
Consideremos n e N
f f x x f x x x x n
n
n n n 1
f x n x n1 x x n2 x ... x x n1 x n x n
1 2
1 2 n 1
f n n1 n n2 n 1
x x x ... x x n2 x n1
1
x 1 1
n 1
lim f n n 1 n!
x x n 1 n x n 1
x 0 x 1 1!n 1!
9
Cálculo Diferencial e Integral
Exemplos:
f x x3 f x 3x 2
f x x 5
d 5
dx
x 5x4
f x x 2 x 2 2 x
1 3
f x x 3 f x 3x 4
3
x x4
f x x x
1
2 x 12 x 1
2 1
1 12
2
x
1
1
2 x 2 x
x
x
x
2x
1
Se f x ln x , então f x (para x 0) .
x
Demonstração:
x x x
f ln x x ln x ln ln1
x x
1
f 1 x x x
ln1 ln1
x x x x
x
Fazendo m , então , quando x tende a 0, m também tende a 0. Portanto:
x
1 lim
1 lim
ln 1 m m ln 1 m m
1 1
x m0 x m 0
lim lim f 1 1 1
1 m m e , então ln e , ou seja, f x
1
Por definição,
m0 m 0 x x x x
Demonstração:
f ( x) a x
Aplicando ln em ambos os lados da equação, teremos:
ln f ( x) ln a x x ln a
ln f ( x) x ln a g ( x) g ( x) x ln a
Aplicando a regra da cadeia,
1
g ' ( x) f ' ( x)
f ( x)
Por outro lado, g ' ( x) ln a . Consequentemente,
f ' ( x)
ln a f ' ( x) f ( x) ln a a x ln a
f ( x)
Exemplo: f ( x) e x
f ' ( x) e x ln e e x , pois ln e 1
Exemplo: f ( x) 3 x
f ' ( x) 3 x ln 3
f (x) 𝑓 (𝑥)
senx cos x
cos x senx
tgx sec 2 x
cos sec x cos sec x cot gx
sec x sec x tgx
cot gx cos sec 2 x
Se 𝑢 e 𝑣 são deriváveis:
(𝑢 + 𝑣) = 𝑢 + 𝑣′
(𝑢 − 𝑣) = 𝑢 − 𝑣′
11
Cálculo Diferencial e Integral
Obs: Essa propriedade pode ser estendida a uma soma de n funções, ou seja:
Se f x f1 x f 2 x ... f n x ,
f x ( x 5 )' ( x 2 )' 5x 4 2 x
f x (2 x)' (1)' 2 0 2
d
Exemplo 1: 3x 3 d x 3 1 3
dx dx
Exemplo 2: 20 x 7 20 x 7 20 7 x 6 140 x 6
d x2 1 d 2 1 1
Exemplo 3: ( x ) 2x x
dx 8 8 dx 8 4
Se u e v são deriváveis em x :
f x u v
f ' x u v ' u ' v u v '
dh
Exemplo 1: h x 2 x 33x 1 . Calcule .
dx
12
Cálculo Diferencial e Integral
Exemplo 2:
f x x 2 1 ln x . Calcule f x .
f x x 2 1 ln x x 2 1 ln x
2 x ln x x 2 1 1x
2 x ln x
x 2 1 2 x 2 ln x x 2 1
x x
x 2 2 ln x 1 1
x
Se u e v são deriváveis em x :
u
f x
v
'
30
1) f ( x) x x
10
2) f ( x) x x 1
2
3) f (u ) u 3
25 9
4) f (t ) t t 1
2 4
5) f ( x) 1 x x
2
6) f ( x) 100x
x4
7) f ( x )
4
8) f ( x) 7 x
13
Cálculo Diferencial e Integral
10 2
9) f ( x) x 1 x 1
2 2x 4 x
10) f ( x ) 3 x 1 x
7 9
11) f ( x ) x ln x
2
12) f ( x) 3x 2 ln x
3
13) f ( x ) x 1
x
14) f ( x) 2
x 1
1 3
15) f ( x) x 2 10
x
Nenhuma das regras aprendidas nos itens 1.3 e 1.4 ajuda a resolver os problemas acima.
d 1
É claro que ln( x 2 1) NÃO é igual a 2
dx x 1
d
e que (2 x 1)100 NÃO é igual a 100 (2 x 1) 99
dx
d
Exemplo 1: Para calcular ln( x 2 1) , procedemos da seguinte maneira:
dx
2
Fazemos f ( x) ln ( x 1) .
Chamamos u x 2 1 . Então, f (u ) ln u
Aplicamos a regra da cadeia: f ' ( x ) f ' (u ). u '
1 1
f (u ) ln u f ' (u ) 2
u x 1
u x 2 1 u' 2x
1 2x
f ' ( x) 2
2x 2
x 1 x 1
f ' (u ) 100 u 99
u' 2
f ' ( x) 100 u 99 2 200 u 99 200 2 x 199
2
3 x 5
Exemplo 3: f ( x) e x
Empregando a regra da cadeia,
u x 2 3x 5
f (u) e u
f ' ( x) f ' (u ) u '
f ' (u ) e u
u' 2x 3
2
3 x 5
f ' ( x ) e u ( 2 x 3) e x ( 2 x 3)
Exemplo 5:
x df
f ( x) cos . Calcule
x 1 dx
df x d x
sen
dx x 1 dx x 1
d x 1 x 1 x 1 x 1 1 1
dx x 1 x 1 2
x 1 x 12
2
df x 1
sen
x 1 x 1
2
dx
15
Cálculo Diferencial e Integral
3) f ( x) ln x 2 1
4
1 x2
4) f ( x)
2
1 x
7
5) f ( x)
x 33
1
6) f ( x)
1 x 2 4
2
4 3x 2
7) f ( x)
3 2
1 5 x x 2
3
8) f ( x)
3x x 2
2
x 1
2
x
9) y ln
x 1
ln (2 x 2 )
10) y
2 x2
(2 x 2 1)
11) y
1 x
ln (e 3 x 1 2 x)
12) y
3x 2x
x g (x ) f ( g ( x))
f g
f g x f g x
16
Cálculo Diferencial e Integral
Exemplo 1: Se f x ln x e g x x 2 1 , então:
f g x f g x
f x 2 1 ln x 2 1
Exemplo 2 : se f x x100 e g x 2 x 1 , então
f g x f g x f 2 x 1 2 x 1
100
a) f x 1 x e g x 2x 5
f g x f g x
f 2x 5 1 2x 5
g f x g f x g (1 x) 21 x 5
b) f x ln x e g x x 4 x 2 1
Exemplo 1: se f x ln x e g x x 2 1 , então
f g x f g x f 2 x 1 2 x 1
100
f x 100 x 99 f g x 100 2 x 1
99
g x 2 x
f g x 2 x 1100 100 2 x 199 2 200 2 x 199
17
Cálculo Diferencial e Integral
f ( x ) 3 x x
1
3) 2 5
f ( x ) 5 x x
100
4) 2
f ( x ) 2 x 4
1
5)
6) f ( x) x4 1
7)
f ( x) ln x 2 4
8) f ( x) ln2 x 6
9)
f ( x) ln x 2
10) f ( x) ln x 4
11) f ( x) ln 2 x
12) f ( x) ln x
1
f ( x) ln1
13) x
14) f ( x ) 3 ln 2 x
15) f ( x) lnln x
16) f ( x) x 3 sen x
17) f ( x) x sen x
18) y sen x 10tg x
19) g t t 3 cos t
x
20) y
2 tg x
1 sen x
21) y
x cos x
sen x
22) y
x2
1
23) y cos
2
1
24) y cos
x
25) f x 2 3 x 6 x
2
2x
26) f x
3x 1
27) f x e 2 x 2 5 x
x
28) f x e2 x cos3x
1 x
29) f x ln
1 x
18
Cálculo Diferencial e Integral
30) f x 3 x 2 6 x
101
x2
31) f x 5 x 2 6 3 x 13
1
32) f x ln 7 x 2 4
2
Seja f uma função definida num certo intervalo. A sua derivada f é também uma função,
definida no mesmo intervalo. Podemos, portanto, pensar na derivada da função f .
Definição
Seja f uma função derivável. Se f for derivável, então a derivada é chamada derivada
d2 f
segunda de f e é representada por f ou .
dx 2
Exemplo 1
f x 3x 2 8 x 1
f x 6 x 8
f 6
Exemplo 2
f x tg x
f x sec 2 x
f x 2 sec x sec x tgx 2 sec2 x tgx
Exemplo 3
f x sen x
f x cos x
f x sen x
f x cos x
f IV
x sen x
1
2. f x ;n4
ex
1
f x
d x
dx
e e x x
e
1
f x e x 1 e x x
e
1
f x e x x
e
1
f IV x e x x
e
Basta examinar o sinal da derivada nos pontos do intervalo I que não são extremidades do
mesmo. Tal conjunto recebe o nome de interior de I .
Se I [a, b] , o interior de I é (a, b) .
Exemplos:
y
a) f ( x) 2 x 3
f ' ( x ) 2 0, x
f é crescente em 3
2
1
-2 -1 x
f ( x ) 2 x 3
y
f ' ( x) 2 0, x
f é decrescente em
3
2
1
1 2 x
2
1
-2 -1 x
b) f ( x ) 4 x 2
y
f ' ( x ) 4 0, x
f é decrescente em
3
2
1
1 2 x
c) f ( x) x 2
21
Cálculo Diferencial e Integral
f ' ( x) 2 x y
Se x 0 f ' ( x) 0
f é decrescente em ,0
Se x 0 f ' ( x) 0
f é crescente em 0,
y y
a b x a b x
Ponto de inflexão
Um ponto do domínio de uma função em relação ao qual há uma mudança de concavidade
chama-se ponto de inflexão da função.
y y
a b x a b x
1
f ( x) x 2 1 x 2 x 2 1 2 x 2
1
2
1
f ' ( x) x 2 1 2 2 x 2 x
x
2x
x2 1
1
f ' ' ( x) 2
x2 1
3
Claramente, f ' ' ( x) 0 , x . Então f tem concavidade para cima.
Por outro lado, fazendo f ' ( x ) 0
x 1
2x 0 x 2 0
x2 1 x 1
2
x 0 é ponto de mínimo da função f .
f ( 0) 0 2 1 0 2 1
f (0) 1 é o mínimo solicitado.
24
Cálculo Diferencial e Integral
x y x y
20 cm
x
60 cm
y
Solução:
V ( x) Bh , onde B : área da base da caixa
h : altura da caixa = 20 cm
B xy
V ( x) Bh 20 xy (1)
2 x 2 y 60 y 30 x (2)
Subst. (2) em (1):
V ( x) 20x(30 x) 600x 20x 2
V ( x) 20x 2 600x
V ' ( x) 40 x 600
V ' ' ( x) 40 0 V tem concavidade para baixo (ponto de máximo)
Fazendo V ' ( x) 0 , teremos:
40 x 600 0 40 x 600 x 15 , x 0;30
y 30 15 15
x 15 cm
y 15 cm
Exemplo. Deseja-se construir um espaço de lazer com formato retangular e 1.600m2 de área.
Quais as dimensões para que o perímetro seja mínimo?
x
Solução:
1600 1600
y 40
x 40
x 40 m y 40 m
Exemplo. Uma caixa com tampa quadrada usa um material para a tampa e para o fundo, que custa
R$ 4,00/m2 e um outro para lateral, que custa R$ 2,00/m2. O custo de cada caixa deve ser de R$
8,00. Quais devem ser as dimensões para que o volume da caixa seja máximo?
x
x
Solução:
AL : área da lateral da caixa
cL : custo/m2 da lateral da caixa
C L : custo da lateral da caixa
AT : área da tampa da caixa
cT : custo/m2 da tampa da caixa
CT : custo da tampa da caixa
AF : área do fundo da caixa
c F : custo/m2 do fundo da caixa
C F : custo do fundo da caixa
C : custo total da caixa = R$ 8,00
26
Cálculo Diferencial e Integral
Lateral
h
x x x x
AL 4 xh
c L R$ 2,00/m2
C L 2 AL 2 4 xh 8 xh
Tampa e fundo
x
AT AF x 2
cT c F R$ 4,00/m2
CT 4 AT 4 x 2
C F 4 AF 4 x 2
C CT CF CL 4 x 2 4 x 2 8xh 8x 2 8xh
Como C R$ 8,00
1 x2
8 8 x 2 8 xh 1 x 2 xh h (1)
x
Como h 0 , x 1 e x 0
V ( x) Bh x x h x 2 h (2)
Subst. (1) em (2):
1 x2
V ( x) x2
x
x 1 x2 x x3
V ( x) x x 3
dV d 2V
1 3x 2 6 x
dx dx 2
2
3
1 3 6
3 1
1 x 2
9 9 63 2 3 2 3
h
x 3 3 3 9 3 3 3 3
3 3 3
3 2 3
x h
3 3
Exemplo. Uma indústria farmacêutica deseja fabricar potes cilíndricos de 300ml de volume, para
armazenar um certo tipo de produto. Sabe-se que estes potes devem ter área mínima, para
reduzir o custo de impressão dos rótulos. De todos os cilindros de volume igual a 300ml, qual
possui menor área total (raio e altura)?
Solução:
Abrindo o cilindro temos:
V Bh r 2 h volume do cilindro
A 2 r 2 2 rh área total
300
V r 2 h 300 h
r2
300 600
A 2 r 2 2 r 2 r 2
r 2
r
600
A 2 r 2
r
600
A' 4 r 2
r
600 600 600 150
A' 0 4 r 0 4 r 2 r 3
r 2
r 4
150 150
r3 r3 r 3,6 cm
300
h h 7,2 cm
3,6 2
r 3,6 cm h 7,2 cm
28
Cálculo Diferencial e Integral
1.8. Bibliografia