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*** IMPORTANTÍSSIMO LER E SABER ***

LEGISLAÇÃO DE INTERESSE PARA O POVO TRADICIONAIS DE TERREIRO

1) Direitos Liberdade de Crença e de Culto

Constituição Federal
art. 3°, incisos I e VI; art. 4°, inciso II; art. 5°, incisos VI e VIII; art. 19, inciso I

"Art. 3° Constituem objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil:


I - construir uma sociedade livre, justa e solidaria;
IV - promover a bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação."

"Art. 4° A Republica Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
II - prevalência dos direitos humanos;"

"Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a
propriedade, nos termos seguintes:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;"

"Art. 19. E vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-Ios, embaraçar¬Ihes o funcionamento ou manter com
eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse publico"

Lei nº 4.898 de 9 de dezembro de 1965

"Art. 3°. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:


a) a liberdade de locomoção;
b) a inviolabilidade do domicílio;
c) a liberdade de consciência e de crença;
d) ao livre exercício do culto religioso;
e) a liberdade de associação;"

2) Discriminação Religiosa

Código de Processo Penal

“Art.5°, inciso I, §3° - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-Ia a autoridade policial, e esta verificada a
procedência das informações, mandara instaurar inquérito."

Lei Caó - Art.1° da LEI 7.716 de janeiro de 1989:


"Serão punidos, na forma, desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional.

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional. (Redação dada Dela Lei nº 9.459, de 15/05/1997)

Pena: reclusão de um a três anos e multa.


§ 2° Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou
publicação de qualquer natureza: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/1997)

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

§ 3° No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Publico ou a pedido deste,
ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: (Redação dada Dela Lei nº 9.459, de 15/05/1997)

I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;


II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.

§ 4° Na hipótese do §2°, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do
material apreendido (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.459 de 15/05/1997)

3) Associação Religiosa

Constituição Federal
art. 5° incisos:

"XVII - e plena a liberdade de associação para fins Iícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada
a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o transito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicial mente;"

Código Civil

"Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não ha, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

“Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:


I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas."

4) Direitos do Ministro Religioso Previdência Social

Lei n. 8.212 de 24 de julho de 1991

"Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
V - como contribuinte individual:
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
religiosa;"

5) Visto Temporário

Lei n. 6.815, de 19 de agosto de 1980


"Art. 13. o visto temporário poderá ser concedido ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:
VII - na condição de ministro de confissão religiosa ou membro de instituto de vida consagrada e de
congregação ou ordem religiosa."

6) Acesso a hospitais, presídios e outros


Lei n. 9.982, de 14 de julho de 2000

"Art. 1º Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede publica ou privada,
bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados,
desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no
gozo de suas faculdades mentais."

Processo Penal

"Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, a disposição da autoridade competente, quando
sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
VIII- os ministros de confissão religiosa;"

7) Casamento religioso Constituição Federal

"Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.


§ 1 ° - o casamento e civil e gratuita a celebração.
§ 2° - o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei."

Lei dos Registros Públicos

"Art. 71. Os nubentes habilitados para o casamento poderão pedir ao oficial que Ihe forneça a respectiva
certidão, para se casarem perante autoridade ou ministro religioso, nela mencionando o prazo legal de validade
da habilitação.

Art. 72. O termo ou assento do casamento religioso, subscrito pela autoridade ou ministro que o celebrar, pelos
nubentes e por duas testemunhas, conterá os requisitos do artigo 71, exceto o 5°."

Código Civil

"Art. 1.515. O casamento religioso, que atender as exigências da lei para a validade do casamento civil,
equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio,
produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.

Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento
civil."

8) Aproveitamento de grade curricular

Decreto-Lei n. 1.051, de 21 de outubro de 1969

"Art 1° - Os portadores de diploma de cursos realizados, com a duração mínima de dois anos, em Seminários
Maiores, Faculdade Teológicas ou instituições equivalentes de qualquer confissão religiosa, são autorizados a
requerer e prestar exames, em Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, das disciplinas que, constituindo parte
do currículo de curso de licenciatura, tenham sido estudadas para a obtenção dos referidos diplomas.

“Art 2° Em caso de aprovação nos exames preliminares, de que trata o artigo anterior, os interessados poderão
matricular-se na faculdade, desde que haja vaga, independentemente de concurso vestibular, para concluir o
curso, nas demais disciplinas do respectivo currículo.

“Art 3° Revogadas as disposições em contrario, o presente Decreto-Lei, entrara em vigor na data de sua
publicação."

9) Templo Religioso

Constituição Federal
art. 150, inciso VI, alínea "b"
"Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;"

10) Legislação Internacional

Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, art. 13, item 3

"Os estados-partes no presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais - e, quando for a caso,
dos tutores legais - de escolher para seus filhos escolas distintas daquelas criadas pelas autoridades publicas,
sempre que atendam aos padrões mínimos de ensino prescritos ou aprovados pelo estado, e de fazer com que
seus filhos venham a receber educação
religiosa ou moral que esteja de acordo com suas próprias convicções."

11) Legislação nacional sobre educação

Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996


art. 30, inciso IV e II., art. 33 § 1º

"Art. 3° o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:


II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, a pensamento, a arte e a saber;
IV - respeito à liberdade e apreço a tolerância;"

"Art. 33. o ensino religioso, de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui
disciplina dos horários normais das escolas publicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade
cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1° Os sistemas de ensino regulamentarão as procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso
e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.
§ 2° Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a
definição dos conteúdos do ensino religioso."

12) DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. ASSEMBLÉIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS,
ASSINADA EM 1948:

Artigo II.
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar Os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem
distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza,
origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição.

Artigo XVIII.
Todo ser humano tem direito a liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de
mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela pratica, pelo
culto e pela observância, em publico ou em particular.
13) Estatuto da Igualdade Racial - LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.

CAPÍTULO III
DO DIREITO À LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA E AO LIVRE EXERCÍCIO DOS CULTOS RELIGIOSOS
Art. 23. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Art. 24. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz
africana compreende:
I - a prática de cultos, a celebração de reuniões relacionadas à religiosidade e a fundação e manutenção, por
iniciativa privada, de lugares reservados para tais fins;
II - a celebração de festividades e cerimônias de acordo com preceitos das respectivas religiões;
III - a fundação e a manutenção, por iniciativa privada, de instituições beneficentes ligadas às respectivas
convicções religiosas;
IV - a produção, a comercialização, a aquisição e o uso de artigos e materiais religiosos adequados aos costumes
e às práticas fundadas na respectiva religiosidade, ressalvadas as condutas vedadas por legislação específica;
V - a produção e a divulgação de publicações relacionadas ao exercício e à difusão das religiões de matriz
africana;
VI - a coleta de contribuições financeiras de pessoas naturais e jurídicas de natureza privada para a manutenção
das atividades religiosas e sociais das respectivas religiões;
VII - o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das respectivas religiões;
VIII - a comunicação ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas de
intolerância religiosa nos meios de comunicação e em quaisquer outros locais.
Art. 25. É assegurada a assistência religiosa aos praticantes de religiões de matrizes africanas internados em
hospitais ou em outras instituições de internação coletiva, inclusive àqueles submetidos a pena privativa de
liberdade.
Art. 26. O poder público adotará as medidas necessárias para o combate à intolerância com as religiões de
matrizes africanas e à discriminação de seus seguidores, especialmente com o objetivo de:
I - coibir a utilização dos meios de comunicação social para a difusão de proposições, imagens ou abordagens
que exponham pessoa ou grupo ao ódio ou ao desprezo por motivos fundados na religiosidade de matrizes
africanas;
II - inventariar, restaurar e proteger os documentos, obras e outros bens de valor artístico e cultural, os
monumentos, mananciais, flora e sítios arqueológicos vinculados às religiões de matrizes africanas;
III - assegurar a participação proporcional de representantes das religiões de matrizes africanas, ao lado da
representação das demais religiões, em comissões, conselhos, órgãos e outras instâncias de deliberação
vinculadas ao poder público.
14) Convenção 169 e decreto 5051

LEI Nº 7.705, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1992

(Atualizada até a Lei nº 10.470, de 20 de dezembro de 1999)

(Projeto de Lei nº 297, de 1990, do Deputado Oswaldo Bettio)

Estabelece normas para abate de animais destinados ao consumo e dá


providências correlatas.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - É obrigatório em todos os matadouros, matadouros-frigoríficos e
abatedouros, estabelecidos no Estado de São Paulo, o emprego de métodos
científicos e modernos de insensibilização aplicados antes da sangria por
instrumento de percussão mecânica, por processamento químico ("gás CO²"),
choque elétrico (eletronarcose), ou ainda, por outros métodos modernos que
impeçam o abate cruel de qualquer tipo de animal destinado ao consumo.
§ 1º - É vedado o uso de marreta e da picada do bulbo (choupa), bem como
ferir ou mutilar os animais antes da insensibização.
Artigo 1.º - É obrigatório em todos os matadouros, matadouros-frigoríficos e
abatedouros, estabelecidos no Estado de São Paulo, o emprego de métodos
científicos e modernos de insensibilização aplicados antes da sangria por
instrumento de percussão mecânica, por processamento químico ("gás C02"),
choque elétrico (eletronarcose), ou ainda, por outros métodos modernos que
impeçam o abate cruel de qualquer tipo de animal destinado ao consumo, com
exceção dos abates regidos por preceitos religiosos (jugulação cruenta),
direcionados ao consumo pelas comunidades a que se destinam, mediante
solicitação dos matadouros, matadouros-frigoríficos ou abatedouros aos órgãos
oficiais, sem prejuízo da observância ao que dispõem os Artigos 6.º,7.º e 8.º da
presente lei. (NR)
§ 1.º - É vedado o uso de marreta e da picada do bulbo (choupa), bem como
ferir ou mutilar os animais antes da insensibilização, com exceção dos abates
regidos por preceitos religiosos e direcionados ao consumo pelas comunidades
a que se destinam, desde que as atividades de insensibilização e abate sejam
previamente normatizadas quanto às formas e efetuadas por profissionais
competentes para o exercício da função, devidamente credenciados pelas
entidades oficiais e religiosas específicas. (NR)
- Artigo 1º, "caput", e § 1º com redação dada pela Lei nº 10.470, de 20/12/1999.
§ 2º - Nos casos em que se utilizar tanque de escaldagem a velocidade no
trilho aéreo será regulada de forma a impedir a queda de animais ainda vivos
nestes recipientes.
Artigo 2º - O boxe deverá ser adequado para uso do equipamento do abate de
método científico, visando à contenção de um animal por vez.
§ 1º - O fechamento da comporta do boxe somente será efetuado após a
entrada total do animal naquele compartimento, evitando-se assim que a
comporta venha atingir e ferir parte do corpo do animal.
§ 2º - O choque elétrico, para mover animais no corredor de abate, terá a
menor carga possível, usado com o máximo critério e não será aplicado, em
qualquer circunstância, sobre as partes sensíveis do animal, como mucosa,
vulva, ânus, nariz e olhos.
Artigo 3º - É vedado o abate de fêmeas com mais de dois terços do tempo
normal de gestação ou em parto recente, ou ainda, de animais caquéticos ou
que padeçam de qualquer enfermidade, que torne a carne imprópria para o
consumo.
Artigo 4º - É vedado o abate de qualquer animal que não tenha permanecido
pelo menos 24 horas em descanso em dependências adequadas do
estabelecimento.
§ 1º - O período de repouso poderá ser reduzido quando o tempo de viagem
não for superior a duas horas e os animais forem procedentes de campos,
mercados ou feiras, sob controle sanitário e permanente.
§ 2º - O repouso, em qualquer circunstância, não será inferior a seis horas.
§ 3º - Durante o período de repouso o animal será alimentado somente com
água.
Artigo 5º - O corredor de abate será adequado à espécie do animal a que se
destina, visando facilitar seu deslocamento, sem provocar ferimentos ou
contusões.
Parágrafo único - O animal que cair no corredor de abate será insensibilizado
no local onde tombou antes de ser arrastado para o boxe.
Artigo 6º - Os animais quando estiverem aguardando o abate, não poderão ser
alvo de maus tratos, provocações ou outras formas de falsa diversão pública,
ou ainda, sujeitos a qualquer condição que provoque estresse ou sofrimento
físico e psíquico.
Artigo 7º - Os animais doentes, agonizantes, com fraturas, contusões
generalizadas ou hemorragias, deverão ser abatidos, de forma emergente, no
local e com métodos científicos.
Artigo 8º - Não será permitida a presença de menores de idade no local de
abate nem de pessoas estranhas ao serviço, salvo funcionários autorizados,
representantes de órgãos governamentais e membros de associações
protetoras de animais, mediante autorização dos Serviços de Inspeção, desde
que estejam devidamente uniformizados.
Artigo 9º - Para efeito desta lei, são aplicáveis as seguintes definições:
I - "Matadouro-Frigorífico" - é o estabelecimento dotado de instalações
completas para o abate de várias espécies vendidas em açougue com o
aproveitamento dos subprodutos não comestíveis, possuindo instalações de
frio industrial;
II - "Matadouro" - é o estabelecimento dotado de instalações adequadas para o
abate de quaisquer espécies vendidas em açougue com ou sem dependências
para a industrialização;
III - "Abatedouro" - é o estabelecimento dotado de instalações para o abate de
aves, suínos com peso máximo de 60 quilos, coelhos, ovinos e caprinos;
IV - "Animais de consumo" - diz-se dos animais de qualquer espécie destinados
à alimentação humana ou de outros animais;
V - "Métodos científicos" - são todos aqueles processos que provoquem a
perda total da consciência e da sensibilidade previamente à sangria;
VI - "Métodos mecânicos" - são aqueles que se utilizam de pistolas mecânicas
de penetração ou concussão que provocam coma cerebral imediato;
VII - "Métodos elétricos" - são os que se utilizam de aparelhos com eletrodos
que provocam uma passagem de corrente elétrica pelo cérebro do animal,
tornando-o inconsciente e insensível (eletronarcose);
VIII - "Métodos químicos" - é o caso do emprego do "CO2" (dióxido de carbono)
em mistura adequada com o ar ambiental, que provoque a perda de
consciência nos animais.
Artigo 10 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal,
estadual e municipal, o não cumprimento do estabelecido nesta lei sujeitará o
infrator às seguintes sanções:
I - multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez)
e, no máximo, a 1.000 (mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo -
UFESPs ou por outro índice que a venha substituir, vigente na data da infração
ou no dia imediatamente posterior, agravada em casos de reincidência
específica, vedada a sua cobrança pelo Estado, se já tiver sido aplicada pela
União ou Município multa pela mesma infração;
II - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo
Estado;
III - perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito, instituídos pelo Poder Público Estadual;
IV - suspensão temporária de sua atividade, até 60 (sessenta) dias, por ato do
Secretário de Estado competente; e
V - suspensão definitiva de sua atividade, por ato do Governador do Estado,
desde que ocorra qualquer das seguintes hipóteses:
a) reincidência continuada, caracterizada pela ação ou omissão inicialmente
punida;
b) dolo, mesmo eventual;
c) infração reiterada no período noturno, em domingo feriado e dia declarado
ponto facultativo estadual;
d) danos permanentes à saúde humana; e
e) emprego reiterado de métodos cruéis na morte de animais.
§ 1º - O valor das multas referidas no inciso I deste artigo será cobrado em
dobro, se a infração tiver sido praticada no período noturno, em domingo,
feriado ou dia declarado ponto facultativo estadual.
§ 2º - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da
perda, restrição ou suspensão caberá à autoridade administrativa ou financeira
que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamentos, mediante a
respectiva comunicação, de responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - A suspensão temporária referida no inciso IV poderá ser interrompida por
ato do Secretário de Estado, no caso de comprovada a reparação do fato
motivador da sanção.
Artigo 11 - Os órgãos e instituições públicos responsáveis pela aplicação desta
lei deverão comunicar ao Ministério Público, de imediato, a inobservância de
suas exigências e de seu regulamento.
Artigo 12 - O disposto no artigo 1º e no "caput" do artigo 2º desta lei será
exigido a partir do décimo segundo mês de sua vigência.
Parágrafo único - O prazo referido neste artigo poderá ser prorrogado por até
doze meses, a juízo da autoridade competente e mediante requerimento do
interessado, desde que devidamente comprovada a impossibilidade técnica de
adaptação de suas instalações e equipamentos às exigências contidas no
artigo 1º e no "caput" do artigo 2º desta lei.
Artigo 13 - O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta lei no prazo de
90 (noventa) dias, contados de sua publicação, e estabelecerá o procedimento
administrativo e os agentes públicos para sua aplicação, bem como o valor das
multas e o prazo de suspensão temporária de atividade, referidos nos incisos I
e IV do seu artigo 10, de acordo com a gravidade da infração.
Artigo 14 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 19 de fevereiro de 1992.
LUIZ ANTONIO FLEURY FILHO
José Antonio Barros Munhoz
Secretário de Agricultura e Abastecimento
Cláudio Ferraz de Alvarenga
Secretário do Governo
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 19 de fevereiro de 1992.

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