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Até o século XVI, filosofia e ciência coincidiam, formando uma unidade indivisível.
A partir da modernidade, passa a existir uma distinção entre ambas, já que a ciência
reivindica um método independente para atingir a verdade. Com a predominância do
ceticismo nesse período, os princípios fundamentais são postos em dúvida. Para
Descartes, a dúvida é a base de um método cuja finalidade é conhecer o objeto,
entretanto rejeita a dúvida do cético já que esta nega indistintamente e sem
provisoriedade. O filósofo assinala que antes de conhecer as coisas, é necessário
conhecer o conhecer. Em vez de buscar uma ontologia do ser, é preciso saber se o
saber é capaz de saber. Embora a espécie humana seja dotada de racionalidade, é
mister afirmar que nem todo homem age racionalmente, por isso é importante usar
um método, cujo propósito seria direcionar a razão, possibilitando a apreensão do
verdadeiro e do progresso científico. O método cartesiano estabelece uma
coexistência entre a dedução e a intuição na medida em que parte de leis universais
para conhecer usando operações da razão sem passar pela experiência, ou seja, pelo
mundo sensível. Cumpre notar as quatro regras do procedimento metodológico de
Descartes:
II. Análise – Dividir o objeto, ou seja, esmiuçar para dominá-lo. Toda investigação
deve passar por um processo de decomposição do todo, pois são as partes examinadas
minuciosamente que permite o espírito concatenar o múltiplo no uno.
III. Síntese – reunir as partes que foram separadas pela análise, etapa que nos
possibilita estabelecer mediações entre os elementos que constituem o objeto.
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O método intuitivo-dedutivo: a razão como ponto de partida de verdade universais, isto é, sem
recorrer a fatos que lhe são externos.
IV. Revisão – exercício de paciência necessário para conferir autoridade ao processo
de investigação.
III. A essência de Deus pressupõe a sua existência, ou seja, perfeição e bondade. Deus
é bom, pois o infinito e o perfeito são atributos da bondade.
Parte 4 – Ao rejeitar o que lhe é dado pelos sentidos, o homem pode alcançar a
essência do objeto pelo pensamento, isto é, suas determinações matemáticas
(extensão).
Parte 5 – Há uma verdade, a essência das coisas, que é a sua própria extensão.
Parte 6 – Deus jamais levaria o homem ao erro porque se assim procedesse deixaria
de ser perfeito, como a perfeição é um atributo de Deus, essa hipótese está descartada.
Parte 7 – As coisas dadas pelos sentidos nos levam ao erro, portanto somente o
pensamento puro pode nos mostrar a essência da coisa.
Parte 2 – O autor se propõe a duvidar de tudo e pela dúvida conclui que: é, portanto
existe; é uma coisa pensante.
Parte 4 – Se tudo que vem dos sentidos é dubitável, o que nos resta? O que pode ser
considerado verdade?
Parte 7 – Eu sou, eu existo enquanto eu penso, portanto eu sou uma coisa pensante:
espírito.
Parte 10 – O objeto não é o que se apresenta aos sentidos, a verdade do objeto é a sua
extensão.
Parte 11 – Retirando suas qualidades sensíveis, que são efêmeras, confusas e
obscuras, o que permanece no objeto é a sua extensão, ou seja, sua substância, que só
pode ser determinada pelo espírito.
Parte 13 – As coisas, na sua aparência, são apreendidas pelos sentidos, mas sua
essência, pelo intelecto.