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1.

Filosofia trocada por miúdos

1 - Há duas maneiras principais de saber das coisas. Quais?

- Empiricamente e pelo raciocínio, respectivamente a priori e a posteriori

2 - Dê exemplos do que se consegue saber só com base no raciocínio, sem recorrer aos
sentidos; explique porquê.

- Estudos históricos: como viveram os dinossauros? Como era o dia-a-dia no império Romano?;
Estudos matemáticos: desenvolvimento de um teorema aritmético, o uso de um axioma. Pois tais fatos
não podem ser constatados por simples observação empírica, exigem um raciocínio lógico.

3 – Dê exemplos do que se consegue saber só com base nos sentidos, sem recorrer ao
raciocínio; explique porquê

- Se uma cadeira está ou não em tal lugar, o cheiro de um café pronto, o barulho de um copo
quebrando. Pois tais coisas não podem ser constadas pelo raciocínio. Só dá para saber se a cadeira
está realmente ali ou não vendo a mesma. Não dá para se estabelecer uma lógica para saber qual o
cheiro que tem o café.

4 – O que têm em comum a filosofia e a matemática? E o que as distingue?

- Ambas exigem raciocínio intenso a cerca de seus conhecimentos. O que as diferencia é que
na matemática só se estuda problemas envolvendo números, formas geométricas e coisas desse tipo,
já na filosofia, se estuda qualquer problema que só possa ser resolvido pelo raciocínio.

5 – O que distingue a filosofia da religião?

- A filosofia não tem respostas prontas, diferente da religião. Tudo precisa ser estudado e
raciocinado rigorosamente para se chegar a uma resposta, e ainda assim, a mesma pode ser passível
de discussão ainda. A religião usa respostas prontas de uma autoridade ou dogma antigo.

6 – O que é a filosofia? Escreva um breve ensaio de 500 palavras articulando a sua explicação
e esclarecendo aspectos que considerar mais informativos.

- A filosofia é o estudo à questões humanas complexas. Questões essas que não podemos
simplesmente responder com os nossos sentido. Pelos nossos sentidos descobrimos coisas que se
chamam empiricas, como por exemplo o cheiro de um café caseiro recém feito. Não há nenhuma
questão ali a ser abordada (só se tiver interesse em saber o porque da origem desse cheiro, mas nesse
caso, já cabe a química nos responder).

As questões filosóficas usam de fatos empiricamente verificáveis junto ao raciocínio (uso da


razão) para se chegar as respostas para essas perguntas humanas. Vamos tomar como base o exemplo
a pergunta: será injusto que algumas pessoas tenham dinheiro suficiente para comprar um avião
particular, enquanto outras mal tem para sobreviver?

Partindo do pressuposto que essa questão seja feita no contexto social do Brasil, pode-se
começar pela análise empírica das porcentagens da população que vivem cada um dos casos, e essa
ainda, pode levar a outra análise: como é a distribuição de renda no Brasil? Após visto esses fatos
empíricos, chega a essência complexa da pergunta. Há vários caminhos a serem tomados a partir de
então, como a análise histórica de como se chegou a essa distribuição de renda, a analise sociológica
desse contexto social, e a que nos interessa, a filosófica: será injusto que algumas pessoas tenham
dinheiro para comprar um avião particular enquanto outras mal podem comer? Se for injusto, e por
que razão dela ser? E o que é realmente justiça?

Essa é a filosofia. Essas perguntas difíceis de serem respondidas, que exigem muito esforço
para se chegar a uma resposta. Resposta essa que quase nunca será definitiva, pois a mesma não é
dada pronta, logo, há muita discussão entre os próprios especialistas na filosofia.

A filosofia é essa empolgação em se procurar as respostas, encarar o desconhecido sem


garantia nenhuma de que se vá chegar a alguma descoberta, como um astrônomo faz diante ao
universo. Por essa razão, na área da filosofia, “tendemos a pensar que somos mais sábios quando
sabemos que não sabemos do que quando pensamos que sabemos mas não sabemos” (MURCHO,
2016, p. 165).

2. VALORES

1 – Qual é a diferença entre estudos empíricos e estudos formais? Dê exemplos


esclarecedores.

- Os estudos empíricos tem a suas respostas em dados empíricos, isso é, que sabemos pelos
sentidos, como por exemplo: pesquisas de campo, consulta em documentos, experiências
laboratoriais. Já os estudos formais usam do raciocínio para se chegar a uma resposta, e que não
podem ser simplesmente verificados pela empiricamente, como por exemplo, a comprovação de um
teorema acerca da trigonometria. Só usando de cálculos e raciocínio pode chegar a essa conclusão

2 – A pergunta “existem valores universais?” não é filosófica. Porquê?

- Pois é algo que pode ser respondido diretamente por uma pesquisa de essência empírica, por
meio de registros históricos.

3 – O que significa dizer que não há valores universais?

- Significa afirmar que nunca, em nenhuma sociedade, nenhuma época, houve algum valor
compartilhados entre essas pessoas.

4 – Não basta ter em mente um punhado de exemplos em que há a discordância quanto aos
valores para estabelecer a tese empírica de que não há valores universais. Porquê?

- Pois, se há apenas um valor que foi compartilhado entre diferentes sociedades, essa
afirmação já é errada.

5 – O que significa dizer que os valores são relativos, entendendo esta afirmação
filosoficamente?

- Significa dizer que, por haver discordâncias entre os valores, todos são relativos.

6 – Considere o seguinte raciocínio: “Ao longo da história, e percorrendo várias sociedades, há


uma imensa discordância quanto aos valores, ou seja, não há valores universais; logo, os valores são
relativos”. Concorda com este raciocínio? Porquê? **

- Não, pois ao dizer simplesmente que os valores são relativos, se está concluindo que os
valores são totalmente subjetivos, que depende da opinião das pessoas acerca de sua veracidade, o
que é invalido. Uma sociedade dizer que a escravatura seja moral, não implica que a escravatura seja
realmente moral. Os humanos são passíveis de erros, assim como sua opinião, ainda mais quando não
se tem um estudo rigoroso antes de a proferir.

7 – O que é uma falácia doxástica?

- Falácia doxástica é quando se conclui invalidamente alguma tese filosófica por meio somente
da opinião das pessoas
8 – O que há de enganador na expressão “A escravatura não era imoral para os brasileiros do
século XIX, mas é imoral para os brasileiros do século XXI”?

- A expressão se faz entender uma conclusão direta a escravatura, ao invés de ser a


simplesmente a opinião deles. Como se por causa dos brasileiros a acharem moral, ela seja realmente
moral. É um exemplo de falácia doxástica, por isso, atribui a conclusão pela opinião.

9 – É falacioso concluir que os valores são relativos com base exclusivamente na premissa de
que para diferentes sociedades, diferentes práticas são imorais. Porquê?

- Sim, pois ao se concluir que “para diferentes sociedades, diferentes práticas são imorais”, a
expressão se faz entender uma conclusão direta a moralidade dos valores, ao invés de ser a
simplesmente a opinião deles.

10 – O que é verificacionismo?

- Verificacionismo é a tese filosófica que defende que só é verdadeiro ou real, aquilo que pode
ser verificado, ou que pode em principio ser verificado.

11 – Formule o argumento verificacionista a favor da relatividade dos valores.

- O verificacionismo defende que, já que os valores não podem ser verificados, não há como
saber se são verdadeiros. Logo, os valores são relativos porque não são verdadeiros nem falsos, e sim
verdadeiros para umas pessoas e falso para outras.

Umas vertentes menos radicais do verificacionismo rejeitam a ideia de que só é verdadeiro o


que se pode realmente verificar, e usa a premissa que, se a principio algo pode ser verificado que é
verdadeiro, então é verdadeiro.

12 – Concorda com o verificacionismo? Porquê?

- Não, pois o verificacionismo, usando sua própria tese, não poderia ser real pois não podemos
verificar se ele mesmo é verdadeiro. Além desse primeiro fato, os argumentos verificacionistas
atribuem a verdade (ou o que é real) aos humanos. Esses argumentos são falsos, pois o Universo já
existe a milhões de anos antes dos próprios humanos, logo ele não depende dos humanos para ser
verdadeiro ou real. Uma possível resposta do verificacionista para essa questão é dizer que o conceito
de verificação não é assim tão limitado, dizendo que a verificação é tudo aquilo que temos uma boa
razão para pensar que é verdadeiro. Essa afirmação não é valida, o fato de termos boas razões para
pensar que algo é verdadeiro, não significa que será verdadeiro.

13 – Qual a diferença entre uma afirmação ser verdadeira e alguém saber que é verdadeira?

- A diferença está que a afirmação ser verdadeira independe de alguém saber que ela é
verdadeira, como exemplo: houve um planeta na galáxia x, que havia nele um mar com 600 litros de
água. Basta que tenha realmente havido um planeta na galáxia x, que nele havia um mar com 600 litros
de água para essa afirmação ser verdadeira, independente se sabemos ou não que é verdade.

14 – “O argumento verificacionista a favor da relatividade dos valores é incoerente ou


irrelevante.” Que quer isto dizer?

- O argumento verificacionista é incoerente pois, em sua própria tese ele se nega. Ao tomar
como base a ideia que a verificação é uma verificação empírica, ao mesmo tempo que os valores não
podem ser verificados dessa forma, o verificacionismo também não pode. Quando o verificacionista
tenta rebater essa argumentação, ele diz que “verificação” seria em um sentido mais amplo, como ter
razões a favor de algo. O que torna a tese verificacionista também irrelevante, como no caso dos
valores, por exemplo, temos obviamente razões para preferir fazer beber água quando temos sede, e
podemos verificar se beber água nesse caso é bom para nós ou não.

15 – O que é o azar epistémico? Dê exemplos esclarecedores.

- É ter as melhores razões para se pensar que algo é verdadeiro, mas ainda sim esse algo ser
falso, por exemplo: um investigador reúne varias provas sobre um crime, e conclui razoavelmente que
João é o culpado do crime, já que tudo aponta a ele como culpado. Mas quem cometeu foi Adalberto.

16 – Formule o argumento da dependência a favor da relatividade dos valores.

- O argumento da dependência defende que, se os seres humanos não existissem, os valores


consequente também não existiriam, e isso significa que os valores não possuem uma objetividade,
seriam meras construções humanas.

17 – Concorda com o argumento da dependência a favor da relatividade dos valores?

- Não, pois os argumentos da dependência são facilmente desconstruídos. O primeiro ponto é


que, mesmo se os seres humanos não existissem, é falso que nenhum valor existiria, por exemplo, a
água é um bem de grande valor para nós, sem ela não sobreviveríamos, mas se nós não existíssemos,
a água continuaria no planeta, como fez por milhões de anos até o nosso aparecimento no mundo. O
outro ponto é, se os defensores do argumento da dependência contra argumentarem o primeiro
ponto, dizendo que essa dependência só se aplica aos valores propriamente humanos, como a justiça,
não existiriam de forma alguma, implicando a eles o sentido de carecerem de objetividade por serem
“meras construções humanas”. Isso pode ser facilmente desconstruído também, tomemos como
exemplo a medicina, que é perfeitamente objetiva.

18 – O que significa dizer que os valores são relacionais?

- Significa dizer que os valores são relações entre agentes valorizadores e algo valorizado. Por
exemplo, um humano valorizar a água, há uma relação objetiva de valor nisso.

19 – “Os valores são relacionais, logo são relativos”. Concorda com este argumento? Porquê?

- Não, pois ainda sim eles não deixam de ser objetivos. Por exemplo: alguém valoriza yoga por
conta dela supostamente melhorar as dores nas costas (uma relação entre esporte x saúde). A yoga
pode realmente melhorar as dores nas costas ou não, e por conta disso é um valor objetivo. Outra
forma de abordar seria, que por valorizarmos varias coisas, enfrentamos conflitos de valores, logo eles
seriam relativos. Novamente esta afirmação é falsa pois os valores continuam sendo bem objetivos:
eles simplesmente são incompatíveis, e isso ainda sim pode ser resolvido objetivamente por meio da
racionalidade.

20 – Distinga valores instrumentais de valores finais, dando exemplos esclarecedores

- Os valores instrumentais são aqueles usados como meios para outras coisas que valorizamos,
por exemplo praticar surf por conta de ser bom para a saúde. Os valores instrumentais podem ser
valorizados por si sós também, como exemplo, pratico surf porque eu gosto. Já os valores finais são
aquelas coisas que valorizamos por si mesmas: a felicidade, o bem-estar, as relações humanas
compensadoras.

21 – Enganamo-nos por vezes ao pensar que algo tem valor instrumental, quando na verdade
não tem. O que mostra isto quando a relatividade dos valores?

- Isso nos mostra que os continuam não sendo relativos, e que são claramente objetivos. Uma
coisa pode ter ou não ser um valor instrumental adequado. Pelo ser humano ser passível de erro, nos
enganarmos nada influencia quanto a objetividade dos valores.
22 – O que são conflitos de valores? Dê exemplos esclarecedores.

- Os conflitos de valores acontecem quando valorizamos uma coisa, ao mesmo tempo que
valorizamos outra, e essas coisas venham a ser contrapor. Por exemplo: Valorizo muito assistir séries
na Netflix, mas ao passar meu tempo assistindo as séries, não posso me dedicar aos estudos da
filosofia, que eu também valorizo.

23 – A racionalidade desempenha pelo menos dois papéis com respeito aos valores. Quais?

- Só pela racionalidade podemos saber se o que pensamos ser um meio adequado para uma
determinada finalidade realmente o é, ou não é; e só pela racionalidade podemos resolver o conflito
de valores.

24 – É a intervenção da racionalidade no que respeita aos valores compatível com a suposta


relatividade dos mesmos? Porquê?

- Não, pois esse uso da racionalidade para se determinar o meio adequado, ou para resolver
um conflito de valor, atribui justamente uma objetividade ao valor.

25 – Será a racionalidade inerte com respeito às finalidades últimas? Porquê?

- Não, pois as finalidades últimas não algo fixo em nossa vida, ao contrário, a vida inteira
passamos por revisões de valores (o que inclusive é necessário), por conta de nossos aprendizados e
reflexões. Além disso, a relação de valores instrumentais e últimos também não é rígida, por vezes
uma finalidade instrumental nos faz rever as nossas últimas. Por exemplo: uma pessoa dedica-se a
uma atividade instrumentalmente, apenas para ganhar dinheiro ou prestígio; gradualmente, porém,
começa a dar-se conta de que essa atividade a realiza como ser humano e que tem em si um valor
fundamental que não se tinha percebido.

26 – “Sem Deus, tudo é permitido.” Concorda? Porquê?

- Não, pois os valores são fruto de relações entre seres humanos e diferentes aspectos da
realidade, e não há influencia nenhuma da existência de Deus nessa afirmação. Além disso, Deus
suspostamente confere em seus dogmas a valorização do amor, da honestidade, da simpatia e da
cooperação. Esses valores contribuem para uma vida humana melhor, e mesmo sem Deus iriamos
querer uma vida humana melhor.

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