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03/2016
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mesbíiiem:
DISSERTAÇÃO DE M E S T R A D O
CAMINHOS DE IR E VIR
E CAMINHO SEM VOLTA:
C a m in h o s de ir e v ir
e c a m in h o sem v o lta :
ín d io s , e s t r a d a s e r io s
no Sul da B a h ia .
Fevereiro, 1982
BKrVEK^IDADE FEDÍRALDAfeAÍilA
FACULDADEDEFIL®S0F1A
- BIBLIOTECA liWiVL'iiair.ios t i SAsii;!
!-’ACULC-íDr: 15 יriLOiOflti
»Rr.I.STRO 0
r) 1! 3 10 T c /.
nATAr M Nív. de Tmníüo AJ
j
Aos ín d io s do P o s to In d íg e n a C a ta r in a
m e n te a g u ardam o r e c o n h e c im e n to dos
seu s d ir e ito s às te r r a s .
Nenhum homem é uma ilh a isolada; cada homem é uma
por ti.
No â m b ito da F a c u ld a d e de F i l o s o f i a e C i ê n c i a s Humanas da ü n i v e r -
s i d a d e F e d e r a l da B a h ia , e x t e n s ã o do n o s s o l a r , l o c a l que a n t e s cfe
s e r d e t r a b a l h o , ê o n d e encontram os um a m b ien te de com panheirism o,
m u i t o s s ã o a q u e l e s a quem devemos um p r e i t o de g r a t i d ã o . In ic ia l
m e n te ao s e u D i r e t o r , p r o f e s s o r Ruy S im õ e s , amigo d e d ic a d o e com
p r e e n siv o , sem pre d i s p o s t o a nos o u v i r e e n c o n tr a r form as de apo
i o e p a l a v r a s de a f e t o . Não podemos e s q u e c e r a f i g u r a amiga de sih
s e c r e t á r i a E sm e ra ld a B a r b o sa , com p an h eira a t e n t a a n o s s a s r e i v i n
d i c a ç õ e s e t e n d o sem pre uma a t i t u d e c a r i n h o s a para t o d o s . Lembra
mos com c a r i n h o á e L u p e r c í l i a F l o r e n c i a S i l v a , a amiga que to rn o u
m a i s s u a v e o p e s a d o f a r d o d as n o s s a s a t i v i d a d e s d i d á t i c a s . As pre
s e n ç a s d i á r i a s e sem pre c a r i n h o s a s de L u is a Maria B arb osa P i n h e i
ro, C e l i a Íi9 d o s S a n t o s , Darcy Ca,npos C a m e lie r , I r a i l d e s M o re ir a ,
A u r e l i a n o B i s p o da S i l v a e Davi A l b e r t o Santana tornaram as nosá^cs
e s t a d a s m a is a l e g r e s e p a r t i c i p a n t e s na v i d a d e s s a u n id a d e de en
sin o o
D e n t r e o s c o l e g a s d e s t a c a m o s a lg u n s que viveram m ais p róx im o s de
n ó s n e s s e s m e s e s de t r a b a l h o : o C h efe do Departam ento de A ntropo
lo g ia , J e f e r s o n A f o n s o Bar c e l l a r , sem pre co m p reen siv o com as n o s
sas l i m i t a ç õ e s na p a r t i c i p a ç ã o das a t i v i d a d e s e x t r a - c u r r i c u l a r e s
p r o m o v id a s ? o p r o f e s s o r L u is M ott, sempre p r G stim o ü io so nas cons^â
t a s e sem p re an im ad or n o s momentos de d ú v id a e a p r o f e s s o r a Ange״
l i n a N ob re Rnlim G a r c e z , a p e s s o a r e s p o n s á v e l p e lo meu deslum bra
m e n to com o co m p lex o mundo do c a c a u , o s a g r a d e c im e n to s s i n c e r o s '
p e l a d e s c o b e r t a da m ina de o u r o .
M a r ia R o s á r i o G o n ç a lv e s de C a r v a lh o , r e s p o n s á v e l p e l o meu a l e n t o
p a r a e n f r e n t a r um c u r s o de p o s - g r a d u a ç ã o , amiga das h o r a s in c e r ta ç
o r i e n t a d o r a c u i d a d o s a d a s e ta p a s i n i c i a i s do n o sso t r a b a l h o , a '
n o s s a g ra tid ã o »
A D r a . K ã t i a de Q u e ir o z M a tt o s o , sem pre d i s p o s t a a n os r e c e b e r ã o -
r i e n t a r e m o s t r a r c a m in h o s , a lem b ran ça amiga de qaem que não po
de a p r o v e i t a r i n t e g r a l m e n t e o s s e u s e n s in a m e n t o s .
A u x i l i a r p r e c i o s a na c o l e t a de d a d o s , C é l i a Maria d o s S a n to s Cos
ta , é uma d a s r e s p o n s á v e i s p e l o volum e de dados com que pudemos ’
tr a b a lh a r »
H i l d e t e da C o s t a D o r i a , r e s p o n s á v e l p e l a s i s t e m a t i z a ç ã o i n i c i a l י
d o s d o c u m e n to s c o l e t a d o s no A rquivo P ú b l i c o da B a h ia , soube p e r c e
b e r a r i q u e z a que s e e s c o n d i a na im e n sa p i l h a de p a p e l com que t m
b a l h a v a . E t r a n s m i t i u - n o s e s s e e n c a n ta m e n to p e l a p e r s p e c t i v a h i s ~
t õ r i c a p e r m itin d o -n o s r e a l iz a r e s s e tr a b a lh o .
M a ria F á t im a P r a t e s , a lu n a - a m ig a , l e i t o r a p a c i e n t e , i n c a n s á v e l na
a rru m a çã o da b i b l i o g r a f i a e dos d a d o s , a amizade ê o que l h e p o s
so d e d i c a r .
A J u n a l d o G o n ç a lv e s C o r r e a , g e ó g r a f o d e d i c a d o , r e s p o n s á v e l p e l a י
c o n f e c ç ã o d o s m apas, o meu r e c o n h e c im e n t o p e l o seu t r a b a l h o e e f i
c iê n c ia .
A n to n io V i t a l da S i l v a , companheiro p r e c i o s o , re s p o n s á v e l com a '
3ua m e t i c u l o s i d a d e p ela r e v i s ã o do t e x t o , não podendo, e n tre ta n to ,
s e r-lh e im pu tado s os erro s que poderão e x istir.
r.os d a t i l õ g r a f o s , a m ig o s s o f r e d o r e s p a c i e n t e s , r e s p o n s á v e i s d i r e t e s
p e l a form a f i n a l d e s s e t r a b a l h o , uma lem b ran ça c a r i n h o s a a v o c ê s :
r í a r i a d e L u r d e s S a l e s P e d r e i r a F ran co e A n tô n io da S i l v a Louzado.
Ao com padre L u is F e r r e i r a da Hora, que t ã o am igavelm en te s e d is p o s ,
. ■ ג־cjAvoo r o c o r d c f < דr e p r o d u z i r e e n c a d e r n a r e 3 sa t e s e , a minha g ra
tic ^ ã o .
O p r o f e s s o r C a r lo s ? lo r e ir a N e to , que na n o s s a e s t a d a no Rio de J a
n e ir o , s e d i s p o s a d i s c u t i r o n o s s o p r o j e t o i n i c i a l , o f e r e c e n d o su
g e s t õ e s p r e c i o s a s , q u e nem sempre foram s e g u i d a s , o s n o s s o s agrade
c i mant o s .
G ilm a r a M e n e z e s, a u x i l i a r ñ a s t a r e f a s d o m é s t i c a s , q u a se nunca a -
t r a t i v a s ; p r i n c i p a l m e n t e s e esta m o s em f a s e de t e s e , a n o s s a lem
bran ça c a r in h o sa .
A Anna C a t h a r in a de C a r v a lh o T e i x e i r a C a v a l c a n t e , a a m i g a - a l e g r e ,
a u x ilia r fu n d a m e n ta l na arrumação d a s c o p i a s e volum es em que s e
tr a n s f o r m a r a m a s p i l h a s in fo r m e s de p a p e l,u m p r e i t o de g r a t i d ã o .
A. M a ria F e r r e i r a B i t t e n c o u r t , o s n ç s s c s ^ 9 ^:adecimentos su a d i s
p o n i b i l i d a d e e c a r i n h o na c o n c r e t i z a ç ã o f i n a l do t r a b a l h o .
INTRODUÇÃO ......................................................................................................
CAPITULO I - H istó r ic o da Ocupação da Ãrea
A C apitania de São Jorge dos Ilh éu s .....................08
0 Século XIX e a Situação Econômica da Provín
c ia da B a h i a ....................................................................... 18
A SafCda para o Sul 25
As F rentes P ion eiras e as M odificações na Eco
nomia do Sul da B a h ia .................. .................................29
por Domingos A lves Brancc ííoniz Barreto no seu "Plano sobre a Ci=־
v iliz a ç ã o dos Indios do B r a sil e principalm ente para a Capitania
da Bahia” (1856) assim como por José B onifacio de Andrada e S ilva
em 'יApontamentos para ר. C iv iliz a ç a o dos Indios Bravos do Brasil"
(1910)
As c o lo n ia s m ilitares^ combinadas com as id é ia s dos q u a rtéis, t i
nham o b je tiv o s p r e c iso s, não s6 no tratr: do problema dos aldea
mentos como também na r־arr.ntia do sucesso das rotas com erciais.
Os o b je tiv o s das colon ias m ilita r e s erams s e r v ir de apoio a ação
catQQUêtica, o ferecer !־j ara n tia s de paz aos colonos que se in s ta
lassem na r e g iã o , prrte 7׳er a nr.vegacSo f lu v ia l e estradas parale
la s aos r io s , e garantir a ocupação de novas áreas ainda não eíc-,
p lorad as.
Quando as r o ta s eram consideradas de -rande im portancia, inüme־־
ros q u a rté is ou destacamentos eram ncnstruidos na sua rota.Según
do João Maurício Rugendas,- que v i s i t .u alguns d e le s , não passa
vam de pequenos post r m iserá v eis, cm reduzido destacamento sob
o comando de su b -ofici.^ is - vivendo en choupanas e tendo armamen
to le v e . Além dos scldados também refui^iados e índios"mansos"cqn
punham as tro p a s, que funcionavam à base de ataques de surpresas
e com a organizaçãc de entradas, normalmente violentas(RüGENDAS,
1979s 186/88)
O papel e a importância que eram atrib uid as a e s s e s destacamentos
e q u a rtéis pode ser constatado n este documento do Ouvidor de Por
to ־־Seguro ao Conde de Linhares, datado de 1811;
" P elo s Botocudos no dia 27 de outubro foram atacados 3 soldados
da d ita cach oeira do r io J ea u itio n h a ־־n eitc a p e ito dispararam -
m uitas s e t a s , ! orém imediatamente os f i z perseguir com tr iu n fo ,e
no d ia 28 do mesmo mes, subi por terra s ã d istâ n c ia de meia légua,
fazendo c ele b r a r m issa, a que a ssistir a m com a minha co m itiv a ;fiz
e r i g i r a fa tu ra do destacamento denominado dos Arcos. No dia 29 de
maxxhi e n v ie i o capitão Francisco de Sousa Palma a fim de explorar
o caminho, que deve seguir d e ste destacamento a t i o de A g u ia r ,le ?־
vando as cach o eira s do r io da V ila Vor.'l3, e daí ao destacamento
de L inhares, e r ig id '׳nas cach coiras ^ rio dos Frades, nesse me^
mo d ia âs 3 horas d :1 tarde f i z conduzir por terra acima da gran
de cachcíeira, na d istâ n cia de meia légua, 3 canoas e lançando־־as
37
t e s das a t i v i d ־i<13s ?׳.j c'-nr . 0 י1 ?1: ד.. que perm itia aos colo
nos so b rev iv e rer. 3ncjjar.!: .* טדs '־i n i c i דv כי ב רr׳j due ־■ד,) de s u is ro■־־
c a s . N ecessitavam 1 ךזד1 ':ו ־. וnã'־.-rl^״־obra quo ajudass 3 a c r ia r בin
fr a -e s tr u tu r a b a s i c s , aue .o r n i t i r i a ^• יuncionamento dañ ca p ita n i
a s.
A c a rên cia de trabalhail ־r >? o r v .<•: a a- ' יa lia n ç a ' , decantada por
c r o n is ta s <0 h i s t כri.^ d'1*jn ^ "\ ר ידור. ר^ ףi^ • יe f e t iv o das boas intençõ«^
dos p;^rtuqu3ses e d' י־caráter d ó c il !־.s Tu;>iniquirt (TOURINHO, 1953).
No en ta n to , a ssa s rjla^ ~־.;s ' p a c í f i c ־a?5 iiã־: ׳t iv : 2rara a durabilidade
que se p od eria esporar anta um quadro, como יque nos é apresenta
do p e lo s c r o n is t a s , i יf ’rna t ׳ao harmoni.'־Tao ■Ja medida em que se
avolumava a popul aça ג ־q i n v e s t i n ^ n t 50 ד ׳tornavam s u f i c i e n t e - י
»
mente ampios, e s t e s oassavam a ^y.iair mai^r quantidade de te r ra s
e a apropriação do tra b a lh רin d íg en a , ¡־ru^. d eixava se s e r asporádi
c j e , ou, orien tad o para 30 c o n c r e tiz a r a tra v és d נconsiua, ־dos ax
ced en tes gerados nas suas רt i v i lados t r a d ic io n a is , t יrnand“גse di
r e ta ־e com i s s o as r31aç33s ; a c ífic a s doixaram 3a a x i s t i r .
As medidas c o o r c itiv a s c ״leçarar. a s.־־r se n tid a s no momento em que
os ín d io s iniciara:■! a r.-aya... c(.v;atra ־. õor.inação, rev o lta n d o -s3 e
retomando as armas antos esq u ecid a s. Segundo os c r o n ista s da ã. n-
ca, e os h i s t o r i a ׳.!'״־res quí analisara!:■. 3 ־f at ^s p o steriorm en te, os
e str a g o s com :־s ataqu-?s a js engenhas f .ra'i b a sta n te vultoGos e re
presentaram abalos 3õri 1־s no sistem a 1,־r ' ^רu tivר. Com a cap itu lação
dos Tupiniquim, f o i- lh e s in p o sto c'L3ti׳T; ־de oaaar com trabalho
não remunerado os estra g o s oontra דייcan.a'^T-iais e os engenhos. A
rãpida dorrc>ta d >־s Tu .'in iau in •i״v.3v1-=5 ־־ ־iã estarem com sua caoa-
cidade de reaçã )׳b astan te red u zi :\a c ; ידas inúmeras c רrapulsõe^3, ’
que sistematicam>=nte vinhan sofrínüD o com as a lte r a ç õ e s introdu
z id a s p e la s novas r ela çõ es de dominגçã■ רimipostas p ela sociedade
c o lo n ia l, representada ta n to por adm inistradores da c a p ita n ia , '
quanto por j e s u i t a s , com a in s ta la ç ã o .Z)־s ‘'־rim^iros aldeamentos '
da r«3gião e sua ação c a te q u é tic a . Também 3 רfa to r e s b i õ t i c o s , ma
n if e s t a d o s , p rin cip alm en te, na ! ־-'’;•íraia .le v a r ío la que atacou os
ín d io s ald ead os p e lo !׳j e s u it a s na segunda mstade do sé c u lo XVI e
matou 2/3 da populaça •, ־ ־-0 '־-lõ a icc3 7 d ecorren tes dos י־681ייat amen
t o s e o u tra s perturba^׳õos 1: יeco:-:si3t.־r1’־. י^ ״r••וvocando muclancas ra-
d£ca:tá na e s tr u tu r a '־rqanis a t iv a , דיי־׳te m o s s o c i a i s , p o l í t i c o s
econ ôm icos. E ste s fa t r js t ־:•rnarai?.'־nos in capazes ^ב׳reproduzir a
57
1963-33-40) .
O process( נde con t^ ri ׳ רrocassav.i-sw livrom ente e coir a co n cen tri-
ção demografic?. n >3 דld¿!araGntos י־ רזכסf-ilta ר״יcui-^a.los ^ r o filS ti-
0 כ־3 , רautí un?. 'le 1> דrtali די^■ ־ גליg t דnt a e lé v a la , p r in c i
palmentví nos çru¿ כ5 ג־1 ¿'ד. , 9 , 3;־.־is ntingin•'* •־־aqualss que não
haviam sid o con ta cta l )־í5 3 לmodvo c ׳nstantG. Hin׳la quí5 não o .•)ssa~’
mos comprovar com f י ’־:׳׳5 ^י5^רנ. t í י׳t. i c :.53 רicificn m en to r a la tiv o s à
re g iã o (V. F^^rnan'.as. 1 3 3 9 • 3 ^ )־, .tr ־ '־־j“rí s quci i s s :: ,dy s e r in fa
rid o 1 ia r t ir י.י־3 '. ד. ^ l i s ‘Jní 7•: i ^ ר׳ c ^nh^cirirínt יqua so tarn י
de ou tras s it u a ç >'־as ! נלc ntact:.:, qua t a i s ;'r^coss.>s ostã^ sem-
■'£3 ־p r e se n ta s. P rin ci ^־.lnont-9 n^quelt-s 3r1 que aquela tiu:■ ¿יcuiJa
dos não oco rreu , rlé~ יי.ss.•־, a l ז׳u 5 ' דרדr-3i; ^rências b asta n te sintom a-
t i c a s na q p is to lo g r a fi ל. r 1 ד0 .':. ריri:. י י־:.־ h is to r i a.lo ras ,a te s t a o
prcTDrio fa to le quo צTu in iq u ir ־: ne.3s•'. req iao foram praticam ente
e x t in t o s , demonstram que e l e s não c o n s t it u i rain aítce^ãõ a כorn ees-
so de reluçã3 0 ^כu l-.cion a l v io le h t a . E sta , a l i á s , cnmum aos grupos
in d ígen as como conseq 1:tôncia das compulsões b iõ t ic a s e e c o ló g ic a s י
s o fr id a s de forma mais s is t e m á t ic a com o esta b elecim en to do dontac
to com os coloniza^.ores (V. tíibeirO^ 1970^263-317).
No que se r e fe r e à d e s e s t a b iliz a ç ã . 3 .1 י0 1 ר, is a f o it o s se c נn cr^ ti
zavam na im posição da ncvas ralac~׳os v^r? qu? a viri.a t r ib a l normal
e r a s u b s titu id a v e la taí 1t.דt i v a d^ im1. :;sinã^ dos . áãrãas dos c^lonj^
Zçiãores e seu s v a lo r e s. L a n t i־׳r:'. :riam p o l í t i c a era abandonada a
o s cen tro s de decisão s ׳a :‘’.aslocavam י.. נt e r r a ir o da a ld e ia oara os
in t e r io r e s das casas dos c o lo n o s, .V'.s alm in istra d o ro s ilos engenhos
a da ca.> itan ia, alam l ' s .'.t i o s dos c o lá g io s e ?־as s a c r i s t ia s das
ig r e j a s e ca p alas ja su ític ^ .3 . Outr' ’• ?.״an tas ras:■;■n3avais :.׳or t i i s
transform ações sram os ca ciq u es mani* u la ^־־-s p e lo s agentes s o c ia is
da socied ad e en v o lv en te, qua, c!־־nquistr 1n.י.■(״l hes a co n fia n ça , os
u tiliz a v a m c ->tp.j elem entes m odificadoras da sua s o c ié üade.
Os Tupiniquim, avassala?, s ■ r t *ar: a ssa s ■'׳r־a ss.)as, minguaram ra
pidam ente. As a ld e ia s i n s t a l a י.: ^־s >b a ju r is d iç ã o dos j e s u it a s des
povoaram -se d esses ínU .'-s, lo g o su io stitu i los por outros apreendidas
ou corner! lo s . Havia, i c la r o , in ta r o s s e s aconôitácos p resen tes nes
s e c o n sta n te ra:־ov':ananto. Por sa ancontraran próximos dos angenh.B
ou mesmo dentr.j la áraa'da alguns v a la s, os trabalhadores in d ig e - '
nas eram de v i t a l im portância n . ־nau funci-■nan-ant י. Dní a n e c a s s i״
clads de su 1? r ir com n :vבs l.ív a s a:4 t.jrra9 dos al loamentos que se
61
VupiíiiqMim, Q
׳, pr-•־y־nwal,1K111t,tói, deepo^.hiuII ^•¡1?. cjniJunia <ia varíola
ddí X55G. Os Air.u.'r2 a i l lo s s llz a f lo s £ .!rsa ton j5׳:: v í^ ía a 3 ele v7.D«n
g:sm .inSaetj-ífoistGgiuGas qsiis ^©&0 מ0,1מ:״טעו1 בit,.'?נ״1:¿י i3״s parto J'2:
:£:1àj:, ״v,n jp©®fiafifcs3, *¿Uiíj w ■Ifcrij 1 בí14iA>y^|iii..1E״״p# !!!.lâ! átó_i
y/as, coílta^v^«
:^ 3 :1 s a a T
3£יrcial*paci.f±íנíl9S«^’ יp^jlí.j«í 3 ־s ss£ tn â .j, à J o n i.m ia iifS ./
c - ;׳a jç;;u 3 בa r s u b s t i t a i d n p a l a d e lE ü n u .M a r e a ! c^liRP ta l
VtóZ ®e 3 u t o ־־Ju1KffiÍnf1Q3sj£A. Iij׳t í [ 0 i a s ! ׳.uE a DS v íte l-t ^ g r u p i־£l B uító
J â 3 <3utó ae: s.״i l s l u a r » s 1a p s l u 3 ^ da Bihisr., líin a B : s e s a is : a L,3S>foi;tx..
e m it • .', -u s 1^¿ntr 1 ״ost p rop^ rç^ -s. a o à j «fef3eví:j£1S t;rí 1v'aàeís,. e n t r a
>ssX&.3 a 3 v S r i a s b a n J ^ lr a s : d ״litr a .tíiJ :a s «
O coabate siste m ã tic u aos ¿»ataxó data ^״o ssa época com s o lic it a ç ã o ,
por p a r t ic u la r e s , do d i r e i t j de urganisarara b a n d eira s, que lh es
p<jrmitissferã c a s t ij a r o a p risio n a r 03 ín d io s (.!¡.iii’üSs OL
1 763, in ÃCCIOLY L SILVA, 1925143/ 9 )נ.
O p ró p rio Ilarguês roc..nhece que a razão fundcu-iontal para o ataque
a e s s e s índi..'S, pc־lo s bandeirantos e a d n in istra d u res via v i l a de
•Jliven ça ara a .*e capiturar91a-nos oara tran s^ on aá-los ani e sc r a v o s,
futuraiajnto usau. s nas lavouras d^j fonaa o x to r s iv a g ab u siva, co -
mo s e pode depreender du ta x to :
"í*oi 7 , *I, servid a ordenar p ela PruvisHo de 20 de ju -
nl K1763 ־ao ^iovamador gue então e x i s t i a que in f o r -
21a s 2 e s-׳bre o requerim ento junt■ '־que a V, :1. fe z Ig -
nãci... י ׳.:¿ ״zeveCkO l 'e ix '״to , sarganto-iajr da c a p ita n ia
Ilh S u s.
E sta Provisão depois de passarem 3 anos se ap resenta י
a g o r a 'ao Governo.
Lstv: id â n tic o roquorinonto nos faz la^ssio su¡plicante
a que lh e deferim os com as p rovid ên cias que contam da
cÕpia uas ca rta s ju n ta s e s c r it a s nas v il a s Je Ilh é u s e
da Upva OliVvinça, nas qu ais dGtorrainam.'S que as Cânia-
ras c:.1a . f i c i a i s :״.a .. r<.Lanança e das entradas s e a -
juntóla ^::ra iazciri ;־״r o .p slir o a s s a lt a r o gentit, Pataxi
bc.rjücir j. ...j :ra temos r e p e tid o as !aesmas >r1:Gn.3 , .nã' 'ה
n.^ >.itac '^11׳u2rr>.*j^ טמ^ייfcr\1a1<״,j!jíí -.>ז«■״:^ ^ךגhc
.1
On ■Aatat i
Os Kat:ax*;
XI k<:ut.1x ' ou ji.'t^x ״viviar^ aas V£jrt<3í1tí13 g jr r a ״v3 ׳,í,iu-jr3־ís, ac.■
s a l 2- r ia Caohoeir^. o ac n orta Cu r io ParJ.;¿ (1«001?0-103 *1931,.^! בנ?ב
’IcmklK & ill Si^ü:^JÍD,1953 7 .1 !5 4 á í >j:.dlavsci-ae in tu -
j r a l n s í i t ^ , ms^-vaci s cábelos c o r t& :i 3 na a lta r a ,rvílhas e l ! . -
to q u es n .5 ־la b ia s e .n H ia a . ¿»intrvaíA-st. 0 -4 ..־-jsenli'-ía f«1csaStriGv.s
ñ a s íx>rtm nmgra & ?«íXWáljaG, tira2u ׳a3 t in t a s í -m sim^s v e g e tá is q
* leo a a n i a ^ s . Bm.s habitíig'^es orraa c natruidaB coa pallia CíQ pal-״
r ^״lra '־% i hrjríz. «laa casa situ a c n n cr«í1t r ־. ?־1ד״ al-.:-jia, , י.בגןד
גיס^״ר Lrník tica (19315131), e r a -a stin m ia aüs c¿1e¿á¡3, VLm g.xJ.ú~
r in t-ilv a z , «£1" גזosaa •Ins 11ר10©113״י,
Ali1ne11t€1vam-3׳e «. ¿יfr a te s w r a l sos obtidos aa® ativid ad es de c o lé -
t a -״j3<j!11v.־lv i.,a 3 ñas flo r e s ta s eora qtie v i via®, alSia da oa^a e pea-
c a . Pv311 ־a .!aOv)!3 ־roa v1ispc^.>s par^c=3 .!ua ־s ;t'‘t.?x? n a ־: cv׳ah©ciam a
Ci-^Ticultaríi, a a te r ia a 0«יכ־ב1 £• ן״י sarara c11ô3ados e t e r -
lii^íS s i ii3:>. ־s t a 1«;¡; ״jã a>j .ntoís a “iTJÍnistr^tiv3a ':a s-^cieckid©
nautu (Lomco®!^, I i 3 1 :1 5 0 ).
ífenií״-n
t, ״r a j ■ v i v i a a ; לi'irgens a lt . J-rjvd.ttnn. •mi■', f;i י
73
Os Mm4 rj"
Os lLjn>í>j^íi, Sogoyo, GoogoyS oa Crucraió! siiir-gietr^j K^m^títeS# ©stava¡»
l u o a l i z ־:«. .'S n ‘״s3c5ü1*• tt& n 1 ׳rw-jlEo ííj lurfe¿ Jl-j ri■■ ■i'arsii, pi&tíL-
av ״w r i b t f i r H : s'.a T virru-js, -;n .a s i : . ;־alvlt*L”-JS 3ג c m sr
!»at^á's trc1v1l >3 untrú 1^0€ e 1808 c 4 ״a ^ cax^it?. (!& O inqulsta י
J.)ão G־->nçalves aa J ׳st?., f a t . cja•: ־a n a lis a » 3 n;> c h í t a l o a n te r io n
áls r e fa r in c la a laals ^^::sB^letas que anoontraaras sobre o s It3nga2fó, י
a l 11¿a z ^ ^״f->ma .£® slst& 1ã t± c a , 3 íím ¿«’־imir c la x 3 3# sra m jr u -
¿fu »,ULstinto do dos KasuilcS híu nã'^# sã > as í^_~M?ju%#íí3J., g 12& j®
v lô it.-m na a l'.־j i a ,’,é aãv ?q :ítj .!3 :*Icin tara, vulj-? ־׳ürrabias, ״i2a
1817* Segund׳- ־. ■a-afc.׳r , ■ al.i.'^עהk ^יt t^ r ia נ: jj&'a ״:. tóu .:^o ■ rr^ -
c i a ״ta tíStraãa ab erta ^ t r ü Ilhjius a iikaa ■Jeraia, cjn;írwjn»i<^j י
tr a b a lh a d ^־r*â3 n<ayf1í'3|. i a , p 'rtUaUasoc, mj31.m:ii3 w. i í t u i . a ״
בt r i '5 K;!aalcã, rjrincipai1c41tcí v. f31í>¿rap־ j'C 3 1 ״m¿Ij.íE^;L3S8¡
356/7).
74
Os ^vmal:5
Kajcsalcar prqpriaiiKãnttó úit^>s, *vlviaRi nutaa ar%âu, c:.-'j1^jr&imCJLãe11 !■!!!־
t^ià :m mÍQ@ Colonia, Sarâ׳J, Jegiiitinhoiilia 0 0>ntas- Jfestaa gr1a1>;»¡3
t^rssí clieriijs sist^״atic£sa^ntâ a partir de 1B06, quando â־ ja ôcíí-
travou o CapitS-'j-ü>׳r hktõnij• Dir.3 .a.raa..a o saia so-
gr >״para a !.!¿,IrmtíiçS - sus siis'^rxiffl,. íila cri^a .׳u apr^>1rait->u י
nUairj: jã cxistant׳ rf3 miturl ■ríiiíita ןומaarjím s2»guerâa do rio
tardio.
£ ^ ,ssÍ¥,31 e3ta.^olteC®r parc!ia3x14s1to ns■ c!rjr£vcterí3'tlcas■ CMltו1עaiaי
i s cialo dos K3ffi2dcS, a3s ^.־ouifânt ?3 ro tirad o s ¿30
-it> llc; Jji S3:11a a iZ1i3 3-, ״¥injí'J0־fc©s, prlncriLpalja^te,
mea-íJeuwled, .íartlas u 3^mfillü* :jLQ^.íBf p r jcara 1?íüi״s âs-
:,.־gar 131.1 |üailr.> hl^t^rlcr‘ 1‘.־j3 y.itií-.il.joi .*%a sntXí* *'m 3pro
'״.* נaMeadc^ v מs 15יÍי!נ-!;!.• ניàa^a^sfmtü,
:.■ siculo ca z3 2 rirA«iJ.raa o׳
baeor^9“.13 liaiâ ¿!«itríUiadas »>-
lír«» o» KaH:1l־ ;ã f xa2a *01 tas p.^r מ104<:>>^»,;^1:*■ !״Jiã jb ־ ?i3 it:״a «¿u
i ^ # r r r . »!־Jl-.i asta^am aldeados c־׳m □1 -1*7 ■^־עמ׳. Jlait-m■3■ ל־־tas!■‘.3!ג
[^דaiv,^l.1 ־dii :!ñiit. .•J1t-,1ii ־/,n, iírm,'na \:a JljjSln !1 m i..
íuav!•^ J jv o , Splx õ i-iartluB vlsitcx3a־־n^-3< ׳ í ..í J•יזJrrג.ln3, o כ,^ע111י^׳
fir;j3 Oijrg^s los rl^a Itaípe g Cí51aa11a (iflXD“iaBPIIIiiw,19S8142S43*־a1
ííPlX tó Lia1lTCTS,1976116i/171| i!ET18ñOT,1930s246> .
H abitações
D o u v ille ( in 1״ETRAÜX,1930) a fir m a q u e o s Kamaka h a b ita v a ia om gra n
.Zi3 c a s a s c ' l - . t i v a s , c .'n 3 t r u i־.’*a3 c:v.1 •a llí*־ ^jalK1>jíira=1 , a - : r ij a n -
ur.ta laC.li::, ״e 20 f a m i l i a s (LOUiCü׳j?1írt,1531; jIILTSAüX e jl!íI1,IJI.ííü. j3w ,
i n £ i’ii.ííA R D ,1963;V I:54S ).
Ivl^mentãria e Aderegos
¿־iiita v a m -se, •>rec'״.׳iuii1an-x■ ccro s >r.3tr. c; voria^l•!:!. .»s uuliTJrús'
.>.'recinr 1 j^rcíforir .! גי.uSK^niijs :^־oi^nrstricos lo ± \ t r s n ã c ir c u la r , y rin
cip a ld ísn te tísi Vvjlta ,^>3 . 111-3 יe C.03 s e i 3 ־. Os a ׳nens p in t גvaIi~׳3יáי
com linhr.3 ¡1 r iz o n ta is ¿ v ^ ír tic n is, ^•rjv^״minan^:j a c.>r n ejra íU-
tr « u3tvi£5 a V-. v^rracilaa on tr 0 a,;u־,ilr.3. üoavam para o ¿praparc Czs
t i n t a s as r 3 ״i n a s i^as ã r v jr e s , '!>¿..3 3 ״fr u ta s e jor^ura ..Us anlLia
i3 (LOUKOTKTi, 1931:113/3? lO-.i.Ck,, 19125 35‘)| .JIE D -m írjI^D ,lJ52s :31 ,
!31). Cj>no um s in a l das tr a n sf •;r:aa57fe<3 in t r ־־v״u:íiC^.3 p é l j co n ta cto '
c >n s n ission ãrj.o3 > , ^n , aI1.1ini3tra.^v ros c D lo n ia is , í/iasl-iíenríi-
©L. afirm a que os ín d io s uatizac". ^3, ¿n:: o le ^7is±t m na a l»־lüia Cãi
liarra la Vfer<2da ■“ Santo Antonio c?3 Cruz ^:•int£:v;u<’. cuia urucura י
un דcruz naj 3uas t e s t a s . (WIED-NEUWIED,135Ss 303? lii’iV^iUX tí Niriü^iJ
DAJU in , 196 3: 1 1 ;. ( י. 54 נ
״ כ: .latarial u tilisa v :^ J.ara a p in tu ra ora o genií>ap: u ^ "catuã", י
t i r a . ׳״...ii uraa ãrvjrú nã׳. iv,\in t i fic a d a , a l 3 ״t Za uruciim, e s t e era י
t ri t ura• גכ!= ״ãç;ua r r i i , 3 a:>Õ3 i s s יaguar lava!•־le . יp recip ita çS u ,
co l_ ׳canL:c■ v-íí^;.;is a 3a.^jt?.ncia a 3 . 1 , cortada em ¿ua-ir>3. Depois
ue d esid ra ta d a , c prcCut ->ti.1^ ׳--ra dâstianchav-w o t *h^o à -2 rS ci
n׳: ^u ^.jrCaxa v־=־j ü t a l , 3 e sta v a pronto para s e r u t iliz a J c (;?!ÜD- י
IIDÜUISD,1J5J:Í31? tJlT1a5), 1375s 16 3 ). i.->lnיcכvrvar3& c..־ai urucua
- מבtv;־1:.» י. s ;..:xta3 c r ra׳j n 3 ׳־־a ca.^eç ־, ~s !lã <3 ü os pes
iv is -jX , in 1' , ^ ,1ju3,'/*x15-xJ) •
O1. ;׳ ,-!nf ¿ iti:v 1 n -3 j c ״n c la r o s ¿ 3 i t '3 .י0 ־..entas ■.'.3 nacacoí3 ,
78
cl‘an3fg.t>1rr’.aos
3 נ.^*tnu¿at^ta¿QS laa^i &ram oonsi-.ur ’^. ?1 c.ry21«¿ ^׳a «iaixíraflo», An
eluia..^ j a oersnlca © & j r ó& axvms,
08 o b jeto s tmnç&^os eram de boa quallúaúa m cu i־# a viiras^ ^ 4 ?נ0€10ו
níiml•“ ; יati jr.- j r• ^ ״B11J1éíj«s trsaç&iraia ג'ני13 @ וטוsee. 3
yar3L u t r im s j .rt^i ״s J3״ut£n, r?lnv־a .y a ñ i n i a u:;j Liti*tfi..?A:.a3 *
e a ç a , c a le ta e <3 lu v .iti, olSr: . 5 ut^ínsíl i .־s í13 j iajalllsTjcpaai^
& 3 1 נגב! בíc:1v?tm p r.lis •!;:■*:. ״ןידo "־.r»fc2r in l jue u ti.ilsñ v a 1a @ra fiberia י
paliaeiicas, tin !;! r1 ״o n ujracnm, .jsnip.in: & p n u -b ra sil
21a1^r0S,1976s 1 6 7 /8 }. Wied-Heowie^i 0'11i3iv.Uírav:i 0334^3 Ií1wl7s c־-
rr3 i-tlio-^s a rtesã o s © ^ «« ייגftm çõas, ^tuq Ume &ram atrJJbiilUaa
lo s cr^l n^s ’a Srañ ®ר Silvio■ oatíivam 1 י׳0מ113&.1^«י, 8 ^^נז
a;:?rrt?H^ifcavsa a sua capacd.dade, utiilaimiJ.U>ג»־׳ »״03 , t r a ;״Gi;:1:s
ruvl״.■!, c ^t..■ n ^,óxirx..‘. . 5 ,''״x^.;rí1g, txuuj^■ 2?t10 ■ ״á Lu1v.31rr*3, 0.-11^-
t £ 0 9 ã'j á@ mmtxmjMB e mm. &:mse£1râçã0{l0]í^*u^wjxj:j,l:v'53f 134} .
— 34־r^j1ica c;infGGCi n<1_1 pelos Kmaaki ©ra falta CkM. aarylla cinz^n
to 1958:432) • Hlouâ11da:}â <a» área £!^i1aityL
iraa^nta ha/jitmcla pelos ItoidkS, reatos €m a־r3i¿.Qs vaaots asficcio□«,
staííii fuxmr.t-. fa11.^»0 , cju wuraaíi ú1»£121iáaB. Era cerSialac 51:^^135 !.
ooz^eccloaada coa rolos Je arillr. stiparpostoa, sugórin.,•״, n . 3aa
yf.álto final, a forma c!e esoamaa ã& paiKú גוי־.k1 a:3 t ^ão
raza וGcr?rRd'יSfe, por tma sisales marca suloaáa prãsJjaa c.
.jf rãs.f não havia gaalqaer ôutra indlcaçSr ¿!«^! נKist^naia al-^iij,
(!*:?.Zt; In :rj'־״,:.j.41j,lí>5.3,v.l. ,3ac)
73
O C ic lo V ita l
O nasciniGnto J« uraa crir^ i.a .co r r ia na f l o r e s t a , :>ara onde a par-
tu r ie n t e sg r e tir a v a , .. caso do ser o prim eiro p arto, a la eSra a-
cos^anhaâa por uma mulaor laais v e lh a , quü a a u x ilia v a , acomodani3־
a num buraco abert': n'3 cr.ã:>. íl4:vc parv:.;, i>anhavam ־s e / 31׳a e a
c r ia n ç a , no r io que pr.53sf.13se mais proximo ao lo c a l.
Ao r e g r e ssa r â a ld e ia , a mulher r a t 1 ־av . ;־ יoa tr a ;a1:ao normal.i-n
t e . A כעי״1• ¿־ora nuiai.v í :. - a:.־. -'.. ד־.. v¿ r.¿3 qu.í ...it;jrittinava a grmi-
ae quantidade.* z i l . * , ־־:־. ״at . . ״n-ar.lrM :>Gla p ri:tóira vez
aos 12 ou 13 an •»־־.
80
A Zlorte e o s Funerais
Os e n te r r o s faziam -se seguindc ׳.«־..r״tji5. homens erma enterrados
com seu s corpos pinta-.v 3 v^ ־.e cucuras, <¿21t ' urac 3 f e i t o s n o rn a l-’^
mente nas matas. Plantavam bananeiras ,u nlgodoeiro nas c'׳vas.^ íf-
cómpanhando o corpo, c י ׳1 ׳0 :ן־זזר:כ “י.. .,<, דarraas » us e n f e it e s despenas,
além de ja r r a s con o.- . i.. '. a to n a ílio s pes;30ai3. f
As* oovas aram ch eia s g ^r.i t^^rra •i a• 3>¿u too■-• c: d ocava-se um peque
no f<׳־go qxxtj diiveri.'־. :r. ;r itS' : • j':t:_niUir. C^íjriaii-ncs, em sygui-
ñ2
O Jeca1>areciK1ent ■>
. ao ■¿,.jrtas .*■.liu ora interpretado comu
Bua acaitaçHo por ;־a a^rt I3־t . dignificava quu -jla haviaי
partic’.o «acti paz e nac *
'•״.ir►^-rovjcari1 .')!;*־lemas tie saücle aos nem•־
^ros Ca colsãtivi; a.״״, C.i3. tnia r it 3 nã» fossaia cvüa¿)riu:>3, os
raorto'5 voltaricffa s ־. f>־׳rma de onça para atacar os memi3ros do ekor
(aldeiri),
,lit^-^^ljgia
Sua mitolvi/gia cen trava-se n> c i c l o do s o l e ׳:.a lu a . lira alguns au-
t\- r e s , e l e s sã c apontados c k :.' im ã .;s . liju tr s , como sim ples con-
p a n h eiro s. Ambos eram do sexo m asculin: .
n lu a ap resen tava-se como un sur tríl,;. ünv .)Iv ia -se Oia granaes c•,^
!;lic a ç õ e s qutí, alganias v e z e s , Icti^nainavam a 3 ua laorte. O s o l sem
pr>ü in t e r f e r ia , res su ei tan^lo-o.
Os ataques •13 ir a do s o l !igaaifeBlavaCT-fxs n^ vlisparo dos seu s r a ie s
trcm sf jmaci -js era fle c h a s , h cor vermelha ־ara in d ic a tiv a de estadcs
י.';¿ fú r ia . Os incêndios, nas f lo r e s t a s eran ex p lic a d o s Cv5®־o m anife£
t a ç “e s d e sse s sentiiaent. s . üm dos m itos que narra uma situ a ç ã o י
d e s ta ê aquele em que o s o l s e transforma numa capivara e sendo a
tacad o p e le s human©s, im p os-lh es como c a s tig o um grande in cên d io .
Quanto a p resença de c a ta c lism o s, havia r e fe r ê n c ia a um d ilu v io ,
ao ataque d3 jaguar nas n o it e s de e c lip s e lunar e o grande in cên -
v.io, acima r& feriJo,
..<eferiam-se a in ?־.a בh i# t5 r ia do homein que sa casou com uma e s t r e -
l a , A h is t ó r ia termina pom a separação do c a s a l e a v o lta do ho-
mem â te r r a carregado oor abutres (urul>־u3?).
Outras fig u r a s m ito ló g ica s p r e se n te s no corpo •-.'.■3 suas crenças e - '
ram as da t r ib o dü anões fo r tís s im o s e a .13 כcomedores de pioU ic^/
ífETHAüX a i'ÍLrJSilDAJÜ ^ ST&7.*RD,'1963,V. 1.552, ־LOiíIi:, in STEWiiM*^ ,
1 3 C 3 , / . I . , 3 9 7 ? IETRAUX, 1 9 3 0 , 2 6 8 - 2 7 1 ? SPr: e L־i.a1ÜS,1976í 168;Ã0U
KO׳x \J ,1^31 s 209-2121 v;IED-WEÜI?IED. 1958«437).
35
]30T0CUD0S
llanufatos
Embora apÕs סcontacto fossem considerados e x c e le n te s can oelros e
* s e d ed lcassen a ganhar a v id a em muitas regiÕ es exercendo t a l a t i
v id a d e , parece que a introdução da can^a f a i f e i t a ap3s j con tac-
t o com 03 Golcntzadore^., ]k j u s t i f i c a t i v a oncontrac.a nas fo n te s pa
ra a au sên cia de cíinoas é a predominância, na ãrea, de r io s quo
apresentavam granda d ific u ld a d e de navegação, Para u ltr a y a 3 sar(a:ãי
o s r io s usavam pontes p en seis con stru id as con d o is cip ós pararelcs
e sobrepostos.. 0 in f e r io r s e r v ia para andarem sobre e le e o segun
do para c:־irrlmão (L0:TIE in STE^T ״RD,1^63,V.Is385íílET!mUX in STE./ABD*
V . I , 1963:535).
O tra n sp o rte da carga era f e i t o p e la s mulheres €5m grandes saco s י
* • " "י
lיonduradcs as c o sta s e p resos por uma t i r a que passava na t e s t a ,
Alem de toda a tta lh a d;jL.casa, *alias bem m'״d esta , as n ulheres e -
rara resp o n sá v eis támbem p elo tra n sp o rte das cria n ça s i^onores, que
iam sen ta d ^ p / Bormggfcmente, sobre o saco(LOWIE in STEWl\RD,1963,V,]lj
3 8 5 /6 ; 21ETRAÜX ^ STEÍJ21RD,19C3,V.I.:535)
Os n ineris se encanj^^ram sI3 tr a n sp o r t»־r os vasilham es de agua ,
que erara f e i t o s de ■Jálas vie ^áydaruçu e c ^rtn los na a ltu r a de um
gomo, que s e r v ia de fundo. Levavam ta 1:1bêm as armas,
%
As armas dos Botocmdo éram p o sa n tes 0 te m ív e is p ela r e s is t e n c ia י
w|utí apresentavam* A p e r ic ia com que eraia u t iliz a b a s e rapidez ncs
d isp a r o s s u c e s s iv o s das fle c h a s faziart com que fc;ssem tsmidoSP ״pe-
l ־j s Cv;lonwS p e lo s outros ín d iu s ,
O taiaanh ; d ^rs a ro js dos ^otocudo f o i considerado cesde sé c u lo י
XVI como exageradament !־grande, Sua a ltu ra parece qucs v a r ia v i en-
trci l , 5 0 u 2 ,1 0 ;.־m a eram f e i t o s com madeiras e l5 s tic ? .s fo r te s
92
c 'ד1 ד יonlíA.íirr. a i r i כo pau d' n rcj. O lenho d e sta ultim a árvore é
jrDnc- cora c'irna » a a relj e 3e tornn, cvarraelhadj cjuanij trabalhaC j.
נ airi 3 L.e cor parda que, •:juaKnIó colida, adquiri um aspecto a-
gr .idavoil (■7IEy-líEUTTISD, 1D58!157) .
f rça vu raai •r y־r..ssura arco 3--j situ a v a no n ^ ic , ro>״u 2 in ^ 3 0 ־־׳
(m v.:iraçfí .; « דהxtr«TaiCaJ:es. 0 esf<>־rço exigrido nn uso ãe arco ״e ta
i 3 lin3ns“e s e r i grande. Os ín d io s usavam cordões f e i t o s de cipô*^ י
e-u b ir a ou carr.!;־u-tn. enrolados n<> %ulSw esquerdo para p r o te g ê -lo י
d^'•' impacto da c '־rc a. C. n r> c '-ntact:^ c ■ גזa s ^׳ciadade o r a s i l e i r ^3
so s cordões rornin su b stitu id o s por lin h a s de 1>escar, o ;jue Ines píx
n itir ia uso siln u tâ n eo para caça e pesca.
״c-יrda do• aro_> f n it a :.o ci;1 *׳iiabé ou caraju atã era to rcid a cua ots
ta n te d31icad02a e uj -ir. v^o 3 a 4n1n. ¿ías 0xtr.án1i״au3׳s , jp rin ci;ja l-י
n e n te , se pertencioia aas c h e fe s dos grupos, .s arc;;־s a;.jre3 «i.atavaM
t u f 9 נde ^3Iuraa3 Cv■ lo r ia s p resa s com cera da te r rn (LOU״OTKT;,1931 *?
1 5 6 /3 ; S1aHT-EIKil:^:d,19331141| .SJT?v/J1: in SVE'JZúlD, l.)63?V. 1 : 535;
1rj-tiEÜJlÈD,1953::>36.297 a 300; LOTvIiJ, ^r£;!Iid^,1.1G3:V.Ií3 3 7 ). '
:.3 fle c h a s eram f e it a s de ubá <u canajuion, ç-ua se caractarizam ■^ox
ft
seram caniços sem nõs. A erapliaEiaç?״. ׳das sfleclias era feita com pe׳־־
nas de mutum, jacutin;ja, jacupoLiba e araras, dispv:3׳tas l.:ngitudi-'י
naliaente g amarradas cjb a casca do cipõ iiabS, Segundo as ilustra-
çces d־־á I7ied“־iíeuwiau (lJ5GíI:st.21) essa aapluraação ê classificSvel
como do tipo ״Brasil Oriental" (V.LO JIE, in STEWARD, 1963,V.I; ).
• “■
Kavia os t r ê s tip o s mais comuns de fle c h a s , d is tin g u id a s p e la s pon
t a 3 . O prime-ira destinado à g u erra-e â caça de animais de grande י
¡vorte, tiráia' a ponta f e i t a de taquaraçu, to sta d o para qua se ±oma^
s e mais r e s í s t a t e Depois, e s s a ponta ara entalhada e raspada u.a
fo m a a se tornar li^ lceolaáa, co rta n te e a fia d a , Froduzia graves י
»״ . *
ferim en to s e hemorragias v io le n t a s , com o sangue se esvaindo p ela
p a r te cóncava da ponta, •jue para i s s o aproveitava a propria oonfor
máção do taquaruçu.
A ponta farpada era feita .:d a mosná niadeira do arco - a i r i ou ^3au י
d יarco - c a r a c te r iz a v a -se por apresentar "׳-ez ou doze en ta liies cliri
g id o o -.;nrá’H ítás, fo c a n d o as fa r p a s. Sra tamben destin ada para a י
c a ç a le jrandes an in ais e para a guerra. Prov^^cava profundos f s r i -
mantos e c-ra d i f í c i l de ser r e tir a d a , p o is provocava na sa íd a s5 -
r l ' ־fs e str a g o s nm t e c i ;.os pen etrad os, i. té c n ic a u tiliz a d a pnra 30r
r«3tir u a ara fa2v.r com -jug }jonetrasso totalm ente para então yacer
;U.j.5rar a :;ont^ c r e t ir ar a h a ste son raaiores danos,
O t'.^rcvjiro t ip o era ',astina lo à crca cIj a n in a is p3 cjU0nr.f5 . fíuas pon
t a s ciram f e i t a s n ? ־tr t ir ^'a ja la o s r e to s con un n'., s\ jZ.o a >b
tu r a f י־rraa J.-j r o je ta , ¿íó invGs .!o seren ponteajuuas, O seu j f ^ it o
e r a dateaoninado 1010 יi 1a;>acto vjue pr.1v)Cav31a a j br>tor no anim al,
J^.ira cjnseguireia •״ar maior r e s is t e n c ia as f le c h a i ^ostinadas a guar
ra w 5 caça <lo granlo p orto, mitavara-nas Co cera o ilazian com
nassasseia p e lo f ogo. üsrvam o mosiao :רro cesso com o s arcas« Mas não י
tinhar\ כcostuna =לגenvenenar r.3 ^J0nt1;1 cas fle c h a s co;a c^aalcju3r t i
1-0 ״i^ su b sta n cia ,
ra * r v j r r e t e s , já *
' a u t >r s e r i a n ^׳ír iv a tiv js uas xaulhares?
Jrganizaoão S o c ia l
Os Botoeudo viviam em i;יequenos grupos n'^tades, Cjm^'unham-se de 50
a 200 w csscas, organizadas em f<anília3 exton s a s , cuja a exata com
p o siç ã o ignoramos. Definiam o seu t e r r it ó r io de caça a c o le ta e s־
defendiam com b astan te determ inação, sendo e s t a considerada a ra-
zão fundamental dos a t r it o s e n tr e os v a r io s subgrupos Botoeudo, e
d e s t e s com o u tro s grupos in d íg en a s e com os colon izad ores que se
in sta la ra m na ãrea.
Os c a s 2aaentos se faziam sem m aiores cerim ôn ias, dependendo apenas
vontade ex p ressa dos nubentes 3 da concordância dos p a is , tan-
t quanto o permitte !״saber as fo n te s d is p o n ív e is . A p o lig in ia era
o e ir ra itila , e <-s casamentos d esfa zia m -se sem quai'quw.r r e s tr iç õ e s י
s /Ciais. 0 f a t o de algumas m ulheres abandr)naren -eus raarÍdos,prin
96
■s. Havia xsn Icnç■■; d iscu rso cantaclc• pelo ch3־f a C.e cal.־־, j r ״. '
cada c->rruDatünt¿i posicion avr.-se J la n te íIj gou ׳,vj ;S it .!r e C3mt2çava
דb a to r cora sou מ. rrote 301 ג,¿scolher l .’c a l. Un יf nzi a ¿g c a la v jz
Juגn״e !3u1 vez J.ü recebar a ¡janca.la, cur:1batvintci aguar¿'.ava ,
n ã. ׳se defenvIcnJ-D ״u ox־-rassánele* a dor ניגיזs o n tia . Algumas veztís
cr.-nbnte ^־ava-se .'.a forma ordenadla. ״Jri novo oar 30 in ic ia v a ■ י כ.
combato apÕ3 a qua^a Ca un Jlos d;>is combatontos anteri^ r^as. Oa-
t r a s , o c ■mbata processava-so desordenacnr^ento, kt v á rio s paros lu
tavnr.1 sim ultaneam ente. O uso d ir e t .» das nã.־s nã . ־era adraitic. •'׳na
_>elc-ja m asculina, assira como ■ d^s arcos e fla c h a s , ״s laulhares '
tanbém participavam destas lu t: 1s , com mordidar., puxHas :le ca b elo ,
unhadas e r e tir a d a dos botoques ’.os lá b ia s e o relíia s ..as גujnen“ י
t e s . As mulhertiS sõ enfrentavaia mulheres c>iS0r״enadanente, c^m 3ד
com batentes r.?lando :^י1 בchãs, ׳com g r i t > s e a la r i^ ׳.Jí1 j u r a i s , in c lu
s iv e Jas c r ia n ç a s, ^ue observavam יc.jrúate d-3 d en tr גdas mal. cas.
>3 ׳h-.aens participavcan indiretam ente da lu ta das m uliieros, empur-
ranJoj-as sobre as outras c .m os p o rretes >u a pm tr.-pSs,
*-.3 lu ta s in te r n a s de cada grupo desencad־ínvam-se p^-r ín . t i v ^s de
vin gan ça, ciuiaas ׳.>u a tr ito s ontre 3 ׳nembros •’.a c '־muni.:ade. O c n
b a te p ro cessa v a -se entre d e is grupos op-m entes, - que s u g e r ir ia a
_• s s i b ilid a d ־de haver, tambara, matados en tre os Botocudo. Cada
aoiauro do grupo, in c lu s iv e as m ulheros, participavam ativam ente י
':a lis p u ta . ISssa lu ta ocorria com o uso 10^ יc a c e te s (nã:: ׳eram maçcs
:a g u err a ), iu«: ־eram vib ra־Ío<? vio len ta n o n to na caboça d s adversa
r i o s Q pr.יv נcavam ferim entos s é r io s , nas ririi m ortes, alem de a tr i
t o ?־e da 3 e-ntentam entos p o s t e r io r e s , 3ue culminavam, na m aioria '
veze<3, na c isã o do grupo (WIED-ííEÜ JIED,1958í 310íI4Eím\ÜX in S£¿
. ״RD, 1963, V. I . 536) .
em.nstra-jã■ d.i bravura, ^ue garantia prc 3 t í g i o s jc ia l a is lu ta
d o r e s , c o n s is t ia em nãc m anifestarem a dor das fe r id a s provocadas
2 . 8 י01 י־׳d u elos de cacetad as, m uitas v o zes, demorados (T'íIED-MEUWIED ,
1 9 5 8 s270-273í.METRñ.üX in STEWARD,1363,V.I. ,536) .
Os nembros m als velhos das grupos gozavam de p rerrogativas e de י
p r e s t í g i o , fazendo com que tiv e sse m p osição e s p e c ia l nas reuniões
d os homens, q\1e se realizavam , após o co n ta cto , no alpendre da ca. t
sa da fa r in h a . lía ocasião assavam grande quantidade de mamões v^r
..^3 com fa r in h a (. ItD-íJEÜVntiiD, 1358:268 1 ilETRitUX in Sífí JiàKD,ia63,VJ
536? 1938:360) .
9S
':id יVital
As m ulheres parioHi no mato san o a u x ílio üü jual^ uir ju tra ;^ia3 5_׳a.
C oncluido o p a r te , banhavam-se e retomav.nn ;? tr a b a lh j nonaaliflvintG,
não hñ dados ruant..1 י ׳e x is te n c ia ou não d3 taous alim en tares, nem
v’o r e s tr iç õ ü s r■ a t i v i ״acli5 do3 o a is ou niHes.
liS cria n ça s oran tratadlas coia c a r in h js , ain.Ia au 3 3< יadultos ñau■ י
sUj'^jrt'issem pacientom 3nte 3 רc h ־r.:>s c .n'itan tos. !u ita s veaes k •־sur
r;.-r Cas cria n ça s :.;alos ¿.nais detejn'iiinava s é r i >s a t r it o s en tre iaTxi-
e Kiulhv'.r, ׳ סjue f az i a a m ^׳ue r.mitas vezo3 a briya se j 3 n»-rali-
z a s s e e en v o lv e sse todo gru^־.׳. (:!iJT.üVüX in STíJJiiiiD,1963,V.Is537s! wT
E3 ־lTEU־JI^D,135Sí3lO) .
' מיcasamentos realizavam -se quanc'־: a njga a tin g ia a puberdaJo. No
entant..!, durante a juventuJe nã áavia comorjiaisso mais s e r io na
nanutençã > áas re la ç õ es e s ta b e le c id a s entre os jo v en s. O ciúiao era
xrtia d ecorrên cia dos rla^xantes de in f id e lid a d e , que provocavam ,mui
t a s v e z e s , reações v io le n ta s : surras c. r .ssa ssin a t 3. 1^330 ora ou-
t r r:utivo oara 03 a t r ito s in tu rn ; «30 estaijelacorem . Era comum um
h. raen c r ia r una nenina õrfã ou ^נrisií> n eira a té e s t a a tin g ir a pu-
berdade, quando então se casavam. Os grupos pareciam sor exogamos
a 0 יcaaarasntos f :ra d : gru:)0 . a ^ua ;^>‘srten cia יn.^iv) oressujunha
o consentirrúmt 3x_:r«ss j (^•״s ־.׳a i s da n ־iv a e a tr.jca p r e se n te s.
'•,.,lig in ia era p r iv ila -ji ^ d js c h e f os u ;.e h>nens ccnsidoradc 3 su
fic ie n t-ii-ijn te ca'.azas .a nanter laais de urna esp o sa . Os casa 1aent ..3
sa desfaziaia com i ju al fa c ilid a d e c ;־a cjue se raalisavaia. iíã יh?.via
cerim ôn ias cm qualquer das duas o c a s i“e s , nas S a in t - h ila ir e (1333 s
140) d iscord a da ausência de fe s tiv i-.a d e s nos casam entos. E r e g is -
t r a בe x is t ê n c ia da proibição ão in c e s t .;־, que in te r d ita v a o c a s a - י
n»jnt. entro J>rin'3י,
Os R itu s Funerários
hS f ..r t e s d iv erg ên cia s quanto a e s t e ítem , que c s v á r i.s ^.bservado
r e s descrevem dc fonna b astan te d ife r e n te . T alvez pudessemos e x p li
ca r e s s a d iv ersid a d e de inform ações devido aos c-n sta n te s d e slo c a -
m entos e consequentes intercâm bios mantidos en tre os v ários jru p >־s
com '־׳u tras t r ib o s ou, ainda, a e s t á g io s d iferen cia d o s do c:.-ntacto'
e m a so cied a d e en volven te, que os le v a r ia a p er !orem al!juns e í e - '
iaentos e s s e n c ia is da sua c u ltu r a e organizaçã.) s .׳c i a i . Outro f a t •r
tí2c l i c a t i v : .כר.ra sem elhantes d ife r e n ç a s é a sim p lific a ç ã o d© sua
93
ieli^iã >
C:^da s0 r human.) ad u lto, para o s Botocud;,׳, tin h a v a r ia s almas, ־iuo
começava a ad -iu irir a _רa r t ir dos 4 anos d.e ida 13. I. <11raa !principal
eibandonava temporariamente o corpo do ser v ivo para v iv e r cx_jerien
c ia s ];vessoais, í][ue se manifestavam ao dono sob forma de sonhos. '
{/uandvj a alma se perdia na sua viagem, .:׳co rria a doença, ij it e s da
y e s s .c. morrer a sua alma :;r in cip a l morreria dentro do seu ccr:,»:>. iis
dem ais acc*mpanhavam ^.) cadáver a tã o tümulo sobre o cjual voavam cho
rando. Eram i n v i s í v e i s para o s memנזr . s via comunidade p resen tes a
c e r im o n ia .' Devido ã f a lt a de alim entação, e ssa s almas complementa-
r e s ficavam ameaçadas de morrer. Então esp írit..)s bondosos vinham י
I;u53c ã - la s e le v ã - la s ¡,־ara a te r r a d e le s , ãe onde não mais voltavam,
Dos o s s o s dos cadáveres surgiam e s 1> í r i t ; s , :;¿ue moravam num mundo י
su b terrâ n eo om que o s o l b rilh a v a durante a n o ite te r r e s t r e . E stes
fan tasm as atacavam os sores humanos, dando p r e fe rê n c ia ãs mulheres.
A d e fe s a >
׳״ue as vítim a s tinham era a de surrarem as arari^ ões. Os
^יך
־/.»י
׳
כISO h o r 'i c u ltu r a l era >״ros¡., -׳nsãvel ¿.el. en sin o cia cjn fecção e
us C-iS ?^. ־t.. :jues, além de determinadas canções (LOIJIE in STEWiiRD,
1jC3;3;4-7? ?!STRÍiUX ^ STE:7i.RD, 1363! 539/40) .
t l t lo g ia vit C. ?SCI-)v i sã ■
xivoK :3 a c a s c . a ״.cucas in r..m a ç3 es s.J,jra e s to tema. C״inhece1nos
r. iníi'icagH^ ã . ׳trabalho do Nimuondajü (194G) c ita d o p. r Baldus י
( 1 5 4 ) , _'_,r5n : fatu; dw-stc¿ ta x t ׳js ta r o scrit;: ׳era aleíu~.j,
* im yolia-
rr s de c o n s u ltá -lo .
Usan )3 ■j3 tralíalh os de alguns aut >r>ss .ju 2 f>>rnecerara aponns dad3
--s_ ar3 ;5 nã ׳״tend ■rual^ujr un IgIqs r e a liz a d ; ma tr a ״alh.. de am
liS f. dotalliad . d3s3fc.3 rait^s.
T^iti'-iJeuwied afirm a a lua era a fig u ra c e n tr a l d e t o d a a mi-
í UvJ
OS PATrüCÕ
Da :.s 3n t r e
jr u p o s quo habitavam a regiãc• c o i^ ra o n a id a < os י
rio s Cach...aira 3 ParJlc53• , ־P a t a x ' sS:. ag uó les s >-jru 3 כy u a is se
tuia men: r nújaero tv. inform ações ..!.urante c s é c u lo .:־a s s a c o , L razão
. . i s s >־é j fa tr- i e s t e s l.וe.[uon■.יs jru.>.•«? n^mac/ss de caçado res e co-
Itetc^res não te re ia s i. .■ aláâac’.3s n e s s a o c a s i ã ׳״, o quo nSu p e r m itiu
vL3ervaç3e3 rnsiis s i s t e n a t i c a de o b s e rv a d o re s .
*-:;ü3 r.r v.c tersáTii a i. n-jss:־. •rCvisiñ.., ;>3 Pataleo não me-
receraia txab alh os a n a lis e por p arte 63 l i n juíistns o etnõgraf-;S.
C n j ríásultal;־. J.og£3e D e sin te r e sse poucr• se s a j e , nc. r c a lic a ^ o , 3 - ־-
r<, a organ i 2 ñ çã גs c i a l , p o l í t i c a a ojoanomica . ^־ru: י- na fa s e i -
iataiavínttí ■stári a . c o n ta c t
lín^u?. ?atracó fu i consic-ura-la ״urnnte n u it 'j tQr.v רJ com * p erten cen
to a fa m ilia lin g ü is t ic a la x a c a lí. P jrS 1\, e stu c o s a a is *icur^vL jS, י
c-fesvincularar:; > ? ״.tax'!‘¡, iue T..a33~/U a se r con?3i''--jra;-:a c ג1. ^וlín!jua ¿
s lada p erten cen te a.; tranco la cro -J e. !T:; cntantc,, ,iTi:;n ? ..r ij u e s ,
reajru!' >n P ita x o e ;laxí’. c a lí s-a iimi i-Uisaa f a n i l l a l i i i j u í s t i c a (?lELíiff
T I , 1330)
. area t u t a l ccbarta pel.^s I>atax5 conqpreenúia v.as cabec3׳i r a s c!os
r i js la Pv׳rt: > Scs-^ur e Jucuirucu, na v i l a Prado ata .1 r i ._a3 C n
ta . 5, י־. n ׳r t e e alcan çan l- 1 ' s u l . ׳r i . גlu cu ri. 0utr.vs p e q n & n s י
jrup g a tin iin r \ in tem ite n te m e n te as v i l a s ״v? ..Ic^rj-i^jv•־־., i»rí;C ', C :-
Kiuxati ״:, Tranc:i9,>, P-3׳ci1a : r.al, 3arra ^ ) O alja . , C״rr^j■..■ Cm P i-
.״. . .־inha, riu Jrunjujy. ^
na Indígena Caramurü-Paraguaçú. ( i l E T i ü ^ ü X
:le s e rv a o i 4I . i ü E H D r 1J 0 in ״
Mara d ias
Lowie (in STETT-.BD, 1:9631333) r u la ta a e x is te n c ia fie uwa aldcjia com
15 cabanns situ a d a s era to m e de uraa c la r e ir a aberta na flore^ita ,
״.ío centro da c la r e ir a , 03 ín d io s iriantinham uma arvuro* in ta cta .O s
deiaais aut >r>33, entretem to, afirmam que os P ataxj construiam
a ld a ia s J raraíaent«á construíais cabanas, o s in a 1.jenas abrigos f o i
t o s de galhos Srvores en fia d o s no chão e amarrados apos terem'
s id o encurvado«♦ Recobriar¿1-׳nas com fo lh a s de palm eiras coq u ei-
r .^U pati^ba a:1£:D-UEÜUIED,1958í 215f Í1ET?JÍÜX o HEIUSHDAJO in GTE
:t.HD,V.I,1933s542) .
JS no s5culs> XX, a n o tic ia que temj3 e que nem mesmo e s se s abrigos
e l e s construiara. Abrigavam-se simplesmente debaixo de Srvores, a-
cendendo fo g u eira s aos pÓ3 de cada lo c a l em quo tima fa m ília 3e '
d e ita v a (FONTES«1976, depoimento j r a l ) •
podora >s interS>retar essa diversiC ada de inform açoes a e s tá g io s d ^
t i n t o s dvj con tacto e» consequentem ente, sim plificaçã:? cada vez ma,
i c r dos h S b itos e té c n ic a s de proteção•
Idumentãria e Adereços
.jb
Ambos os sexos andaváia'niis, Os homons amarravam o prepucio com ura
segmonto de c ip o , ?orem, H medida em que in ten sifica v a m o eon tac-
t o com n sociedade n acion al, iam incorporando determinadas peças י
de vostuSrio» E las eram usadas mais çomo meios sim b ólicos de ob-
ten çã o de p r e s t íg io , de que como roupas, ca ra cteriza d a s por suas
fu n çõ es e s ta b e le c id a s p ela socied a d e en v o lv en te. Apareciam nos י
ç o n ta o to s len ço s ao p escoço, carapuças vermelhas na cabeça ou
c a lç S e s c o lo r id o s obtidos nas d iv e r sa s fe1?ocas (’^lETRAüK e ^11 !זג1נ1זי£^ע1«י
JO in fíTE:7Am?*1963,V,I,543, ״WIED--:JSÜ'״IjbD, 19S8:2 1 4 /5 ).
üsrivam tí «abelas s o l tuS| cortados no pescoço e na t e s t a 0 ןזentSo י
raspavam-n^^ deixando apenas tu fo s m parte d ia n te ir a
־a t r a s e ir a (L0üK0TI<k,p3ií 123 ןWIED-NBÜWIED, 1950! 214/5).
:^'aravam o lã b lo in fe r io r e o relh â com pequeños o r ix ío io s nos qua-
15 eçcm intr>)<IuziC 5 pequan^s t a lo s .!׳. בbambú. Os grupos p a c if ic a ״־־
el '3 jia ^eglao de Ilhcus n□ se c u lo XX ainda usavcua v:stes aclorn'.3» ׳
(::lED-NEÜíaED, 1958:215; IOUKOTIC:v,l124*31 ; גMBTrtr^üX o JIMüiirlDAJO י
in TTSriRD , 1 3 4 5 ;3 5> ) נ.
j ^ i n t a v m 3 ־״e Sv.guindo paJroes seaelhantx:í.s aos J.os Kaiaakãs tra ço s י
g2־a 1lêtricos nas cores vermelha e nogra. ks tinta«? eraia fabricadas
Qwm fr u to s ©־reain as de ãrv^ros ü '1 : 0 3 גv a g o ta is ràistu ra u o s 0 ב:ג
,ianufataradcs
iíiraza poucos o s i n a ^ f a t u r a d o u u t e n s ílio s lo s s e s gruo דג, <tóa.\iri-
lao—nos a:ci1sa aos !»equenos sacos de embira que usavaia ?..< p e sa ׳ç .
-ía o esq u isa que realizam .׳s na Reserva Indígena Cnraiiurú-í^aragur-çu
ísEi 1 7 6 ר, recoHieiQos urà sac יtríuiçad- ׳f e i t o ¿a embira o juo so a s-
seriiilhava cK>s asados p elo s Botcxmdo com a t i r a que passava p e la י
te sta .
úa.j s e coBhecem r e fe r ê n c ia s a cerám ica en tre o s Pataxo. Wenhum >>^u
t r j tip o de u t e n s ilio s # afora as armas, 5 d e s c r ito p elo s v is it a n -
t e s 'o sses grir^os.
As armas cc93â3âCâLclâs eram o arco e a fle c h a .
O arco exa f e i t o de palm eira a y r i ou pau ».!*arco^ A prijaeira, de
c >r יardo-^scיו£ a , e a seguá.ln r e s is t e n t e e e l á s t i c a , de cor clara,
que s e , toacaa escura ^tianCo trabalhada« •lediam 2,55m. i¡. a a io r f o r -
ç a do arc . ׳s e eaacontrava no cen tro e diminuia gràdatlViimente nas
«xtxf¿miaaj 3 s (I7IED-li®üWIED,lí>S8;297^Z15; ilEÍRAtJX e IíI.'IÜEííDAÍB in
STEPÍAnD,lJ63,V.I,541j L00K0TKA,lí>31í 1S8).
.. פיflachas yrovavcíliaente apreseiítavciB c3 três njdolos c lá s s ic o s י
1כ.י
C ic lo V ita l
1/5■' ha r e f ־׳ír3ncias a 03sc resp eita *
1401igi?í0
./.crent^raent«¿ naj realizavam iualqa^jr t ip j cTo r it u a l r o l i j i s ״, ím
sa informação daJ .1 1> r J o u v ille (in :!3TPJíUX,1::)30; 287) o rfíafirxaadn
1 .r L'uhatka (1.212 י31 ) ןf c i - n . s c .n fim a a a p e lo s inxórrmntes que! י
t i veíaos na »úserva In.’ígana Car aitiurü-Par aguas su , quanv’.o realizam . 3
nus3^ tra->alho de caraj«., <i..\ lí)76. Os contemporáneos ;1 s parlados י
L-u “p a c ific a ç ã . " d js ^ataaiJ afirmeua que nunca v>Ds«rvarara qualqu3r
t ip o de cerira*nia ¿osenvolvidr. •yjx viles.
5!ua:3 crenças forara ¿״J3critas ״a ¿•. 'גרמגar53i s t o 1:1a t ic a a alelas t^
in דfragment s . ״creditavam na^gl^1gan g^ ¿ 5¿^nj¿>^^ Criam >-iue
fa ta lid a d e s eran uma decorrên cia da açã > C_s o s p l r i t - s que v-.׳l t a -
vam a te r r a .
0 - i r a i t o ■-■׳e v.״lt a r a e s t e munvl., 3ra u:a ^ r iv ilã j i: t\asGulin.., Trl
reto rn o só era p ssív^,! quanJ-o un aiaij- ju fu r e n te '3.) lic it a v a
v o l t a do e s p ír it o n<j m;.)mento eia que p raticava at^ Svi^ual c;:>m 3ua
m ulher. O d e se jo de v o lta r era tã o in ten so que a s o lic it a ç ã o d e s-
s e chamado era a raaior recomendação f e i t a aos amigos e f i l n o s , (^ג
T11riüX,1330:287),
co.acm sr.0
t e n s a , a i n l a ■.jus r e la t iv a m e n t e c a r e n t e de a l i n o n t 3 ,
.. ־.^ iv is a o s o c i a l w.^ tra...alI1; ׳o rn c a lç a d a n u s p r i n c í o i ^ s Ca sujco q
i d a d e , SÔ u a p u b erd ad e o s j o v e n s assumiaun p le n a m e n te a aaa c a p n c i
â a â e p r o d u t i v a , ila m u lh eres e€»!roetia 1a a s a t i v i d a d e s de c o le t a » p l« »
tio , c o n f e c ç ã o d os u t e n s í l i o s u t i l i z a d o s p e l a u n id a d e f a i a i l i a r , a
prepe1r?1ç30 d o s a lim e n to s a serom consuraidos e o t r a n s p o r t a d o s p ¿
t e n ç a s n o s d e s la c a m n t o « c s m a t a n t e s . Aos homens com p otia a o o n fe c
ç ã o <|os b a tog»t3s e dem aia o r n a m e n to s, a c a ç a , a g u e r r a , a s a t i v i • ’
d a d e s c e r im c m ia is * guando a s h a v i a , e o prepaipo d a s arraa9,
CAPÍTULO I I I
"Toda a a t iv id a d e i n d i g e n i s t a , ê n a -
c e s s a r ia m e n t e um modo d e lib e r a d o e
c o n s c i e n t e de in t e r v e n ç ã o na v id a d3
p o v o s de t r a d iç ã o c u l t u r a l in d íg e n a ,
sagu nd o 03 i n t e r e s s e s , modo de o rg a
n iz a ç ã o e v a l o r e s da s o c ie d a d e n a c i
o n a l . O s u c e s s o da p o l í t i c a i n d i g e
n i s t a d ev e s e r , p o i s , e stim a d o em
r e la ç ã o ao s p r o p ó s i t o s da s o c ie d a d e
n a c io n a l que s e exprim em a t r a v é s da
a ç ã o Qos ó r g ã o s i n t e r v e n c i o n i s t a s e
não d as n e c e s s id a d e s , i n t e r e s s e s , d¿
r e i t o s ou v a l o r e s â o s gru p os a s s i £
t i d o s ‘• (jío r e ir a H e to , 1367?VI)
"A i d e o l o g i a b r a s i l e i r a qu er o íncl±)
- e tanbeiíi o n e g r o - corao um fu tu r o
"branco" d i s s o l v i d o p e l a amalganaç5>
r a c i a l e p e la a s s im i l a ç ã o na coinunl.
.ןadG n a c io n a l" (R ib o ir o ,1 9 G 7 sI;1 9 7 6 )
A p o l í t i c a i n d i g e n i s t a 5 a e x p r e s s ã o dos a n s e i.j s e p r o j e t o s da e t
n i a dom inadora s o b r e o s grupos in d íg e n a s com 03 qUvais e n tr a era re
l a ç ã o . Como r e s u l t a n t e de um p r o j e t o p o l í t i c o de dom in ação, a l e
g i s l a ç ã o n a n i f e s t a clararaon te a v i s ã o a o s i n t e r e s s e s d e s t e s g r u
p o s d o m in a n te s . As c o n t r a d iç õ e s que s e e s ta b e le c e m e n t r e o s d o is
s e g m e n to s s o c i a i s é tn ic a m e n te d i f e r e n c ia d o s não chegam a a p r e s e n
t a r p r o b le m a s , p o i s , a e t n i a dom inada não tem p a r t i c i p a ç ã o n as d e
c i s õ e s que p assam a s e r a d o ta d a s . com r e la ç ã o ao se u p r ó p r io d e s
tin o . 0 que podem os o b s e r v a r como gran d e m o tiv a d o r das mudanças '
n a s d e c i s õ e s a secem ad ò ta d a s s ã o as c o n t r a d iç õ e s que passam a s e
m a n i f e s t a r d e n t r o d os seg m en to s quo compõem a s o c ie d a d e dom inante,
e p a r a a s q u a is ê n e c e ssã r i■ ) e n c o n tr a r s o lu ç õ e s que garantam a ma
n u t e n ç ã o d a s a l i a n ç a s e a a c e i t a ç ã o da l e g i s l a ç ã o c r ia d a .
P a r e c o - n o s qu e o s t a s c o n s id e r a ç õ e s i n i c i a i s procuram d e f i n i r s u • ־־
114
e s t a b e l e c i d o s co n sid era v a m a s n e c e s s id a d e s e s t r a t é g i c a s m i l i t a r e s -
d e f e s a de v i l a s e p r o p r ie d a d e s d o s c o lo n o s c o n t r a o s a ta q u e s de ou
t r o s g ru p o s in d iíg e n a s , a in d a não dom inados e c o n t r o la d o s - e econ ô
m ic a s - a lo c a ç ã o de m ão-d e-ob ra d e n tr o das á r e a s e x p lo r a d a s e co n o
m ica m en te ou em su a s p r o x im id a d e s , de forma a g a r a n t i r a v i a b i l i d a
d e do p r o c e s s o e x p a n s i o n i s t a .
O u tro p r i n c í p i o b á s ic o m antido d u r a n te e s s e p e r ío d o f o i a p r e r r o g a
tiv a a ssu m id a p e l a s o c ie d a d e d om in an te de im por o s se u s p a d r õ e s י
O P e r io d o C o lo n ia l P ré-P om b alin o
D e n tr e a s v á r i a s e ta p a s que p o lem o s i d e n t i f i c a r n e s s e p e r ío d o ,c o n
sid e r a r a o s com ־a p r im e ir a a q u e la em que a s r e l a ç õ e s e s t a b e l e c i d a s
s ã o tip iE a m e n te de escam bo. N e s s e p e r ío d o a s r e l a ç õ e s e co n ô m ic a s'
(״. s t a b e l e c i ^ a s e n t r e :;־s í n d io s e a s o c ie d a d e n a c io n a l estavam c a l
c a d a s num s is t e m a do t r o c a s . ¿Aqueles g r u p o s, com ^s q u a is s e e s t a
b e le c e r a m o s c o n t a c t o s i n i c i a i s , c a r a c t e r i 2;avam -se p or serem agrd^
c u l t o r e s , en q u a n to os c o lo n o s , racera-ch egad cs d e P o r t u g a l, e n c o n
tra v a m s é r i o s e n t r a v e s à p rod u ção im e d ia ta d os p r o d u to s n e c e s s ã * ־
r i o s à su a s u b s s i t ê n c i a . Eram, e n t r e t a n t o , g r a n d e s fo r n e c e d o r e s
"e m a n u fa tu r a d o s, que in te r e s s a v a m aos í n d i o s , j á que r e p r e s e n t a -
v a n eco n o m ia 2e e s f o r ç o s na r e a l i z a ç ã o de su a s a t i v id a d e s de su b
s i s t ê n c i a , ou r e c a ia m n a q u e la c a t e g o r i a c e b en s que s a t i s f a z i a m '
. s d'lisej js e s t é t i c o s ou de p r e s t í g i o s o c i a l d o s s e u s p o s s u id o r e s .
m a is e f i c i e n t e s no to c a n t e à e x p lo r a ç ã o õ.e tr a b a lh o in ’. í j e n i . '¿;n
lo c a lií^ a c le s c a r a c t e r iz a d a s p e l a a u s e n c ia .le povoam ento e , p r i n c i -
p a l n e n t e , n q u e la s era '¿na o gran d e o b j e t i v o e r a :> ¿■.e expanc^.ir ar.
f r o n t e i r a s on d i s p u t a com a E spanha, o ín d io e r a v is t : ; ׳como o p o-
v o a d o r / ..- יo lo ra en to .:^ua g a r a n t ia a p o s s e da t e r r a p ara P o r t u g a l.? ¿
r a o s m i s s i o n á r i o s , de n a n e ir a g e r a l , podemos d i z e r .^ue o í n d io י
f-:ra o b u gre se lv a g e m o a g ã o , e le m e n to c o n s t i t u t i v o da n a tu r e z a a -
i n ’a não to c a d a p e l a g ra ça d i v i n a . D e v e r ia s e r , p o r t a n t o , con-^uÍ£
t a d c não sõ p a r a p a r t i c i p a r do grêm io r e l i g i o s o , n a s também econ ô
m ic o .
a s s u a s v i l a s d o s a ta q u e s de g ru p o s incTíyenas a in d a n ã j dominadr.3,
ie te r m in a v a ia a p r e jcupaçã:. ׳com a l,.׳c a li s a ç ã o de aldeai'aentos era '¿yon
t ■3 e s t r a t a j i c o s . O utre f a t !r jue lev a v :! a e s c 'lh a >.’-e n ,vas a r e a s
l^ara a l , c n l i 2 açião d as a l i i e i a s , e r a a n e c e s s id a d e de terem m ão-d e-
'i-'ra n a s pr x im id a d e s dos engonh<>s, v i l a s 3 p o v o a ç õ e s , como f orn a י
do g a r a n t i r um su o le ia e n to 3 ך־יt r a b a lh a d o r e s , que p e r m it is s e a c o n t¿
n u id a d e das a t i v i d a . ’e s im p la n ta d a s.
Os m e c a n ís n o s u t i l i z a d o s n e s s e p e r ío d o vã■ ;־d e s l e a co a çã o f í s i c a ,
m a n i f e s t a n as aç ■■es das b a n d e ir a s , a té o c :n v en cim en tc •־la p o p u la -'
ça..; in d íg e n a a t r a v é s ( סיp ro m essa s .le m elh o res ״n i i ç õ e s de v id a e
a c e s s o f ã c i l a fe r r a ia o n ta s , se m e n te s e nian u fatu rad os o u t r u s . Era a
’p r o ie s s a .'.a al.un lâ n c ia e de p a d r õ e s " c i v i l i z a d .׳s" le v id a . (V ide a
e s t e r e s p e i t עC a p ítu lo I) .
r* p r im e ir a ' e c is ã ^ l e g a l que t e n t o u p r e s e r v a r e g a r a n t i r a l i b e r d a
, ;s p ׳:v:;3 i n . l í je n a s f o i a B u la V e r i t a s I p s a ״׳״Papa Paul:: I I I '
e n 1 5 3 7 . Porém , j ã observam os q u e a c a r t a p c ; n t i f í c i a nã עc h e g ju a
s e r le v a d a em g ra n d e c o n s id e r a ç ã ׳-' p e l o s c o lo n o s e d o n a t a r i o s . IJn '
1 57 0 a Coroa p o r tu g u e s a também t e n t o u d e c la r a r a lib e r d a d e i n d í g e
n a , r e a fir m a n d o o s p r i n c í p i o s b á s i c o s e fu n d a m e n ta is f a B u la papaL
ll.j e n t a n t e s t a le g is la ç ã o ; taiabêra f .) i ig n o r a d a n a su a p r a t i c a ■ li-
â r i a na c o l o n i a . Em 1609 f o i j r e i F e l i p e I I I d.a Espanha que t e n - '
t ״u im por a l e g i s l a ç ã o que g a r a n t i a a lib e r d a d e d os í n d i o s . E s s a '
t e n t a t i v a p r o v o c o u r e a ç ~ e s t ã o v i o l e n t a s ^רן..'r p a r t e 103 ׳co lc jn o s e
d e m a is i n t e r e s s a d o s , que f o i r e v o g a d a d o is an os d e p o i s . Uova l e g i ¿
la ç ã f á in s tit u i.a e n e la s e p r o c u r a v a c o n c i l i a r .,׳s i n t e r e s s e s e
121
g i^ .se estabeleceram hds Pcmínios ־o S .: l., exaraiiianfQ V. Sa. as 03nc'àc׳õ es ;ae
la e s fazera js I-aJIres ¿*.a Cimoaníiia Espanhóis y o a נnca'~en-:o-בעes outras a nosioa
iitãtação/ que s5 não sejam !■juais, mas ciin^la nm s favcirávais; Je scjrtG que .■
l e s acheta גseu in te r e sse em vivaran nos IXatilnícs ¿e Portugal/ antes c!Uv3 ncs
.־־e Espanha (grifo noss j ) . 0 msio Kf^s e fic a z , em sarnelhantes casos, ê o Ic:
: ־^יגרs e serviram os Rrinanos acra 3 כSa::in2s , e com as raais 1 3 » ^ זדג,jaa, de1X)is,
foram incluin.?.>.. n. seu Ir¡\.irio: 0 .^ue, à sua imitaçn!j, esta:olec3u o gránele '
Ij20r.so Ce Ar.u-ja3r.jue na primitiva fiiilia Oriental? e .]ue os Ingleses estão a-
tualinente מr a tic 3nc.יo na Timérica Setentri3nal, coia o sucesso de haversra ganha-
Jo 21 graus ’.e c ^ t a s ׳i3re os Es0־cjnhõis. I s tc se r e ’uz, em su jstân cia, a cכ•ךl s
_־-)׳ntJs, os ״juais sHo! Primeiro, a a ) lir 7. Exa. to ?a a cliferença entre P ortu-’
gueses e Tapes j privilegiando e :^istinguinc^o os prirneir ,3, 4^1an: נןcasaran ccm
f ilh a s dos segunc.ו־יs; •leclaranfl '־cjue .s f i l í i s •Jle seraelhantes n1atrira!;nio serao
reputados par naturais ״e ste íteinD e n ele hã:.eis rara o f í c i ־s o honras, con-'
f«^rntG a g rx lm çã . ea .juo v puser 0 ־seu procecZimento; e estenc'enlo, por i s s ־.• ,
V. ׳ílito p r iv ilé g io a e ste s filh o s de Portugueses e In fia s estreines, Cjü sorte '
. גגד, mesrro o r iv ilé g ij vã ssí^jre se ccníunican.:o a t. ־las as outras gerações :je
l a mesma razão, Segunuc, 05c.)IherQ^1-se 3 כGovernadores, Magistrados e mais
soas do Govemo d estas irwas povoações, ■da sorte que sejam homens de rfeiligiã;-.
J u s tiç a e Indenenklência, i s t . e , em suma, da piales ju^ se o^stumara -.uscar pa
rr. fundiadorvis, e :y¡■¿, óUficm 'lD toi’Vjs c.1a a.xegulari׳:'ade do seu procediimentq,
riinntenham o resp eito das l e i s e conservem a paz p fc lic a entre os bdvos ha/ji-'
tojitag das referidlas fron teiras, sen permitirem que haja na xírninistraça.:■ e
ainiZa nas matérias JjS grê^a a riisnor diferonça a fav־r d ־s ^rtu.jueses, aos
qu ais deve ser muito es^ecialnento def^did, ״, deoaixj i ־ena ;^ue se axocute
irreinissivelm ente, ridicularizesn os referidos Tapes e outros semelhantes, cha
mandc^lhes !3ãr’-arí0s, Tai;uics, o a seus filh '!s, mestiços e outras senelhantes
entonomãsias de ladrLbio e in jú ria. O ^113 ־se pede, tamí:®!, acautelar, e x p li-'
cand :-s e r: .s Prelados e Párocos g r in ’e prejuizo ._ue dw t a i s f a t .s r esu lta Zj
se r v iç o ■.le Dous, no iiiç/eciiíient ;״Ja am versão das alrnas, e 3:. יin teresse de El
TRei N. Sr. no outro irrpedimento ( s i c ) , la pr::;pagaçã:, e m ultiplicação das vas
s a l o s , para que 03 d ito s Pãrooos e Prelados contriLuam ^>ara os mesmos fin s ,c o
־,peranclo ,.>ara e le s on caxisa comum o:m os Gc^veraadores e Hagistrados r esp ecti
v o s. ültimainsnte, acmete S.M. ã prudência de V. Exa. na:.• s5 o oportuno lasv' de
t'-d'js e s t e n e ic s , mas tamíjéra .jue V. Sa. no caso du desco':rir iti^is alguns que
lh e pareçam ú te is e conformes às circunstâncias desse Estado, rs aponte para
sare!t1 : ;resentes ao mesrao Sr, cuja paternal providência so acha muitc esp ecia l
n en te cç׳lic a d c à segurança desse C ^׳tin e n te e à felici(^*ade !l.;s seus Ea'^itantis
("iTrr^uês ds¿ I‘^־tv:.al ־־Primeira Carta se c r e tíssim a .. . para servir d¿; suplementa
124
?.3 instruç~as jaa Hac f ;r^m envir;:".as sc jra v. f ■ma Jla execução do Tratado de IA
n it o s . 1 ^ 1 6 7 : 331- 3 מ, 1 ) נ.
C^nsi larara's ,jucs ;3 רpr 3 .>a1 .aç5üs fun-lnrjcántals pcdeci ser iüân tificn das aa 20i s '
s u t ״res fun!b1r1en t 3± 3 , ain.''.a que intirximsnte relacionados. Quanto ao se tc r exter
iiD, דr.vita est?j ■aleci .'.a era ״e ;;ar2n t ir as fronteiras disputac3as cm a Espante
Fia t&rnu s internes 0 11si.:ercsn s c.:íto . jran־ja -.:•)jetivtj a ser atingido י in c r e -״
ment'' ".a 'oxjonsão e c l .nizciçãí:: c' '!!?־fornia de jarantir o plervií ׳J ir e ito Je pro-'
^riv^laiici .’.CBterras oDniuistca.Tns. ^.-’ara a efetivação desse proposito, era p reciso
jca־aj1t i r a mã ■- ^si-::Lra necessária, :issira c'm3 ־a garantia כציsucesso d esta pro
posta p o lít ic a , dei-en^'ia da efe tiv a integraçã,; .la prpulaçã:■/ que r e s i l ia cjentr.'
das f r .n teiras através 'Xi um processo de descaracterizaçã ׳las e tin ia s que vi^,^
ar. n ״te r r ito r io ';ra silo ir: e a impr.sição dos padrees ila s o c ie la ie dcminante.
O -jaa ^xdcanjs constatar, n■: ¿ntnnt.., õ ._rao essas duas rre: cu:נaçces fundarnentais
estavam ¿׳rofurLlainsnte vincúlalas e s'! através da consecução d:: d-jetivTj interno
■3 .jio a ?Ietr\y 13 poôeria realizar a proposta a n í v e l i n t e r n a c i . n a l . E ssa
ligaçã■^ dava um d e sta .ju e m u ito g ra n d e ao prob leitia i n ' .í g e n a , j ã que
e s t e e r a a L ase fu n d araen tal. P ara a c o n c r e t iz a ç ã o da p r o p o s t a pora“
O a lin a de e f e t i v a r in t e r n a e ex tern a ra en to a ocu p a çã o e p o s s e d e f i
n i t i v a das t e r r a s ״r a s i l a i r a e do e s t ir a u la r >״su r g ir a e n t ׳. de uma 3_0
ciad a:1e que a p r e s e n t a s s e c o e s ã o e u n ifo r m id a d e c u l t u r a l .
a n t e r i ־.׳r à s d e m a is P r o v ín c ia s dc B r a s i l , e s e d e te r m in a v a a e l e v a
ç ã o d o s a n t i g o s a ld e a m e n to s a v i l a s , p ovoad os ou p a r ó q u ia s g a c o ib
e le v a ç ã o 3- רald.eam entos a v i l a s , lu g a r e j o s e p a r o q u ia s p r o v o c o u
a d i s s j c i a ç ã :■ da c:.muni:'־ade em te n a ,.3 • ־ic. nÔmicos e s ־j .c ia is d e v i d o ,
_ > r in c ip a lm e n te , à !.e s c a r a c to r is a ç r .... .’.o s is t e m a de p r o p r ie d a d e c : ׳mu
n a l e a t r a n s f rmaçã ; ^as to3rras em l o t e s i n d i v i d u a i s , ccm a e l i m i
128
a j o r a e n f o c a d o , 5 o f a t o da m a io r ia d e s t a s v i l a s , p r in c ip a lm e n t e י
a s lo s u l .’ a B a h ia , e sta re m s i t u a d a s em r e g i õ e s jnd e in ú m eros g r u -
p )s in d ig e n a s c ?־meçavam a s e r d e s a l )־je.d >s de s e u s h a b i t a t s . com
p e t i ç ã o p e l a s t e r r a s e n tr o o s c o lo n o s u 3 י־i n d i .3 נd e te r m in a v a o a -
o e n tu a m e n t .i d a s m ig r a ç õ e s in d íg e n a s e a b u sc a d e a n t i g js a ld ca m en -
t;s, a n t e s encontravam r e l a t i v a s e g u r a n ç a , j ã que a l í s e redu
3iam ,3 a t r i t o s d i r e t a s com o s d em ais gru p os e com 3 כc o lo n o s . E
ram , p o r t a n t o , ã r o a s em que s e q u e r s e h a v ia p r o c e s s a d ■ a p o l í t i c a י
G s e d e n ta r is a ç ã .^ dos grupos l o c a i s . Poden js c o n c l u i r , c o n s e q u e n te
m e n te , que a s v i l a s eram p o n to s d e a tr a ç ã o e d e f i x a ç ã o da p o p u la
ç ã o in d íg e n a , c> que f e z cora que c o n tin u a sse m a r e c e b e r tr a ta m e n to י
e s .^ ecial p o r p a r t e do g overno, qu e i n v e s t i r a n e l a s c m : a ld e a r a e n -י
t 3 :Turante o s sÕ cu lu s XVIII e XIX.
r u r a l.
O P e río d o C o lo n ia l Põs-Pombal
v o rn a rae n ta l.
j.^rimeiru Irapêri
a d o ta d a s .
pouco s a d i a s " .
"19 Far-se-ã׳,
; n > rio Doce 3 aldeias de indi.;3 Lot^^cu-
flos n!:'s lugares que escolherem os diretores dos raes-'
raos indios, designand:;!-se para cada urna legua lo fren
te no ri', c .m 3 de fund, , cuj׳- terren•: Ihes ficará ptr
tuneen : p'ara as culturas dos índic׳s, e será media.: ׳e
■'omarcadu judicialmente,.A escolha destes terren-is,
se haverá atençã.. às sesmarias -iuo já estiverem conce
■didas, guar.lan.l .-se .: ׳devi lo res;, eit,■ ao direit ■ de
proprieda^lo, na forma da lei"« (COSTA, 1865: ÍGJ) .
O Segundo Império
E sse período c a r a c t e r iz a - s e , também, como um em que a grande pre
ocupação r e s id ia na te n ta iv a de s a t is f a z e r o s in t e r e s s e s das c ia s
se s dominantes ־os la t if u n d iá r io s - m otivadas p ela n ecessid ad e '
õ.o gcirantir a expansão das fr o n te ir a s in te r n a s sobre os t e r r it o r y
o s ainda ocupados por grupos in d íg en a s. A liá s , começavam a se e s
tr u tu r a r , n esse p eríod o, a s empresas a g rá rio -ex p o rta d o ra s com ma
io r capacidade de a p lic a r c a p it a l e o b ter c r é d it o , principalm en
t e ao proporem a im igração .1^ colonos europeus.
A p rop osta da imigração eu ro p eia r e la c io n a v a -s e , d iretam en te, com
as Id é ia s rein antes na época. O B r a s il, como nação, segundo as e l i
t e s , d ev er ia se firmar no cen á rio mundial, em g e r a l, e da América,
em p a r t ic u la r , com uma id en tid a d e^ p ecu lia r em que os fa to r e s euro
peus x^redominassem em d etrim en to dos elem entos a frica n o s e in d ige
n a s. Consequentemente, a vinda dos im ig ra n tes europeus rep resen ta
va a p o s s ib ilid a d e de f o r t a le c e r os elem entos c u ltu r a is e r a c ia is
europeus no cen ário s o c ia l b r a s il e ir o .
Além d esse a sp ecto r e la t iv o a id en tid ad e é t n ic a n a cio n a l, a im i- י
gração eu ro p éia era encarada como uma p o s s ib ilid a d e de e f e t iv a r a
m odernização das té c n ic a s a g r íc o la s adotadas e das modalidades de
ex p lo ra çã o . P r e te n d ia -se , assim , ob ter maior e f ic iê n c ia na produ-
çã c ru ra l e urbana, proporcionando a s u b s titu iç ã o da mão-de-obra
escra v a a fr ic a n a , já d esa cred ita d a e considerada anti-econôm ica ,
p o is im p lica v a em grandes in v estim en to s de c a p it a l fix o com baixa
r e n t a b ilid a d e . A p o s s ib ilid a d e de ampliação das áreas ocupadas e
153
a Regra O rigin al, propondo tima vida comunitr.ria 1ז1.י־.1 הaberta à par
ticipaçH o atravãs ostu::.) e c'.o. 7 re-jaç?׳־j . OLtivoran .3 ב.כn 1גis s ã יכ
י-י. Pa!!a _jara a ofeitivação - ד״יr e f rna, o ç!ue cיeterrainou ^ incremen
t-. .'.as .liscor:lâncias in te r n a s. O princii^al f jco Je o^csição ocor־
r.iu entro ־׳js frases ׳,^.a c i ״aJe c’e ‘larches, principalm ante no ־׳jus
S3 rciforia a רv’ ׳t.. ׳.'. כy^reza. Os oEdenavlas _.r j:junham, r o f la t in ; .:
c e s p ir it o C.a õ^oca, a n-j^cessidaclo .lu f rtaleci!n..;nt״i acón 1100]11¿ רa
Ordem, seguin L•■ oa ;־abroes e s ta L e lo c i' ,3 ¡^;ulas ;'.enai3 Or.lens R eli
ji'.sa so .
r i.;״ns f •i prcraovi■■.a sob a direção uo F rei :lato ־, )־.e B assi e teve
ד. em i3sr.7 c :>nc■jיi יa p elo Papa Leão X, sendo confiri.'naf.a, ;!ostar^
m.^intw, p.;r Clu:^¿:nte V II.
In icialm en te pensaram era continuar sob . דc r ".«naçH• ו׳בבC '.nventu
a i s , in c lu s iv a , pensan:!•: ׳na p<.׳s s i M l i ’a״o do intro.’.uziren as traiB
f'r n a ç ~ js p rx. sta s aos demais membros da Ordem. No entanto, a v i
Dienta reação -l״s rdanaf-os, mais p r o g r e ss is ta s , tornou 03sa pos-
siLili'.a.Tci c o n c ilia to r ia imי׳יקs s ív e l, obrigando a in terfo ro n cia do
;/u-iu»:j '.e Can-^rin nj an: do 1525, o qae garantiu a oeparaçãj dos*
-1 : s it a r e s , cuj rec 0?v0 ram o nome de Capuchinhos, passando a fo r -'
nar um grupo autôn n . In icialm en te, n: an ׳.’.e 1525, obtiveram o
d ir e it o de vivv¿r .^reniterioT i s lados 3 a proteção do Bispo
lo C-nerin . 1;ei 152^3 a ?;apnraçã .'.;•ifinitiva se concretizou.
p r 'p o s ta in c lu ia r. ad >.;jñ., _v: .nntig. n )־d ^ l : '
' : 3 ־c a ; . 'u c h i n h 3 do
hábito franciscan. .jual o capuch ; era parte in teg ra n te. Os prto
c ip io s fundamentals da nova organização eram a pobreza, in cen tivo
ao estudc das santas e s c r itu r a s e dedicação p referen cia l ã prega
ç ã o f e i t a através de d i s c u r s נG simples e d ir e to s . Saas ig r e ja s do
viam se r pequenas e sim ples e suas ca sa s, além dessas ca racteres-
t i c a s , deviam ser fora da cidade e não podiam ser adquiridas por
d o n a tiv o s, mas r esu lta r do tra!;alho de pregação pelo qual não p r —
" i a n reCo?Jv^r r e זnun 3 r• גç ã o , raas nponar: 03r.; : l a s .
..i açã י.* יCl uchinh.os pode ser caract e r iz a ’.a c m::! ominentomcnto
161
orien tad a para a ação p r á tic a , ainda que muitas vezes pouco funda
laentada en termos te ó r ic o s . A p a rtir de 1619, a Orclem criou 08 ־
cursos preparatórios para formação de m issio n á rio s, atividade em
que se e sp e c ia liz o u , formando, juntamente coiti os j e s u it a s , o gru
po de raaior participação nessa ativ id a d e. (Encydlopedia Britannica,
v o l 9, 1972; The C atholic Encydlopedia, v o l 111:1913.S.V. Capuchis)
Foram, portanto, e ste s homens voltados para uma preyação emotiva*
e preparados para uma ação concreta de transformação das pessoas*
e das comunidades com que trabalhavõim que o Governo b r a s ile ir o '
contratou para o e x e r c íc io da ação m ission aria junto aos grupos to
d ígen as.
As d ificu ld a d e s enfrentadas p elos m ission ários na sua atividad e e
raai grandes. Indicavam, in icia lm en te, a grande dispersão dos mis-
sio n â r io s p elos sertões in terio ra n o s, determinada p ela vasta
tensão da área a ser trabalhada e pelo pequeno número desses r e li
g io so s imigrados para o D r a sil. Um agravante dessa dispersão e
ram as d ificu ld a d es de comunicação entre as diversas a ld eia s e os
centros de decisão e ap oio, o que tornava sua missão altamente vu
n erãvel âs in te r fe r ê n c ia s dos potentados lo c a is .
Em decorrência da fo r te subordinação da Ordem aos ditames governa
m entais, tornavam-se comuns as queixas contra a f a lt a de liberda-
dtí de os superiores indicarem 08 m ission ários que deveriam exer-*
cer a tiv id a d es em determinadas áreas. A ssin , os grupos e agentes
econômicos fo r te s e com in te r e s se s na r e g iã o , conseguiam, através
de sua in flu e n c ia , manejeir os m ission ários em detrimento dos in te
resees dos ín d io s, Podemos, como exemplo, observar e sse fa to no
segu in te documento do p resid en te da P rovíncia ao D iretor Geral dcs
ín d io s•
"Tem sido removido da a ld eia de Santo Antonio da Cruz*
para a v ila do Prado, Frei Francisco Antônio de Faler-
no, è não podendo e le achár nos matos que p ercorria no
Prado, indígenas que se prestassera ã cataquese, r e t i - '
rou -se, pediu demissão e f o i peura a Europa,
"Frei Joaquim de Colorno serv iu com muito p roveito aos
Botocudos, pertencen tes à missão do referid o Frei Fran
cisc o Antônio de Falerno quando e s te sé achava em San’״
to Antonio da Cruz e não queriam os Botocudos sa ir do
Saco, onde s e r v ia -lh e s de d ir e to r o mencionado F. Joa-
1Z2
iuim < »י0 י10הנ1׳:י. ?vetirado e s te em 1850 por ordem . >_ ןpro
f a l t o , .;ue depois fa le c e u . Frei Luis de Grava f o i segui^
’■׳.o p elos Botocudos eia massa até quase o lit o r a l o na ע
quiserara a le s n a is v o lta r para o Saco e fundaram p::r 3i
roesmos a sua a ld a ia na Darra do C atulés, .mde fizerai»י !־
p lan tações. Tociavia o ano passado ou por causa das e n -י
Chentes extraord inarias do rio Pard.o cu p'^r jualquor ou
tr o motivo a::anclonaram todos s íe s a a ld eia e f >ram para
o Saco dunda ja v oltaran e s te nnc., segundo me infoemaran
o s jaEiissionári. s ' בr i > Pardo, F rei Luis de Grava e dos
:!:;ngoyós de C atulés, Frei ?lainero de Ovada.
"ParecQ-jae de grande urgencia que vã se r v ir de diretcr*
dos d ito s lyjtoculos, j mencionad בF rei Joaquim de Color
no como tenh ; sempre indicado p js to jue o p r e f e it o , por
f a lt a dtí cp e r a r i's n: Hospicio d esta C ap ital, senpre te
nha feit>,• oposiçã נa e s te expediente; mas r.jora estando
n>- ״H ospicio, Frei ñngolo da C mceiçã:: nã p-uco cheyad. י
dCa iEuropa não fará tão grande f a lt a i^rai J aouim de Co
lo m o e por is s o proponho que V. Exa. noneie d iro to r dos
d ito s Dotocu'V.'S que sao mais de noventa para s u b s titu ir
F rei Francisc-■ de Falerno, que se r e tir o u para a I ta lia ,
a fim c*e e v ita r ■jue os !-/otocudos ou v .׳ltexí1 para as luatc^
cu i n f e s t a as estradas entregues a s i nes 1a )s (Ll;íri.,1855;
ns) .
A •an alise iseLÍ.8 de'tlda desse decreto aparentemente benefico aos Indi
o s p eriaite-n oa, en treta n to , perceber qua uma s e r le de d is p o s itiv o s י
p r e v is to s pem ltlara a !aanipulação cias terra s e da raão-da-obra Inc!.^
gona de fonaa a resguardar os In teresses da sociedade dominante. A
h ip e r tr o fia das funções do D iretor Geral dos ín d io s, ainda não remu
neradas, caracterizava plenaraente os p rin cip io s básicos do s is te ^ a י
.ioninação. Assim d esa rticu la v a ־se a autonoml•?. uos grupos Indíge
nas e i 1apunhe1m~se decisões no roferonte ao acesso e uanutenção de
te r r a s por e s s e s raosmos grupos os guai3 vlsavan atender aos in tere¿
3es do segraento nacional em detrimento .los que tirara p rõp rijs aos ín
d lo s . Ltorelxa N eto(1967:321/2) destaca n~ le g is la ç ã o os segu in tes י
pontos que caracterizavam e s s a dominação:
A capacidade ,1'; J ireto r Geral d ecid ir sobre :1 conveniência ou não י
da manutenção das ald eia s nos lo c a is o r ig in a is . 0 c r it é r io conside-
riS .j não se r e fe r ia aos in te r e s s e s da coraunidade Indígena, mas, n_׳
n ln ln o , dentro de m a õ t lc a em presarial jã bastante qu estionável em
s i mesma, a p o ssib ilid a d e de transformaçH ־d ״t e r r it õ r i :< t r ib a l em
centro produtor a g ríco la , para a i n s t i t u l ç S ; de comércio e f ic ie n t e .
(¿29 do a r tig o 19)?
A firma de reiaoçãu dos ín d io s , caso o D iretor opinasse pelo desloca
raent-, o que jã caracterizava a v io lê n c ia e arbitrariedade da d eci-
sH :^ tarabém era da competência do administra.', r . Tant;• se poderia ״
faz.^r a tra n sferên cia de f>_ma p a c ífic a >u racsn.) usanl: 5-s e a f rça,
. quü den >nstra que o sistem a reconhecia Im pllcitaiaento a p o s s ib ili
da^Je dos ín d io s reagirem as propostas de mudanças. ( 3 9 ;)״
i :.estlnação das terras indígenas desocupadas voluntariam ente ou era
^...c.:>rrôncla ’ ■ נTisposto n^ parágrafo an terior eram teimbém decisão י
. . D ire to r. S.j c^nsi ■oram.^s o fa to de o D iretor pertenc^ir à e l i t e
^'.3 , ר.;■ciüdade ־ainante e _ d(^ I carg ; nã. sor reiranerad נ, ; que p r s
3 upunha in te r e s s e s . & a lia n ç a s, enten :emos como e s te mecanísm '׳le g a l
represen tava uma sêri a ameaça acs in te r e s s e s das comunic.adois Indíge
n a s. Cas; não correspcndesse. ã realidade e ssa colocação, o fa to de
s e r D ireto r Geral dos Índios numa sociedade era que o p r e s tíg i ; s -c i
a l r e la c io n a v a -se dlretèuaente com a posse da te r r a , as fa c ilid a d e s
.:fe re cid a s p ela L ei, criavam oportunidades concretas la pessoa se
transform ar em pr׳o p rietã rlo . (549).
Croia a in :a ào D iretor J eral a deci s ã ; s.-bro a tra n sferên cia da p.■-
־.u la o õ e s indígenas In te ir a s e >s e c r it é r io s a seren ac'־: tadcs
157
na. <.?.â1aa1rc3 çSo das suas te r r a s , o que laais uxna vgz c a r a c te r iz a ñau
s 5 a f^oninação taiabén a gran le parcela C.i p .v'.ar entregue
D ir a tc r , o que Ihe perraitia grancי.G laargem Ce nanipulaçã ; ^03 bens
Indígenas eaa p ro l dos in t e r e s s e s Cus latifunCiãriM S e cleraais re
p resen ta n tes v.a s .ciwJ’a le n aci m a l. (J§89 c 119 raosm.) a r t i g :: ) 1
Ios:.1 as t-jrras quvj havi.nn s i י "׳Cexnarcadas e quo, p^^rtcint:-, p elo
men>...s on tarr^רs t e c r ic :■s portencoriam as cjnunicaúas indígenas '
não escapavan . בtianipulação, A ssin o D ir ito r j: Tia le c id ir sobre
invt-jstinientc s a seren realizavlos prira c increm.;nt ^ ״as a tiv id a d e s
oconÔnicas a seruni implantadas n^a a l'־.&anento3 a p a r tir da nova õ
t i c a g o r a n c ia l. Jócic ia taiabén s,.bre o arren.״a1.1 2ntc• pele- p ra z׳,
3 anos, aínda que nao t iv e s s e o D iretor c ־poder do d e c id ir sobro
a ■_r á tic a ou não c_as derrubadas de niatas n >3 arrendanont( js . Essa
atitud■;^ demonstra claramente que os aldeamentos eram considerados
cvn.■ etapas n ecessárias quo visavam resjuardê^r temporariamente as
pvjpulaçCtíS 3 t־a contudo elim in ar a ,p o ssib ilid a d e d.e expansão da so
ciedadG n acion al sobre aqueles t e r r i t c r i רs reserv a d o s. J u s t i f i c a
se a p r á tic a dos arrendamentos cora a alegação de cjuo a presença '
״os colonos tr a r ic estím u los im portantes no aceleram ento do de-
Genvolvimento lo c a l. 03" ׳exemplos de a titu d e s ”, os casamentos in -
te r ê t n ic o s , f a c ilit a d .5' יc. ¡m a convivência na mosraa area 3 ^ ־comer
c i o e s t a b e le c id o entre as ruas p.-.pulag'^es seriam os agentes r u s - ’
P ׳n3ãveis p e la ccnsucuçã •״de t a i s o b je tiv a s . A medida p r e s e r v a ti
va adotada para e v ita r , lu g a ln en te, a t>mada das te r ra s - a pr■ i -
b iç ã ״i de in sta la ç ã o de roças - não su r tia o e f e i t o d esejado. k
perm issão do P resi "ente da P rovín cia para quo se ci.n cretizassem as
derrubadas, o que sõ faz se n tid o se fossem d estin ad as ao p la n t io ,
comprova que c avanço se ;^^:roçessava sera grande3 p e r c a lç o s. 1'rcble
nas fu tu r ־s iam ser c r ia 03! ׳à medida en -3ue, p osteriorm en te, essGs
arren d atários se atribuissem p rerrogativas de p r o p r ie tã r i J3 , e , '
alegando o avançado estãgiv; de aculturação dos ín d io s a l í resid an
t o s , ou a redução da população indígena da a ld e ia , iniciavam o '
p rocesso de apropriação d e f in it iv a das te r r a s (§129 6 139).
ün d js d isp o sitiv 'js dos mais p erigoéos e que se relacionavam .■.ir;¿
tamente cora o exposto anteriorm ente r e f e r ia - s e ã p o s s ib ilid a d e י.«
transform ação do te r r it ó r io t r ib a l em lo t e s in d iv id u a is , E stes e
ram d is tr ib u id o s preferencialm ente no perím etro externo da a ld e ia ,
e sua propriedade d e f in it iv a se daria apos 1 2 anos de trabalho i -
n in tíirru p t p r ::■arte d.. ín d i • ׳aquinboadc , c. mpr jvad js por relatÕ -
1C-.
(MADUREIRA,ms, 31/1/1855) .
r a l a ç ã ■״f i c a mais c l a r a 30 analisarm os uma p ro p o sta a n t e r i /rm>¡«
te olab<^re1da p a ra pagamento dos m is s io n á rio s , um dos problemas <3s
lifíc il so lu ç ã o p e la c a rê n c ia '.o vorbas. .13 a lte rn a tiv a s aprosen
ta d a s implicavam en s é r ir s p ro j u i z s p ara ״s grupas co nsicerad. 3
tíia avança ״j >¿stado de " c iv iliz a ç ã .■ " , cjno comprova / s o g u in tó י
aocximentoí
c -n s id a ra d a in te re s s a n te .>u n e c e s s á r i a s
" O in sp eto r interiní* àa te s r i i r a r i ? ! /:~ o -se à n a f i - ç ã das te r r a s ״
d a a X d e i a de S H .. F id e lis p׳״r nS■, ju lg á -la s c j w p r v á e n i i d a s no Docre
t ■ do 24 do ju lh . de 1345, %in rasã !.o serem c iv iliz a d 'js os ínC i-
3 o tí%k> carecorera d e pr?׳teçn• • d . יj )v-3m .
fin J o s as lypês anos, 255000 por ca^a InJlio maior '.o 13 an 3 ־e ייי
1 5 0 0 0 לa In d ias maiנres de 16 anos, alcm do su ste n to , vestu ario e
tratam ento aas enfermidades; 39 - a franquear os seus e s ta b e le c i-'
raent.'s a ־agente que o Soverno encarregar ãn fis c a liz a ç ã o do 0 ^ג-י
1;rimento a . ccn tra t ־... ( ״ : i^ETO,19672375).
i-iinca qua f jsseia f e it a s r e ssa lv a s quanto à observancia -b rig a trria
(1 iitógrulctmento âe 1845 proibindo o uso da v io lê n c ia para a a rreg i-
r'10ntaça 1■ do trabalh יindígena, o que se observava na p rá tica era a
r s in s ta u ía ç ã ״i 3 Jiescimentos era determinadas áreas e a f a lt a de '
c r it S r i ■s na selacH ■ '.3 כin d ivi/.u 3 יque .leveriar .1 prestar cjcrviç: '
י־Esta^u. v io lê n c ia f í s i c a ׳a olicaJa a־.־s aprendizes de quaifcquer
p r o fissã o era p ratica c.־mura. ?odeiajs o.mprovar a v i olência '"’.esse jb
lacionaBtónto no rela to abaix -'s
"Tendo o Inrlir ־lanuel Ferraz se mudadn da a ld e ia desta v ila cjra sm
fa iiillia para o d is t r it o da v i l a de ílaraú e entregue um seu f ilh c י
!lanuel P erraz, aimda puber, ao m estre-pedreiro, o c r io u l, J ;30 ד:׳-
i s r.amarindo e achando-se e s t e jã a>ןianta. ריn ־־׳seu a^r-^n.’izaC׳:; g s -
t ״.:.>^leceu ־se a confusHj, 0 meninj f :ra rocrutaJo o ■r rcerã ;״:■ Dele
ga l. dacpiela v i l a ־capita וJ.)sé *lanuel ־la C.vsta Baunilha o, 1 g ־
רד ר
י- ■*:ni p ris. 10 ׳me constou, f u i diretexiente Hquela v ila a casa ■lo
Delegado ^^ara s ' l i c i t n r a s ..l ־bura •lo InO.io p'*r ont^nc’.er ner nou י
'■׳over, tanto por se achar a lis ta d o n.> neu arr.:lnncintj c te r vinJ
o p ai te r comigo a fim de muüar-so para a sua terra como tamb^ י
por ju lg a r não Cmvqx ser recrutad- ura ínãi^ c.a al',uia dosta v ila
¡,׳o l ■' le le g n ^ ׳ך.nru^.-la v ila . Lntenc’en^j-nu con " נit׳. Dclv3gacl. a
t a l r1.j3p3ito, disse-Hio que o tinha rGcrut?.lr pr r juo .> indi; C.±-
z ia ruó não qus־r ia mais trabalhar con aquole c r i le e que ha ¡fias
n ã ־trabalhava c ;־n >־J i t ׳-• laastr.¿. Afirnr־:u tambw. ־׳jue c lit o ín J ij
já so achava a״iantaC.o e era n u it habili<• יs . • יO pai do I n d i ־rae
f i s s o que suu f i l h nãj quorin acabar do aprensar c .'ino d ito ncs•־
t r e p 'rque e s t e ־׳maltratava muit: de pancadas,
"í. v i s t a d יacima exposto, impl.jr׳.' a V. :Lxi. sg ri^j-nedar suas ־r
r.cms para que d ito indio recrutado seja r e s titu id o a aldfiia des
ta V ila a fim de acaíjar de aprender j sou o f íc io e enáinar aos r;u
tr o s porgue na. ald eia desta v i l a não hã indio algum que saib a t a l
c f í c i ^ , H sla, entre ín d ios leg ítim o s e mamelucos, o número excede
do duzentcs e 1at1i t .>s tifabalhadores nos pi ares terrenos de suas ter
ra s, is to os nelhores terrenos de cu ltu ra , a Câmara tem ar
rendado a pessoas p articu lares por preços n u ito dininutDs e onde י
pouco lucarsiBa de seus trnbnlhog de t a l fora.a que nuit'ís não têra cor.1
quem por o® seu s a aprender a le r na .^iula P ub lica, iiposar s5 '
e x istir e m ín d io s e seus filh o s n־i״a percebem e s t e s fias renda5׳ ;. o
«5uas te r ra s porque a Câmara, que sempre ten arecadnf.o t a is rondas,
a:־enas dã morteúJia àquele que morre e atê hoje ainda e x is te de p0£
s e dos liv r o s de arrendamentos e t ít u lo s das te r r a s que pertencem
aos ín d io s e s e recusa a en treg a -lo s sem ordera superior. .S o licito י
f1 intervonsã^' d3 V, Bxa. para :me sojaia fo rn o cid js 3 נesclarecin en
to s r. t דl r e s o e it o ״, (JORGE,ms,1357).
Os problCTias gerados com a in d e fin iç ã o do d estin o a ser lad.o as י
te r r a s das a ld e ia s dos Indios jã considerados eia "adiantado estado
de c iv iliz a ç ã o " exigiam regulamentação adequada de forma a e v ita r
atrit< )s e.*dSvidas quanto a a p lica b ilid a d e da Lei de Torrns ?.s 1ב-
d.eias in d íg en a s. A regulamentação f o i f e it a através •.o Decret !־׳n9
1.310 de 30 de janeiro de 1854. O e s p ír ito desse Decreto é o de re
d u zir a quantida de terras devolutas scb a responsabilidade do
Governo e. estim u lar a sua transformação em propriedades p a r tic u la -
r o 9 oxrיl י־r a 'a s economicamente g fornecendo renda usada m in v e s t i-
!ר-
׳-''afstrutam, nem vivem a q u eixar-se da üsurpaçã ' quo lhes fazem os י
ran".Qir־:s g 3 .’.ir e t;r e 3 .
"C nvinha jutí . 1'vern© 1 1 זו1רי0 מ1 מsu^irinissu as ¿iret..'riao cie t:)cZas
a3 11 '־j i as ״a Pr víncir., a oxceç? àaS jae u x isten à maírjon v’ ״
r i., Jr.r'. j .rr ־ruc se'pü-ñerem estábaloc^'r Zo nuvj nas Cjnarcas cl2
I lh 'u s , P'־rt • Segur.> e Caravelas .'nle hñ n u ita s h^rJas ׳.’e B t cu-
ד׳, ! ■ni• ־y^s e iCarialcaT .׳.’ue prsjclsa: ״ !־a agã j catequetica". ( !ADURH
U 1,as,12/10/1856) .
O Sul Ca Dahi*'., c. ir. 1>.׳c'.a1A.:s con clu ir ã.j J o cm a en tn a :.' ara a tin ״־
^ i״o p-.r ^s3as :־naciCas ^^ue visavam desativar alvleia9,»p .r .-war re ,/ião
ene'.(¿ sa processava a axpansãc da 3 :ci0v'.aJG naci ■nal, e nc.ü os
çru_:-3 ׳in'.ígenaa estavam em fa s e de "pacificação" ou em fa se s in i
c ia i3 dj montagem dos alde<דírlen t3 ^ נiJ ;3 varios documentos referen
t e s à rJ!-Jiã; יv¿ncontra!nos sempre a afirm ativa de que j tra:3alh le
senvcílvid ^ ע31 ־s raissi^nãri. g ain*.a nã.: 3stava ,נastan te s : ) l id i f i-
ca. ׳״, iuu f a z i. ־e n •íu.j :5 í n ' i z ainf.''. tivos=!en "£m״^יí t , s de y i
verem ñas üuitigas condições gelvajen3", ^ ^ue ju atiíficava a-nanu•*.
te n ç ã '1 dos aldeanentj 3 e novjs in vestin^ nt -s n e le s f e it u s ,
Outro d :'Cumanto de grande importancia nesse período f . i / Deere-־
t n? 2 ל4' ל.vi 1€ de fev ereiro da !:'»‘' I . Ele ava execuçã o דl e i י
n9 1067 dtí 2C do ju lh ״d¿ 1360, r;ue istri u .iin is t S r i ־la :..^ricul
tu ra , C:.m3rcio o Obras, P u b licas, s ^ דr.’jninir?.traçã d^sse n. v י
rv" ficavan ״ neg^^ciog cuncarnent-i3
־- s 3 > r e g is tr o s de tGrr ־13
-י י
n^. v״a^ 1r1&JÍ.-^s a.l.ta;'r.3 can »}rái-.x : rusteía^ ^ 10 םיGr'vemo v2a Provincáã da Bãhia*
¿ i ה- u *:inndar .- ^vr!liar a situação das te r r 3 ? ׳dr>s aÍa3־c5r1t3itos existen:־
t !;־3 , ’ ' ״s xix !.¿vanfeTO^ait c¿ cirpr^ã . 3 t»-;rran,>3 p ־r !)articula-'
v :js u r<-la Cariara tuttiicipal, estinulava-se que a ren»ila fosse empr^׳a.la 3׳31 ג-
ruifíai 3 í' s Jnci 3 residentes na área. Caso, segtíndo a detemdnaçH >, Sv a li '
r.i3׳i U3Sv3 ':■asoin anti.1 *o 5!nr’i 3, a ?!^ ״aliçS;;. ^3vcxia ser oquipar.־.¿!a c1 ;3 :3ra
1 כי...rasilalr >5 v= *3 tarcaa inc^rc־raáas s o patrlra^o c’. , j¿3tnL. s .. ׳a f^:Ta 13
■ t- ix r ‘J i •u.lica5. Antes Jeveriam se r r ־átira.T.j3 :->3 Io ta s fa ra ilia res י
c e 3 tin r .״.:a a 3 r-nánescentes ln ñ ljo n c.s, qüo clovv^rian ־cu! ?.'■׳!•־: זe•״
f o tiv a n ״nttí r 5 ános para g a ra n tir o saU dlrv2 itw dej pro; riatárdo
o , r ó sta n te s e r ia entregue a lavrad ores ñ a c i>״nais,
-s ’־r.-ji.■’!'n a adatadlas v isa v a a , a curt:• ;״raáo» astirauXar a ai.r'.'prií^-
:¿3. יr iv a .י.a das- terra s dos a n tlg '־׳s alv^.eamftt 5 יA in s t a la ç lc f.a
una O n is3 ã '.a le.TiçS ■ C3 Torras apresentava determ inações c-^n*' ־
crי.:t ^רn r e l a t i v a '.''¿3^.3313 o 3ד ■eòtiva-3 Zq ..tençH. '
r. :n Con \ -\. jn s v30rv־־.r n > sojuintt; *’cçuriant ׳s
”AcuSu riáCabifBGftto no día 8 do Cúrrente do c f í a i . sub o n? J07 Ce
24 de fe v e r e ir o do c50rreate año, no qu.^l V, Éxa, lao ordena cjtie re
íaeta .. -jrçaríitínt,,. "o t_Cas na '.espesas con a C:5mic?1ñ a ncu carj ’
paca o e x e r c íc io . xà 1 3 5 לe 1077í
**Em cuni'rir.'int: ־a׳: c;u3 V* 2j£a. ifle ordena no c ita d o o f í c io , passo
Ss ínãos de V, L3e^i. כorçamento das dñ^pesas da Comissão# tv:manr' •
por base o de tua aldeamento c 1<,׳ã a su p e r fic ie de 43 560 0.ד.כ
vid td o m 36 lo te s ^■000 י3 1 21ר en'a tuit, son.:: fa lta s ■jor con-•׳
ta . 3 inttir-.ís3r.3'. וas '.osneajíg c.-rn a ra.3Ciçã■ ‘־:< ר3 !־׳:'tes. T naii'c
-3 ta b ase, fundei-me ñas i n f ׳-rniações que tertho de havereia ac íí:r -
tvi dtjsta Pr’׳׳VÍnGia n u it־-s aldeamentos e x tin to s ocupados por in d i-
vjuuos ratioúladosf pemita-'se-'iiae ׳י־ox"rrfS3r>. , n^5 cas ■ .‘■ó pagarem
a.9 despesas com a n3''׳.içK ' ■׳.as terra s •^uo :.capar.!, '; צr baversn יי
algtm s aldearaentcs ocupa.l >s ¡;־. r 1 נ1£_ כatantes eng 0nh .3 :lo açucar e
fa zen d as de lavn ura, c ■־m p ;׳r ix3n: 1 » ׳: de Sant- :jitoni■ , ita Co-
rr.arcr Js ״.Jazar-jtft ,ל:* correr •'Vcim a minna id ó ia ,
״O rçankint־.: anex ^ f . i f o i t . ־na h ip o tese C3 ׳ca n h abitan te ocupar
a áren . v¿ 1 21: ר0 0 זר.ן-' fáraa m?^xi1na>, ©ujn n-udiçã' por conta r’a
183
י זס. ' ז1 •גירl e j a l .juv¿ ra^ e r c u t i u ’ c o n tra c.)s t 1-3r r i t ' r i )־S i n f l j^ n a s , nas
.iu_ ״....uc:. a t i n g i u o s u l ־: יBahia in :eoen..ontfir.־ijn to c : e 3 tãyi•.. de
i n t c ־yraçao on 50: ׳encontravam '*3 g ruj.;s inr"í,jonas, f o i a promul
jaçãr. -Ia C n n stitv iiç ã j üa Repü’r l i c a an 1 9 1 ״. O sau a r t i j > 4 י׳Caere-
ta v a -jua a s t e r r a s d evo lu tas passavaia a s^jr ;^.Irainistra- ias r o l . ׳Ls-
tcU f -iue p e rm itia uma n a i c r fa c ili.'.a .;. nr. .'cu^^ação Je t e r r a c a-
inv‘a nav_ .’CU_jaías efativ araen tü . Os alderuaont^s in c.ljan as foram ex
t i n t ; , s cm ’.uc r r o n c ia le un descTobraraont.:; r^essa 3 (״o trm in a ç ã j.
T
;. Lei 19r. Jo 21 ãe ajusto de 1897 cri :u a Inspet-'ria Geral cT
.o l’er-
raר, Colonização a Imigração ;ua se t rnava responsável pela guar-
.■'.a 3 ’׳.esenvolvimento das pr^priti^aIas rurais, incrementando as r.t^
vi.'acles produtivas oola rngularizaçã ־,^.a prj.'rier'n.’.e r5־:lo. .1
-lesma 13i Jucretava a 3xtinaã a
'׳:os ^If.urrient׳. n lefinic'a a ;artir ״ • •י
r.^ o s a r d a s a p a r e n te s a l t e r a ç õ e s i n t r ׳d u z id a s a o lo n g o do p e r ío d o a
b יrà a d o .
run'־s . . •Br? ±
■
זומ ■'י1ר.3 ״acul i areg f e sua apropriação variaveim de acordo
c : ב ןin te r e s s e s e as conCições econômicas e s o c ia is viviJias vjQ-
Ir5 . ־cie; acltí env. Ivante, que esti.7ulava s néícânlsmos le<jais ori•'־
n ta׳.; r e s , rejulacTjres ju la jitim d n r e s ־׳Ias aç^üs desenvolvidas '
1!13 דra la çõ es d iá r ia s , principalm ente nas reg iõ es de fronteira, eco
X1 nic?. nde os a t r i t ' s eran ranis comuns.
כrí;דCv •nheciI.^ in t " ^■־:ir e it ; das comunidacos ind.í jonas aי׳s tu rrit_ 2
r i o 3 -iUo ocu¿..avaia não ^correu 01.1 nsnhuzn ra.aont . Jera laosm nr. ton
ta tiv a ofGtuada 1 .-וr Josê B o nifácio de Andrada e S ilv a , p o is encon
tr-u f rte r e s i s t ê n c i a por p a r te d רs l a t i f u n d i ã r i >s, oque fez '
com que nunca p a s s a s n - de p r o j e t o . 0 d ire ito ao uso das t e r r a s pe
la s comunidadc;3 ׳ev o lu iu no s e n tid o de f o r t a l e c e r ura p r in c íp io que
esttíV(i sempre p re se n te s os t e r r i t . 5 r i o s in díg en as d^iverian s e r , nu
ua fa 3 e in ic ia l, precisam ente lim ita d o s a fira de f o r ç a r a sed en ta
riz a ç ã o dos jrup.os £’l í in s ta la d o s . Assim, p o d e r - s e - ia contâ-los
r.’..';:l 1•.. r e a x o rc e r de forma laais e f e t i v a o domínio e a ação r e s s o e i
■־liz.adora pronjviw os ,.׳e lo s a g en te s e s p e c ia liz a d o s da sociedade na-
136
-jv:' ontanto, ה. garantia :lo ocu- .ação da terra p ela s comunidades in -
^-xj.inaT çira c.^n3i-.'.ura“.a ׳un ostãgic. necessãri.; quo so ria su;^-e
rado ap5s a consecuçHc•' do >bjetivv proposto; .'iu prorrtover a do-
sartj»culaçã 1 ;״da socieda^.3 ־a l i an teri 'm ente in sta la d a , Superada '
e s ? כ, fa s 3 e e5?jota.’.a a p o ssib ilid a d e do t^xploração do trabalhador
indlç;Gna> as tarras dos aldesimentos pasmavam a ser encarc.das cono
p a so ív o is de s&reiti aprpri־־.d.;s p elos grup-s de 0:1 נ:>n.)S em expansr.a
; ״tiã .׳-de-obra indígena sempre f o i apontada c.jm: ׳uiaa a ltern a tiv a '
in te r e ssa n te para s .lu c ijn a r a c^rêncin de trabalhadores, p r in c i-
p aln en te nas ãreas de fro n teira econômica, A f a lt a J.o estím ulos י
para que colDnos se deslocassoiti para as reg iõ es :;. ^יox^ansã.׳, s a
pc;pulação iBdígena ainda numerosa dovid a> curt גperíodo de con
t a c t , f.;rmavam :•s vot:;res e s s e n c ia is para ontendirionto da p l í
t ic a d.j aproveitaraant; וtrabalh■: ׳indi j־ona.
O tr a b a lh a d o r i n ‘׳Ire n a e ra c:׳nsi der. ר ל דcono im p o rtan te devi('o י ר
re¡, r e s e n ta ç ã ’״que c ap rese n ta v a coms.) d ó c i l, L arato e al)un;1ante,P s
te r io r m e n te , o u tro s f a to r e s iria m se a l i a r a e s s a s prem issas p ara
ju s tific a r as n e d i ’.as c o e r c i t i v a s adotadas c o n tr a os grupos que י
não se submetiam ^ v minaçãc e e x p lo ra ç ã j tuíj Ih e s eram im p astas,
cu c o n tr a amueles .^ue estavam em áreas ־jndo a presonç i de t r a b a - י
Ih a d o re s n a c i^־nais ’.ispensava .י c ׳ncurso do tr a b a lh o indígena.N e¿
^vas r e g id o s , as is p a ta s se r e l a c i ־navaja d ireta m e n te com o p ro b le
n a da ; נ330 '־a t e r r a . Dentro da " e r s p e c tiv a n a c i o n a l i s t a im plan ta
da a p a r t i r da Independencia, a opçã • p e l . t r a o a l h . in d íja n a f ' r -
ta le c iju , principalm ente; ל ׳ נ ד a p lític a di33cnvolvida _,ela In^'la-*
te rra c o n tr a o t r á f i c o n e g re iro e o i n ׳íuc0 í:s0 ^as co lo n ias e s tr a n
g e ira s em v a r i a s re g iõ e s do p a í s .
-e s se p ^ n J lQ ía C p ® . ׳p r . ^ b l e r n ^ a , .
CAPÍTULO IV
ra d a s ד v n r tir do c o n ta c to .
:: rn ça o c io s I:ra v ^ )s s e lv a g e n s e in f ié is ao g rê n io e a paz da s o c ie -
tr o s a ld e a m e n to s , em fa se in ic ia l de im p la n ta ç S j, u em b r as ro r-
c a is .
c o n c re to s e de d if íc il s o lu ç ã o . Os a r r e n d a m e n t ־.*s t o r n a v a m - s e o b jc -
t 6׳ י d is p u ta p e la le g a liz a ç ã c ' d " d i r ־־i t ^ '' -le p r כp rie fיad a p e lo 2 ••׳
do m o d e lo e x p a n s io n is ta n a c io n a l.
r , ^
s e r ir a u .rta n te s .
m e n te , p o r d o en ças in fe c to -c o n ta g io s a s .
la s õ 3 u־i?. c nstruç^-es ^1 ינum mos ar> ■. .lon fa zer e por is s o julgo
que aquele Dr. Juiz '־lunicipal :>brju sem conhecimento de causa.
-2’'^' ״iE e sp e ita ao e s t r a n g e ir o ?lartinh'' P ellm a n , ccjaheço-o de י
v i s t a , mas e s t o u ac f a t o d^ sou ne־j \ c i . C.)morou de so c ie d a d e com
o n a j c ia n t o da p raça da c id a d e da J a h ia , L u is A n ton io de Souza י
L i s ‘. . ־, ua ^uinhH do t é r r a s . דmargar, do r i o C a c h o e ir a , denom ina-
.1־, G ant'A na e n elas p r in c ip io u r, t i r a r algxraas m ad eiras do j a c a - '
r a n d a , mas não 3»ii ־:u a l > m o tiv o porque su sp en d eu de p er s i . Con-
v i 1?.ou a v a r i o s homens n a c io n a is que fossem t i r a r a q u ela s m ad eiras
e qu3 e le s u p r i r i a , c n.juanto que e la s haviam da s e r vun i f as a י
e l e , S o lim á n . Com e f e i t o , a lg u n s d a q u e les homens e naon s Indi-
vS 3 e o:apregam n a q u ele raimo de negóci!^ e quando chegam com e l a s י
O ijaix . /.a s c a c h o e ir a s lh a s vendem a 400$000 cada uma arrob a daqiE
l a m a d eira e l h e s paga em d in h e ir o e algvimas fa z e n d a s .
" F in a lm e n te , r e s p e c t iv o â s m atas em que tira m a q u e la s m a d e ir a s, י
nã : s3 ׳a c r e d i t a r que sejam sõ t ir a d a s n as t e r r a s d a q u ele e s t r ^
curtir e ׳liip eT ׳t e r r a s n a c io n a is " . (PEREIRJi, 11/08/1853 ,m s ).
199
A. p osiçS ' n'. ;ta:יn. : ■ela D iret rin Geral ״os InO.ios questiona b a sl-
•.רcגר.ךont^3 a ju3to.2n ..r. int.irü -rên ci־״. jair: orfã>״s , n^: riifcron-
t i ג־n Zrninistr^.r s ín 'i:3 la Olivença. iJ ־seu r a c i׳:־c í n i i D a s i c o
n traL^ד:l•’■ י. ־r.־n in: Igonas 1 ־׳c a is ":ev-3ri3n1 to r ;־J ir e ito de clcci-
ייi r ב£.?מ'־1ר. '.e e:.r rfe^;í■'רr-.‘ד3 ס-r.i: tra..p.ll־i0.rlores com aqueles que י
liio s f c : r . 3 c r a a i ru3 oדl ' . r i ׳s . 0 ־:aa e stá conti(’ nesso ¡jonso-
laento 3 r. i r é i '־. •\ נ-v;uvi n50 nnin raz~es para Car continuiúa-
ן: a . .i3¡,:cn 1 ״a5 - 3 ;. דon área ac modada, na qual a .população י
j? -istava 2.יי זטלנ-“ '’‘•'-־''" •יra rso t רrnar era f ^־rnacG17.־־־ra Ce trabalho ut¿
li z ã v e l p e lo s c .l.m is a : ros Cm Olivonça. \ s s i a :;.ocleinos concluir '
Jvj s^ ju in te בjciira jnt.::
"Cum rin•’.. ':espachj c• ״V. lixa. ’e 9 Co corrente so.jro a reprisal
ta çã cu>: fiz e r a Luis ־Jit'ni'. Cci ? u3a Lisb'-a cjntra ^ e d ita l c-׳.׳
ju iz nunici:j:'l •.l כte m s ..o IlhSus o Olivença Cj 30 C.e a b r il ־Tes
t e an no qual ‘: it ju is marca aos ín d ios de Olivença tr in ta י
dias para se reoolheraa c3a derrubada das matas sc±> pena de desobediência, devo
informar a V. ijcn. que pelo Jtócreto Ja 3 de juiiio ■20 1333, pertana !־n0 £? jiaisjs
5rí!5c» a ndainiçtrajão ;tos b^jis j ressoas ¿03 índios, 35 entro ccn dúvicיa,3^י
por v.::ntura, o Jtxxreto ■Je 21 .1 גjvdfco de 1045 iiicun&iiulo aos .±Lretore3 ¿ns 1י־-
deias igual adainistração, pode ter força de resegar aquele üo Poder Legislate
vo.
"Aumenta a niintia dúvida o estrlío dj civili-zação «.! נalguno ítkILos, ocrao os cL!
liv^inça, os qaxi3 ב13תג>מ33 גa autoridade de diretor parcial e põe os mesmos '
índios fora da alçada dos aiçaegados que se cELarcir. pelo dits» Daereto de 24 de
julho de 1945, segundo tan o Governo Innnerial .leclarado em diversos atos.
”r areoe־־rK)3, pois, que estando em vigor o Decreto de 3 de jxalho de 1833, prin-
c־׳ípalrK2nta a asrca c^os inSigenas civiliza׳ir>5, cn5׳nreenJla: o -isgulrsiroito cie
13-i'j 3ג׳íזksnt¿ 03 i selvagons, oxivãa esclarecimentos ao Jover
:>: יliperial para leci Ur atS que ponto tem vigor o dito regulcjmento, se ele in
cide apenas so^ra os inCígenas selvagens e 03 cafcsdííienos e se estã om vigor o
Oecreto de 3 õe jxmho de 1833 para todos os índios ou scmsnte para os civiliza
ilDS, ocmr• 3 יC.C ^livsnça e outras vilas, que foran 23 principio povoadas por י.
iriJlIgenas. SÕ c5cm vima decisão precisa a esse respeito pode-se reso lv er 3e
ao ju iz de õrfãos de Ilhéus e O livena דcon1x־־t i a nan 1ir ^ue os In
d io s deixassem um tr^.דפla■ יquo e le jul'java pouco ú$:il a■) progresso
^laça^ l'-' יh ■־ía<jns ¡■in gorai su sc e p tív e is ■!e serom clesviados de seus י
v^r :a . j i r )3 in te r e sse s" . (:D -D ü!01p23/0, \ ״:)/I353,m s).
2עכ
¿•■נ,I v i s i t a s ;uo f i z ^ . 3 ?. ■:.j. ■׳..iij:'. .1 ־: n.n ד: l'r/'/ ^ 1 7 פ:-, •civ ,. ו:
o!:: ;rtuniJade J׳.í *bservar :jutí a p ׳pulaçS.- reiaanescente viva em ¿•־־©ג
quenas casas de tai ! '״. .ד£•־.•־t:■ י.ר. ג. ־aücle ׳urban , n .ja trinsf^rip.^
da em area ¿t; varaneio dos n ;r a J רres de Ilhéus e adjacâncias, nrin
ci; alraenta I t ד.רun^.. As a t i v i . . '׳ד3■ ד.JC'.m*■'nicas a que se cleJicar. בב.כ
r>. a g ricu ltu r a susbsistánci:: צartesannt *, Cestncan-1 >-30i a cc.n-
fkiCçS . J.3 ׳c .!?.ros v.ü conchas ■־ju.í as crianças v3n״üm a.;3 varanistas
u v is ita n t'js ¿u¿ ־f r i jaontan - lialneariu de 'i‘.jr.׳r ^raba. :¿״jscam ^
•án_>r3 ç;.xa“Svi c. n רכ־ר.דlari>רi3 י ןnas r o si "ôncias, pequenas fasenJas o
s í t i s , e íin. .:rv.rv^sas in b ilia r ia s que realizaia loteamentos n lo
c a l,
־
%
Apesar do está^ji aliante.J. ״.; intv.ijraçã^ aia ju¿ sa o־ncontra 31, 1aan
têm ainJla \1ia-. at i v i :alo anual fas cju :juv-, sejai.; i•. 0n tific a ,. ״s
como ca b o clo s. No ;׳o.junJ doiiingo de nos 4e janeiru rea liza ^ י
quv-i רג־r íc^ Sor r^s-^ulci ■ ״׳v¿ garrida de toras na qual particip<an1 a
tivam ente todos os ־vxlbr ■s c;rup>-. . פiv iC i ין.ו־s en d jis su-j jru!: . s ,
aparentemente con stitu id os segundo c r ite r io s de parentesco, e. rtaa
-l^׳is graneles toros ñas matas que circundam a v i l a e iniciam a ccr
r ia a . Esta se encerra na área era frente ^a ig r e ja de Sao Sobas ti?, >,
■n\■^ ■' grur.>o vencedor tem o ílr e it■ '! ׳o fin car ׳seu t^ r ״íia suo3-
t i t u i ç ã à j u j lj c .l-c a " n a n ־antari •r. 13r:3a ativi:':añc f d inc.r
.ra^a a calen.lári t a r is tic:- ״a IlhSus e c stuna a tra ir inúnar-S
v.i. :íita n te 3 . י
Os p a r tic ip a n te s e^נ:יlica^l ossr f á s tiv i . a j e n 3 «ni ^ ״u:1a huacma-
gem dos "cablocos" a Sao Sebastião, santo c a t o lie >, 5 r'^pre-'
sentado c;-ra > tenv .. s ;friao m artirio niam troncc^ de árvore e a tin g i
■.־. p^r fle c h a s . 131׳:' porgue¿ s ;a issi'־narins 'U par c.'S crae 3-
jí .v'C ;r.ví ativi-'.a i junt. 3. • ־í n ־:i ־,s ’•3 :)livonoa ־.oven tar ..¿־scqroc
־c i:riza.'. a c-׳rrida ae to r a s, tranif.;n.van.. - a , ta lv a z , n־a1 ־.at ■..o*
expiação dos pecados cometidos pel >s raeabr •3 עgrupo. Pelos ״a...s
c^ltíta 2a-3 ׳n ־l .o a l, ;jarece que ate u i n i c i j ".o sécu l ״a corri
da terminava no in te r io r da ig r e ja . Esta, ־.׳rém, ficou siuitos ancs
fachada devido a un crime que ocorreu n'' seu in te r io r no ano de
10 5 ל, en J.ecorrencia de disputas ־l í t i c a s . ?Jntñ יa cerin*nia f i
cou r e s t r i t a ao patio da ig r e j a , one’ 3 ato h o tí acontac.. ־anualaen-
tí .
E ssa a tiv id a d e desenvolvi ■’.a p elo s "caboclos" >)' נ־יlivonya n^r-ica u:;
n 3 tu.־o -.0 cn*!1¡.o nais J.stalha'o, pois pederá r.¡velar a sooravivenda
204
"A povoação chamada antigamente "As Ferradas", e que hoje tem o י
nome de v i l a de São Pedro de Alcântara, em honra ao atual sobera
no do B r a s il, consta de s e is a o ito pobres palhoças le barro, de
um! גí>equena ig r e ja de semelhante construção e alguns ranchos aber
t o s , nos quais encontramos, ao chegar, três fa m ilia s de gueréns '
jua se haviam mudado de Almada para a l i , assim como alguns in â ^ ¿
■'uos, mulheres e crianças .la tr ib o dos Camacãs. Cosntituem e s te s
ú ltim o s, atualm ente, o p rin cip al núcleo da população, contando ״
cerca de umas sessen ta ou se te n ta almas? número igu al morreu de '
f ubres m alignas, ou dispersou־־s e , logo depois da fundação do luga
ro jo " . (SPIX e lARTIUS,1 9 7 6 1 6 6 . )־.
J.' en tan to, apesar '.o quadro negativo pintaJ.o p elos autores c it a -
'0 3 quanto às perspectivas futuras ’׳.e Ferradas, apõs 1835 houve '
progresso no aldeamento, em decorrência, ao que tudo in d ica , do י
fo rta lecim en to econômico da área. Assim em d ois documentos datadcs
■s 1335 observamos o pedido de verbas para a compra de ferramen-'
t a s , ju s tific a d a pela necessidade de estim ular o aprendizado das
a tiv id a d e s a g r íco la s pelos in d io s que a li residiam(LIORNE,1835 a,
m s). As razões apresentadas eram a necessidade de concluir os tra
balhos de p a cifica çã o de outros grupos lo c a is . O que se pode con*■
c lu ir da s o lic ita ç ã o ;6 יFrei Ludovico de Liorne é que o aldeamen-
t J c':׳neçava a prosperar devido ao c u ltiv j pr !־la to s destinados'
a com ercialização, e à adoção de outras ativid ad es que permitiam
aos ín d io s a u fe r ir recursos m onetários, que, administrados pelos
m issio n á r io s, e mais as verbas in v estid a s pelo Governo P rovincial
teriam criado os estím ulos n ecessá rio s ao crescimento da lo c a lid a
d e. O docvunaento citada r e fe r e -s e às atividades e ã população nos
se g u in te s term'־S!
" . . . a povoação de Saõ Pedro de Alcântara na Comarca de Ilhéus י
c o n sta atualm ente de cento e doze individ uos, todos ín d io s, repar
t id o s em t r in t a fam ílias pequenas; dos quais parte estão batizadcs
;.i c iv iliz a d o s e parte catecúmenos. A sua ordinária ocupação consds
207
crtjditamos ¡uü e ste aldeamento devo ter sid:■ una vida a'lministra
t i v a n u ito cu rta , p.^is 3 citad o pela primeira vez em 1353 e jã a
p a r t ir de 1061 desaparece dos docümentos ad m inistrativos ־Uma das
ra zõ es prováveis para o in su cesso f o i o fato d este aldeamento es
t a r situ ad o numa região caracterizada por ser de transição do c l i
ma r^-I e AF, que não a tornava totalm ente adequada ao p lan tio de
cacau. Eta ãrea marginal â expansão, o aldeamento não mereceu os
cuidados e investim entos do Governo Provincial? consequentemente,
o s ín d io s tiveram que adotar como forma de sobrevivência a de se
turnarem assa la ria d o s 3 sí>b t a i s circu n stân cias, sofrendo um rSpi
214
com os MongoyÕs e ciúme da resid ên cia que faz entre e ste s o miss_i
n'.ri- . P r i s t o vivcan p'uco s a t is f e it o s com o d ito m issionário י
F r e i Antônio de Falerno, a liá s , capelão dos MongoyÕs..." (^עuנüREI-
R A ,28/5/1853,ras).
Apesar de tollos os argvimentos, ainda demorou a nomeação de um mis
s io n ã r io para a nova ald eia, com )־׳podemos ver n este documentos
"Torna-se de grande urgência a ida de ura m issionário para o Salto
do r io Pardo a fim de chamar à c iv iliz a ç ã o por meio de catequese י
o s in d ígen as selvagens que infestam as matas próximas â margem י
ão d it o r io e mesmo d ir ija os Botocudos aldeados, conforme indica
c> Major P ederneiras, v is to te r o P refeito dos capuchinhos Mandado
r e t ir a r F rei Joaquim de Colorno, que deveria d ir ig ir os d ito s Bo-
tocudos deixando que cont4,nuassem a céfa lo s.
"Consta-me que chegou do Norte, o capuchinho Frei Luis de Grava ,
o qual nEo fará fa lta ao h o sp ício , como me informou o P r e fe ito . *
Convinha, p o is , requisita•^lo para a migsão do S alto do rio Pardo,
Stí V. Exa. houver por bem aprovar esta indicação e d ir ig ir ordens
ao P r e fe ito " . (MADUREIRA,5/10/1854.ms) .
A a lte r n a tiv a encontrada para atender a esses problemas, era a no
meação p r o v iso r ia de r e lig io s o s não-presbíteros como forma de ten
t a r complementar o quadro sempre carente de m ission ários, embcra
funcionassem como a u x ilia res dos m ission ãrios-p resb íteros. xMais י
uma vez as d ificu ld a d es enfrentadas para a nomeação de missionãriD
e a construção da estrada que marginava o rio Pardo, levando a ou
t r a s so lu ç õ e s, determinou o abandono do alvdeamento. Os Mongoyõs י
voltaram para o seu aldeament’ ■״.e . rigam e . 3 Botc'cudc: conquista-
.'־... לf ׳r.-ja daslica-.'os para דBarr r. י. - Cr.tr^lé, como se podo consta
ta r :
" . . . Daí fcrani para a Barrn do Católe e f ¡ran 3 e ju i־Ios por um mis
s io n ã r io , o qual depois seguiu para a ald eia de Cachimb', levando
um an ■'־׳fõra da Barra dos C a t-lé s. Carecojn, poip, os Dotocudjs Co
un d ir e to r tenha o t ít u lo que t iv e r , lU dc ajudante ou subdirator
além d-: missic.:nãrio que passa metade do an_ ׳na p 'voaça■:• do Cachim
bo para atender os Mongoyõs, alem de ter que acudir a outr03 luga
r e s d', r io Pardo para atender a■- :Iajor Pederneiras, quando du su
as in str u ç õ e s ׳u ond«¿ aparecem selvagens". (:liiDÜREIRZi,23/10/1855 ,
ms) .
220
e la b o ra ra m um a b a ix o -a s s in a d o d irig id o à C â m a ra M u n ic ip a l da Im p e
v in c ia l, no s e n tid o de o b te r o re lo c a m e n to de F re i L u is de G ra v a
aç ão de um o u tro , já que os ín d io s do a ld e a m e n to de C a to lé se re
cusavam a m udar p a ra q u a lq u e r o u tro l u g a r . ( A B A I X O - A S S I N A D O ,6/06 /
1360?m s).
F a re c e -n o s qu e ta l p e d id o , a p e sa r de de re c e b id o p a re c e r f a v o r á '־־
REIRA,22/01/1851,־ms) .
Jã em 1851 o m issionário requer verba esp ecial para a compra de י
m a te r ia l que considera e sse n c ia l para o desenvolvimento dos cate-
eumenos: f o i c e s , fusos de roca para algodão, ralos de cobre para
fa z e r farinha de mandioca e tecid o s para a confecção de roupas. S o
lio ita , ainda, a nomeação de "\1m indivíduo in te lig e n te e de bons י
costumes que o ajude a ensineir aos índios as primeiras le tr a s e a
d ou trin a c r is t ã " , jã que sozinho não pode atender aos dois a id e-'
amentos que ersim de sua responsabilidade(MADUREIRA,26/01/1851 ?ms).
E ste pedido in d ica claramente que o Governo P rovincial assumira a
resp o n sa b ilid a d e pela introdução de mudanças na vida comunitária,
incen tivan d o as alterações cu ltu ra is ־־e suas consequências estru
t u r á is ־־n ecessá ria s a elim inação, ou pelo menos submissão dos '
grupos indígenas a li situ ad os.
A sa íd a do m issionário determinou que os Botocudos, por não a c e i
tarem a convivência forçada com os Mongoyõs, tentassem abandonar י
o l o c a l , procurando se in s ta la r outras a ld e ia s. Considerava-se^
porém, a sua permanência como de grande relevância para o projeto
de abertura e conservação da estrada entre Minas Gerais e Ilh éu s,
o que deterTEinou com que fo sse nomeado outro m issionário para a t a
der aos grupos aldeados e, assim , garantir a sua permanência no
mesmo lo c a l, inc^גmblndo, in c lu s iv e , o referido missionárèo de atm
i r outros ín d io s para o mesmo pontos "ou fr e i Joaquim de Colorno '
ou F rei Rainero de Ovada são so que podem d ir ig ir os Botocudos e
Mongoyõs da a ld e ia de Cachimbo e chamar alguns das matas para reu
n ir - s e aos que estão domesticados, fa cilita n d o assim aesperanço
sa empresa de abrir frequente comunicação entre esta ea província
de Minas p e lo s r io s Pardo e Jequitionha, que o Governo Imperial '
tem recomendado, combinando e le s com o Major Pederneiras sobre o
lu gar mais conveniente" (MADUREIRA,28/05/1853;ms).
Em 1855 o m issionário que os d ir ig ia fo i tran sferid o para a r e g i
ão do Prado, ficando a a ld eia a céfa la , o que parece ter determina
do o d e sin te r e s s e por parte dos Mongoyõs quanto a combaterem os
ín d io s ”bravios" e x iste n te s na região. 0 resultado de t a l fa to י
f o i o ataque d estes ín d io s, provavelmente Pataxõ, ã fazenda do Te
n en te José Baiana, o que provocou iniámeros protestos eo interesse
do D iretor Geral dos Índios em conseguir um m issionário e nomear’
um novo d ir ig e n te para a a ld eia de Cachimbo. Os Botocudo, que a li
taiabém viviam , abandonaram o Cachimbo e foram para outras a ld eia s
da r e g iã o em que teinbêm habitavam Dotocudo. Ao voltarem para o '
Cachimbo, por encontrarem o m issionário residindo com varias fa^
m ília s b r a s ile ir a s na ãréa do aldeamento, preferiram regressar '
para a r eç iã o de Barra do C atolé. (MADÜKEIRA,29/10/1855;ms). Esta
inform ação in d ica -n o s que jâ nessa ocasião a região do Cachimbo"
era povoada por população nacion al, que exercia as ativid ad es e
conômicas responsáveis pelo desenvolvimento da economia lo c a l spe
c u ã r ia , a g r icu ltu ra e comércio.
Uia ou tro informe de 1856 confirma essa indicaçãos "Tendo sido no
meado m issio n á rio dos Botocudos do r io Pardo Frei Luis de Grava'
desde 1053 com a g ra tific a çã o de 600$000 do cofre g e r a l, sõ em
1854 chegou â a ld e ia de Barra do C atolé, onde se achavam os di-*
t o s Botocudos e em poucos dias d eixou-os, subindo para a povoaçãD
de Cachimbo para v iv e r entre os moradores daquele lo c a l" . (MADURA
R A , 1 9 /1 2 /1 8 5 6 ?ms). No mesmo doctimento encontramos outra informa
ção que nos perm ite confim ar a h ip ótese de que as estradas con¿
tr u id a s p elo s ín d io s , ainda que fossem ju stific a d a s p ela n e c e ssi
dade que teriam os indígenas aldeados de romperem o isolam ento '
para garantirem sua sobrevivência, destinavam -se, na re ilidade ,
'ao atendimento da expansão nacional em áreas que não oram aid e-
a d a s: "Parece-me tsmabêm conveniente que o dinheiro recebido u l t i -
mámente p elo F rei Luis de Crava do cofre p rovin cial para melhora
mento da estrad a de Catolé para Cachimbo, em direção da v ila de
V it ó r ia , s e ja por e le entregue a Frei Rainero de Ovada, m issiona
r i o da a ld e ia de C atolé, para que e s te tr a te d este se r v iç o . (MADÜ
R E I R A , 19/12/1856;m s). No o f íc io , em que Frei Rainero de Ovada se
lo n ia p a ra e s ta p re s id ln c ia da B a h ia . C om e f e ito , a nosria. A s s e m b le
ta in e n te n ão d e ix a ra com o em o u tro te m p o de to m a r um a p o s iç ã o de
in c o n te s tá v e l v e in ta g e m p a ra e s te c e n tro da P r o v í n c i a (S Ã O S E V E R IN G ,
02/03/1876;m s).
O d estin o dos índios a l í r^ a n escen tes parece te r sido o de sua י
dispersão na população nacional através da incorporação como mão-
de־־obra assalariad a pelos colonos que a l i se instalaram ou fuga י
para a mata, onde teriam desaparecido e tid o fim ignorado.
O aldeamento de Cachimbo é boje a próspera cidade de Itambé, sede
do Rixmicipio do mesmo nome, na m icro-região P a s to r il de Ita p e tin -
ga, onde a atividade econôniica predominante é a pecuaria. Tem lama
população de 26.348 habitantes d istrib u id a p e lo s dois d is t r it o s '
que compoera (Itambé com 19.506 habitantes, vivendo 13.401 na área
urbana e 6 .1 0 5 , na rural; e o de C atolezinho, com 6.842 h a b ita n -י
t e s , estando 1.462 fixados na área urbana e 5.380 na r u r a l). Ê י
urna das áreas mais r ica s e comercialmente a tiv a s do Estado da Ba-
hia(IBGE,1981,V.I:13) . Tambpm nessa região não há dados sobre a
e x is t e n c ia atu al de remanescentes indígenas.
O o ita v o aldeamento de que trataremos i o da Lagoa do r io Pardo ,
situ ad o na confluencia do r io Jiboia com o Pardo, pouco d ista n te
da a ld e ia de Santo Antonio da Cruz. Era habitado por in d io s Boto-
cudo. E ste aldeamento f o i vuaa consequência da ação de Antônio Di
as de Miranda, e atendeu taiabém a p o lít ic a e sta b e le c id a de cria r
pontos de apoio para a estrada que s a i de Ilh eu s em busca de M i-'
ñas G erais. Sua criação f o i p o sterio r ã de Cachimbo, p o is Wieà- ’
Neuwied, quando passou p elo lo c a l em 1817, afirma que "havia na
margara o c id e n ta l uma casa aberta, coberta de cascas de á rv o res, e
junto d e la , tim curral para boiadas que deveriam passar por a í , י
quando a estrad a fo sse inaugurada". (WIED-NEUWIED,1958:387).
Em 1850 o aldeamento, ao se r assumido p ela D ireto ria Geral dos In
d io s , nomeou tiia m ission ário que exercia sua direção e a de Santo'
Antônio da Cruz. Para is s o contratou-se também um a u x ilia r para י
as a tiv id a d e s exercidas nos d ois aldeamentos. O processo de atra
ção dos Botocudo para o con trole do m issionário era através do pa
gamento de g ra tifica çã o aos indígenas que comparecessem à missa e
a outros trabalhos por e le d irigid os ou executados. Também se lhes
o fe r e c ia su sten to enquanto estivessem sob a autoridade do diretor
e suas roças não produzissem durante a fa se de implantação. 0 Di~
r e to r Geral dos índios s o lic ita v a ainda recursos para a compra de
a lf a ia s e outros artigos necessários ao funcionamento da casa de י
oração, o que indica claramente que fo i nesse ano que o processo
de aldear os Botocudo na Lagoa do rio Pardo começou a ser desenvo¿
vid o nos moldes tra d icio n a is da p o lític a in d ig en ista da época.(MA
DUREIRA, 2 /2 /1 8 5 0 ,•ms) .
O in te r e s s e do governo p rovin cial pelo su l da província determina
va com que os aldeamentos a l i localizados tivessem trateimento p r i
o r it ã r io , in c lu siv e com pagamentos de côngruas superiores, princ^
pálmente quando o m issionário, como no caso agora analisado, acu-
raulava a direção de mais de um aldeamento (MADüREIRA,22/01/1851?msX
E os investim entos realizados nas duas a ld e ia s, o da Lagoa e o de
Santo Antônio da Cruz, se fa z ia geralmente na compra de equipamen
to s a serem u tiliz a d o s p elo s índios em atividades agrícolas e na
fia ç ã o de algodão. (MADÜREIRA,26/08/1851) .
R ela tó rio de 1855 in d ica , porém, que os ín d ios Botocudo, em nume
ro de 98, haviam abandonado o aldeamento da Lagoa devido ao afas
tamento do seu m issionário, fazendo com que fossem recolhidos ao
aldeamento de Barra do C atolé. 0 Governo da Província da Bahia no
meou outro d iretor que procvirou a tr a í-lo s mais uma vez para a La
goa. Por não concordara, os ín d ios, com a convivência forçada '
que deveriam manter com os nacionais, que se haviam instalado no
lo c a l, voltaram para Barra do Catolé, onde se fixaram (MADÜREIRA ,
2 9 /1 0 /1 8 5 5 |m s). •
A nomeação de um novo d ireto r e o regresso forçado dos Botocudo ,
para a Lagoa do Rio Pardo, deveu-se ao engajamento compulsório doB
in d ígen as na construção da estrada entre Ilhéus e V ito ria , que p $
sava p e la s terras do aldeamento (MADÜREIRA, 30/09/1856?ms).
A nomeação su cessiva de m issionários mostra claramente que o aide
amento não mais ju s tific a v a a presença e fe tiv a de um diretor (MADU
R E I R A , 19/12/1856,•ms? M A D Ü R E IR A , 28/03/1857,•ms) . A indicação de um
frade era garantia enquanto não se encontravam a ltern ativas mais'
In'teiressan'tes para a ocupação deste m issionário, como se pode de
d u zir do seguinte documentos
"Nestas circunstâncias e adiada como está a missão das matas do '
Prado, por f a lt a de meios adequados, parece conveniente que V.Exa.
revogue a dispensa que deu ao referido Prei Luis de Grava do car־־־
go de m ission ário dos Botocudo, o conserve nesfea missão, obrigan
do-o a a s s i t i r alternadsMente a aldeia da Lagoa do rio Pardo e a'
dos Mongoyós de Católe, enquanto Frei Rainero de Ovada e stá ñas
Ferradas". (MADUREIRA,24/07/1857;ms). O d esp restig io do aldeamento
da Lagoa pode ser confirmado num trecho de outro documento, que, י
ao fa zer considerações sobre as dificuldades enfrentadas pela Di
r e to r ia Geral de Indias em encontrar m issionários su fic ie n te s pa
ra o atendimento a todos os aldeamentos do r io Pardo, apresenta a
seg u in te sugestão s "Para os Botocudos, que estão na Lagoa e perto
do Cachimbo, se r ia bastante qualquer r e lig io s o de outras ordens ״
do p a ís ou presbítero secu lar que adm inistrasse sacramentos e os
d i r i g i s s e . Constata-se que os m issionários que têm sido enviados
para aquela ald eia têm cuidado mais de curar os habitantes do po
puloso a r r a ia l do Cachimbo que dos ín d ios, entre os quais têm re
pugnância de morar" (MADUIffilIRA,30/06/1858;ms) .
Devido a s o lic ita ç ã o f e it a por um abaixo-assinado dos moradores י
do D is t r it o de Cachimbo, era 6 de junho de 1860, a D iretoria Geral
dos ín d io s nomeou um novo m issionário, que atendia simultâneamen-
t e aos t r e s aldeamentos do citado d is tr ito : Verruga, Catolé e La
goa do r io Pardo. Porém sabemos que este m issionário se dedicou י
muito mais ao atendimento das necessidades dos moradores do Cachjta
bo que dos índígenas a l i aldeados, colocando como prioridade nas
suas ativ id a d es a construção da igreja de Santo Antônio do Cachim
bo (GRAVA,01/06/1864;ms) .
O m issio n á rio que su b stitu iu a Frei Luis de Grava, transferido pa
ra o atendimento ã Colonia Nacional de Cachoeira de Ilhéus (HENRI-
Q U E S , 01/ 03/ 1872 j m s ) , ^-nin r e la ta a situação do aldeamento;
lados nos aldecuaentos p re-ex isten tes e habitados por urna pop ula-’
ção de pequeno porte, como é o caso deste de que agora tratam os.,•
O in te r e s s e pela rota comercial que margeava o Pardo e p ela lib e ־־
ração de terras da área f lo r e s t a l para a expansão da agricu ltu ra
e pecuaria determinou com que taiabêm e ste aldeamento fo sse in clu ¿
do no c ir c u ito adm inistrativo do Governo P ro v in cia l. Tanto assim'
que em 1851 já dispunha de ura m issionário nomeado, ainda que exer
cendo ativ id a d es também em outra a ld eia . Como o e x e r c íc io nos do
i s lo c a is implicava em viagens constantes, o m issionário s o l i c i t a
va rescu rsos esp ecia is para fazer frente às despesas, e ainda, a
nomeação de um ajudante que o a u x ilia sse no ensino da doutrina '
c r is t ã e p o lic ia s s e os ín d io s . 0 processo de atração dos ín d io s '
para as ativid ad es da missão era f e it o , mais uma vez, p elo paga-'
mento de esmolas e o ferta de sustento aos ín d io s que se d isp u ses
sem a ccmparecer â missa e pregação dominical (MADÜREIRA, 2/2/1850 j
ms) .
No ano se g u in te, o r e la tó r io apresentado p elo m ission ário aponta'
os progressos havidos e demonstra que, embora o aldeamento fo sse '
considerado ccaao único, era , na realidade, composto de ^־.ois nücle
o s , sendo um habitado p elos Sotocudo e o outro p elos Mongoyõ. O
autor do r e la tó r io que os 140 Botocudo haviam chegado ao '
lo c a l após a vasta peregrinação: vinhaip de Mangerona e Lagoa do '
E sp ír ito Santo. Dedicavam-se ao plan tio da mandioca. Os Hongoyõ '
são apontados como mais"adi01ntados e c iv iliz a d o s " , vivendo em cho
panas fa m ilia r e s. Plantavam mandioca e legxames? eram quatorze fa -
mí l i a s e o missJtonário considerava o aldeamento prom issor, em te r
mos de desenvolvimento (MADÜREIRA,10/01/I851;ms) .
As d ific u ld a d e s enfrentadas eram basicamente as mesmas; f a l t a de
recu rsos e de m ission ários. As soluções apresentadas eram essencd^
almente ig u a is : elim inar os aldeamentos do Norte da P ro v ín cia ,con
sid erad os d esnecessários por já haverem alcançado seus o b je tiv o s ,
para assim se poder r e a liz a r melhor d istr ib u iç ã o de recu rsos. 0
problema dos m issionários era solucionado com a d istr ib u iç ã o de
raais de um aldeamento para um mesmo m ission ário, o que passava t ^
bêm a representar economia, na medida em que s5 receb ia uma g r a ti
fic a ç ã o p e lo trabalho dobrado que passava a ex ercer. (MADÜREIRA,2 y
01/1851,•m s).
O m issio n á rio i n s is t ia nos pedidos - f e i t o s , a l i á s , con*־untamente
251
CONÇI.OSÕBS
mixamemdog \ ANOS
1850 L851 1852 1853 1854 1855 1857 1858 1859 1860 1861
são Pedro de Alcântara 300 300 196 110 128 130 — 106 306
— -
OlivCTça — - —
200 200 200
Banra <30 Catolé — — 90 98 115
Barra do Seil^do - — —
125 125 — — ’ . — 125
— . -
Cachimbo - — — — — - — — . — - ■ -
edade n acion al. Mas, alêm desse aspecto que podemos deíj.nir como
de tra n sferên cia de recursos, observamos também que muitas vezes®
as rendas auferidas com arrendamento das terras indígenas eram
usadas para construções nas areas urbanas, e atê mesmo para paga
mento dos vereadores das Câmaras Municipais.
A realid ad e dessas afirm ativas pode ser comprovada ao quadro esta
t i s t i c o que cc»npõe o anexo da te se . Usamos para sua elaboração da
dos esparços, sistematicamente coletados nos documentos pesquisa■■'
dos no Arquivo Publico da Bahia, na secção referente ã P residen-’
c ia da Província. Trata-se de uma documentação não seriada apre-'
sentando dados incompletos, mas que, por se r e fe r ir a dotações e¿
p e c ia is , s^ p r e ju stifica d a s no ato de s o lic ita ç ã o , conGiderêimos
bastante elu cid ativa pois demonstra claramente quais os objetivos
visad os p ela sociedade nacional, ao conceder verbas esp ecia is pa
ra os aldeamentos. Observamos que as ju s tific a tiv a s apresentadas
variavcffli muito pouco, e que podem ser interpretadas à luz dos in
t e r e s s e s doiainantes da sociedade b r a sile ir a . Dos 54 iten s referan
te s a j u s t ific a tiv a s apresentadas para a s o lic ita ç ã o de verbas¡. '
cinco (9,25%) estão em branco, o que nos deixa com uma quantdidade
r e fe r e n c ia l de 49 pontos a serem considerados. Desses '9 pontos ,
c it o (16,32%) dizem diretamente respeito â necessidade de promove!:
a "pacificação" de grupos indígenas ainda não-aldeados, o que po
de ser entendido, no quadro de análise que nos propusemos adotar,
como sendo próprio do momento de expansão da sociedade nacional '
sobre os te r r itó r io s ainda controlados pelos grupos indígenas. '
Por estarem as relações ainda naquela primeira primeira etapa, qiE
definim os como de arranque, o grande propósito dos investimentos
estava voltado para forçar a sedentarização dos grupos indígenas־
Assim, procurava-se lib era r terras para a in stalação de colonos '
atraíd os pela perspectiva de se tornarem proprietários nas terras
promissoras do in te r io r .
Daqueles 49 pontos outros s e is (12,24%) explicitam a necessidade
de o fe r ta de condições esp e c ia is e instrumentos, além de esmolas,
que garantiriam a permanência dos índios aldeados no perímetro da
a ld e ia , sob controle dos agentes da sociedade nacional. Podemos '
in terp reta r essa fase como sendo aquela interm ediária, em que a *
sociedade nacional n ecessitava manter os grupos circun scritos e
sob treinamento. Assim garantia-se não s5 a liberação das terr?s
^ J i
de com pulsão m ais brand as, term inava por se torn ar uma a l t e r n a t i
v a dtí s o b r e v iv ê n c ia mais v i ã v e l que co n tin u a r uma lu ta sem quartel
no i n t e r i o r das m atas.
Apôs a i n s t a l a ç ã o dos ín d io s no aldeam ento, e r a - lh e s dado um pra
zo ein que deiíeriam aprender a p r a tic a r a a g r ic u lt u r a , n e c e s s á r ia
i n i c i a l m e n t e para o seu s u s te n to e mais ta r d e para a c o lo c a ç ã o de
e x c e d e n t e s no mercado. Teaíibêm alcançado a tr a v é s de produtos esp e
c ia lm e n te a e l e d e s tin a d o s .
Superada e s s a f a s e , em que a aprendizagem das t é c n ic a s a g r íc o la s
e r a c o n sid e r a d a como s a t i s f a t ó r i a , e estan d o o s ín d io s j ã h a b i l i
ta d o s ao e x e r c í c i o de o u tr a s a tiv id a d e s , e l e s recebiam treincim en-
t o em n ovas h a b ilid a d e s , e s tip u la d a s a p a r t ir das n e c e ss id a d e s e
e x i g ê n c i a s dos moradores l o c a i s . Outro tip o de trein am en to estim u
la d o e r a o de aprenderem a s t é c n ic a s b á s ic a s n e c e s s á r ia s à implan
t a ç ã o e con serv a çã o de e s t r a d a s . Uma das p rim eira s a serem c o n s-'
t r u i d a s , lo g o após a i n s t a la ç ã o , era a que l i g a s s e o aldeam ento '
à s dem ais povoações l o c a i s . Em nome da segurança e da n e c e ssid a d e
de r e c e b e r bens in d is p e n s á v e is i sua v id a , o que se f a z ia e r a in
s e r i r o aldeam ento nas r o ta s co m ercia is e v a lo r iz a r - lh e a s te r r a s
com a c r ia ç ã o da in f r a - e s t r u t u r a v i á r i a , a q u a l, a l i á s , s e r v ia pa
r a a c e l e r a r a exp rop riação das te r r a s da comunidade.
O utra m eta e s t a b e le c id a a c u r to prazo era a co n stru çã o de c a sa s '
de t a i p a p a ra a b rig a r as fa m ília s n u clea res in d íg e n a s , já que e s
t a arrum ação e s p a c ia l e a d is tr ib u iç ã o dos moradores em c a sa s in
d i v i d u a i s eréim tim elem ento e s s e n c ia l para o aceleram en to da reor
g a n iz a ç ã o s o c i a l nos m oldes da socied ad e n a c io n a l, p o is e lim in a
v a o s p o n to s r e f e r e n c ia is de id e n t if ic a ç ã o e s o lid a r ie d a d e . A
c o n s tr u ç ã o d e s s a s c a sa s e ra m uitas v e ze s qu ase con tín u a quando o
a ld ea m en to fu n cion ava como c e n tr o c a ta liz a d o r das pop u lações in
d íg e n a s da reg iã o »
Novos in v e s tim e n to s eram f e i t o s nos c a so s em que o aldeam ento '
p r o sp e r a v a por e s t a r e l e numa r e g iã o em que a expansão n a c io n a l י
a in d a s e f a z i a le n ta m e n te , e sua in se r ç ã o no mercado e sta v a em
c a r á t e r e x p e r im e n ta l, embora já hou vesse o c o r r id o o p rim eiro a s
s a l t o a o s t e r r i t ó r i o s in d íg e n a s que r e s u lta r a na c ria ç ã o do a id e
am ento.
A ssim , a lg u n s aldeam entos recebiam d otações e s p e c i a i s para a con s-
tr u ç ã o de m ais en gen h ocas, alambiques# c a sa s de fa rin h a e ou tras י
u n id a d e s transform adoras dos produtos a g r íc o la s p la n ta d o s־
Sob e s t e pano de fundo de c a r á te r a d m in is tr a tiv o , o que s e proce£
sa v a e r a a gradual d e s a r tic u la ç ã o da e s tr u tu r a s o c i a l in d íg en a pe
l a im p o siç ã o de novos pad rões s o c i a is r e f e r e n t e s ta n to à e s tr u tu
ra p o l í t i c a , quanto à econôm ica e s o c i a l . As p r e ssõ e s d e s e n v o lv i
d a s a tin g ia m , p o r ta n to , a to d o s os n ív e is da org a n iza çã o s o c i a l ,
e lim in a n d o a p o s s ib ilid a d e d e s s e s grupos manterem a sua socied a d e
em fun cion am ento e conservarem o seu padrão o r g a n iz a c io n a l p ecu l¿
I C a p ítu lo
II c a p ítu lo
(1> - Embora desconheçam os dados p a r t ic u la r e s sob re t a l o r i -
ta ç ã o , consideram os que e s t a p r á t ic a , comiaraente adota
da para o s e sc r a v o s vin d os da A f r ica, pode %er s id o e£
te n d id a também a o s grupos in d íg e n a s . Procurava^-se, com
e s t a itiedida, a c e le r a r o p r o cesso de d e sin te g r a ç ã o soci■■•
a l e a adoção de novos padrÕes o r g a n iz a t iv o s .
(2) - Nao tiveaios a c e s s o i s fo n te s p rim arias devido a p r o b le -
laas d e c o r r e n te s de b a r r e ir a l i n g u i s t i c a ou da im p o ssib i
H d ad e de c o n h e c i- la s , por nao estarem p u b lic a d a s ־
I I I C a p ítu lo .
M
ORE
IRA ISOLADOS, IDSTiS A
LDEADOS, INTEGRADOS, DESTRIBALIZADOS ן
DÕRIA ARREDIOS C
A'I'E
COME
NOS, mansos, CIVILIZADOS
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lo Presidente da Província no ano de 1847 ,ms (ñPBa)
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CñSTíO, Inocencio José • ־Ofício ao In^5etor da Fazenda FranaLsoo Antonio Ribei
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CASTRO, Manoel C. - Ofício a3 Diretor Geral dos Indios, Casatáro de Sema Madu
reira, —^/01/1856,ms(APBa>
C5mz®A da VILA DE SíitíIlñRÉM - Oficio ao Presidente da Pra\^!ncia , 16/12/1848 ,ms
(âPBa)
cSmaRA DA VHA DE CGNCEIÇ&) DA TZ^PERA - Oficio ao Presidente da Provincia, 15/
02/1851,ms (APBa)
G&lñRA DA VIIA DE Hí^OS ־־Oficio ao Presidente da Provincia, 22/03/1851, ms
(ÃPBa)
rryinR da POÈJIE - Oficio ao Visconde de Abadia, 31/05/1807, ms (APBa)
Oficio ao Visconde de Abadia, 27/04/1808, ms (APBA)
COGSéSo DE DISaHMIl®Ç^ DOS AEJDEfflíEWroS EXTIOTOS - Oficio ao Presidente da
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OQE®EA,Dcmingos Jorge ־OfícLo de Prestação de Oontas ao Diretor dos índios,
Casemixo de Sena Madureira, 19/10/1856 ,ms (APBa)
CRUZ, Antonio Candido da - Fala Inaiigiiral da Sessão Legislativa apresentada י
pelo Presidente da Provincia, 03/1874, ms (APBa)
298
־1974 -
4 1 *3 0 '
4 I “ 30
Relavo p r a t ic a m e n t e plano
. ןRelevosuave ondulado
mm Relavo ondulado
Relevo m o vim en ta do
fi# d i:1 n h o d o de L *õ o - I9 7 B
- TIP O S CLIMATICOS -
l40״Cf
15" 00'
6 00 '
■ °
״יו00־
18“00'
40°0Cf 58°52'3CÍ*
0 20 AO 60 ao k m
^
19 7 3
LOCALIZAÇÃO
L E0 EH DA
e c o s s i s t e m a s :
F l o r e 610 p i r o n i f ó l l o p o l u d o • □ l i t a r õn»D ( m o n g u i )
f\CdilTtrPl10«s> &v
PEDl^J DK ATrAvPi'Al^ 700$000 p a ra a c o n stru - 320$0Ü0 + 2 arrobas de pólvora; P e rm itir o comércio en-
çãí3 de uina ix>nte sobre 200$000 por 2 q u in ta is de diumbo. t r e Illiéus e Minas Gera
o r i o Salgado. s e r tant)ãn is ;
D ire to r. G aran tir a defesa do a l
deamento. 1
1857
300$000 p ara construção Lágar a In p e ria l V ila d
CAIDIÉJ. de e stra d a . V itó ria à e stra d a lü ié u
-Minas G erais.
1858
1
SANTO Al\TIONIO DA CRÜZ 4.000$000 auferidos can R econstruir a Capela da !
> i
arrendamento das te r r a s a ld e ia .
da a ld e ia e 15% da ren-
da o b tid a onm a venda '
de articjos produzidos
pelos ín d io s.
186'4
6.000$000 para constru- Atender aos ín d io s e nio-
CACHIMBO
ção de uma ig r e ia . ra d o re s.
1870
CAdiBffiO 1.400$000 para oonclu- 400$000 וVacinas oontra bexiga
são da Ig re ia , 1
DOTAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECÜKSOS DA VEI«A DE CAEEQUESE NAS ÍJXíEIAS E l ESTUDO NO PERIODO KOTRE 1826-1870.
1826
SAL?aa0 DO s iü -S S o IX)
A L D E I A S VERBA MATERI AL OEJlSriVO DA APLIQXáO PAG^.ECTO DE SEK/IÇOS
m issio n Sr io AJüDANIE
ALCANTARA Grupos.
1850
#
'T B 5(T ... .......................... !
300Ç000 para a ccnpra ¡!lachados, F o ic e s , Enxa-־ T om ar W avegavel o RLc)
SÃO PEDRO
de m a te r ia l n ec ea b á rlo . cúii!, i׳׳dcíjfc:3, íksrxuLi ; Cudujoli-a lit; HuLucujcj
DE
P eças de Algodão para a Ferradas (3 leg u a s)
ATCÂNTRBA
homens e c h it a p ara mu-־ Marcar a e s tr a d a de
Ih c r e s; 1 arroba de p5^L C onquista a I lh é u s ;
•'/ora; 1 arroba de churríi) C onstrução da I g r e ja
1851
SMWO ANTCN 10 300$OOG + 30$000 paró i 40 F o ic e s ; 25 Fusos pa-.
DA 300$000 por s e r p r o fe s • ־r a A lg o d ã o ;.4 R alos de
CFUZ s e r também s o r de Agri . C obre,; o u tr a s f e r r aman
D ir e to r c u ltu r a . t a s A g r íc o la s
SÃO PEDRO DE 300$000 +
alcS otara 3001000 por
s e r tairhán
D ir e to r
CñTOlÉ 4B0$000 +
300$000 poi
'
s e r tairbéra
D ir e to r
1852
CñTOl£ 60$000 para aonprar rou■ ■4801000 + 50$000 para Forçar os indios a tra
pas 300$000 por o p r o fe s s o r balhaieia can afinoo;
s e r tairbém de T écn ica s P a cifica r Indios não
•
D ir e to r e A g r íc o la s e aldeados;
80$000 de 50$000 para Manter os Indios a id e -
ajuda de Q¿ o s u b s t it u - ados sob o o n tr o le .
t o p /viagem
t o do m issi_
o n á r io .
«
LO C Ü LI ZA C AO
L E e E N 0 *
a l d e ia s r^ rD IG E N A S
▲s B AC IAS DO R I O DO P A R D O
E C O L O N I A NO S É C U L O X I X
BAC»A H ID R O G R A FIC A
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