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Filosofia

Módulo Inicial – Iniciação à Atividade Filosófica


A Filosofia e o ‘Filosofar’

• Definição da Filosofia através da Etimologia:

Philos Amor/Amizade
Filosofia

Procura eterna de
Um interesse pelo
Filo + Sofia Conhecimento/
saber
Sabedoria
Saber/Sabedoria/
Sophia (Sophos)
Conhecimento

• Definição da Atitude Filosófica:


Atitude Filosófica, definida pela citação de Sócrates “Só sei que nada sei.”, interpreta-se
com uma ignorância sábia, ou de um saber que se sabe limitado. – A importância do
reconhecimento da própria ignorância.

É a Pitágoras a quem atribuímos a paternidade do termo


“Filosofia” e a Sócrates, a paternidade da atitude filosófica.

• Distinção entre o Sábio e o Filósofo:

Filosofia Filó+Sofo (Philos+Sophos) Filósofo (Philosophos)

Filósofo Ama/Procura o Saber

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Pela “Douta Ignorância”, representada em Sócrates na afirmação “Só sei que nada sei.”,
poderá ajudar na distinção do filósofo do sábio/sofista. A atitude que a douta ignorância
toma é de uma sabedoria daquele que é consciente da sua ignorância, ou seja, quando
alguém reconhece que não é sábio – segundo Pitágoras, assumir-se que é sábio era uma
atitude de arrogância intelectual. Ser filósofo implica ter uma atitude de humildade que
conduz incessantemente á procura de um saber cada vez maior (e melhor).
• A Evolução da Filosofia – os pré-socráticos, Sócrates e os Sofistas:
Os pré-socráticos falavam na Natureza, do Cosmos, do tempo, do movimento e,
curiosamente, de um princípio que presidisse à criação e à organização do mundo – a
arché. Estes pensadores designaram de diferentes modos esse princípio inicial de onde
tudo partiria.
A partir da descoberta da Filosofia, os sofistas vieram transformá-la – descobriram que
não basta só ter uma boa ideia, mas que tinham de ter a capacidade de a argumentar
muito bem para poder ganhar. O aparecimento dos sofistas permitiu a criação da
democracia para que o povo pudesse votar e dar a sua opinião. A argumentação passa a
ser cada vez mais sofisticada e inovadora. (Interesse por questões de ordem ética e
social. Necessidade de defender a opinião e aconselhar com prudência. Interessa
persuadir. Desistência da procura de verdade. Convencer para vencer
independentemente da verdade em jogo.)
• O Método Socrático:

Sócrates foi o ‘fundador’ da atitude filosófica, atitude essa que consistia na prática
da DIALÉCTICA. Sócrates não escreveu qualquer obra, tudo o que dele
conhecemos deriva dos seus discípulos, principalmente de Platão.

Dialéctica – Consistia na prática do diálogo, onde os interlocutores apresentam teses


opostas, sustentadas em argumentos. A prática argumentativa fazia-se tanto na defesa
das teses como no ataque às teses do interlocutor. No caso de Sócrates estes diálogos
desdobravam-se em duas facetas intimamente interligadas.
Ironia – A ironia que Sócrates punha em prática nos seus diálogos consistia no seguinte:
Sócrates questionou os seus interlocutores em matérias nas quais eles se tinham como
especialistas, detentores de um grande conhecimento, pedia-lhes que definissem certos
conceitos chave relativamente às matérias em questão, para em seguida desconstruir as
teses defendidas pelos seus interlocutores. Ao fazê-lo, Sócrates pretendia fazer ver
àqueles que se vangloriavam de ter um grande conhecimento que, afinal, nada sabiam.
Maiêutica – Traduz a dimensão pedagógica que o reconhecimento da ignorância
implica. O reconhecimento de que, de facto, não conhecemos as coisas, nem as que
temos como mais certas, é o primeiro passo para que se possa atingir o verdadeiro
conhecimento.

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Duas Filosofias

• Distinção entre Filosofia Espontânea e Filosofia Sistemática:


Filosofia Espontânea/Natural (Preconceitos Filosóficos) – Trata-se por ser pouco rigorosa,
desorganizada, sem revelar uma grande preocupação ao nível do rigor, como referido, e ao nível
da coerência.
Filosofia Sistemática/Académica (Problemas Filosóficos) – Ao contrário da Filosofia
Espontânea, a Filosofia Sistemática revela-se como sendo crítica, rigorosa, coerente e
organizada.
Porque todos somos “filósofos”? – Todos somos filósofos uma vez que ser filósofo pressupõe o
uso da nossa razão, da nossa capacidade de pôr as coisas em dúvida, porque todos nós nos
interrogamos sobre as grandes questões da vida, todos nós procuramos um sentido para as
coisas, mesmo que de um modo espontâneo e natural e isso é ser filósofo, procurar pelo
significado das coisas.

• Distinção entre o Espanto do Homem Comum e o Espanto Filosófico:

Espanto/Admiração - Sentido
perante algo que não se
conhece/compreende

O Filósofo sente-o pelo:


O Homem Comum sente-o
pelo: - Ordinário (Normal, Habitual,
Conhecido, Vulgar, Banal)
- Extraordinário
- Extraordinário

A diferença entre o Espanto do Homem Comum e o Espanto Filosófico é que o Homem


Comum apenas se espanta por algo que considere extraordinário, algo que não esteja habituado
a lidar no seu dia-a-dia.
Já o Filósofo se espanta não só pelo extraordinário como também pelo banal, pois reconhece
que estar habituado a lidar a algo não é o mesmo que ter conhecimento sobre essa mesma coisa;
julgamos conhecer muito bem determinadas coisas, mas o Filósofo sabe que essas coisas podem
nos causar espanto.
Muitas vezes, aquilo que para nós é a realidade, não passa de uma aparência e é função do
Filósofo descobrir a realidade que se esconde por trás das aparências.

O que leva o Homem a interrogar-se? – O que leva o Homem a interrogar-se é o facto de se


deparar com novos fenómenos para os quais não encontra uma resposta imediata. Tais situações
provocam-lhe espanto, admiração e levam a que o Homem se debruce sobre eles na tentativa de
melhor os compreender.

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• Distinção entre Senso Comum, Filosofia e Conhecimento Científico:
Senso Comum – Forma de Conhecimento subjetiva, ou seja, que varia de sujeito para sujeito. É
simplista, pois tende a simplificar os fenómenos e dar explicações básicas. É ingénua, ao fiar-se
acriticamente nos sentidos, aceite muitas vezes como verdades factos que não questionou
sequer. Deriva das experiências de vida de cada um de nós, pelo que têm a vantagem de
responderem aos problemas (práticos) que se colocam no quotidiano.
Conhecimento Científico – As diversas ciências dedicam-se ao estudo de um objeto em
particular, de acordo com a sua especialidade. As ciências procuraram fornecer respostas de
caráter descritivo. O questionamento científico tem um caráter prático, que se traduz em
perguntas sobre algo de concreto. A ciência não se preocupa com os valores e princípios
inerentes à prática científica.
Conhecimento Filosófico – A Filosofia põe questões de caráter mais aberto, não circunscritas a
um objeto em particular; a mesma procura interpretar o real. O questionamento filosófico é mais
teórico e a tarefa que recai a Filosofia pertence, nomeadamente, no campo da ética. Por isso, os
códigos deontológicos que regulam a atividade profissional resultam de uma reflexão de caráter
filosófico, procura pôr a descoberto as contradições do próprio senso comum e do conhecimento
científico.

Senso Comum Filosofia Ciência


Subjetivo Inter Objetivo
Sujeito Subjetiva Objeto

As Perguntas Filosóficas

• Distinção entre Filosofia Espontânea e Filosofia Sistemática:


Perguntas Filosóficas – Perguntas de Caráter Aberto, Universal, Racional e Abstrato das
mesmas. Modo de Formulação das Perguntas Filosóficas: Fórmula Afirmativa, Geral e
Aberta.

• Os Domínios da Filosofia – As Grandes Perguntas da Filosofia:

Problemas do Ontologia Cosmologia Teologia Psicologia


Ser Racional Racional Racional
Domínios/
Áreas de Problemas do Lógica Gnosiologia Epistemologia
Conhecer
Reflexão
Problemas do Axiologia Ética Estética Religião
Agir

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Reflexão sobre o ser (ontos), sobre as primeiras causas e primeiros
princípios.
Ontologia
Questões Filosóficas: O que é ser? O que é o nada? Qual a origem do
ser? Como se caracteriza o ser? É possível a existência do nada?
Reflexão sobre a essência do mundo (cosmos).
Cosmologia Questões Filosóficas: Qual a essência do Universo? O Universo
Racional obedece a algum plano pré-estabelecido? Qual a origem da matéria?
Que é o espaço? Que é o tempo?
Reflexão sobre Deus (Theos).
Teologia Racional Questões Filosóficas: Deus existe? É possível provar que Deus
existe? Que atributos tem?
Reflexão sobre a Alma (Psiché).
Psicologia Racional Questões Filosóficas: O Homem tem alma? Qual a natureza da alma?
A alma sobrevive ao corpo? É eterna?
Reflexão sobre a coerência do pensamento (Logos).
Lógica Questões Filosóficas: O que é a validade de um raciocínio? Quais as
condições do pensamento válido? O que é um raciocínio correto?
Reflexão sobre o conhecimento (Gnosis).
Questões Filosóficas: De onde vêm as nossas ideias? Podemos
Gnosiologia
conhecer tudo quanto há? Como saber se um conhecimento é
verdadeiro?
Reflexão sobre a ciência (Epistémé).
Epistemologia Questões Filosóficas: O método científico é infalível? Há verdades
científicas definitivas? Qual o papel do erro na ciência?
Reflexão sobre os valores.
Axiologia Questões Filosóficas: O que é um valor? De onde provêm os valores?
Os valores são absolutos? São relativos?
Reflexão sobre a conduta moral.
Ética Questões Filosóficas: O que é o bem? O que é a liberdade? Qual o
valor da vida? É legítima a pena de morte?
Reflexão sobre o belo e sobre a arte.
Estética Questões Filosóficas: O que é a arte? O que é o belo? Quais as
características da obra de arte?
Reflexão sobre a relação do homem com o sagrado.
Religião Questões Filosóficas: O que significa ser religioso? Há religiões
superiores a outras? Há comunicação entre o homem e o sagrado?

O Discurso

• Caracterização do Discurso Filosófico:


Características do Discurso Filosófico – É a verbalização de um pensamento. Um
conjunto de proposições logicamente encadeadas com o objetivo de apresentar um
problema. Defende ou ataca um determinado ponto de vista. Apresentação de uma
justificação que, não tendo a validade formal de uma prova científica, pode fundamentar
um ponto de vista racionalmente.

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Elementos Constituintes:
Conceito – O conceito é o elemento base do discurso filosófico, consistindo
numa ideia referindo-se a seres, objetos, etc. Exprime-se verbalmente através dos
termos e clarificamos o sentido dos conceitos através de definições.
Juízo – O juízo resulta da junção de dois conceitos/termos, o sujeito e o
predicado, através do verbo ser estabelecendo entre eles uma relação de afirmação ou
negação. Podem ser classificados como verdadeiros ou falsos.
Nota: Apenas as frases de tipo declarativo podem ser consideradas proposições pois
apenas estas estabelecem uma relação entre o sujeito e o objeto de afirmação ou de
negação. Deste modo, apenas as frases declarativas podem ser consideradas verdadeiras
ou falsas.
Argumentos – Um argumento é a expressão verbal do raciocínio constituído por
várias proposições que se encontram relacionados entre si funcionando umas como
premissas – ponto de partida – e como conclusão – ponto de chegada. Podem ser
classificados como sendo válidos ou inválidos.
Entimema – Trata-se de um argumento que tem pelo menos uma proposição implícita
subentendida por se considerar óbvia.
Ao analisar um argumento, qual o objetivo da lógica? – O objetivo da lógica, ao analisar
um argumento, é determinar se entre premissas e conclusão existe uma relação de
necessidade, se a conclusão decorre de modo inquestionável das premissas.

Nível do
Conceito Juízos Raciocínio
Pensamento

Nível da
Termo Proposições Argumento
Linguagem

• Distinção entre Verdade e Validade:


Verdade – Aplica-se à avaliação das proposições declarativas, ao seu conteúdo de modo
a verificar se aquilo que se afirma corresponde, ou não, à realidade. Trata-se de um
critério material.
(Verdade Material = Refere-se ao conteúdo, à matéria, às informações – Aplicável às
proposições declarativas, sendo verdadeiro ou falso, consoante o que se afirma, se está
de acordo com a realidade ou não).
Validade – Aplica-se à avaliação de argumentos, da sua forma ou estrutura, à relação
entre premissas e conclusão. Trata-se de um critério formal.
(Verdade Formal = Validade = Estrutura = Forma = Correção – Aplicável apenas aos
raciocínios dedutivos. Apoia-se na relação de inerência entre premissas e conclusão).

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Distinção entre Validade e Verdade – Verdade e Validade são valores independentes.
Um argumento pode ser composto por proposições verdadeiras e ser estruturalmente
inválido, mas todas as suas proposições serem falsas. Num argumento dedutivo a
verdade das proposições que servem de premissas garante, estrutural e formalmente, a
verdade da proposição que serve de conclusão.

• Definir Argumento Sólido:


O que são argumentos sólidos ou corretos? – Em termos estritamente lógicos, um
argumento é avaliado formalmente pela sua validade, mas em muitos outros campos, os
argumentos são avaliados também pelo seu conteúdo, devendo ser simultaneamente
verdadeiras as proposições que os compõem e válida a relação entre as premissas e
conclusão. Quando obedecer as tais exigências, o argumento será sólido ou correto.

• Instrumentos Lógicos do Pensamento:


Concetualizar – Identificar/Formular as ideias gerais que sustentam o próprio discurso,
os elementos mais simples do mesmo.
Problematizar – Capacidade de pôr em causa o que nos é apresentado, não o aceitando
de imediato como óbvio.
Argumentar – Articular ideias com vista a justificar uma ideia (ou ideias), encadeando
proposições.

• Elementos Constituintes da Argumentação:


Tema – Trata-se do assunto em discussão/debate.
Problema – Conceito que surge frequentemente associado ao interior pois tem um
significado semelhante, conferindo-lhe, no entanto, uma outra dimensão, a de que o
assunto em debate admite que se assumam várias posições distintas em relação ao tema.
Tese – Posição assumida por um determinado filósofo perante o tema/versão defendida
pelo mesmo.
Antítese – Tese defendida pelo nosso opositor, tratando-se de uma tese que se opõe à nossa.
Argumentos – Conjunto de proposições, encadeadas entre si, utilizadas por alguém para
defender a sua tese em relação ao tema/problema.
Objeções – Críticas feitas pelo nosso interlocutor aos nossos argumentos.

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