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1. Considerações iniciais
1 Em apreço à brevidade, opta-se por desviar do histórico atinente ao debate sobre a intervenção
do MP em matéria falimentar com o advento da Lei nº 11.101/05, pois é assunto abordado em
profundidade pela doutrina, jurisprudência e em sede do próprio Ministério Público. Sem
embargo, no bojo do presente são indicados alguns arrazoados sobre o tema, de abalizada
autoria, que descortinam o tema de forma aprofundada e irretocável, não obstante possam
chegar a distintas conclusões. Portanto, os materiais selecionados poderão servir como leitura
complementar e de apoio para os leitores interessados.
2. Desenvolvimento do tema
Note-se que esses valores devem guiar todas as relações jurídicas, inclusive as de
cunho econômico.
se).
administrador judicial (art. 154, § 3º), (X) quando a lei estabelece como
crime de violação de impedimento a aquisição pelo seu representante de
bens da massa, por si ou por pessoas interpostas (art. 177), (XI) quando,
na falta de oferecimento de denúncia pelo representante do Parquet,
decorrido o prazo previsto no artigo 187, § 1º, facultar a qualquer credor
habilitado ou ao administrador judicial a ação penal privada subsidiária da
pública (art. 184, parágrafo único), e (XII) quando determinada a sua
intimação de sentença que decreta a falência ou que conceda a
recuperação, para que possa, eventualmente, oferecer denúncia por crime
previsto na legislação especial ou requisitar a abertura de inquérito policial
(art. 187)(Destacou-se).4
4 NETO, Pedro Thomé de A.; CARVALHO, Andréa Bernardes de. A intervenção do Ministério
Público no processo falimentar e de recuperação de empresas. B. Cient. ESMPU, Brasília, a. 6 –
n. 24/25, p. 175-191 – jul./dez. 2007, p. 181-182.
5 PENTEADO, Mauro Rodrigues. Art. 4º. In: SOUZA JUNIOR, Francisco Satiro de; PITOMBO,
Antônio Sérgio A. de Moraes (Coord.). Comentários à lei de recuperação de empresas e falência:
Lei n. 11.101/05. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 129.
6 Sem embargo, apenas título de mera atualização, gize-se que o Novo Código de Processo Civil
reúne as disposições atinentes ao Ministério Público no Título V (arts. 177 a 181).
7 O Informativo de nº 06, publicado por este CAOP em 2012, comentou mais detidamente o
posicionamento firmado pelo STJ no julgamento do REsp nº 1230431. O conteúdo está
disponível no seguinte endereço eletrônico:
<http://www.civel.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=18>.
lo, rejeitá-lo ou modificá-lo (art. 35, inc. I, a), podendo inclusive rejeitar a
desistência do devedor ao pedido de recuperação, mesmo que tenha ele
superado suas dificuldades econômico-financeiras após o deferimento de
seu processamento (art. 35, inc. I, d, c.c. art. 52, § 4.º). (…) A advertência é
antiga, mas a realidade pouco mudou, pois é da natureza da atividade
empresarial, especulativa no bom sentido da palavra, que o credor
persiga seus interesses pessoais, mesmo porque a própria atividade
que exerce tem, ela própria, função social. (…) Em face, porém de
créditos a recuperar, é natural esperar ações imediatistas e até
egoísticas, como é próprio do regime capitalista. Daí porque é de
duvidosa sabedoria o veto integral oposto ao art. 4.º da Lei 11.101,
que resguardava uma ação mais efetiva do Ministério Público em prol
dos interesses da coletividade (v. comentários ao citado art. 4.º, itens
47 e ss., abaixo), pois ao juiz, nas recuperações judicial e
extrajudicial, foi atribuída função meramente sancionadora da
deliberação dos credores (art. 58), em princípio (v. item 5.4, supra)
(Destacou-se).
10 LOPES, Bráulio Lisboa. Nova Lei de Falências e Recuperação Judicial de Empresas. Disponível
em:<http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/2232/nova_lei_de_falencias_e_recuperacao_judici
al_de_empresas>.
12 MAURO, Maria da Penha Nobre. O Ministério Público e a Recuperação Judicial. Uma visão
diante do regime da Lei n.º 11.101, de 09/02/2005. p. Disponível em:
<http://www.tjrj.jus.br/documents/10136/3543964/participacao-mp-processo.pdf>.
vulnerabilidade15.
3. Considerações finais
19 No âmbito do Ministério Público do Estado do Paraná foi instituído Grupo de Trabalho para
definição das propostas para disciplinar, por ato interno, a matéria da intervenção cível, à luz da
Recomendação nº 34/2016 do CNMP. Embora ainda não tenha sido expedido o ato normativo
interno, é possível que o membro se valha da Recomenda ção nº 34/16 para fundamentar a
intervenção. Frise-se que esta não é norma de caráter cogente; portanto, na análise do caso
concreto o Promotor de Justiça pode alcançar uma conclusão diferente daquilo que a
Recomendação, em termos abstratos, destaca como socialmente relevante.
Referências bibliográficas:
PENTEADO, Mauro Rodrigues. Art. 4º. In: SOUZA JUNIOR, Francisco Satiro de;
PITOMBO, Antônio Sérgio A. de Moraes (Coord.). Comentários à lei de recuperação
de empresas e falência: Lei n. 11.101/05. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2007.
SICA, Leonardo. Caráter simbólico da intervenção penal na ordem econômica.
Doutrinas Essenciais de Direito Penal Econômico e da Empresa. v. 1, Jul/2011,
DTR\1998\342.
Protocolado MP/SP nº 108.075/13. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Assessoria_Juridica/Civel/Art_28_
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Protocolado MP/SP n.º 0072583/14. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Assessoria_Juridica/Civel/Art_28_
CPP_Civel/MP%2072.583-14%20-%20JUIZ%20DE%20DIREITO%20DO
%20SETOR%20DE%20EXECU%C3%87%C3%95ES%20FISCAIS%20DA
%20COMARCA%20DE%20SANTA%20B%C3%81RBARA%20D%C2%B4OESTE).