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Pública
Titulada
De boa fé
Pacífica
Efetiva
Civil
Causal
Titulada
Pública
Pacífica
De boa fé
Civil
Causal
Não efetiva
Uma das formas de aquisição da posse, previstas no art. 1263º, é através de constituto
possessório, previsto na alínea c) do mesmo artigo e no art. 1264º.
Trata-se do inverso da traditio brevi manu (alguém está numa posição de detenção mas acorda
com o possuidor transformar em posse. P.e, eu já sou arrendatário de uma coisa mas quero
comprá-la e passar a proprietário). Resulta de quando o possuidor contrata com outrem a
transmissão do direito sobre coisa, as partes acordam numa causa jurídica para a detenção da
mesma. Aqui o possuidor passa a mero detentor, continuando a ter a coisa consigo, enquanto
que a posse se transmite para outrem. P.e, se o vendedor de uma coisa acorda com o
comprador ficar locatário ou depositário da mesma, isto é: vou a uma loja e digo que compro
esta TV, fica guardada, mas não a levo já, quero que a guarde durante uns dias. Eu neste
momento já se transmitiu a posse, foi adquirida pelo comprador; mas o vendedor aceitou ficar
com aquela posição de mero detentor. Isto é que é o constituto possessório, ainda não
entreguei a coisa mas já transmiti a posse sobre ela.
1) celebração do contrato transmissivo do direito real que confira a posse da coisa – foi
celebrado um contrato de compra e venda entre A e B;
2) que o transmitente do direito real seja possuidor;
3) que haja uma causa jurídica para a detenção da coisa – há posições de autores como
o Prof. Oliveira Ascensão e do Prof. Pedro Albuquerque, que há transmissão da posse sempre
que seja celebrado o contrato, aplicando-se o art. 408º/1. Eu entendo que não é assim: a
simples constituição do contrato não transmite a posse, é preciso tradição da coisa, é
necessário constituto possessório – deve haver uma causa para a detenção da coisa – se eu
digo ao vendedor está vendida a coisa e há-de ser entregue, isto ainda não transmite a posse.
Se digo que eu acordo que você fique depositário, aí já se transmite porque passou a detentor.
É a regra entre ser ou não ser possuidor, é sempre essencial que as partes estipulem causa
jurídica.
Há uma ligação intrínseca entre o art. 1264º e o art. 408º/1. Porque a posse
normalmente transmite-se pela própria traditio e o constituto é uma exceção. Para o
prof. OA não é necessário contrato à parte, basta a consensualidade.
Neste caso o vendedor ficou depositário da coisa – houve um contrato de depósito entre A e B.
Quanto a B – 1253º/alínea a) (de acordo com o prof. ML é mais certa que a al. c), porque está
feita para os representantes e mandatários) – é um possuidor em nome alheio. Tem uma
posse interdital. Enquanto depositário enquanto tiver a joia com ele, se alguém o tentar
esbulhar pode intentar ação possessória. Mas não dá direito a usucapião.