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Curso
de
iniciação
Guia do Formador
JULHO 1999
Colecção FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS
Equipa de trabalho
P. Inácio Belo
P. Jorge Marques
Dra. Maria Luisa Boléo
Capa
Miguel Cardoso
Coordenação e redacção final
P. António Pereira Felisberto
Responsável do Departamento da Catequese
da Infância e Adolecência
3
Tudo isto é explicado em resposta a perguntas muito concre-
tas que o índice deste caderno coloca em destaque. O método de
resposta, indutivo e participativo, é já ele também um exercício
de rodagem nos processos activos que são hoje os das nossas
escolas e hão-de ser também os dos nossos encontros de cate-
quese.
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Siglas
AG – Concílio Vaticano II, Ad Gentes, Decreto sobre a Activi-
dade Missionária da Igreja
CIC – Catecismo da Igreja Católica
CT – João Paulo II, Exortação Apostólica Catechesi Tradendae
sobre a Catequese no nosso tempo
DGC – Directório Geral da Catequese, 1997
DV – Concílio Vaticano II, Dei Verbum, Constituição dogmática
sobre a Revelação Divina
EN – Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, Exortação Apostólica sobre
a Evangelização no Mundo actual
PFC – Formação de catequistas – Plano de Acção
Fidei Depositum, Constituição Apostólica para a publica-
FD –
ção do Catecismo da Igreja Católica, redigido depois do
Concílio Ecuménico Vaticano II.
5
Bibliografia
BÍBLIA
CONCÍLIO ECUMÉNICO DO VATICANO II (1965)
PAULO VI, Evangelii Nuntiandi, Exortação Apostólica sobre a evangeli-
zação no mundo actual (1975)
JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Catechesi Tradendae sobre a
catequese no nosso tempo (1979)
JOÃO PAULO II, Redemptoris Missio, Carta encíclica sobre a Missão de
Cristo Redentor (1990)
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (1992)
DIRECTÓRIO GERAL DA CATEQUESE (1997)
GATTI, Gaetano, Ser Catequista Hoje, Ed. Paulistas, Lisboa 1984.
HOTYAT, F., Psicologia da Criança e do Adolescente, Ed. Livraria
Almedina, Coimbra 1978.
OTERO, Luís e BRULLES, Joan, Partilhar a Fé - Identidade e Espiritua-
lidade do Catequista, Ed Salesianas, Porto, 1995.
REY MERMET, A Fé explicada aos Jovens e Adultos, Ed. Paulinas,
S. Paulo 1979.
SECRETARIADO NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ, Audiovisuais
e Educação da Fé, Lisboa 1981.
SECRETARIADO NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ, Formação
Cristã de Adultos, Lisboa 1988.
SECRETARIADO NACIONAL DA EDUCAÇÃO CRISTÃ, Catequese
em Renovação, Lisboa 1989.
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1. MODALIDADE DO CURSO
Serão I
Introdução (40 min)
Módulo 1 – O que é a Catequese
1. A realidade da nossa Catequese (50 min)
2. Como catequiza Jesus
(Até ao final do trabalho de grupos, 35 min)
Serão II
2. Como catequiza Jesus (Com início no Plenário, 35 min)
3. O que diz a Igreja acerca da Catequese (60 min)
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Guia do Formador
Serão III
1. A imagem do catequista (Com início no Plenário, 35 min)
2. A imagem do catequista à luz da Bíblia (60 min)
3. A imagem do catequista à luz dos documentos da Igreja
(Até ao final do trabalho de grupo, 30 min)
Serão IV
3. A imagem do catequista à luz dos documentos da Igreja
(Com início no Plenário, 40 min)
Módulo 3 – O que anuncia a Catequese
1. Dificuldades no anúncio da Boa Nova (50 min)
2. O que anunciar hoje na Catequese
(Até ao trabalho de grupo 20 min)
Serão V
2. O que anunciar hoje na Catequese
(Com início no Plenário 60 min)
3. Que anúncio faz hoje a Igreja (60 min)
Serão VI
Módulo 4 – A quem anuncia o Catequista
1. A identidade dos destinatários da catequese (80 min)
2. A palavra de Deus deve ser anunciada a toda a Humani-
dade (40 min)
Serão VII
3. Todos precisam de ser catequizados (60 min)
Módulo 5 – Como anuncia o Catequista
1. O itinerário catequético (40 min)
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Observações Preliminares
Serão VIII
2. Apresentação de uma catequese (80 min)
Serão IX
3. Fidelidade a Deus e fidelidade ao Homem (60 min)
Celebração Final (40 min)
Nota: Apresentamos esta reformulação apenas como uma aju-
da, mas sublinhamos que, embora alguns Módulos eTemas
sejam divididos ao meio, desta forma poderá manter-se
a unidade de todo o Curso. O facto de, nalguns casos, se
terminar a sessão do Curso com o trabalho de grupo e se
abrir a nova sessão com o plenário tem, pelo menos, duas
vantagens: por um lado, permite uma revisão dos conteú
dos apresentados no dia anterior, facilitando, assim, a liga-
ção entre as duas sessões; por outro, como metodologia
pedagógica, permite a persistência de tensão, isto é, os
participantes vão para casa com uma tarefa por concluir e
com a necessidade de continuar o curso com a sua própria
exposição (em Plenário).
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Guia do Formador
10
Observações Preliminares
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Guia do Formador
12
(40 min)
MATERIAL A UTILIZAR
• Um quadro grande com os temas do curso: fotocópia am-
pliada ou cartaz do esquema geral de todo o curso. Esta
informação deve estar presente em todas as sessões do
curso, de modo que se vejam claramente os passos já dados
e os que se seguem.
13
Guia do Formador
Objectivo Geral
despertar para a necessidade de formação
que capacita para o desempenho
da missão do catequista.
Modalidade A:
– Esta apresentação pode ser feita através de várias téc-
nicas, conforme o número de participantes, por paróquias
ou comunidades (no caso de o curso ser inter-paroquial),
através de binas: cada um apresenta o seu par, dizendo o
nome, há quanto tempo faz catequese ou porque quer
ser catequista.
– O Catequista Formador poderá ir tomando nota das mo-
tivações que forem surgindo.
Modalidade B:
Nesta segunda modalidade, o Catequista Formador po-
derá aproveitar para fazer o acolhimento e apresentação
dos participantes e, ao mesmo tempo, a formação dos
grupos (nº 6). Se considerar oportuno pode ainda falar de
um tema preparatório de uma catequese: o Acolhimento.
a) Procedimentos:
– À chegada, junto com a distribuição dos crachás, ou
depois, quando estiverem todos nos seus lugares,
o Catequista Formador distribuirá a cada partici-
pante uma parte (sílaba) da frase de um dos vários
módulos (cada módulo terá uma cor diferente).
14
Introdução
AO CURSO DE INICIAÇÃO
MODÚLO I – O Que é a Catequese
15
Guia do Formador
16
Introdução
17
Guia do Formador
18
Introdução
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Guia do Formador
20
MÓDULO I
(180 min)
MATERIAL A UTILIZAR
21
Guia do Formador
Cântico: O Profeta 22
INTRODUÇÃO
22
Módulo I – O que é a Catequese
23
Guia do Formador
1
A realidade da nossa catequese
(50 m)
Responder às perguntas
a) O que é que as pessoas pensam da
catequese?
– Que procuram na catequese?
– Que apoio lhe dão?
b) Quem vai à catequese?
c) Quem se sente responsável pela cate-
quese na paróquia a que pertence?
d) Que é para nós a catequese?
24
Módulo I – O que é a Catequese
Síntese feita pelo Catequista Formador
26
Módulo I – O que é a Catequese
2
COMO catequiza jesus
(70 m)
Responder às perguntas
Comunicação da reflexão dos grupos.
Os trabalhos de grupo são comunicados da seguinte
forma: cada grupo apresenta em painel o percurso que
Jesus faz com os seus interlocutores para acreditarem
n´Ele, O aceitarem e conhecerem.
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Módulo I – O que é a Catequese
29
Guia do Formador
30
Módulo I – O que é a Catequese
3
O QUE Diz a igreja acerca da catequese
(60 m)
APRESENTAÇÃO DO D.G.C.:
31
Guia do Formador
APRESENTAÇÃO DA E.N.:
32
Módulo I – O que é a Catequese
APRESENTAÇÃO DA C.T.:
Ler os textos:
CIC 6, CT 18-19 e DGC 63-64 – A catequese na missão
pastoral e evangelizadora da Igreja.
DGC 78-79; CT 24 – Catequizar, um acto vivo de toda
a comunidade.
EN 21-22; DGC 61 – Catequese: testemunho e primeiro
anúncio.
EN 44; CT 1, 5 e 20; – A catequese - noção e objectivos.
CT 5,7 e 9 – Cristocentrismo da Catequese.
33
Guia do Formador
Apresentar, a partir dos textos lidos, os elementos funda
mentais que identificam e caracterizam a catequese.
Cada grupo poderá elaborar um painel ou cartaz com os
elementos principais retirados dos textos que reflectiu (ver
MATERIAL A UTILIZAR).
Cada grupo apresenta o seu painel
34
Módulo I – O que é a Catequese
35
Guia do Formador
36
Módulo I – O que é a Catequese
A nossa realidade concreta, a nossa maneira
de fazer catequese, nem sempre corresponde à
“catequese” de Jesus Cristo, referência última da
catequese da Igreja de hoje;
Jesus catequiza com toda a sua vida: com palavras
e gestos;
Ele acolhe a pessoa e parte da sua experiência
de vida concreta, iluminando essa mesma expe-
riência;
A catequese é cristocêntrica, pois leva ao encontro
pessoal com Cristo e promove a comunhão íntima
com Ele;
A catequese insere-se na missão pastoral e evan-
gelizadora da Igreja (continuadora da obra de
Jesus Cristo) e é um momento essencial no processo
de evangelização;
Embora distinta do primeiro anúncio, tem que
ser também Kerigmática e fazer por vezes esse
primeiro anúncio, que ainda não aconteceu;
A catequese, mais que um ensino, é um processo
que promove a Iniciação Cristã integral;
É uma iniciação na vida da comunidade, que vive,
celebra, testemunha e anuncia a fé;
37
Guia do Formador
A catequese é uma formação orgânica, sistemá-
tica, centrada no essencial, coerente e de apro-
fundamento do mistério cristão;
A catequese é um processo de inspiração catecu-
menal;
É acção de toda a Igreja, que é comunhão; parte
da comunidade e leva à comunidade.
38
Módulo I – O que é a Catequese
VOCABULÁRIO DO CATEQUISTA
Depois de cada tema, apresentamos no livro do participante,
algumas palavras mais utilizadas na nossa linguagem eclesial e
catequética com uma breve explicação do seu sentido.
O seu objectivo é ajudar os participantes a compreender melhor
a linguagem da Igreja.
40
Módulo I – O que é a Catequese
41
Guia do Formador
42
Módulo I – O que é a Catequese
43
MÓDULO II
(180 min)
MATERIAL A UTILIZAR
45
Guia do Formador
Aprofundar a vocação e ministério dos cate-
quistas, a partir da Bíblia: de Jesus Cristo, dos
Apóstolos e dos Profetas.
Com base nos documentos mais recentes da
I greja:
– situar a missão do catequista e enquadrá-la
na missão de toda a comunidade cristã;
– sentir a necessidade da formação dos cate-
quistas: os seus critérios, vertentes e objecti-
vos;
– levar à descoberta da alegria de ser catequista,
num mundo em mudança.
46
Módulo II – Quem é o catequista
INTRODUÇÃO
Tomámos consciência, no Módulo anterior, da grandeza da mis-
são catequética na Igreja e das suas exigências. Neste segundo Mó-
dulo, vamos debruçar-nos sobre o agente ou agentes da Catequese.
Já sabemos que a Catequese é uma acção eclesial e não uma acção
individual de um catequista. Sabemos, ainda mais, que esse acto
catequético acontece, centrado na criança (adolescente, jovem ou
adulto), onde o catequizando intervém, em interacção com o grupo
de Catequese, mas sob a orientação e motivação do catequista. Nesta
dinâmica relacional, aprofunda-se uma outra intervenção, que se
serve instrumentalmente de todas as outras: a acção de Deus.
Uma vez que o catequista é o facilitador da acção de Deus,
o comunicador ou o que tudo predispõe para que se estabeleça,
restabeleça ou se consolide a comunicação (comunhão) entre
Deus e a pessoa, vamos neste módulo descobrir quem deve ser o
catequista. De facto, “só as qualidades humanas e cristãs dos ca-
tequistas garantem o bom uso dos textos e dos outros instrumentos
de trabalho” (DGC 156).
No primeiro tema, iremos situar-nos na realidade social e ecle-
sial em que vivemos, para descobrirmos como é que o catequista
é entendido, apreciado e apoiado, e também qual é a consciência
que os próprios catequistas têm de si mesmos.
A partir daí, num segundo momento (tema), vamos comparar e
questionar a missão e identidade do catequista, a partir de algumas
personagens bíblicas, para, num terceiro momento (tema), tirarmos
as nossas conclusões, com a reflexão que a Igreja fez e nos apre-
senta nos seus documentos, sobre a imagem, identidade e missão
do catequista dentro da Igreja. Assim, prepararemos os catequistas
de que a Igreja precisa para o terceiro milénio.
47
Guia do Formador
1
A Imagem do Catequista
(60 min)
Comunicação da reflexão dos grupos.
O Catequista Formador pedirá a alguém que escreva,
na primeira coluna do quadro ou da folha de papel grande
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Módulo II – Quem é o catequista
49
Guia do Formador
1.4. Cântico: Eu quero ser um vaso novo ou: Vai pelas aldeias.
14 37
50
Módulo II – Quem é o catequista
2
A Imagem do Catequista à luz da Bíblia
(60 min)
Responder às perguntas
51
Guia do Formador
52
Módulo II – Quem é o catequista
53
Guia do Formador
3
A Imagem do Catequista
à luz dos Documentos da Igreja
(60 min)
Reflectir sobre estes textos dos documentos da Igreja acerca
da Catequese e responder à pergunta:
54
Módulo II – Quem é o catequista
55
Guia do Formador
Fazer uma oração criativa e participada (Esta oração po-
derá ter, assim, uma dimensão pedagógica, isto é, que
desperte a criatividade e imaginação dos catequistas
e os ensine a preparar um momento de oração):
56
Módulo II – Quem é o catequista
Senhor,
Tu me Chamaste a ser catequista
na Tua Igreja,
na Tua Comunidade, que também é minha.
Tu me confiaste a Missão
de anunciar a Tua Palavra,
de denunciar o pecado,
de testemunhar, pela minha própria vida,
os valores do Evangelho.
Amen.
57
Guia do Formador
Que o catequista é:
58
Módulo II – Quem é o catequista
VOCABULÁRIO DO CATEQUISTA
59
Guia do Formador
60
MÓDULO III
(180 min)
MATERIAL A UTILIZAR
61
Guia do Formador
Descobrir a Palavra de Deus, transmitida pela
Tradição e pela Escritura, autenticamente in-
terpretada pelo Magistério, como Fonte da Ca-
tequese
Proporcionar uma introdução à Bíblia, devido
ao lugar que ela ocupa na Catequese
Discernir alguns
critérios para a apresentação
da Mensagem Evangélica
Apresentar o CIC como a síntese da fé da Igreja
para o mundo de hoje
INTRODUÇÃO
Já descobrimos a tarefa específica da Catequese, identificámo-
-nos com ela, sentimos as suas exigências e a nossa responsabili-
dade como chamados por Deus e dispostos à renovação contínua
do nosso sim à tarefa catequética, que nos é confiada, na Igreja. É o
momento de iniciarmos, neste terceiro módulo, o aprofundamento
da mensagem que temos de transmitir.
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Módulo III – O que anuncia a catequese
63
Guia do Formador
1
Dificuldades no anúncio da Boa Nova
(50 min)
Responder às perguntas
64
Módulo III – O que anuncia a catequese
65
Guia do Formador
66
Módulo III – O que anuncia a catequese
2
O que anunciar hoje ?
(70 min)
Cada grupo lê um dos seguintes conjuntos de textos:
1º grupo: Gen 12, 1-3 e Lc 2, 10-12;
2º grupo: Gen 17, 1b-8 e Mt 7, 24-29;
3º grupo. Ex 3, 7-10 e Jo 6, 68;
4º grupo: Is 7, 10-14 e Jo 7, 32-47;
5º grupo: Is 9, 1-6 e Mt 5, 13-20;
6º grupo: Is 61, 1-2 e Lc 4, 16-21;
7º grupo: Jer 31, 31-33 e Mt 5, 1-12.
Responder às perguntas
Cada grupo elabora uma oração, a partir dos textos bíblicos
que reflectiu, para pedir o dom do anúncio, que desperta a
fé em Jesus Cristo.
67
Guia do Formador
Comunicação da reflexão dos grupos
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Módulo III – O que anuncia a catequese
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Guia do Formador
2.4.1. Introdução
A Bíblia é o livro por excelência de muitos milhões de crentes (ju-
deus e cristãos). Ao longo dos séculos, muitas gerações têm alimentado
a sua fé e descoberto os caminhos de Deus para a sua vida através dela.
Ainda hoje a Bíblia continua a ser o livro mais divulgado em
todo o mundo. Está traduzido em todas as línguas e é permanente-
mente objecto de estudo de teólogos, arqueólogos e historiadores.
Apesar deste interesse, para muitos cristãos, sobretudo entre
católicos, ela é ainda desconhecida.
Vamos apresentar a Bíblia com a finalidade de ajudar os cate-
quistas a descobri-la e a deixarem-se penetrar pela sua mensagem,
de modo a poderem transmiti-la fielmente.
70
Módulo III – O que anuncia a catequese
71
Guia do Formador
72
Módulo III – O que anuncia a catequese
73
Guia do Formador
74
Módulo III – O que anuncia a catequese
2.5. Oração
TU FALAS, SENHOR
Fazer silêncio para Te ouvir, fazer silêncio para escutar a Tua Palavra,
que não é uma coisa, mas uma Pessoa,
o Verbo feito carne...
o Teu Amado Filho...
Mas as minhas trevas não recebem a Luz,
o meu coração não é nobre e virtuoso,
a Tua Palavra bate, mas eu nem sempre abro o coração,
não disponho a alma para Te receber...
Por isso, ando triste, vazio...
sedento e insatisfeito...
75
Guia do Formador
Ajuda-me, Senhor,
a receber o Teu Filho, a Tua Palavra,
para que eu fique n’Ele e Ele em mim...
para que o meu coração produza fruto em abundância,
para que as minhas trevas dêem lugar à Tua Luz.
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Módulo III – O que anuncia a catequese
3
Que anúnco faz hoje a Igreja ?
(60 min)
A fé professada A fé celebrada
I PARTE II PARTE
A Profissão de fé A celebração do mistério cristão
1ª Secção 1ª Secção
Eu creio – Nós cremos A economia sacramental
• O homem é “capaz” de Deus O Mistério Pascal no tempo da Igreja
• Deus ao encontro do Homem • A Liturgia, obra da Santíssima Trindade
• A resposta do Homem a Deus – • O Mistério pascal nos Sacramentos da Igreja
Eu creio – Nós cremos – Os sacramentos de Cristo
– Os sacramentos da Igreja
2ª Secção – Os sacramentos da fé
A Profissão da Fé Cristã – Os sacramentos da salvação
• Creio em Deus Pai – Os sacramentos da vida eterna
– Deus A celebração sacramental do Mistério Pascal
– O Pai • Celebrar a Liturgia da Igreja
– O Todo Poderoso – Quem, como, quando, onde
– O Criador • Diversidade Litúrgica e unidade do mistério
– O Céu e a Terra
– O Homem 2ª Secção
– A queda Os sete sacramentos da Igreja
• Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus Os sacramentos da iniciação cristã
– Filho de Deus/concebido pelo Espírito/ • O sacramento do Baptismo
/ nascido da Virgem Maria/Fez-se homem • O sacramento da Confirmação
– Os mistérios da vida de Cristo • O sacramento da Eucarístia
– Padeceu, foi crucificado, morto e sepultado
– Desceu aos infernos e ressuscitou dos mortos Os sacramentos de cura
– Subiu aos céus e está à direita do Pai • O sacramento da Penitência e da Reconciliação
– Virá julgar os vivos e os mortos • A unção dos Enfermos
• Creio no Espírito Santo Os sacramentos do serviço da comunidade cristã
• Creio na Santa Igreja Católica • O sacramento da Ordem
– A Comunhão dos Santos • O sacramento do Matrimónio
– Maria, Mãe de Cristo, Mãe da Igreja As outras celebrações litúrgicas
• Creio na remissão dos pecados • Os sacramentais
• Creio na ressurreição da carne • As exéquias cristãs
• Creio na vida eterna
– O Juízo
– O Céu
– O Purgatório
– O Inferno
– A esperança dos novos céus e da nova terra
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Guia do Formador
A fé vivida A fé rezada
III PARTE IV PARTE
A vida em Cristo A oração cristã
1ª Secção 1ª Secção
A vocação do homem: A oração na vida cristã
a vida no Espírito A revelação da oração
A dignidade da pessoa humana • O apelo universal à oração
• O Homem Imagem de Deus – No Antigo Testamento
• A nossa vocação à bem aventurança – Na plenitude do tempo
• A liberdade do homem – No tempo da Igreja
• A moralidade dos actos humanos
A tradição da oração
• A moralidade das paixões
• As fontes da oração
• A consciência moral
• O caminho da oração
• As virtudes
• Os guias para a oração
• O pecado
A vida de oração
A comunidade humana
• As expressões da oração
• A pessoa e a sociedade
• O combate da oração
• A participação na vida social
• A oração da hora de Jesus
• A justiça social
A salvação de Deus: a lei e a graça 2ª Secção
• A lei moral A oração do Senhor
• Graça e justificação “Pai Nosso”
• A Igreja, mãe e educadora O resumo de todo o Evangelho
Pai Nosso que estais nos céus
2ª Secção
Os dez mandamentos As sete petições
Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu A doxologia final
coração,
com toda a tua alma e com todas as tuas forças
Mandamentos 1 a 3
Amarás o teu próximo como a ti mesmo
Mandamentos 4 a 10
78
Módulo III – O que anuncia a catequese
Ler os textos:
EN 25; Conteúdo essencial e elementos secundários
EN 26-27; Testemunho do amor do Pai e a salvação
em Jesus Cristo, no centro da mensagem
CT 6-7; Transmitir a doutrina de Cristo /Cristo ensina
DGC 97; Critérios para a apresentação da mensagem
DGC, 120; O Catecismo da Igreja Católica e o Direc-
tório Geral da Catequese
DGC, 121; A finalidade e a natureza do Catecismo da
Igreja Católica
DGC, 125; O «Depósito da fé» e o Catecismo da Igreja
Católica
DGC, 127 e 128; A Sagrada Escritura, o Catecismo
da Igreja Católica e a Catequese
Responder às perguntas
79
Guia do Formador
Comunicação da reflexão dos grupos
80
Módulo III – O que anuncia a catequese
Algumas características do ser humano actual
e do espaço sóciocultural em que se movimen-
ta.
Que o homem de hoje é sensível aos valores do
Evangelho: é urgente dar-lhe, não apenas aquilo
que ele pede, mas aquilo de que precisa: a Boa
Nova para hoje.
Que a Palavra de Deus, transmitida pela Tra-
dição e pela Escritura e autenticamente inter-
pretada pelo Magistério, é a fonte de todos os
conteúdos catequéticos.
A Bíblia, como lugar de encontro entre Deus e o
homem, tem lugar central na Catequese.
A Pessoa de Jesus Cristo como Plenitude de toda
a Bíblia.
Aceitámos como critérios para a apresentação
da Mensagem Evangélica:
– Centrada em Jesus Cristo, que nos introduz na
dimensão Trinitária;
– Centrada no Dom da Salvação, com carácter
eclesial, histórico e salvador do homem concre-
to, marcado historicamente;
81
Guia do Formador
– Inculturada e íntegra;
– Orgânica e hierarquizada, de tal modo que se
torne significativa para a vida da pessoa hu-
mana;
– Seja anúncio da fé da Igreja, (conduzida pelo
Espírito Santo), dos Apóstolos, dos Mártires,
dos Santos, dos Pastores;
– Tenha em conta as formulações da Fé: os Sím-
bolos, Fórmulas litúrgicas e Orações Eucarís-
ticas.
O CIC como a síntese da Fé da Igreja para o mun-
do de hoje e referência segura para o Anúncio
da Boa Nova.
82
Módulo III – O que anuncia a catequese
VOCABULÁRIO DO CATEQUISTA
83
Guia do Formador
85
Guia do Formador
86
Módulo III – O que anuncia a catequese
87
MÓDULO IV
(180 min)
MATERIAL A UTILIZAR
89
Guia do Formador
INTRODUÇÃO
Este módulo, que vamos começar, não pretende apenas uma respos-
ta directa à questão: A quem anuncia o catequista? Quem catequizar?
Se assim fosse, a resposta seria curta: anunciar a todos. Precisamos
de uma Catequese para todas as idades, para todas as circunstâncias.
Vai mais longe o nosso intento, no sentido de identificar e
caracterizar cada uma das fases etárias, perscrutando as suas ne-
cessidades e potencialidades.
É o que vamos fazer, depois de, nos módulos precedentes, ter-
mos esclarecido algumas ideias de base sobre a tarefa catequética
da Igreja, que esta nos confia como seus porta-vozes.
90
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
91
Guia do Formador
1
A identidade
dos destinatários da catequese
(80 min)
O Catequista Formador apresenta, no final da comunicação
dos grupos, em acetato ou cartaz o quadro que se segue, sintetizando
e organizando mais as características psicológicas de referências
fundamentais para cada fase.
92
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
93
Guia do Formador
94
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
2
A Palavra de Deus
deve ser anunciada a toda a humanidade
(40 min)
Cada bina recebe dois textos bíblicos, um do AT e outro do
NT.
Sugerimos os seguintes:
1º grupo: Is 2, 2-5 e Mt 28, 18-20;
2º grupo: Is 2, 2-5 e Jo 4, 7-10 ;
3º grupo: Is 49, 5-7 e Act 10, 44-48;
4º grupo: Is 49, 5-7 e Lc 10, 25-37;
5º grupo: Is 55, 3-5 e Act 1, 6-8.
6º grupo: Mc 10, 13-17 e Mt 17, 14-22; 19, 16-22
Leitura e reflexão pessoal dos textos atribuídos a cada bina,
para partilhar as suas impressões, com base na pergunta:
95
Guia do Formador
Comunicação da reflexão das binas.
96
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
3
Todos precisam de ser catequizados
(60 min)
97
Guia do Formador
98
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
99
Guia do Formador
Apresentação dos Catecismos e Guias do Catequista
correspondentes a cada ano do Itinerário Catequético.
O Catequista Formador apresenta os Catecismos, Guias do
Catequista e material de apoio para os dez anos do Itinerário
Catequético da Infância e Adolescência.
100
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
101
Guia do Formador
102
Módulo IV – A quem anuncia o catequista
VOCABULÁRIO DO CATEQUISTA
PEDAGOGIA – Ciência da educação ou do acto de educar.
Vem do grego: conduzir a criança. Considerando que educar é fazer
caminho com a criança (pessoa), facilitando, com propostas de
meios ou experiências e situações que promovam a aprendizagem,
o seu desenvolvimento integral. A pedagogia é a educação segundo
determinada concepção de vida e de acordo com os processos e
técnicas mais adequadas e eficientes para atingir o fim desejado.
PSICOLOGIA – Estudo do comportamento do ser humano, do
seu desenvolvimento (na interacção da sua totalidade, biológica,
psíquica, socioafectiva, relacional e moral), da sua maneira de ser,
temperamento, carácter, personalidade, inteligência, capacidade
de aprendizagem.
PSICO-PEDAGOGIA – Pedagogia que se fundamenta nos
conhecimentos psicológicos.
103
MÓDULO V
(180 min)
MATERIAL A UTILIZAR
105
Guia do Formador
INTRODUÇÃO
106
Módulo V – Como anuncia o catequista
107
Guia do Formador
1
o itinerário catequético
(40 min)
108
Módulo V – Como anuncia o catequista
Recolha das respostas (tendo em conta alguns aspectos):
• Beleza (cor, textura, perfume...)
• Evocação de um local, acontecimento, pessoa...
• Manifestação de vida, do poder criador de Deus...
– Leitura do texto:
A flor e os discípulos de Buda
Buda um dia mostrou aos seus discípulos uma flor e pediu-
-lhes que dissessem uma coisa qualquer a seu respeito.
Olharam, em silêncio, para a flor por certo tempo e, logo,
um deles sobre ela fez uma erudita prelecção.
Um outro fez sobre ela uma poesia e um terceiro compôs
uma parábola, tentando cada qual superar o seu colega em
arte e profundidade.
Mahakashyap, porém, olhou a flor, sorriu silencioso... E
nada disse.
Apenas ele tinha visto a flor!
De o “Canto do Pássaro” (A. de Mello)
109
Guia do Formador
110
Módulo V – Como anuncia o catequista
111
Guia do Formador
2
Apresentação de uma catequese
(80 min)
112
Módulo V – Como anuncia o catequista
Reflexão sobre a catequese feita, confrontando-a com os ele-
mentos do esquema da catequese anteriormente apresentado.
Responder às perguntas
113
Guia do Formador
114
Módulo V – Como anuncia o catequista
115
Guia do Formador
3
Fidelidade a Deus e Fidelidade ao homem
(60 min)
Responder à pergunta
116
Módulo V – Como anuncia o catequista
Responder à pergunta
Comunicação da reflexão dos grupos
117
Guia do Formador
3.3. Oração / Cântico: Guiado pela mão ou: Deus está aqui.
15 7
Pode usar-se também a seguinte Oração:
119
Guia do Formador
A importância do grupo de catequese que, para
além da sua importância didáctica para o cres-
cimento integral, é “uma forma de participação
na vida eclesial, encontrando na comunidade eu-
carística a sua meta e a sua plena manifestação”
(DGC 159).
120
Módulo V – Como anuncia o catequista
VOCABULÁRIO DO CATEQUISTA
121
Guia do Formador
122
A modo de conclusão, convém, com base num breve aponta-
mento sobre o Curso, abrir para a necessidade de continuar esta
formação com o Curso Geral I e II e perseverar na actualização e
formação permanente do catequista.
De facto, ele não pode ser apenas o agente da catequese, mas
tem que ser, ele próprio, destinatário da mesma, cuidando todas
as vertentes:
– A formação bíblico-teológica e litúrgica
– Psico-pedagógica
– Espiritual
Ficámos, ao longo do Curso, com a noção da exigência desta
tarefa catequética que nos alegra, ao mesmo tempo, porque Deus
no-la confiou a nós. Temos consciência de que “não se pode ser
mestre e pedagogo da fé de outros se não se é discípulo convicto e fiel de
Cristo na Sua Igreja” (DGC 142).
Valeu a pena este Curso se ele nos abriu o apetite para tanta
coisa que precisamos de descobrir e aprender. Cumpriu a sua
missão se, para além de nos conferir a “Iniciação” no ministério
catequético, nos despertou para a necessidade da nossa formação
de catequistas e nos abriu horizontes; se nos fez ver mais longe,
para além do nosso grupo de catequese e mesmo se nos permite
olhar, agora, o nosso grupo de catequese e o valor da nossa acção
com outro alcance, porque muito nos transcende: é uma tarefa en-
volvente na qual nos reconhecemos sem narcisismos, valorizando
e facilitando a acção de Deus no mais íntimo de cada pessoa.
123
ANEXO I
A. Magistério
1. Evangelli Nuntiandi
2. Cathechesi Tradendae
3. CIC,nº 6
B. Outros textos
1. o Acolhimento em catequese
2. A Pedagogia Divina
3. Fidelidade a Deus
e fidelidade ao homem
127
A.
MAGISTÉRIO
1. Evangellii Nuntiandi
Importância primordial do testemunho da vida
21. E esta Boa Nova há-de ser proclamada, antes de mais, pelo teste-
munho. Suponhamos um cristão ou punhado de cristãos que, no seio da
comunidade humana em que vivem, manifestaram a sua capacidade de
compreensão e de acolhimento, a sua comunhão de vida e de destino com
os demais, a sua solidariedade nos esforços de todos para tudo aquilo que
é nobre e bom. Assim, eles irradiam, dum modo absolutamente simples
e espontâneo, a sua fé em valores que estão para além dos valores cor-
rentes, e a sua esperança em qualquer coisa que não vê e que não seria
capaz sequer de imaginar. Por força deste testemunho sem palavras, estes
cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas
imprescindíveis: porque é que eles são assim? Porque é que eles vivem
daquela maneira? O que é – ou quem é – que os inspira? Porque é que
eles estão connosco?
Pois bem um semelhante testemunho constitui já proclamação silen-
ciosa, mas muito valorosa e eficaz da Boa Nova. Nisto há já um gesto
inicial de evangelização. Daí as perguntas que talvez sejam as primeiras
que se põem muitos não-cristãos, quer se trate de pessoas às quais Cristo
nunca tinha sido pronunciado, ou de baptizados não praticantes, ou de
pessoas que vivem em cristandades mas segundo princípios que não são
nada cristãos, quer se trate, enfim, de pessoas em atitude de procurar,
não sem sofrimento, alguma coisa ou Alguém que elas adivinham, sem
conseguir dar-lhe o verdadeiro nome. E outras perguntas surgirão, depois,
mais profundas e mais de molde a ditar um compromisso, provocadas
pelo testemunho aludido que comporta presença, participação e solida-
riedade e que é um elemento essencial, geralmente o primeiro de todos,
na evangelização.
129
Todos os cristãos são chamados a dar este testemunho e podem ser,
sob este aspecto, verdadeiros evangelizadores. E aqui pensamos de modo
especial na responsabilidade que se origina para os migrantes nos países
que os recebem.
130
Testemunho dado do amor do Pai
A catequese
131
crianças e a dos adolescentes, tem necessidade de aprender, mediante um
sistemático ensino religioso, os dados fundamentais, o conteúdo vivo da
verdade que Deus nos quis transmitir, e que a Igreja procurou exprimir
de maneira cada vez mais rica, no decurso da sua história. Depois, que
um semelhante ensino deva ser ministrado para educar hábitos de vida
religiosa e não para permanecer apenas intelectual, ninguém o negará.
É fora de dúvida que o esforço de evangelização poderá tirar um gran-
de proveito deste meio do ensino catequético, feita na Igreja, ou nas
escolas onde isso é possível, e sempre nos lares cristãos; isso, porém
se os catequistas dispuserem de textos apropriados e actualizados com
prudência e com competência, sob a autoridade do Bispo. Os métodos,
obviamente, hão-de ser adaptados à idade e à cultura e à capacidade das
pessoas, procurando sempre fazer com que eles retenham na memória, na
inteligência e no coração, aquelas verdades essenciais que deverão depois
impregnar toda a vida. Importa sobretudo preparar bons catequistas –
catequistas paroquiais, mestres e pais – que se demonstrem cuidadosos
em se aperfeiçoar constantemente nesta arte superior, indispensável e
exigente do ensino religioso. Além disso, sem minimamente negligenciar,
seja em que aspecto for, a formação religiosa das crianças, verifica-se que
as condições do mundo actual tornam cada vez mais urgente o ensino
catequético, sob a forma de um catecumenato, para numerosos jovens
e adultos que, tocados pela graça descobrem pouco a pouco o rosto de
Cristo e experimentam a necessidade de a Ele se entregar.
2. catechesi tradendae
Ordem final de Cristo
132
Ao mesmo tempo, confiava-lhes ainda a missão e o poder de explicarem
com autoridade aquilo que Ele lhes tinha ensinado, as suas palavras e os
seus actos, os seus sinais e os seus mandamentos. E dava-lhes o Espírito
Santo, para realizarem tal missão.
Bem depressa se começou a chamar catequese ao conjunto dos es-
forços envidados na Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens
a acreditarem que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, mediante a fé,
tenham a vida em Seu nome, para os educar e instruir quanto a esta vida
e assim edificar o Corpo de Cristo. A Igreja nunca deixou de consagrar
a tudo isto as suas energias.
133
contacto mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente
Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar na vida
da Santíssima Trindade.
Cristo ensina
134
todas as maneiras as dos «mestres» em Israel, em virtude daquela ligação
única que existe entre aquilo que Ele faz e aquilo que Ele é. Contudo,
permanece o facto de os Evangelhos nos relatarem claramente momen-
tos em que Jesus «ensina». Jesus foi fazendo e ensinando»; nestes dois
verbos que introduzem o livro dos Actos dos Apóstolos, São Lucas une
e distingue ao mesmo tempo os dois pólos da missão de Cristo.
Jesus ensinou. É esse o testemunho que Ele dá a si mesmo: «Eu estava
todos os dias no Templo a ensinar». É essa também a observação que
fazem cheios de admiração os Evangelistas, surpreendidos por O verem
ensinar sempre e em qualquer lugar, e fazê-lo duma maneira e com uma
autoridade desconhecidas até então. «De novo acorreu a Ele muita gente
e, como de costume, pôs-se outra vez a ensiná-la»; «E maravilharam-se
por causa da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autori-
dade». O mesmo atestam os seus adversários, para daí tirarem motivo
de acusação e de condenação: «Ele subleva o povo, ensinando por toda
a Judeia, a começar da Galileia até aqui».
135
É somente em profunda comunhão com Ele que os catequistas
encontrarão luz e força para uma desejável renovação autêntica da
catequese.
136
há identificação pura e simples, mas existem sim relações íntimas de
integração e de complementaridade recíproca.
A Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, de 8 de Dezembro
de 1975, sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo, frisava
bem que a evangelização – cuja finalidade é levar a Boa Nova a toda a
humanidade, a fim de que esta a viva – é uma realidade rica, complexa
e dinâmica, constituída por elementos ou, se se preferir, de momentos,
essenciais e diferentes entre si, que é preciso saber abranger com uma
visão de conjunto, na unidade de um único movimento. A catequese é
um desses momentos de todo o processo da evangelização. E como ele
há-de ser tido em conta!
137
religiosa em nome da liberdade. Por fim, os próprios adultos não estão
livres das tentações da dúvida ou do abandono da fé, especialmente sob
influência do meio ambiente incrédulo. Tudo isto equivale a dizer que a
«catequese» muitas vezes há-de ter a preocupação, não só de alimentar
e esclarecer a fé, mas também de a avivar incessantemente com a ajuda
da graça, de lhe abrir os corações, de converter e preparar aqueles que
ainda estão no limiar da fé para uma adesão global a Jesus Cristo. Tal
cuidado ditará, pelo menos em parte, o tom, a linguagem e o método da
catequese.
138
antes de mais, em abandonar-se à Palavra de Deus e apoiar-se nela; mas
comporta também, num segundo momento, o esforçar-se por conhecer
cada vez melhor o sentido profundo dessa Palavra.
24. A catequese, por fim, tem uma ligação íntima com a acção res-
ponsável da Igreja e dos cristãos no mundo.
139
Aqueles que aderem a Jesus Cristo pela fé e se esforçam por conso-
lidar essa fé na catequese, têm necessidade de viver em comunhão com
outros que deram o mesmo passo.
A catequese corre o risco de se esterilizar, se uma comunidade de fé e
vida cristã não acolher o catecúmeno a certo passo da sua catequização.
É por isto que a comunidade eclesial, a todos os níveis, é duplamente
responsável em relação à catequese: antes de mais, tem a responsabili-
dade de prover à formação dos próprios membros; depois, também a de
os acolher num meio ambiente em que possam viver o mais plenamente
possível aquilo que aprenderam.
A catequese está igualmente aberta ao dinamismo missionário. Se for
bem conduzida, os próprios cristãos terão a peito dar testemunho da sua
fé, transmiti-la aos filhos, dá-la a conhecer a outros e servir de todas as
maneiras a comunidade humana.
140
B.
OUTROS TEXTOS
1. o acolhimento em catequese
O Acolhimento que nos é feito por uma pessoa ou grupo, influi imenso
no tipo de relação a estabelecer com essa pessoa ou grupo.
Somos extremamente sensíveis ao acolhimento que nos fazem.
Normalmente, as grandes amizades entre as pessoas, a partilha, o
Encontro têm a sua raiz num bom acolhimento.
Para conseguir um bom acolhimento que o seja de verdade, é preciso:
“saber ver”, “saber ouvir”, “saber falar”, “dialogar”, “reflectir”, saber
“estar com”, “compreender”...
A ALEGRIA é uma componente indispensável a um bom acolhimento.
ACOLHER é estar para o outro ou para os outros, é estar “para e
com”, é colocar-se numa atitude de pobreza, disponibilidade, serviço,
amor. Compromete a totalidade da acção do catequista.
“Nenhuma metodologia pode dispensar a pessoa do catequista, em
cada uma das fases do processo catequético, por mais experimentada
que essa metodologia possa ser. (...)
O catequista é, intrinsecamente, um mediador que facilita a comu-
nicação entre as pessoas e o mistério de Deus, dos sujeitos entre si e
com a comunidade. (...)
Enfim, a relação do catequista com o destinatário da catequese é de
fundamental importância. Tal relação constrói-se através de uma paixão
educativa, de engenhosa criatividade, de adaptação e, ao mesmo tempo,
de máximo respeito pela liberdade e pelo amadurecimento da pessoa”
(DGC 156).
Deste modo supõe-se antes de tudo que o catequista terá de ser “mestre
em acolhimento”, pois o papel do catequista é muito mais importante
que o dos textos e outros instrumentos de trabalho. É preciso sublinhar
a “pedagogia do coração” para que se dê e construa a relação de pessoa
a pessoa e destas com o Senhor.
141
Um bom acolhimento não é apenas exigência de uma boa Pedagogia
ou a Pedagogia da Fé; é antes, uma necessidade vital, pois cada vez
mais a criança tem necessidade de amar e ser amada, ouvida, escuta-
da... de experimentar em nós e no grupo esse AMOR DE DEUS QUE
A ENVOLVE.
a) O Acolhimento em Catequese
142
b) Como fazer?
143
Este segundo tempo de acolhimento, já dentro da sala, vai fazer mais
forte a amizade entre todos e vai criar ambiente para o ANÚNCIO DA
PALAVRA e consequente resposta de Fé.
O acolhimento humano será feito pelo catequista do pequeno grupo,
como já dissemos, dialogando sobre a semana que passou, motivos
de alegria e festa (ou mesmo de luto e dor), o que ouviram e viram na
televisão, etc.…
Cuidado! Não é uma ‘primeira catequese’, é apenas ACOLHIMENTO
e, por isso, “nada de sobrecarregar as crianças”.
Um bom acolhimento não é só exigência de uma boa pedagogia, mas
é, sim, uma necessidade grande. Dele vai depender toda uma caminhada
de Fé que vamos fazer.
Há que criar, num clima de muita liberdade um ambiente de silêncio;
silêncio mais interior do que exterior. Este silêncio não é um tempo morto,
mas de intensa actividade interior.
Deus só tem uma Palavra - é o Seu Filho Jesus - e di-la no eterno
silêncio e é no silêncio que a pessoa O escuta e acolhe.
144
2. a pedagogia divina
A pedagogia original da fé encontra o seu modelo na própria pedagogia
divina utilizada na Revelação (cf. C.T. 58)
145
destes acontecimentos da história da salvação mas também dos factos
actuais em que pode discernir-se o desígnio de Deus (cf. D.C.G. 11).
3. a fidelidade a deus
e fidelidade ao homem
A força da Palavra de Deus
146
Deus se propague cada vez mais (cf. Act. 6, 4-7). Não domina a Palavra,
não dispõe dela para sua utilidade ou projecção pessoal. É a Palavra de
Deus que dispõe dele, que o domina. Esta fidelidade foi vivida intensa-
mente pelos profetas, por Jesus Cristo e pelos apóstolos.
A eficácia da catequese depende prioritariamente da eficácia da Pa-
lavra de Deus e não da sabedoria ou arte do catequista. Desta persuasão
dá testemunho São Paulo: «A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em discursos persuasivos da sabedoria humana mas na ma-
nifestação do Espírito e do poder divino, para a nossa fé não se apoiar na
sabedoria dos homens mas no poder de Deus (1 Cor. 2, 4-5). A «Catechesi
Tradendae» insiste na mesma recomendação: «na pedagogia da fé não
se trata simplesmente de transmitir um saber humano, por mais elevado
que se considere: trata-se de comunicar na sua integridade a Revelação
de Deus» (cf. C.T. 58 e 59).
A fidelidade de Deus não nos permite, portanto, calar os aspectos
menos agradáveis ou menos simpáticos à sensibilidade das pessoas de
hoje. É uma tentação antiga, que já São Paulo denuncia, mas que ainda
hoje se repete: «Prega a Palavra, insiste oportuna e inoportunamente,
repreende, censura e exorta com bondade e doutrina. Porque virá o
tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina. Desejosos de
ouvir novidades escolherão para si uma multidão de mestres, ao sabor
das suas paixões e hão-de afastar os ouvidos da verdade, aplicando-o às
fábulas” (2Tim. 3, 2-4).
147
sua benevolência e tendo em conta as suas expectativas, de modo que a
Palavra de Deus seja viva e significativa para a sua vida real.”
Excerto de D. Manuel Pelino Domingues,
Conteúdo e Pedagogia da Fé, em Catequese em Renovação
edição do SNEC, Lisboa, 1990 (pp.82-83).
148
Mas neste nosso tempo há habitualmente uma separação: a linguagem
corrente, altamente influenciada pela publicidade, separa a palavra da
experiência, enquanto a experiência é também banalizada pela pala-
vra. A palavra é desventrada e esvaziada de sentido pela experiência.
Procurar combinar as palavras com as experiências ou as experiências
com as palavras pode tornar-se um exercício inútil. Podemos ficar sem
palavras, ou viver na incoerência, utilizando palavras que nos separam
da vida.
149
a experiência da palavra, esvazia esta do mistério. Pior ainda é oferecer
explicações detalhadas da experiência quando a única atitude adequada
é talvez o silêncio. É possível sepultar uma experiência debaixo de uma
catadupa de palavras.
Há experiências que transcendem as palavras, que são indizíveis:
são manifestações do Mistério. Talvez se possa ser iniciado nelas, mas
a melhor iniciação é mergulhar nelas.
Que experiências utiliza o catequista? Toda a espécie de situações
vividas pelo Cristo total: esses inumeráveis acontecimentos das vidas
dos seres humanos, que são vividos por eles, que afectam as suas almas
e os seus corpos, que suscitam neles a esperança, que os apoiam através
das adversidades, que os enchem de alegria.
Experiência e Palavra conduzem ao Mistério.
Unir a Palavra à experiência é muito mais do que um simples método:
é entrar numa dinâmica. Uma determinada forma de ser e estar é mais
do que uma moda ou um estilo; estes podem ser extrínsecos.
O método só por si pode tornar a experiência oca, falsa, sem sentido.
Uma verdadeira dinâmica, capaz de unir palavra e experiência, é algo
que assenta na interioridade, que resulta de uma convicção profunda.
A chave está na fé, no encontro que leva à conversão: “Ele amou-me e
entregou-se por mim” (Gal. 2, 20).
Unir a Palavra e a experiência é iniciar no mistério. A descoberta pelas
crianças dos laços entre a Palavra e a experiência pode trazer, tanto a
uma como à outra, uma incomparável novidade. E a frescura de que se
revestem para as crianças pode levar-nos a nós, catequistas, a parar no
tempo e a vê-las como que pela primeira vez. Assim, elas convertem-
-nos também a nós e fazem-nos encarar a realidade de uma outra forma.
É como se fizéssemos estalar uma membrana que nos envolvia e nos
encontrássemos com a realidade de um modo totalmente diferente.
Estabelecem-se novos laços entre nós e a realidade. A Palavra tem para
nós um som novo, a realidade toma outra cor. Tornamo-nos pessoas
diferentes, porque a realidade se apodera de nós.
Este encontro inefável entre a Palavra e a experiência acontece no
silêncio. E, quando se encontram, o mistério torna-se presente, Cristo
está connosco.
150
A capacidade de dar testemunho, de deixar transparecer através de
si a Boa Nova, é uma das consequências da união entre a Palavra e a
experiência. As pessoas transparentes são as que evangelizam realmente.
A transparência é uma característica que assume tantas formas quantas
as pessoas que existem. É a qualidade diáfana daquele que acredita e que
empresta força àquilo que ele faz.
Essas pessoas tomam cada vez mais consciência da presença de Deus
na sua vida, até poderem dizer, como Santa Teresinha: “Em ti, Jesus,
tenho todas as coisas!”
Pe. James H. McCarthy
Director do Departamento de Catequese
Especial da Diocese de Chicago
(Adaptação de Maria Luisa Paiva Boléo)
151
que nos afectou a todos. Tínhamos sido felizes em conjunto. Tínhamos
partilhado o convívio, a comida, a alegria e o riso. Tinha sido bom es-
tarmos juntos.
Agora, ao recordá‑lo tínhamos consciência dela a um nível diferente.
A experiência recordada ganhara profundidade.
Enquanto falávamos, os “nossos corações estavam a arder” e os nossos
rostos resplandeciam de alegria. Isso recordou‑me as palavras de alguém
sem fé que terá dito acerca dos cristãos: “teriam de cantar melhor para
que eu pudesse aprender a ter fé no Redentor deles. Os discípulos de um
tal Redentor deviam parecer mais redimidos”.
O nosso pequeno grupo parecia de facto redimido ao contar de novo
a história evocada.
Fiquei perfeitamente fascinada por este irromper de recordações tão
real para os nossos amigos como para nós, catequistas; e isso levou‑me a
reflectir sobre a utilização que fazemos da memória na nossa catequese.
As recordações de Kirkintilloch foram evocadas pela palavra falada.
Na nossa catequese, no grupo etário das crianças com quem trabalhamos,
usamos a maior parte das vezes um objecto para fazer essa evocação. Um
simples objecto, como uma caixa de música, pode evocar um círculo de
rostos sorridentes e memórias de canções alegres: as canções que canta-
mos nos nossos convívios; os cânticos utilizados nas celebrações; aquilo
que cantamos enquanto limpamos o pó; as canções “pop” etc.… Gostar
de música é uma experiência universal, mas torna‑se personalizada na
história de cada um.
O cartão que enviamos no início de cada novo ano evoca a memória
dos sentimentos de cada um ao tirar o envelope da caixa do correio, ao
abri‑lo, procurando o nome, o dia, o mês... É comum a todos querer
pertencer a alguém, ser feliz, fazer parte de alguma coisa.
Estes exemplos descrevem aquilo que nós em catequese, chamamos
a evocação da Experiência Humana. A experiência de vida de cada um
de nós é o maior “dom” que temos, mas se não reflectirmos sobre ela e
não a recordarmos (se não o trouxermos ao coração) o seu significado
profundo perder-se-á.
Na catequese também evocamos recordações de experiências litúrgi-
cas partilhadas. Isto pressupõe, evidentemente, que o grupo tenha vivido
152
em conjunto experiências litúrgicas. Esta reflexão sobre a experiência
vai muito na linha de corresponder à recomendação da Igreja no Direito
Canónico...
“As pessoas são instruídas com maior fruto, através de uma forma-
ção catequética, depois de terem recebido os sacramentos”. (Cânone
777).
Os catequizandos recordarão facilmente a experiência de transpor-
tar solenemente o Livro da Palavra de Deus; de levar o pão ao altar;
de receber a comunhão; de dar ou receber o abraço da paz, de cantar:
Santo, Santo... etc. O acontecimento saboreado atinge uma nova pro-
fundidade.
(...) Em cada catequese recordamos também as palavras de Jesus ou
de um dos seus amigos. A Palavra de Deus confrontada com as nossas
memórias pessoais (Experiência Humana), projecta a sua luz gloriosa
nas nossas “histórias”. A nossa vida quotidiana, as nossas histórias
pessoais tornam‑se o “jardim’’ onde nos encontramos com o Senhor
ressuscitado.
Este recordar ou reflectir sobre a nossa experiência de vida tem um
exemplo clássico na história dos dois discípulos a caminho de Emaús.
Foi pouco depois da crucificação e os dois amigos estavam bastan-
te deprimidos (Lc. 24,13). Jesus sabia melhor do que ninguém o que
acontecera nos dias anteriores, mas leva‑os a contar a história: “Que
conversas são essas que ides tendo pelo caminho?” Eles não contam só
os factos, mas também a forma como os acontecimentos os afectaram
a eles: “Nós esperávamos que ele fosse o que havia de libertar Israel”...
Tendo apelado para as memórias deles, Jesus leva‑os a dar um passo
mais.
“Começando por Moisés e por todos os profetas, explicava‑lhes o que
dele se encontrava dito em todas as Escrituras” (Lc 24,27).
Jesus ajuda os discípulos a ver que a sua história e parte de uma
história maior e que a sua visão não é tão ampla como a que a Escritura
revela.
Os corações “ardiam‑lhe no peito”, embora ainda não soubessem que
era Jesus que estava com eles. Só quando partilham o mesmo pão à mesa
é que se lhes “abriram os olhos”.
153
O episódio de Emaús tem paralelos muito fortes com a nossa cate-
quese.
Recordamos as nossas histórias e visões pessoais e a Palavra de
Deus lembra‑nos que há uma história e uma visão mais amplas. O Jesus
de Emaús não ‘disse” aos discípulos o que deviam ‘ver”, mas esperou
pacientemente que fossem eles a ver. A catequese também é assim. Par-
tilhamos as nossas histórias. Ouvimos a Palavra de Deus. Recebemos a
sua mensagem e há um tempo e um espaço para deixarmos o significado
dessa Palavra entrar em nós. Ficamos em silêncio; não temos palavras;
com a admiração não sabemos o que dizer. No silêncio de uma música
interior deixamos que “uma harmonia maior se instale”.
Juntos experimentamos o silêncio como o repousar invisível nas mãos
de Deus; como a única voz do nosso Deus: “Precisamos desse silêncio
para deixar o significado que foi evocado encontrar um lugar de repouso
dentro de nós.
Precisamos desse silêncio para que “algo tome conta de nós”.
As recordações evocadas e vistas a uma nova luz têm o poder de nos
transformar. Chamam‑nos a ser testemunhas daquilo que sabemos. A
história dos discípulos de Emaús acabou assim: Quando os seus olhos
se abriram, partiram imediatamente para Jerusalém – uma caminhada
de 24 km para dar testemunho da ressurreição e partilhar com outros a
Boa Nova.
O passeio a Kirkintilloch foi de facto um acontecimento sagrado, mas
só o facto de o relembrar e que trouxe uma maior tomada de consciência,
a possibilidade de o ver de uma nova forma.
O nosso grupo de catequese partilha esta experiência convosco de
modo que seja vosso “o que vimos com os nossos olhos, o que contem-
plamos e as nossas mãos apalparam” (1Jo 1,1) para que a nossa alegria
possa ser vossa e a vossa alegria seja completa.
154
ANEXO II
1 A MESSE É GRANDE
21 O BOM PASTOR
2 AMAR COMO JESUS AMOU
22 O PROFETA
3 CIDADÃO DO INFINITO
23 PALAVRA DO SENHOR
4 CRISTO JESUS, TU ME CHAMASTE PROFETA
24
155
1 A MESSE É GRANDE
Texto: frei Miguel Negreiros
Música: frei Acílio Mendes
156
Eu vou contigo, meu Senhor,
Teu reino anunciar
De Vida, Paz e Amor.
Que os homens todos vem libertar.
Eu vou p’lo mundo com ardor
Chamar os meus irmãos
P’ra messe do Senhor:
Daremos todos as nossas mãos.
1. A messe é grande, infinda e sem fronteiras,
Mais profunda que o mar.
Faltam as mãos que lancem as sementes,
Braços para remar.
2. A messe é grande e há sede de água viva,
Passam rios no fundo!
Abram-se as fontes de quem sabe amar,
Dando frescura ao mundo.
3. A messe é grande e a gente para a monda,
Inda não apar’ceu.…
A messe é grande e o trigo já loureja:
Vem ceifeiro de Deus.
4. A messe é grande e o pão é abundante:
Venham mãos repartir!
Muitos têm fome e sede de justiça:
Quem lhes quer acudir?
5. A messe é grande e falta muita gente!
É preciso rogar
Ao Deus da messe que mande operários
Para o mundo salvar.
157
2 AMAR COMO JESUS AMOU
P. Zezinho
158
1. Um dia uma criança me parou,
Olhou-me nos meus olhos a sorrir;
Caneta e papel na sua mão,
Tarefa escolar para cumprir.
E perguntou, no meio de um sorriso
O que é preciso para ser feliz.
Amar como Jesus,
Sonhar como Jesus sonhou,
Pensar como Jesus pensou,
Viver como Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia,
Sorrir como Jesus sorria;
E, ao chegar ao fim do dia,
Eu sei que dormiria muito mais feliz. (Bis)
2. Ouvindo o que eu falei, ela me falou
E disse que era lindo o que eu falei;
Pediu que repetisse por favor,
Que não dissesse tudo de uma vez.
E perguntou de novo, num sorriso,
O que é preciso para ser feliz.
3. Depois que terminei de repetir,
Seus olhos não saíam do papel.
Toquei no seu rostinho a sorrir,
Pedi que ao transmitir fosse fiel.
E ela deu-me um beijo demorado
E ao meu lado foi dizendo assim.
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3 CIDADÃO DO INFINITO
P. Zezinho
160
1. Por escutar uma voz que disse
Que faltava gente p’ra semear,
Deixei meu lar e parti sorrindo
Assobiando p’ra não chorar.
Fui-me alistar entre os operários
Que deixam tudo para Te ir levar,
– E fui lutar por um mundo novo,
Não tenho lar, mas ganhei um povo. (bis)
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4 CRISTO JESUS, TU ME CHAMASTE
H. Faria
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5 DEIXA A GLÓRIA DE DEUS BRILHAR
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6 DEIXA DEUS ENTRAR
Ir. Maria Amélia Costa
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7 DEUS ESTÁ AQUI
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8 DEUS PRECISA DAS TUAS MÃOS
166
9 DEUS PRECISA DE TI
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10 ESTA LUZ PEQUENINA
J. Rocha Monteiro
168
11 ESTOU ALEGRE
Vou contar-te
Queres contar-me?
A razão de estar alegre assim, pa, pa, pa, ra, pa, pa
Cristo um dia me salvou
E também me transformou
E por isso alegre estou.
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12 EU IREI PROCLAMAR AO MUNDO
Odette Vercruysse
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13 EU PERGUNTEI POR MEU DEUS
P. Zezinho
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14 EU QUERO SER UM VASO NOVO
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15 GUIADO PELA MÃO
2. Se Jesus me diz:
“Amigo, deixa tudo e vem comigo!”
Como posso ser feliz sem ir com Ele?
Se Jesus me diz:
“Amigo, deixa tudo e vem comigo!”
Seguirei o Seu caminho, irei com Ele.
(In Canta Amigo Canta – 358)
173
16 IDE E ENSINAI
J. Rocha Monteiro
174
17 IDE POR TODO O MUNDO
175
18 JERUSALÉM, LOUVA O TEU SENHOR
Salmo 147 (F Santos)
176
19 NADA TEMO, PORQUE...
M. Luís
2. Se me colhe a tempestade
E o mar vai engolir a minha barca,
Nada temo, porque a PAZ está comigo.
3. Se me perco no deserto
E de sede me consumo e desfaleço,
Nada temo, porque a FONTE está comigo.
4. Se os amigos me deixarem
Em caminhos de miséria e orfandade,
Nada temo, porque o PAI está comigo.
5. Se mais nada me restar
E no mundo só achar desilusões
Nada temo, porque o CÉU está comigo.
(In Cantemos Todos – 196)
177
20 NÃO ADORES NUNCA NINGUÉM MAIS QUE A DEUS
178
21 O BOM PASTOR
Cartageno
179
22 O PROFETA
Texto: José Alberto
Música: A. Silva Ferreira
180
23 PALAVRA DO SENHOR
Frei Acílio
2. Palavra do Senhor:
Pão da minha fome!
Palavra da Salvação:
Fonte de água viva!
3. Palavra do Senhor:
Sol da minha noite!
Palavra da Salvação:
Paz na minha angústia!
4. Palavra do Senhor:
Força do meu Credo!
Palavra da Salvação:
Sempre Boa Nova!
(In Cassete: “A Messe é Grande” – n.º 6)
181
24 PROFETA
182
25 PROFETAS DO MUNDO NOVO
Letra e Música: frei Acílio Mendes
Harmonização: António José Lourenço
183
26 QUEM ME SEGUIR
Letra e música: frei Acílio Mendes
Harmonização: P. José Barbosa, frei Acílio Mendes
184
27 seduziste-me senhor
185
28 SEMEIA, DAREMOS FRUTO
Ir. M. Amélia Costa
186
29 SENHOR EU TENHO FOME
Ir. M. Amélia Costa
187
30 SENHOR, QUANTA ALEGRIA
C. Silva
2 4
Como são agradáveis as palavras Tu conheces, Senhor, as nossas vidas,
Que disseste à mulher samaritana! Conheces nossas dores e pecados;
Saber que Tu bebeste a nossa água, De ti nasce a fonte de águas vivas,
(Que) sentiste como nós a sede humana! O rio em que do mal somos lavados.
3 5
Mais forte do que a sede que sentimos Procurai o Senhor que vos procura,
Em nosso frágil corpo, cada dia, Vós que tendes sede de esperança!
É a sede que temos da Palavra Em Cristo encontrareis a eterna fonte
Que nasce do Senhor e nos sacia. Que vos dará a bem-aventurança.
188
31 SOU AINDA JOVEM… MAS SEI
Ir. M. Amélia Costa
189
32 TODA A BÍBLIA É COMUNICAÇÃO
190
33 Todos Unidos
C. Gabarain
2
Rugem tormentas e, às vezes, nossa barca
Parece que perdeu o timão. 3
Olhas com medo, perdeste a confiança, Todos nascidos num único baptismo,
Igreja peregrina de Deus. Unidos na mesma comunhão,
Uma esperança nos enche de alegria, Todos vivendo em uma só família,
Presença que o Senhor prometeu. Igreja peregrina de Deus.
Vamos cantando, connosco Ele caminha, Todos irmanados num único destino,
Igreja peregrina de Deus. Ligados pela mesma salvação,
Somos um corpo e Cristo é a cabeça,
Igreja peregrina de Deus.
(In Canta Amigo Canta – 123)
191
34 TU QUE NAS MARGENS DO LAGO
C. Gabarain
192
35 TUA PALAVRA DE AMOR
P. Zezinho
193
36 VAI DEPRESSA MENSAGEIRO
Letra: António Fernandes
Música: Mário Silva
194
37 VAI PELAS ALDEIAS
195
38 VEM SERVIR O HOMEM
Mário Silva
196
39 VIRÃO ADORAR-VOS
Salmo 71 (M. Luís)
197
40 VOU CANTAR UM HINO À VIDA
Letra e música: Mário Silva
198
INDICE
Apresentação . ........................................................................ 3
Observações Preliminares . .................................................... 7
Introdução . ............................................................................ 13
I. O que é a Catequese
Introdução ....................................................................... 22
1. A realidade da nossa catequese .................................... 24
2. Como catequiza Jesus . ................................................ 27
3. O que diz a Igreja acerca da catequese ......................... 31
Vocabulário do Catequista ............................................... 39
II. Quem é o Catequista
Introdução ....................................................................... 47
1. A imagem do Catequista .............................................. 48
2. A imagem do Catequista à luz da Bíblia ....................... 51
3. A imagem do Catequista à luz dos documentos
da Igreja .............................................................. 54
Vocabulário do Catequista ............................................... 59
III. O que anuncia a Catequese
Introdução ....................................................................... 62
1. Dificuldades no anúncio da Boa Nova .......................... 64
2. O que anunciar hoje? . ................................................. 67
3. Que anúncio faz hoje a Igreja ....................................... 77
Vocabulário do Catequista ............................................... 83
IV. A quem anuncia o Catequista
Introdução ....................................................................... 90
1. A identidade dos destinatários da Catequese ................ 92
2. A Palavra de Deus deve ser anunciada a toda
a humanidade . .................................................... 95
3. Todos precisam de ser catequizados ............................. 97
Vocabulário do Catequista ............................................... 103
V. Como anúncia o Catequista
Introdução ....................................................................... 106
1. O itinerário catequético ................................................ 108
2. Apresentação de uma catequese . ................................. 112
3. Fidelidade a Deus e fidelidade ao Homem . ................... 116
Vocabulário do Catequista ............................................... 121
Conclusão . ............................................................................. 123
Anexos . ................................................................................. 125
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Gráfica Almondina – Zona Industrial – 2351 Torres Novas Codex
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