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Complicações:
o Abscesso periamigdaliano é mais comum que o abscesso
retrofaríngeo. Ocorre com mais frequência em adolescentes. O quadro
clinico é clássico, caracterizado por intensificação da dor de garganta,
surgindo intensa disfagia e trismo em grau variado. O exame da
orofaringe demonstra um abaulamento inflamatório unilateral com
rechaço da amigdala e da úvula para o lado oposto. Conduta: internação
+ ATB venoso (Penicilina ou AMOX-CLAV) + drenagem.
*Indicações de cirurgia:
o Adenoidectomia + Amigdalectomia Apnéia obstrutiva do sono,
Hipertrofia amigdaliana associada à cor pulmonale
o Amigdalectomia Surtos agudos, intensos e frequentes, abscesso peri-
tonsilar, amigdalite crônica.
o Adenoidectomia OMA recorrente, sinusite e nasofaringite de
repetição, hipertrofia adenoidiana provocando respiração tipo bucal, voz
hiponasal, obstrução nasal e secreção continua (Indicação absoluta).
Laringotraqueobronquite ou Crupe
Afecção infraglótica.
Vírus parainfluenzae em 75% dos casos. Outros: influenzae, adenovírus, VSR.
A bacteriana é uma complicação da viral. O mais comum é o S. aureus.
A maioria dos pacientes tem entre 1 e 5 anos de idade e do sexo masculino.
É a forma mais comum de obstrução das vias aéreas superiores.
Inicialmente há uma tosse metálica (ladrante) com estridor inspiratório leve.
Evolui com piora da tosse, rouquidão, batimento de asa de nariz e retrações
costais. Sintomas são tipicamente piores à noite. É autolimitada cuja duração
média é de 3-5 dias.
O diagnostico é feito quando tem-se uma criança pequena com historia recente
de um resfriado, evoluindo depois com a tríade: rouquidão + tosse metálica +
estridor (Sd. Crupe).
Sinal da Torre na radiografia cervical em PA (estreitamento infraglótico).
Faz diagnóstico diferencial com abscesso retrofaríngeo e peritonsilar.
Tratamento:
o A maioria dos pacientes pode ser tratado em casa. O uso de vapor quente
ou frio interrompe o espasmo laríngeo e a dificuldade de respirar.
o As crianças com a Sd. Do Crupe devem ser hospitalizadas na presença
de: epiglotite, estridor progressivo, estridor intenso em repouso,
dificuldade respiratória, hipóxia, cianose, depressão do sensório.
o Os casos mais graves devem ser tratados com nebulização com
adrenalina. O efeito da adrenalina dura apenas 2 horas. O emprego de
corticoide como a dexametasona e a budesonida é recomendado em dose
única na emergência. A conduta inicial é nebulizar com adrenalina e já
aplicar a dose de corticoide.
o Essas crianças devem ser observadas por 2-6h na emergência e se
houver melhora (desaparecimento do estridor em repouso), poderão ser
liberadas para casa com a orientação de uso do vapor úmido e
umidificação do ar.
Epiglotite:
Afecção supraglótica.
Antes da era vacinal o H. influenzae tipo B era a causa habitual. Atualmente, o
S. pyogenes, S. pneumoniae e S. aureus são os mais encontrados.
Com o advento da vacinação contra o hemófilos B, a incidência de epiglotite
diminuiu bastante.
Representa a forma mais grave de obstrução inflamatória aguda das vias aéreas
superiores. Tem instalação hiperaguda, com insuficiência respiratória precoce.
Acomete crianças entre 2 e 5 anos de idade.
Seu curso é fulminante, com febre alta, dor de garganta, sialorreia, dispneia,
obstrução respiratória rapidamente progressiva e prostração. Não há rouquidão.
Em questão de horas pode evoluir com obstrução completa das vias aéreas e
morte.
A criança geralmente acorda no meio da noite com febre alta, afonia, dificuldade
respiratória e estridor. Costuma sentar-se pra frente com o pescoço
hiperestendido em posição de tripé. A boca permanece entreaberta e a língua
protusa.
O padrão-ouro para o diagnostico é a visualização de uma epiglote vermelho-
cereja, grande e edematosa, por exame direto (laringoscopia).
Na suspeita de epiglotite, a inspeção a orofaringe com um abaixador de língua
pode levar a um laringoespasmo reflexo seguida de parada cardiorrespiratória e
portanto deve ser evitada. A posição supina também deve ser evitada.
Se o diagnostico for provável, devem-se tomar medidas imediatas para o exame
e controle das vias aéreas através de intubação traqueal ou traqueostomia.
A radiografia lateral cervical revela o “sinal do polegar”. Na pratica a
radiografia NÃO está indicada e a manipulação para o procedimento pode ser
fatal.
Confirmada a epiglotite, é fundamental a internação do paciente em UTI
pediátrica. Independente do grau de dificuldade respiratória, está indicada a
intubação traqueal ou traqueostomia.
As crianças permanecem intubadas por 2-3 dias. Deve ser feita antibioticoterapia
parenteral com ampicilina-sulbactam ou amoxacilina-clavulanato por 7-10 dias.
Exames de sangue, como hemograma e hemocultura devem ser solicitados, além
de cultura das secreções faríngeas. A adrenalina e os corticoides são ineficazes.
Na traqueíte bacteriana, o paciente apresenta-se toxemiado e com febre alta. O
agente mais frequente é o S. aureus. Deve ser instituído intubação ou
traqueostomia e ATBterapia apropriada com amp-sulb ou amx-clav ou
cefuroxima.
Infecção de Vias Aéreas Inferiores
Taquipnéia:
< 2 meses > 60 irpm
2 – 12 meses > 50 irpm
1 – 5 anos > 40 irpm
Bronquiolite:
É uma doença infecciosa, de etiologia predominantemente viral, mais incidente
em lactentes menores de 2 anos, que resulta na obstrução das pequenas vias
aéreas inferiores. A doença é mais grave entre o primeiro e o terceiro mês de
vida.
É a causa mais frequente de hospitalizações em lactentes.
O vírus sincicial respiratório (VSR) é o responsável por cerca de 50% dos casos.
Dentre os outros agentes destacam-se o parainfluenzae, influenza, adenovírus e
M. pneumoniae.
Os principais fatores de risco são idade inferior a seis meses, baixo peso ao
nascer, prematuridade, doença pulmonar crônica, desnutrição, aleitamento
artificial.
Há um pródromo com sintomas leves de vias aéreas superiores como espirros e
rinorréia. Gradualmente o quadro respiratório deteriora, com tosse paroxística,
dispneia e irritabilidade. A criança é sempre taquipnéica. O exame físico é
caracterizado pela presença de sibilos e prolongamento do tempo expiratório.
Radiografia Sinais de hiperinsuflação e áreas de atelectasias
Hemograma normal
Diagnostico diferencial: Coqueluche, Fibrose cística, cardiopatias congênitas,
refluxo gastroesofágico, pneumonia bacteriana.
Tratamento é de suporte com controle da temperatura, aporte hídrico e
nutricional, oxigênio, broncodilatadores, corticoides.
Coqueluxe:
Curso e duração muito prolongados
3 fases: Catarral / Paroxística / Convalescença
Tosse seca irritativa paroxística, em guincho, pior a noite
Leucocitose com linfocitose
Eritromicina 40-50mg/Kg/dia 6-6h, 14 dias
Pneumonias:
Quadro clínico:
o Taquipnéia
o Pródromos catarrais
o Febre alta
o Tosse
o Sinais clássicos (nem sempre presentes)
Aumento do frêmito toraco-vocal
Macicez a percussão
Diminuição do MV (estertor crepitante)
Broncofonia
Sinais de Gravidade:
o Tiragem subcostal
o Batimento de asa de nariz
o Gemido
o Cianose
Etiologias:
o RN < 3 dias S. grupo B
o RN > 3 dias S aureus
o < 1 ano VSR / Clamydia ( 1 – 3 meses)
o 1 – 5 anos Virus / S. pneumoniae / H tipo B / Mycoplasma / S. aureus
Broncopneumonias São mais frequentes. São encontradas mais comumentes em
pacientes imunocomprometidos, recém-nascidos, prematuros, lactentes menores que 1
ano, desnutridos. Apresenta quadro radiológico com lesões que não respeitam a
segmentação pulmonar, podendo ser únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, de
limites irregulares, uni ou bilaterais. No caso de pneumonia pelo S. aureus é comum a
presença de pneumatoceles e derrame pleural.
Virais:
VSR; Crianças de 2 – 3 anos.
É precedida de vários dias de sintomas respiratórios como tosse, coriza e
obstrução nasal. Leucometria com linfocitose.
Diagnostico definitivo é o isolamento do vírus.
Tratamento: em geral são necessárias apenas medidas de apoio.
Bacterianas:
É uma doença incomum na ausência de uma doença crônica subjacente.
Fibrose cística, agamaglobulinemia, fenda palatina, discinesia ciliar, SIDA,
refluxo gastroesofágico, anemia falciforme.
Pneumocócica:
Crianças entre 6 meses e 5 anos.
É a causa mais comum de infecção pulmonar bacteriana.
Calafrio seguido de febre alta, tosse e dor torácica em crianças maiores.
Obstrução nasal, irritabilidade, redução do apetite em lactentes.
Inicio abrupto de febre alta, inquietude, dificuldade respiratória, batimento de
asa de nariz, gemência, retrações intercostais, taquicardia, taquipnéia, murmúrio
vesicular diminuído, presença de estertores crepitantes.
Leucometria elevada a custa de polimorfonucleares.
Classicamente o padrão é pneumonia lobar com hepatização.
Não convém realizar radiografias seriadas no curso da doença.
O pneumococo é o principal agente causal de derrame pleural. O derrame é
parapneumônico na maioria das vezes.
Tratamento com penicilina procaína dose única ou amoxicilina por 7-10 dias.
Casos graves com penicilina cristalina EV por 10-14 dias.
Estreptocócica:
Os estreptococos o grupo A causam mais comumente doença limitada ao trato
respiratório superior. A pneumonia tende a ser uma complicação de doenças
virais como sarampo e varicela.
As lesões pulmonares consistem em necrose da mucosa traqueobrônquica com
formação de úlceras.
As manifestações clínicas são semelhantes as da pneumonia pneumocócica.
A droga de escolha para o tratamento é a penicilina G benzatina por 2 – 3
semanas.
Estafilocócica:
A pneumonia por S. aureus costuma ser grave e rapidamente progressiva, com
alta mortalidade. 30% dos pacientes tem menos de 3 meses de idade e 70%
menos de 1 ano. O estafilococo não é causa habitual de pneumonia em crianças
hígidas.
Geralmente causam broncopneumonia confluente com extensas aéreas de
necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação. Pneumatoeles podem
estar presentes.
O tratamento consiste em antibioticoterapia, drenagem da coleção purulenta e
oxigênio. Podem ser usadas a oxacilina, cefalotina ou clindamicina. Para os
resistentes à oxacilina usa-se a vancomicina. A duração total é de 21 dias.
Mycoplasma:
2ª causa entre 6-18 anos
Comum entre irmãos
Broncopneumonia inicio gradual de sintomas de IVAS
Evolução longa (21 dias)
Hemograma normal / VHS aumentado
Raio x inespecífico Padrão intersticial / Broncopneumonia
Tratamento com Claritromicina / Azitromicina (Macrolídeo)
Tratamento:
Complicações:
Abscesso Pulmonar:
o Tosse, febre alta, taquipnéina, dispneia, vômitos, escarro purulento,
hemoptoicos, perda de peso.
o Rx é fundamental: Imagem arredondada > 2 cm, presença de nível
hidroaéreo, cavidade com paredes espessadas.
o Tratamento: P. cristalina + Clindamicina por 2 – 3 semanas
Pneumatoceles:
o Lesões císticas de conteúdo aéreo, de paredes finas
o Secundaria a pnm, trauma torácico, ou ventilação mecânica.
o Diagnostico pelo raio-x
o Maioria é assintomática
o Tratamento: Conduta conservadora. O tratamento para pnm resolve o
processo.
Asma Brônquica
Definição: é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela hiper-responsividade das vias
aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo de ar, sendo reversível espontaneamente ou
com tratamento, manifestando-se por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no
peito e tosse, particularmente à noite e pela manha ao despertar.
Epidemiologia: Predomina na infância, entre 7-10 anos. O principal fator de risco é a atopia.
Repercussão funcional:
Doença episódica, marcada pela exacerbação e remissão
Volume residual e capacidade residual funcional aumentados Aprisionamento de ar
Gasometria arterial Hipocapnia e alcalose respiratória (Taquipnéia e hiperventilação)
+ Hipoxemia
VEF 1,0 encontra-se reduzido (<80%)
VEF 1,0/CVF (índice de Tiffenau) < 75% em adultos e < 86% em crianças.
Critérios diagnósticos:
VEF-1 < 80% do previsto e redução da relação VEF-1/CVF < 75% em adultos e <
86% em crianças.
Prova broncodilatadora positiva, ou seja, aumento em mais de 7% ou mais de 200ml
do VEF-1 após a inalação de um beta-2-agonista de curta duração.
Teste provocativo positivo, ou seja, queda de mais de 20% no VEF-1 após a utilização
de baixas doses de agentes broncoconstritores.
PEF (Peak Flow) com variação maior que 20% num período de 2-3 semanas, com
medidas diversas feitas pelo próprio paciente ou aumento do PEF em mais de 15% após
a inalação de um broncodilatador ou um curso de corticoide oral por 2-3 semanas.
Classificação:
Gravidade Sintomas Espirometria
Variação
Despertares
Diurnos Exacerbações VEF-1 do VEF-
Noturnos
1
Raros (<2x Raros (<2X
INTERMITENTE Raras > 80% < 20%
semana) no mês)
Afeta
PERSISTENTE < 20-
Semanais Mensais atividades > 80%
LEVE 30%
diárias
Afeta
PERSISTENTE
Diários Semanais atividades 60-80% > 30%
MODERADA
diárias
PERSISTENTE
Contínuos Diários Frequentes < 60% > 30%
GRAVE
*A classificação é dada sempre pelo critério mais grave.
*Se o paciente possuir critérios para Asma Intermitente, mas possui exacerbações classificadas
como graves, a classificação é de Asma Persistente Moderada.
Tratamento:
Diagnóstico:
o Teste do suor (dosagem do cloreto)
o Triagem neonatal (dosagem do tripsinogênio)
o Historia familiar positiva
Tratamento:
o ATB Oxacilina + Amicacina + Ceftazidima
o Agentes mucolíticos
o Nebulização com salina 7%
o Lipase recombinante
o Vacinas (anti-pnm, anti-influenza, antivaricela)
Sd. de Kartagener:
Diagnóstico:
o Exames de imagem (seios de face e tórax)
o Provas de função pulmonar (padrão de doença obstrutiva)
o Avaliação do óxido nítrico exalado (diminuído)