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Pediatria V – Distúrbios das Vias Respiratórias

Infecção de Vias Aéreas Superiores

Rinofaringites Virais ou resfriado comum.


 É a desordem infecciosa mais comum da infância, de natureza benigna e
autolimitada.
 É diferente da gripe, que é uma doença sistêmica epidêmica, causada pelo vírus
influenza, caracterizada clinicamente por febre alta, mialgias e prostração.
 A nasofaringite viral predispõe a criança a complicações bacterianas como a
otite media aguda e a sinusite.
 O agente etiológico mais frequente é o rinovírus. São considerados agentes
casuais: coronavírus, vírus sincicial respiratório, influenza e parainfluenza.
 São transmitidos sob a forma de aerossol, sendo a principal via de contaminação
o contato direto.
 O período de incubação é de 1-3 dias. Inicia-se com uma sensação de garganta
arranhando, de duração máxima de 3 dias, que evolui com espirros, obstrução
nasal e rinorréia. A coriza e a obstrução nasal estão sempre presentes. A coriza é
abundante, sendo clara inicialmente, mas frequentemente torna-se amarela nos
últimos dias (não deve ser encarada como infecção bacteriana secundária). A
tosse surge em 30% dos casos, observada principalmente durante o sono, devido
ao gotejamento pós-nasal. A duração media dos sintomas é de 1 semana. A febre
pode ser alta, porem não deve ser usada como diferenciação entre infecção viral
e bacteriana. Pode ser observada uma discreta hiperemia de mucosa.
 A otite media aguda é a principal complicação bacteriana, podendo estar
presente em ate 30% dos casos. Febre alta, dor no ouvido, irritabilidade,
sugerem o quadro. A sinusite e a pneumonita são complicações bacterianas
menos comuns.
 O tratamento deve ser dirigido para as queixas e os sintomas apresentados.
Soro nasal e líquidos em abundancia. Podem ser usados antitérmicos como o
acetominofen (1gt/Kg/dose) e a dipirona (1gt/2Kg/dose). O AAS não é
recomendado por causa de sua associação com a Sindrome de Reye, nas
infecções por influenza. Anti-hitamínicos não influenciam na evolução de uma
episodio de nasofaringite viral, assim como a administração de
descongestionantes nasais, mucolíticos e expectorantes.
o A medida preventiva mais eficaz contra o resfriado é a lavagem
frequente das mãos ou pelo menos após o contato direto com algum
suspeito de resfriado ou gripe.
 Diagnóstico diferencial: Rinite alérgica (espirros e prurido nasal), corpo
estranho (secreção unilateral, fétida) e Coqueluxe (tosse proeminente e
persistente).
Otite Média Aguda:
 É uma complicação da rinofaringite.
 É uma das doenças mais frequentes da infância. A maior frequência de OMA
ocorre nos dois primeiros anos de vida, declinando após.
 Principais fatores de risco: crianças menores que 2 anos, devido à imaturidade
do sistema imunológico e à anatomia da trompa auditiva que é mais curta e
mais horizontal, com mecanismo antirrefluxo prejudicado; sexo masculino;
perfil socioeconômico; aleitamento artificial; tabagismo passivo; exposição à
outras crianças; anomalias congênitas.
 Os agentes etiológicos mais frequentemente identificados na OMA são: S.
pneumoniae, H. influenzae não tipável e M. catarrhalis.
 Os sintomas variam de acordo com a idade da criança. Em maiores que 2 anos, a
suspeita clinica provem da queixa de dor de ouvido pela própria criança,
associada à febre, astenia, inapetência e hipoacusia flutuante. Crianças menores
que 2 anos, podem apresentar sinais indiretos de otalgia como irritação, choro
persistente, levar a mão ao ouvido e dificuldade para dormir.
 Um dado fundamental na historia de uma OMA é a presença de um episódio
prévio de uma rinofaringite viral antecedendo as manifestações clinicas. Sabe-se
que a OMA pode ser complicação de um resfriado comum em até 30% dos
casos. Otorréia, fluida ou purulenta, pode ocorrer em até m terço dos casos.
 Otoscopia  A membrana timpânica apresenta-se convexa, hiperemiada,
abaulada, com opacificação (perde o sinal do triangulo luminoso). *A hiperemia
isolada da membrana timpânica não deve ser considerada como alteração
suficiente para definir o diagnostico de OMA.
 O tratamento é feito com medidas gerais (analgésicos e antitérmicos) e
antibioticoterapia com amoxicilina (40-40mg/Kg/dia) por 10 a 14 dias.
 Crianças menores que 2 anos, que frequentam creches, que tenham feito uso de
antibiótico nos últimos 3 meses, que tenham história de OMA de repetição ou
que possuam alguma doença imunossupressora, deve receber dose dobrada de
amoxicilina (90mg/Kg/dia)
 Todas as crianças para as quais se tenha iniciado a antibioticoterapia deverão ser
revistas em 48-72h para a reavaliação de sinais e sintoma de melhora ou piora.
 Em caso de resposta inadequada ou falha terapêutica após o tratamento
adequado por três dias, pode-se estar diante de duas possibilidades:
 Provável presença de um microrganismo produtor de betalactamase
(hemófilos e moraxela)  Prescrever associação de amoxicilina +
clavulanato em dose dobrada (80-100mg/kg/dia).
 Pneumococo resistente: na maioria dos casos a resistência é
intermediária e pode ser contornada com a dose dobrada de amoxicilina.
 Conduta terapêutica:
 < 6 meses  diagnostico de certeza ou na dúvida  Terapia
Antimicrobiana
 6m – 2 anos  Certeza = ATB / Duvida = ATB se doença grave ou
observação se leve
 > 2 anos  Certeza = ATB se doença grave ou observação se leve /
Duvida = Observação (Reavaliação após 48h).
 Resumo: Tratar todos os menores que 6 meses, todos com OMA grave e
todos os < 2 anos na certeza do diagóstico.
 A opção de observação somente poderá ser aplicada nos casos que sem possa
garantir a revisão da criança em um outro momento.
 Define-se doença grave quando encontra-se: otalgia grave-moderada OU febre
>39ºC OU toxemia.
 Complicação – Mastoidite:
Ocorre quando o processo inflamatório se extende para o periósteo da
mastoide do osso temporal, provocando sintomas de edema, eritema e dor
retroauricular. O tratamento é feito com antibioticoterapia venosa e
miringotomia. Em casos graves pode haver evolução para uma osteomielite da
parte petrosa do osso temporal. A conduta é sempre internar a criança, realizar
uma TC, uma mastoidectomia e antibioticoterapia venosa (AMX+CLAV ou
Cefuroxia ou AMP+SULB).

Sinusite ou Rinossinusite: É uma complicação da rinofaringite.


 É classificada como viral autolimitada, bacteriana aguda (< 4 semanas),
subaguda (> 4 sem e < 12) e crônica (> 12 semanas).
 Etiologia semelhante à da Otite Media Aguda (S. pneumoniae, H. influenzae e
M. catarrhalis. No caso de sinusite crônica (Estafilococos coagulase negativo, S.
aureus, Estreptococos alfa hemolítico e anaeróbios).
 Ao contrario da criança maior e do adolescente, a criança com menos de 5 anos
de idade não manifesta dor facial, cefaleia, edema e sensibilidade à percussão da
face. As manifestações mais comuns são a tosse e secreção nasal, muitas vezes
encarada como um resfriado comum que demora a passar, com duração maior
que 10 a 14 dias.
 A tosse é o principal sintoma de rinossinusite da infância e ocorre durante o dia
om piora durante a noite ou quando em posição supina. A secreção pode ser
clara ou purulenta.
 Em crianças o estudo radiológico dos seios da face é desnecessária. Diagnóstico
clínico.
 O tratamento é semelhante à OMA.
 Complicações: Celulite periorbitária e orbitária (mais grave)
Faringoamigdalites virais e bacterianas - Anginas:
 Caracteriza-se por eritema e pela presença ou não de exsudato amigdaliano,
ulcerações e vesículas.
 Em relação à etiologia, os agentes virais correspondem a 75% dos casos, e
menos comumente os bacterianos.
 Crianças menores que 3 anos, raramente apresentam doença bacteriana.
 Os principais vírus são o adenovírus (febre faringoconjuntival), o Virus Epstein-
Barr (mononucleose) e o Cocksackie A (herpangina). Entre os agentes
bacterianos destacam-se o estreptococo beta-hemolítico do grupo A (S.
pyogenes), mais comum na faixa etária dos 5 aos 15 anos.
 *A escarlatina é uma síndrome clinica que congrega faringoamigdalite
exsudativa com um exantema em lixa. As maiores preocupaçãos em relação à
infecção com o estreptococo são as infecções a longo prazo como a febre
reumática e a GNDA, além das complicações supurativas.
 Podem ser classificadas como sendo eritematosas, eritamatopultáceas,
pseudomembranosas e ulcerosas.
 Infecções virais: Não costumam estar associadas à dor intensa e odinofagia. Há
a queixa de garganta coçando ou arranhando. A faringe apresenta-se eritematosa
e edemaciada.
o Adenovírus  Geralmente é mais intensa, com sintomas de mialgias,
cefaleias, calafrios, febre alta, por cinco a seis dias. A dor de garganta é
importante, assim como exsudatos e eritema da orofaringe. Um achado
muito frequente é o encontro de sintomas conjuntivais = Febre
faringoconjuntival.
o Coksackie A (Herpangina)  Pequenas vesículas no palato mole,
úvula e pilares amigdalianos anteriores. As lesões geralmente se rompem
e originam ulceras esbranquiçadas. Febre alta, dor de garganta e disfagia
estão presentes. O sorotipo 16 pode causar a doença mão-pé-boca.
o Epstein-Barr (Mononucleose)  ocorre febre, linfadenopatia cervical e
esplenomegalia. Quando o diagnostico não é realizado corretamente, a
prescrição de ampicilina dá origem a um exantema típico em 90% dos
casos.
 Infecções bacterianas: se inicia com queixas pouco especificas como cefaleia,
dor abdominal e mal-estar, além de febre de até 40ºC. Algumas horas depois o
paciente apresenta dor de garganta com intensidade variável. Ocorre eritema da
orofaringe acompanhado ou não de exsudato.
 O diagnóstico pode ser feito através de coleta de secreção com swab e cultura
ou teste de detecção rápida de antígenos estreptocócicos. O leucograma não
diferencia com confiabilidade entre infecções bacterinas e virais, não sendo um
dado laboratorial consistente.
 O tratamento das faringites agudas virais não necessita de terapia específica. A
antibioticoterapia deve ser usada na faringite estreptocócica. Ela previne a febre
reumática e as complicações supurativas se utilizada dentro dos primeiros nove
dias após o inicio do quadro. No entanto, não previne o surgimento de GNDA. A
antibioticoterapia leva à defervescência nas primeiras 24h de uso.
 O antibiótico utilizado é a penicilina benzatina na dose única de 600.000 UI (<
27Kg) a 1.200.000 UI (>27Kg). Outra opção é a amoxicilina (50mg/Kg/dia de
8/8 horas por 10 dias). Eritromicina e Azitromicina podem ser usadas nos casos
alérgicos à penicilina.

 Complicações:
o Abscesso periamigdaliano  é mais comum que o abscesso
retrofaríngeo. Ocorre com mais frequência em adolescentes. O quadro
clinico é clássico, caracterizado por intensificação da dor de garganta,
surgindo intensa disfagia e trismo em grau variado. O exame da
orofaringe demonstra um abaulamento inflamatório unilateral com
rechaço da amigdala e da úvula para o lado oposto. Conduta: internação
+ ATB venoso (Penicilina ou AMOX-CLAV) + drenagem.

o Abscesso Retrofaríngeo  Menores que 4 anos; Febre, irritabilidade,


disfagia, torcicolo; estreptococo + anaeróbio + estafilococo (flora mista);
radiografia lateral do pescoço (aumento do espaço retrofaringeo); TC
cervical é confirmatória; internar imediatamente (Há risco de morte!!);
ATB venoso (AMX-CLV) + Drenagem.

 *Indicações de cirurgia:
o Adenoidectomia + Amigdalectomia  Apnéia obstrutiva do sono,
Hipertrofia amigdaliana associada à cor pulmonale
o Amigdalectomia  Surtos agudos, intensos e frequentes, abscesso peri-
tonsilar, amigdalite crônica.
o Adenoidectomia  OMA recorrente, sinusite e nasofaringite de
repetição, hipertrofia adenoidiana provocando respiração tipo bucal, voz
hiponasal, obstrução nasal e secreção continua (Indicação absoluta).
Laringotraqueobronquite ou Crupe
 Afecção infraglótica.
 Vírus parainfluenzae em 75% dos casos. Outros: influenzae, adenovírus, VSR.
 A bacteriana é uma complicação da viral. O mais comum é o S. aureus.
 A maioria dos pacientes tem entre 1 e 5 anos de idade e do sexo masculino.
 É a forma mais comum de obstrução das vias aéreas superiores.
 Inicialmente há uma tosse metálica (ladrante) com estridor inspiratório leve.
Evolui com piora da tosse, rouquidão, batimento de asa de nariz e retrações
costais. Sintomas são tipicamente piores à noite. É autolimitada cuja duração
média é de 3-5 dias.
 O diagnostico é feito quando tem-se uma criança pequena com historia recente
de um resfriado, evoluindo depois com a tríade: rouquidão + tosse metálica +
estridor (Sd. Crupe).
 Sinal da Torre na radiografia cervical em PA (estreitamento infraglótico).
 Faz diagnóstico diferencial com abscesso retrofaríngeo e peritonsilar.
 Tratamento:
o A maioria dos pacientes pode ser tratado em casa. O uso de vapor quente
ou frio interrompe o espasmo laríngeo e a dificuldade de respirar.
o As crianças com a Sd. Do Crupe devem ser hospitalizadas na presença
de: epiglotite, estridor progressivo, estridor intenso em repouso,
dificuldade respiratória, hipóxia, cianose, depressão do sensório.
o Os casos mais graves devem ser tratados com nebulização com
adrenalina. O efeito da adrenalina dura apenas 2 horas. O emprego de
corticoide como a dexametasona e a budesonida é recomendado em dose
única na emergência. A conduta inicial é nebulizar com adrenalina e já
aplicar a dose de corticoide.
o Essas crianças devem ser observadas por 2-6h na emergência e se
houver melhora (desaparecimento do estridor em repouso), poderão ser
liberadas para casa com a orientação de uso do vapor úmido e
umidificação do ar.
Epiglotite:
 Afecção supraglótica.
 Antes da era vacinal o H. influenzae tipo B era a causa habitual. Atualmente, o
S. pyogenes, S. pneumoniae e S. aureus são os mais encontrados.
 Com o advento da vacinação contra o hemófilos B, a incidência de epiglotite
diminuiu bastante.
 Representa a forma mais grave de obstrução inflamatória aguda das vias aéreas
superiores. Tem instalação hiperaguda, com insuficiência respiratória precoce.
 Acomete crianças entre 2 e 5 anos de idade.
 Seu curso é fulminante, com febre alta, dor de garganta, sialorreia, dispneia,
obstrução respiratória rapidamente progressiva e prostração. Não há rouquidão.
 Em questão de horas pode evoluir com obstrução completa das vias aéreas e
morte.
 A criança geralmente acorda no meio da noite com febre alta, afonia, dificuldade
respiratória e estridor. Costuma sentar-se pra frente com o pescoço
hiperestendido em posição de tripé. A boca permanece entreaberta e a língua
protusa.
 O padrão-ouro para o diagnostico é a visualização de uma epiglote vermelho-
cereja, grande e edematosa, por exame direto (laringoscopia).
 Na suspeita de epiglotite, a inspeção a orofaringe com um abaixador de língua
pode levar a um laringoespasmo reflexo seguida de parada cardiorrespiratória e
portanto deve ser evitada. A posição supina também deve ser evitada.
 Se o diagnostico for provável, devem-se tomar medidas imediatas para o exame
e controle das vias aéreas através de intubação traqueal ou traqueostomia.
 A radiografia lateral cervical revela o “sinal do polegar”. Na pratica a
radiografia NÃO está indicada e a manipulação para o procedimento pode ser
fatal.
 Confirmada a epiglotite, é fundamental a internação do paciente em UTI
pediátrica. Independente do grau de dificuldade respiratória, está indicada a
intubação traqueal ou traqueostomia.
 As crianças permanecem intubadas por 2-3 dias. Deve ser feita antibioticoterapia
parenteral com ampicilina-sulbactam ou amoxacilina-clavulanato por 7-10 dias.
Exames de sangue, como hemograma e hemocultura devem ser solicitados, além
de cultura das secreções faríngeas. A adrenalina e os corticoides são ineficazes.
 Na traqueíte bacteriana, o paciente apresenta-se toxemiado e com febre alta. O
agente mais frequente é o S. aureus. Deve ser instituído intubação ou
traqueostomia e ATBterapia apropriada com amp-sulb ou amx-clav ou
cefuroxima.
Infecção de Vias Aéreas Inferiores
Taquipnéia:
< 2 meses  > 60 irpm
2 – 12 meses  > 50 irpm
1 – 5 anos  > 40 irpm

Bronquiolite:
 É uma doença infecciosa, de etiologia predominantemente viral, mais incidente
em lactentes menores de 2 anos, que resulta na obstrução das pequenas vias
aéreas inferiores. A doença é mais grave entre o primeiro e o terceiro mês de
vida.
 É a causa mais frequente de hospitalizações em lactentes.
 O vírus sincicial respiratório (VSR) é o responsável por cerca de 50% dos casos.
Dentre os outros agentes destacam-se o parainfluenzae, influenza, adenovírus e
M. pneumoniae.
 Os principais fatores de risco são idade inferior a seis meses, baixo peso ao
nascer, prematuridade, doença pulmonar crônica, desnutrição, aleitamento
artificial.
 Há um pródromo com sintomas leves de vias aéreas superiores como espirros e
rinorréia. Gradualmente o quadro respiratório deteriora, com tosse paroxística,
dispneia e irritabilidade. A criança é sempre taquipnéica. O exame físico é
caracterizado pela presença de sibilos e prolongamento do tempo expiratório.
 Radiografia  Sinais de hiperinsuflação e áreas de atelectasias
 Hemograma normal
 Diagnostico diferencial: Coqueluche, Fibrose cística, cardiopatias congênitas,
refluxo gastroesofágico, pneumonia bacteriana.
 Tratamento é de suporte com controle da temperatura, aporte hídrico e
nutricional, oxigênio, broncodilatadores, corticoides.

Coqueluxe:
 Curso e duração muito prolongados
 3 fases: Catarral / Paroxística / Convalescença
 Tosse seca irritativa paroxística, em guincho, pior a noite
 Leucocitose com linfocitose
 Eritromicina 40-50mg/Kg/dia 6-6h, 14 dias
Pneumonias:

Quadro clínico:
o Taquipnéia
o Pródromos catarrais
o Febre alta
o Tosse
o Sinais clássicos (nem sempre presentes)
 Aumento do frêmito toraco-vocal
 Macicez a percussão
 Diminuição do MV (estertor crepitante)
 Broncofonia

Sinais de Gravidade:
o Tiragem subcostal
o Batimento de asa de nariz
o Gemido
o Cianose

Indicações de internação hospitalar:


o Idade < 2 meses
o Sinais de gravidade
o Complicações
o Fatores de risco
o Falha terapêutica ambulatorial

Etiologias:
o RN < 3 dias  S. grupo B
o RN > 3 dias  S aureus
o < 1 ano  VSR / Clamydia ( 1 – 3 meses)
o 1 – 5 anos  Virus / S. pneumoniae / H tipo B / Mycoplasma / S. aureus
Broncopneumonias  São mais frequentes. São encontradas mais comumentes em
pacientes imunocomprometidos, recém-nascidos, prematuros, lactentes menores que 1
ano, desnutridos. Apresenta quadro radiológico com lesões que não respeitam a
segmentação pulmonar, podendo ser únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, de
limites irregulares, uni ou bilaterais. No caso de pneumonia pelo S. aureus é comum a
presença de pneumatoceles e derrame pleural.

Lobares ou segmentares  Comprometem homogeneamente um lobo, lobos ou


segmentos pulmonares. São causadas pelo pneumococo. Podem ser visualizados
broncogramas aéreos. São mais frequentes em lactentes acima de seis meses de idade e
em crianças maiores.

Intersticial  São causadas por vírus (VSR) ou Mycoplasma, apresentando-se com


sinais de aumento da trama broncovascular, espessamente peribrônquico e
hiperinsuflação.

Virais:
 VSR; Crianças de 2 – 3 anos.
 É precedida de vários dias de sintomas respiratórios como tosse, coriza e
obstrução nasal. Leucometria com linfocitose.
 Diagnostico definitivo é o isolamento do vírus.
 Tratamento: em geral são necessárias apenas medidas de apoio.

Bacterianas:
 É uma doença incomum na ausência de uma doença crônica subjacente.
 Fibrose cística, agamaglobulinemia, fenda palatina, discinesia ciliar, SIDA,
refluxo gastroesofágico, anemia falciforme.

Pneumocócica:
 Crianças entre 6 meses e 5 anos.
 É a causa mais comum de infecção pulmonar bacteriana.
 Calafrio seguido de febre alta, tosse e dor torácica em crianças maiores.
 Obstrução nasal, irritabilidade, redução do apetite em lactentes.
 Inicio abrupto de febre alta, inquietude, dificuldade respiratória, batimento de
asa de nariz, gemência, retrações intercostais, taquicardia, taquipnéia, murmúrio
vesicular diminuído, presença de estertores crepitantes.
 Leucometria elevada a custa de polimorfonucleares.
 Classicamente o padrão é pneumonia lobar com hepatização.
 Não convém realizar radiografias seriadas no curso da doença.
 O pneumococo é o principal agente causal de derrame pleural. O derrame é
parapneumônico na maioria das vezes.
 Tratamento com penicilina procaína dose única ou amoxicilina por 7-10 dias.
Casos graves com penicilina cristalina EV por 10-14 dias.
Estreptocócica:
 Os estreptococos o grupo A causam mais comumente doença limitada ao trato
respiratório superior. A pneumonia tende a ser uma complicação de doenças
virais como sarampo e varicela.
 As lesões pulmonares consistem em necrose da mucosa traqueobrônquica com
formação de úlceras.
 As manifestações clínicas são semelhantes as da pneumonia pneumocócica.
 A droga de escolha para o tratamento é a penicilina G benzatina por 2 – 3
semanas.

Estafilocócica:
 A pneumonia por S. aureus costuma ser grave e rapidamente progressiva, com
alta mortalidade. 30% dos pacientes tem menos de 3 meses de idade e 70%
menos de 1 ano. O estafilococo não é causa habitual de pneumonia em crianças
hígidas.
 Geralmente causam broncopneumonia confluente com extensas aéreas de
necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação. Pneumatoeles podem
estar presentes.
 O tratamento consiste em antibioticoterapia, drenagem da coleção purulenta e
oxigênio. Podem ser usadas a oxacilina, cefalotina ou clindamicina. Para os
resistentes à oxacilina usa-se a vancomicina. A duração total é de 21 dias.

Mycoplasma:
 2ª causa entre 6-18 anos
 Comum entre irmãos
 Broncopneumonia  inicio gradual de sintomas de IVAS
 Evolução longa (21 dias)
 Hemograma normal / VHS aumentado
 Raio x inespecífico  Padrão intersticial / Broncopneumonia
 Tratamento com Claritromicina / Azitromicina (Macrolídeo)
Tratamento:

A) Menores que 2 meses:


 SEMPRE hospitalar
 Antibiótico endovenoso
 AMPICILINA + AMINOGLICOSÍDEO / CEFALOSPORINA DE 3ª
GERAÇÃO

B) Maiores que 2 meses:

Apenas aumento da FR  AMBULATORIAL


 Amoxicilina 50mg/kg/dia, 12/12h, VO, 10 dias
 Reavaliar após 48 horas
 Se não melhorar, mas não piorar  AMX-CLV 10 dias

Presença de sinais de gravidade  HOSPITALAR


 Penicilina Cristalina 200.000 U/Kg/dia, IV, 6/6h, 14 dias
 Ampicilina 200mg/Kg/dia, IV, 6/6 horas

Presença de sinais de MUITA gravidade:


 Oxacilina + Ceftriaxone / Cloranfenicol
 Não melhora ou Piora  Complicação de PNM ou
Imunodepressão  Pneumococo resistente  Associar
vancomicina + ceftriaxone.

Complicações:

Abscesso Pulmonar:
o Tosse, febre alta, taquipnéina, dispneia, vômitos, escarro purulento,
hemoptoicos, perda de peso.
o Rx é fundamental: Imagem arredondada > 2 cm, presença de nível
hidroaéreo, cavidade com paredes espessadas.
o Tratamento: P. cristalina + Clindamicina por 2 – 3 semanas

Pneumatoceles:
o Lesões císticas de conteúdo aéreo, de paredes finas
o Secundaria a pnm, trauma torácico, ou ventilação mecânica.
o Diagnostico pelo raio-x
o Maioria é assintomática
o Tratamento: Conduta conservadora. O tratamento para pnm resolve o
processo.
Asma Brônquica

Definição: é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela hiper-responsividade das vias
aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo de ar, sendo reversível espontaneamente ou
com tratamento, manifestando-se por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no
peito e tosse, particularmente à noite e pela manha ao despertar.

Epidemiologia: Predomina na infância, entre 7-10 anos. O principal fator de risco é a atopia.

Repercussão funcional:
 Doença episódica, marcada pela exacerbação e remissão
 Volume residual e capacidade residual funcional aumentados  Aprisionamento de ar
 Gasometria arterial  Hipocapnia e alcalose respiratória (Taquipnéia e hiperventilação)
+ Hipoxemia
 VEF 1,0 encontra-se reduzido (<80%)
 VEF 1,0/CVF (índice de Tiffenau) < 75% em adultos e < 86% em crianças.

Critérios diagnósticos:
 VEF-1 < 80% do previsto e redução da relação VEF-1/CVF < 75% em adultos e <
86% em crianças.
 Prova broncodilatadora positiva, ou seja, aumento em mais de 7% ou mais de 200ml
do VEF-1 após a inalação de um beta-2-agonista de curta duração.
 Teste provocativo positivo, ou seja, queda de mais de 20% no VEF-1 após a utilização
de baixas doses de agentes broncoconstritores.
 PEF (Peak Flow) com variação maior que 20% num período de 2-3 semanas, com
medidas diversas feitas pelo próprio paciente ou aumento do PEF em mais de 15% após
a inalação de um broncodilatador ou um curso de corticoide oral por 2-3 semanas.

Classificação:
Gravidade Sintomas Espirometria
Variação
Despertares
Diurnos Exacerbações VEF-1 do VEF-
Noturnos
1
Raros (<2x Raros (<2X
INTERMITENTE Raras > 80% < 20%
semana) no mês)
Afeta
PERSISTENTE < 20-
Semanais Mensais atividades > 80%
LEVE 30%
diárias
Afeta
PERSISTENTE
Diários Semanais atividades 60-80% > 30%
MODERADA
diárias
PERSISTENTE
Contínuos Diários Frequentes < 60% > 30%
GRAVE
*A classificação é dada sempre pelo critério mais grave.
*Se o paciente possuir critérios para Asma Intermitente, mas possui exacerbações classificadas
como graves, a classificação é de Asma Persistente Moderada.
Tratamento:

Padrão Clínico Estratégia Terapêutica


Beta-2 –Agonista de curta duração
 Fazer uma dose (1gt/3Kg) a cada 20 minutos até a melhora ou no
máximo 3 doses em 1 hora
 Associar Brometo de Ipatrópio (Atrovent) 20 gotas nos casos
graves
 Na impossibilidade de terapia inalatória, fazer Terbutalina ou
Adrenalina
Crise Asmática
Observar a resposta:
 Boa resposta – Espaçar as doses inalatórias e avaliar alta
(continuar 2-3 dias de beta-2 de curta duração + 7-10 dias de
corticoide oral)
 Resposta incompleta ou ausente – Manter doses inalatórias de
20/20 min por até 1 hora e associar corticoide sistêmico Prednisona
1-2mg/Kg/dia (dose máxima em crianças é de 40mg/dia)
 Hospitalizar os casos graves ou refratários
Alívio: B-2-Agonista de curta duração
 Salbutamol – Aerolin
Intermitente
 Fenoterol – Berotec
 Terbutalina - Bricanyl
Alívio: B-2-Agonista de curta duração
Persistente
Leve Manutenção: Corticóide inalatório em dose baixa (Fluticasona ou
Budesonida)
“Raro”
Alternativa: associar Antileucotrieno
Alívio: B-2-Agonista de curta duração
Persistente
Moderada Manutenção: Corticóide inalatório + B2 agonista de longa duração - LABA
(Salmeterol)
“Todo dia”
Alternativa: associar Antileucotrieno
Alívio: B-2-Agonista de curta duração
Persistente
Grave Manutenção: Corticóide inalatório em alta dose + B2 agonista de longa
duração + Corticóide oral
“Vive em crise”
Alternativa: associar Antileucotrieno

Risco de asma em lactentes sibilantes: 02M ou 01M + 02m


 Critérios maiores:
o Um dos pais com asma
o Diagnóstico ode dermatite atopica
 Critérios menores:
o Diagnostico de rinite alérgica
o Sibilância não associada a resfriado
o Eosinofilia > 4%
Fibrose Cística:

Doença genética, autossômica recessiva.

Alteração nos canais de cloreto transmembrana.

Múltiplas infecções de vias aéreas recorrentes + insuficiência pancreática

Diagnóstico:
o Teste do suor (dosagem do cloreto)
o Triagem neonatal (dosagem do tripsinogênio)
o Historia familiar positiva

Tratamento:
o ATB  Oxacilina + Amicacina + Ceftazidima
o Agentes mucolíticos
o Nebulização com salina 7%
o Lipase recombinante
o Vacinas (anti-pnm, anti-influenza, antivaricela)

Sd. de Kartagener:

Tosse Crônica, produtiva matinal, IVAS de repetição, TC de tórax com


bronquiectasias (semelhante a fibrose cística)

Tríade: SITUS INVERSUS + SINUSITES/OTITES CRÔNICAS + Dça


Pulmonar levando à bronquiectasias.

Diagnóstico:
o Exames de imagem (seios de face e tórax)
o Provas de função pulmonar (padrão de doença obstrutiva)
o Avaliação do óxido nítrico exalado (diminuído)

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