Módulo VII

Diagnóstico Nutricional
Autor: Cristina Martins. Doutora em Ciências Médicas: Nefrologia - UFRGS, Porto Alegre/RS; Mestre
em Nutrição Clínica - New York University, EUA; Dietista Registrada (RD) - American Dietetic Association, EUA;
Nutricionista-Chefe do Setor de Nutrição - Clínica de Doenças Renais, Curitiba/PR; Diretora Geral - Nutroclínica,
Curitiba/PR; Coordenadora do Curso de Capacitação em Nutrição Renal - Nutroclínica, Curitiba/PR.

Este material é parte do livro Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico, publicado e distribuído por
Nutroclínica Editora.
Copyright© 2008 by Nutroclínica
Editoração e Ilustrações: Simone Luriko Saeki

Todos os direitos reservados. É permitida uma (01) cópia impressa deste material exclusivamente para o aluno
matriculado neste módulo do curso a distância Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico, desenvolvido
por Nutroclínica Cursos a Distância (NCD).

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 Diagnóstico Nutricional
Cristina Martins

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Após a leitura deste capítulo, você deverá estar apto a:
y Definir diagnóstico nutricional.
y Diferenciar diagnóstico nutricional e diagnóstico médico.
y Identificar os três domínios dos diagnósticos nutricionais padronizados pela Associação Americana de Dietética
(ADA, American Dietetic Association).
y Definir cada um dos três domínios dos diagnósticos nutricionais padronizados pela ADA.
y Descrever as classes de cada domínio dos diagnósticos nutricionais padronizados pela ADA.
y Descrever as subclasses (quando existentes) de cada domínio dos diagnósticos nutricionais padronizados pela
ADA.
y Identificar os 62 diagnósticos nutricionais padronizados pela ADA.
y Citar as etiologias prováveis de cada diagnóstico nutricional padronizado.
y Relacionar, pelo menos, três indicadores nutricionais de cada diagnóstico.

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Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico

PROBLEMATIZAÇÃO - ESTUDO DE CASO

L.P., sexo masculino, 54 anos de idade, motorista de táxi. Foi hospitalizado para debridamento de
ferida, que não está cicatrizando. Relata que há dois meses machucou o pé ao bater na cama. História
de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial há mais de 10 anos. História familiar: irmã diabética.
Pais falecidos em acidente automobilístico quando o paciente ainda era criança. Mora com a esposa
e uma filha adulta em apartamento de dois quartos. A única renda da família é o salário do paciente.
Queixa-se de visão turva. Relata uso de medicamento antihipertensivo (captopril, 50mg 2x/dia) e agente
hipoglicemiante oral (gliburida, 1x/dia, no café da manhã). Refere não praticar atividade física nos últimos
cinco anos, por não se sentir motivado. Relata peso usual de 99-100kg. Porém, ganhou peso no último
ano. Acha que está tudo bem e que nada precisa ser mudado, exceto resolver o problema da ferida no
pé. Nunca fez nenhum tipo de controle glicêmico em casa. Não é acompanhado por endocrinologista
ou nutricionista. Refere que a esposa prepara as refeições e a filha faz as compras. Relata que ao
receber o diagnóstico de diabetes, foi orientado pelo médico sobre a dieta recomendada para a doença.
Conta que “tirou o açúcar” da alimentação. Mas usa mel para adoçar o café e o chá, pois não gosta de
outros tipos de adoçantes. Refere que ingere doces e massas nos finais de semana. Relata não usar
bebidas alcoólicas. Função intestinal normal. O exame físico revela aparência obesa, com concentração
importante de gordura abdominal. Temperatura corporal: 37ºC, pressão arterial: 150/98mmHg, pulso:
75bpm, taxa respiratória: 12 rpm. Pele normal, sem lesões, exceto no pé esquerdo, de tamanho 3x3cm.
Reflexos e tônus muscular normais para a idade. Edema leve em tornozelo. Ruídos hidroaéreos normais.
Antropometria: estatura=168cm, peso atual=108kg. Laboratoriais séricos: glicemia=260mg/dL,
albumina=4,0g/dL, transferrina=310mg/dL, sódio=140mEq/L, uréia=53mg/dL, creatinina=1,2mg/dL,
colesterol total=295mg/dL, HDL=32mg/dL, LDL=140mg/dL, triglicerídeos=310mg/dL. Hemoglobina
glicada (HbA1c)=8,5%, hematócrito=38%, hemoglobina=12,2g/dL.
Ingestão alimentar usual relatada:
Café da manhã: leite integral com café (1 xícara, meio a meio) com 1 colher (sopa) de mel; 2 pães francês
com 1 passada fina (1 colher de chá) de margarina em cada metade.
Almoço: salada de alface e tomate ou pepino (1 prato raso), 10 colheres (de sopa) de arroz; 1 concha
média de feijão; 2 coxas de frango ou 1 bife grande; 2-3 colheres (de sopa) de abobrinha cozida ou outra
hortaliça.
Lanche: igual ao café da manhã.
Jantar: igual ao almoço, exceto que 2-3 vezes por semana come 2 ovos fritos ao invés da carne, ou 1 prato
fundo de macarrão com carne moída. Aos finais de semana, 3-4 fatias de pizza no domingo à noite.
Ceia: 1 copo de leite integral puro.

1. Quais são os diagnósticos médicos do paciente L.P.?

2. Quais diagnósticos nutricionais do domínio “Ingestão”, da padronização da Associação Americana
de Dietética, são identificados para o paciente L.P.?
3. Quais são as prováveis causas para os diagnósticos do domínio “Ingestão Nutricional”, apresentados
por L.P.?
4. Quais são os indicadores de cada diagnóstico do domínio “Ingestão Nutricional”, identificados para
o paciente L.P.?
5. O paciente L.P. apresenta diagnósticos nutricionais no domínio “Nutrição Clínica”, na padronização
da Associação Americana de Dietética? Em caso afirmativo, cite-os.
6. Qual é a provável etiologia de cada diagnóstico nutricional do domínio “Nutrição Clínica” encontrado
para o paciente L.P.?
7. Quais são os indicadores nutricionais para cada diagnóstico do domínio “Nutrição Clínica”?
8. O paciente L.P. apresenta diagnósticos no domínio “Comportamento Nutricional”? Em caso
afirmativo, cite-os.
9. Quais são as prováveis causas para os diagnósticos dados no domínio “Comportamento Nutricional”
para o paciente?
10. Quais são os indicadores de cada diagnóstico do domínio “Comportamento Nutricional”?

436

INTRODUÇÃO
O
diagnóstico nutricional é uma ligação crítica
entre a avaliação e o desenvolvimento e
implementação do plano de cuidado (Fig 13.1).
No final do processo de avaliação do estado nutricional,
os dados são reunidos, analisados e sintetizados.
O diagnóstico é a “rotulagem” dessa avaliação. É
a resposta dada pela avaliação. É a diretriz para a
determinação das necessidades nutricionais e para
a intervenção. Então, a avaliação é o meio para se
chegar ao diagnóstico nutricional. Este, por sua vez, é
essencial para indicar as intervenções necessárias.
O diagnóstico nutricional não deve ser confundido
com o diagnóstico médico (1). O último é uma doença
ou uma condição de alteração de órgãos específicos
ou de sistemas corporais. Ela pode ser tratada ou
prevenida. Já o diagnóstico nutricional é a identificação
de uma ocorrência, risco ou potencial para desenvolver
um problema relacionado à nutrição. Ou seja, é a
descrição, especificamente, das alterações nutricionais
encontradas no indivíduo ou grupo. O diagnóstico
nutricional é um qualificador, um adjetivo. Ele descreve
o problema na forma de “alterado”, “deficiente”,
“aumentado/diminuído”, e outros. O diagnóstico
nutricional muda conforme a resposta do indivíduo ou do
grupo populacional. Um diagnóstico médico não muda,
enquanto a doença ou condição existir. Um indivíduo
pode ter o diagnóstico médico de “diabetes mellitus
tipo 2”. E o diagnóstico nutricional de “obesidade” ou
Fig 13.1 Diagnóstico nutricional no processo de cuidado
Diagnóstico Nutricional
“ingestão excessiva de carboidratos”.
Este capítulo apresenta um modelo de padronização
de diagnósticos nutricionais.
PADRONIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
NUTRICIONAIS
A ausência de um modelo padronizado para
identificar diagnósticos nutricionais sempre foi um
grande problema. O uso de terminologia padronizada
facilita a comunicação entre profissionais e instituições,
auxilia na documentação e ressarcimento dos serviços,
e melhora a qualidade do atendimento nutricional.
Recentemente, um grande avanço foi dado pela
Associação Americana de Dietética (ADA - American
Dietetic Association). Em 2006, a entidade publicou
a primeira padronização de diagnósticos nutricionais
(2). Após um projeto extenso, foram definidos 62
diagnósticos, agrupados em três domínios: 1) Ingestão,
2) Nutrição Clínica e 3) Comportamento Nutricional.
Cada domínio representa características únicas que
contribuem para a saúde nutricional. Dentro de cada
domínio existem classes. Em alguns casos, existem
também subclasses de diagnósticos. O Quadro 13.1
apresenta a categorização dos diagnósticos nutricionais
padronizados pela ADA (2). Já o Quadro 13.2 mostra
uma ficha de trabalho, contendo a lista completa dos
termos padronizados nos três domínios.
O Quadro 13.3 enumera os diagnósticos
nutricionais padronizados e fornece definições dos
termos. Os códigos dos diagnósticos são definidos
de acordo com cada domínio, classe e subclasse. A
padronização dos códigos facilita a introdução nos
bancos de dados dos serviços de saúde.
DESCRIÇÃO DOS DIAGNÓSTICOS
NUTRICIONAIS PADRONIZADOS
Sempre que possível, um diagnóstico nutricional
deve ser escrito no formato PEI, que cita o problema
(P), a etiologia (E) e os indicadores nutricionais (I) (2).
Então, ligado ao diagnóstico (problema) deve estar a
palavra “relacionado a”, já que é importante identificar a
causa do problema (1). A etiologia (causa) são aqueles
fatores de risco que contribuem para a existência do
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Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico

Quadro 13.1 Categorização dos diagnósticos nutricionais (2)

Domínio Ingestão Nutricional: enumera problemas atuais relacionados à ingestão de energia, nutrientes, líquidos e substâncias bioativas,
através da dieta oral ou via suporte nutricional (enteral e parenteral)
y Classe: Balanço Energético (IN-1): mudanças reais ou estimadas no gasto ou ingestão de energia (kcal)
y Classe: Ingestão Oral ou Suporte Nutricional (IN-2): ingestão real ou estimada de alimentos e bebidas, através da dieta oral ou suporte
nutricional, comparada ao objetivo para o paciente
y Classe: Ingestão de Líquidos (IN-3): ingestão real ou estimada de líquidos, comparada ao objetivo do paciente
y Classe: Ingestão de Substâncias Bioativas (IN-4): ingestão real ou observada de substâncias bioativas, incluindo componentes únicos ou
múltiplos de alimentos funcionais, ingredientes, suplementos dietéticos e álcool
y Classe: Balanço de Nutrientes (IN-5): ingestão real ou estimada de grupos específicos de nutrientes, ou nutriente único, comparada aos níveis
desejados para o paciente
Š Subclasse: Ingestão de Lipídeos e Colesterol (IN-51)
Š Subclasse: Ingestão de Proteínas (IN-52)
Š Subclasse: Ingestão de Carboidratos e Fibras (IN-53)
Š Subclasse: Ingestão de Vitaminas (IN-54)
Š Subclasse: Ingestão de Minerais (IN-55)
Domínio Nutrição Clínica: relaciona os achados/problemas nutricionais que estão associados à condição clínica ou física do paciente
y Classe: Condição Funcional (NC-1): mudança no funcionamento físico ou mecânico, que interfere ou impede os resultados nutricionais
desejados
y Classe: Condição Bioquímica (NC-2): mudança na capacidade de metabolizar nutrientes, devido ao uso de medicamentos ou cirurgia, ou
indicado pelos valores laboratoriais alterados
y Classe: Condição de Peso (NC-3): História de peso baixo ou elevado, ou mudanças recentes, comparado ao desejado ou usual
Domínio Comportamento Nutricional: inclui achados/problemas nutricionais que estão relacionados ao conhecimento, atitudes/crenças,
ambiente físico, acesso aos alimentos e à segurança alimentar
y Classe: Conhecimento e Crenças (CN-1): conhecimento e crenças atuais, conforme relatado, observado ou documentado
y Classe: Atividade Física e Função (CN-2): Atividade física atual, problemas no auto-cuidado e na qualidade de vida, conforme relatado,
observado ou documentado
y Classe: Segurança Alimentar e Acesso aos Alimentos (CN-3): problemas atuais em relação à segurança alimentar ou ao acesso aos
alimentos

problema (patofisiológico, psicosocial, situacional,
de desenvolvimento, cultural e/ou ambiental). Os
indicadores são os dados subjetivos e objetivos usados
para determinar se o avaliado possui um determinado
diagnóstico nutricional. Os indicadores nutricionais
estão ligados à etiologia pelas palavras “conforme
evidenciado por”. Exemplos (2):
y Dificuldade na deglutição (problema) relacionada
ao acidente vascular cerebral (etiologia), conforme
evidenciada pela tosse após a ingestão de líquidos
ralos (indicador nutricional).
y Ingestão insuficiente de energia (problema)
relacionada à deficiência de recursos financeiros
para adquirir quantidade suficiente de alimentos
(etiologia), conforme evidenciada pela perda de
três quilos nos últimos dois meses (indicador
nutricional).
Os itens listados como indicadores são organizados
de acordo com o método de avaliação do estado
nutricional (história, exame físico, antropometria/
composição corporal e testes laboratoriais).
Além das definições, a seguir estão descritas as
prováveis etiologias e indicadores de cada diagnóstico
padronizado pela ADA (2). A reprodução da publicação
original foi mantida na íntegra, exceto em relação a
alguns termos e a ordem de apresentação dos métodos
de avaliação do estado nutricional. Esses seguiram o
padrão do livro. As referências bibliográficas foram
mantidas conforme a publicação original: logo após a
descrição de cada diagnóstico.
DOMÍNIO: INGESTÃO NUTRICIONAL (IN)
Dentro do domínio “Ingestão Nutricional”, que
tem o código IN, estão contidas cinco classes. Na
classe “Balanço de Nutrientes”, estão contidas cinco
subclasses. A seguir estão descritos a etiologia e os
indicadores de cada uma das classes e subclasses
incluídas no domínio.
Classe: Balanço Energético (IN-1)
DIAGNÓSTICO: HIPERMETABOLISMO (IN-1.1)
Definição. Taxa metabólica de repouso (TMR)
acima da estimada, devido ao estresse, trauma, lesão,
sepse ou doença. Nota: TMR é a soma dos processos
metabólicos da massa celular ativa relacionada à
manutenção das funções corporais normais e balanço
regulatório, durante o repouso.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência

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 Diagnóstico Nutricional

Quadro 13.2 Ficha de identificação de diagnósticos nutricionais

Paciente/Cliente:

INGESTÃO NUTRICIONAL IN Ingestão de Lipídeos e de Colesterol (IN-51) Condição Bioquímica (NC-2)

Definido como “problemas atuais relacionados à ingestão de Definido como “mudança na capacidade de metabolizar
energia, nutrientes, líquidos, substâncias bioativas, através da Ingestão insuficiente de lipídeos IN-51.1 nutrientes, devido ao uso de medicamentos ou cirurgia, ou
dieta oral ou suporte nutricional” indicado pelos valores laboratoriais alterados”
Ingestão excessiva de lipídeos IN-51.2
Balanço Energético (IN-1) Alteração na utilização de nutrientes NC-2.1
Ingestão inapropriada de alimentos IN-51.3
Definido como “mudanças atuais ou estimadas no gasto ou ricos em gorduras Alteração nos valores laboratoriais NC-2.2
ingestão de energia (kcal)”
associados à nutrição
(especificar):
Hipermetabolismo (necessidades IN-1.1
(especificar):
energéticas aumentadas) Ingestão de Proteínas (IN-52)
Interação fármaco-nutriente NC-2.3
Gasto energético aumentado IN-1.2 Ingestão insuficiente de proteínas IN-52.1
Hipometabolismo (necessidades IN-1.3 Condição do Peso (NC-3)
Ingestão excessiva de proteínas IN-52.2
energéticas diminuídas) Definido como “história de peso baixo ou elevado, ou
Ingestão inapropriada de IN-52.3 mudanças recentes, comparada ao desejado ou usual”
Ingestão insuficiente de energia IN-1.4 aminoácidos
Baixo peso NC-3.1
Ingestão excessiva de energia IN-1.5 (especificar):
Perda de peso involuntária NC-3.2
Ingestão Oral ou Suporte Nutricional (IN-2) Ingestão de Carboidratos e Fibras (IN-53) Sobrepeso/obesidade NC-3.3
Definido como “ingestão real ou estimada de alimento e
bebida, pela dieta oral ou suporte nutricional, comparada ao Ingestão insuficiente de carboidratos IN-53.1 Ganho de peso involuntário NC-3.4
objetivo do paciente”
Ingestão excessiva de carboidratos IN-53.2
COMPORTAMENTO NUTRICIONAL CN
Ingestão oral insuficiente de alimento/ IN-2.1
Ingestão inapropriada de tipos de IN-53.3 Definido como “achados/problemas nutricionais relacionados
bebida
carboidratos ao conhecimento, atitudes/crenças, ambiente físico, acesso
Ingestão oral excessiva de alimento/ IN-2.2 aos alimentos e à segurança alimentar”
bebida (especificar):
Conhecimento e Crenças (CN-1)
Ingestão insuficiente de nutrição IN-2.3 Ingestão irregular de carboidratos IN-53.4 Definido como “conhecimento e crenças atuais, conforme
enteral/parenteral relatado, observado ou documentado”
Ingestão insuficiente de fibras IN-53.5
Ingestão excessiva de nutrição IN-2.4 Deficiência de conhecimento sobre CN-1.1
Ingestão excessiva de fibras IN-53.6
enteral/parenteral alimentos e nutrição

Infusão inadequada de nutrição IN-2.5 Ingestão de Vitaminas (IN-54) Atitudes/crenças perigosas quanto CN-1.2
enteral/parenteral (uso com cautela) aos alimentos ou tópicos relacionados
Ingestão insuficiente de vitaminas IN-54.1
à nutrição (uso com cautela)
Ingestão de Líquidos (IN-3) (especificar):
Definido como “ingestão real ou estimada de líquidos, Despreparo para mudança na dieta/ CN-1.3
comparada ao objetivo do paciente” Ingestão excessiva de vitaminas IN-54.2 estilo de vida
(especificar):
Ingestão insuficiente de líquidos IN-3.1 Deficiência no auto-monitoramento CN-1.4
A C
Ingestão excessiva de líquidos In-3.2 Distúrbio no padrão alimentar CN-1.5
Tiamina D
Ingestão de Substâncias Bioativas (IN-4) Aderência limitada às recomendações CN-1.6
Definido como “ingestão real ou observada de substâncias Riboflavina E relacionadas à nutrição
bioativas, incluindo componentes únicos ou múltiplos de
Niacina K Escolhas alimentares indesejáveis CN-1.7
alimentos funcionais, ingredientes, suplementos dietéticos,
álcool” Folato Outra
Atividade Física e Função (CN-2)
Ingestão insuficiente de substâncias IN-4.1 Definido como “atividade física atual, problemas no auto-
Ingestão de Minerais (IN-55)
bioativas cuidado e na qualidade de vida, conforme relatado, observado
Ingestão insuficiente de minerais IN-55.1 ou documentado”
Ingestão excessiva de substâncias IN-4.2
(especificar):
bioativas Inatividade física CN-2.1
Ingestão excessiva de minerais IN-55.2
Ingestão excessiva de álcool IN-4.3 Excesso de exercício CN-2.2
(especificar):
Balanço de Nutrientes (IN-5) Cálcio Ferro Incapacidade ou falta de desejo para CN-2.3
Definido como “ingestão real ou estimada de grupos conduzir o auto-cuidado
específicos de nutrientes, ou nutriente único, comparada aos Potássio Zinco
níveis desejados para o paciente” Alteração da capacidade de preparar CN-2.4
Outro alimentos e refeições
Necessidades aumentadas de IN-5.1
nutrientes NUTRIÇÃO CLÍNICA NC Qualidade de vida e nutrição CN-2.5
Definido como “achados/problemas nutricionais relacionados deficientes
(especificar): à condição clínica ou física do paciente” Dificuldade na auto-alimentação CN-2.6
Desnutrição calórico-protéica IN-5.2
Condição Funcional (NC-1)
evidente Segurança Alimentar e Acesso aos Alimentos (CN-3)
Definido como “mudança no funcionamento físico ou
mecânico, que interfere ou impede os resultados nutricionais Definido como “problemas atuais em relação à segurança
Ingestão insuficiente de energia e IN-5.3 alimentar ou ao acesso aos alimentos”
proteína desejados”

Dificuldade na deglutição NC-1.1 Ingestão de alimento não seguro CN-3.1

Necessidades diminuídas de IN-5.4
nutrientes Acesso limitado aos alimentos CN-3.2
Dificuldade na mastigação NC-1.2
(especificar): Data: / /
Dificuldade na amamentação NC-1.3
Desequilíbrio de nutrientes IN-5.5 Avaliador:
Alteração na função GI NC-1.4

Fonte: American Dietetic Association: Nutrition Diagnosis: A Critical Step in the Nutrition Care Process. Chicago, American Dietetic Association, 2006

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Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico

Quadro 13.3 Definições e codificação dos diagnósticos nutricionais

Diagnóstico Nutricional Código Definição
Domínio: INGESTÃO NUTRICIONAL IN “Problemas atuais relacionados à ingestão de energia, nutrientes, líquidos, substâncias
bioativas, através da dieta oral ou suporte nutricional (enteral ou parenteral)”
Classe: Balanço Energético (1) IN-1 “Mudanças atuais reais ou estimadas no gasto ou ingestão de energia (kcal)”
Hipermetabolismo (necessidades IN-1.1 Taxa metabólica de repouso (TMR) acima da estimada, devido ao estresse, trauma, lesão, sepse
energéticas aumentadas) ou doença. Nota: TMR é a soma dos processos metabólicos da massa celular ativa relacionada à
manutenção das funções corporais normais e balanço regulatório, durante o repouso
Gasto energético aumentado IN-1.2 Taxa metabólica de repouso (TMR) acima da estimada, devido à composição corporal, medicamentos,
mudanças endócrinas, neurológicas ou genéticas. Nota: TMR é a soma dos processos metabólicos da
massa celular ativa relacionada à manutenção das funções corporais normais e balanço regulatório,
durante o repouso
Hipometabolismo (necessidades IN-1.3 Taxa metabólica de repouso (TMR) abaixo da estimada, devido à composição corporal, medicamentos,
energéticas diminuídas) mudanças endócrinas, neurológicas ou genéticas
Ingestão insuficiente de energia IN-1.4 Ingestão de energia menor do que o gasto energético, estabelecido por padrões de referência ou
recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de peso
ou o término do cuidado da vida
Ingestão excessiva de energia IN-1.5 Ingestão calórica que excede o gasto energético estabelecido por padrões de referência ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas. Exceção: quando o ganho de peso é desejado
Classe: Ingestão Oral ou Suporte IN-2 “Ingestão real ou estimada de alimentos e bebidas, através da dieta oral ou suporte nutricional,
Nutricional (2) comparada ao objetivo para o paciente”
Ingestão oral insuficiente de alimento/ IN-2.1 Ingestão oral de alimento/bebida menor do que o estabelecido pelos padrões de referência ou
bebida recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de peso
ou o término do cuidado da vida
Ingestão oral excessiva de alimento/ IN-2.2 Ingestão oral de alimento/bebida que excede o gasto energético estabelecido por padrões de referência
bebida ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas. Exceção: quando o ganho de peso é
desejado
Ingestão insuficiente de nutrição enteral/ IN-2.3 Infusão enteral ou parenteral que fornece calorias ou nutrientes insuficientes, comparada aos padrões
parenteral de referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas. Exceção:
quando o objetivo é a perda de peso ou o término do cuidado da vida
Ingestão excessiva de nutrição enteral/ IN-2.4 Infusão enteral ou parenteral que fornece calorias ou nutrientes elevados, comparada aos padrões de
parenteral referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Infusão inadequada de nutrição enteral/ IN-2.5 Infusão enteral ou parenteral com tipo ou composição errada, que não é garantida (paciente não está
parenteral apto a tolerar a ingestão enteral) ou que não é segura (potencial para sepse ou outras complicações).
Classe: Ingestão de Líquidos (3) IN-3 “Ingestão real ou estimada de líquidos, comparada ao objetivo do paciente”
Ingestão insuficiente de líquidos IN-3.1 Ingestão baixa de alimentos ou substâncias contendo líquido, comparada aos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de líquidos IN-3.2 Ingestão elevada de líquidos, comparada aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas
Classe: Ingestão de Substâncias IN-4 “Ingestão real ou observada de substâncias bioativas, incluindo componentes únicos ou
Bioativas (4) múltiplos de alimentos funcionais, ingredientes, suplementos dietéticos, álcool”
Ingestão insuficiente de substâncias IN-4.1 Ingestão baixa de alimentos ou outros contendo substâncias bioativas, comparada aos padrões de
bioativas referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de substâncias IN-4.2 Ingestão elevada de substâncias bioativas, além dos nutrientes tradicionais, como alimentos funcionais,
bioativas componentes alimentares bioativos, suplementos dietéticos ou concentrados alimentares, comparada
aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de álcool IN-4.3 Ingestão acima dos limites sugeridos para o álcool
Classe: Balanço de Nutrientes (5) IN-5 “Ingestão real ou estimada de grupos específicos de nutrientes, ou nutriente único, comparada
aos níveis desejados para o paciente”
Necessidades aumentadas de nutriente IN-5.1 Necessidade aumentada de um nutriente específico, comparada aos padrões de referência estabelecidos
(especificar) ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Desnutrição calórico-protéica evidente IN-5.2 Ingestão insuficiente de proteína e/ou energia por tempo prolongado, resultando em perda das reservas
de gordura e/ou musculares
Ingestão insuficiente de energia e IN-5.3 Ingestão insuficiente de proteína e/ou energia, comparada aos padrões de referência estabelecidos ou
proteína recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas, de duração curta ou recente
Necessidades diminuídas de nutrientes IN-5.4 Necessidade diminuída de um nutriente específico, comparada aos padrões de referência estabelecidos
(especificar) ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Desequilíbrio de nutrientes IN-5.5 Combinação indesejável de nutrientes ingeridos, sendo que a quantidade de um interfere ou altera a
absorção e/ou utilização de outro nutriente

440
 Diagnóstico Nutricional

(continuação)
Diagnóstico Nutricional Código Definição
Sub-Classe: Ingestão de Lipídeos e de Colesterol (IN-51)
Ingestão insuficiente de lipídeos IN-51.1 Ingestão baixa de gordura, comparada aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de peso ou o término
do cuidado da vida
Ingestão excessiva de lipídeos IN-51.2 Ingestão elevada de gordura, comparada aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão inapropriada de alimentos ricos IN-51.3 Ingestão do tipo ou qualidade errada de alimentos gordurosos, comparada aos padrões de referência
em gordura (especificar) estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Sub-Classe: Ingestão de Proteínas (IN-52)
Ingestão insuficiente de proteínas IN-52.1 Ingestão baixa de alimentos ou substâncias contendo proteínas, comparada aos padrões de referência
ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de proteínas IN-52.2 Ingestão acima do nível e/ou tipo de proteína recomendado, comparada aos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão inapropriada de aminoácidos IN-52.3 Ingestão acima ou abaixo da quantidade e/ou tipo de aminoácido recomendado, comparada aos padrões
(especificar) de referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Sub-Classe: Ingestão de Carboidratos e Fibras (IN-53)
Ingestão insuficiente de carboidratos IN-53.1 Ingestão baixa de alimentos ou substâncias contendo carboidratos, comparada aos padrões de
referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de carboidratos IN-53.2 Ingestão acima da quantidade e tipo de carboidratos recomendados, comparada aos padrões de
referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão inapropriada de tipos de IN-53.3 Ingestão de quantidade ou tipo de carboidrato acima ou abaixo dos padrões de referência estabelecidos
carboidratos (especificar) ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão irregular de carboidratos IN-53.4 Freqüência irregular na ingestão de carboidratos durante o dia ou no dia-a-dia, ou padrão de ingestão
de carboidrato não consistente com o padrão recomendado, baseado nas necessidades fisiológicas ou
medicamentosas
Ingestão insuficiente de fibras IN-53.5 Ingestão baixa de alimentos ou substâncias contendo fibras, comparada aos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de fibras IN-53.6 Ingestão elevada de alimentos ou substâncias contendo fibras, comparada às recomendações baseadas
na condição do paciente/cliente
Sub-Classe: Ingestão de Vitaminas (IN-54)
Ingestão insuficiente de vitaminas IN-54.1 Ingestão baixa de alimentos ou substâncias contendo vitaminas, comparada aos padrões de referência
(especificar) estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de vitaminas IN-54.2 Ingestão elevada de alimentos ou substâncias contendo vitaminas, comparada aos padrões de referência
(especificar) estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Sub-Classe: Ingestão de Minerais (IN-55)
Ingestão insuficiente de minerais IN-55.1 Ingestão baixa de alimentos ou substâncias contendo minerais, comparada aos padrões de referência
(especificar) estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas
Ingestão excessiva de minerais IN-55.2 Ingestão elevada de minerais fornecidos por alimentos, suplementos, medicamentos ou água,
(especificar) comparada aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas
Domínio: NUTRIÇÃO CLÍNICA NC “Achados/problemas nutricionais que estão relacionados à condição clínica ou física do
paciente”
Classe: Condição Funcional (1) NC-1 “Mudança no funcionamento físico ou mecânico, que interfere ou impede os resultados
nutricionais desejados”
Dificuldade na deglutição NC-1.1 Alteração do movimento do alimento e líquido da boca até o estômago
Dificuldade na mastigação NC-1.2 Alteração da capacidade de morder ou mastigar os alimentos para a deglutição
Dificuldade na amamentação NC-1.3 Incapacidade de sustentar a nutrição infantil através da amamentação
Alteração na função GI NC-1.4 Mudanças na capacidade de digerir ou absorver nutrientes
Classe: Condição Bioquímica (2) NC-2 “Mudança na capacidade de metabolizar nutrientes, devido ao uso de medicamentos ou
cirurgia, ou indicado pelos valores laboratoriais alterados”
Alteração na utilização de nutrientes NC-2.1 Mudanças na capacidade de absorver ou metabolizar nutrientes e substâncias bioativas
Alteração nos valores laboratoriais NC-2.2 Mudanças na capacidade de eliminar produtos finais dos processos metabólicos e digestivos
associados à nutrição
Interação fármaco-nutriente NC-2.3 Interações indesejáveis/perigosas entre o alimento e os fármacos não-controlados (de venda livre) ou
prescritos; ervas e/ou suplementos dietéticos que diminuem, elevam ou alteram o efeito dos nutrientes
e/ou fármacos

441
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
(continuação)
Diagnóstico Nutricional
Classe: Condição do Peso (3)
Baixo peso
Perda de peso involuntária
Sobrepeso/obesidade
Ganho de peso involuntário
Domínio: COMPORTAMENTO
NUTRICIONAL
Classe: Conhecimento e Crenças (1)
Deficiência de conhecimento sobre
alimentos e nutrição
Atitudes/crenças perigosas quanto aos
alimentos ou tópicos relacionados à
nutrição
Despreparo para mudança na dieta/estilo
de vida
Deficiência no auto-monitoramento
Distúrbio no padrão alimentar
Aderência limitada às recomendações
relacionadas à nutrição
Escolhas alimentares indesejáveis
Classe: Atividade Física e Função (2)
Inatividade física
Excesso de exercício
Incapacidade ou falta de desejo para
conduzir o auto-cuidado
Alteração da capacidade de preparar
alimentos/refeições
Qualidade de vida e nutrição deficientes
Dificuldade na auto-alimentação
Classe: Segurança Alimentar e Acesso
aos Alimentos (3)
Ingestão de alimento não-seguro
Acesso limitado aos alimentos
442
Código Definição
NC-3 “História de peso baixo ou elevado, ou mudanças recentes, comparado ao desejado ou
usual”
NC-3.1 Baixo peso corporal, comparado aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações
NC-3.2 Diminuição não planejada ou desejada do peso corporal
NC-3.3 Aumento da adiposidade, comparada aos padrões de referência estabelecidos ou recomendações
NC-3.4 Ganho de peso acima do desejado ou planejado
CN “Achados/problemas nutricionais que estão relacionados ao conhecimento, atitudes/crenças,
ambiente físico, acesso aos alimentos e à segurança alimentar”
CN-1 “Conhecimento e crenças atuais, conforme relatado, observado ou documentado”
CN-1.1 Conhecimento incompleto ou impreciso sobre alimentos, nutrição ou quanto às informações e guias
relacionados. Ex.: requerimentos de nutrientes, conseqüências dos comportamentos alimentares,
requerimentos nos estágios da vida, recomendações nutricionais, condições de doenças, função
fisiológica, ou sobre produtos
CN-1.2 Atitudes/crenças e práticas sobre alimentos, nutrição e tópicos relacionados que são incompatíveis com
os princípios da nutrição saudável, cuidado nutricional ou condição/doença
CN-1.3 Falha em perceber o valor dos benefícios relacionados à mudança de comportamento em relação aos
custos (conseqüências ou esforços necessários para a mudança ocorrer); conflito com valores pessoais
de estrutura/propósito
CN-1.4 Deficiência de registros de dados para rastrear o progresso pessoal
CN-1.5 Crenças, atitudes, pensamentos e comportamentos relacionados aos alimentos, alimentação e controle
de peso, incluindo distúrbios alimentares clássicos e condições similares, menos graves, que têm
impacto negativo sobre a saúde
CN-1.6 Ausência de mudança relacionada à nutrição após intervenção concordada pelo cliente ou população
CN-1.7 Escolhas de alimentos/bebidas que são incompatíveis com as recomendações de nutrientes, guias
alimentares ou Pirâmide, ou com os objetivos definidos na prescrição ou no processo de cuidado
nutricional
CN-2 “Atividade física atual, problemas no auto-cuidado e na qualidade de vida, conforme relatado,
observado ou documentado”
CN-2.1 Baixo nível de atividade ou comportamento sedentário, reduzindo o gasto energético e causando
impacto à saúde
CN-2.2 Quantidade de exercício que excede o que é necessário para melhorar a saúde e/ou o desempenho
atlético
CN-2.3 Incapacidade ou indisposição para implementar métodos que apóiem o comportamento saudável
relacionado aos alimentos e à nutrição
CN-2.4 Alteração cognitiva ou física que impede o preparo de alimentos/refeições
CN-2.5 Escores baixos de qualidade de vida e nutrição, relacionados ao impacto dos alimentos, auto-imagem,
fatores psicológicos, sociais/interpessoais, físicos ou de auto-eficácia
CN-2.6 Alteração nas ações de colocar alimentos ou bebidas na boca
CN-3 “Problemas atuais em relação à segurança alimentar ou ao acesso aos alimentos”
CN-3.1 Ingestão intencional ou não-intencional de alimento e/ou líquido contaminado com toxinas,
produtos venenosos, agentes infecciosos, agentes microbianos, aditivos, alérgenos e/ou agentes de
bioterrorismo
CN-3.2 Capacidade diminuída de adquirir alimentos de fontes (ex.: mercado, horta, distribuidor de alimentos),
devido à restrições financeiras, alteração física, falta de apoio do cuidador ou condições de vida não-
seguras (ex.: a alta criminalidade impede a ida ao mercado). Limitação na ingestão alimentar devido à
preocupação com o peso ou com a idade

ou manutenção de problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Doença catabólica, infecção e sepse.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: AIDS/HIV, queimaduras, doença pulmonar obstrutiva
crônica, fratura de quadril/ossos longos, infecção, cirurgia,
trauma, hipertireoidismo (não tratado), alguns tipos de câncer
(especificar)
y Medicamentos associados com ↑ TMR
Exame Físico
y Febre
y Freqüência cardíaca aumentada
y Freqüência respiratória aumentada
y TMR medida é maior do que a TMR estimada ou esperada
Dados Laboratoriais
• Resistência à insulina (dificuldade para controlar a glicemia)
Referências
1. Bitz C, Toubro S, Larsen TM, Harder H, Rennie KL, Jebb SA, et al.
Increased 24-h energy expenditure in type 2 diabetes. Diabetes
Care 2004;27(10):2416-21.
2. Dickerson RN, Roth-Yousey L. Medication effects on metabolic rate:
a systematic review (part 1). J Am Diet Assoc 2005;105(5):835-
43.
3. Dickerson RN, Roth-Yousey L. Medication effects on metabolic rate:
a systematic review (part 2). J Am Diet Assoc 2005;105(6):1002-
9.
4. Frankenfield D, Roth-Yousey L, Compher C. Comparison of predictive
equations for resting metabolic rate in healthy nonobese and obese
adults: a systematic review. J Am Diet Assoc 2005;105(5):775-89.
DIAGNÓSTICO: GASTO ENERGÉTICO AUMENTADO
(IN-1.2)
Definição. Taxa metabólica de repouso (TMR)
acima da estimada, devido à composição corporal,
medicamentos, mudanças endócrinas, neurológicas
ou genéticas. Nota: TMR é a soma dos processos
metabólicos da massa celular ativa relacionada
à manutenção das funções corporais normais e
balanço regulatório, durante o repouso.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
Diagnóstico Nutricional
culturais e/ou ambientais:
y Anabolismo ou crescimento;
y Atividade/movimento físico voluntário ou
involuntário.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
doença de Parkinson, paralisia cerebral, doença de Alzheimer,
outras demências
y Atividade física aumentada, ex.: atleta de resistência
Exame Físico
y TMR medida é maior do que a estimada ou esperada
Medidas Antropométricas
y Perda de peso não intencional ≥10% em 6 meses, ≥5% em
1 mês
y Evidência da necessidade para crescimento acelerado (catch-
up) ou ganho de peso em crianças; ausência de crescimento
normal
y Massa corporal magra proporcionalmente aumentada
Referência
1. Frankenfield D, Roth-Yousey L, Compher C. Comparison of predictive
equations to measured resting metabolic rate in healthy nonobese
individuals: a systematic review. J Am Diet Assoc. 2005; 105:775-
789.
DIAGNÓSTICO: HIPOMETABOLISMO (IN-1.3)
Definição. Taxa metabólica de repouso (TMR)
abaixo da estimada, devido à composição corporal,
medicamentos, mudanças endócrinas, neurológicas
ou genéticas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Perda de massa corporal magra, perda de
peso;
y Medicamentos, ex.: propranolol, glipizida;
y Mudanças endócrinas, ex.: hipotireoidismo.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
443
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: hipotireoidismo, anorexia nervosa, desnutrição, falha
no desenvolvimento, síndrome de Prader-Willi, condições
hipotônicas
y Bradicardia, hipotensão, motilidade intestinal diminuída,
freqüência respiratória lenta, temperatura corporal baixa (na
perda de peso significativa)
y Intolerância ao frio, perda de cabelo, resistência diminuída,
dificuldade de concentração, libido diminuída, sentimentos de
ansiedade/depressão
Exame Físico
y Reservas adiposas e protéicas somáticas diminuídas ou
normais
y TMR medida menor do que a estimada ou esperada
Medidas Antropométricas
y Peso ou circunferência muscular do braço diminuída
y Ganho de peso (ex.: hipotireoidismo)
y Crescimento estacionado ou com deficiência, baseado nos
padrões do National Center for Health Statistics (NCHS)
Dados Laboratoriais
y TSH aumentado, T4 e T3 diminuídos (hipotireoidismo)
Referências
1. Brozek J. Starvation and nutritional rehabilitation; a quantitative
case study. J Am Diet Assoc. 1952; 28:917-926.
2. Collins S. Using middle upper arm circumference to assess severe
adult malnutrition during famine. JAMA. 1996; 276:391-395.
3. Detzer MJ, Leitenberg H, Poehlman ET, Rosen JC, Silberg NT, Vara
LS. Resting metabolic rate in women with bulimia nervosa: a cross
sectional and treatment study. Am J Clin Nutr. 1994; 60:327-332.
4. Dickerson RN, Roth-Yousey L. Medication effects on metabolic rate:
a systematic review (Part 2). J Am Diet Assoc. 2005; 105:1002-
1009.
5. Dickerson RN, Roth-Yousey L. Medication effects on metabolic rate:
a systematic review (Part 1). J Am Diet Assoc. 2005; 105:835-
841.
6. Frankenfield D, Roth-Yousey L, Compher C. Comparison of predictive
equations to measure resting metabolic rate in healthy nonobese
and obese individuals: a systematic review. J Am Diet Assoc. 2005;
105:775-789.
7. Kerruish KP, O’Conner JO, Humphries IRJ, Kohn MR, Clarke SD,
Briody JN, Thomson EJ, Wright KA, Gaskin KJ, Baur LA. Body
composition in adolescents with anorexia nervosa. Am J Clin Nutr.
2002; 75:31-37.
8. Mollinger LA, Spurr GB, el Ghatil AZ, Barboriak JS, Rooney CB,
Davidoff DD. Daily energy expenditure and basal metabolic rates
of patients with spinal cord injury. Arch Phys Med Rehabil. 1985;
66:420-426.
9. Obarzanek E, Lessem MD, Jimerson DC. Resting metabolic rate of
anorexia nervosa patients during weight gain. Am J Clin Nutr. 1994;
60:666-675.
10. Pavlovic M, Zavalic M, Corovic N, Stilinovic L, Malinar M. Loss of
body mass in ex prisoners of war. Eur J Clin Nutr. 1993; 47:808-
814.
444
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE
ENERGIA (IN-1.4)
Definição. Ingestão de energia menor do que o
gasto energético, estabelecido por padrões de referência
ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de
peso ou o término do cuidado da vida.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Causas patológicas ou fisiológicas que
resultam em requerimentos energéticos
aumentados ou capacidade diminuída para
consumir energia suficiente, ex.: necessidades
aumentadas de nutrientes devido à doença
catabólica prolongada;
y Não acesso ao alimento ou nutrição artificial,
ex.: restrições econômicas, práticas culturais
ou religiosas que restringem alimentos aos
idosos e/ou crianças;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbio alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Consumo excessivo de álcool ou outras drogas que reduzem
a fome
Relatos ou observações de:
y Ingestão insuficiente de energia na dieta, comparada às
necessidades baseadas na TMR medida ou estimada
y Restrição ou omissão de alimentos densos em energia da dieta
y Recusa e/ou falta de interesse nos alimentos
y Incapacidade para consumir sozinho alimentos/líquidos
(diminuição da mobilidade da articulação do pulso, mão ou
dedos)
y Nutrição parenteral ou enteral insuficiente para alcançar as
necessidades baseadas na TMR medida ou estimada

Exame Físico
y Perda de peso
y Dentição deficiente
Dados Laboratoriais
y Colesterol sangüíneo diminuído
Referência
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty
Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington, DC:
National Academy Press; 2002.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE ENERGIA
(IN-1.5)
Definição. Ingestão calórica que excede o gasto
energético, estabelecido por padrões de referência
ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas. Exceção: quando o ganho de peso é
desejado.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Deficiência de conhecimento sobre alimentos
e nutrição;
y Falta de acesso à opções alimentares
saudáveis, ex.: alimentos fornecidos pelo
cuidador;
y Ausência de valor para mudança de
comportamento; valores que competem;
y Doença mental, depressão;
y Medicamentos que aumentam o apetite, ex.:
esteróides;
y Excesso de nutrição enteral/parenteral (NE/
NPT);
y Indisposição ou desinteresse na redução da
ingestão energética;
y Falha em ajustar mudanças no estilo de vida
e metabolismo diminuído, ex.: idade;
y Resolução de antecipar o hipermetabolismo,
sem redução na ingestão.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
Diagnóstico Nutricional
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: obesidade, sobrepeso, síndrome metabólica, distúrbios de
depressão ou ansiedade
y Observações ou relatos de ingestão de alimentos/bebidas com
densidade calórica alta, ou grandes porções de alimentos/
bebidas
y Observações, relatos ou cálculos de NPT/NE acima do gasto
energético estimado ou medido (ex.: calorimetria indireta)
y Medidas de calorimetria indireta, ex.: quociente respiratório
>1,0
Exame Físico
y Adiposidade corporal elevada
y Excesso de NPT/NE:
Š Aumento da taxa respiratória
Medidas Antropométricas
y Porcentagem de gordura corporal >25% para homens e >32%
para mulheres
y IMC >25kg/m2
y Ganho de peso
Dados Laboratoriais
y Excesso de NPT/NE (usualmente observado logo após o início
da alimentação):
Š Hiperglicemia
Š Hipocalemia <3,5mEq/L
Š Hipofosfatemia <1,0mEq/L
Š Testes de função hepática anormais
Referências
1. McClave SA, Lowen CC, Keber MJ, McConnell JW, Jung LY, Goldsmith
LJ. Clinical use of the respiratory quotient obtained from indirect
calorimetry. J Parenter Enteral Nutr. 2003; 27:21-26.
2. McClave SA, Lowen CC, Keber MJ, Nicholson JF, Jimmerson SC,
McConnell JW, Jung LY. Are patients fed appropriately according to
their caloric requirements? J Parenter Enteral Nutr. 1998; 22:375-
381.
3. Overweight and Obesity: Health Consequences. http://
www.surgeongeneral.gov/topics/obesity/calltoaction/fact _
consequences.htm. Acessed August 28,2004.
Classe: Ingestão Oral ou Suporte Nutricional (IN-2)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO ORAL INSUFICIENTE DE
ALIMENTO/BEBIDA (IN-2.1)
Definição. Ingestão oral de alimento/bebida menor
do que o estabelecido pelos padrões de referência
ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de
peso ou o término do cuidado da vida.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: necessidades
aumentadas de nutrientes devido à doença
445
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
catabólica prolongada;
y Falta de acesso ao alimento, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas que
restringem alimentos fornecidos aos idosos e/ou
crianças;
y Falta de conhecimento sobre alimento e nutrição,
referente à ingestão oral suficiente de alimento/
bebida;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbio
alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento de
doença catabólica, como AIDS, tuberculose, anorexia nervosa,
sepse ou infecção de cirurgia recente, depressão, dor crônica
ou aguda
y Má-absorção de nutrientes e/ou proteína
y Consumo excessivo de álcool ou outras drogas que reduzem
a fome
y Medicamentos que causam anorexia
Relatos ou observações de:
y Ingestão insuficiente de energia ou proteína de alta qualidade,
quando comparada aos requerimentos
y Restrições econômicas que limitam a disponibilidade de
alimentos
Exame Físico
y Pele seca, membranas mucosas secas, turgor cutâneo
deficiente
y Perda de peso, velocidade de crescimento insuficiente
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington, DC: National
Academy Press; 2002.
2. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Chloride, and
Sulfate. Washington, DC:National Academy Press; 2002.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO ORAL EXCESSIVA DE
ALIMENTO/BEBIDA (IN-2.2)
Definição. Ingestão oral de alimento/bebida que
excede o gasto energético estabelecido por padrões
de referência ou recomendações baseadas nas
necessidades fisiológicas. Exceção: quando o ganho
de peso é desejado.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
446
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Dificuldade de acesso à opções alimentares
saudáveis, ex.: alimentos fornecidos pelo
cuidador;
y Ausência de valor para mudança de
comportamento; valores que competem;
y Incapacidade para limitar ou recusar alimentos
oferecidos;
y Falta de habilidade para o planejamento, compra
e preparo dos alimentos.
y Perda da percepção do apetite;
y Medicamentos que aumentam o apetite, ex.:
esteróides, antidepressivos;
y Indisposição ou desinteresse em reduzir a
ingestão.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: obesidade, sobrepeso, síndrome metabólica, depressão,
ansiedade
y TMR refletindo excesso de ingestão, ex.: quociente respiratório
>1,0
Relatos ou observações de:
y Ingestão de alimentos/bebidas com densidade calórica alta
(sucos, refrigerantes ou álcool) durante as refeições e/ou
lanches
y Ingestão de grandes porções de alimentos/bebidas, grupos ou
itens alimentares específicos
y Ingestão que excede as necessidades energéticas estimadas ou
medidas
y Ingestão calórica diária altamente variável
y Padrões de ingestão alimentar compulsiva
y Ingestão excessiva, freqüente, de fast food ou refeições em
restaurantes.
Exame Físico
y Evidência de acantose nigricans
Medidas Antropométricas
y Ganho de peso não atribuído à retenção de líquido ou
crescimento normal

Dados Laboratoriais
y Níveis elevados variáveis de glicemia
y HbA1C anormal
Referências
1. OverweightandObesity:HealthConsequences.www.surgeongeneral.
gov/topics/obesity/calltoaction/fact _ consequences.htm. Acessed
August 28, 2004
2. Position of the American Dietetic Association: Weight management.
J Am Diet Assoc. 2002; 102:1145-1155.
3. Position of the American Dietetic Association: Total diet approach
to communicating food and nutrition information. J Am Diet Assoc.
2002; 102:100-108.
4. Position of the American Dietetic Association: The role of dietetics
professionals in health promotion and disease prevention. J Am Diet
Assoc. 2002; 102:1680-1687.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE NUTRIÇÃO
ENTERAL/PARENTERAL (NE/NPT) (IN-2.3)
Definição. Infusão enteral ou parenteral
que fornece calorias ou nutrientes insuficientes,
comparada aos padrões de referência estabelecidos
ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de
peso ou o término do cuidado da vida.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Absorção ou metabolismo alterado de nutrientes,
ex.: medicamentos;
y Falta de conhecimento sobre alimento e nutrição
(paciente/cliente, cuidador, fornecedor), ex.:
formulação/fórmula incorreta, como alimentação
enteral errada ou falta de um componente na
NPT;
y Acesso ausente, comprometido ou incorreto para
a administração da NE/NPT;
y Demanda biológica aumentada de nutrientes, ex.:
crescimento acelerado, cicatrização de feridas,
infecção crônica, fraturas múltiplas;
y Intolerância à NE/NPT;
y Volume de infusão não alcançado, ou infusão
programada interrompida.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
Diagnóstico Nutricional
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
ressecção intestinal, doença de Crohn, HIV/AIDS, queimaduras,
úlceras de decúbito, nascimento prematuro, desnutrição
y Sonda de nutrição ou acesso venoso em posição incorreta ou
removida
y Capacidade alterada para níveis desejáveis de atividade física ou
exercício, fadiga fácil com aumento da atividade
Observação ou relato de:
y Volume inadequado de NE/NPT, comparado aos requerimentos
estimados ou medidos (calorimetria indireta)
y Medida por calorimetria indireta, ex.: quociente respiratório
<0,7
Exame Físico
y Evidência clínica de deficiência de vitamina/mineral (ex.: queda
de cabelo, sangramento na gengiva, base das unhas pálidas,
mudanças neurológicas)
y Evidência de desidratação, ex.: membranas mucosas secas,
turgor deficiente da pele
y Perda de integridade da pele ou cicatrização lenta de feridas
y Perda de massa muscular e/ou gordura subcutânea
y Náusea, vômito, diarréia
Medidas Antropométricas
y Falha no crescimento, baseado nos gráficos do National Center
for Health Statistics (NCHS) e falha no crescimento fetal
y Ganho de peso materno insuficiente
y Deficiência de ganho de peso planejado
y Perda de peso não-intencional ≥5% em 1 mês ou ≥10% em 6
meses (não atribuído à retenção hídrica) em adultos
y Qualquer perda de peso em bebês e crianças
y Abaixo do peso saudável (IMC<18,5kg/m2)
Dados Laboratoriais
y Colesterol <160mg/dL (4,16mmol/L)
y Anormalidade de vitaminas/minerais
Š Cálcio <9,2mg/dL (2,3mmol/L)
Š Vitamina K: tempo de protrombina (PT) prolongado, tempo
parcial de tromboplastina (PTT) prolongado
Š Cobre <70μg/dL (11μol/L)
Š Zinco <78μg/dL (12μmol/L)
Š Ferro <50μg/dL (9nmol/L); capacidade de ligação do ferro
<250μg/dL (44,8μmol/L)
Referências
1. McClave SA, Spain DA, Skolnick JL, Lowen CC, Kieber MJ,
Wickerham OS, Vogt JR, Looney SW. Achievement of steady state
optimizes results when performing indirect calorimetry. J Parenter
Enteral Nutr. 2003; 27:16-20.
2. McClave SA, Lowen CC, Kleber MJ, McConnell JW, Jung LY,
Goldsmith LJ. Clinical use of the respiratory quotient obtained from
indirect calorimetry. J Parenter Enteral Nutr. 2003; 27:21-26.
3. McClave SA, Snider HL. Clinical use of gastric residual volumes as a
monitor for patients on enteral tube feeding. J Parenter Enteral Nutr.
2002; 26(suppl):S43-48; discussion S49-S50.
4. McClave SA, DeMeo MT, DeLegge MH, DiSario JA, Heyland DK,
Maloney JP, Metheny NA, Moore FA, Scolapio JS, Spain DA, Zaloga
GP. North American Summit on Aspiration in the Critically Ill Patient:
consensus statement. J Parenter Enteral Nutr. 2002; 26(Suppl):
S80-S85.
5. McClave SA, McClain CJ, Snider HL. Should indirect calorimetry be
used as part of nutritional assessment? J Clin Gastroenterol. 2001;
33:14-19
6. McClave SA, Sexton LK, Spain DA, Adams JL, Owens NA, Sullins
MB, Blandford BS, Snider HL. Enteral tube feeding in the intensive
447
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
care unit: factors impeding adequate delivery. Crit Care Med. 1999;
27:1252-1256.
7. McClave SA, Lowen CC, Kleber MJ, Nicholson JF, Jimmerson SC,
McConnell JW, Jung LY. Are patients fed appropriately according to
their caloric requirements? J Parenter Enteral Nutr. 1998; 22:375-
381.
8. Spain DA, McClave SA, Sexton LK, Adams JL, Blanford BS, Sullins
ME, Owens NA, Snider HL. Infusion protocol improves delivery of
enteral tube feeding in the critical care unit. J Parenter Enteral Nutr.
1999; 23:288-292.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE NUTRIÇÃO
ENTERAL/PARENTERAL (NE/NPT) (IN-2.4)
Definição. Infusão enteral ou parenteral que
fornece calorias ou nutrientes elevados, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: necessidades
diminuídas relacionadas aos baixos níveis de
atividade, doença grave aguda ou falência de
órgãos;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição por parte do cuidador, paciente/cliente
ou clínico.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Uso de fármacos que reduzem os requerimentos ou alteram o
metabolismo de energia, proteína, lipídeo ou líquido
y Expectativas não realistas sobre o ganho de peso ou o peso
ideal
y Recebimento calórico significativo, através de infusões de
lipídeos ou glicose, diálise peritoneal, ou associado a outros
tratamentos médicos
Relato ou observação de:
y Ingestão documentada de nutrientes via enteral ou parenteral
que é consistentemente acima da recomendada para
carboidratos, proteínas e lipídeos (ex.: 36kcal/kg para adultos
saudáveis e ativos, 25kcal/kg, ou conforme medido pela
calorimetria indireta, para adultos gravemente enfermos; 0,8g/
kg de proteína para adultos saudáveis, 1,5g/kg de proteína para
adultos gravemente enfermos, 4mg/kg/minuto de glicose para
adultos gravemente enfermos, 1,2g/kg de lipídios para adultos,
ou 3g/kg para crianças)
448
Exame Físico
y Edema devido ao excesso de administração de líquido
Medidas Antropométricas
y Ganho de peso devido ao aumento de tecido magro
Dados Laboratoriais
y Razão uréia:creatinina elevada (proteína)
y Hiperglicemia (carboidrato)
y Hipercapnia
y Enzimas hepáticas elevadas
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington, DC: National
Academy Press, 2002.
2. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Chloride, and
Sulfate. Washington, DC:National Academy Press, 2004.
3. Aarsland A, Chinkes D, Wolfe RR. Hepatic and whole-body fat
synthesis in humans during carbohydrate overfeeding. Am J Clin
Nutr. 1997;65:1774-1782
4. McClave SA, Lowen CC, Kleber MJ, Nicholson JF, Jimmerson JC,
McConnell JW, Jung LY. Are patients fed appropriately according to
their caloric requirements? J Parenter Enteral Nutr. 1998;22:375-
381.
5. McClave SA, Lowen CC, Kleber MJ, McConnell JW, Jung LY,
Goldsmith LJ. Clinical use of the respiratory quotient obtained from
indirect calorimetry. J Parenter Enteral Nutr. 2003; 27:21-26
6. Wolfe RR, O’Donnell TF, Jr. Stone MD, Richmand DA, Burke JF.
Investigation of factors determining the optimal glucose infusion rate
in total parenteral nutrition. Metabolism: Clinical & Experimental,
1980;29:892-900.
DIAGNÓSTICO: INFUSÃO INADEQUADA DE NUTRIÇÃO
ENTERAL/PARENTERAL (IN-2.5). Diagnóstico usado
com cautela: somente após discussão com os
outros membros da equipe.
Definição. Infusão enteral ou parenteral com tipo ou
composição errada, que não é garantida (paciente/cliente
não está apto a tolerar a ingestão enteral) ou que não é
segura (potencial para sepse ou outras complicações).
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: melhora do estado do
paciente/cliente, permitindo retorno à dieta oral
total ou parcial; mudanças no curso da doença,
resultando em mudanças nos requerimentos de
nutrientes;
y Produto ou deficiência do conhecimento por parte
do cuidador ou do clínico;
y Término do cuidado da vida, caso o paciente ou a
família não deseje o suporte nutricional.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante

o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y História de intolerância à nutrição enteral ou parenteral
Relato ou observação de:
y Ingestão documentada de nutrientes na nutrição enteral ou
parenteral consistentemente acima ou abaixo da recomendada
para carboidratos, proteínas e/ou lipídios, especialmente
relacionada à capacidade do paciente/cliente de consumir a
dieta oral que alcance as necessidades.
y Ingestão documentada de outros nutrientes consistentemente
acima ou abaixo da recomendada
y Náusea, vômito, diarréia, volume residual gástrico elevado
Exame Físico
y Edema com excesso de administração de líquido
y Complicações, como fígado gorduroso, na ausência de outras
causas
y Perda de gordura subcutânea e de reservas musculares
Medidas Antropométricas
y Ganho de peso devido ao aumento de tecido magro
y Perda de peso
Dados Laboratoriais
y Testes de função hepática anormais no paciente em suporte
nutricional por tempo prolongado (mais que 3-6 semanas)
y Níveis anormais de marcadores específicos para vários
nutrientes. Ex.: hiperfosfatemia nos pacientes recebendo
suporte nutricional com alto conteúdo de fósforo; hipocalemia
naqueles recebendo suporte nutricional com baixo conteúdo de
potássio
Referências
1. Aarsland A, Chinkes D, Wolfe RR. Hepatic and whole-body fat
synthesis in humans during carbohydrate overfeeding. Am J Clin
Nutr. 1997; 65:1774-1782.
2. McClave SA, Lowen CC, Kleber MJ, Nicholson JF, Jimmerson SC,
McConnell JW, Jung LY. Are patients fed appropriately according to
their caloric requirements? J Parenter Enteral Nutr. 1998; 22:375-
381.
3. McClave SA, Lowen CC, Kleber MJ, McConnell JW, Jung LY,
Goldsmith LJ. Clinical use of the respiratory quotient obtained from
indirect calorimetry. J Parenter Enteral Nutr. 2003;27:21-26.
4. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein and Amino Acids. Washington, DC:National
Academy Press; 2002.
5. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Chloride, and
Sulfate. Washington, DC:National Academy Pres; 2004.
6. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference intakes for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin
D, and Fluoride. Washington, DC:National Academy Press; 1997.
7. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and
Carotenoids. Washington, DC:National Academy Press; 2000.
8. Wolfe RR, O’Donnell TF, JR. Stone MD, Richmand DA, Burke JF.
Investigation of factors determining the optimal glucose infusion
rate in total parenteral nutrition. Metabolism. 1980;29:892-900.
Diagnóstico Nutricional
Classe: Ingestão de Líquidos (IN-3)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE
LÍQUIDOS (IN-3.1)
Definição. Ingestão baixa de alimentos
ou substâncias contendo líquido, comparada
aos padrões de referência estabelecidos ou
recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: aumento da
necessidade de líquidos devido às mudanças
no clima/temperatura; aumento do exercício
ou outras condições que elevam a perda
hídrica; febre, que aumenta as perdas
insensíveis; diminuição do reflexo de sede;
uso de fármacos que reduzem a sede;
y Dificuldade de acesso aos líquidos, ex.:
restrições econômicas, práticas culturais ou
religiosas, incapacidade de acesso sozinho a
líquidos (como idosos e crianças);
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbio alimentar; demência resultando na
diminuição do reconhecimento da sede.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: doença de Alzheimer ou outra demência, resultando na
diminuição do reconhecimento da sede, diarréia
y Uso de fármacos que reduzem a sede
Relato ou observação de:
y Ingestão insuficiente de líquidos, quando comparada aos
requerimentos
y Sede
y Dificuldade de deglutição
449
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Exame Físico
y Pele e membranas mucosas secas, turgor deficiente da pele
y Excreção urinária <30 mL/h
Medidas Antropométricas
y Perda de peso aguda
Dados Laboratoriais
y Osmolaridade plasmática ou sérica >290 mOsm/kg
y Uréia sérica elevada, sódio sérico elevado
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Chloride, and
Sulfate, Washington, DC:National Academy Press, 2004.
2. Grandjean AC, Campbell SM. Hydration: Fluids for Life. Monograph
Series. Washington DC:International Life Sciences Institute North
America, 2004.
3. Grandjean AC, Reimers KJ, Buyckx ME. Hydration: Issues for the
21st Century. Nutr Rev. 2003; 61:261-271.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE LÍQUIDOS
(IN-3.2)
Definição. Ingestão elevada de líquidos,
comparada aos padrões de referência estabelecidos
ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: diminuição da
perda de líquido devido à insuficiência renal,
hepática ou cardíaca, diminuição das perdas
de sódio e água devido às mudanças no
exercício ou clima, síndrome da incapacidade
do hormônio antidiurético (SIADH);
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbio alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
450
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
estágio final da doença renal, síndrome nefrótica, insuficiência
cardíaca ou hepática.
y Náusea, vômito, anorexia, dor de cabeça, espasmos musculares,
convulsões, coma relacionados à SIADH
y Encurtamento da respiração, dispnéia com exercício ou em
repouso
y Medicamentos usados com grandes quantidades de líquidos
y Uso de fármacos que alteram a excreção de líquidos
Relato ou observação de:
y Ingestão de líquidos acima da recomendada
y Ingestão excessiva de sal
y Incapacidade de tolerar alimentos sólidos, indicando a dieta
líquida
Exame Físico
y Edema nas pernas, região sacral ou difuso
y Ascite
y Edema pulmonar, evidenciado pela respiração curta; ortopnéia,
ruídos respiratórios crepitantes
Medidas Antropométricas
y Ganho de peso
Dados Laboratoriais
y Osmolaridade plasmática diminuída (270-280 mOsm/kg)
somente no caso do balanço positivo hídrico estar acima do
balanço positivo de sódio
y Sódio sérico diminuído na SIADH
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Water, Potassium, Sodium, Cloride, and
Sulfate. Washington, DC:National Academy Press, 2004.
2. Schrier RW ed. Renal and Electrolyte Disorders. 6th ed. Philadelphia,
Pa:Lippincott Williams and Wilkins, 2002.
3. SIADH. Availabe at: http://nlm.nih.gov/medlineplus/ency/
article/000394
Classe: Ingestão de Substâncias Bioativas (IN-4)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE
SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS (IN-4.1)
Definição. Ingestão baixa de alimentos ou outros
contendo substâncias bioativas, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Acesso limitado aos alimentos contendo
substâncias bioativas;
y Função gastrintestinal alterada, ex.: dor ou
desconforto.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o

processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
doença cardiovascular, hipercolesterolemia
y Desconforto ou dor associada à ingestão de alimentos ricos em
substâncias bioativas, ex.: fibras solúveis, β-glicanas, proteína
da soja
Observações ou relatos de:
y Ingestão baixa de alimentos vegetais contendo:
Š Fibras solúveis, ex.: psillium (↓ colesterol total e LDL)
Š Proteína da soja (↓ colesterol total e LDL)
Š β-glicanas, ex.: produtos de aveia integral (↓ colesterol total
e LDL)
Š Esterol de plantas e esters de estanol, ex.: margarinas
fortificadas (↓ colesterol total e LDL)
y Não disponibilidade nos mercados de produtos/alimentos
contendo substâncias bioativas
Referência
1. Position of the American Dietetic Association: Functional foods. J
Am Diet Assoc. 2004; 104:814-826.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE SUBSTÂNCIAS
BIOATIVAS (IN-4.2)
Definição. Ingestão elevada de substâncias
bioativas, além dos nutrientes tradicionais, como
alimentos funcionais, componentes alimentares
bioativos, suplementos dietéticos ou concentrados
alimentares, comparada aos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas
necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimento e
nutrição;
y Contaminação, erro no nome, erro no rótulo, erro
no uso, mudança recente da marca, aumento
recente da dose, mudança recente na formulação
da substância ingerida;
y Ingestão freqüente de alimentos contendo
substâncias bioativas;
y Função gastrintestinal alterada, ex.: dor ou
desconforto.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
Diagnóstico Nutricional
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
doença cardiovascular, hipercolesterolemia, hipertensão
y Desconforto ou dor associada à ingestão de alimentos ricos em
substâncias bioativas, ex.: fibras solúveis, β-glicana, proteína da
soja
y Tentativa de uso dos suplementos ou substâncias bioativas para
perda de peso, tratamento de obstipação, prevenção ou cura de
doença crônica ou aguda.
Observações ou relatos de:
y Ingestão elevada de alimentos vegetais contendo:
Š Proteína da soja (↓ do colesterol total e do LDL)
Š β-glicana, ex.: produtos de aveia integral (↓ colesterol total
e LDL)
Š Esteróis vegetais e ésteres de estanol, ex.: margarinas
fortificadas (↓ colesterol total e LDL), ou outros alimentos
baseados nessas substâncias dietéticas, concentrado,
metabólito, constituinte, extrato ou combinação
Š Substâncias que interferem na digestão ou absorção dos
gêneros alimentícios
Š Acesso fácil aos alimentos/produtos com substâncias
bioativas disponíveis, ex.: aqueles comprados em lojas de
suplementos alimentares
Exame Físico
y Obstipação ou diarréia relacionada à ingestão excessiva
y Mudanças neurológicas, ex.: ansiedade, alteração do estado
mental
y Mudanças cardiovasculares, ex.: na freqüência cardíaca, na
pressão arterial
Medidas Antropométricas
y Perda de peso como resultado da má-absorção ou má-
digestão
Dados Laboratoriais
y Valores laboratoriais indicando ingestão excessiva da substância
específica, como queda rápida do colesterol, devido à ingestão
de estanol ou éster de esterol em combinação com medicamento
à base de estatina
y Enzimas hepáticas aumentadas, refletindo dano hepatocelular
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Supplements: A framework for evaluating safety. Washington, DC:
National Academy Press; 2004.
2. Position of the American Dietetic Association: Functional foods. J
Am Diet Assoc. 2004;104:814-826.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE ÁLCOOL (IN-
4.3)
Definição. Ingestão acima dos limites sugeridos
para o álcool.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
451
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
culturais e/ou ambientais:
y Atitudes/crenças danosas sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Ausência de valor para mudança comportamental,
valores conflitantes;
y Vício do álcool.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
hipertrigliceridemia grave, pressão arterial elevada, depressão,
doença hepática, pancreatite
y Novo diagnóstico médico ou mudança no diagnóstico ou
condição existente
y História de ingestão excessiva de álcool
y Dar a luz a um bebê com síndrome fetal do álcool
y Ingestão de bebidas alcoólicas durante a gravidez, apesar do
conhecimento do risco
y Quedas inexplicadas
Relatos ou observações de:
y Ingestão >2 doses/dia (homens) (1 dose = 350 mL de cerveja
normal, 150 mL de vinho, ou 50 mL de bebidas destiladas)
y Ingestão >1 dose/dia (mulheres)
y Ingestão compulsiva de bebidas alcoólicas
y Consumo de qualquer bebida alcoólica quando contra-indicado
Dados Laboratoriais
y Níveis elevados de aspartato aminotransferase (AST), gama-
glutamil transferase (GGT), transferrina carboidrato-deficiente,
volume corpuscular médio e de álcool sangüíneo
Referência
1. Position of the American Dietetic Association: The role of dietetics
professionals in health promotion and disease prevention. J Am
Diet Assoc. 2002; 102:1680-1687
Classe: Balanço de Nutrientes (IN-5)
DIAGNÓSTICO: NECESSIDADES AUMENTADAS DE
NUTRIENTE (IN-5.1)
Definição. Necessidade aumentada de um
nutriente específico, comparada aos padrões
de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
452
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Absorção ou metabolismo alterado de
nutriente, ex.: devido a medicamentos;
y Comprometimento de órgãos relacionado à
função gastrintestinal, ex.: pâncreas, fígado;
y Diminuição da extensão funcional do intestino,
ex.: síndrome do intestino curto;
y Diminuição ou comprometimento da função
do intestino, ex.: doença celíaca, Crohn;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Demanda aumentada de nutriente, ex.:
crescimento acelerado, cicatrização de
feridas, infecção crônica.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Febre
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
ressecção intestinal, doença de Crohn, HIV/AIDS, queimaduras,
úlceras de pressão, nascimento prematuro, desnutrição
y Medicamentos que afetam a absorção ou o metabolismo do
nutriente necessário
Observações e relatos de:
y Ingestão inadequada de alimentos/suplementos contendo o
nutriente necessário, comparada aos requerimentos estimados
y Ingestão de alimentos que não contêm quantidades suficientes
do nutriente disponível (ex.: muito processado, muito cozido ou
estocado inadequadamente)
y Falta de conhecimento relacionado aos alimentos e à nutrição
(ex.: falta de informação, informação incorreta ou não-aderência
à ingestão do nutriente necessário)
Medidas Antropométricas
y Falha no crescimento, com base nos padrões do National Center
for Health Statistics (NCHS), falha no crescimento fetal
y Perda de peso não-intencional ≥5% em 1 mês, ou ≥10% em
6 meses
y Baixo peso (IMC <18,5 kg/m2)
Dados Laboratoriais
y Níveis diminuídos de colesterol (<160 mg/dL), de albumina,
de pré-albumina, e elevados de proteína C-reativa, indicando
estresse e necessidades metabólicas aumentadas
y Anormalidades em eletrólito/mineral (ex.: potássio, magnésio,
fósforo)
y Perdas urinárias ou fecais de nutriente específico ou relacionado
(ex.: gordura fecal, teste de d-xilose)
y Deficiência de vitamina e/ou mineral

Referências
1. Beyer P. Gastrointestinal disorders: Roles of nutrition and the
dietetics practitioner. J Am Diet Assoc. 1998; 98:272-277.
2. Position of the American Dietetic Association and Dietitians of
Canada: Nutrition intervention in the care of persons with human
immunodeficiency virus infection. J Am Diet Assoc. 2004;104:1425-
1441.
DIAGNÓSTICO: DESNUTRIÇAO CALÓRICO-
PROTÉICA EVIDENTE (IN-5.2)
Definição. Ingestão insuficiente de proteína e/
ou energia por tempo prolongado, resultando em
perda das reservas de gordura e/ou musculares.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: necessidades
alteradas de nutrientes devido à doença
catabólica prolongada, má-absorção;
y Dificuldade de acesso aos alimentos, ex.:
restrições econômicas, práticas culturais ou
religiosas, restrição de alimentos aos idosos
e/ou crianças;
y Falta de conhecimento sobre alimentos
e nutrição, ex.: restrição de alimentos
contendo proteínas de alta qualidade;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbios alimentares.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Doença crônica ou aguda, trauma, localização geográfica e
estado sócio-econômico associado à alteração na ingestão de
nutrientes
y Má-absorção grave de proteína e/ou outro nutriente (ex.:
ressecção intestinal extensa)
y Consumo excessivo de álcool ou outras drogas que reduzem
a fome
Relatos ou observações de:
y Ingestão insuficiente de energia da dieta, comparada à TMR
estimada ou medida
y Ingestão insuficiente de proteína de alta qualidade, comparada
aos requerimentos
y Abstenção de alimentos e/ou falta de interesse na alimentação
Diagnóstico Nutricional
Exame Físico
y Desnutrição não-complicada: magreza, aparência debilitada;
perda muscular grave; gordura corporal mínima; cabelos
secos, escassos, finos, facilmente arrancáveis; pele seca, fina;
proeminências ósseas evidentes; perda na região occipital;
diminuição da temperatura corporal, da pressão arterial e da
freqüência cardíaca; mudanças nos cabelos ou nas unhas,
consistentes com ingestão insuficiente de proteínas
y Doença/trauma relacionada à nutrição: aparência magra para
normal, com edema periférico, ascite ou anasarca; diminuição
da massa de alguns músculos. Porém, preservação de grande
parte da gordura corporal; fígado gorduroso aumentado;
despigmentação do cabelo (sinal de bandeira) e da pele
y Cicatrização lenta de feridas
Medidas Antropométricas
y IMC <18,5 kg/m2 indica baixo peso
y Falha no crescimento/desenvolvimento, ex.: falha para alcançar
as taxas desejáveis de crescimento
y Ganho de peso materno inadequado
y Perda de peso de ≥10% em 6 meses ou ≥5% em 1 mês
y Baixo peso com perda muscular
y Peso normal ou levemente baixo, interrompendo o crescimento
nas crianças
Dados Laboratoriais
y Níveis normais de albumina sérica (desnutrição não-
complicada)
y Albumina <3,4 g/dL (doença/trauma relacionada à
desnutrição)
Referências
1. Welcome Trust Working Party. Classification of infantile malnutrition.
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assessment. J Am Diet Assoc. 2004;104:1258-1264.
6. US Department of Health and Human Services. The International
Classification of Diseases. 9th Revision, 4th Washington DC:
USDHSS Publication No. (PHS) 91-1260;1991.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE ENERGIA
E PROTEÍNA (IN-5.3)
Definição. Ingestão insuficiente de proteína e/
ou energia, comparada aos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas
necessidades fisiológicas, de duração curta ou recente.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas de curta duração, ex.:
necessidades aumentadas de nutrientes devido
à doença catabólica, má-absorção;
y Perda recente de acesso aos alimentos, ex.:
restrições econômicas, práticas culturais ou
453
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
religiosas, restrição de alimentos;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e nutrição,
ex.: restrição de todas as gorduras devido a novo
padrão dietético;
y Início recente de causas psicológicas, ex.:
depressão ou distúrbios alimentares.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas ao diagnostico ou tratamento da
desnutrição protéico-energética moderada, doença recente,
ex.: insuficiência cardíaca ou pulmonar, gripe, infecção, cirurgia
y Má-absorção de nutrientes (ex.: cirurgia bariátrica, diarréia,
esteatorréia)
y Consumo excessivo de álcool ou outras drogas que reduzem
a fome
y Relatos do paciente sobre a fome, em face ao acesso inadequado
aos suprimentos alimentares
y Relato do paciente sobre a falta de capacidade para preparar
refeições
y Relato do paciente sobre a falta de condições financeiras para
comprar alimentos apropriados
Relatos ou observações de:
y Ingestão insuficiente de energia da dieta, comparada à TMR
estimada ou medida, ou níveis recomendados
y Restrição ou omissão de grupos alimentares, como do leite ou
da carne (proteína) e dos grãos (energia)
y Restrição recente de energia e/ou falta de interesse nos
alimentos
y Falta de capacidade para preparar as refeições
Exame Físico
y Cicatrização lenta em paciente com úlcera de pressão ou corte
cirúrgico
Medidas Antropométricas
y Ganho de peso materno inadequado (moderado, mas não
grave)
y Perda de peso de 5-7% durante os últimos 3 meses em adultos;
qualquer perda de peso em crianças
y Peso normal ou levemente baixo
y Falha de crescimento em crianças
Dados Laboratoriais
y Albumina normal (no caso de função hepática normal, apesar
da redução da ingestão protéico-energética)
Referências
1. Centers for Disease Control and Prevention Web site. Available at:
http://cdc.gov/nccdphp/dnps/bmi/bmi-adult.htm. Acessed October
5, 2004
2. Fuhrman MP, Charney P, Mueller CM. Hepatic proteins and nutrition
assessment. J Am Diet Assoc. 2004;104:1258-1264
3. US Department of Health and Human Services. The International
Classification of Diseases, 9th Revision, 4th ed. Washington DC:
USDHSS Publication No. (PHS)91-1260;1991.
454
DIAGNÓSTICO: NECESSIDADES DIMINUÍDAS DE
NUTRIENTES (ESPECIFICAR) (IN-5.4)
Definição. Necessidade diminuída de um nutriente
específico, comparada aos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas
necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Disfunção renal;
y Disfunção hepatica;
y Alteração no metabolismo/regulação do
colesterol;
y Insuficiência cardíaca;
y Intolerâncias alimentares, ex.: síndrome do cólon
irritável.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento que
requer um tipo específico e/ou quantidade de nutriente, ex.:
doença cardiovascular (gordura), doença renal crônica inicial
(proteína, fósforo), estágio final da doença renal crônica (fósforo,
sódio, potássio, líquido), doença hepática avançada (proteína),
insuficiência cardíaca (sódio, líquido), síndrome do cólon irritável/
doença de Crohn ativa (fibra)
y Diagnóstico de hipertensão, confusão relacionada à doença
hepática
Relatos ou observações de:
y Ingestão maior do que o recomendado para gordura, fósforo,
sódio, proteína e fibra
Exame Físico
y Retenção de líquidos/edema
y Ganho de peso interdialítico maior do que o esperado
Dados Laboratoriais
y Colesterol >200 mg/dL (5,2 mmol/L), LDL >100 mg/dL (2,59
mmol/L), HDL <40 mg/dL (1,036 mmol/L), triglicerídeos >150
mg/dL (1.695 mmol/L)
y Fósforo >5,5 mg/dL (1,78 mmol/L)
y Taxa de filtração glomerular (TFG) <90 mL/min/1,73m2
y Níveis elevados de uréia sérica, creatinina, potássio
y Testes de função hepática indicando doença grave
Referências
1. Aparício M, Chauveau P, Combe C. Low protein diets and outcomes
of renal patients. J Nephrol. 2001;14:433-439
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levels in chronic hepatitis C patients by phlebotomy and low iron
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outcomes in hemodialysis patients. Nephrol Dial Transplant.
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DIAGNÓSTICO: DESEQUILÍBRIO DE NUTRIENTES (IN-5.5)
Definição. Combinação indesejável de nutrientes
ingeridos, sendo que a quantidade de um interfere ou
altera a absorção e/ou utilização de outro nutriente.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Consumo de altas doses de suplementos de
nutrientes;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e relacionados;
y Alimentos da moda.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
Diagnóstico Nutricional
História Global e Alimentar/Nutricional
y Diarréia ou obstipação (suplementos de ferro)
y Dor epigástrica, náusea, vômito, diarréia (suplementos de
zinco)
y Contribuintes para o desenvolvimento de anemia (suplementos
de manganês)
Relatos ou observações de:
y Ingestão elevada de suplementos de ferro (↓ absorção de
zinco)
y Ingestão elevada de suplementos de zinco (↓ reservas de
cobre)
y Ingestão elevada de manganês (↓ reservas de ferro)
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron,
Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel,
Silicon, Vanadium, Zinc. Washington, DC:National Academy Press;
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2. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin
D, and Fluoride. Washington, DC:National Academy Press, 1997.
Sub-Classe: Ingestão de Lipídeos e Colesterol (IN-51)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE LIPÍDEOS
(IN-51.1)
Definição. Ingestão baixa de gordura,
comparada aos padrões de referência estabelecidos
ou recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas. Exceção: quando o objetivo é a perda de
peso ou o término do cuidado da vida.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Escolhas alimentares inapropriadas, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas,
restrição de alimentos aos idosos e/ou crianças;
escolhas alimentares específicas;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e nutrição,
ex.: aderência prolongada a uma dieta muito baixa
em gordura;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbios
alimentares.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
455
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
doença catabólica prolongada (ex.: AIDS, tuberculose, anorexia
nervosa, sepse ou infecção grave de cirurgia recente)
y Má-absorção grave de gordura com ressecção intestinal,
insuficiência pancreática ou doença hepática acompanhada por
esteatorréia
Relatos ou observações de:
y Ingestão freqüente de menos que 10% das calorias em
alimentos contendo ácidos graxos essenciais
Exame Físico
y Pele áspera, escamosa, que se transforma em dermatite, com
deficiência de ácidos graxos essenciais
Medidas Antropométricas
y Perda de peso quando o consumo de calorias é insuficiente
Dados Laboratoriais
y Razão trieno:tetraeno maior que 0,2
Referência
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington, DC: National
Academy Press 2002.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE LIPÍDEOS
(IN-51.2)
Definição. Ingestão elevada de gordura,
comparada aos padrões de referência estabelecidos ou
recomendações baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Falta de acesso às opções alimentares saudáveis,
ex.: alimentos fornecidos por cuidador;
y Alterações no paladar, no apetite ou nas
preferências alimentares;
y Ausência de valor para mudança comportamental;
valores conflitantes.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
456
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
hiperlipidemia, fibrose cística, angina, aterosclerose, doenças
pancreáticas, hepáticas e biliares, pós-transplante
y Medicamentos, ex.: enzimas pancreáticas, colesterol ou outros
medicamentos redutores de lipídios
y Diarréia, cólicas, esteatorréia, dor epigástrica
y História familiar de hiperlipidemia, aterosclerose ou pancreatite
Relatos ou observações de:
y Porções grandes ou freqüentes de alimentos ricos em gordura
y Preparo freqüente de alimentos com gordura adicionada
y Consumo freqüente de lipídios de alto risco (ex.: gordura
saturada, gordura trans, colesterol)
y Relato de alimentos contendo gordura acima da dieta prescrita
y Ingestão inadequada de lipídios essenciais
Exame Físico
y Evidência de xantomas
y Evidência de lesões de pele
Dados Laboratoriais
• Colesterol >200mg/dL (5,2mmol/L), LDL >100mg/dL
(2,59mmol/L), HDL <40mg/dL (1.036mmol/L), triglicerídeos
>150mg/dL (1.695mmol/L)
• Níveis séricos aumentados de amilase e/ou lipase
• Testes de função renal e/ou bilirrubina alterados
• Razão trieno:tetraeno >0,4
• Gordura fecal >7g/24 horas
Referências
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington, DC:National
Academy Press, 2002.
2. Position of the American Dietetic Association: Weight management.
J Am Diet Assoc. 2002; 102:1145-1155.
3. Position of the American Dietetic Association: Total diet approach
to communicating food and nutrition information. J Am Diet Assoc.
2002;102:100-108.
4. Position of the American Dietetic Association: the role of dietetics
professionals in health promotion and disease prevention. J Am Diet
Assoc. 2002;102:1680-1687.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INAPROPRIADA DE
ALIMENTOS RICOS EM GORDURA (ESPECIFICAR) (IN-51.3)
Definição. Ingestão do tipo ou qualidade errada
de alimentos gordurosos, comparados com os padrões
de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Falta de acesso às opções alimentares
saudáveis, ex.: alimentos fornecidos por
cuidador, crianças, indivíduos sem teto;

y Alterações no paladar, no apetite ou nas
preferências alimentares;
y Ausência de valor para mudança
comportamental, valores conflitantes.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento de
diabetes, doenças cardíacas, obesidade, distúrbios hepáticos
ou biliares
y Diarréia, cólicas, esteatorréia, dor epigástrica
y História familiar de doença cardíaca relacionada ao diabetes,
hiperlipidemia, aterosclerose ou pancreatite
y Desejo do cliente de implementar uma dieta do tipo
Mediterrânea
Relatos ou observações de:
y Preparo freqüente de alimentos com gordura adicionada
y Consumo freqüente de lipídios que são indesejáveis para a
condição (ex.: gordura saturada, gordura trans, colesterol, ácido
graxo ômega-6)
y Ingestão inadequada de gorduras monoinsaturadas e
polinsaturadas, ou ácido graxo ômega-3
Exame Físico
y Evidência de xantomas
y Evidência de lesões de pele
Dados Laboratoriais
y Colesterol >200mg/dL (5,2mmol/L), LDL >100mg/dL
(2,59mmol/L), HDL <40mg/dL (1.036mmol/L), triglicerídeos
>150mg/dL (1.695mmol/L)
y Níveis séricos elevados de amilase e/ou lipase
y Testes de função renal, bilirrubinas totais e proteína-C reativa
aumentados
Referências
1. de Lorgeril M, Salen P, Martin JL, Monjaud I, Delaye J, Mamelle
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Sub-Classe: Ingestão de Proteínas (IN-52)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE
PROTEÍNAS (IN-52.1)
Definição. Ingestão baixa de alimentos ou
substâncias contendo proteínas, comparada aos
padrões de referência ou recomendações baseadas
nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: necessidades
aumentadas de nutrientes devido à doença
catabólica prolongada, má-absorção, idade ou
outra condição;
y Falta de acesso ao alimento, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas,
restrição de alimentos aos idosos e/ou crianças;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbio
alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
má-absorção grave de proteínas, como na ressecção intestinal.
Relatos ou observações de:
y Ingestão insuficiente de proteínas para alcançar os
requerimentos
y Práticas culturais ou religiosas que limitam a ingestão de
proteína
y Restrições econômicas que limitam a ingestão de proteína
y Aderência prolongada à dieta muito baixa em proteína, para
perda de peso
457
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Referência
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington, DC: National
Academy Press, 2002.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE PROTEÍNAS
(IN-52.2)
Definição. Ingestão acima do nível e/ou tipo de
proteína recomendado, comparada aos padrões de
referência estabelecidos ou recomendações baseadas
nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Disfunção hepática;
y Disfunção renal;
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Falta de acesso aos produtos protéicos
especializados;
y Anormalidade metabólica;
y Alimentos da moda.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico de
sinais e sintomas subjetivos e objetivos reunidos
durante o processo de avaliação nutricional que
fornece evidência de que um problema existe;
quantifica o problema e descreve sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, de divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: doença renal inicial ou doença hepática avançada com
alteração mental
Relatos ou observações de:
y Ingestão protéica total maior do que o recomendado, ex.: doença
renal inicial, doença hepática avançada com alteração mental
y Suplementação inadequada
Medidas Antropométricas
y Falha ou retardo no crescimento, baseado nos gráficos do
National Center for Health Statistics (desordens metabólicas)
Dados Laboratoriais
y Valores laboratoriais alterados, ex.: ↑ uréia sérica, ↓ taxa de
filtração glomerular (função renal alterada)
Referências
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misinformation. J Am Diet Assoc. 2002;102:260-266.
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DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INAPROPRIADA DE
AMINOÁCIDOS (ESPECIFICAR) (IN-52.3)
Definição. Ingestão acima ou abaixo da quantidade
e/ou tipo de aminoácidos recomendado, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Disfunção hepática;
y Disfunção renal;
y Crenças/atitudes prejudiciais quanto aos
alimentos, nutrição e tópicos relacionados;
y Mau uso de produtos protéicos especializados;
y Anormalidade metabólica;
y Alimentos da moda;
y Erros inatos do metabolismo.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento de
doença que requer terapia com NE ou NPT
y História de uso de suplementos de aminoácidos e proteínas,
para melhorar o desempenho atlético
y História de erro inato do metabolismo

(continuação)
Relatos ou observações de:
y Ingestão de aminoácidos maior do que o recomendado, ex.:
doença renal inicial, erro inato do metabolismo
y Mais tipos de aminoácidos do que o recomendado para a terapia
de NE ou NPT
y Suplementação inapropriada, como para atletas
y Mais tipos de proteína do que o recomendado, ex.: excesso de
ingestão de alimentos ricos em fenilalanina
Exame Físico
y Mudanças físicas ou neurológicas (erros inatos do
metabolismo)
Dados Laboratoriais
y Valores laboratoriais alterados, ex.: ↑ uréia sérica, ↓ taxa de
filtração glomerular (estado renal alterado); 3-metilhistidina
urinária aumentada
y Níveis elevados de aminoácidos específicos (erros inatos do
metabolismo)
y Uremia (pacientes renais)
y Níveis elevados de homocisteína ou amônia
Referências
1. Beto JA, Bansal VK. Medical nutrition therapy in chronic kidney
failure: Integrating clinical practice guidelines. J Am Diet Assoc.
2004;104:404-409.
2. Brandle E, Sieberth HG, Hautmann RE. Effect of chronic dietary
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3. Cohn RM, Roth KS. Hyperammonia, bane of the brain. Clin Pedatr.
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583.
5. Friedman N, ed. Absorption and Utilization of Amino Acids, Vol I.
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6. Hoogeveen EK, Kostense PJ, Jager A, Heine RJ, Jakobs C, Bouter
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protein intake are related to risk of microalbuminuria: the Hoorn
study. Kidney Int. 1998;54:203-209.
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8. Rudman D, DiFulco TJ, Galambos JT, Smith RB 3rd, Salam AA,
Warren WD. Maximum rate of excretion and synthesis of urea in
normal and cirrhotic subjects. J Clin Invest. 1973;52:2241-2249.
Sub-Classe: Ingestão de Carboidratos e Fibras (IN-53)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE
CARBOIDRATOS (IN-53.1)
Definição. Ingestão baixa de alimentos ou
substâncias contendo carboidratos, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Condições fisiológicas, ex.: necessidades
aumentadas de energia devido ao aumento
do nível de atividade ou mudança metabólica,
Diagnóstico Nutricional
má-absorção;
y Falta de acesso ao alimento, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas,
restrição de alimento aos idosos e/ou
crianças;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbio alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
insuficiência pancreática, doença hepática, doença celíaca,
distúrbios convulsivos, má-absorção de carboidratos ou dietas
pobres em carboidratos
Relato ou observação de:
y Ingestão de carboidratos abaixo das quantidades
recomendadas
y Incapacidade para consumir, sozinho, alimentos/líquidos, ex.:
mobilidade diminuída nas mãos, pulso ou dedos
Exame Físico
y Hálito de cetona
Referência
1. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein, and Amino Acids. Washington,DC:National
Academy Press, 2002.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE
CARBOIDRATOS (IN-53.2)
Definição. Ingestão acima da quantidade e tipo
recomendados de carboidratos, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Condições fisiológicas que requerem ingestão
modificada de carboidratos, ex.: diabetes mellitus,
deficiência de lactase, deficiência de sucrase-
459
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
isomaltase, deficiência de aldolase-B;
y Práticas culturais e religiosas que interferem
na capacidade de reduzir a ingestão de
carboidratos;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e nutrição,
ex.: incapacidade de acesso à informações a
respeito da ingestão apropriada de carboidratos;
y Limitações na aderência alimentar e nutricional;
ex.: falta de disposição ou falha na modificação
da ingestão de carboidratos, de acordo com as
recomendações do nutricionista ou médico;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbio
alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
diabetes mellitus, erros inatos do metabolismo, deficiência de
lactase, infecção grave, sepse ou obesidade
y Medicamentos de uso crônico que causam hiperglicemia, ex.:
esteróides
y Insuficiência pancreática resultando em diminuição da produção
de insulina
Relato ou observações de:
y Práticas culturais ou religiosas que não apóiam a modificação
da ingestão de carboidratos
y Restrições econômicas que limitam a disponibilidade de
alimentos apropriados
y Ingestão de carboidratos que é, consistentemente, acima das
quantidades recomendadas
Exame Físico
y Cáries dentárias
y Diarréia em resposta à alimentação contendo carboidratos
Dados Laboratoriais
y Hiperglicemia (glicemia de jejum >126mg/dL)
y HbA1C >6%
y Teste anormal de tolerância oral à glicose (glicemia após 2 horas
>200mg/dL)
Referências
1. Bowman BA, Russell RM. Present Knowledge in Nutrition. 8th ed.
Washington, DC: ILSI Press; 2001.
2. Clement S, Braithwaite SS, Magee MF, Ahmann A, Smith EP,
Schafer RG, Hirsch IB, American Diabetes Association, Diabetes in
Hospitals Writing Committee. Management of diabetes in hospitals.
Diabetes Care. 2004;27:553-592.
3. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intake for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein and Amino Acids. Washington, DC:National
Academy Press; 2002.
460
4. The Expert Committee on the Diagnosis and Classification on
Diabetes Mellitus. Diagnosis and classification of diabetes mellitus.
Diabetes Care. 2004;27:S5-S10.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INAPROPRIADA DE TIPOS
DE CARBOIDRATOS (ESPECIFICAR) (IN-53.3)
Definição. Ingestão de quantidade ou tipo de
carboidrato acima ou abaixo dos padrões de referência
estabelecidos ou recomendações baseadas nas
necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Condições fisiológicas que requerem uso
cuidadoso de carboidratos modificados,
ex.: diabetes mellitus, síndrome metabólica,
hipoglicemia, doença celíaca, alergias,
obesidade;
y Práticas culturais ou religiosas que interferem na
capacidade de equilibrar os tipos de carboidratos
ingeridos;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição, ex.: incapacidade de acesso à
informações a respeito de tipos e/ou quantidades
mais apropriadas de carboidratos;
y Limitações na aderência alimentar e nutricional;
ex.: falta de disposição ou falha na modificação
da ingestão de carboidrato, de acordo com as
recomendações do nutricionista, médico ou
cuidador;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbio
alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: diabetes mellitus, obesidade, síndrome metabólica,
hipoglicemia
y Uso crônico de medicamentos que causam níveis alterados de
glicose, ex.: esteróides, antidepressivos, antipsicóticos

(continuação)
Relatos ou observações de:
y Diarréia em resposta à alta ingestão de carboidratos refinados
y Restrições econômicas que limitam a disponibilidade de
alimentos apropriados
y Ingestão de carboidrato que é diferente dos tipos
recomendados
y Reações alérgicas a certos alimentos ricos em carboidratos ou
grupos alimentares
y Conhecimento limitado da composição de carboidratos dos
alimentos ou do metabolismo do nutriente
Dados Laboratoriais
y Hipoglicemia ou hiperglicemia documentada freqüentemente,
quando comparada ao objetivo de manter os níveis glicêmicos
≤140mg/dL durante o dia
Referências
1. Bowman BA, Russell RM. Present Knowledge in Nutrition. 8th ed.
Washington, DC:ILSI Press, 2001.
2. Clement S, Braithwaite SS, Magee MF, Ahmann A, Smith EP,
Schafer RG, Hirsch IB. American Diabetes Association, Diabetes in
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8. Teff KL, Elliott SS, Tschöp M, Kieffer TJ, Rader D, Heiman M,
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reduces circulating insulin and leptin, attenuates postprandial
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9. The Expert Committee on the Diagnosis and Classification of
Diabetes Mellitus. Diagnosis and classification of diabetes mellitus.
Diabetes Care. 2004;27:pS5-pS10.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO IRREGULAR DE
CARBOIDRATOS (IN-53.4)
Definição. Freqüência irregular na ingestão de
carboidratos durante o dia ou no dia-a-dia, ou padrão
de ingestão de carboidratos não consistente com o
padrão recomendado, baseado nas necessidades
fisiológicas ou medicamentosas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
Diagnóstico Nutricional
y Condições fisiológicas que requerem cautela
no horário e na regularidade da quantidade
de carboidratos, ex.: diabetes mellitus,
hipoglicemia;
y Práticas culturais, religiosas ou fatores do estilo
de vida que interferem com a capacidade de
regular o horário da ingestão de carboidratos;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição, ex.: incapacidade de acesso às
informações em relação ao horário mais
apropriado para a ingestão de carboidratos;
y Limitações na aderência alimentar e nutricional,
ex.: falta de disposição ou falha na modificação
do horário de uso do carboidratos, de acordo
com as recomendações do nutricionista, médico
ou cuidador;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbio
alimentar.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: diabetes mellitus, obesidade, síndrome metabólica,
hipoglicemia
y Uso de insulina ou secretagogos da insulina
y Uso crônico de medicamentos que causam alteração nos níveis
de glicemia, ex.: esteróides, antidepressivos, antipsicóticos
Relatos ou observações de:
y Restrições econômicas que limitam a disponibilidade de
alimentos apropriados
y Ingestão de carboidratos que é diferente dos tipos recomendados
ou que ingeridos irregularmente
Dados Laboratoriais
y Hipoglicemia ou hiperglicemia documentada freqüentemente,
associada à ingestão irregular de carboidratos
y Grande variação nos níveis de glicose sangüínea
Referências
1. Bowman BA, Russell RM. Present Knowledge in Nutrition. 8th ed.
Washington, DC:ILSI Press, 2001.
2. Clement S, Braithwaite SS, Magee MF, Ahmann A, Smith EP,
Schafer RG, Hirsch IB. American Diabetes Association, Diabetes in
Hospitals Writing Committee. Management of diabetes in hospitals.
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4. Franz MJ, Bantle JP, Beebe CA, Brunzell JD, Chiasson J-L, Garg A,
Holzmeister LA, Hoogwerf B, Mayer-Davis E, Mooradian AD, Purnell
461
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
JQ, Wheeler M: Technical review. Evidence-based nutrition principles
and recommendations for the treatment and prevention of diabetes
and related complications. Diabetes Care 2002;202:148-198.
5. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
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type 1 patients with diabetes treated intensively with the basal bolus
(ultralente-regular) insulin regimen. Diabetes Care 1999;22:667-
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7. Savoca MR, Miller CK, Ludwig DA. Food habits are related to
glycemic control among people with type 2 diabetes mellitus. J Am
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8. The Expert Committee on the Diagnosis and Classification of
Diabetes Mellitus. Diagnosis and classification of diabetes mellitus.
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NW, Ross SA, Ryan EA. Day-to-day consistency in amount and
source of carbohydrate intake associated with improved glucose
control in type 1 diabetes. J Am Coll Nutr. 1999,18:242-247.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE FIBRAS
(IN-53.5)
Definição. Ingestão baixa de alimentos ou
substâncias contendo fibras, comparada aos padrões
de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Falta de acesso aos alimentos contendo
fibras;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbio alimentar;
y Aderência prolongada à dieta pobre em fibras
ou pobre em resíduos;
y Dificuldade de mastigação ou deglutição de
alimentos ricos em fibras;
y Restrições econômicas que limitam a
disponibilidade de alimentos apropriados;
y Incapacidade ou indisposição para adquirir
ou consumir alimentos contendo fibras;
y Práticas inapropriadas de preparo dos
alimentos, ex.: dependência de alimentos
muito processados; alimentos muito
cozidos.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
462
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
úlcera, doença inflamatória intestinal ou síndrome do intestino
curto tratada com dieta pobre em fibras
y Menor volume fecal
Relatos ou observações de:
y Ingestão insuficiente de fibras, comparada às quantidades
recomendadas (38g/dia para homens e 25g/dia para mulheres;
21g/dia para mulheres com idade >50 anos e 31g/dia para
homens com idade >50 anos)
Referências
1. DiPalma JA. Current treatment options for chronic constipation. Rev
Gastroenterol Disord. 2004;2:S34-S42.
2. Higgins PD, Johanson JF. Epidemiology of constipation in North
America: a systematic review. Am J Gastroenterol. 2004;99:750-
759.
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4. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein and Amino Acids. Washington, DC:National
Academy Press; 2002.
5. Talley NJ. Definition, epidemiology, and impact of chronic
constipation. Rev Gastroenterol Disord. 2004;2:S3-S10.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE FIBRAS
(IN-53.6)
Definição. Ingestão elevada de alimentos
ou substâncias contendo fibras, comparada às
recomendações baseadas na condição do paciente/
cliente.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimentos e nutrição,
especificamente em relação às quantidades
desejáveis de fibras para a condição individual;
y Crenças ou atitudes prejudiciais sobre alimentos
ou tópicos relacionados à nutrição, ex.: obsessão
em relação aos hábitos e freqüência intestinal;
y Falta de conhecimento sobre a ingestão apropriada
de fibras para a condição;
y Dentição ruim; estenose ou alteração da
motilidade gastrintestinal;
y Padrões de preparo ou alimentares que envolvem
somente alimentos ricos em fibras, com exclusão
de outros densos em nutrientes.

Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
úlcera, síndrome do cólon irritável, doença inflamatória intestinal,
síndrome do intestino curto, diverticulite, obstipação obstrutiva,
hemorróidas, estenose gastrintestinal, desordens alimentares
ou doença mental com tendências obsessivo-compulsivas
y Náusea, vômito, flatulência excessiva, diarréia, cólicas
abdominais, alta freqüência ou volume de fezes que causam
desconforto para o indivíduo, obstrução, fitobenzoar
Relatos ou observações de:
y Ingestão de fibras maior do que o tolerado ou geralmente
recomendado para a condição clínica atual
Referências
1. DiPalma JA. Current treatment options for chronic constipation. Rev
Gastroenterol Disord. 2004;2:S34-S42.
2. Higgins PD, Johanson JF. Epidemiology of constipation in North
America: a systematic review. Am J Gastroenterol. 2004;99:750-
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Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids,
Cholesterol, Protein and Amino Acids. Washington, DC:National
Academy Press; 2002.
5. Position of the American Dietetic Association: Health implications of
dietary fiber. J Am Diet Assoc. 2002;102:993-1000.
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on vitamin bioavailability. Int J Vitam Nutr Res. 2002;72:53-55.
8. Wald A. Irritable bowel syndrome. Curr Treat Options Gastroenterol.
1999;2:13-19.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE
VITAMINAS (ESPECIFICAR) (IN-54.1)
Definição. Ingestão baixa de alimentos ou
substâncias contendo vitaminas, comparada
aos padrões de referência estabelecidos ou
recomendações baseadas nas necessidades
fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Condições fisiológicas, ex.: necessidades
aumentadas de nutrientes, devido à doença
catabólica prolongada, estado de doença,
Diagnóstico Nutricional
má-absorção ou medicamentos;
y Falta de acesso aos alimentos, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas,
restrição de alimentos aos idosos e/ou
crianças;
y Falta de conhecimento sobre alimentos
e nutrição, sobre fontes alimentares de
vitaminas;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou
distúrbios alimentares.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Uso prolongado de substâncias conhecidas em aumentar os
requerimentos de vitaminas ou reduzir a absorção delas
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
má-absorção como resultado de doença celíaca, síndrome do
intestino curto, doença inflamatória intestinal
y Certas condições ambientais, ex.: bebês exclusivamente
alimentados com leite materno e com exposição limitada à luz
do sol (vitamina D)
Relatos e observações de:
y História dietética reflete ingestão inadequada de alimentos
contendo vitaminas específicas, quando comparada aos
requerimentos ou níveis recomendados
y História dietética reflete ingestão excessiva de alimentos
que não contêm vitaminas disponíveis, ex.: alimentos muito
processados, muito cozidos ou estocados inadequadamente
Exame Físico
y Vitamina A: cegueira noturna, manchas de Bitot, xeroftalmia,
hiperceratose folicular
y Vitamina C: hiperceratose folicular, petéquias, equimoses, pêlos
enrolados, gengivas inflamadas e sangrantes, hemorragias
perifoliculares, inchaço nas articulações, artralgia, alteração na
cicatrização de feridas
y Vitamina D: alargamento das extremidades dos ossos longos,
rosário raquítico em crianças, raquitismo, osteomalácia
y Riboflavina: garganta inflamada, hiperemia, edema da faringe
e membranas mucosas orais, queilose, estomatite angular,
glossite, dermatite seborréica, anemia normocrômica e
normocítica com citoplasia de eritrócitos da medula óssea
y Niacina: rash simétrico, pigmentação em áreas expostas ao sol,
língua avermelhada e brilhante, pelagra
y Vitamina B6: dermatite seborréica, estomatite, queilose, glossite,
confusão, depressão
y Vitamina B12: formigamento e insensibilidade nas extremidades,
alteração no senso vibratório e de posição, distúrbios motores,
incluindo na marcha (deambulação)
463
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Dados Laboratoriais
y Vitamina A: retinol sérico: <10μg /dL (0,35μmol/L)
y Vitamina C: concentrações plasmáticas <0,2mg /dL
(11,4μmol/L)
y Vitamina D: cálcio ionizado <3,9mg /dL (0,98mmol/L) com
hormônio da paratireóide elevado, cálcio sérico normal e
fósforo sérico <2,6mg /dL (0,84mmol/L)
y Vitamina E: alfa-tocoferol plasmático <18μmol/g
(41,8μmol/L)
y Vitamina K: tempo de protrombina elevado
y Tiamina: atividade da eritrócito transcetolase >1,20μg /
mL/h
y Riboflavina: eritrócito glutationa redutase >1,2UI/g de
hemoglobina
y Niacina: excreção de N-metil-nicotinamida <5,8μmol/dia
y Vitamina B 6: piridoxal-5-fosfato plasmático <5ng /mL
(20nmol/L)
y Vitamina B12: concentração sérica <24,4ng /dL (180pmol/
L); homocisteína elevada
y Ácido fólico: concentração sérica <0,3μg /dL (7nmol/L);
folato das células vermelhas <315nmol/L
*Para converter as unidades convencionais para o Sistema de
Unidades Internacionais (UI) foram usadas as seguintes referências:
Jays Clinical Services, Clinical Laboratory Software e Consulta a
website: http://dwjay.tripod.com/conversion.html. Acessado em 12
de agosto, 2005. Veja Young DS (Referência 5) para impressão de
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2. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Thiamine, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6,
Folate, Vitamin B12, Pantothenic Acid, Biotin, and Choline.
Washington, DC:National Academy Press. 2000.
3. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and
Carotenoids. Washington, DC:National Academy Press. 2000.
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Reference Intake for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin D,
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style specifications and conversion tables. Ann Intern Med.
1987;106:114-29. Reprinted, J Nutr. 1990;120:20-35.
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE VITAMINAS
(ESPECIFICAR) (IN-54.2)
Definição. Ingestão elevada de alimentos ou
substâncias contendo vitaminas, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Condições fisiológicas, ex.: necessidades
diminuídas de nutrientes, devido à imobilidade
prolongada ou doença renal crônica;
464
y Acesso aos alimentos e suplementos acima
das necessidades; ex.: práticas culturais ou
religiosas, quantidade inadequada de alimentos
e suplementos dados às gestantes, aos idosos
e às crianças;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição quanto aos suplementos e fontes
alimentares de vitaminas;
y Causas psicológicas, ex.: depressão ou distúrbios
alimentares;
y Excesso de dose acidental de formas orais e
suplementares, fontes enterais ou parenterais.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: doença crônicas hepática e renal, insuficiência cardíaca,
câncer
Relatos ou observações de:
y História ou ingestão medida que reflete excesso de
alimentos e suplementos contendo vitaminas, comparada
aos requerimentos estimados, incluindo cereais fortificados,
substitutos de refeições, suplementos de vitaminas-minerais,
outros suplementos dietéticos (ex.: óleo de fígado de peixe ou
cápsulas), alimentação por sonda e/ou soluções parenterais
y Ingestão maior que o Limite Máximo Tolerável (UL) para vitamina
A (como éster de retinol, não como β-caroteno) que é de 600μg/
d para bebês e crianças até 3 anos; 900μg/d para crianças de
4-8 anos; 1.700μg/d para crianças de 9-13 anos, 2.800μg/d
para adolescentes de 14-18 anos, e 3.000μg/d para adultos
y Ingestão maior que a UL para vitamina D, que é de 25μg/dia
para bebês e 50μg/dia para crianças e adultos
y Niacina: o uso clínico de niacinamida em doses elevadas de 1 a
2g, três vezes ao dia, pode levar a efeitos colaterais
Exame Físico
y Vitamina A: mudanças na pele e membranas mucosas: lábios
secos (queilite), secura da mucosa nasal e olhos; eritema,
descamação da pele, queda de cabelos, unhas frágeis. Dor
de cabeça, náusea e vômito. Bebês podem ter fontanela
protuberante; crianças podem desenvolver alterações ósseas
y Vitamina D: níveis elevados de cálcio sérico (hipercalcemia)
e de fósforo sérico (hiperfosfatemia); calcificação dos tecidos
moles (calcinose), incluindo rins, pulmões, coração, e mesmo
a membrana timpânica dos ouvidos, que pode levar a surdez.
Dor de cabeça e náusea. Bebês que recebem quantidades
excessivas de vitamina D podem sentir mal-estar gastrintestinal;
fragilidade óssea e crescimento retardado

(continuação)
y Vitamina K: anemia hemolítica em adultos ou icterícia grave em
bebês tem sido observada em raras ocasiões
y Niacina: liberação de histamina, o que causa rubor, agravamento
da asma ou doença hepática
Dados Laboratoriais
y Vitamina D: cálcio ionizado >5,4mg/dL (1,35mmol/L) com
hormônio da paratireóide elevado, cálcio sérico normal e
fósforo sérico >2,6mg/dL (0,84mmol/L)
y Vitamina K: tempo de protrombina retardado
y Niacina: excreção de N-metil nicotinamida >5,8μmol/dia
y Vitamina B6: piridoxal-5-fosfato plasmático >5ng/mL
(20nmol/L)
y Vitamina A: concentração sérica de retinol >60μg/dL
(2,09μmol/L)
Referências
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5. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Thiamine, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6,
Folate, Vitamin B12, Pantothenic Acid, Biotin, and Choline.
Washington, DC: National Academy Press, 2000.
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Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and
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8. Young DS. Implementation of SI units for clinical laboratory data,
style specifications and conversion tables. Ann Intern Med.
1987;106:114-29. Reprinted, J Nutr. 1990;120:20-35.
Sub-Classe: Ingestão de Minerais (55)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO INSUFICIENTE DE MINERAIS
(ESPECIFICAR) (IN-55.1)
Definição. Ingestão baixa de alimentos ou
substâncias contendo minerais, comparada aos
padrões de referência estabelecidos ou recomendações
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: necessidades aumentadas
de nutrientes, devido à doença catabólica
prolongada, má-absorção, excreção excessiva,
Diagnóstico Nutricional
interação fármaco/nutriente e nutriente/nutriente,
crescimento e maturação;
y Falta de acesso aos alimentos, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas,
restrição de alimento aos idosos e/ou crianças;
y Falta de conhecimento sobre fontes alimentares
de minerais; erro no diagnóstico de intolerância
à lactose/deficiência de lactase; percepção de
mensagens conflitantes dos profissionais da saúde,
dependência inapropriada nos suplementos;
y Causas psicológicas, ex.: depressão e distúrbios
alimentares;
y Causas ambientais, ex.: biodisponibilidade
de nutrientes inadequadamente testada para
alimentos fortificados, bebidas e suplementos;
propaganda inadequada de alimentos/bebidas/
suplementos fortificados como substitutos das
fontes alimentares naturais de nutriente(s).
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
má-absorção como resultado de doença celíaca, síndrome do
intestino curto, doença inflamatória intestinal
y Outros diagnósticos e terapias médicas significativas
y Nível de estrógeno
y Latitude geográfica e história de exposição aos raios ultravioleta/
uso de protetor solar
y Mudança no meio-ambiente/independência
y Uso de revistas populares/internet como fonte de informação
médica ou nutricional
Observações/relatos de ingestão mineral insuficiente da dieta,
comparado à recomendada:
y Restrição de alimentos e/ou eliminação de grupo(s) de alimentos
integrais da dieta
y Falta de interesse nos alimentos
y Escolhas alimentares inadequadas e/ou comportamento de
restrição crônica
y Ingestão excessiva de sódio, ingestão/exposição inadequada de
vitamina D
Exame Físico
y Cálcio: densidade mineral óssea diminuída, hipertensão,
síndrome do ovário policístico, síndrome pré-menstrual, cálculos
renais, pólipos intestinais, obesidade
Medidas Antropométricas
y Perda de estatura
465
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Dados Laboratoriais
y Cálcio: conteúdo mineral ósseo abaixo da média em adultos
jovens. Hipocalciúria, 25(OH)D sérico <32ng/mL
y Fósforo <2,6mg/dL (0,84mmol/L)
y Magnésio <1,8mg/dL (0,7mmol/L)
y Ferro: hemoglobina <13g/dL (homens); <12g/L (mulheres)
y Iodo urinário: <100μg/L (788nmol/L)
y Cobre sérico: <64μg/dL (10μmol/L)
*Para converter as unidades convencionais para o Sistema de
Unidades Internacionais (UI), foram usadas as seguintes referências:
Jays Clinical Services, Clinical Laboratory Software e Consulta a
website: http://dwjay.tripod.com/conversion.html. Acessado em 12
de agosto, 2005. Veja Young DS (Referência 5) para impressão de
fatores de conversão.
Referências
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DIAGNÓSTICO: INGESTÃO EXCESSIVA DE MINERAIS
(ESPECIFICAR) (IN-55.2)
Definição. Ingestão elevada de minerais
fornecidos por alimentos, suplementos,
medicamentos ou água, comparada aos padrões
de referência estabelecidos ou recomendações
466
baseadas nas necessidades fisiológicas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Alimentos da moda;
y Excesso acidental de suplementação;
y Ingestão de variedade limitada de alimentos;
y Falta de conhecimento sobre o manejo de um
estado de doença diagnosticado, que requer
restrição de minerais, como a doença hepática
colestática (cobre e manganês) e a insuficiência
renal (fósforo, magnésio, potássio).
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Distúrbios gastrintestinais (ferro, magnésio, cobre, zinco,
selênio)
y Anemia por deficiência de cobre (zinco)
y Dano hepático (cobre, ferro), do esmalte dos dentes ou fluorose
esquelética (flúor)
Relatos ou observações de:
y Ingestão elevada de alimentos ou suplementos contendo
minerais, comparada às DRIs
y Diminuição do apetite (suplementação de zinco)
Exame Físico
y Alterações nos cabelos e unhas (selênio)
Dados Laboratoriais
Mudanças nos valores laboratoriais apropriados, como:
y ↑ TSH (suplementação de iodo)
y ↓ HDL (suplementação de zinco)
y ↑ ferritina sérica e saturação de transferrina (sobrecarga de
ferro)
y Hiperfosfatemia
y Hipermagnesemia
Referências
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ed. Washington, DC:ILSI Press, 2001.
2. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron,
Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel,

Silicon, Vanadium, Zinc. Washington, DC:National Academy Press,
2001.
3. National Academy of Sciences, Institute of Medicine. Dietary
Reference Intakes for Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin
D, and Fluoride. Washington, DC:National Academy Press, 1997.
4. Position of the American Dietetic Association: Food and nutrition
misinformation. J Am Diet Assoc. 2002;102:260-266.
DOMÍNIO: NUTRIÇÃO CLÍNICA
Dentro do domínio “Nutrição Clínica”, que tem o
código NC, estão contidas três classes. A seguir estão
descritos a etiologia e os indicadores nutricionais de
cada uma das classes deste domínio.
Classe: Condição Funcional (NC-1)
DIAGNÓSTICO: DIFICULDADE NA DEGLUTIÇÃO (NC-
1.1)
Definição. Alteração do movimento do alimento e
líquido da boca até o estômago.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento, culturais
e/ou ambientais:
y Causas mecânicas, ex.: inflamação, cirurgia,
estenose ou tumores oral, faringeal ou esofageal;
y Causas motoras, ex.: desordens neurológicas
ou musculares, como paralisia cerebral,
acidente vascular cerebral, esclerose múltipla,
escleroderma, prematuridade.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento de
disfagia, acalasia
y Achados radiológicos, ex.: estudos anormais de deglutição
y Infecções respiratórias superiores repetidas e/ou pneumonia
Observações ou relatos de:
y Tosse, engasgos, mastigação prolongada, reservas de alimentos
na boca, regurgitação, mudanças na expressão facial durante a
alimentação, tempo de alimentação prolongado, produção de
baba, sons respiratórios ruidosos “molhados”, sensação de que
“o alimento ficou preso”, dor durante a deglutição
y Diminuição da ingestão alimentar
y Restrição de alimentos
y Resistência às refeições
Diagnóstico Nutricional
Exame Físico
y Evidência de desidratação, ex.: membranas mucosas secas,
pobre turgor da pele
Referência
1. Braunwald E, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Jameson
JL, eds. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 15th ed. New
York, NY:McGraw-Hill, 2001.
DIAGNÓSTICO: DIFICULDADE NA MASTIGAÇÃO (NC-
1.2)
Definição. Alteração da capacidade de morder ou
mastigar os alimentos para a deglutição.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Má-formações craniofaciais;
y Cirurgia oral;
y Disfunção neuromuscular;
y Perda parcial ou completa da dentição;
y Doença nos tecidos moles (manifestações orais
ou primárias de uma doença sistêmica);
y Xerostomia.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
alcoolismo, doença de Alzheimer; câncer de cabeça e pescoço
ou de faringe, paralisia cerebral, lábio leporino, infecções do
tecido oral (ex.: candidíase), retardo no desenvolvimento,
manifestações orais de doença sistêmica (ex.: artrite reumatóide,
lupus, doença de Crohn, pênfigo, HIV, diabetes)
y Cirurgia oral recente de grande porte
y Mandíbula amarrada
y Quimioterapia com efeitos colaterais orais
y Radioterapia na cavidade oral
Relatos ou observações de:
y Diminuição da ingestão de alimento
y Alterações na ingestão usual de alimentos
y Diminuição na ingestão ou recusa de alimento difícil em
transformar em bolo, ex.: oleaginosas, pedaços de carne, ave,
peixe, frutas e hortaliças
y Recusa de alimentos com textura apropriada para a idade
y Tempo prolongado de alimentação
467
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico

DIAGNÓSTICO: DIFICULDADE NA AMAMENTAÇÃO

Exame Físico (NC-1.3)
y Falta de dentes
y Alterações nos nervos cranianos V, VII, IX, X, XII Definição. Incapacidade de sustentar a nutrição
y Lábios e língua secos ou rachados infantil através da amamentação.
y Lesões orais
y Movimento alterado da língua Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
y Dentadura mal fixada ou quebrada de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
Referências patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
1. Bailey R, Lekikwe JH, Smiciklas-Wright H, Mitchell DC, Jensen
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lingual preso
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468

Exame Físico
y Anormalidade no freio lingual (bebê)
Medidas Antropométricas
y Qualquer perda de peso ou baixo ganho de peso no bebê
Dados Laboratoriais
y Evidência laboratorial de desidratação no bebê
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6. Wooldrige MS, Fischer C. Colic, “overfeeding” and symptoms of
lactose malabsorption in the breast-fed baby. Lancet. 1988;2:382-
384.
DIAGNÓSTICO: ALTERAÇÃO NA FUNÇÃO
GASTRINTESTINAL (NC-1.4)
Definição. Mudanças na capacidade de digerir ou
absorver nutrientes.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Alterações na estrutura anatômica gastrintestinal,
ex.: bypass gástrico, Y de Roux;
y Mudanças na motilidade do trato gastrintestinal,
ex.: gastroparesia;
y Função comprometida do trato gastrintestinal,
ex.: doença celíaca, doença de Crohn, infecção,
radioterapia;
y Função comprometida de órgãos relacionados ao
trato gastrintestinal, ex.: pâncreas, fígado;
y Comprimento funcional diminuído do trato
gastrintestinal, ex.: síndrome do intestino curto.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
Diagnóstico Nutricional
História Global e Alimentar/Nutricional
y Anorexia, náusea, vômito, diarréia, esteatorréia, obstipação, dor
abdominal
y Resultados de exames endoscópicos ou colonoscópicos,
resultados de biópsia
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: má-absorção, má-digestão, esteatorréia, obstipação,
diverticulite, doença de Crohn, doença inflamatória intestinal,
fibrose cística, doença celíaca, síndrome do cólon irritável,
infecção
y Procedimentos cirúrgicos, ex.: esofagectomia, dilatação,
gastrectomia, vagotomia, bypass gástrico, ressecção intestinal
Observações ou relatos de:
y Recusa ou limitação da ingestão total ou de alimento/grupos
alimentares específicos devido a sintomas gastrintestinais, ex.:
formação de gases, cólicas, dor, diarréia, esteatorréia (fezes
gordurosas, odor fétido), especialmente após a ingestão de
alimentos
y Falta de conhecimento relacionado aos alimentos e à nutrição,
ex.: falta de informação, informação incorreta, ou não-aderência
à dieta modificada ou esquema de medicamentos
Exame Físico
y Diminuição da massa muscular
y Distensão abdominal
y Aumento dos ruídos intestinais (em alguns casos, diminuição)
Medidas Antropométricas
y Debilidade devido à desnutrição, em casos graves
Dados Laboratoriais
y Estudos anormais de enzimas digestivas e de gordura fecal
y Testes anormais do hidrogênio respiratório, da d-xilose, na cultura
de fezes e no esvaziamento gástrico, e/ou tempo anormal de
trânsito do intestino curto
Referência
1. Braunwald E, Fauci AS, Kasper DL, Hauser SL, Longo DL, Jameson
JL, eds. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 15th ed. New
York, NY:McGraw-Hill, 2001.
Classe: Condição Bioquímica (NC-2)
DIAGNÓSTICO: ALTERAÇÃO NA UTILIZAÇÃO DE
NUTRIENTES (NC-2.1)
Definição. Mudanças na capacidade de absorver
ou metabolizar nutrientes e substâncias bioativas.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Alterações na estrutura anatômica
gastrintestinal;
y Função comprometida do trato gastrintestinal;
y Função comprometida dos órgãos relacionados à
função gastrintestinal, ex.: pâncreas, fígado;
y Diminuição do comprimento funcional do trato
gastrintestinal;
y Desordens metabólicas.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
469
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Diarréia, esteatorréia, dor abdominal
y Resultados de exames endoscópicos ou colonoscópicos,
resultados de biópsia
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: má-absorção, má-digestão, fibrose cística, doença celíaca,
doença de Crohn, infecção, radioterapia, erros inatos do
metabolismo
y Procedimentos cirúrgicos, ex.: bypass gástrico, ressecção
intestinal
Observações ou relatos de:
y Recusa ou limitação de ingestão total ou de alimentos/grupos
alimentares específicos, devido a sintomas gastrintestinais, ex.:
formação de gases, cólicas, dor, diarréia, esteatorréia (fezes
gordurosas, odor fétido), especialmente após a ingestão de
alimento
Exame Físico
y Distensão abdominal
y Diminuição ou aumento dos ruídos intestinais
y Evidência de deficiência de vitamina ou mineral, ex.: glossite,
queilose, lesões bucais
Medidas Antropométricas
y Perda de peso ≥5% em 1 mês, ou ≥10% em 6 meses
y Retardo ou falha no crescimento
Dados Laboratoriais
y Estudos anormais de enzimas digestivas e gordura fecal
y Testes anormais do hidrogênio respiratório e da d-xilose
y Testes anormais de erros inatos do metabolismo
Referências
1. Beyer P. Gastrointestinal disorders: Roles of nutrition and the
dietetics practitioner. J Am Diet Assoc. 1998;98:272-277.
2. Position of the American Dietetic Association: Health implications of
dietary fiber. J Am Diet Assoc. 2002;102:993-1000.
DIAGNÓSTICO: ALTERAÇÃO NOS VALORES
LABORATORIAIS ASSOCIADOS À NUTRIÇÃO (NC-2.2)
Definição. Mudanças na capacidade de eliminar
produtos finais de processos metabólicos e digestivos.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Disfunção renal, hepática, cardíaca, endócrina,
neurológica e/ou pulmonar;
y Disfunção de outros órgãos que levam à mudanças
bioquímicas.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
470
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: doença renal ou hepática, alcoolismo, desordens
cardiopulmonares
Observações ou relatos de:
y Anorexia, náusea, vômito
y Incapacidade para consumir as refeições completas, devido à
dispnéia ou distensão abdominal
y Ingestão excessiva de alimentos ricos em proteínas, potássio,
fósforo, sódio, líquido
y Ingestão inadequada de micronutrientes
y Falta de conhecimento sobre alimentos e nutrição, ex.: falta
de informação, informação incorreta ou não-aderência à dieta
modificada
Exame Físico
y Icterícia, edema, ascite, coceira (desordens hepáticas)
y Edema, respiração curta (desordens cardíacas)
y Unhas azuladas, abaulamento das unhas (desordens
pulmonares)
Medidas Antropométricas
y Mudanças rápidas de peso
y Alteração em outras medidas antropométricas
Dados Laboratoriais
Achados como:
y Aumento da AST, ALT, bilirrubinas totais e amônia séricas
(desordens hepáticas)
y Níveis séricos anormais de uréia, creatinina, potássio, fósforo e
taxa de filtração glomerular (TFG) anormal (desordens renais)
y Alteração no pO2 e pCO2 (desordens pulmonares)
y Anormalidades nos lipídeos séricos
y Anormalidades nos níveis de glicemia
y Anormalidades em outros achados de desordens agudas ou
crônicas, com origem ou conseqüência nutricional
Referências
1. Beto JA, Bansal VK. Medical nutrition therapy in chronic kidney
failure: integrating clinical practice guidelines. J Am Diet Assoc.
2004;104:404-409.
2. Davern II TJ, Scharschmidt BF. Biochemical liver tests. In:
Feldman M, Scharschmidt BF, Sleisenger MH, eds. Sleisenger
and Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease, ed 6, vol 2.
Philadelphia, Pa:WB Saunders, 1998:1112-1122.
3. Durose CL, Holdsworth M, Watson V, Przygrodzka F. Knowledge
of dietary restrictions and the medical consequences of
noncompliance by patients on hemodialysis are not predictive of
dietary compliance. J Am Diet Assoc. 2004;104:35-41.
4. Kasiske BL, Lakatua JD, Ma JZ, Louis TA. A meta-analysis of
the effects of dietary protein restriction on the rate of decline in
renal function. Am J Kidney Dis. 1998;31:954-961.
5. Knight EL, Stampfer MJ, Hankinson SE, Spiegelman D, Curhan
GC. The impact of protein intake on renal function decline in
women with normal renal function on mild renal insufficiency.
Ann Inter Med 2003;138:460-467.
6. Nakao T, Matsumoto, Okada T, Kanzawa Y, Yoshino M, Nagaoka
Y, Takeguchi F. Nutritional management of dialysis patients:
balancing among nutrient intake, dialysis dose, and nutritional
status. Am J Kideny Dis. 2003;41:S133-S136.
 Diagnóstico Nutricional

7. National Kidney Foundation. Part 5. Evaluation of laboratory

measurements for clinical assessment of kidney disease. Am J Dados Laboratoriais
Kidney Dis. 2002;39:S76-S92. y Alterações nos testes bioquímicos, baseados no efeito do
8. National Kidney Foundation. Guideline 9. Association of level of medicamento e na condição do paciente
GRF with nutritional status. Am J Kidney Dis. 2002;39:S128-
S142.
Referência
1. Position of the American Dietetic Association: Integration of nutrition
DIAGNÓSTICO: INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE
and pharmacotherapy. J Am Diet Assoc. 2003;103:1363-1370.
(NC-2.3)
Definição. Interações indesejáveis/perigosas
Classe: Condição do Peso (NC-3)
entre o alimento e os fármacos não-controlados (de
DIAGNÓSTICO: BAIXO PESO (NC-3.1)
venda livre) ou prescritos; ervas e/ou suplementos
Definição. Baixo peso corporal, comparado
dietéticos que diminuem, elevam ou alteram o efeito
aos padrões de referência estabelecidos ou
dos nutrientes e/ou fármacos.
recomendações.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
culturais e/ou ambientais:
y Ingestão ou administração de medicamento
y Distúrbio no padrão alimentar;
combinado com alimento, resultando em
y Atividade física em excesso;
interações prejudiciais/indesejáveis.
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
nutrição e tópicos relacionados;
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
y Ingestão inadequada de energia;
durante o processo de avaliação nutricional.
y Necessidades energéticas aumentadas;
Fornecem evidência de que um problema existe.
y Acesso limitado aos alimentos.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
durante o processo de avaliação nutricional.
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
Fornecem evidência de que um problema existe.
métodos de avaliação do estado nutricional.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
História Global e Alimentar/Nutricional
y Múltiplos fármacos (de venda livre, prescritos, ervas ou
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
suplementos dietéticos) que são conhecidos por apresentar estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
interações fármaco-alimento
métodos de avaliação do estado nutricional.
y Fármacos que necessitam de suplementação de nutriente, pois
pode não ser alcançado via alimentos, como a isoniazida e a
vitamina B6. História Global e Alimentar/Nutricional
Observações ou relatos de:
y Desnutrição, deficiência de vitamina/mineral
y Ingestão problemática ou irregular de medicamentos de venda
y Doença ou incapacidade física
livre, prescritos, ervas ou suplementos dietéticos, como:
y Doença mental, demência, confusão
Š Óleos de peixe e sangramento prolongado
y TMR medida maior que a esperada e/ou estimada
Š Coumadin e alimentos ricos em vitamina K
y Medicamentos que afetam o apetite, ex.: estimulantes para
Š Dieta rica em gordura, enquanto em uso de medicamentos
desordem de hiperatividade e déficit de atenção
redutores de colesterol
y Atleta, dançarino ou ginasta
Š Suplementos de ferro, obstipação e dieta pobre em fibra
Relatos ou observações de:
y Ingestão que não apóia o uso de fármacos de venda livre,
y Ingestão inadequada de alimentos, comparada às necessidades
prescritos, ervas ou suplementos dietéticos, como diuréticos
estimadas ou medidas
perdedores de potássio
y Suprimento limitado de alimento em casa
y Alterações no apetite ou paladar
y Alimentos da moda, dietas para perda de peso
Medidas Antropométricas y Fome
y Alterações nas medidas antropométricas, baseadas no efeito y Recusa em comer
do medicamento e condições do paciente, ex.: ganho de peso y Atividade física maior do que a recomendada
e corticosteróides

471
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Exame Físico
y Diminuição das reservas de proteínas somáticas, perda muscular
(gluteal e temporal)
Medidas Antropométricas
y Peso para idade <5º percentil para bebês abaixo de 12 meses
y Diminuição das pregas cutâneas e circunferência muscular do
braço
y IMC <18,5kg/m2 (maioria dos adultos)
y IMC para idosos (acima de 65 anos) <23kg/m2
y IMC <5º percentil (crianças de 2-19 anos)
Referências
1. Assessment of nutritional status. In: Kleinman R, ed. Pediatric
Nutrition Handbook, 5th ed. Chicago, Ill: Americam Academy
of Pediatrics, 2004:407-423.
2. Beck AM, Ovesen LW. At which body mass index and degree of
weight loss should hospitalized elderly patients be considered
at nutritional risk? Clin Nutr. 1998;17:195-198.
3. Blaum CS, Fries BE, Fiatarone MA. Factors associated with low
body mass index and weight loss in nursing home residents. J
Gerontology: Med Sci. 1995;50A:M162-M168.
4. Position of the American Dietetic Association: Domestic food
and nutrition security. J Am Diet Assoc. 2002;102:1840-
1847.
5. Position of the American Dietetic Association: Addressing world
hunger, malnutrition, and food insecurity. J Am Diet Assoc.
2003;103:1046-1057.
6. Position of the American Dietetic Association: Nutrition
intervention in the treatment of anorexia nervosa, bulimia
nervosa, and eating disorder not otherwise specified (EDNOS).
J Am Diet Assoc. 2001;101:810-819.
7. Schneider SM, Al-Jaouni R, Pivot X, Braulio VB, Rampal P,
Hebuerne X. Lack of adaptation to severe malnutrition in
elderly patients. Clin Nutr. 2002;21(6):499-504.
8. Spear BA. Adolescent growth and development. J Am Diet
Assoc. 2002 (suppl);102:S23-S29.
DIAGNÓSTICO: PERDA DE PESO INVOLUNTÁRIA
(NC-3.2)
Definição. Diminuição não planejada ou desejada
do peso corporal.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Causas fisiológicas, ex.: necessidades
aumentadas de nutrientes, devido à doença
catabólica prolongada;
y Falta de acesso aos alimentos, ex.: restrições
econômicas, práticas culturais ou religiosas,
restrição de alimento ao idoso e/ou criança;
y Hospitalização prolongada;
y Fatores psicológicos;
y Falta de habilidade para a auto-alimentação.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
472
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
AIDS/HIV, queimaduras, doença pulmonar obstrutiva crônica,
fratura de ossos do quadril/longos, infecção, cirurgia, trauma,
hipertireoidismo (não tratado), alguns tipos de câncer ou doença
metastática (especificar)
y Medicamentos associados à perda de peso, como certos
antidepressivos ou quimioterápicos
Relatos ou observações de:
y Ingestão normal ou usual em face à doença
y Ingestão deficiente, mudanças nos hábitos alimentares, “pula”
refeições
y Mudança em como as roupas se ajustam no corpo, ex.:
tornaram-se mais frouxas
Exame Físico
y Febre
y Aumento da freqüência cardíaca
y Aumento da freqüência respiratória
y Perda de gordura subcutânea e reservas musculares
Medidas Antropométricas
y Perda de peso ≥5% em 1 mês, ≥7,5% em 3 meses e ≥10%
em 6 meses
Referências
1. Collins N. Protein-energy malnutrition and involuntary weight
loss: Nutritional and pharmacologic strategies to enhance
wound healing. Expert Opinion Pharmacother. 2003;7:1121-
1140.
2. Splett PL, Roth-Yousey LL, Vogelzang JL. Medical nutrition
therapy for the prevention and treatment of unintentional
weight loss in residential healthcare facilities. J Am Diet Assoc.
2003;103:352-362.
3. Wallace JL, Schwartz RS, LaCroix AZ, Uhlmann RF, Pearlman RA.
Involuntary weight loss in older patients: incidence and clinical
significance. J Am Geriatr Soc. 1995;43:329-337.
DIAGNÓSTICO: SOBREPESO/OBESIDADE (NC-3.3)
Definição. Aumento da adiposidade, comparada
aos padrões de referência estabelecidos ou
recomendações.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento, culturais
e/ou ambientais:
y Necessidades energéticas diminuídas;
y Padrões alimentares desordenados;
y Ingestão energética excessiva;
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Despreparo para uma dieta/mudança de estilo de
vida;

y Inatividade física;
y Estresse psicológico/de vida aumentado.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
hipotireoidismo, síndrome metabólica, desordens alimentares
não específicas, depressão
y Incapacidade ou limitação física
y História de abuso físico, sexual ou emocional
y TMR menor do que a esperada e/ou estimada
y Medicamentos que têm impacto na TMR, ex.: propanolol,
glipizida
Relatos ou observações de:
y Consumo excessivo de alimentos ou bebidas ricos em gordura
e/ou com densidade calórica alta
y Grandes porções de alimentos (tamanho das porções duas
vezes maior do que o recomendado)
y Ingestão excessiva de energia
y Atividade física não freqüente e de baixa duração, e/ou de baixa
intensidade
y Grandes quantidades de atividades sedentárias, ex.: televisão,
leitura, computador em horários de lazer e de trabalho/escola
y Incerteza quanto às recomendações relacionadas à nutrição
y Incapacidade para aplicar as recomendações relacionadas à
nutrição
y Incapacidade para manter o peso ou o reganho de peso
y Indisposição ou desinteresse na aplicação das recomendações
relacionadas à nutrição
Exame Físico
y Aumento da adiposidade corporal
Medidas Antropométricas
y IMC acima do padrão normativo para a idade e o sexo
y Circunferência da cintura acima do padrão normativo para a
idade e o sexo
y Pregas cutâneas aumentadas
y Peso para altura acima do padrão normativo para a idade e o
sexo
Referências
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(suppl A):14A-15A.
2. Dickerson RN, Roth-Yousey L. Medication effects on metabolic rate:
a systematic review (Part 2). J Am Diet Assoc. 2005;105:1002-
1009.
3. Dckerson RN, Roth-Yousey L. Medication effects on metabolic rate:
a systematic review (Part 1). J Am Diet Assoc. 2005;105:835-
841.
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SM, Schron E. Maintenance of dietary behavior change. Health
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5. Position of the American Dietetic Association: Weight management.
J Am Diet Assoc. 2002;102:1145-1155.
6. Position of the American Dietetic Association: Total diet approach
to communicating food and nutrition information. J Am Diet Assoc.
2002;102:10-108.
Diagnóstico Nutricional
7. Position of the American Dietetic Association: The role of dietetics
professionals in health promotion and disease prevention. J Am Diet
Assoc. 2002;102:1680-1687.
8. Position of the American Dietetic Association: Nutrition intervention
in the treatment of anorexia nervosa, bulimia nervosa, and eating
disorder not otherwise specified (EDNOS). J Am Diet Assoc.
2001;101:810-819.
9. Shepherd R. Resistance to changes in diet. Proc Nutr Soc.
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10. US. Preventive Services Task Force. Behavioral counseling in primary
care to promote a healthy diet. Am J Prev Med. 2003;24:93-100.
DIAGNÓSTICO: GANHO DE PESO INVOLUNTÁRIO
(NC-3.4)
Definição. Ganho de peso acima do desejado ou
planejado.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Doença causando ganho de peso inesperado,
devido a trauma de cabeça, imobilidade, paralisia
ou condição relacionada;
y Uso crônico de medicamentos conhecidos
por causar ganho de peso, como certos
antidepressivos, antipsicóticos, corticosteróides,
certos medicamentos para HIV;
y Condição que leva ao ganho excessivo de peso
líquido.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento de
asma, doença psiquiátrica, condições reumáticas, HIV/AIDS,
síndrome de Cushing, obesidade, síndrome de Prader-Willi
y Administração de líquido acima dos requerimentos
y Alteração nos hábitos de sono, insônia
y Fraqueza muscular
y Fadiga
y Medicamentos associados ao aumento do apetite
Relatos ou observações de:
y Ingestão compatível às necessidades estimadas ou medidas
y Mudanças recentes no nível de ingestão alimentar
y Uso de álcool, narcóticos
y Fome extrema, com ou sem palpitações, tremor e sudorese
y Inatividade física ou mudanças no nível de atividade física
473
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Exame Físico
y Acúmulo de gordura: reservas subcutâneas excessivas de
gordura
y Lipodistrofia associada aos medicamentos para HIV: aumento
na gordura dorsocervical, aumento dos seios e da circunferência
abdominal
y Edema
y Dispnéia
y Sensibilidade ao frio, obstipação, perda de cabelos
Medidas Antropométricas
y História de peso: observação de algum aumento no peso maior
que o planejado ou desejado, como 10% em 6 meses
y Mudança perceptível na distribuição da gordura corporal
Dados Laboratoriais
y Diminuição da albumina sérica, hiponatremia, níveis séricos
elevados de lipídeos em jejum, níveis elevados de glicose em
jejum, níveis flutuantes de hormônios
Referências
1. Lichtenstein, K, Delaney K, Ward D, Palella F. Clinical factors
associated with incidence and prevalence of fat atrophy and
accumulation (abstract P64). Antivir Ther. 2000;5:61-62.
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3. Safri S, Grundfeld C. Fat distribuition and metabolic changes in
patients with HIV infection. AIDS. 1999;13:2493-2505.
4. Sattler F. Body habits changes related to lipodystrophy. Clin Infect
Dis. 2003;36:S84-S90.
DOMÍNIO: COMPORTAMENTO NUTRICIONAL
(CN)
Dentro do domínio “Comportamento Nutricional”,
que tem o código CN, estão contidas três classes. A
seguir estão descritos a etiologia e sinais e sintomas
de cada uma das classes deste domínio.
Classe: Conhecimento e Crenças (CN-1)
DIAGNÓSTICO: DEFICIÊNCIA DE CONHECIMENTO
SOBRE ALIMENTOS E NUTRIÇÃO (CN-1.1)
Definição. Conhecimento incompleto ou impreciso
sobre alimentos, nutrição e quanto às informações e
guias relacionados. Ex.: requerimentos de nutrientes,
conseqüências dos comportamentos alimentares,
requerimentos nos estágios da vida, recomendações
nutricionais, condições de doenças, função fisiológica,
ou sobre produtos.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Falta de exposição prévia à informação;
474
y Barreira da língua ou cultural, que causa impacto
na habilidade de captar a informação;
y Incapacidade de aprendizado, prejuízo neurológico
ou sensorial;
y Exposição prévia à informação incompatível;
y Exposição prévia à informação incorreta;
y Indisposição para aprender, ou desinteresse em
captar a informação.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Cliente ou cuidador não tem conhecimento prévio, ou tem
necessidade de recomendações relacionadas aos alimentos e
à nutrição
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
doença mental
y Novo diagnóstico médico, ou mudança no diagnóstico ou
condição existente
(continuação)
Observações ou relatos de:
y Verbaliza a informação de forma imprecisa ou incompleta
y Fornece resposta escrita ao questionário/ferramenta de forma
imprecisa ou incompleta, ou é incapaz de ler material escrito
y Demonstra incapacidade para aplicar informações relacionadas
à nutrição, ex.: incapacidade de selecionar alimentos com base
na terapia nutricional ou incapacidade de preparar a alimentação
do bebê, conforme recebeu instrução
y Relata preocupação quanto às tentativas anteriores de
aprender
y Verbaliza indisposição ou desinteresse para aprender
Referências
1. Crawford S. Promoting dietary change. Can J Cardiol. 1995;11
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2. Kumanyika SK, Van Horn L, Bowen D, Perri MG, Rolls BJ, Czajkowski
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3. Position of the American Dietetic Association: Weight management.
J Am Diet Assoc. 2002;102:1145-1155
4. Position of the American Dietetic Association: Total diet approach
to communicating food and nutrition information. J Am Diet Assoc.
2002;102:1680-1687.
5. Position of the American Dietetic Association: The role of dietetics
professionals in health promotion and disease prevention. J Am Diet
Assoc. 2002;102:1680-1687
6. Shepherd R. Resistance to changes in diet. Proc Nutr Soc.
2002;61:267-272.
7. US Preventive Services Task Force. Behavioral counseling in primary
care to promote a healthy diet. Am J Prev Med. 2003;24:93-100.

DIAGNÓSTICO: ATITUDES/CRENÇAS PERIGOSAS
QUANTO AOS ALIMENTOS OU TÓPICOS RELACIONADOS À
NUTRIÇÃO (CN-1.2)
Definição. Atitudes/crenças e práticas sobre
alimentos, nutrição e tópicos relacionados que são
incompatíveis com os princípios da nutrição saudável,
cuidado nutricional ou condição/doença (excluindo padrões
alimentares irregulares ou distúrbios alimentares).
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Descrença na informação sobre alimento e
nutrição baseada em evidência;
y Exposição à informação incorreta sobre alimentos
e nutrição;
y Comportamento alimentar que serve a um
propósito diferente ao da nutrição (ex.: pica);
y Desejo de cura para uma doença crônica, através
do uso de terapia alternativa.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
obesidade, diabetes, câncer, doença cardiovascular, doença
mental
Relatos ou observações de:
y Fetiche alimentar, pica
y Alimentos da moda
y Ingestão que reflete um desequilíbrio dos grupos alimentares/
nutrientes
y Restrição de alimentos/grupos alimentares (ex.: açúcar, trigo,
alimentos cozidos)
Referências
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and breast cancer. J Nutr Educ Behav. 2003;35:135-141.
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Diagnóstico Nutricional
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535.
DIAGNÓSTICO: DESPREPARO PARA MUDANÇA NA
DIETA/ESTILO DE VIDA (CN-1.3)
Definição. Falha em perceber o valor dos benefícios
relacionados à mudança de comportamento em relação
aos custos (conseqüências ou esforços necessários
para a mudança ocorrer); conflito com valores pessoais
de estrutura/propósito.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre alimentos,
nutrição e tópicos relacionados;
y Deficiências cognitivas ou incapacidade de
focalizar nas mudanças dietéticas;
y Falta de apoio social para a implementação de
mudanças;
y Negação à necessidade de mudança;
y Percepção de que o tempo, fatores interpessoais
ou restrições financeiras impedem as mudanças;
y Indisposição ou desinteresse no aprendizado das
informações;
y Falta de auto-eficácia para fazer a mudança, ou
desmoralização diante de falhas em mudanças
anteriores.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
475
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
História Global e Alimentar/Nutricional
y Novos diagnósticos médicos, mudança no diagnóstico existente
ou condição, ou não-aderência crônica
Relatos ou observações de:
y Negação à necessidade de mudanças relacionadas aos
alimentos e à nutrição
y Incapacidade para entender as mudanças necessárias
y Falha para manter compromissos/esquema de retornos, ou para
iniciar o aconselhamento
y Falhas anteriores para, efetivamente, mudar o comportamento-
alvo
y Posição defensiva, hostilidade ou resistência à mudança
y Falta de eficácia para fazer a mudança ou para derrubar barreiras
à mudança
Exame Físico
y Linguagem corporal negativa, ex.: franzimento das sobrancelhas,
ausência de contato dos olhos, postura defensiva, falta de foco,
inquietude (Nota: a linguagem corporal varia entre culturas)
Referências
1. Crawford S. Promoting dietary change. Can J Cardiol. 1995;11:14A-
15A.
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6. Position of the American Dietetic Association: The role of dietetics
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7. Resnicow K, Jackson A, Wang T, De A, McCarty F, Dudley W,
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fruit and vegetable intake through black churches: Results of the Eat
for Life trial. Am J Public Health. 2001;91:1686-1693
8. Shepherd R. Resistance to changes in diet. Proc Nutr Soc.
2002;61:267-272.
9. US Preventive Services Task Force. Behavioral counseling I primary
care to promote a healthy diet. Am J Prev Med. 2003;24:93-100.
DIAGNÓSTICO: DEFICIÊNCIA NO AUTO-
MONITORAMENTO (CN-1.4)
Definição. Deficiência de registros de dados
para rastrear o progresso pessoal.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
nutrição;
y Falta de apoio social para implementação
das mudanças;
y Ausência de valor para a mudança de
comportamento ou valores conflitantes;
y Percepção da falta de recursos, ex.: tempo,
476
apoio financeiro ou social que impedem o
auto-monitoramento;
y Barreira cultural que interfere na capacidade
de rastrear o progresso pessoal;
y Deficiência de aprendizado, alteração
neurológica ou sensorial;
y Exposição prévia à informação incompatível;
y Despreparo para realizar mudança na dieta/
estilo de vida;
y Indisposição ou desinteresse para rastrear o
progresso;
y Falta de foco e atenção para detalhar;
dificuldade com o gerenciamento de tempo
e/ou organização.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Diagnósticos requerendo auto-monitoramento: ex.: diabetes
mellitus, obesidade, nova ostomia
y Novo diagnóstico médico, ou mudança no diagnóstico/condição
existente
Relatos ou observações de:
y Registros de auto-monitoramento incompletos, ex.: glicemia,
ingestão alimentar e de líquido, peso, atividade física, registro
da excreção pela ostomia
y Constrangimento ou irritação em relação à necessidade de
auto-monitoramento
y Incerteza de como completar os registros de monitoramento
y Incerteza com relação às mudanças que poderiam/deveriam
ser feitas em resposta aos dados nos registros de auto-
monitoramento
y Ausência de equipamento de auto-controle, ex.: monitor de
glicemia
Medidas Antropométricas
y Dados registrados incompatíveis com o estado de peso ou
dados de padrão de crescimento, ex.: ingestão dietética não é
compatível com o peso ou o padrão de crescimento
Dados Laboratoriais
y Dados registrados incompatíveis com os dados bioquímicos,
ex.: ingestão alimentar não é compatível com os resultados
laboratoriais
Referências
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6. Kumanyika SK, Van Horn L, Bowen D, Perri MG, Rolls BJ,
Czajkowski SM, Schron E. Maintenance of dietary behavior
change. Health Psychol. 2000;19(1 suppl):S42-S56
7. Lichtman SW, Pisaska K, Berman ER, Pestone M, Dowling H,
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1995:103-111.
DIAGNÓSTICO: DISTÚRBIO NO PADRÃO ALIMENTAR
(CN-1.5)
Definição. Crenças, atitudes, pensamentos
e comportamentos relacionados aos alimentos,
alimentação e controle de peso, incluindo distúrbios
alimentares clássicos e condições similares, menos
graves, que têm impacto negativo a saúde.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Desejo obsessivo de ser magro, relacionado
a fatores familiares, sociais, biológicos ou
genéticos;
y Preocupação/regulação do peso, que
influencia significativamente a auto-estima.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Bradicardia (freqüência cardíaca <60 batimentos/min),
hipotensão (sistólica <90mmHg) e hipotensão ortostática
(anorexia nervosa)
y Vômito auto-induzido, diarréia, obstipação e flatulência (bulimia
nervosa)
y Relatos de freqüente sensação de frio (anorexia nervosa)
y Mal uso de laxantes, enemas, diuréticos, estimulantes
metabólicos (anorexia nervosa, bulimia nervosa)
Diagnóstico Nutricional
(continuação)
y Fraqueza muscular, fadiga, arritmias cardíacas, desidratação e
desequilíbrio eletrolítico (anorexia nervosa, bulimia nervosa)
y Diagnóstico, ex.: anorexia nervosa, bulimia nervosa, ingestão
alimentar compulsiva, desordem alimentar não especificada,
amenorréia
y História de distúrbios do humor e ansiedade (ex.: depressão,
desordem obsessiva compulsiva), distúrbios de personalidade,
abuso de substâncias
y História familiar de depressão, ansiedade (anorexia nervosa,
bulimia nervosa)
y Restrição de eventos sociais onde o alimento é servido (anorexia
nervosa, bulimia nervosa)
Relatos ou observações de:
y Restrição de alimentos ou bebidas contendo calorias
y Medo dos alimentos, pensamentos deturpados com relação
a ele ou à experiências alimentares (anorexia nervosa, bulimia
nervosa)
y Negação à fome (anorexia nervosa)
y Preocupação com os alimentos (anorexia nervosa, bulimia
nervosa)
y Instruído(a) quanto à dieta da moda atual (anorexia nervosa,
bulimia nervosa, desordem alimentar não específica)
y Jejum (anorexia nervosa, bulimia nervosa)
y Ingestão de grande quantidade de alimentos em determinado
período de tempo, sensação de falta de controle sobre a
alimentação durante o episódio (bulimia nervosa, desordem
alimentar não específica)
y Atividade física em excesso (anorexia nervosa, bulimia nervosa,
desordem alimentar não específica)
y Alimenta-se muito mais rapidamente do que o normal, até
sentir-se desconfortavelmente cheio; consumo de grandes
quantidades de alimentos quando não tem a sensação de fome
física; alimenta-se sozinho porque se sente embaraçado pelo
quanto está comendo; sensação de frustração com si mesmo,
sente-se deprimido ou muito culpado após a alimentação em
excesso (desordem alimentar não específica)
y Come sozinho (anorexia nervosa, bulimia nervosa)
y Pensamentos irracionais sobre como os alimentos afetam o
corpo (anorexia nervosa, bulimia nervosa, desordem alimentar
não específica)
y Padrão de dieta crônica
y Preocupação com o peso
y Dependência excessiva dos termos de nutrição e preocupação
com o conteúdo de nutrientes dos alimentos
y Inflexibilidade com a seleção de alimentos
Exame Físico
y Reservas de proteína somática e de gordura gravemente
depletadas (anorexia nervosa)
y Formação de penugem na face e tronco, cabelos quebradiços e
opacos, cianose das mãos e pés, pele seca (anorexia nervosa)
y Reservas normais ou em excesso de tecido adiposo, e reservas
de proteínas somáticas normais (bulimia nervosa, desordem
alimentar não específica)
y Esmalte dos dentes danificado (bulimia nervosa)
y Glândulas parótidas aumentadas (bulimia nervosa)
y Edema periférico (bulimia nervosa)
y Perda de músculo esquelético (anorexia nervosa)
y Arritmias cardíacas (anorexia nervosa, bulimia nervosa)
y Irritabilidade, depressão (anorexia nervosa, bulimia nervosa)
y Incapacidade de concentração (anorexia nervosa)
y Sinal de Russell positivo (bulimia nervosa), calos no dorso das
mãos devido ao vômito auto-induzido
477
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico

DIAGNÓSTICO: ADERÊNCIA LIMITADA ÀS

Medidas Antropométricas
y IMC <17,5kg/m2, crescimento e desenvolvimento interrompidos,
falha para ganho de peso durante período de crescimento
esperado, peso <85% do esperado (anorexia nervosa)
y IMC >29kg/m2 (desordem alimentar não específica)
y Flutuação significativa de peso (bulimia nervosa)
Dados Laboratoriais
y Colesterol elevado, perfil anormal de outros lipídeos,
hipoglicemia, hipocalemia (anorexia nervosa)
y Hipocalemia e alcalose hipoclorêmica (bulimia nervosa)
y Hipotensão, bradicardia, temperatura corporal baixa,
hiponatremia, anemia, hipotireoidismo, leucopenia, uréia sérica
elevada (anorexia nervosa)
y Urina positiva para cetonas (anorexia nervosa)
Referências
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RECOMENDAÇOES RELACIONADAS À NUTRIÇÃO (CN-1.6)
Definição. Ausência de mudança relacionada à
nutrição após intervenção concordada pelo cliente
ou população.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Ausência de apoio social para a
implementação de mudanças;
y Ausência de valor para a mudança de
comportamento, ou valores conflitantes;
y Percepção de que o tempo ou restrições
financeiras impedem as mudanças;
y Insucesso anterior na execução das
mudanças relacionadas à saúde;
y Compreensão deficiente de como e porque
fazer mudanças;
y Indisposição para aplicar ou desinteresse
nas informações.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
Relatos ou observações de:
y Resultados esperados, relacionados ao alimento/nutrição, não
alcançados
y Incapacidade para recordar mudanças a que se comprometeu
y Falha em completar qualquer tarefa assumida com o terapeuta
y Falta de aderência ou aderência incompatível com o plano
y Falha em manter os compromissos (consultas) ou programar o
acompanhamento
y Falta de apreciação sobre a importância de realizar as mudanças
recomendadas, relacionadas à nutrição
y Incerteza de como aplicar, consistentemente, a informação
sobre alimentos/nutrição
Exame Físico
y Linguagem corporal negativa, ex.: franzimento da testa, falta de
contato visual, irritação (Nota: a linguagem corporal varia entre
culturas)
Medidas Antropométricas
y Resultados antropométricos esperados não são alcançados

478
 Diagnóstico Nutricional

Fornecem evidência de que um problema existe.

Dados Laboratoriais
y Resultados laboratoriais esperados não são alcançados Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
Referências gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
1. Crawford S. Promoting dietary change. Can J Cardiol. 1995;11 nutricional (um ou mais devem estar presentes)
(suppl A):14A-15A.
2. Kumanyika SK, Van Horn L, Bowen D, Perri MG, Rolls BJ, Czajkowski estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
SM, Schron E. Maintenance of dietary behavior change. Health métodos de avaliação do estado nutricional.
Psychol. 2000;19(1 suppl);S42-S56.
3. Position of the American Dietetic Association: Total diet approach
to communicating food and nutrition information. J Am Diet Assoc. História Global e Alimentar/Nutricional
2002;102:100-108.
4. Shepherd R. Resistance to changes in diet. Proc Nutr Soc. y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.:
2002;61:267-272. doença mental
5. US Preventive Services Task Force. Behavioral counseling in primary Relatos ou observações de:
care to promote a healthy diet. Am J Prev Med. 2003;24:93-100. y Ingestão incompatível com guias alimentares ou Pirâmide
(ex.: omissão de grupos inteiros de nutrientes, ingestão
desproporcional, como suco para crianças muito pequenas)
DIAGNÓSTICO: ESCOLHAS ALIMENTARES y Compreensão imprecisa ou incompleta dos guias alimentares
INDESEJÁVEIS (CN-1.7) y Incapacidade para aplicar as informações dos guias
Definição. Escolhas de alimentos/bebidas alimentares
y Incapacidade (ex.: acesso), indisposição ou desinteresse na
que são incompatíveis com as recomendações de seleção de alimentos compatíveis com os guias alimentares
nutrientes, guias alimentares ou Pirâmide, ou com Exame Físico
os objetivos definidos na prescrição ou no processo y Achados consistentes com deficiência ou excesso de vitaminas
e minerais
de cuidado nutricional.
Dados Laboratoriais
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de y Perfil lipídico, ou outros, anormais
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos, Referências
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento, 1. Birch LL, Fisher JÁ. Appetite and eating behavior in children. Pediatr
Clin North Am. 1995;42:931-953.
culturais e/ou ambientais: 2. Butte N, Cobb K, Dwyer J, Graney L, Heird W, Richard K. The start
y Falta de exposição anterior à informação, ou má healthy feeding guidelines for infants and toddlers. J Am Diet Assoc.
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y Indisposição ou desinteresse no aprendizado da 12. Story M, Holt K, Sofka D, eds. Bright Futures in Practice: Nutrition,
2nd ed. Arlington, Va: National Center for Education in Maternal
informação; Child Health, 2002.
y Limitações psicológicas. 13. Pelto GH, Levitt E, Thairu L. Improving feeding practices, current
patterns, common constraints and the design of interventions. Food
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico Nutr Bull. 2003;24:45-82.
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.

479
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
Classe: Atividade Física e Função (CN-2)
DIAGNÓSTICO: INATIVIDADE FÍSICA (CN-2.1)
Definição. Baixo nível de atividade ou
comportamento sedentário, reduzindo o gasto
energético e causando impacto à saúde.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Restrições financeiras que podem impedir o nível
suficiente de atividade;
y Crenças/atitudes prejudiciais sobre atividade
física;
y Lesão ou mudança no estilo de vida que reduz a
atividade física ou atividades do dia-a-dia;
y Falta de educação anterior sobre a necessidade
de realizar atividade física ou como incorporar o
exercício, ex.: incapacidade física, artrite;
y Ausência de modelos a seguir, ex.: para crianças;
y Falta de apoio social, espaço ambiental e/ou
equipamento;
y Falta de ambiente seguro para a atividade física;
y Ausência de valores ou valores conflitantes para a
mudança de comportamento;
y Restrições de tempo.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Baixa resistência cardiorespiratória e/ou baixa resistência
muscular
y Diagnóstico médico que pode estar associado ou resultar em
diminuição da atividade, ex.: artrite, síndrome da fadiga crônica,
obesidade mórbida, cirurgia do joelho
y Medicamentos que podem causar sonolência e diminuir a
capacidade cognitiva
y Diagnóstico psicológico, ex.: depressão, ansiedade
Relatos ou observações de:
y Atividade física esporádica, de baixa duração e/ou de baixa
intensidade
y Grandes quantidades de atividades sedentárias, ex.: assistir
televisão, leitura, uso de computador nas horas de lazer e de
trabalho/escola
y Barreiras para a atividade física, ex.: restrições de tempo,
disponibilidade de ambiente seguro para o exercício
480
Referências
1. Position of the American Dietetic Association: Weight management.
J Am Diet Assoc. 2002; 102:1145-1155.
2. Position of the American Dietetic Association: Total diet approach
to communicating food and nutrition information. J Am Diet Assoc.
2002; 102:100-108.
3. Position of the American Dietetic Association: The role of dietetics
professionals in health promotion and disease prevention. J Am Diet
Assoc. 2002; 102:1680-1687.
DIAGNÓSTICO: EXCESSO DE EXERCÍCIO (CN-2.2)
Definição. Quantidade de exercício que excede
o que é necessário para melhorar a saúde e/ou o
desempenho atlético.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Distúrbio alimentar;
y Crenças/atitudes irracionais sobre alimentos,
nutrição e forma física;
y Personalidade/comportamento para o “vício”.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento
típico de achados subjetivos e objetivos, reunidos
durante o processo de avaliação nutricional.
Fornecem evidência de que um problema existe.
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
ex.: anorexia nervosa, bulimia nervosa, ingestão alimentar
compulsiva, distúrbios alimentares não específicos, amenorréia
Relatos ou observações de:
y Níveis continuamente/repetidamente elevados de exercícios,
excedendo os níveis necessários para melhorar a saúde e/ou o
desempenho atlético
y Exercícios diários sem dias de descanso/reabilitação
y Exercício enquanto está doente/machucado
y Abandono da família, trabalho, responsabilidades sociais em
função do exercício
Exame Físico
y Reservas de gordura e de proteínas somáticas depletadas
(geralmente relacionado ao distúrbio alimentar)
y Lesões e/ou doenças prolongadas e freqüentes
y Fadiga crônica
y Inflamação muscular crônica
Medidas Antropométricas
y Perda de peso, crescimento e desenvolvimento retardados, falha
para ganho de peso durante o período de crescimento esperado
(geralmente relacionado ao distúrbio alimentar)

Dados Laboratoriais
y Enzimas hepáticas elevadas, ex.: LDH, AST
y Estado alterado de micronutrientes, ex.: ferritina sérica e zinco
diminuídos
y Hematócrito aumentado
y Função imune suprimida
y Níveis de cortisol possivelmente elevados
Referências
1. Aissa-Benhaddad A, Boiux D, Khaled S, Micallef JP, Mercier J,
Bringer J, Brun JF. Early hemorheologic aspects of overtraining in
elite athletes. Clin Hemorheol Microcirc. 1999;20:117-125.
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3. Davis C, Brewer H, Ratusny D. Behavioral frequency and
psychological commitment: necessary concepts in the study of
excessive exercising. J Behav Med. 1993;16:611-628.
4. Davis C, Claridge G. The eating disorder as addiction: a
psychobiological perspective. Addict Behav. 1998;23:463-475.
5. Davis C, Kenedy SH, Ravelski E, Dionne M. The role of physical
activity in the development and maintenance of eating disorders.
Psychol Med. 1994;24:957-967.
6. Klein DA, Bennett AS, Schebendach J, Foltin RW, Devlin MJ, Walsh
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and pilot data. CNS Spectr. 2004;9:531-537.
7. Lakier-Smith L. Overtraining, excessive exercise, and altered
immunity: this a helper-1 vs helper-2 lymphocyte response?
Sports Med. 2003;33:347-364.
8. Position of the American Dietetic Association: Nutrition intervention
in the treatment of anorexia nervosa, bulimia nervosa, and eating
disorder not otherwise specified (EDNOS). J Am Diet Assoc.
2001;101:810-819.
9. Shephard RJ, Shek PT. Acute and chronic over-exertion: do
depressed immune responses provide useful markers? Int J
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10. Smith LL. Tissue Trauma: the underlying cause of overtraining
syndrome? J Strength Cond Res. 2004;18:185-193.
11. Urhausen A, Kindermann W. Diagnosis of overtraining: what tools
do we have. Sports Med. 2002;32:95-102.
DIAGNÓSTICO: INCAPACIDADE OU FALTA DE
DESEJO PARA CONDUZIR O AUTO-CUIDADO (CN-2.3)
Definição. Incapacidade ou indisposição para
implementar métodos que apóiem o comportamento
saudável relacionado aos alimentos e à nutrição.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:
y Pouco conhecimento relacionado aos alimentos
e à nutrição;
y Ausência de um cuidador ou apoio social para a
implementação de mudanças;
y Despreparo para realizar tarefas de auto-cuidado,
ex.: crianças;
y Ausência de valor ou valores conflitantes para
mudança de comportamento;
y Percepção que a falta de recursos (tempo,
financeiro, apoio das pessoas) impede o auto-
Diagnóstico Nutricional
cuidado;
y Crenças e práticas culturais;
y Incapacidade de aprendizado, alteração
neurológica ou sensorial;
y Exposição anterior à informação incompatível;
y Despreparo para mudança da dieta/estilo de
vida;
y Indisposição ou desinteresse no aprendizado/
aplicação das informações;
y Ausência de ferramentas de auto-cuidado ou
guias de decisão.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante o
processo de avaliação nutricional. Fornecem evidência de
que um problema existe. Ou seja, quantificam o problema
e descrevem sua gravidade. Indicadores potenciais
desse diagnóstico nutricional (um ou mais devem estar
presentes) estão mostrados no quadro a seguir, divididos
por métodos de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Doenças que estão associadas à necessidade de auto-
monitoramento, ex.: diabetes mellitus, obesidade, doença
cardiovascular, doença renal ou hepática
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento; ex.:
alteração cognitiva ou emocional
y Novo diagnóstico médico, ou mudança no diagnóstico ou na
condição existente
Relatos ou observações de:
y Incapacidade para interpretar os dados ou ferramentas de auto-
monitoramento
y Constrangimento ou irritação em relação à necessidade de
auto-monitoramento
y Incerteza com relação às mudanças que podem/devem ser feitas
em resposta aos dados dos registros de auto-monitoramento
Referências
1. Position of The American Dietetic Association: Providing nutrition
services for infants, children, and adults with development disabilities
and special health care needs. J Am Diet Assoc. 2004;104:97-
107.
2. Crawford S. Promoting dietary change. Can J Cardiol. 1995;11
(suppl A):14A-15A.
3. Falk LW, Bisogni CA, Sobal J. Diet change processes of participants
in an intensive heart program. J Nutr Educ. 2000;32:240-250.
4. Glasgow RE, Hampson SE, Strycker LA, Ruggiero L. Personal-model
beliefs and social-environmental barriers related to diabetes self-
management. Diabetes Care. 1997;20:556-561.
5. Keenan DP, AbuSabha R, Sigman-Grant M, Achterberg C, Ruffing J.
Factors perceived to influence dietary fat reduction behaviors. J Nutr
Educ. 1999;31:134-144.
6. Kumanyka SK, Van Horn L, Bowen D, Perri MG, Rolls BJ, Czajkowski
SM, Schron E. Maintenance of dietary behavior change. Health
Psychol. 2000;19:S42-S56.
7. Sporny LA, Contento IR. Stages of change in dietary fat reduction:
Social psychological correlates. J Nutr Educ. 1995;27:191.
481
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico

DIAGNÓSTICO: ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE DE nutrition security. J Am Diet Assoc. 2002;102:1840-1847.

PREPARAR ALIMENTOS E REFEIÇÕES (CN-2.4) 7. Position of the American Dietetic Association: Addressing world
hunger, malnutrition, and food insecurity. J Am Diet Assoc.
Definição. Alteração cognitiva ou física que 2003;103:1046-1057.
8. Sandstrom K, Alinder J, Oberg B. Descriptions of functioning and
impede o preparo de alimentos/refeições. health and relations to a gross motor classification in adults with
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de cerebral palsy. Disabil Rehabil. 2004;26:1023-1031.

avaliação nutricional que contribuem para a existência

ou manutenção dos problemas patofisiológicos, DIAGNÓSTICO: QUALIDADE DE VIDA E NUTRIÇÃO
DEFICIENTES (CN-2.5)
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
Definição. Escores baixos de qualidade de vida e
culturais e/ou ambientais:
nutrição, relacionados ao impacto dos alimentos, auto-
y Incapacidade de aprendizado, alteração
imagem, fatores psicológicos, sociais/interpessoais,
neurológica ou sensorial;
físicos ou de auto-eficácia.
y Diminuição da habilidade cognitiva ou mental,
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
ex.: demência;
avaliação nutricional que contribuem para a existência
y Incapacidade física;
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
y Alto nível de fadiga ou outro efeito colateral
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
de terapia.
culturais e/ou ambientais:
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
y Falta de conhecimento sobre alimentos e
de achados subjetivos e objetivos, reunidos
nutrição;
durante o processo de avaliação nutricional.
y Despreparo para mudança na dieta/estilo de
Fornecem evidência de que um problema existe.
vida;
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua
y Impacto negativo da terapia nutricional atual ou
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico
anterior;
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
y Dificuldade no comportamento relacionado aos
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por
alimentos ou à atividade física;
métodos de avaliação do estado nutricional.
y Baixa auto-eficácia;
y Imagem corporal alterada;
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento, ex.: y Insegurança alimentar;
paralisia cerebral, paraplegia, visão alterada, terapia de regime y Falta de apoio social para a implementação de
rigoroso, cirurgia recente
Observações ou relatos de: mudanças.
y Diminuição da ingestão geral Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
y Excesso de consumo de alimentos de conveniência, refeições
pré-preparadas e alimentos preparados fora de casa, resultando
de sinais e sintomas subjetivos e objetivos reunidos
em incapacidade para aderir à prescrição dietética durante o processo de avaliação nutricional que
y Incerteza com relação ao preparo apropriado dos alimentos,
fornece evidência de que um problema existe;
com base na prescrição dietética
y Incapacidade para aquisição e transporte de alimentos para o quantifica o problema e descreve sua gravidade.
domicílio Indicadores potenciais desse diagnóstico
nutricional (um ou mais devem estar presentes)
Referências estão mostrados no quadro a seguir, de divididos
1. Andren E, Grimby G. Activity limitations in personal, domestic and
vocational tasks: a study of adults with inborn and early acquired por métodos de avaliação do estado nutricional.
mobility disorders. Disabil Rehabil, 2004;26:262-271.
2. Andren E, Grimby G. Dependence in daily activities and life
satisfaction in adult subjects with cerebral palsy or spina bifida: a História Global e Alimentar/Nutricional
follow-up study. Disabil Rehabil. 2004;26:528-536.
y Novo diagnóstico médico, ou mudança no diagnóstico ou na
3. Fortin S, Godbout L, Braun CM. Cognitive structure of executive
condição existente
deficits in frontally lesioned head trauma patients performing
y Outro estilo de vida recente ou mudanças na vida, ex.: parou de
activities of daily living. Cortex. 2003;39:273-291.
4. Godbout L, Doucet C, Fiola M. The scripting of activities of daily living fumar, iniciou exercício, mudou de emprego ou de residência
in normal aging: anticipation and shifting deficits with preservation Relatos ou observações de:
of sequencing. Brain Cogn. 2000;43:220-224. y Classificação de Qualidade da Dieta desfavorável
5. Position of The American Dietetic Association: Providing nutrition y Frustração ou insatisfação com as recomendações da terapia
services for infants, children, and adults with development disabilities nutricional
and special health care needs. J Am Diet Assoc. 2004;104:97- y Informação imprecisa ou incompleta relacionada às
107. recomendações da terapia nutricional
6. Position of the American Dietetic Association: Domestic food and

482
 Diagnóstico Nutricional

(continuação) História Global e Alimentar/Nutricional

y Incapacidade para mudar o comportamento relacionado aos y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento,
alimentos ou à atividade física ex.: desordens neurológicas, doença de Parkinson, doença
y Preocupação com relação às tentativas anteriores de de Alzheimer, discinesia Tardive, esclerose múltipla, derrame,
compreender as informações paralisia, retardo no crescimento
y Indisposição ou desinteresse no aprendizado da informação y Limitações físicas, ex.: braços fraturados, tração, contraturas
y Cirurgia que requer posição recumbente
y Demência/síndrome cerebral orgânica
y Disfagia
Referências y Perda de peso
1. Barr JT, Schumacher GE. The need for a nutrition-related quality-of-
life measure. J Am Diet Assoc. 2003;103:177-180. y Encurtamento da respiração
2. Barr JT, Schumacher GE. Using focus groups to determine what y Tremores
constitutes quality of life in clients receiving medical nutrition Relatos ou observações de:
therapy: First steps in the development of a nutrition quality-of-life y Oferta de alimentos que não são propícios à auto-alimentação,
survey. J Am Diet Assoc. 2003;103:844-851. ex.: ervilhas, caldos
y Fechamento deficiente dos lábios, presença de baba
y Deixar cair copos, utensílios
DIAGNÓSTICO: DIFICULDADE NA AUTO-ALIMENTAÇÃO y Sofrimento emocional, ansiedade ou frustração em relação às
(CN-2.6) refeições
Definição. Alteração nas ações de colocar y Falha para reconhecer alimentos
y Esquece de comer
alimentos ou bebidas na boca. y Uso inapropriado de alimentos
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de y Recusa em comer ou mastigar
y Deixar cair alimentos ou utensílios em tentativas repetidas de
avaliação nutricional que contribuem para a existência se alimentar
ou manutenção dos problemas patofisiológicos, y Mordidas nos utensílios
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento, Exame Físico
y Membranas mucosas secas, voz rouca, extrusão da língua
culturais e/ou ambientais:
y Incapacidade para segurar copos e utensílios
Referências
para auto-alimentação; 1. Consultant Dietitians in Healthcare Facilities. Dining Skills
y Incapacidade para apoiar e/ou controlar a Supplement: Practical Interventions for Caregivers of Eating
Disabled Older Adults. Pensacola, Fla: American Dietetic
cabeça e o pescoço; Association;1992.
2. Morley JE. Anorexia of aging: physiological and pathologic. Am J
y Falta de coordenação da mão para a boca;
Clin Nutr. 1997;66:760-773.
y Força física ou movimentação limitada; 3. Position of The American Dietetic Association: Providing nutrition
services for infants, children, and adults with development
y Incapacidade para dobrar o cotovelo ou disabilities and special health care needs. J Am Diet Assoc.
punho; 2004;104:97-107.
4. Sandman P, Norberg A, Adolfsson R, Eriksson S, Nystrom L.
y Incapacidade para sentar com as pernas Prevalence and characteristics of persons with dependency on
dobradas e as costas retas; feeding at institutions. Scand J Caring Sci. 1990;4:121-127.
5. Siebens H, Trupe E, Siebens A, Cooke F, Anshen S, Hanauer R,
y Acesso limitado aos alimentos especiais para a Oster G. Correlates and consequences of feeding dependency. J
auto-alimentação; Am Geriatr Soc. 1986;34:192-198.
6. Vellas B, Fitten LJ, eds. Research and Practice in Alzheimer’s
y Visão limitada; Disease. New York, NY: Springer Publishing Company;1998.
y Relutância ou negação da auto-alimentação.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico Classe: Segurança Alimentar e Acesso aos Alimentos
de achados subjetivos e objetivos, reunidos (CN-3)
DIAGNÓSTICO: INGESTÃO DE ALIMENTO NÃO-
durante o processo de avaliação nutricional. SEGURO (CN-3.1)
Fornecem evidência de que um problema existe. Definição. Ingestão intencional ou não-
Ou seja, quantificam o problema e descrevem sua intencional de alimento e/ou líquido contaminado
gravidade. Indicadores potenciais desse diagnóstico com toxinas, produtos venenosos, agentes
nutricional (um ou mais devem estar presentes) infecciosos, agentes microbianos, aditivos,
estão mostrados no quadro a seguir, divididos por alérgenos e/ou agentes de bioterrorismo.
métodos de avaliação do estado nutricional. Etiologia. Fatores reunidos durante o processo
de avaliação nutricional que contribuem para
a existência ou manutenção dos problemas
patofisiológicos, psicosociais, situacionais, de
desenvolvimento, culturais e/ou ambientais:

483
Avaliação do Estado Nutricional e Diagnóstico
y Falta de conhecimento sobre alimentos
potencialmente não-seguros;
y Falta de conhecimento sobre alimentos/
alimentação adequada, estoque e venenos em amostras de sangue ou alimento
preparação, ex.: fórmula enteral e infantil, ou
leite materno;
y Exposição à água ou alimento contaminado,
ex.: manifestação súbita de doença na
comunidade, documentada por agência de
saúde;
y Doença mental, confusão ou consciência
alterada;
y Armazenamento inadequado de alimento no
equipamento, ex.: geladeira;
y Abastecimento inadequado de alimento
seguro, ex.: não acesso aos mercados
que possuem alimento seguro e não-
contaminado.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
evidência de que um problema existe. Ou seja,
quantificam o problema e descrevem sua gravidade.
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional
(um ou mais devem estar presentes) estão
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos
de avaliação do estado nutricional.
História Global e Alimentar/Nutricional
y Condições associadas a um diagnóstico ou um tratamento de
doença causada por alimento, como: infecção bacteriana, viral
e parasitária, doença mental, demência
y Envenenamento por fármacos, substâncias biológicas ou
drogas
y Envenenamento por substâncias de alimento venenoso ou
plantas venenosas
y Diarréia, cólicas, flatulência, febre, náusea, vômito, problemas
de visão, calafrios, tonturas, dores de cabeça
y Mudanças cardíacas, neurológicas, respiratórias
Observações/relatos de ingestão de alimento potencialmente não-
seguro (ex.: gestante e lactante):
y Mercúrio contido em peixes e em itens não-alimentares
y Ovos crus, produtos derivados do leite não pasteurizado, queijos
cremosos, carnes mal-passadas (bebês, crianças, pessoas
imunocomprometidas, gestantes, lactantes e idosos)
y Plantas e frutas silvestres, cogumelos
Observações/relatos de alimento/alimentação ou práticas de
armazenamento e preparo (fórmulas enterais e infantis, ou leite
materno) não-seguras
Exame Físico
• Evidência de desidratação, ex.: membranas mucosas secas,
tecidos danificados
484
Dados Laboratoriais
y Cultura de fezes positiva para causas infecciosas, como listeria,
salmonela, hepatite A, E. coli, cyclospora
y Relatos toxicológicos sobre a presença de drogas, medicamentos,
Referências
1. Center for Disease Control and Prevention. Diagnosis and
Management of Foodborne Illness: A Primer for Physicians.
Available at: www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5304a1.
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datatool.htm. Accessed July, 2, 2004.
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4. Partnership for Food Safety Education. Four steps. Available at:
http://www.fightbac.org/foursteps.cmf?section=4. Accessed July,
2, 2004.
DIAGNÓSTICO: ACESSO LIMITADO AOS ALIMENTOS
(CN-3.2)
Definição. Capacidade diminuída de adquirir
alimentos de fontes (ex.: mercado, horta, distribuidor
de refeições), devido à restrições financeiras, alteração
física, falta de apoio do cuidador ou condições de vida
não-seguras (ex.: a alta criminalidade impede a ida ao
mercado). Limitação na ingestão alimentar devido à
preocupação com o peso ou com a idade.
Etiologia. Fatores reunidos durante o processo de
avaliação nutricional que contribuem para a existência
ou manutenção dos problemas patofisiológicos,
psicosociais, situacionais, de desenvolvimento,
culturais e/ou ambientais:
y Cuidador, intencionalmente ou não, impede
o acesso ao alimento, ex.: necessidades não
alcançadas de alimento ou de assistência para
a alimentação, abuso/negligência;
y Restrições geográficas e da comunidade quanto
à aquisição e transporte;
y Falta de recursos financeiros ou de acesso a
esses recursos, para aquisição suficiente de
alimento;
y Programas comunitários limitados ou ausentes
de alimentos suplementares;
y Falha na participação de programas
alimentares;
y Limitações físicas ou psicológicas que diminuem
a capacidade para comprar; ex.: andar, visão,
saúde mental/emocional.
Indicadores Nutricionais. Agrupamento típico
de achados subjetivos e objetivos, reunidos durante
o processo de avaliação nutricional. Fornecem
 Diagnóstico Nutricional

evidência de que um problema existe. Ou seja, de um indivíduo ou grupo.

quantificam o problema e descrevem sua gravidade. A iniciativa da Associação Americana de
Indicadores potenciais desse diagnóstico nutricional Dietética (ADA), em relação à criação de listas e
(um ou mais devem estar presentes) estão códigos padronizados de diagnõsticos nutricionais,
mostrados no quadro a seguir, divididos por métodos é de extrema importância em âmbito mundial. Sem
de avaliação do estado nutricional. dúvidas, o modelo permite melhor organização,
qualidade e valorização dos serviços nutricionais. A
História Global e Alimentar/Nutricional ferramenta deve ser bem estudada, compreendida
y Desnutrição, deficiência de vitaminas ou minerais e aplicada. Dessa forma, serão possíveis futuros
y Doença ou incapacidade física
y Condição associada a um diagnóstico ou um tratamento, ex.: estudos de validação de seus componentes.
doença mental, demência
y Falta de sistema de apoio conveniente
Relatos ou observações de:
y Alimentos da moda
y Crença de que o envelhecimento pode ser retardado pelas
REFERÊNCIAS
limitações dietéticas e exercício extremo
y Fome 1. Lacey K, Pritchett E: Nutrition care process and model: ADA adopts
y Ingestão inadequada de alimentos e/ou nutrientes específicos road map to quality care and outcomes management. J Am Diet
y Suprimento limitado de alimentos em casa Assoc 103(8):1061-1072, 2003
y Variedade limitada de alimentos 2. American Dietetic Association: Nutrition Diagnosis: A Critical Step in
the Nutrition Care Process. Chicago, American Dietetic Association,
Exame Físico 2006
y Achados compatíveis com deficiência de vitaminas e minerais
Medidas Antropométricas
y Falha no crescimento, com base nos padrões do National Center
for Health Statistics (NCHS)
y Baixo peso (IMC <18,5kg/m2)
Dados Laboratoriais
y Indicadores de macronutrientes ou reservas de vitaminas/
minerais

Referências
1. Position of the American Dietetic Association: Domestic food and
nutrition security. J Am Diet Assoc. 2002;102:1840-1847.
2. Position of the American Dietetic Association: Addressing world
hunger, malnutrition, and food insecurity. J Am Diet Assoc.
2003;103:1046-1057.

CONCLUSÃO

O diagnóstico nutricional é um componente integral

do processo de cuidado. Ele é a identificação, a
rotulagem de problemas nutricionais específicos. Para
identificar um diagnóstico nutricional é necessário
experiência e treinamento em todos os métodos
de avaliação do estado nutricional, além de visão
holística do indivíduo ou do grupo.
A padronização da terminologia dos diagnósticos
nutricionais facilita a comunicação entre os
profissionais. Também, é um meio de documentar
e estabelecer resultados realistas e mensuráveis,
formular intervenções, acompanhar e avaliar as
mudanças de cada cliente/paciente. A identificação
de diagnósticos ajuda os profissionais a estabelecer
prioridades no planejamento do cuidado nutricional

485