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Instituto de Psicologia
Disciplina: Psicofisiologia II
Professora: Cátia
ESQUIZOFRENIA E
ALTERAÇÕES COGNITIVAS
Alunas:
Anastacia Cristina Monteiro André
Leticia Medeiros Hasan Jaber
INTRODUÇÃO
CAUSA DA ESQUIZOFRENIA
Ainda não se sabe qual é a causa da esquizofrenia. Os estudos apontam para uma
multifatoriedade, na qual evidencia-se a importância da hereditariedade e de distúrbios
neuroquímicos para o aparecimento da doença.
A discussão levou à elaboração de várias hipóteses que consideram que a
esquizofrenia pode estar relacionada com os seguintes temas:
• O fator bioquímico
• A biologia molecular
• A genética
• O estresse
Sabe-se que o estresse não provoca esquizofrenia, mas sim agrava seus
sintomas.
• O uso de drogas
• A infecção viral
SINTOMAS
POSITIVOS
Delírios: são idéias ou pensamentos que não correspondem à realidade, das quais a
pessoa tem convicção absoluta e, por isso, não se importa com o que os outros pensem
ou com provas ou evidências que contrariem sua crença. Normalmente, a pessoa
acredita estar sendo atormentada, seguida, enganada, espionada ou ridicularizada.
Muitas vezes os delírios são criados como meio de explicar as alucinações.
Alteração da sensação do eu: As pessoas com essas alterações dizem que não são
elas mesmas, que uma outra entidade apoderou-se de seu corpo e que já não é ela
mesma, ou simplesmente que não existe, que seu corpo não existe.
NEGATIVOS
Falta de motivação e apatia: a pessoa não consegue mais se divertir, nem mesmo se
interessa por atividades que costumava gostar. Passa o tempo dormindo ou assistindo
televisão. Não se importa com a higiene e a aparência pessoal.
Embotamento afetivo: a pessoa tem o rosto imóvel e irresponsivo, com pouco
contato visual e linguagem corporal reduzida. Ela não sente as emoções como antes e
pode até perceber isso, mas não consegue mudar essa situação. Por causa dessa
indiferença, o esquizofrênico costuma ser incompreendido, mas eles não têm culpa
disso.
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Tipo Catatônico: nesse caso a pessoa está extremamente retraída, negativa e isolada.
Distúrbios psicomotores são proeminentes. A pessoa pode apresentar atividade motora
excessiva, cataplexia (paralisia corporal momentânea), repetir palavras sem sentido,
imitar repetitivamente os movimentos de outros. Esse é um caso que exige muito
cuidado, pois há riscos de desnutrição, exaustão ou ferimentos auto-infligidos.
COMO TRATAR
Não há cura para a esquizofrenia. O seu tratamento visa o controle dos sintomas
e a reintegração do paciente à sociedade.
O uso de antipsicóticos alivia os sintomas na fase aguda da doença e previne
novos episódios da doença. A maioria das pessoas precisa utilizar o medicamento de
forma contínua para não ter novas crises. Os sintomas negativos não são aliviados com
medicações, mas podem melhorar espontaneamente. Acredita-se que o diagnóstico e o
tratamento devem ser feitos o mais cedo possível, pois isso reduz as chances da pessoa
ter novos episódios e necessidade de hospitalização.
Em alguns casos a hospitalização é necessária por causa dos severos delírios e
alucinações, das tendências suicidas, da inabilidade para cuidar de si mesmo ou dos
abusos de álcool e drogas, freqüentes em casos de esquizofrenia. As pessoas com
esquizofrenia morrem mais cedo do que as pessoas normais, e o suicídio é a principal
causa dessas mortes prematuras, entre 10% e 13% dos esquizofrênicos cometem
suicídio, que é resultado de extremas depressões e psicoses, conseqüências da falta de
tratamento.
As drogas antipsicóticas aliviam as alucinações, os delírios e os distúrbios do
pensamento. Cientistas acreditam que esses medicamentos corrigem as alterações nos
processos de comunicação das células cerebrais.
O tratamento psicossocial também é importante, pois oferece apoio tanto para o
paciente quanto para a família. Além disso, como não há medicação para tratar dos
sintomas negativos, a terapia pode ajudar a diminuir a depressão, muito comum nos
esquizofrênicos.
É muito importante também o suporte familiar. É preciso que a família
compreenda bem os aspectos da doença e os efeitos colaterais dos medicamentos, para
que ninguém sinta culpa ou raiva ou crie expectativas que não podem ser alcançadas. A
família deve estar atenta em evitar atitudes hostis, críticas e superproteção, que só
prejudicam o paciente. É fundamental que haja apoio e compreensão para que o
paciente possa ter uma vida independente e conviva satisfatoriamente com a doença.
ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS NA ESQUIZOFRENIA
Ainda não se conhece exatamente o que há de errado com o cérebro que provoca
a esquizofrenia. Nenhum achado anatômico ou patológico foi definido como causador
da esquizofrenia, e nenhum tem sensibilidade nem especificidade suficientes para a sua
aplicação no diagnóstico da esquizofrenia. Embora a esquizofrenia possa estar associada
com volume hipocampal reduzido, ocorre também que a maioria dos pacientes com
esquizofrenia não têm hipocampos anormalmente pequenos. Um número substancial de
pesquisas tem focalizado o sistema dopaminérgico do mesencéfalo e seu papel nos
comportamentos motivacional e emocional. Em doenças em que a função
dopaminérgica fica comprometida os pacientes exibem uma constelação de sintomas,
sugerindo que o sistema dopaminérgico desempenha papel importante na integração de
diversas funções. Subgrupos de neurônios dopaminérgicos recebem informações das
áreas límbica e de associação e as enviam para amplas regiões do córtex e estriado,
incluindo as áreas motoras. O sistema límbico exerce enorme influência sobre a
produção de dopamina e pode por esta razão afetar o aspecto emocional e motivacional
de uma ampla gama de comportamentos.
Especificamente, os neurônios dopaminérgicos são caracterizados pela longa
duração e homogeneidade da sua capacidade de resposta. Isto é, os neurônios por todo o
sistema dopaminérgico do mesencéfalo respondem de forma não preferencial a um
estímulo particular, o que sugere que os neurônios dopaminérgicos são ativados em
paralelo, e não em série ou de forma diferenciada, diante de estímulos ambientais. Estas
respostas estereotipadas estão relacionadas à novidade do estímulo inesperado, às
recompensas primárias e ao estímulo condicionado associado à recompensa.
A ampla variedade de déficits nos esquizofrênicos é compatível com a descarga
de estímulos em paralelo por parte das células dopaminérgicas em resposta a estímulos
de recompensa e com o proposto papel integrador da substância negra. As células da
camada dorsal e o grupo densocelular recebem importante entrada de impulsos da
amígdala e propagam-se amplamente por todo o córtex e por todo o estriado,
respectivamente. Portanto, encontram-se em posição privilegiada para processar
informações sobre recompensa e motivação e, assim, influenciar a execução de uma
ampla variedade de comportamentos, inclusive iniciação de movimentos e cognição. As
células dopaminérgicas que se propagam para o estriado descarregam de forma fásica
estímulos em resposta a condicionamentos ambientais e podem ficar desreguladas na
esquizofrenia.
Os antipsicóticos tradicionais, como o haloperidol, bloqueiam a atividade
neuronal nos receptores de dopamina. Drogas mais recentes, como a risperidona,
bloqueiam receptores dopaminérgicos, mas também outros, como os serotoninérgicos.
Essas drogas controlam os sintomas psicóticos, mas podem gerar efeitos adversos no
sistema nervoso central e até provocar sintomas similares aos da doença de Parkinson.
ALTERAÇÕES COGNITIVAS
ATENÇÃO
FUNÇÕES EXECUTIVAS
MEMÓRIA
CONCLUSÃO
A esquizofrenia é uma doença muito complexa que pode ser causada por mais de
um defeito específico, pois não foi encontrado um modelo único que explique essa
doença. A falta de uma escala de medida adequada para se obter uma descrição precisa
dos sintomas positivos e negativos dificulta o diagnóstico correto e um melhor
tratamento. Também é necessário o desenvolvimento de um modelo que seja capaz de
descrever a interação recíproca entre cognição e afetividade.
As pesquisas de novos medicamentos estão voltadas para uma diminuição dos
efeitos colaterais e uma redução dos sintomas psicóticos, mas ainda não há um
tratamento definitivo para a esquizofrenia.
Os problemas de atenção e memória podem não ser um sintoma da doença, mas
sim o resultado de sintomas como retraimento, distração e falta de motivação. Esses
déficits, contudo, deveriam ser estudados em suas repercussões em atividades sociais e
performance na escola e no trabalho, pois a reintegração social é um objetivo do
tratamento.
BIBLIOGRAFIA
• www.schizophrenia.com
• http://www.icb.ufmg.br/~neurofib/NeuroMed/Seminario/Esquizofrenia/
• http://www.psiqweb.med.br
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• http://www.cpa-apc.org/Publications/Archives/PDF/1996/Sep/supp/stip2.pdf
• http://www.findarticles.com/p/articles/mi_m1200/is_n4_v154/ai_21043772