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Tava olhando uns emails antigos e me deparo com teu comentário (que não vi em tempo).

Eu
não vou cometer o erro do outro lá de dar corda para a alienação, pois acho que é regra da
ordem de vocês se rebelarem contra qualquer impropério dirigido a vossa seita e religião: esse
teu texto é prova disso.

Vou só deixar umas palavrinhas aqui registradas, já sabendo que em questão de fé ninguém
mete a colher.

Vou deixar já fixa uma verdade: não há registro, nos anais da história humana, de alguma
sociedade complexa que tenha implantado os postulados do anarcocapitalismo em sua
totalidade (ponto).

Muito bom seus exemplos do contrário. Eu daria até alguma consideraçãozinha pra eles, se as
relações humanas se resumissem apenas a negociatas (autonomia da vontade). Mas a
disciplina jurídica-criminal já provou que qualquer pessoa pode se achar envolta em uma
relação jurídica da qual não quis participar: ela foi vítima de um crime. Por esse aspecto, nunca
houve anarcocapitalismo em qualquer época, pois se precisa que a pena seja imposta por uma
força superior com a qual o criminoso provavelmente não concordará, visto que não quer ser
punido.

Mesmo que se diga que em um primeiro momento, ele (o criminoso) "assinou" e se sujeitou à
possibilidade de pena, caso viesse a cometer infrações, ali viria a ser instituído o carrasco, ou
seja, o ente superior que aplicaria a pena de forma coercitiva. E não importa a forma de
instituição para o conceito do que é ou não Estado.

Aliás, essa é uma das paredes na frente do anarcocapitalismo desde sempre: como preservar o
princípio da liberdade negocial no tocante aos crimes? Parece simples quando se pensa o
seguinte: o indivíduo feriu o PNA e, por isso, perderá o direito sobre a autopropriedade do
corpo, podendo ser coagido à pena. Resolvido! Só que não! O crime é uma virtualidade. Só se
torna fático depois de julgado e determinado o seu agente. Ou seja, se o (em tese) criminoso
não quiser ir a julgamento, não poderá ser coagido a tanto (pois ainda é, em tese, um cidadão
de bem): não podendo ser julgado, não poderá ser condenado; não podendo ser condenado,
não poderá ser obrigado; não podendo ser obrigado, não poderá ser julgado (se não quiser).
Isso aqui, filhinho, é um paradoxo jurídico. Parece que muitos ancaps pensam que todo crime
é simples e certo como A matou B e acabou-se. Se assim fosse, para que julgamento? Bastaria
a pena.

Mas vamos ficar nisso: "A" matou "B"; "B" não contratou nada com ninguém; e "C" quer
processar "A" pelo crime. Pergunta: quem deu direito a "C" de requerer em nome próprio
direito alheio? Em tese só "B" seria o interessado. Como não outorgou esse direito a ninguém,
o crime não só ficará sem punição, como ficará sem iniciar o processo que resultaria na
punição. Que lindo! É o anarcocapitalismo... Neste, ao direito precede a autonomia da
vontade. Sem autonomia da vontade, sem direito.

E isso de o "direito

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