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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS-
DCTM
ESCOLA POLITÉCNICA DA UFBA - EPUFBA

RELATÓRIO VISITA DE CAMPO:


FERBASA E MINERAÇÃO CARAÍBA.

Salvador
2018
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RELATÓRIO VISITA DE CAMPO:


FERBASA E MINERAÇÃO CARAÍBA.

Relatório de visita realizada às empresas


Ferbasa (Campo Formoso e Andorinha) e
Mineração Caraíba (Pilar e Juazeiro).
Apresentado à disciplina ENGM91
(Planejamento de Lavra I) como requisito de
avaliação.

Salvador
2018
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Sumário
1. DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................ 4
2. FERBASA - DISTRITO CROMITÍFERO DE CAMPO FORMOSO E VALE DO RIO JACURICI ... 4
2.1. DIA 1 – MINA DE COITEZEIROS ................................................................................................... 6
2.2. DIA 2 – MINA DE IPUEIRA .............................................................................................................. 7
3. MINERAÇÃO CARAIBA – UNIDADE MATRIZ E SITE VERMELHOS – VALE DO CURAÇA ..... 8
3.1. DIA 3 - UNIDADE MATRIZ – PILAR .............................................................................................. 9
3.2. DIA 4 - UNIDADE DE VERMELHOS – JUAZEIRO ................................................................... 11
4. REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 12
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1. DISPOSIÇÕES GERAIS

Os alunos que cursam a disciplina Planejamento de Lavra I, de caráter


optativo na grade curricular do curso de Engenharia de Minas da Universidade
Federal da Bahia (UFBA), visitaram as áreas de planejamento e lavra das empresas
Ferbasa - Companhia de Ferro Ligas da Bahia, nos municípios de Campo Formoso
e Andorinha/BA, nos dias 16 e 17 de outubro de 2018 respectivamente, e
posteriormente a Empresa Mineração Caraíba S/A - MCSA, nos municípios de nos
municípios de Pilar e Juazeiro/BA. As visitas, supervisionadas e acompanhadas
pelo Prof. MCs. Gracílio Varjão (Politécnica – UFBA), tiveram como objetivo
observar, analisar e atestar as práticas em campo dos processos e conteúdos
ministrados em sala de aula.

2. FERBASA - DISTRITO CROMITÍFERO DE CAMPO FORMOSO E VALE DO


RIO JACURICI

O cromo é o quinto elemento metálico após o ferro, manganês, alumínio e cobre.


Cromita é um óxido duplo de ferro e cromo: (FeCr2O4), contendo 3,1% de FeO e
67,9% de Cr2O3 .
A cromita, ou minério de cromo, é composta por proporções variadas de óxidos
de cromo, ferro, alumínio e magnésio, além de outros elementos subordinados em
quantidades mínimas, como vanádio, níquel, zinco, titânio, manganês e cobalto.
Com a difusão dos aços inoxidáveis, a cromita e outros minerais tornaram-se
importantes como commodities, e o cromo passou a ser um produto vital na
indústria metalúrgica.
A empresa tem por objetivo a fabricação e comercialização dos diversos tipos
de ferro, cada uma com sua característica e mercado de atuação específico. São
elas:
 Ferro Cromo Alto Carbono (FeCrAC) - Este produto é uma liga de ferro, cromo,
silício e outros elementos. Como elemento liga, o Ferro Cromo Alto Carbono ou
Charge Chrome é usado na fabricação de um grande número de tipos de aço e
ligas especiais. Tem como característica básica o carbono acima de 4%. As
principais utilizações ocorrem na produção de aço resistentes à corrosão, na
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produção de aços de alta resistividade elétrica, aços alta liga (indústria de


automóveis), anti-oxidação e principalmente na produção de aços inoxidáveis.
 Ferro Cromo Baixo Carbono (FeCrBC) - Este produto é uma liga de ferro,
cromo, silício e carbono com teor máximo de 0,15%. É usado durante a
produção de aços para corrigir os teores de cromo, sem provocar variações
indesejáveis no teor de carbono. A sua utilização industrial é a mesma do
FeCrAC, ou seja, na produção de aços especiais e inoxidáveis, com larga
aplicação nas indústrias de bens de consumo.
 Ferro Silício Cromo (FeSiCr) - Este produto é uma liga de ferro, cromo, silício e
outros elementos. Sua aplicação é ser o principal insumo na produção de Ferro
Cromo Baixo Carbono.
 Ferro Silício 75% (FeSi 75%) - O FeSi 75% é produzido a partir do quartzo de
alta pureza, carvão vegetal, minério de ferro, carepa e sucata. O FeSi 75%
Standard é utilizado na produção de aços como desoxidante e elemento de
liga. Na indústria de fundição, como agente grafitizante. O FeSi 75% Alta
Pureza é usado na fabricação de aços ao sílicio de grão orientado (GO) e grão
não orientado (GNO).

O complexo de Campo Formoso possui 9 minas, localizadas ao longo da borda


norte da Serra da Jacobina, cujos nomes, em sequência, são: Catuaba,
Cascabulhos, Camarinha, Pedrinhas, Os Valérios, Coitezeiro, Limoeiro, Mato Limpo
e Gameleira. Atualmente, os trabalhos estão concentrados na mina Coitezeiro.
No complexo de Campo Formoso, ocorrem quatro tipos de mineralizações de
cromo: o minério tipo grau metalúrgico, também denominado lump, de maior
importância econômica, com teores entre 30 e 48% de óxido de cromo (Cr2O3); o
tipo estratificado, também chamado de fitado, com teores variando de 15 a 30%; o
minério disseminado, com teores entre 10 e 20%, associado frequentemente com o
tipo fitado ou em corpos isolados; e o minério tipo friável, que se resume à argila
com cromita disseminada, com faixas de teores idênticas aos tipos disseminado e
estratificado dos quais se originaram.
O Complexo do Vale do Jacurici possui 15 minas, abrangendo os municípios de
Queimadas, Cansanção, Andorinha, Monte Santo e Uauá. As minas encontram-se
distribuídas ao longo da serra de Itiúba, com as seguintes denominações, de Sul
para Norte: Pau Ferro, Barreiro, Laje Nova, Ipueira, Socó, Pindoba, Medrado,
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Lajedo, Riachão II, Riachão I, Monte Alegre, Teiú, Várzea do Macaco II, Várzea do
Macaco I e Logradouro do Juvenal.

Figura 1 - Localização das minas no mapa baiano

2.1. DIA 1 – MINA DE COITEZEIROS

As prospecções geológicas feitas nas encostas da Serra da Jacobina, em


Campo Formoso, deram origem às minas atuais, todas com lavra a céu aberto,
algumas já com pesquisa e avanços de frente subterrânea, através de desmonte
mecânico associado ao uso de explosivos.
Realizamos a visita à Mina de Coitezeiros dia 16 de Outubro de 2018, na cidade
de Campo Formoso. Ao chegarmos fomos direcionados a uma sala de palestras,
recepcionados pelo engenheiro de minas Gildácio, o qual nos orientou a cerca das
práticas realizadas e medidas de segurança cabíveis para uma lavra daquele porte
em operação. Foram abordados tópicos como características gerais do maciço,
disposição do corpo mineral, planejamento de lavra e métodos de lavra para
extração.
O método de lavra é a céu aberto, mecanizada, que consiste no desmonte
mecânico em bancadas com altura e berma de 7,5m, e inclinação de 45° na zona
argilosa, usando tratores e escavadeiras. Na rocha fresca, as bancadas têm 20m de
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altura, inclinação de 70°, berma de 8m e o desmonte é feito com o uso de


explosivos. Neste complexo, a Ferbasa trabalha em duas frentes de lavra, e produz
três tipos de minérios: o lump (38%), disseminado (20%) e friável (18%).
O R.O.M. (minério hematítico) minério é transportado por caminhões fora de
estrada até o pátio de catação, sendo o minério tipo lump (metalúrgico) selecionado
manualmente para britagem. Os minérios dos tipos friável e fino, da seleção manual,
são estocados em bancadas para alimentação da usina de beneficiamento.
No que se refere ao planejamento, é realizada uma única etapa, que abrange
longo, médio e curto prazo. Ao Longo do mês, varias reuniões são realizadas para
acompanhar o planejamento e tomar as medidas necessárias diante de cada
situação. Toda anomalia orçamentaria deve ser justificada, mesmo que seja
positiva.
Como software de planejamento é utilizado o Vulcan, porem parte das
atividades de planejamento e desmonte são feitas na ferramenta Excel. Os dados
da geologia são lançados no Vulcan e o modelo geológico é criado, onde os blocos
possuem dimensões de 10x12x12m.

2.2. DIA 2 – MINA DE IPUEIRA

Realizamos uma visitação a mina Ipueira da Ferbasa no dia 17/10/2018, no


município de Andorinha, a qual caracteriza-se pela extração de Cromita,
diretamente da Serra da Jacobina.
Na chegada fomos recebidos pela engenheira de planejamento Mileide
Freitas e pelo engenheiro de operação Laercio, os quais nos direcionaram a uma
sala de palestras onde foram apresentadas as etapas de planejamento e operação,
assim como o sistema de ventilação de mina.
Na mina Ipueira emprega-se lavra subterrânea, totalmente mecanizada,
variando entre os métodos abatimento em blocos e alargamentos por subnível. Os
painéis alcançam em média 14 a 25m de altura, e a perfuração é efetuada no
sentido ascendente e em leque, com equipamento especializado (Fan Drill). O corpo
é dividido em painéis de 500 a 500 m, pois o encontra-se bastante verticalizado,
chegando a ter 6 galerias em um mesmo nível.
No complexo Ipueira, o planejamento, assim como Coitezeiros, não se divide
em longo, médio e curto prazo, mas se tem a pretensão de implantar tal divisão. Os
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dados de sondagens são recebidos pela geologia e lançados no Vulcan, onde são
processados e se realiza a modelagem do corpo de minério no interior do maciço
rochoso. É realizado um único planejamento de longo prazo, a cada 6 meses, que o
qual vai sendo rodado no Vulcan para definir as frentes a serem lavradas. O teor é
tido como uniforme, pois o tipo de depósito permite tal inferência. Tais resultados
são passados para o engenheiro de minas responsável que terá a incumbência da
elaboração do plano de fogo, ou seja, do projeto de disposição das galerias, de
maneira que todo material extraído segue para fabrica em Pojuca.
Figura 2 - Método Sublevel Caving

3. MINERAÇÃO CARAIBA – UNIDADE MATRIZ E SITE VERMELHOS –


VALE DO CURAÇA

A Mineração Caraíba é uma mineradora situada no norte da Bahia, mais


precisamente no Distrito de Pilar, município de Jaguarari, que tem mais de 1300
colaboradores diretos e quase 2000 no total.
A primeira descrição desses corpos minerais da Fazenda Caraíba foi feita por
Gabriel Soares no ano de 1578, onde o mesmo detectou a mineralização de cobre.
Depois de algum tempo Charles Bernard, em 1871, e Oliveira, em 1874 também
estudaram os afloramentos. Mas, foi na década de 40 que a cubagem da jazida em
100 milhões de toneladas a 1% de cobre cerca de 1.000.000 Kg, foi realizada pelos
técnicos do DNPM. A mineralização é constituída por calcopirita e bornita, sendo
predominante o primeiro, que ocorrem na massa piroxenítica/norítica. Outros
sulfetos que aparecem secundariamente em sem controle conhecido na jazida são
calcocita, covelita, cubanita e esfalerita.
As minas apresentam a mineralização de Cobre na forma de sulfetos
(associados a corpos máfico-ultramáficos). São aproximadamente 300 corpos
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mineralizados. O depósito da MCSA foi descoberto em 1874 e, em 1944, o


Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) identificou o potencial
produtivo. A mina Caraíba é o depósito onde os conhecimentos geológicos estão
mais avançados. A mina de Surubim, a norte, que foi a segunda jazida a ser
explotada, está associada a corpos de flogopititos intrusivos em paragnaisses.
Deslocados para oeste em relação à faixa mineralizada principal, ocorrem as
intrusões do depósito de Vermelhos, mais a norte de Surubim, onde a
reconcentração dos sulfetos é muito expressiva.

Figura 3 – Mapa geológico simplificado do Vale do Rio Curaçá.

3.1. DIA 3 - UNIDADE MATRIZ – PILAR

Até 1996, a mina subterrânea da Mineração Caraíba era constituída de dois


painéis denominados Painel I e Painel II. Neste período, o método empregado foi o
de realces mantidos abertos por subnível (sublevel stoping). Entre a mina a céu
aberto e o Painel I há um crow pillar de 25m, e entre os painéis I e II também um sill
pillar de 20m de altura foi abandonado. Com o aprofundamento da mina notou-se
que a recuperação não seria satisfatória, devido à perda do minério contida nos
pilares deixados. Tal problema levou a MSCA a iniciar uma serie de estudos,
visando reverter tal quadro desfavorável, passando a variar entre os métodos VRM
e VCR. As figuras 3 e 4 apresentam os planos de lavra antes e após estudos.
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Figura 3 – Plano de lavra com crow pillar entre céu aberto e subterrânea.

Figura 4 – Plano de lavra após estudos.


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4.

Figura 5 – Realce típico do método de lavra VRM.

A visita à mina matriz ocorreu no dia 18/10/2018, na qual fomos recebidos


pelo engenheiro Mário Sérgio, onde nos foi apresentado um breve filme sobre
MSCA e segurança do trabalho. Em seguida a turma foi direcionada para a sala de
planejamento, onde o engenheiro Pedro Yamaguchi nos apresentou um pouco
sobre o planejamento de lavra da empresa, que é feito com utilizando o Datamine.
O planejamento já recebe o modelo pronto, fornecido pela geologia, a partir do qual
ira, utilizando as ferramentas de planejamento, definir os alvos a serem lavrados. É
utilizado o código canadense para classificação de recursos e reservas (Código
Jorc). Após apresentação do planejamento a turma desceu a mina, acompanhada
pelo engenheiro Mário Sérgio, onde foi apresentado um pouco da operação, como
realces lavrados, realces a serem lavrados e próximos alvos determinados pelo
planejamento.

3.2. DIA 4 - UNIDADE DE VERMELHOS – JUAZEIRO

No dia 19/10/2018 a visita foi ao Site Vermelhos, onde fomos recebidos pelo
coordenador de planejamento Vitor Carneiro e pelo gerente de operações Alexandre
Kalil. Inicialmente nos foi apresentado o processo de desenvolvimento do projeto
Vermelhos e seus principais desafios, além de explanações sobre o planejamento
de lavra e a operação. Levaram-se 30 anos da descoberta do alvo até a abertura da
mina.
A geologia realiza o modelamento geológico e as estimativas de teores
através da krigagem, onde já foram observados teores na casa dos 20%, algo
extraordinário visto que a matriz trabalha na faixa de 2,5%.
Realizado o modelamento geológico, o modelo é lançado no Datamie, onde é
gerado o modelo de blocos, que é passado para a equipe de planejamento, a qual
faz uso do modelo de blocos para realização do planejamento de longíssimo prazo,
posteriormente para o longo prazo (6 meses a 1 ano), médio prazo e finalmente o
planejamento de curto prazo, que é realizado trimestralmente, com detalhamento
mensal. Usa-se a tecnologia GPS no auxilio do sequenciamento de lavra, junto ao
Datamine. Foi a apresentado também à turma o sistema de ventilação da mina, que
é todo simulado pelo Ventsim.
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Conhecido o planejamento de mina, o coordenador de operação Ricardo


acompanhou a turma na visita à mina, onde foram mostradas as atividades das
equipes de operação de mina. Por se tratar de uma mina nova e ainda em
desenvolvimento, tem-se 1200m de rampa principal. Foi possível observar realces
lavrados, assim como realces a serem lavrados e em fase de carregamento da
malha de perfuração com emulsão bombeada. O método de lavra aplicado é se
assemelhas a matriz, que é o VRM, onde o preenchimento dos realces será feito
com uma mistura do material estéril com cimento.

4. REFERÊNCIAS
SILVA, L. J. H. D’EL REY GEOLOGIA E CONTROLE ESTRUTURAL DO
DEPÓSITO CUPRÍFERO CARAÍBA, VALE DO CURAÇÁ, BAHIA, BRASIL. 1984.
208 f. Dissertação (Mestrado) - Curso DE Pós Graduação em Geologia,
Departamento de Geologia, Universidade Federal da Bahia, Bahia, 1984. Disponível
em:<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/9565/3/1984_LuizJoseDelReySilva.pdf
>. Acesso em: 30 out 2018.

GROVES, D. I. et al. Gold deposits in metamorphic belts: Overview of current


understanding, outstanding problems, future research, and exploration significance.
Economic Geology, v. 98, n.1, p. 1-29. 1998.

VINICIUS, L., WANDERSON, R. Depósito de Cobre de Caraíba e o Distrito


Cuprífero do Vale do Rio Curaçá, Bahia. Disponível em:
< http://depositodecobrecaraiba.blogspot.com/>. Acesso em: 30 out. 2018.

FERBASA. Disponível em:


<http://www.ferbasa.com.br/conteudo_pti.asp?idioma=0&conta=45&tipo=56194>.
Acesso em 31 out. 2018.

MISI, A., TEIXEIRA, J. B. G., SÁ, J. H. S. Mapa Metalogenético Digital do Estado


da Bahia e Principais Províncias Minerais: Escala 1:1.000.000. Salvador: CBPM,
2012. 244 p. Disponível em:
<http://www.cbpm.ba.gov.br//arquivos/File/Publicacoes_Tecnicas/Serie_P.7z>.
Acesso em: 31 out. 2018.

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