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1. 4.

Teoria Quântica de Planck para Radiação


de Corpo Negro
Na tentativa de solucionar a inconsistência entre a teoria clássica e a experiência para a
radiação de cavidade, Max Planck teve que assumir uma hipótese que violava o princípio da
equipartição da energia. Planck percebeu que o resultado experimental seria reproduzido
quando
lim ε = kBT e lim ε = 0 (1.24)
ν→0 ν→∞

isto é, a energia total média tende a kBT, como na teoria clássica, quando a frequência tende a
zero, mas tende a zero quando a frequência tende ao infinito. Assim, Planck supôs que a
energia média dos modos eletromagnéticos seja uma função da frequência ν, contrariando o
princípio clássico da equipartição da energia.

O princípio da equipartição da energia tem sua origem na distribuição de partículas clássicas


de Boltzmann, que fornece a probabilidade de encontrar o sistema, em equilíbrio térmico a
uma temperatura T, com uma energia entre ε e (ε + dε). A teoria da mecânica estatística
mostra que a distribuição de partículas clássicas de Boltzmann é dada por

(1.25)
A energia média ε pode ser calculada a partir da distribuição de Boltzmann observando que

(1.26)
O denominador fornece a probabilidade de encontrar o sistema com alguma energia e sendo,
portanto, igual a unidade. A integral na Eq.1.26 pode ser calculada utilizando a Eq.1.25 e o
resultado reproduz o princípio da equipartição da energia, isto é,

ε = kBT (1.27)

A Eq. 1.26 mostra que ε = kBT é a área abaixo do gráfico de εP(ε) em função de ε, como
mostra a Fig.10. A função εP(ε) foi obtida diretamente da Eq.1.25. Pode-se mostrar que o
ponto de máximo desta função ocorre também para ε = kBT = ε.

Fig. 1.9: Gráfico de εP(ε) em função de ε.

A grande contribuição de Planck foi a descoberta de que a condição 𝐥𝐢𝐦 𝜺=0, poderia ser
𝛎→∞

alcançada quando se modifica o cálculo de ε a partir de P(ε)dε. Planck observou que, em
vez de assumir valores contínuos, a energia ε deveria assumir somente valores discretos
uniformemente distribuídos como

ε = 0, Δε, 2Δε, 3Δε, ..... (1.28)

onde Δε é uma porção constante obtida da diferença entre valores consecutivos da energia.
Com essa hipótese, as integrais na Eq. 1.26, usadas para calcular ε, devem ser substituídas
por somatórios, isto é,

(1.29)

A Fig.1.10 mostram os cálculos gráficos de ε a partir de εP(e) para, (a) Δε<<kBT, (b) Δe ≈
kBT e (c) Δε >> kBT. Os valores de ε, em cada caso, são dados pelas áreas dos retângulos
hachurados.

Fig. 1.10: Comportamento gráfico de ε de acordo com a Eq.??.


O valor de kBT será a área abaixo da curva suave. Observa-se que quando Δε<<kBT, o valor
de ε ≈ kBT, isto é, praticamente igual ao resultado clássico. Entretanto, quando Δε ≈ kBT
ou ε >> kBT, o valor ε será menor do que kBT, pois a redução da área definida pelos
elementos discretos começa a se tornar importante quando comparada com a área definida
pelos elementos contínuos. Assim, pode-se concluir que:

Δε ≈ kBT, para Δε pequeno e Δε ≈ 0, para Δε grande.

Como Planck precisava obter o primeiro resultado para baixas frequência ν e o segundo para
grandes valores ν, então o valor ε deveria ser proporcional a ν, isto é,

ε = hν (1.30)

onde h é a constante de proporcionalidade. Cálculos posteriores permitiram que Planck


determinasse o valor de h, ajustando resultados teóricos com dados experimentais, e obtendo

h ≈ 6,6310-34 Js ≈ 4,1410-15 eVs (1.31)

Esta constante ficou conhecida como a constante de Planck. A conversão de Joule em


electrão-volt foi feita a partir da identidade 1 eV =1, 6 × 10-19 J
Assumindo então

ε = nhν , n =1, 2, 3, .... (1.32)


nas Eqs.1.29 e Eq.1.25, obtém-se

onde

(1.33)
ou, como

então
onde usou-se o valor de a dado na Eq. 1.33. Usando a expansão binomial

obtém-se

ou

(1.34)

Substituindo a Eq.1.34 na Eq.1.21, obtém-se a densidade de energia no intervalo de


frequências entre ν e (ν +dν), como

(1.35)
Essa equação descreve o espectro de um corpo negro, de acordo com o modelo quântico de
Planck. Este resultado está de acordo com os resultados experimentais.
Em muitos casos é conveniente tratar o espectro de corpo negro em termos de comprimento
de onda λ em vez de frequência ν. Da Eq.1.3, tem-se

(1.36)

Substituindo a Eq.1.36 na Eq.1.35, com a exclusão de dν em ambos os lados, escrevendo em


seguida ν = c/λ e multiplicando ambos os lados por dλ, obtém-se

(1.37)
Substituindo a Eq.1.37, com a exclusão de dλ em ambos os lados, na Eq.1.8, é possível
𝑐
mostrar que o comportamento teórico da radiância espectral RT (λ)= 4T (λ) em função de λ,

para diferentes temperaturas T, obtido do modelo de Planck para a radiação de corpo negro,
está de acordo com os gráficos experimentais mostrados na Fig.1.2.
A lei de Stefan-Boltzmann, dada na Eq. 1.4, e a lei do deslocamento de Wien, dada na Eq.1.6,
podem ser obtidas a partir da fórmula de Planck. A lei de Stefan-Boltzmann pode ser obtida
integrando a fórmula de Planck sobre todo o espectro de comprimento de onda λ. Por outro
lado, a lei do deslocamento de Wien pode ser obtida encontrando o ponto de máximo da
função ρT (λ), isto é,
dρT(λ)
=0 (1.38)
𝑑λ
Para este último caso, o resultado é
hc
λmaxT = 4,965 𝑘𝐵 ≈ 2,910-3 mK (1.39)
que está de acordo com a lei do deslocamento de Wien.

A quantização de energia proposta por Planck para explicar a emissão da radiação do corpo
negro, foi a principal inspiração de Einstein para propor o modelo corpuscular da radiação e
explicar o mecanismo da interação da radiação com a matéria. A perfeita harmonia entre essa
hipótese e os resultados experimentais, foi suficiente para justificar a quantização da energia
como um novo princípio físico.

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