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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO CE CIENCIAS JURIDICAS


DEPARTAMENTO DE CIENCIAS JURIDICAS
BACHARELADO EM DIREITO
CIÊNCIA DAS FINANÇAS E DIREITO FINANCEIRO–WALDEMAR NETO
MAGDALA BUARQUE – 20160145040

PRECATÓRIOS: REGIME GERAL E REGIMES ESPECIAIS.

SANTA RITA/2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
BACHARELADO EM DIREITO
CIÊNCIA DAS FINANÇAS E DIREITO FINANCEIRO–WALDEMAR NETO
MAGDALA BUARQUE – 20160145040

PRECATÓRIOS: REGIME GERAL E REGIMES ESPECIAIS.

Trabalho apresentado junto ao Curso de


Direito da Universidade Federal da
Paraíba, campus Santa Rita, para
obtenção de nota na segunda avaliação
da cadeira de Ciência das Finanças e
Direito Financeiro, ministrada pelo Msc.
Waldemar Neto

SANTA RITA/2018
INTRODUÇÃO
Requisições de pagamento expedidas pelo Judiciário direcionado à Fazenda
Pública, visando o pagamento de valores devidos após o trânsito em julgado SÃO
CONHECIDAS COMO PRECATÓRIOS. As regras para seu pagamento são
explicitadas na CF/88, em seu artigo 100. Em 2009 houveram alterações no regime
geral, onde através do Regime Especial, indicado no Art. 97 do ADCT(Ato Das
Disposições Constitucionais Transitórias) onde há a indicação da natureza jurídica
não somente dos precatórios, mas também a indicação de sua função e a sua
utilidade, onde aprofundaremos o tema a seguir.

PRECATÓRIOS

Precatórios são dívidas do governo, quando condenado pela justiça,


convertidas em ordem de pagamento pagamento a terceiro. Este instituto foi criado
para o cumprimento das obrigações de pagar, oriundas de decisões judiciaIs
transitadas em julgado ou advindas de títulos extrajudiciais. Este título foi
implementado em nosso ordenamento jurídico junto à Constituição de 1934 e
baseia-se nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e igualdade.

Esta requisição de pagamento é expedida pelo presidente do tribunal onde o


processo tramitou, após o trânsito em julgado. Orlando Vaz explica da seguinte
forma:

“precatórios são sentenças judiciais condenatórias contra a


Fazenda Pública, que, depois de transitadas em julgado e após a
expedição dos requisitórios em 1º grau, adquirem nos tribunais a
denominação e a forma de precatórios, representando dívidas das
Fazendas, que são previstas nos orçamentos públicos e que devem
ser regularmente pagas.”

Eles tem fundamento legal na nossa Carta Magna de 88, mais


especificamente no Art 100, caput, in verbis:

CF, art. 100, caput “Os pagamentos devidos pelas Fazendas


Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”.

Outra base para fundamentaçao do pagamento é o NCPC, em seu art 910:


NCPC, art. 910: “Na execução fundada em título extrajudicial, a
Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.
§ 1 Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que
os rejeitar, expedir-se-á precatório ou requisição de pequeno valor
em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 da
Constituição Federal.
§ 2 Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer
matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de
conhecimento.
§ 3 Aplica-se a este Capítulo, no que couber, o disposto nos artigos
534 e 535.”

Quanto à sua natureza/classificação, podem ter natureza alimentar ou


comum. O decreto nº 403/92, que regulamenta a Lei nº 8.197/91, explicita o crédito
de natureza alimentícia em seu artigo 1º, § 2º:

“ § 2° São considerados créditos de natureza alimentícia aqueles


decorrentes de condenação ao pagamento de diferenças de
vencimentos, proventos e pensões, de indenização por acidente do
trabalho, de indenização por morte ou invalidez fundadas na
responsabilidade civil e de outros da mesma espécie.”

Já os precatórios de natureza comum estão dispostos no artigo 78, caput, §


1º, § 2º e §3º do ADCT:

“Art. 78. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno


valor, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias e suas
complementações e os que já tiverem os seus respectivos recursos
liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data
de promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais
ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu
valor real, em moeda corrente, acrescidos de juros legais, em
prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez
anos, permitida a cessão dos créditos.
§ 1º É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor.
§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão,
se não liquidadas até o final do exercício a que se referem, poder
liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora.
§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois
anos, nos casos de precatórios judiciais originários de
desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que
comprovadamente único à época da imissão na posse.”

Valendo ainda ressaltar que precatórios alimentares têm preferência de


pagamento sobre os comuns.

Quanto a seu regime, podem seguir o Regime Geral ou o Especial.

O Regime Geral explicita que as requisições de pagamento recebidas até 1º


de julho do ano corrente, se transformam em parte da proposta orçamentária do ano
subsequente. Vale salientar que este regime destinara-se à União e seus entes
públicos, desde que não possuíssem dívidas oriundas de precatórios até o ano de
2009.

As dívidas de pequeno valor, não são pagas por meio de precatórios, mas
sim por meio de RPV(requisição de pequeno valor), onde o limite de RPV é de 30
salários mínimos no âmbito municipal, até 40 salários mínimos na esfera dos
estados e no Distrito Federal, por fim de até 60 salários mínimos no âmbito federal.
Esta definição está explicitada no art. 100, §3º, da CF/88:

Art. 100, § 3º “O disposto no caput deste artigo relativamente à


expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de
obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as
Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado.”.

O regime especial, por sua vez, destina-se aos devedores de Precatório


posteriores à promulgação da Emenda 62/2009. Neste ponto, com o regime
especial, há o início de inserção das emendas constitucionais concernentes aos
precatórios. Esta segue a emenda 97 do ADCT e propõe 2 modelos de pagamento
da dívida. O primeiro modelo diz que “Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, “para saldar os Precatórios, vencidos e a vencer”, depositariam
mensalmente, em conta especial criada para tal fim, 1/12 (um doze avos) do valor
calculado percentualmente sobre as respectivas receitas correntes líquidas.
Percentuais que variam de 1 a 2 conforme a região em que localizadas as unidades
da Federação e o estoque de Precatórios em atraso. Este modelo de Regime
Especial “vigorará enquanto o valor dos Precatórios devidos for superior ao valor
dos recursos vinculados”, depositados;”

Já o segundo modelo descreve que “Estados, Distrito Federal e Municípios


dispõem do prazo de 15 (quinze) anos para pagamento dos Precatórios. O valor
anual depositado na conta corresponde ao saldo total dos Precatórios dividido pelo
número de anos restantes no Regime pagamento. Esse modelo de Regime Especial
terminará no prazo fixo de até 15 (quinze) anos.”

As emendas constitucionais em precatórios destinam-se, via de regra, ao


regime especial. Em 2016 foi promulgada a EC nº94 que alterou dispositivos
constitucionais e seu ADTC com as seguintes mudanças:
● No §2º do art. 100 da CF, há a nova redação que inclui nos débitos de
natureza alimentícia, a preferência de pagamento a portadores de
necessidades especiais e doenças graves;

● Nos §§ 17 a 18 do art. 100 da CF a nova redação diz que União, Estados, e


Municípios devem aferir mensalmente(base/ano) o comprometimento de suas
receitas correntes líquidas, que estão definidas no §18, com o pagamento de
precatórios e RPVs.

● Na nova redação dos §§ 19 e 20 do art. 100 da CF , temos a criação de


novas possibilidades na forma do pagamento, permitindo o financiamento de
dívidas de precatórios e RPVs; e o pagamento de 15% da dívida corrente no
exercício financeiro subsequente. O restante da dívida, pode ser parcelada
nos cinco anos seguintes, acrescidos de correção monetária e juros.

● Uma das principais mudanças diz que todos os precatórios vencidos nos
Estados, municípios e Distrito federal deverão ser pagos até 31/12/2020,
onde todos os entes devem depositar mensalmente 1/12 avos do valor
calculado em percentual suficiente para a quitação dos seus débitos. Com
este dispositivo, há a possibilidade de contratação de empréstimos para o
pagamento da dívida. (este dispositivo gera controvérsias, tendo em vista que
vai de encontro aos prazos estabelecidos na constituição)

● A nova redação do Art. 102 do ADCT diz que durante a vigência do regime
especial 50% dos recursos destinados a precatórios, no mínimo, devem ser
utilizados em ordem cronológica.Já os recursos remanescentes, devem ser
utilizados em pagamento mediante o Juízo de Conciliação.

● No Art. 103 do ADCT, em sua nova redação, Estados, DF e Municípios não


poderão sofrer qualquer sequestro de valores, exceto no caso de não
pagamento do depósito mensal,previsto no art. 101.

● Já no Art. 104 do ADCT há a previsão de consequências para a não


liberação dos recursos referidos no art. 101, que vão desde a
responsabilização do gestor pela LRF, por improbidade, o ente tem seus
repasses retidos, com impedimento de receber transferências e contrair
empréstimos.
● Por fim, o Art. 105 do ADCT versa sobre a permissão de compensação:o
credor do precatório poderá, utilizar do crédito do precatório para compensar
dívidas inscritas até em 25.03.2015.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal da República. 1988

BRASIL. Emenda Constitucional Nº 99. 2017. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03


/constituicao/emendas/emc/emc99.htm> acessado em 25/09/2018 às 18:39

HARADA, K. Direito Financeiro e Tributário. 26º ed. São Paulo: Atlas 2016

LEITE, H. Manual de Direito Financeiro. 5 ed. Jus Podium, 2016

MELLO, C. A. B. de. Prestação de serviços públicos e administração indireta.


São Paulo: Revista dos Tribunais, 1973.

PISCITELLI, T. Direito Financeiro Esquematizado. 5 ed. rev. e atual. Rio de


Janeiro: Forense; São Paulo: Editora Método, 2015.

VAZ, O. Precatório: problemas e soluções. 1. ed. Belo Horizonte: Del Rey; Centro
Jurídico Brasileiro. 2005.

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