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2. PREGÃO
⇒ Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, onde a disputa pelo
fornecimento se dá através de sessão pública, por meio de propostas e lances, para a classificação e
habilitação do licitante que ofertou o menor preço.
⇒ Redução de despesa através da negociação em ato público, onde ganha quem ofertar menor
preço;
⇒ Possibilidade de realização de vários processos licitatórios para um mesmo objeto, sem que seja
caracterizado fracionamento de despesa;
⇒ Redução do tempo necessário para a concretização do certame licitatório.
CONSTITUCIONALIDADE DO PREGÃO
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
⇒ Lei Federal n° 10.520, de 17 de julho de 2002. Lei que institui no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, a modalidade de licitação denominada pregão.
⇒ Decreto Federal n° 3.555, de 08 de agosto de 2000, e suas alterações. Este decreto aprova o
regulamento para a modalidade pregão, disciplinada na Medida Provisória n° 2.026-3 datada de
04.05.2000;
⇒ Decreto Federal n° 3.697, de 21 de dezembro de 2002, que regulamenta o Parágrafo Único do
art. 2°, da MP n° 2.026-7 de 23 de novembro de 2000, artigo que trata do pregão por meio da
utilização de tecnologia da informação.
⇒ Decreto Federal n° 5.450, de 31 de maio de 2005, que regulamenta o pregão, na forma
eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.
LEGISLAÇÃO SUBSIDIÁRIA
⇒ A própria Lei n° 10.520/02, estabelece em seu Art. 9° que se aplicam subsidiariamente para a
modalidade pregão, as normas gerais de licitação estabelecidas pela Lei n° 8.666, de 21 de junho de
1993, com suas alterações
PRINCÍPIOS BÁSICOS:
⇒ PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Por esse princípio, os atos do gestor público só serão legitimados se forem praticados na
conformidade com a Lei vigente, desta forma a prática de atos que estão autorizados na Lei,
implicará em responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
⇒ PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Este princípio veda qualquer tipo de concessão de privilégios e ou benefícios, assegurando sempre
aos licitantes, condições justas de competição.
⇒ PRINCÍPIO DA MORALIDADE
não terá que obedecer somente aos preceitos da Lei, mas também à ética do agente administrativo,
que deve ser pautada no saber distinguir o bem do mal, o honesto do desonesto.
Este princípio é primordial para o pregão, visto que não pode ocorrer licitação com discriminação
entre participantes. Não é admissível que editais contenham cláusulas que favoreçam a uns e
prejudiquem a outros.
⇒ PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Por este princípio não há nem pode haver licitação sigilosa. Este princípio obriga a Administração
Pública a expor todo e qualquer ato por ela realizado, afim de garantir ao cidadão a necessária
segurança na conduta do administrador.
Segundo Hely Lopes de Meirelles, “o edital é a lei da licitação, e como tal, vincula aos seus termos
tanto os licitantes quanto a Administração que o expediu. É impositivo para ambas as partes e para
todos os interessados na licitação”. Assim, este princípio obriga tanto a Administração como os
licitantes a cumprirem os termos do edital em todas as fases do processo licitatório.
Por este princípio o pregoeiro terá que julgar conforme estabelece o edital. Não é admissível no
julgamento, em qualquer das suas fases, o uso de subjetivismo, do personalismo e da
discricionariedade.
PRINCÍPIOS CORRELATOS:
⇒ PRINCÍPIO DA CELERIDADE
O pregão é a modalidade licitatória, que pelo seu rito busca reduzir o tempo necessário para o
processo de compra/contratação. Neste sentido o pregoeiro deverá
desenvolver seus trabalhos visando o melhor negócio para a Administração no menor tempo
possível.
⇒ PRINCÍPIO DA FINALIDADE
Por este princípio, no edital o pregoeiro ao eleger as condições mínimas, deve fazê-lo em função da
finalidade a ser satisfeita com a compra ou contratação.
⇒ PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
⇒ PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Por este princípio o pregoeiro deve empregar no pregão somente os meios necessários para alcançar
o fim desejado. Como regra, o princípio da proporcionalidade é aplicável com maior relevância no
momento da elaboração do edital, visto que iniciada a fase externa da licitação reduz-se
radicalmente a discricionariedade do agente público.
⇒ PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE
Este princípio está diretamente ligado ao princípio da isonomia, por ele a Administração terá que
manter as condições que garantam uma competição isenta de dirigismos, preferências escusas ou
interesses dissociados da coisa pública.
⇒ PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
Por este princípio a Administração nas suas compras/contratações está obrigada a selecionar a
melhor proposta ofertada pelos licitantes que acorreram ao certame.
Este princípio garante ao licitante que o pregoeiro julgará conforme estabelece o edital, através da
confrontação da proposta com as especificações contidas no edital, em qualquer fase da licitação.
A fase interna ou preparatória do pregão é estabelecida no art. 3° da Lei n° 10.520/02, inicia-se com
a abertura do processo licitatório pela autoridade competente, através de instrumento que contenha
TERMO DE REFERÊNCIA do objeto, bem assim devem ser observadas as exigências abaixo
explicitadas:
“II – a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações
que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;”
Com essa regra, quis a Lei assegurar a competividade, de forma a que a Administração não venha a
inserir no Edital cláusulas ou condições que venham a ferir o Princípio da Competividade,
estabelecendo preferências, distinções ou tratamento diferenciado aos licitantes, à exceção das
restrições já previstas em lei, ao teor dos arts. 12 e 15 da Lei n° 8.666/93, quais sejam, aqueles
requisitos que imprimam ao objeto:
− segurança;
− funcionalidade e adequação ao interesse público;
− economia na execução, conservação e operação;
− possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no
local para execução, conservação e operação;
− facilidade na execução, conservação e operação;
− durabilidade;
− atendimento de normas técnicas, de saúde, de segurança do trabalho e do impacto ambiental;
− padronização;
− compatibilidade de especificações técnicas, inclusive regras de ergonomia;
− condição de manutenção, assistência técnica, garantia, guarda e armazenamento;
− marca ou características exclusivas.
Importa salientar que a descrição do objeto não pode ser feita a partir de determinada marca, pois
equivale a indicar marca ou características exclusivas, prática vedada no art. 7°, parágrafo 5°, Lei n°
8.666/93.
O inciso XIII do art. 4° da Lei n° 10.520/02, estabelece critérios para a habilitação dos licitantes, na
forma que se segue:
XIII – a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular
perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço –
FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende
às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;
Ainda nessa fase interna, deve a Administração definir os critérios de aceitação da proposta, norma
onde se encontram abrangidas duas regras: as pertinentes ao exame de conformidade, que dizem
respeito ao objeto; e aceitabilidade dos preços.
Segundo o Prof. JORGE ULISSES JACOBY FERNANDES, “definir diretrizes para o pregoeiro
aceitar a proposta significa:
a) estabelecer como o licitante vai descrever o produto (...);
b) estabelecer como o licitante vai apresentar a proposta, número de vias (...), o valor por extenso e
em algarismos, indicando o que prevalece, se houver divergência;
c) embora a Lei do pregão e da licitação convencional sejam silentes sobre a questão da amostra, o
edital deve prever, se for o caso, como se processa a entrega, o exame e a aprovação;
d) indicar o procedimento para a aceitação de produto similar ao pretendido pela Administração;
e) estabelecer o prazo de garantia do produto e como se formalizará;
f) estabelecer o prazo de entrega, as condições de embalagem;
g) indicar outros elementos característicos para avaliação do objeto ofertado pelo licitante.
Na fase interna, há a Administração que indicar as penalidades a serem previstas no edital para os
licitantes e futuros contratados, diante de eventual inadimplência de sua parte.
No pregão há regra própria sobre as sanções cabíveis, ao teor do art. 7°, da Lei n° 10.520/02,
valendo destaque que a nova sanção “impedimento de licitar e contratar com a União, Estados,
Distrito Federal ou Municípios” e a multa não serão cumulativas com as penalidades administrativas
previstas na Lei n° 8.666/93, mas apensas com os crimes definidos nessa norma, valendo lembrar
que as multas somente podem ser aplicadas se previstas no edital e sempre em atendimento aos
Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade.
I . Definição das cláusulas que comporão o contrato, inclusive com fixação dos prazos para o
fornecimento
A definição das cláusulas do contrato deve levar em conta, principalmente, as regras do art. 55 da
Lei 8.666/93, tendo em vista que as normas do pregão se exaurem com o término do procedimento,
vigorando plenamente, na regulação dos contratos, o previsto no Estatuto das Licitações.
II. Orçamento
O art. 3°, III da Lei n° 10.520/02 estabelece que dos autos do processo licitatório deverá constar o
orçamento do bem ou serviço a ser licitado.
Ainda nessa fase preparatória do pregão, a autoridade competente (aquele a quem o regimento ou o
estatuto do órgão ou da entidade conferir essas atribuições: 1 – determinar a abertura da licitação, 2
– designar o pregoeiro e os componentes da equipe de apoio. 3 – decidir os recursos contra atos do
pregoeiro. 4 – homologar o resultado da licitação e 5 – promover a celebração do contrato), designar
o pregoeiro e a equipe de apoio.
A norma não estabelece como se formaliza o ato de nomeação, deixando o tema a ser regulado
A norma não estabelece como se formaliza o ato de nomeação, deixando o tema a ser regulado
segundo as normas internas do órgão ou entidade (normalmente se faz por portaria). Do ato de
nomeação deve constar os poderes do pregoeiro e da equipe de apoio, o período, termo e condições
da investidura, e, ainda, o substituto do pregoeiro (normalmente, um membro da equipe de apoio).
Cópia do ato de nomeação deve ser inserido dos autos do processo (aplicação subsidiária do
Estatuto das Licitações).
⇒ Conforme estabelece a lei nº 10.520/02, no art. 4º, III, no edital deverão constar:
1) A Legislação Aplicada;
2) O objeto do certame;
3) Regras para recebimento e abertura dos envelopes;
4) As exigências de habilitação;
5) Os critérios de aceitação das propostas;
6) As sanções por inadimplemento;
7) As cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;
8) Outros itens, que garantam a Administração pública a realização da melhor contratação.
⇒ Da Legislação Aplicada.
O edital deverá fazer menção a legislação que regerá o certame licitatório. Desta forma, deverá
explicitar as leis e decretos que regerão o pregão, bem como, para que não paire dúvidas, definir os
termos constantes do edital, que são considerados importantes,
⇒ Das Condições para Participação no Certame
Neste item serão explicitadas as condições impostas pela Administração para que o licitante possa
participar no certame licitatório
⇒ Objeto da Licitação
O edital deverá conter a definição clara e precisa do objeto da licitação, de forma que não dê
margem a interpretações diferentes, ocasionando propostas com objetos distintos do que é buscado
pela Administração.
É de bom alvitre que a especificação do objeto seja colocada em documento anexo ao edital,
facilitando assim, tanto para a Administração Pública como para o licitante.
Local, Dia e Hora da realização do Pregão. A lei nº 10.520/02, no inciso V do art. 4º, estabelece
que o prazo fixado para apresentação das propostas, contados a partir da publicação do aviso, não
será inferior a 8 (oito) dias úteis.
⇒ Dos Lances:
Os lances serão feitos pelas licitantes na ordem decrescente dos preços ofertados, até a proclamação
do vencedor.
Obs.: Não serão aceitos lances iguais ou superiores ao menor preço ofertado.
Ao Encerrar a fase de lances as propostas são reordenadas em ordem crescente sendo dado
conhecimento da classificação aos presentes.
Para a decisão do pregoeiro quanto à aceitação da proposta, conforme estabelece o inciso X, do art.
4º da Lei 10.520/02, deverá observar os seguintes critérios:
II – Menor preço;
II – Especificações técnicas;
⇒ ADJUDICAÇÃO
O inciso XIV, do art. 11, do Decreto n.º3.555/00, estabelece que se a proposta e a documentação de
habilitação do licitante que ofertou o menor preço tiverem atendido as exigências do edital, o
pregoeiro o declarará vencedor, adjudicando-lhe o objeto do certame.
Se a proposta não for aceita ou se a documentação do licitante não atendeu ás exigências do edital, o
pregoeiro examinará a oferta e habilitação dos licitantes subseqüentes na ordem de classificação, até
que seja apurada uma proposta que atenda aos requisitos do edital, sendo o respectivo licitante
declarado vencedor, recebendo a adjudicação do objeto do certame.
A Lei n.º 10.520, no seu art. 7º, estabelece a penalidade a ser aplicada quando a licitante cometer
uma das seguintes infrações:
PENA: Impedimento de licitar com a administração que poderá ir até 5 ( cinco ) anos, sem prejuízo
de multas e demais cominações legais ( arts. 93 a 96 da Lei 8.666/93).
DOS RECURSOS
DOS RECURSOS
Caso algum representante manifeste a intenção de interpor recurso, deverá registrar em ata a
motivação do recurso, ficando este de pronto intimado a apresentar as razões do recurso no prazo de
3 ( três ) dias, conforme preceitua o inciso XVIII, do art. 4º, da Lei n.º 10.520/02. O mesmo
mandamento legal define que os demais licitantes ficam desde logo intimados a apresentar contra-
razões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente.
O pregoeiro comunicará aos licitantes que o processo ficará disponível para consulta durante o
prazo recursal, em local por ele designado, na sede do órgão licitador, de lá não podendo ser retirado
por se tratar de prazo comum a todas as partes.
Na contagem dos prazos deverá ser observado o disposto no art. 110, da Lei n.º 8.666/93.
2.5.1.3. HOMOLOGAÇÃO
⇒ Indicação do local, dia e horários em que poderá ser lida e obtida a integra do edital.
Conforme estabelece o art. 11, do Decreto n.º 3.555/00, a publicação do aviso obedecerá aos
seguintes limites:
⇒ Para bens e serviços de valores estimados em até R$ 160.000,00 (Cento e sessenta mil reais), a
publicação será feita no Diário Oficial do Estado e na Internet;
⇒ Para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 160.000,00 (Cento e sessenta reais) até
R$ 650.000,00 (Seiscentos e cinqüenta mil reais), a publicação será feita no Diário Oficial do
Estado, na Internet e em jornal de grande circulação local;
⇒ Para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 650.000,00 (Seiscentos e cinqüenta mil
reais), a publicação será feita no Diário Oficial do Estado, na Internet e em jornal de grande
circulação regional ou nacional.
2.7. ATRIBUIÇÕES DO PREGOEIRO E COMISSÃO DE APOIO.
o Fazer a recepção dos licitantes até o local que se dará a sessão pública;
o Realizar a identificação dos credenciados;
o Receber os envelopes de proposta de preços e documentação de habilitação;
o Numerar todas as folhas das propostas de preços;
o Rubricar todos os documentos
o Colher assinatura em lista de presença;
o Distribuir crachás
Os lances serão feitos exclusivamente por meio do sistema eletrônico (art. 24 do Decreto nº
5.450/05)