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Francisco Maraver ractores de sRISCO Cadeira de Hidrologia Médica, Faculdade de Medicina Universidade Complutense, Madrid, Espanha Peldides Palavras-chave: Lama; Pedéid: Resumo A aplicacio de lamas terapéuticas foi utilizada como técnica de termoterapia em estabelecimentos balnedrios e em centros de talassoterapia, conseguindo os melho- res resultados nas doencas do sistema loco- motor e da pele. No entanto, outros estndos demonstram também que a fangoterapia diminui o nfvel de mediadores inflamaté- rios (interleukina-1 beta [TL-1 ], fator de neerose tumoral-alfa [TNF-a], prostaglan- dina E2 [PGE] e leucotrieno B4 [LTB,)) € tem um efeito positive nos mareadores do estado antioxidante (metaloproteinasa [MMPS], 6xido nitrico [NO] assim como a degradacdo da cartilagem (diminuigao da metaloproteinasa de matriz 3 [MMP-3] ea adiponectina, aumento do fator de cresci- mento insulinico tipo 1 [IGFi]). E apresen- tada uma recolha de trabalhos da cadeira de Hidrologia Médica sobre o tema. Introducao ‘As Aguas mineromedicinais ou os produ- tos derivados como as lamas tém sido utili- zados desde a mais remota antignidade para muiltiplos fins, nao obstante, a proposta da palavra «Peldide (do grego pelos ~ fango, barro, lama)» éatribuida a Judd Lewis, Pre- sidente da International Standard Mea- eloterapia; Fangoterapia; Medicina termal surements Committee (ISNC), que numa publicagio em 1933, inclufa sob este termo genérico Barro, Boue, Fango, Gyttja, Lama, Limo, Lutum, Moor, Mud, Peat, Sapropel, Schlick, Seaweed, Torf.... tendo sido defi- nitivamente adotado pela International Society of Medical Hydrology (ISMH) no Congresso de Wiesbaden em 1938*, No entanto, teriam ainda de passar onze anos para que a ISMH na Sessio de Los Peloides (Barros Medicinales, ete.) da TV Conferéncia Cientifica Internacional de Dax, em 1 de Outubro de 1949, alean- gasse 0 consenso seguinte sobre a sua defi- nig&io: «Designa-se sob 0 termo genérico de PELOIDES os produtos naturais, existentes numa mistura de dgua mineral (inclusive a dgua do mar ou do lago de dgua salgada), com matérias orgdnicas ou inorgdnicas resultantes de processos geolégicos, bio- légicos, ou simultaneamente geolégicos € biolégicos, utilizados com uma finalidade terapéutica em envolvimento ou banhos». Encontramos 0 conceito mais recente de peldide no trabalho de Gomes et al.** que refere: «Peldide (em grego mehoc, em francés péloide, em espanhol peloide, em portugnas peléide, em italiano peloidi) é uma lama amadurecida ou uma suspensio/dispersio turva com propriedades curativas e/ou cos- méticas, composta por uma mistura com- plexa de materiais de grao fino de origem Sociedade Portoguese de CARDIOLOGIA Factores de RISCO ne arjul-set 2016 Pag. 39-46 geolégica e/ou biolégica, com 4gua mineral ou com 4gua marinha e compostos organicos de atividade biolégica metabélica. Quando o amadurecimento ocorre em ambiente natural, dé-se o nome de lama natural e pode considerar-se como uma lama terapéutica e em outros casos denomina-se peléide. No entanto, se procurarmos a palavra «peléide» no Medical Subject Headings (MeSH) da base de dados da MEDLINE/ PubMed, consta a seguinte definigaio «Uso terapéutico de lama em pacotes ou em banhos nos quais so aproveitadas as qua- lidades de absorgio da lama. Tem sido uti- lizado para os problemas reuméticos e da pele», considerando os seguintes termos equivalentes: peloterapia, terapéutica com lama, terapéutica de lama, terapéutica de lodo de turba, pacote de lama, fangoterapia, banho de lama, banho de lodo...). ~ “ Esta fora de dividas que na Medicina Termal, o uso de lamas ou fangos terapéu- ticos (peloterapia) constitui um agente pri- mordial, tanto no campo da balneoterapia como no da talassoterapia® Classificagaio Foi na referida Conferéncia Internacional de Dax, em 1949, que a peloterapia alcangou asua maturidade; pois, além da definigao, j4 referida, foi aceite a classificagao dos peléi- des (Quadro 1)*. Esta classifica os peléides de acordo com a origem do substrato sélido (orginico ou inorganico); a composicao qui- mica da 4gua mineromedicinal, incuindo as éguas do mar ou o lago de Agua salgada; a sua temperatura de maturacio, assim como as condigdes de maturagio. Por outro lado, no trabalho de Gomes et al, os peldides classifieam-se de acordo com. Quadros ‘gFactores de sRISCO Classificacdo Internacional de Peléides de la I.S.M.H. - Dax, Franca, 1949 Perey Eaters Cer eT Origem Serrated oooeericse| cd Fangos/Lamas, Prevalentemente | Sulfirea, sulfatada, | Hipertermal |. sins (Fanghi, Mud, Boue, | inorginiea Cloretada, bromatada, | Mesotermal | 7 au Schlams) (mineral) iodada Hipotermal a gmdate Limos ia, ne 6, | Hipertermal | in situ Alcalina, earbonatada, | Hipertermal ferruginosa, sulftirea | Mesotermal | a. Ao arlivre Turfas Prevalentemente 7 z 2 7 Fipotermal | b. Em recinto (Miirbe, Peat, Moor) | organiea / nsec Aguado mar Hipotermal Muffa + ; Eoin ia, sulfiirea Hipertermal_| In situ Outras Biogleas ia Agua mineral Piperteral id (Alzas, ete.) Giferente da sulfirea | rer Sapropeli Misto Alcalina,ferrusinosa, | ysotermal id. Gyttia id. Aguado mar Hipotermal id. a sua origem (peléide natural ou peléideno —- Termoterapia sentido estrito), de acordo com a sua com- posicdo (peldide inorganico, peldide orga- nico ou peldide misto) e de acordo com as suas aplicagdes (peldide médico ou peloide cosmético) (Quadro 2)". Mecanismos de agio A principal agio reconhecida aos peldi- des é a termoterapia, consequéncia da sua temperatura de aplicacdo, habitualmente entre 42 e 45°C, nao obstante serem nume- rosos os estudos que demonstram as suas acdes anti-inflamatérias, condroproteto- ras e imunolégicas, que se atribuem 4 sua composicéo quimica?**28+ e 4 absorcao de substancias minerais” e organicas”“” resultantes do proceso de maturacgio”. Relativamente 4 termoterapia”, podem distinguir-se efeitos locais e gerais. Locais: © Aumento da temperatura no ponto de aplicacio, que o doente experiencia como ardor e calor. © Vasodilatagéo e hiperemia local: ao favorecer a irrigacdo sanguinea na pele e nos tecidos subjacentes, melhora-se o trofismo ea alimentagio dos tecidos. Estas alteragées cireula- térias permanecem para Ié da norma- lizacdo da temperatura. © Libertagdo de histamina e de acetiloo- lina. © Modificagdes dos niveis séricos de aminoacidos, como 0 triptofano, a cis- tefna ea citrulina. Sociedade Portoguesa de CARDIOLOGIA

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