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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ

LICENCIATURA EM QUÍMICA
QUÍMICA GERAL II

ROBSON BATISTA PASTANA


VIANEI DE AGUIAR SILVA

ELETRÓLISE

MACAPÁ
2018
ROBSON BATISTA PASTANA
VIANEI DE AGUIAR SILVA

ELETRÓLISE

Trabalho apresentado a componente Química


Geral II do curso de licenciatura de química do
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do
Amapá como requisito parcial de avaliação de
AN2.

Profª Genize Mendes.

MACAPÁ
2018
1. INTRODUÇÃO

A palavra eletrólise é originária dos radicais eletro (eletricidade) e lisis


(decomposição), ou seja, decomposição por eletricidade, podendo ainda ser chamada
literalmente de eletro decomposição. As primeiras experiências envolvendo eletrólise foram
iniciadas pelo químico inglês Humphry Davy, que em 1778 obteve o elemento químico
potássio passando uma corrente elétrica através do carbonato de potássio (potassa) fundido.
Em 1808, através de sugestões dadas por Jöns Jacob Berzelius, Davy efetuou melhorias no
processo, e conseguiu isolar outros elementos a partir dos seus óxidos como o magnésio e o
bário.
Ao longos dos anos esta técnica se desenvolveu substancialmente, possibilitando a sua
aplicação industrial na produção de diversos metais, seja por redução ou oxidação dos
mesmos a partir dos estados naturalmente encontrados. Dessa forma, a eletrólise possui
muitas aplicações na indústria química, na produção de metais, como sódio, magnésio,
potássio, alumínio e etc. Também na produção de não metais como cloro e o flúor e ainda
substâncias como o hidróxido de sódio (soda cáustica) e peróxido de hidrogênio (água
oxigenada) e a deposição de finas películas de metais sobre peças metálicas ou plásticas,
técnica conhecida como galvanização.
As aplicações mais comuns da eletrólise são a deposição de cromo (cromagem), níquel
(niquelagem), prata (prateação), ouro (dourar), usados em grades, calotas de carros, emblemas,
peças de geladeira, jóias, aparelhos de som. É utilizada também na purificação ou refino
eletrolítico de muitos metais, como cobre e chumbo.

2. OBJETIVO
Este trabalho pretende apresentar uma breve revisão bibliográfica sobre eletrolise, suas
aplicações e alguns métodos mais encontrados.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Eletrólise

Eletrólise é um processo não espontâneo de descarga de íons, no qual, à custa de


energia elétrica, o cátion recebe elétrons e o ânion doa elétrons para que ambos fiquem com
energia química acumulada. A eletrólise é um processo inverso ao da pilha, ou seja, utiliza a
energia elétrica para forçar a ocorrência de uma reação química não espontânea pela
neutralização da carga de íons e a obtenção de substâncias de interesse comercial.
Para efetuar o processo de eletrólise, é necessário que haja íons livres no sistema, o
que só pode ocorrer de duas maneiras:
• Pela fusão (passagem para a fase líquida) de uma substância iônica.
• Pela dissociação ou pela ionização de certas substâncias em meio aquoso.
Logo, a eletrólise é feita em uma dessas condições e permite obter uma série de
substâncias que não são encontradas na natureza, como cloro, iodo, soda cáustica e outras,
utilizadas como matéria-prima em vários ramos da indústria, de medicamentos a alimentos, de
produtos têxteis a derivados de petróleo. Os eletrodos (ânodo e cátodo) que compõem o
sistema em uma eletrólise podem apenas conduzir corrente elétrica sem participar ativamente
das reações – nesse caso são denominados eletrodos inertes
– ou podem participar ativamente do processo – eletrodos ativos.
Na eletrólise, usa-se eletrodos inertes, ou seja, são compostos de elementos que não
regem frente aos compostos que estão sendo eletrolisados, como o carbono grafite (grafita) ou
platina. Para que a eletrólise ocorra deve haver corrente elétrica contínua e voltagem
suficiente para provocar a eletrólise íons livres ( por fusão ou dissolução).
Ela ocorre em uma cuba eletrolítica, onde dois eletrodos ficam imersos num sal
fundido ou numa solução. A reação é impelida por uma bateria externa, ou qualquer outra
fonte de corrente contínua. Esta fonte atua como uma bomba de elétrons, impelindo os
elétrons para um eletrodo e retirando os do outro. O eletrodo que perde elétrons é positivo e o
que recebe é o negativo. (PORTAL DE QUIMICA, 2001)
A eletrólise tem muitas aplicações práticas. Entre as mais importantes, citamos: a
produção de metais, como Na, K, Mg, Al, etc., de não-metais, como Cl2 e F2, e de outras
substâncias úteis, como o NaOH, e a deposição de finas películas de metais sobre peças
metálicas ou plásticas. Essa técnica tem o nome genérico de galvanização, e os casos mais
comuns são os de deposição de cromo (cromagem), de níquel (niquelagem) ou de prata
(prateação). Com isso, as peças tornam-se mais brilhantes, bonitas e valiosas, além de
resistirem melhor à corrosão. Para entendermos melhor o processo de eletrólise, vamos
considerar, por exemplo, a seguinte reação:

Na + Cl NaCl

Trata-se de uma reação espontânea, extremamente fácil e violenta, pois permite ao


sódio e ao cloro atingirem a configuração eletrônica estável:

Na + Cl Na Cl

Como sempre, o fenômeno poderá também ser traduzido por duas semi-reações:
• o sódio perde um elétron { Na Na" + e- (oxidação do Na);
- -
• o cloro ganha esse elétron { Cl + e Cl (redução do Cl);

A espontaneidade dessa reação pode ser confirmada pelo cálculo de sua fem, com o auxílio da
tabela dos potenciais-padrão de eletrodo: ∆E 0 % 4,07 V.
Evidentemente, a reação inversa não será espontânea:

Na Cl Na + Cl

E como podemos fazer essa eletrólise?

Com o auxílio de um circuito elétrico, composto de um gerador elétrico, que fornecerá a


energia, e um recipiente denominado célula (ou cuba) eletrolítica. É importante notar que o
gerador não pode criar nem destruir elétrons; ele apenas “injeta” elétrons no circuito por
seu pólo negativo e “aspira” igual número de elétrons por seu pólo positivo. Desse modo:
a) se na célula não existir um eletrólito, a corrente elétrica não irá passar;
b) pelo contrário, existindo um eletrólito, cada um de seus íons migrará para o eletrodo de
sinal contrário ao seu e lá irá perder ou ganhar elétrons; esse fato causará:

• passagem de corrente elétrica;


• alterações químicas nos íons.

Para que tudo isso aconteça, é importante que:

a) a corrente elétrica seja contínua e a voltagem suficiente para provocar a eletrólise;


b) os íons tenham “liberdade de movimento”:
• seja por fusão (eletrólise ígnea);
• seja por dissolução em um “solvente ionizante”, que, em geral, é a água (eletrólise em
solução).

ELETRÓLISE ÍGNEA
Chama-se eletrólise ígnea aquela que é realizada com o eletrólito fundido. A
eletrólise ígnea é o método utilizado industrialmente para a obtenção de metais alcalinos
(família 1), de metais alcalino terrosos (família 2), de alumínio (família 13) e de halogênios
(família 17) na forma de substâncias simples. Voltemos ao exemplo do NaCl. Aquecendo-o a
808 °C, ele se funde e, no estado líquido, os íons Na+ e Cl- passam a ter liberdade de
movimento. Passando corrente elétrica contínua através da célula eletrolítica, é fácil perceber
o que acontece.
Os cátions Na+ são atraídos pelo pólo negativo (catodo); chegando a esse pólo, eles ganham
elétrons e são descarregados, de acordo com a seguinte semi-reação:

Ao contrário, os ânions Cl- são atraídos pelo pólo positivo (anodo), no qual perdem elétrons e
se descarregam:
Evidentemente, os átomos de cloro formados na última reação se agrupam, formando as
moléculas de Cl2. Desse modo, a melhor forma de escrever a última equação seria:

Somando as duas semi-reações, teremos a equação global da eletrólise (para o balanceamento


correto, é indispensável cancelar os elétrons):

Tome cuidado com os nomes e os sinais dos eletrodos:

Verifique que os sinais + e - atribuídos ao catodo e ao anodo das pilhas são inversos aos
atribuídos aos eletrodos na eletrólise, pois as reações que ocorrem nas pilhas são inversas às que
ocorrem na eletrólise. Note porém que:
• no catodo, sempre ocorrem reduções;
• no anodo, sempre ocorrem oxidações.
ELETRÓLISE EM MEIO AQUOSO

O sistema usado para fazer uma eletrólise em meio aquoso é semelhante ao da


eletrólise ígnea, porém menos sofisticado, uma vez que ocorre a temperaturas bem mais
baixas. Um dos fatores que precisamos levar em conta é a descarga seletiva de cátions e
ânions que ocorre em meio aquoso, como veremos a seguir.
Descarga seletiva

Além dos íons fornecidos pela substância dissolvida na água, por exemplo, o cloreto de
magnésio fornece os íons Mg2+ (aq) e CL1- (aq), os íons provenientes da auto ionização da
água, H3O1+ (aq) e OH1- (aq) que, apesar de ocorrer em escala muito pequena, possibilita duas
alternativas de cátions para se descarregarem no cátodo e duas alternativas de ânions para se
descarregarem no ânodo.
Dissociação ou ionização da substância dissolvida:

Auto ionização da água:

Cada tipo de cátion, Mg2+ (aq) e H3O1+ (aq), e cada tipo de ânion, CL1-(aq) e OH1-(aq),
exigem uma voltagem adequada para que possam descarregar-se durante a eletrólise.
Sem levar em conta outros fatores, podemos dizer que quanto menos reativo for o íon, mais
baixa será a voltagem necessária para que ele sofra descarga.
O íon menos reativo se descarrega primeiro.
ORDEM DE DESCARGA DE CÁTIONS
Como a eletrólise é um processo não espontâneo, a ordem de descarga dos cátions
deve ser, a princípio, a ordem inversa da reatividade dos metais.
Quanto mais reativo (eletropositivo) for o metal, maior será sua força para doar
elétrons e menor sua aceitação para recebê-los de volta. O cátion do metal menos reativo se
descarrega primeiro.
A ordem decrescente de facilidade de descarga dos principais cátions encontra-se
esquematizada na tabela ao lado.
Note que o cátion H3O1+ (aq) está numa posição diferente da que esperávamos pela
simples inversão da escala de reatividade dos metais ou da tabela dos potenciais-padrão do
eletrodo. Isso ocorre porque:
• Quando o H3O1+ (aq) se descarrega, forma-se H2(g) que fica em parte aderido ao polo
negativo, dificultando a passagem da corrente elétrica, tornando necessária a aplicação de
uma sobre voltagem para que o H3O1+ (aq) possa continuar se descarregando.
• As condições-padrão, que são 25 °C, 1 atm, 1 mol de íons por litro de solução, dos valores
da tabela de potenciais-padrão de eletrodo, são muito difíceis de serem mantidas em um
processo de eletrólise. O cátion H3O1+ (aq) se descarrega antes dos cátions de metais alcalinos
e alcalino terrosos e do alumínio e depois de todos os demais cátions. Logo, o cátion H3O1+
(aq) se descarrega antes do cátion Mg2 (aq).
ORDEM DE DESCARGA DE ÂNIONS
Como a eletrólise é um processo não espontâneo, a ordem de descarga dos ânions deve
ser, a princípio, a ordem inversa da reatividade dos ametais. Quanto mais eletronegativo(s)
for(em) o(s) elemento(s) que forma(m) o ânion, maior será a sua tendência de atrair elétrons e,
portanto, menor sua capacidade de doá-los. Logo, o ânion do ametal menos eletronegativo se
descarrega primeiro.
Pela escala parcial em ordem decrescente de eletronegatividade dos elementos
fornecida ao lado (em que E– representa a eletronegatividade segundo a escala de Linus
Pauling), concluímos que o ânion fluoreto, F1-, e os ânions oxigenados, nos quais o oxigênio
está ligado a um elemento que precede o hidrogênio nessa escala, são mais difíceis de se
descarregar que o ânion OH1- e este, por sua vez, estando ligado ao oxigênio, é mais difícil de
se descarregar que os ânions não oxigenados.
A ordem decrescente de facilidade de descarga dos principais ânions é:

Os ânions não oxigenados se descarregam antes do ânion hidróxido, OH1-, e esse se


descarrega antes dos ânions oxigenados e do fluoreto. Logo, o ânion CL1- (aq) se descarrega
antes do OH1-(aq). Os diferentes casos de eletrólise em meio aquoso.
Vimos que há uma prioridade de descarga para cátions e ânions no processo de eletró-
lise em meio aquoso. Isso faz com que, de modo ideal, existam 4 possibilidades:
• Eletrólise do cátion da água e do ânion do sal.
• Eletrólise do cátion do sal e do ânion da água.
• Eletrólise do cátion e do ânion do sal.
• Eletrólise do cátion e do ânion da água.

ELETRÓLISE COM ELETRODOS ATIVOS


Em alguns processos eletroquímicos é conveniente o uso de eletrodos que participem
ativamente das reações, isto é, os denominados eletrodos ativos. É o caso da eletrólise de puri-
ficação e da galvanoplastia.
1-ELETRÓLISE DE PURIFICAÇÃO
O tratamento metalúrgico dos minérios de cobre produz o metal com pureza da ordem
de 98%, é o denominado cobre metalúrgico. Entretanto, para certas aplicações, esse grau de
pureza é insuficiente, como para a fabricação de fios elétricos, em que a presença de quanti-
dades mínimas de impurezas diminui exageradamente a condutividade elétrica dos metais.
Para aplicações desse tipo, é necessário um cobre extremamente puro, 99,9%, deno-
minado cobre eletrolítico, que pode ser obtido por meio de eletrólise montada segundo o es-
quema abaixo:

• O ânodo (+) é uma placa do cobre metalúrgico que se quer purificar.


• O cátodo (–) é um eletrodo inerte adequado, de platina, por exemplo, ou, o que seria
preferível, uma chapa delgada de cobre puro.
• A solução aquosa é de um sal de cobre, como sulfato de cobre II, CuSO4(aq), já que a
presença de um sal em solução é necessária para torná-la condutora de corrente elétrica.
Observe o que ocorre em cada eletrodo:
• No ânodo (polo positivo) poderia haver retirada de elétrons (descarga) dos ânions SO42-(aq),
OH1-(aq), ou do próprio cobre metálico Cu(s), que constitui o eletrodo.
Como é mais fácil a retirada de elétrons do cobre metálico (pois um metal naturalmente já
possui tendência a doar elétrons), ele será oxidado primeiro: Cu(s) Cu2+(aq) + 2 e-.
• No cátodo (polo negativo) poderia haver forneci mento de elétrons (descarga) para os
cátions H3O1+(aq) ou Cu2+(aq). Como o Cu2+ (aq) é menos reativo, ele será reduzido primeiro:
Cu2+ (aq) + 2 e- Cu(s).
Somando as equações de oxidação e redução:
Em resumo, a placa de cobre metalúrgico (o ânodo) se dissolve, liberando cátions Cu2+
(aq) para a solução e, à medida que a corrente elétrica passa, deposita-se cobre no polo
negativo, com altíssimo grau de pureza (99,9%). O resultado zero como reação global indica
que não houve transformação química, mas apenas um transporte de cobre do polo positivo
(ânodo) para o polo negativo (cátodo):

As impurezas encontradas no cobre metalúrgico são uma mistura de resto de minério,


sílica (areia) e uma pequena quantidade de metais preciosos, como a prata e o ouro.
A diferença de potencial aplicada na eletrólise de purificação do cobre é suficiente para
provocar a formação de cátions Cu2+ (aq), mas não de cátions de prata, ouro ou de qualquer
outro material que constitui as impurezas, por isso elas não se dissolvem e formam no fundo
da cuba eletrolítica a chamada lama anódica. A extração e a venda dos metais presentes na
lama anódica podem, de certo modo, compensar o alto custo da produção de cobre eletrolítico.
2 – GALVANOPLASTIA
A galvanoplastia (nome que homenageia o cientista Luigi Galvani), além de ter a
função de proteger peças metálicas da ação corrosiva do ambiente, também as torna mais
bonitas já que, muitas vezes, elas passam a ter a mesma aparência de metais nobres cobiçados
(como prata e ouro). Procede-se, assim, a niquelação, a cromação, a prateação, a douração, etc.
A galvanoplastia é uma técnica que permite dar um revestimento metálico a uma peça,
colocando-a como cátodo (polo negativo) em um circuito de eletrólise. Para isso, é necessário
que a peça em questão seja feita de um material condutor ou que tenha recebido um
tratamento que a torne condutora, por exemplo, peças de plástico podem se tornar condutoras
se forem cobertas com uma camada de metal pulverizado.
O ânodo (eletrodo positivo) é constituído de uma placa do metal que vai revestir a
peça, e a solução aquosa (banho eletrolítico) deve conter um sal desse metal.
O cátodo (eletrodo negativo) é formado pela própria peça que se quer revestir.

Como é feita a cromagem de uma peça?

Para fazer a cromagem de uma peça é necessário limpá-la com um solvente para
desengordurá-la e em seguida dar um banho de ácido para eliminar pontos de oxidação. Após
esse tratamento, a peça vai receber um revestimento de cobre e, sobre esse, um revestimento
de níquel. Por fim, receberá o revestimento de cromo, que dará um acabamento brilhante e
resistente a riscos.
De um modo bem resumido, podemos considerar o esquema montado abaixo para a
cromagem de uma peça que recebeu previamente os tratamentos indicados.

• O ânodo, eletrodo positivo, é constituído de uma placa de cromo metálico, Cr(s), o


metal escolhido para o revestimento.
• A solução aquosa é de um sal solúvel de cromo; por exemplo, sulfato de cromo III,
Cr2(SO4)3(aq).
• O cátodo, eletrodo negativo, é a peça em questão.
• No ânodo, haverá oxidação do cromo metálico, e a placa sofrerá uma
dissolução: Cr(s) Cr3+(aq) + 3 e-.
• No cátodo, haverá redução do cátion Cr3+ (aq) e deposição de cromo metálico sobre a peça:
Cr3+ (aq) + 3 e- Cr(s).
Somando-se as equações de oxirredução:

O resultado zero como reação global indica que não houve transformação química,
apenas transporte de cromo do ânodo para o cátodo.
Note que a espessura e a qualidade do revestimento metálico numa peça dependem de
uma série de fatores, entre os quais podemos destacar: temperatura, voltagem aplicada,
concentração e tipo de íons em solução, tempo de duração do processo, compatibilidade entre
o metal que vai revestir a peça e o material do qual a peça é constituída.
É comum que uma peça de deter minado material receba vários revestimentos de
metais diferentes, até se obter um acabamento de qualidade com o metal desejado.

3 -ANODIZAÇÃO
È um tratamento de superfície de proteção e decorativo usado para melhorar as
qualidades de trabalho e apelo visual de itens feitos de uma variedade de metais,
incluindo ligas de alumínio, zinco e titânio. O tratamento envolve a manipulação das
camadas de óxido natural nos metais para produzir uma película tornando os metais mais
grossos e mais duráveis.
Estas camadas realçadas de óxido emprestam qualidades aumentadas, como o aumento
da resistência ao desgaste e à corrosão e fornecem superfícies que são mais receptivas a tintas,
corantes e adesivos. Quando aplicado levemente, filmes anodizados também tendem a causar
interferência da luz, resultando em padrões de superfícies atraentes e efeitos multicoloridos.
Além de melhorar o desgaste e resistência à corrosão oferecido por anodização, as peças
tratadas também são menos inclinadas a apresentar arranhões nas superfícies de fricção.

Formação de óxido nas superfícies dos metais é um fenômeno natural que resulta da
exposição ao oxigênio e a umidade do ar. Embora a oxidação em metais ferrosos, também
conhecida como ferrugem, possa causar a eventual destruição do material, metais como ligas
de alumínio, zinco, titânio, magnésio e tântalo podem se beneficiar de uma camada de óxido.
Se manipulado para ser grosso o suficiente, esta camada oxidante pode oferecer corrosão e
desgaste nas propriedades resistentes desses metais. Este é o princípio que sustenta a
anodização, processo utilizado para dar acabamento protetor e atraente em muitos artigos de
metais não ferrosos.
A anodização é um processo que envolve a passagem de uma corrente elétrica através
de uma solução eletrolítica entre uma carga positiva anodo, neste caso o item anodizado, e
uma carga negativa de cátodo. Esta reação resultante muda a estrutura cristalina da superfície
do ânodo e faz com que uma camada de óxido seja depositada sobre ela que é conhecida
como um processo de passivação eletrolítica.
As características deste filme de óxido podem ser manipuladas durante este processo,
permitindo assim um alto grau de controle sobre o resultado final. Geralmente as camadas
sintetizadas são mais robustas do que aquelas que ocorrem naturalmente. Por uma questão de
interesse, o papel desempenhado pelo anodo é a fonte do nome anodização.
As camadas de óxido anodizado são geralmente bastante porosos por natureza e
requerem a aplicação de um selante para garantir a máxima proteção contra corrosão e
resistência ao desgaste. Aderência do filme ao metal é muito mais forte que o chapeamento
convencional ou a pintura, fazendo assim com que o acabamento anodizado seja
particularmente mais durável.
Esta durabilidade oferece uma excelente base para a aplicação de pós-tratamento de
tintas e corantes, com acabamentos anodizados coloridos exibindo longevidade excepcional
mesmo com o uso contínuo. Anodização também ajuda a evitar o desgaste com fricção, de
peças roscadas ou deslizamento em seus pontos de atrito.

4-CONCLUSÃO
Percebe-se a importância da eletrólise na indústria química, principalmente na
separação de metais puros e em seu estado fundamental. É um método muito eficiente, com
larga aplicação em diversos compostos e minerais. Contudo, seu custo às vezes, inviabiliza a
implantação de uma planta eletrolítica. Esse alto custo se dá pelo consumo de energia elétrica
elevado.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Atkins, P.W., Físico-Química 6º ed. , Volume 1. , LTC Ed, Rio de Janeiro, 1999

Feltre,Ricardo., Fundamentos da Química ,2º ed , Volume Unico. , Editora Moderna, São Paulo, 1996.

http://www.mundoeducacao.com/quimica/eletrolise.htm, acessado em: 24/10/2018.

http://www.quimica.net/emiliano/eletrolise-da-agua.html, acessado em: 22/10/2018.

https://www.mecanicaindustrial.com.br/55-o-que-e-anodizacao/, acessado em: 25/10/2018.

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