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LICENCIATURA EM QUÍMICA
QUÍMICA GERAL II
ELETRÓLISE
MACAPÁ
2018
ROBSON BATISTA PASTANA
VIANEI DE AGUIAR SILVA
ELETRÓLISE
MACAPÁ
2018
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
Este trabalho pretende apresentar uma breve revisão bibliográfica sobre eletrolise, suas
aplicações e alguns métodos mais encontrados.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Eletrólise
Na + Cl NaCl
Na + Cl Na Cl
Como sempre, o fenômeno poderá também ser traduzido por duas semi-reações:
• o sódio perde um elétron { Na Na" + e- (oxidação do Na);
- -
• o cloro ganha esse elétron { Cl + e Cl (redução do Cl);
A espontaneidade dessa reação pode ser confirmada pelo cálculo de sua fem, com o auxílio da
tabela dos potenciais-padrão de eletrodo: ∆E 0 % 4,07 V.
Evidentemente, a reação inversa não será espontânea:
Na Cl Na + Cl
ELETRÓLISE ÍGNEA
Chama-se eletrólise ígnea aquela que é realizada com o eletrólito fundido. A
eletrólise ígnea é o método utilizado industrialmente para a obtenção de metais alcalinos
(família 1), de metais alcalino terrosos (família 2), de alumínio (família 13) e de halogênios
(família 17) na forma de substâncias simples. Voltemos ao exemplo do NaCl. Aquecendo-o a
808 °C, ele se funde e, no estado líquido, os íons Na+ e Cl- passam a ter liberdade de
movimento. Passando corrente elétrica contínua através da célula eletrolítica, é fácil perceber
o que acontece.
Os cátions Na+ são atraídos pelo pólo negativo (catodo); chegando a esse pólo, eles ganham
elétrons e são descarregados, de acordo com a seguinte semi-reação:
Ao contrário, os ânions Cl- são atraídos pelo pólo positivo (anodo), no qual perdem elétrons e
se descarregam:
Evidentemente, os átomos de cloro formados na última reação se agrupam, formando as
moléculas de Cl2. Desse modo, a melhor forma de escrever a última equação seria:
Verifique que os sinais + e - atribuídos ao catodo e ao anodo das pilhas são inversos aos
atribuídos aos eletrodos na eletrólise, pois as reações que ocorrem nas pilhas são inversas às que
ocorrem na eletrólise. Note porém que:
• no catodo, sempre ocorrem reduções;
• no anodo, sempre ocorrem oxidações.
ELETRÓLISE EM MEIO AQUOSO
Além dos íons fornecidos pela substância dissolvida na água, por exemplo, o cloreto de
magnésio fornece os íons Mg2+ (aq) e CL1- (aq), os íons provenientes da auto ionização da
água, H3O1+ (aq) e OH1- (aq) que, apesar de ocorrer em escala muito pequena, possibilita duas
alternativas de cátions para se descarregarem no cátodo e duas alternativas de ânions para se
descarregarem no ânodo.
Dissociação ou ionização da substância dissolvida:
Cada tipo de cátion, Mg2+ (aq) e H3O1+ (aq), e cada tipo de ânion, CL1-(aq) e OH1-(aq),
exigem uma voltagem adequada para que possam descarregar-se durante a eletrólise.
Sem levar em conta outros fatores, podemos dizer que quanto menos reativo for o íon, mais
baixa será a voltagem necessária para que ele sofra descarga.
O íon menos reativo se descarrega primeiro.
ORDEM DE DESCARGA DE CÁTIONS
Como a eletrólise é um processo não espontâneo, a ordem de descarga dos cátions
deve ser, a princípio, a ordem inversa da reatividade dos metais.
Quanto mais reativo (eletropositivo) for o metal, maior será sua força para doar
elétrons e menor sua aceitação para recebê-los de volta. O cátion do metal menos reativo se
descarrega primeiro.
A ordem decrescente de facilidade de descarga dos principais cátions encontra-se
esquematizada na tabela ao lado.
Note que o cátion H3O1+ (aq) está numa posição diferente da que esperávamos pela
simples inversão da escala de reatividade dos metais ou da tabela dos potenciais-padrão do
eletrodo. Isso ocorre porque:
• Quando o H3O1+ (aq) se descarrega, forma-se H2(g) que fica em parte aderido ao polo
negativo, dificultando a passagem da corrente elétrica, tornando necessária a aplicação de
uma sobre voltagem para que o H3O1+ (aq) possa continuar se descarregando.
• As condições-padrão, que são 25 °C, 1 atm, 1 mol de íons por litro de solução, dos valores
da tabela de potenciais-padrão de eletrodo, são muito difíceis de serem mantidas em um
processo de eletrólise. O cátion H3O1+ (aq) se descarrega antes dos cátions de metais alcalinos
e alcalino terrosos e do alumínio e depois de todos os demais cátions. Logo, o cátion H3O1+
(aq) se descarrega antes do cátion Mg2 (aq).
ORDEM DE DESCARGA DE ÂNIONS
Como a eletrólise é um processo não espontâneo, a ordem de descarga dos ânions deve
ser, a princípio, a ordem inversa da reatividade dos ametais. Quanto mais eletronegativo(s)
for(em) o(s) elemento(s) que forma(m) o ânion, maior será a sua tendência de atrair elétrons e,
portanto, menor sua capacidade de doá-los. Logo, o ânion do ametal menos eletronegativo se
descarrega primeiro.
Pela escala parcial em ordem decrescente de eletronegatividade dos elementos
fornecida ao lado (em que E– representa a eletronegatividade segundo a escala de Linus
Pauling), concluímos que o ânion fluoreto, F1-, e os ânions oxigenados, nos quais o oxigênio
está ligado a um elemento que precede o hidrogênio nessa escala, são mais difíceis de se
descarregar que o ânion OH1- e este, por sua vez, estando ligado ao oxigênio, é mais difícil de
se descarregar que os ânions não oxigenados.
A ordem decrescente de facilidade de descarga dos principais ânions é:
Para fazer a cromagem de uma peça é necessário limpá-la com um solvente para
desengordurá-la e em seguida dar um banho de ácido para eliminar pontos de oxidação. Após
esse tratamento, a peça vai receber um revestimento de cobre e, sobre esse, um revestimento
de níquel. Por fim, receberá o revestimento de cromo, que dará um acabamento brilhante e
resistente a riscos.
De um modo bem resumido, podemos considerar o esquema montado abaixo para a
cromagem de uma peça que recebeu previamente os tratamentos indicados.
O resultado zero como reação global indica que não houve transformação química,
apenas transporte de cromo do ânodo para o cátodo.
Note que a espessura e a qualidade do revestimento metálico numa peça dependem de
uma série de fatores, entre os quais podemos destacar: temperatura, voltagem aplicada,
concentração e tipo de íons em solução, tempo de duração do processo, compatibilidade entre
o metal que vai revestir a peça e o material do qual a peça é constituída.
É comum que uma peça de deter minado material receba vários revestimentos de
metais diferentes, até se obter um acabamento de qualidade com o metal desejado.
3 -ANODIZAÇÃO
È um tratamento de superfície de proteção e decorativo usado para melhorar as
qualidades de trabalho e apelo visual de itens feitos de uma variedade de metais,
incluindo ligas de alumínio, zinco e titânio. O tratamento envolve a manipulação das
camadas de óxido natural nos metais para produzir uma película tornando os metais mais
grossos e mais duráveis.
Estas camadas realçadas de óxido emprestam qualidades aumentadas, como o aumento
da resistência ao desgaste e à corrosão e fornecem superfícies que são mais receptivas a tintas,
corantes e adesivos. Quando aplicado levemente, filmes anodizados também tendem a causar
interferência da luz, resultando em padrões de superfícies atraentes e efeitos multicoloridos.
Além de melhorar o desgaste e resistência à corrosão oferecido por anodização, as peças
tratadas também são menos inclinadas a apresentar arranhões nas superfícies de fricção.
Formação de óxido nas superfícies dos metais é um fenômeno natural que resulta da
exposição ao oxigênio e a umidade do ar. Embora a oxidação em metais ferrosos, também
conhecida como ferrugem, possa causar a eventual destruição do material, metais como ligas
de alumínio, zinco, titânio, magnésio e tântalo podem se beneficiar de uma camada de óxido.
Se manipulado para ser grosso o suficiente, esta camada oxidante pode oferecer corrosão e
desgaste nas propriedades resistentes desses metais. Este é o princípio que sustenta a
anodização, processo utilizado para dar acabamento protetor e atraente em muitos artigos de
metais não ferrosos.
A anodização é um processo que envolve a passagem de uma corrente elétrica através
de uma solução eletrolítica entre uma carga positiva anodo, neste caso o item anodizado, e
uma carga negativa de cátodo. Esta reação resultante muda a estrutura cristalina da superfície
do ânodo e faz com que uma camada de óxido seja depositada sobre ela que é conhecida
como um processo de passivação eletrolítica.
As características deste filme de óxido podem ser manipuladas durante este processo,
permitindo assim um alto grau de controle sobre o resultado final. Geralmente as camadas
sintetizadas são mais robustas do que aquelas que ocorrem naturalmente. Por uma questão de
interesse, o papel desempenhado pelo anodo é a fonte do nome anodização.
As camadas de óxido anodizado são geralmente bastante porosos por natureza e
requerem a aplicação de um selante para garantir a máxima proteção contra corrosão e
resistência ao desgaste. Aderência do filme ao metal é muito mais forte que o chapeamento
convencional ou a pintura, fazendo assim com que o acabamento anodizado seja
particularmente mais durável.
Esta durabilidade oferece uma excelente base para a aplicação de pós-tratamento de
tintas e corantes, com acabamentos anodizados coloridos exibindo longevidade excepcional
mesmo com o uso contínuo. Anodização também ajuda a evitar o desgaste com fricção, de
peças roscadas ou deslizamento em seus pontos de atrito.
4-CONCLUSÃO
Percebe-se a importância da eletrólise na indústria química, principalmente na
separação de metais puros e em seu estado fundamental. É um método muito eficiente, com
larga aplicação em diversos compostos e minerais. Contudo, seu custo às vezes, inviabiliza a
implantação de uma planta eletrolítica. Esse alto custo se dá pelo consumo de energia elétrica
elevado.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Atkins, P.W., Físico-Química 6º ed. , Volume 1. , LTC Ed, Rio de Janeiro, 1999
Feltre,Ricardo., Fundamentos da Química ,2º ed , Volume Unico. , Editora Moderna, São Paulo, 1996.